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sumário
sinopse
aviso
nota da autora
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antes de ler
epígrafe
capítulo 1
capítulo 2
capítulo 3
capítulo 4
capítulo 5
capítulo 6
capítulo 7
capítulo 8
capítulo 9
capítulo 10
capítulo 11
capítulo 12
capítulo 13
capítulo 14
capítulo 15
capítulo 16
capítulo 17
capítulo 18
capítulo 19
capítulo 20
capítulo 21
capítulo 22
capítulo 23
capítulo 24
capítulo 25
capítulo 26
capítulo 27
capítulo 28
agradecimentos
não pule o avisos de gatilho
funciona como um bloco para mim, não tem como você entender
tudo o que está ali sem juntar os pedaços de cada um dos livros,
mundo literário.
minha carreira.
achei que estava quebrada, que alguma coisa no meu cérebro tinha
prova neste livro. Quem leu ele antes de ficar pronto, me pediu pelo
Valen luta por si. Ben só ajuda no processo. Foi assim comigo,
espero que seja com vocês.
Queimem.
Eu venci.
egoísta.
Zoe X
Eu não tenho medo da guerra
Que você veio travar contra meus pecados
Eu não estou bem
Mas posso tentar o meu melhor para fingir
Então você vai me esperar
Ou você vai me afogar?
just pretend, bad omens
encontrá-la outra hora, em outro lugar, mas ainda assim, sua visita
não era em vão.
minhas fugas porque sempre que ela vinha atrás de mim, eu lhe
dava o que carregar na sua volta para casa. Às vezes, era uma
que fazia, que era um dos seus favoritos. Um dos quais escapava
de seus dedos esqueléticos nas mais improváveis situações.
você virava o alvo, mesmo que fosse do tipo bom vendedor como
eu.
salvo.
tetos livres das caixas metálicas. A luz da lanterna dele acertou meu
rosto, ele gritou em espanhol, eu xinguei baixo na minha língua-mãe
O mata-leão que ele me deu quase foi meu fim. Atirei contra
Esse foi o único motivo que me fez seguir correndo para fora
dali.
Pulei na água pronto para o mergulho, mal sentindo o
impacto da água gelada quando afundei e usei tudo o que tinha de
mim para me afastar da costa o mais longe da superfície que podia
restaram, levaram.
paga à morte.
— Você está bem? — preocupado, Léo me perguntou com a
feito uma estátua. Tinha fechado os olhos para não ver o pivete,
achando que ignorá-lo em silêncio o faria ir para outro canto, mas
sempre.
podia ter morrido e, desta vez, nem ia ser por causa de alguma
problema dele.
saber.
meses do ano todos nós íamos cada um para um canto, mas boa
parte do tempo, enquanto era bom, ficávamos juntos.
do que dizia.
naquele momento, meu tom era duro, mas ele sabia que era um
agradecimento.
A vontade de ser irresponsável e deitar na cama foi grande,
mas antes me arrastei para o banheiro, cuidei do ferimento na
acabou de repente.
imaginação.
ali, o joguei para fora e acendi, dando uma tragada profunda antes
de levantar de vez.
cabeça para fora da minha cabine e olhar em volta, não vendo nada
de anormal, decidi sair descalço e desarmado. Era impossível
alguém ter nos seguido até ali. E se tinham feito, seria um completo
desperdício, já que não havia nenhuma mercadoria ou dinheiro na
embarcação.
também.
Mas era um fato que, faltando quase quatro anos para chegar
aos quarenta, talvez minha vida precisasse de algo novo. Uma
virada de chave.
Eu era a escória.
— Nem me fale…
sóbrio:
dos sonhos. Ele tem uma cama, um prato de comida e, agora, uma
quantidade decente de dinheiro, mas o preço que pagou por isso…
Eu o ensinei a sobreviver. Se eu morrer amanhã, Léo ficará bem.
— E é o que pretende?
que se chamava…
— Falcão. — Eu me lembrava muito bem da história. — Não
me arrependo de ter acabado com ele.
chance.
— Esse o quê?
— Você se apaixonou?
dentes separados.
— E ela?
Aquela noite poderia entrar para uma das mais mal dormidas
a primeira vez que ele colocaria seus pés ali, e acho que só por isso
foi que consegui ver o deslumbre raro do garoto de 22 anos
escondido sob a capa da vida que levava. Não era ruim, mas para
tipo de inocência.
me perguntar:
— Acha que o capitão falou sério sobre o lugar aonde ele vai
nos levar desta vez? Dizer que é um pedaço do céu é meio absurdo,
um tapa-olho e bengala.
qual parte é verdade e qual parte é mentira. Além de que, são tantas
histórias ao longo dos anos que, se ele contou sobre isso aqui, eu
de ser um herói do povo, mas não sei se isso foi graças ao ego ou à
bebida. Ou os dois. — O garoto deu de ombros. — O que vai fazer
por aí.
Já passava das vinte quando nos reunimos em frente à
embarcação. Eu, que terminava de queimar um cigarro que havia
roubado das coisas de Léo, usava minha última camisa limpa
dois.
— Podemos ir?
intrometeu.
Ridículo.
Seis minutos depois, estávamos em uma avenida
acertado.
Foi inevitável não ficar curioso sobre qual tinha sido o nível
disse:
o de fora?
lugar no mundo com sua clientela. Léo foi o primeiro a avançar sob
Caminhamos por um corredor escuro que terminava em um
interesseira.
eu mais apreciava.
ouvi, mas pelo sorriso envolto em batom vermelho que ela lhe deu,
balanço que a bunda da garota que nos guiava fazia, ele disse como
uma criança magoada: — Por que ele não nos trouxe aqui antes?
Eu só consegui rir.
Nossa visão do palco principal era privilegiada e,
magicamente, garotas com sorrisos safos e olhares predatórios
vinham até a mesa servir copos de bebida que não haviam sido
difícil de decidir uma vez que as mulheres naquele lugar eram cada
uma um pedaço de tentação divina.
caso? — A voz macia e suave que escapou da boca dela me fez dar
um meio-sorriso e encará-la de frente.
Minha fala foi ficando mais baixa conforme ela veio na minha
direção.
ignorar.
quando ela roçou as unhas pela minha barba e, com a mão livre,
tocou meu pau meio duro por cima da calça.
— A senhorita…
— Ok, como foi que você conseguiu cair nas graças do todo-
trabalhar com Tobias e Arthur, pai e filho. Convivi com eles por um
bom tempo, mas percebi que existia uma competição bizarra entre
os dois. O pai planejava matar o filho em uma emboscada e… eu
caminho.
prestar atenção nos dois ao meu lado e me voltei para a garota que
Não precisaria de muito para eu foder com ela bem ali, mas
logo que ela abriu minha calça, a iluminação do lugar mudou, assim
incessante de agradar.
Agonia.
ali.
que era parte do show foram as asas que surgiram enquanto ela
girava para baixo. Então ela desceu, e entrou na gaiola com a
expressão mais triste e vazia no rosto que eu já vi. Ainda assim,
até o sofá.
apoiado no braço do sofá. Seu corpo caiu contra o assento e ela foi
encararam.
real.
no sofá gemendo tão alto que poderia ser ouvida por qualquer um
força, desejando que aquilo fosse real. Dei a última estocada firme,
entrando até o fundo em Jade, gozando junto dela naquele ímpeto
realmente queria, mas quando abri os olhos, ela não estava mais lá.
havia chegado.
Dizer que sabia o valor exato que deixei naquela boate seria
três da tarde!
Parece que você não aguenta mais uma novinha. Deve ser triste
quando a gente envelhece e não dá mais conta de transar direito.
milagre, não?
fodo ou deixo de foder. Quem sabe você possa fazer isso quando
porta do banheiro.
Nassau era quente demais, mas o banho frio ajudou a aliviar
parte do calor. Eu era adaptável, porém a memória do meu corpo
eu tanto queria.
Léo e o capitão saíram antes de mim para comer no centro,
tarde para colocar meus olhos naquela mulher mais uma vez.
cabeça.
Liguei para o capitão e o encontrei junto de Léo, sentados em
mesas dispostas na calçada de um restaurante chique. Ambos
atenção redobrada.
escolherei ela.
uma ordem.
— Certo. Não vou foder com sua fama aqui, você sabe. —
Abaixei o tom de voz e vi minha comida chegar.
Nós não tínhamos muita coisa que valesse, mas o nome, nos
bons negócios, era tudo.
Voltamos para a Perdición no horário de pico. O capitão não
perdeu tempo e em menos de meia hora ali dentro, ele tinha uma
queria mais.
paredes me animou.
fui embora.
Era melhor estar preparado para o trabalho no dia seguinte,
destas paredes.
Eu não duvidava.
Engoli em seco.
fora.
que isso tudo foi porque você foi precoce e as putas ficaram
bravas… — provoquei.
ovo.
— Não enche — ele reclamou e o capitão deu um tapa leve
em sua cabeça.
hoje?
— Se está bom para esse tipo de graça, está bom para voltar
ao trabalho.
— Uma retirada ali, uma entrega ali. Nada que não possamos
dar conta sem você.
— Nunca confio.
— É por isso que você é o cara certo. — Ele deu uma puxada
13h.
com gelo. O calor fez tudo derreter rápido, mas boa parte das
minhas dores musculares restantes deram adeus ao meu corpo
graças àquilo.
empregador.
escadas.
no subsolo.
ar-condicionado no máximo.
cadeia, achei que estava fodido, mas isso daqui é quase o paraíso.
Você vai precisar de um canto para ficar?
seria bom.
— Certo.
chance de começar.
sala.
dissimulado.
Os dedos da minha mão esquerda formigaram.
cara era amigo do meu pai, e imagino que o meu velho amigo,
Pois é, e desde que meu pai se foi, ele tem sido um problema. Ele
pouco honesto e que está armando alguma para tomar meu império,
todos sabem que eu mataria aquele porco sem pensar duas vezes.
Esse é o problema. Tenho certeza que quando matá-lo, ele vai dar
Nunca disse que era algo fácil ou rápido, mas pelas histórias que
ouvi a seu respeito, acredito que é o homem que eu preciso.
grandes. Não posso me atrasar para o golfe — ele disse para mim,
batendo no meu ombro. — Mas você fique à vontade.
som vinha.
— Não toque aí! — Ouvi uma voz feminina dizendo, mas era
tarde demais.
provocantes.
voz para falar com ela, me fez parar no lugar. — Valen, por favor,
ouvir?
seguinte.
do corpo.
olhou para mim e se ergueu —, não vou deixá-lo aqui com ela. — A
daquela merda de gaiola, não pretendo sair do lado dela até ter
que ele ganha com ela é sedutor demais para ignorar… — A tristeza
que ela carregava na voz me fez curioso, mas guardei aquilo para
mim. — Ela ficou assim por estar há tempo demais sem comer e
vez.
trabalhar.
Valentina, entendido?
a briga.
— Você sabe que não devia a ter tirado de lá. Arthur não vai
gostar.
remédio forte para que ela continue a dormir e não tenha dor.
Amanhã pode ser que ela acorde bem… — ele anunciou ao se
erguer.
sem pensar.
frágil.
Fuja.
Corra.
AGORA.
beliche.
faria andar pela eternidade de pés descalços sobre brasa. Não que
o resto do mundo não estivesse condenado também.
alojamento.
erguendo uma chave na mão, eu sabia que a moto que havia pedido
estava disponível para uso.
dele e caí na rua sabendo que não havia deixado nada pessoal no
alojamento. No sistema, eu seria um fantasma, meu dinheiro estava
minhas pistas.
Davis.
garoto que parecia tomar anabolizante não era mais velho do que
Léo.
no trabalho.
aqui, e ele gosta de fazer amigos. Se prepare para ver todo o tipo de
algumas coisas.
quando não havia ninguém para ver não ia de encontro ao que ele
sobre nós e tudo iria por água abaixo. Ainda assim, eu não podia
conter aquele formigamento maldito toda vez que cruzava algum
corredor que sabia ser próximo do quarto dela.
Ou quando…
— Ele vai descobrir que ela está bem e vai colocá-la para
trabalhar de novo — o homem vestido de branco avisou.
— Ela não pode, você sabe que não pode! Quanto mais essa
menina vai aguentar antes de ser quebrada? — Lucinda parecia
desolada. — Se Arthur a oferecesse aos homens do salão, se ela
fosse esperta para escolher antes de ser escolhida… — a velha
choramingou e eu parei, espreitando do corredor, antes que eles me
vissem.
— Nem todos, por Deus, eu acho que ela já teria sido morta
se fosse assim, mas de tempos em tempos, eles tentam fazer isso…
Essa coisa, esses homens que têm prazer com…
— Não posso dizer que ela está bem. Eu sei que Arthur vai
cara de Lucinda.
escolha.
— Aí está, o homem que eu tanto queria ver. — Arthur,
naquele dia, estava sentado em um sofá de três lugares, no canto
de alguns dias para levantar uma identidade falsa, não posso ter
vínculos com você, então tenho que ficar em algum hotel luxuoso, e
— É ela — confirmei.
— Será toda sua, porém, essa operação toda não pode dar
errado. Se essa puta colocar tudo a perder, vou responsabilizar
você. — Era uma ameaça feita sem cerimônia. Ainda assim, os
— Ela vai cooperar. — Estava tão certo disso que não hesitei.
você?
— Não fala. Eu entro em contato se precisar, porém os dados
da minha conta estão aqui. O dinheiro precisa estar lá integralmente
preciso no ar.
Era bom que ele entendesse que trabalhar para ele e ser seu
E todos dizem
Você não pode acordar, isso não é um sonho
Você é parte de uma máquina, você não é um ser humano
Com seu rosto todo maquiado, vivendo em uma tela
Com a autoestima baixa, então você funciona à gasolina
halsey, gasoline
meia-idade.
Ornélio, mais velho, não parecia ter muita paciência com ela.
Era nítido que o clima na mesa não era bom. Os olhos do homem
que não fosse manter a cara fechada. Isso a intrigou, ainda mais
olhar.
direção.
Parou com as mãos na cadeira e, contendo um sorriso, me
cumprimentou.
vez que íamos para lá, acabava ficando bêbada com aquele
hidromel batizado dele… — Ela me deu um sorriso, procurando
abertura.
sabia que por ser amigo de Tim, eu era rico o bastante para
frequentar um círculo seleto. — É um prazer revê-la.
— Andrew… — ela cantou meu nome enquanto aceitava
me intrigou.
como é…
— Ah, uma lua de mel nestas terras e vocês vão sair daqui
prontos para o matrimônio, acredite em mim. — Camila piscou,
parti.
A primeira coisa que fiz quando cheguei ao quarto de hotel foi
No final das contas, parecia que Arthur não ligava muito para
o meu modo de trabalhar, desde que ele fizesse logo efeito. Com
surpresa foi tanta que mal senti o impacto do meu corpo contra o
sacudia, tentando avançar ainda mais sobre mim com uma das
minhas facas na mão. Eu a segurava pelos braços pequenos, tendo-
que não segurava a faca, arranhou meu peito. — Pare com isso,
— Eu já vi você.
rosto para o meu gosto, mas com tudo, do que sabia dela, eu teria a
mesma reação.
Uma das minhas mãos foi para o pulso dela que estava
espaço que me deu e continuei: — Eu sei como você vive, e sei que
demoníacos, me engoliram.
parceira.
milhões de dólares.
a sem entender.
Arthur nunca vai me deixar ficar com esse dinheiro. Eu não sou… —
demais a ela.
cartas na mesa.
Meu alvo gosta de festinhas privadas onde todo mundo fode todo
mundo, mas você não precisa transar comigo, nem com ninguém,
se não quiser. O que eu realmente preciso de você é que finja ser
pelo apartamento.
— Trinta e seis.
— Hm… não achei que fosse tão velho. Ainda assim, mesmo
com tudo isso, o que me garante que vai cumprir sua promessa de
me dar tanto dinheiro assim?
— De novo?
Eu sou o segundo caso… — Ela não olhava para mim, mas sim
para a televisão, sem realmente enxergá-la. — Sou a mercadoria
mais valiosa de Arthur porque ainda acho que me pertenço e brigo
pelo direito de ter meu corpo tocado por quem eu quero e não por
quem acha que pode comprá-lo… então, o seu dinheiro não vale de
nada, querido. O que eu preciso é de alguém que me compre, ou
lutava todo segundo para reivindicar seu corpo, sua vontade, sua
vida.
alguém.
Sem fazer barulho e pronto para despertar de vez, me dirigi
que a garota ainda não entendia a realidade das coisas e assim que
entrar. — Meu tom de voz foi gentil, mas firme, e ela me obedeceu
que ela me deu ao passar por mim poderia ter me dado sede, mas
pães, doces, sucos, café e todo o tipo de coisa que o serviço de luxo
respondeu.
Aquilo me irritou.
mesa.
só. Não pude conter minha vontade de rir totalmente e ela, sentada
como uma selvagem, com um dos pés sobre o assento da cadeira,
limpando a boca com as costas da mão, franziu o cenho,
incomodada e me perguntou:
— O que foi?
— Dois dias.
contar com você para fazer isso dar certo, compro sua liberdade, te
dou os quatro milhões e te ajudo a recomeçar. Nunca mais você
será escrava de ninguém, nem fará absolutamente nada do que não
quiser.
surgiu.
me controlar.
— Como é? — me fiz de desentendido. Esse não era o
ponto, ou era?
mesa.
engolir —, mas além de tudo isso o que vai fazer, eu quero que me
ensine a matar com as mãos. — Largando os talheres, ela apoiou
rápido.
conjunto.
— Isso é real?
era burro?
Cruzei os braços, tentando não me ofender e respondi de
imediato:
— Duvido muito, mas posso falar que você era amigo do meu
pai rico e eu era apaixonada por você desde muito nova… O que
senti ofendido.
daquela história?
dele, eu já estava quase pronto para voltar para dentro, mas foi ela
quem veio. Sem pedir permissão, ela pegou um dos cigarros no
meu maço, colocou na boca e fez uma barreira contra o vento com a
pervertida.
sustentava o cigarro.
cabeça.
que quiser.
sabia que Valentina era sim uma mulher para ser temida.
— Eu vou — foi tudo o que pude responder antes dela entrar.
Eu me vesti logo que ela entrou no banho. Bermuda branca,
opções.
— O que eu uso?
— O mocassim.
— É horrível — reclamei.
Passando por mim, ela foi até o armário, passou uma a uma
as roupas e parou em um vestido azul-claro de alças finas. Pegou a
Essas chamas ardentes, essas ondas quebrando
Lave-me como um furacão
Estou cativado, você está hipnotizado
Sinta-se poderoso, mas sou eu de novo
middle of the night, loveless
mim quando a levei até o seu lado do carro e abri a porta do carona
para que ela entrasse.
fosse pelo modo que andava balançando os quadris, fosse por olhar
todo mundo com cara de bosta por cima dos óculos de sol que mal
tapavam suas olheiras, comecei a entender o que homens
amarrados a mulheres bonitas e jovens sentiam quando andavam
qualquer ganancioso.
respirou fundo.
seu tom era arisco por eu ficar ou não, então respondi a verdade:
promessa a ela.
Eu me atrasei.
no limite.
Acelerei pelas ruas, ignorei alguns semáforos, e quando
corredores à direita.
algumas vezes.
confusa.
Minha curiosidade aguçou.
começou a caminhar.
Ela ia fugir.
Eu tinha certeza.
Não toquei seu corpo porque não sabia qual seria sua
reação, mas andei ao seu lado, no mesmo ritmo que ela, e disse
baixo:
— Não pensei que você fosse burra de tentar fugir tão cedo
— falei com o maxilar tenso, quase cuspindo de raiva.
— Me encontre lá fora.
Dez minutos depois, Valentina apareceu.
sorvete na boca.
alguém que não conheço. Não me importo com o que vou precisar
minha gaiola. Pior do que não ter liberdade, é chegar perto dela,
sentir seu cheiro, e então ser jogada de novo no escuro.
que por mais que tivesse teimado em acolhê-la, teria feito isso mil e
precisamos entrar, então preciso que você tente fazer amizade com
ela, ou com ele, caso nós os encontremos aqui.
me encarando.
— E qual é?
— Como é?
mesma coisa que bater nela. Valentina era muito expressiva, não
Não discordava.
depois de todo aquele tempo, era, com toda a certeza, com comida.
— Eu consigo me controlar.
em que entramos.
Fomos colocados em uma mesa de destaque no salão, como
sua atenção.
— Tudo bem?
era fingimento.
meu.
do gloss era doce, minha mente nublou por alguns segundos e senti
a pressão do meu peito crescer, mas antes que eu processasse a
informação, ela se afastou, ainda fingindo que eu tinha contado a
àquela ideia.
— Eu…
levou para tomar sol no seu barco. Quero muito ver seu barco novo,
amor. — Beijando meu queixo, precisei contê-la de não fazer mais e
vocês não quiserem ser tão privados, acho que podemos ir todos
juntos…
Valentina estava vivendo muito bem o papel de Olívia. Bem
até demais.
Era raro que seu olhar real viesse sobre o meu, pedindo
pouco para cobrir tanto, e olha que ela não tinha os maiores peitos
dali.
Caralho… — rezei.
desconfiada.
rosto.
momento.
— Ela não suporta o próprio marido, você não vê? Eles nem
se olham. E ela foi a que mais pediu detalhes de como você é na
cama.
encarando curiosa.
genuíno.
porque era tão bom que eu não poderia descrever. — Nós dois
rimos.
primeira mulher que passou perto dela, já eu, fui até Camila pegar
as cervejas que ela oferecia.
— Ela gostou de você. — Meu tom de voz era mais amigável
daquela vez e fez a loira abrir um sorriso enorme.
meu modo de jogar poker é sujo demais para eles. Disseram que eu
só volto depois de estar bêbado para não pegar tão pesado.
como um predador, pronto para cair no meu papel como deveria ser.
Consegui fazer conexões com quase todos os homens.
Valentina passou do limite, mas até então, ela não fazia nada além
de dançar e rir junto com as outras garotas.
meta”.
encará-la.
quadril ainda mais para baixo no meu colo, botou as mãos sobre as
minhas e me fez pegar em sua bunda antes dela mover a mão para
consegui. Quando seu rosto desceu sobre o meu, quando sua boca
envolveu a minha e seus dentes roçaram no meu lábio inferior, meu
pau ficou completamente duro.
mente contornou.
Apertei sua bunda com força e a puxei contra meu colo. Seus
dedos se enveredaram pelo meu cabelo, suas unhas deixaram um
com o que acontecia. Mas ao fazer isso, antes de olhar para ela, o
gemido ao nosso lado chamou nossa atenção.
— Me tira daqui.
ignoramos.
porque você ficou com medo de alguém te ver e contar para o seu
pai, e vamos embora.
Engoli em seco.
Eu temo a febre
Profundamente em meus ossos
Ela corre elétrica
Ela me machuca
Ela sabe da minha fraqueza
No fundo da minha alma
Ela me mantém refém
Eu nunca estou sozinho
fear the fever, digital daggers
Achei que aquilo era mais uma prova de que nossa relação, fosse
— Pode ver o que quiser, mas é bom dormir cedo, amanhã temos
um dia intenso — respondi entre um suspiro, saindo do elevador. Ela me
seguiu de perto.
passagem.
Não dava para fazer o bom samaritano, dizendo que não queria
mais daquela pequena amostra de mais cedo, mesmo que a idade, a
situação e todo o resto jogassem na minha cara que eu deveria me
cigarro.
Era por isso que ainda estava viva. Era por isso que parecia ser tão
valiosa.
Dei as costas, indo direto para o banho, deixando a água fria fazer
melhor o trabalho no meu corpo do que uma tentativa de masturbação em
que ela não seria o foco.
Não podia romper essa barreira ainda, e por mais difícil que fosse,
sentia que se não me mantivesse dentro daquele limite, seria fácil demais
acabar passando do ponto, e eu duvidava que aquela garota tivesse
algum interesse em mim, além de receber o passaporte para longe dali.
— Ok, daddy…
Não queria me aproximar tanto porque ainda tentava ler qual era o
jogo daquela vez. O que Valentina estava tentando?
O sofá era grande o bastante para caber pelo menos oito pessoas
Minha intenção não era ser grosseiro, mas sabia que parecia ser.
Deveria ter virado para o outro lado, mas não. Não pensei e me
fodi.
Acordei cedo no dia seguinte, me levantando em um pulo e me
espreguiçando fazendo barulho. Valentina dormia, espalhada pela cama,
parecendo ter tido uma noite agitada.
Minha vontade foi de rir, mas terminei o que precisava fazer e saí
do banheiro.
O que eu daria para Valentina era muito mais do que qualquer outro
homem havia pensado em ofertar.
Katy nos esperava em uma área da cidade mais popular. Quando
entramos no bar, ela estava sentada junto de um cara com o dobro do
meu tamanho e cara de poucos amigos, mas que quando a viu se levantar
e me abraçar, pareceu relaxar.
mãos ao lado do corpo. — Mas você é pequena, e não parece tão forte,
eu…
Antes que ela pudesse continuar a frase, Katy veio para cima dela
com tudo e lhe socou o estômago.
No primeiro dia de treinamento, Valentina desmaiou no carro.
A garota dormiu tão pesado que precisei pegá-la no colo para levá-
la até nosso quarto.
— Não faça isso ainda. Tenho mais três horas chutando sua bunda.
Espere só eu terminar meu cigarro.
— Ela é uma puta. Mas tem razão, ela precisa de ajuda. Faça o
que der, e se precisar…
— Qual?
— Você é puta?
Engoli em seco.
Chegamos ao hotel e seguimos o bom protocolo das mãos dadas,
mas o ímã que grudou nossas mãos naquela noite fez com que não me
aproximar ainda mais dela dentro do elevador fosse uma tortura. O ar
pesou contra o meu peito, e na primeira oportunidade, eu a soltei com a
desculpa de que precisava procurar o cartão magnético.
— Ganha que a puta vai ter energia para fazer o trabalho que
precisa. — Ela sorriu e eu apoiei a mão na cama, esperando que ela
briga de mão vazia. Qualquer coisa pode virar uma arma, ainda
— É por aí…
dela.
dela.
pouco inseguro.
— Já sei até que merda vem aí. — Me dobrei para frente,
meu tempo por nada… — falei, sem olhar para ela. — E, Valentina
— chamei quando ela já estava na porta do banheiro —, não vou ter
dó de você — avisei e ela confirmou com a cabeça, entendendo que
pela manhã…
— Precisa de ajuda?
Insisti em chamar alguém para arrumá-la, mas Valentina
bateu o pé, dizendo que não precisava de ajuda para ir à praia.
— Quem você acha que me maquia e ajeita meu cabelo para
o trabalho? — Foi assim, praticamente me chamando de burro, que
ela me calou.
tira de tecido seguia por sua coluna e se abria para a saia que a
agarrava os quadris, cobrindo seu corpo atrás, mas com uma fenda
exagerada.
certo.
trás.
em minha mão.
volta do evento.
Valentina.
— Andrew não sabe muita coisa. Para que ter uma mulher
bonita ao lado, se não pode exibi-la? — Ele riu, olhando para Davis,
que seria.
desse jeito. Olívia é linda, ela sabe que é, e sabe que meu
gata.
não tive chance de segurar Valentina comigo, quando ela se foi dos
meus braços, o cheiro dela impregnado na minha barba e o calor do
— Fiz negócios com o pai dela há alguns anos, ela era muito
mais nova e nem me atrevi a chegar perto, mas uma tarde, ela
de idade e minha herança são coisas óbvias, achavam que ela era
— Você não faz ideia. Ela é única — fui incisivo, o que o fez
Como esperado, John Davis caiu nas minhas graças, mas
não foi o dinheiro, o nome ou o que eu disse que fazia que viraram
sua cabeça para me tratar como um conhecido de longa data.
Aquilo era culpa de Valentina, que dançava bem perto de nós,
remexendo os quadris como uma odalisca, sexy, jovem, risonha. Ela
era o maior objeto de cobiça de quem colocava os olhos nela.
Ninguém podia ignorá-la.
tomando ainda mais conta de mim, trazendo a bunda mais para trás,
me fodendo um pouco enquanto suas mãos passeavam por minhas
com mais força as unhas contra minha perna. Se não fosse pela
calça, eu estaria fodido.
fingir ter ciúme, quando o que queríamos era entrar com tapete
vermelho estendido em uma suruba?
peito dela batendo contra o meu, movi minha mão certeira para sua
nuca, segurando-a pelos cabelos.
ela era. O problema de tudo aquilo era que eu não tinha medo.
Podia ser atingido por um raio, queimado, partido em dois, e ainda
eu.
todos ouviram.
era mesmo a porra da minha morte e nem tinha feito nada de mais
comigo além de me deixar de pau duro.
Não.
Não era a merda do Andrew Wilde ali. Era eu, sem máscara
nenhuma.
Senti seu coração batendo forte, não resisti e dei uma bela
E caí consciente.
Quase recuei.
Mas então ela veio, sua língua invadiu minha boca, dominou
a minha, e ela não parou.
Como poderia?
Eu não daria uma puta boa. Não sabia ser tão bom
mentiroso.
O silêncio entre nós foi constrangedor. Não consegui nem
mesmo esperar por ela me dar a mão naquela noite. Fingi estar
— Benjamin?
cabia e deitei.
Respirei fundo.
— Hm — resmunguei.
— Boa noite.
Estou debaixo de sua pele
O demônio interior
Você nunca vai saber o que lhe atingiu.
the devil within, digital daggers
presença, o cheiro…
uma vez varrendo qualquer pensamento que não fosse sua boca na
regras… Caralho.
Tentei não a olhar, tentei não invadir seu espaço, mas a visão
Meu castigo seria passar o dia com as bolas doendo, mas era
me esperando.
queijo.
gostou de nós?
Relaxei um pouco.
— Obrigado.
Tolo e idiota.
— Sinto muito, mas você não vai poder dormir. — Minha voz
gatilho. Será por uma hora, no máximo duas. Depois disso, você
ficará livre para fazer o que quiser. — Minha proposta fez seus olhos
brilharem.
sobre a minha era doce e seu corpo parecia quente e macio demais
para ser verdade.
no chão.
— Só se quiser.
ninguém no futuro.
de você encontrar.
problema.
la direito, e veja que o gatilho não é tão mole. — Não pude fugir, me
aproximei por trás, ergui seus braços e ajeitei a forma como ela
— Não.
— O que foi? — Seu olhar sobre o ombro para mim não foi
nada inocente.
— No hotel.
piores, mas acordei duro como pedra, com a mão dela contra meu
peito. Valentina me abraçava, grudada em mim, com uma das
na cara, ou de sair da cama sem que ela visse meu estado. Todas
as possibilidades pareciam impossíveis.
para vê-la.
Davis.
— Isso é parte do plano?
coisa que pudéssemos fazer. John Davis está sedento por ver você
eu via.
Davis.
Perto do horário combinado, eu já estava pronto, na porta,
carro.
minha cara.
protegê-la?
não fossem suas pernas envoltas nas tiras finas da sandália de salto
que ela usava.
O celular, mais uma vez, me salvou de tocá-la, mas banquei
o cavalheiro preocupado e fiz questão de colocá-la no carro.
Sua mão na minha fez minha pele arder quando ela precisou
de apoio.
novo dela me causava reações físicas as quais eu, aos trinta e seis,
começava a me sentir com vinte anos a menos.
comigo. Davis amou ver você, então flerte com ele e o esnobe um
estampado.
meio-sorriso debochado.
— Tenho a planta da casa bem aqui. — Apontei para minha
cabeça.
comigo, baby girl. — Pesei a voz e notei algo brilhar em seus olhos,
minha.
Mal sabia ela que não era só sua boca que eu queria beijar.
Valentina.
Não havia ninguém que se comparasse a ela.
minha.
mediram os meus.
não era nada, ela jogou a trança enquanto virava com o sorriso mais
falso do mundo para a outra garota ao seu lado e disse em um tom
Conferi a tela do celular, vendo que não havia muito risco, até
— Caralho — xinguei.
Valentina ganhou uma sugada bruta, forte, que a fez parar de sorrir
e gemer mais alto do que a vez anterior. — Isso… — ela pediu com
as unhas quase me ferindo no couro cabeludo, tamanha a
daquela forma, aspirei seu ar, seu cheiro, seu sexo de uma vez só
feito um animal, e fitei os olhos castanhos.
Eu deveria ouvi-la.
dura.
ir para outro lugar, e voltei. Ela tentou mover o quadril, e não deixei.
Ela tentou rir, mas meu polegar girou em cima de seu clitóris
enquanto minha língua relaxada lambia seu peito, abraçando todo o
mamilo direito em um beijo lento, duro, tão intenso que a fez erguer
o peito e deitar a cabeça para trás, me oferecendo mais de si.
Meu polegar dançou em sua boceta, meus dedos
— Me prove.
éramos assistidos, que aquilo deveria ser algo pontual e falso, mas
a garota se sentou, fechando as pernas e descendo para a mesa.
— Volte, eu não terminei. — Tentei obrigá-la a voltar para a
posição que estava, mas ela segurou minha mão em seu ombro e
negou com a cabeça.
E eu caí.
pressão maldita nas bolas cheias, ela provou meu gosto estalando
os lábios e sorriu em aprovação.
— Eu…
— Como?
— Mas e você?
em sua boca.
Não conseguia falar com ela por pensar nela engolindo minha
porra.
Aquilo ia me destruir.
voltar a fechá-los.
Suave, usando uma das camisolas que eu me arrependia
demais.
clientes especiais. Cada hora comigo vale vinte e sete mil. Ninguém
Suspirei, aliviado.
— Ótimo chefe. — Minha acidez a fez abrir o sorriso.
Minha decisão só se fortaleceu na manhã seguinte.
O que ela roçava contra o meu pau duro, era sua bunda.
Afastei-me no susto.
você.
enquanto gargalhava.
— Tenho idade para ser seu pai. — Tentei fugir mais uma
vez.
paciência.
você faz e o que você é são mais distantes do que você mesmo
enxerga, mas não negue que me queria ontem, antes e hoje
joelhos.
Olhei-a de canto.
merda.
Sabendo que precisava recuar, me troquei e cuidei apenas do
meu café.
para Arthur?
mantivemos a compostura.
telefone tocou.
me fez sorrir.
vocês? Se perderam?
quase comum.
queria saber.
de moletom lilás.
entrasse: — Eu os matei.
Suspirei.
Precisava…
descansou lá.
o que fiz foi calar, sendo torturado pouco a pouco pelo calor que
irradiava de onde ela mantinha o toque.
primeiro.
Pensei rápido. Quanto mais contato, menos chance de
sermos alvos de qualquer suspeita.
sua coluna e a guiei para perto daquela gente que achava que
éramos os melhores amigos do mundo.
para o outro e a mesa inteira voltou a atenção para nós. Puxei papo
com o homem ao meu lado, o herdeiro de um banco, e desenrolei
alguma coisa daquela e ela riu, negando, mas pedindo para saber
fila de cartas.
A terceira, a da morte.
Ou eu seria a dela.
sobressaiu.
— Não. O sofá está de bom tamanho para mim. — Tentei não
deitando com a cabeça sobre o meu peito, jogando a perna por cima
da minha.
— Valentina? — chamei-a.
novo.
cansado daquilo.
— Não — direta, eu sabia que ela sorria quando foi minha
vez de suspirar, me dando por vencido.
— E como a ganhou?
logo.
Mas depois de tanto tempo, fodendo tanto por aí, bateu o medo de
ter contraído algo.
Depois de sair do banho de toalha, Valentina não se
preocupou em esconder nudez alguma. Ficou nua, revirou o
armário, e depois de colocar a parte de baixo de um biquíni
vermelho que a parte de trás sumia no meio da sua bunda, veio até
mim para eu amarrar a parte de cima.
terminei, ela soltou os cabelos e se virou para mim. Sua mão veio
para minha boca, ela tomou o cigarro e depois de dar uma tragada,
me devolveu.
— O que acha?
Ela sabia.
Eu sabia.
mesma cor do biquíni que ela usava, vesti a roupa mais leve que
muito sobre.
— Está pronto?
— Estou. E você?
segurei o sorriso que quis surgir, indo até minha maleta, procurando
o que precisava.
a peça nela.
— Exatamente.
seu poder.
Nem eu.
A mansão de Davis fechava um quarteirão.
A casa de fachada branca tinha um jardim imenso, e quando
prancheta.
vocês.
pedras.
abraçar Valentina.
— Celulares?
que fazer lá dentro. Só vou precisar que passem pela revista antes,
é de praxe, mesmo que possamos ver que não há nada perigoso
ela o encantava.
não poderia ter um rumo diferente, já que a ideia das mãos grandes
daquele porco em cima dela me enojavam.
masturbando.
cardápio disponível.
encarei sem muita simpatia, com o recado claro de que querer não
era poder.
piscina e a sala.
daquele.
cara.
Ela dançou para mim, contra mim, descendo uma das minhas
mãos para cima da sua boceta sobre o biquíni e levando a outra
para cima, sobre seu seio esquerdo. O corpo dela estava frio pela
água, ainda molhado, mas quando não segui mais suas ordens,
circulando o mamilo com a ponta dos dedos, ouvi seu riso de
me afastou.
Cedi com os braços, achando que ela viraria para mim, mas
ela deu um passo para frente, e quando olhei na mesma direção
Na minha direção.
para mim, dando um tapa na cara dela tão forte, tão ardido e sonoro
que chamou a atenção de todos.
demônio faminto.
puta.
Aquela criatura ali não era seu personagem. Aquilo era ela,
real e incontrolável.
ao fundo, voltou a me beijar e quando gemi contra sua boca, ela riu
e disse baixinho: — Aproveite, daddy. Essa é a última vez que você
tinha propriedade demais no que fazia, foi por isso que a ergui pelos
cabelos e puxei sua boca de novo para a minha, sentindo seu
queixo cheio de saliva.
Meu homem.
encharcada.
fazendo força contra meus dedos até que um deles ganhou espaço
contra a pressão daquela parte de seu corpo. Senti Valentina tremer,
mas em momento nenhum ela vacilou.
— Vem, senta nele. — Não conseguia ver, mas sabia que era
Valen segurando a base do meu pau e que a outra se erguia para
foder comigo.
Forcei o dedo mais para dentro dela e brinquei com a língua
em sua boceta, mas foi minha vez de precisar respirar e me segurar
a rir.
pegou meu pau que já estava meio duro por sua proximidade —, te
chupando assim?
trabalho.
sua mão fazia mais força quando descia do que quando subia.
espaço estreito entre mim e a mesa. Sua calcinha foi para o chão e
mundo.
meu colo, puxou a corrente, me obrigando olhar para cima, para ela,
e então seu rosto desceu sobre o meu.
língua?
Eu ia morrer.
para frente e para trás, friccionando sua boceta contra meu pau,
querendo me fazer enlouquecer.
com força, querendo mesmo marcá-la, já que não queria falar nada,
não queria pensar, mas ela não parou. Nem sua boca, nem aquela
mais profundamente nos seus cabelos e puxei com força. Ela arfou,
afastando um pouco o rosto, surpresa pela minha reação.
em câmera lenta.
vez que ela erguia os quadris e descia de novo, mais rápido, mais
intenso.
quadris.
trás, e sem dizer nada, pegou minha mão livre, levou os dedos até
sua boca, e os lambuzando de saliva, não deu meio recado quando
anunciando o gozo.
pouco quando consegui enfiar pelo menos parte dele, achando que
ela precisava de algum tempo, mas me surpreendendo, Valentina
lentamente possível.
que saía e voltava para dentro dela era dedurado pelo som que
fazia.
Assim que passei pelo primeiro anel com a cabeça, nós dois
gememos juntos.
na boceta encharcada.
sentido a quilômetros.
fazendo até pouco mais da metade para baixo, ela subiu o corpo um
Eu havia roubado.
Eu tinha cometido pecados sujos e imperdoáveis, mas
nenhum deles me fez sentir o sabor do inferno mais do que o que fiz
naquele momento.
levantar.
quase me moeu.
sorte.
Subi uma das mãos por sua coxa, marcando o caminho pelo
rastro do calor da minha pele e atingi sua boceta sem rodeios. Seu
clitóris pulsava contra meu polegar, e imitando seu ritmo de antes,
eu a toquei antes de senti-la pronta.
eu passaria.
corpo.
bunda para fora da mesa, forçando meu gozo a escorrer para fora
dela.
aquilo de novo.
— Quer apostar?
Não resisti. Minha visão foi até sua bunda, tentando enxergar
qualquer resquício meu entre suas pernas.
Descemos o mais discretamente possível, mas Davis nos
esperava.
mas encarei-o sobre o ombro e fiz que não sabia. — Quem sabe em
algo mais privado?
— Vista — mandei.
— O que foi?
— Nada…
Silêncio de novo.
brincadeira.
Precisava muito.
Agora me deito pra dormir
Rezo a Deus pra guardar minha alma
Se eu morrer antes de acordar
Rezo a Deus pra levar minha alma
Eu, eu mantenho um arquivo dos destroços da minha vida
Preciso entender a arma na minha mente
Eles falam merda, mas eu amo toda vez
E eu percebo
Eu já provei sangue, e é doce
Já puxaram o tapete debaixo dos meus pés
Já confiei em mentiras e confiei em homens
Fui quebrada, mas juntei meus pedaços de novo
nightmare, halsey
fosse algo natural, ela veio parar nas minhas costas, fodendo minha
cabeça com seu cheiro, com a proximidade da sua boca quando
seus braços envolveram meus ombros e ela apoiou o rosto contra o
— O que achou?
mesa.
varanda.
o hambúrguer.
Havia solidão.
seu lado.
cama.
braços vazios.
O peso de não ter o corpo de Valentina grudado ao meu tinha
me socado a cara dois segundos depois de eu abrir os olhos e,
inevitavelmente, saí da cama procurando por ela.
paralisei.
cabeça fervia.
Ela dormiu por três horas como se estivesse morta. Até
coloquei a mão em frente ao seu rosto para ter certeza de que ainda
respirava, e nesse tempo, levantei todo o histórico possível sobre
ela. Não tinha nada tão gritante, ela não era filha de ninguém
calça.
Daquela vez, o capitão tinha parado o barco em um píer
trabalhar.
entender.
— Não?
vindo dele.
— De qual tipo?
Arregalei um pouco os olhos e meneei com a cabeça.
— Piratas?
Considerei.
— Capitão!
comigo.
Desta vez não é tão simples. Seu velho amigo me pediu um trabalho
diferenciado. Estamos espiando e… — encarei Valentina, seu rosto
mudou na hora —… parece que nossa vítima está levantando um
semanas.
— Aonde vamos?
— Ao meu quarto.
A ponta dos seus dedos fez falta sobre minha mão quando
cabeça.
Valen revistou cada centímetro, cada sombra
desinteressante, como se tudo valesse sua atenção, e quando
— O quê?
quinta-feira de outono, ela ficou gripada, meu pai não voltou cedo do
trabalho, e eu saí tarde da noite para comprar remédio… Aquele dia
foi tão estranho e tudo aconteceu tão rápido que eu não sei mais
dos pés à cabeça por pensar que ele me seguia. — Ela cedeu com
os ombros e disse mais baixo: — Queria estar errada, mas não
estava.
resista, não chore. Obedeçam aos homens, não os olhem nos olhos
a menos que eles peçam…
idade que meu pai. Fui levada até ele vestindo nada além de uma
camisola transparente. Ainda consigo me lembrar do cheiro das
luvas de couro arrancando o tecido por cima da minha cabeça, da
mim depois de tocar todo meu corpo, quando meteu o pau em mim,
quando senti aquela dor lacerante, eu gritei. Sabe o que ele fez? Me
bateu. Eu não queria apanhar mais, eu não queria que doesse mais,
mas logo entendi que aquela seria minha vida, meu futuro, e quando
dei por mim, estava cravando os dentes no ombro do homem em
cima de mim com tanta força que senti gosto de sangue na boca. —
ficar com marcas e que precisava ser esperta. Foi ela quem me
ensinou que sexo podia ser prazeroso e, depois de um ano odiando
Minha pergunta não era para ser ofensiva, era só para entender sua
motivação, mas seus olhos queimaram em mim e ela se enfureceu
conforme me interrompia.
também não fui nenhuma delas. Meu corpo é minha prisão, mas
minha mente, mesmo sem nome, sem casa, sem nada, é minha. E
ela, ninguém nesta terra vai ter. Eu, ou o que sobrou de mim, ainda
Sua força, sua mente, seu conjunto todo. Ela era ela. Era
dela.
condição?
jeito bizarro e natural como lidava com sexo. Devia ser uma merda
de sobrevivência.
Não o meu.
O dela.
logo.
puro, mas até envelhecer e não render como rende hoje, se ele se
tornou tão filho da puta quanto o pai, ele vai secá-la antes de abrir
mão do seu produto valioso. E fará isso com a próxima, e a próxima,
Não é certo.
— Você não serve mais para isso. Arthur é seu cliente, o que
Vou continuar ao seu lado, porque te acolhi sabendo que era assim.
Apesar da merda toda que você trouxe, que te formou, você sempre
Passei o dia fazendo minha lição de casa, erguendo
informações, material de trabalho, e descobri mais sobre Nathalia
Franco.
perder sua única menina. A mãe ainda vivia. Seu endereço tinha
mudado, e ela gastou os últimos recursos buscando pela filha,
tentando visibilidade para o caso, mas não teve apoio de nada, nem
Eu não tinha filhos, nem pretendia tê-los, mas não sabia dizer
forma.
receberá vocês.
podíamos descer.
devia estar diferente desde a última vez que ele pisou ali.
mão no ar, seu polegar passava pela ponta dos outros dedos para
cima e para baixo em um ritmo acelerado, mas assim que ele nos
onde entramos.
uma hora dessa? Espero que seja uma boa notícia. — Sem deixar
nele.
— Quando e quanto?
— Então Davis não vai morrer, e virá atrás de você com tudo
aqui, talvez em uns cinco anos, ela esteja muito velha e não tão…
puta fora do meu caminho. Quer Valentina? Ótimo. Darei ela a você.
— Em dois dias?
Não achei que houvesse alguma trama nisso, ainda assim, fui
para trás, procurando outro canto para olhar que não fosse seu
rosto.
venha aqui.
tom entediado não foi pior que a pergunta vinda depois. — E você?
parte do rosto no braço antes de olhar para mim e colocar para fora
você.
— Eu também acho que ele está mentindo, mas não tenho
— O que faremos?
preocupe, Valen. Você vai voltar para casa, para sua família, e eu
vou para o próximo trabalho.
— Ou vamos morrer.
molhado, nu, com pétalas grudadas na pele que refletia à luz das
velas. Levei um longo segundo para apreciá-la por inteiro e sofrer o
Benjamin. Nunca fui tratada da forma como você faz, e é assim que
quero terminar isso. Você pode, por favor, fingir que me ama hoje?
fugir.
peito, se afastando, olhou para baixo e foi tentar abrir minha calça.
duro, sedento por ela, mas me contive. Não estava nem na metade
minha carne.
rosto, eu a tomei.
Primeiro com a ponta da língua, depois com os lábios, então
virar gemidos.
Ela poderia rebater, mas não havia mentira a ser contada, por
quadril, com o rosto encaixado entre suas pernas. Fiz tudo isso
havia sentido. Meu pau latejou, louco para provar da fonte, mas me
contive, roçando a boca e a barba pela parte interna de sua coxa ao
noite.
devorei.
chegaria em breve.
neguei.
outro lado.
Ela quase gritou de frustração. Eu não me importei.
dela.
escorregadia, a invadi.
vaivém dos meus dedos dentro dela, até seu corpo entrar em
combustão.
contra o seu.
Eu não entendi.
Ninguém se compararia.
Vamos fugir.
Vamos tentar.
Eu calei.
Minha mão foi de sua cintura para seu o rosto.
duro e forte.
abrindo mais para mim, tentando me levar ainda mais fundo do que
era humanamente possível.
Não cedi. Apertei sua cintura com toda minha força, tentei
pará-la no lugar, mas Valentina não cedeu. Ergui o tronco, em uma
luta quase física com a garota que tentava me manter deitado, e
Joguei o corpo dela para trás, ficando por cima, tendo a visão
A raiva só piorou.
Segurei-me com o último fio de força que tinha para que ela
não me expulsasse.
Em sua boceta.
Em sua cabeça.
Em seu coração.
Quando eu finjo que posso esquecer sobre o criminoso que sou
Roubando segundo após segundo
Só porque eu sei que posso
lying from you, linkin park
passariam.
por nós.
tocar nela.
segundo.
alguma, eu juro.
O modo angelical como ela sorriu, flertando com o velho,
gritando uma ordem para voltarem para casa, e entrou pela porta
traseira.
Davis.
fazia isso e agora ele quer voltar com tudo. Eu não quero que
Nassau se torne um lugar onde o tráfico humano seja o atrativo.
Não sou um homem de gostos comuns, vocês sabem, mas sou um
Valentina riu.
nos últimos seis anos, você e sua gente não fizeram nada. Se você
não fizer, acredite, sou eu quem vai matá-lo, porque eu não volto de
jeito nenhum para aquela vida de merda.
Surpreendendo-me, ela destravou a arma e apontou para ele
de novo.
perguntou:
deles. — Se hoje não sair uma nota da sua morte no jornal da noite,
segurança?
encarou.
Partimos dali no segundo seguinte, sabendo que ele não
— Acho que ele pensa que somos loucos, mas ele tem um
Valentina passou a tarde deitada com a cabeça no meu colo,
uma pergunta:
prova viva.
desliguei.
— O que foi?
— Podemos confiar?
Não. Nunca podíamos.
vacilar.
limpo misturado ao perfume que ela teria que deixar para trás.
fácil.
Olhando para baixo, para ela, puxei seu rosto para o alto para
— Você promete?
nuca foi implacável, e ela moveu o rosto para cima, juntando a boca
que podia.
no ar, ela fez que sim enquanto dava um passo para trás.
ela sussurrou mais para si do que para mim quando deu uma última
Forte.
Quebrada.
Sobrevivente.
Leonardo fumava em frente à porta da Perdición, o capitão o
corredor.
braço.
ceder.
empréstimo.
Era a morte.
Eu não tinha.
Precisávamos continuar.
ela fez foi respirar fundo, olhando para CJ, e passando por mim sem
algum.
sumisse.
para frente.
gaiola dourada.
lado de fora da gaiola, rindo, com uma faca na mão. Ele largou o
objeto sobre a bandeja prateada que seu segurança segurava e,
Ele gargalhou.
pense só!
mudou.
cobrar por ter ficado tanto tempo com ela será perdoado, mas
estamos quites. Ela volta para mim, inclusive, indo trabalhar hoje, já
que ficou de folga todo esse tempo, e você, você pode subir, comer
— Não! Por favor, não! — Sua voz saiu rouca, chorosa, e ela
gritou com mais dor quando Arthur a puxou pelos cabelos e bateu
com sua cara contra a grade, para que eu visse, para que ela me
visse.
cabeça baixa.
cliente que pagou o triplo para três horas hoje… Vá lá para cima,
Ben. Como eu disse, beba, se divirta, e esqueça que ela existe. Ou,
se quiser tê-la de novo, pague o valor da hora. É a única forma.
Não me movi.
tinha.
perigosa.
E foi para ela que rezei quando homens com mais que o
dobro da minha idade me violaram, compraram e bateram. Foi para
ela que recitei nomes, que entreguei o que restava da minha fé, do
Fiz isso porque sabia que ela, cedo ou tarde, para os bons e
chorar, ou de me arrepender.
tentado fugir.
por tentar roubar a faca de Arthur quando ele cortou todo o meu
vestido para avaliar meu corpo, eu não sabia para quem pedir ajuda,
— Você não tem o que querer, menina. Por favor, não deixe o
senhor Arthur voltar e te ver assim, sem estar pronta.
dizer.
fraca quando fosse dar tudo de mim pela pessoa que descobri que
ainda era. Qualquer homem que tivesse escolhido aquele dia para
estar lá, mas assim que fui obrigada a entrar, encontrei meu
pesadelo em forma de um homem de meia-idade, camisa cara e
Eu o conhecia.
olhando para meu corpo e não para o meu rosto, ele deu a ordem:
— Não vamos perder tempo. Te vi há mais de um mês, e paguei
caro por cada segundo com você e esse corpo maravilhoso. Faça o
dentro de mim.
tentando me enforcar.
o arranhava e gritava.
pegou.
Não sabia se o som que ouvia era porque meu cérebro tinha
dado pane ou porque estavam soltando fogos de artifício em algum
hoje… — Ele ia tentar terminar a frase, mas Ben não permitiu. Seu
direito sem eu perceber. — Agora vamos, não vai ser fácil sair, mas
precisamos…
— Precisam o quê? — Arthur estava na porta. — Achei que
tinha de munição.
cabeça de Benjamin e ele reagir foi alto, mas não tive tempo nem de
bater nele, nem de qualquer outra coisa.
Tudo acabou.
Que bom.
Acordei moído.
de gente…
— Não eram gente, eram os guardas de Arthur — respondi
parece ser. Foi ele quem te trouxe, junto do recado que, com Davis
morto, Arthur vai colocar o mundo abaixo. Hoje o plano da casa é
— E Valentina?
ontem, porra!
resistir.
por você, eu não estaria vivo. Sei que você tem seus limites, sei que
está pensando que seria melhor irmos embora e deixar essa merda
toda para trás porque, no nosso mundo, o mal é como uma hydra.
— Estou indo até você, reúna toda a força que tiver. Hoje é o
A casa onde Ornélio e Camila ficavam em Nassau era
para frente.
lá dentro?
Engoli em seco.
— Não — menti.
ajudá-la depois disso. Farei o que estiver ao meu alcance para que
— Boa sorte.
corredor.
Mal sabia ela que sorte era pouco para o que eu precisava.
sobreviver, mas daquela vez, o foco não era em mim. Meu objetivo
não era eu.
desfeita.
Arthur.
caminho certo.
A equipe que retiraria os civis entrou quando os soldados
avançaram, não achando ninguém mais naquele primeiro andar que
saraivada de tiros.
maldito.
as crianças novas?
meus ouvidos.
minha caída.
tudo, meu corpo reclamou por ser tão abusado em pouco tempo,
corpo parecia pegar fogo de tão quente que estava. Era sinal de que
um belo chute.
pescoço.
o que via, para ser tomado pela revolta, pela ira, enquanto tinha
também.
—… vinte minutos, menos até. Você nunca vai sair daqui com ela.
Atirei contra ele, mas Arthur era mais ágil do que jamais
pensei.
Foi por isso, que naquele beco sem saída, quando Arthur se
ergueu para rir da minha cara dizendo que não tínhamos nem dez
na testa.
naquela possibilidade e, por isso, passei pelas chamas com ela nos
lutado tanto para nada, encarei o rosto pelo qual eu ansiei tanto ver
com você agora. Talvez você não se importe mais com isso. Talvez
você nunca vá ouvir, mas eu preciso de você. Sou o filho ingrato de
se ela ter levado minha gestação até o final fosse uma ofensa.
era ruim, tinha ficado pior. Pilhas de corpos eram consumidas pelo
fogo. O sistema contra incêndio não dava conta de apagar as
muito que você tenha vivido tão pouco, que tenha sido tão quebrada
primeira explosão.
Tudo estremeceu e tentei ir mais rápido, achei a saída da
escada para o salão, estava quase lá, quando o teto cedeu. Agarrei
meu lado, com a cara vermelha por tanto chorar. Isso tinha sido há
sete dias.
abriu os olhos.
— Ben? — Sua voz saiu fraca, baixa e falha. — Tentando
sobrancelhas se juntavam.
— O que aconteceu?
descrever.
— Isso é real?
— E você?
— Não.
— Valen…
dezenove anos, pronta para voltar a ser uma pessoa normal. — Viva
bem.
— Ben… — Esperei ela dizer algo, mas seu rosto era uma
Segui até a porta e, assim que cheguei, por mais que doesse,
não virei para trás.
Ela tinha mudado tudo para mim.
só piorava.
eterno “e se?”.
Senti-me quebrada.
— Quem é?
— Como assim?
meses depois daquela merda toda nas Bahamas, ele disse que
alugou uma casa e eu não sei se está trabalhando por fora, se é que
você me entende…
banho.
— Eu prometo.
— Obrigada. Obrigada!
O endereço não ficava a meia hora de casa.
Parei meu carro na porta da casa, ferrando um pouco com a
maquiagem.
alucinante.
lugares abertos.
aquilo.
— Posso ajudar? — A voz dele permanecia a mesma, e
quando me virei para vê-lo, para encará-lo, pensei que meu coração
fosse explodir.
tirando uma ruga aqui e outra ali, ele não havia mudado em nada.
— Entre.
nesse último ano para ser uma pessoa comum, voltar aos trilhos,
sabe? Mas ninguém nunca parece entender, ninguém nunca vai
dizer o mesmo? Ben, eu morreria por você. Eu amo você. Eu, que
não era nada além disso — indiquei meu corpo —, amo você. E eu
mandaria embora?
marcas.
Mesmo que digam que eu não tinha motivo algum para isso,
só eu sei o inferno que é dentro da minha cabeça, e só eu posso
dizer quando é que eu realmente me sinto bem, mesmo quando
pros outros do lado de fora, tudo pareça perfeito.
dizer isso com um orgulho que, quem não sabe, nem desconfia que
você nunca me leu. HAHAHAHAHA. Obrigada por me acolher, por
Obrigada.
minha Manuella — como você pode ser tão incrível, sua filha da
dinheiro nenhum paga. Nunca vou saber ser grata o bastante. Amo
vocês, cada um no individual, mas ainda mais em grupo.
uma das melhores amigas que esta vida me deu, que entende a
comum, o que a gente criou uma pela outra, o de saber que isso
daqui é só o começo. Obrigada por confiar seu trabalho, amor e
dedicação ao meu trabalho, amor e dedicação. Obrigada por ser
nós.
Mari, você salvou minha vida este ano só umas mil vezes, e
continua, né? Eu sei que cheguei de paraquedas, que sou uma
chefe meio doida, um pouquinho chata, mas eu te enxergo. Eu