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Notas
Dedicatória
Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Epílogo
Agradecimentos
Vem aí
Redes Sociais
Sinopse
código abaixo.
Notas
Malditos, homens.
aquele tipo que não irá te ligar no dia seguinte e muito menos
está tocando e ele não hesita em colocar sua mão livre um pouco
dois passos para o lado e alguns giros. Sempre que posso encaro
É pavor, é pavor”[1]
do meu.
— Guilherme.
meu corpo se anima com a ideia de uma noite com esse homem.
Quando nos afastamos é apenas por alguns segundos, o
— Claro, princesa.
maneira de dizer que irá ficar com nossa amiga, sorrio agradecida
e me desvencilho dos braços do homem que escolhi para terminar
a noite.
gosto como deixa sua boca. Não importa quantas ele já chamou
assim, o que importa é que hoje eu serei a sua princesa.
Aperta minha cintura com mais força e meu peito vibra com
satisfação ao perceber que consigo mexer com ele, quanto tempo
desliza o pano para o lado e seu dedo encontra meu clitóris. Uma
fisgada em meu ventre faz com que feche minhas pernas e ele
sorri.
— Óbvio, bonitão.
Ele segue me encarando quando seus dedos entram em
mim e mesmo quando fecho meus olhos sinto seu olhar sobre
mim. Tudo se torna insuportável e antes que gritos deixem minha
encosta os lábios nos meus para que possa sentir o meu próprio
gosto. — Próxima vez, você gozará gritando o meu nome.
Suspiro.
totalmente destruída.
— Guilherme, Anne.
vamos?
Dou de ombros.
— E o lugar importa?
humor.
embrulhado.
chegar.
— Cheguei.
— Graças a Deus.
ameaça sair pela minha boca. Caralho, não posso vomitar agora.
faço.
Bufo irritada.
— Irei ficar bem, deve ser apenas alguma coisa que comi
no final de semana.
— Não!?
Encara-me indignada.
parecer ameaçadora.
Francesca.
Sorri e dá de ombros.
— Meu Deus, Anne, você tem quantos anos para falar algo
assim?
pescoço.
Fico em pé.
assim que entro no meu lugar vou até a parede de vidro que fica
atrás da minha mesa e observo o lago que tem logo atrás do
Nenhuma.
Porém, há mensagem da minha mãe avisando sobre o
surge em meus lábios ao ler a palavra irmã, nós não somos irmãs.
até a mesa onde ele está me esperando, porque é óbvio que ele
já chegou. Quando ele quer, ele é pontual.
possa me afetar, pelo amor de Deus não sou mais uma garotinha.
— Olá, querida.
será um pesadelo.
que não sou um exemplo de pai, mas você é minha única filha e
quero me aproximar de você.
Suspiro.
Sorri agradecido.
estão aqui.
— Adote um e há inseminação artificial.
emocional.
Dá de ombros.
que se for para casa será pior, pois ficarei o dia todo pensando no
maldito almoço. Meu pai decidiu ser meu pai, porque precisa de
haver um motivo.
se eu falhar.
Estou concentrada desenhando algumas peças para a
nossa próxima coleção, que será lançada junto com a nossa loja
no shopping quando meu celular vibra, como ele está ao meu
Enrico.
Diana.
— Entre.
ficar?
Encaro-a surpresa.
— Sete.
Volto a olhar para minha amiga que sorri e vem até mim.
coleção.
Francesca se aproxima e analisa com cuidado o vestido
— Está lindo.
— Obrigada.
Afasta-se e me observa.
— Estou.
— Certeza?
la até o hospital.
— Vovó.
— Aqui no jardim.
e flores.
— Oi, vovó.
Toca meu rosto com as suas duas mãos e olho para cima
para afastar as lágrimas dos meus olhos.
vez, aquela que não tem o carinho nem o amor dos pais.
— Obrigada, vó.
Ela sabe que estou agradecendo por sempre estar aqui por
Assente.
Dou de ombros.
sempre é igual.
Suspiro.
Manuela não tem culpa pela forma como minha mãe age,
Assinto.
— Eu também, vovó.
batente da porta.
Assente.
Sorrio, porque tudo para ela pode ser curado com uma taça
de vinho.
— Tá bom, vovó.
rapidamente.
meus pais e faria uma outra pessoa passar por tudo que passei.
De repente, sou invadida pelas lembranças e dores da infância,
sou aquela garotinha esperando por uma ligação do pai e um
abraço da mãe.
milionário e cafajeste, e com certeza ele não quer ser pai. Minha
consciência acusa que eu não sou minha mãe, não estou atrás de
quanto eu me senti, ainda mais uma criança que seria meu filho.
nada.
resultado.
fui tão irresponsável? Como deixar que tudo se repita? Não posso
em minha barriga.
importaria.
O que farei com essa criança?
Não posso me apegar a isso, não quando não sei o que fazer,
não quando não é sobre mim, nem sobre o que é certo, é sobre o
— Anne?
Fecho meus olhos ao escutar a voz de Francesca, droga,
não deveria ter dito que não estava bem, é óbvio que ela viria até
aqui.
— Hey.
— Estou descendo.
Desligo a ligação antes que ela tenha chance de falar algo
e enquanto deixo meu quarto pisco várias vezes para afastar as
lágrimas dos meus olhos e respiro fundo para tentar fingir que
estou bem.
que o abro meu coração acelera, porque ela não está sozinha.
assiste Chaves?
quando eu mentir.
— Continua vomitando?
Francesca se vira para mim enquanto abre a porta e faz
apesar de querer fazer isso sei que não conseguirei, não com ela
me olhando da forma que está me olhando, como se pudesse ler
meus pensamentos.
febre.
convivemos boa parte do nosso dia juntas e sei que quando você
— Da mulher do prefeito.
proporcionar a alguém?
— Um caos.
apaixonando.
envenena.
— Acho do quê?
perdoar Enrico.
— Não perdoei mais rápido Nicholas até mesmo porque eu
que fui a idiota na nossa relação.
compreensivo.
— Obrigada.
Abraço minha amiga e ela se despede de mim com um
beijo na minha testa.
fazer.
para fazer o exame de sangue, por medo e por medo sigo sem
olhar o resultado.
os seus traumas.
Meu peito continua apertado e meu coração despedaçado
e o medo ocupa cada canto da minha alma. Fecho meus olhos e
vida.
mensagem de Francesca.
minha calça jeans, pego minha bolsa e saio para encontrar minha
mim mesma que tudo continua igual. A louca por controle em mim
está tentando garantir que tudo está sob controle.
aqui.
relacionamento.
— Hey, princesa.
— Hey, bonitão.
Assinto e sorrio.
Enrico.
conhecia você.
— Mas não é.
inocente.
todos e pede para que ocupemos nossos lugares, porque ele está
indo buscar Diana.
— Bom, princesa, eu preciso ir.
bagunça.
normalmente?
eu estou grávida?
lo.
não o pego. — Não queria ler, mas sem querer acabei esbarrando
na palavra beta HCG, é por isso que você está tão estranha? Por
pânico.
porta.
sangue.
— O pai é o Guilherme?
— Sim, é ele.
Sussurro.
amiga me abrace.
me conforta.
— Obrigada, Fran.
— Tudo bem.
chorando.
certeza diria que sim. Eu quero fazer o melhor, mesmo que doa e
cruzadas sob meu corpo apoio meu computador sobre elas e abro
artigo.
— Olá.
manhã.
— Jesus, vocês não irão ficar apenas três dias, por que
três malas?
Enrico.
Pietra para ao meu lado e sei que está falando sobre ter
escolhido o mundo executivo ao invés da vida no campo.
— Não, e você?
Nunca fui igual a Pedro e Enrico que amam estar no
campo, eu sempre preferi a cidade. Pietra demora a responder e
quando olho para a minha irmã ela aparenta estar em outro lugar.
— Algumas vezes.
Mamãe vai direto para a cozinha, nós ficamos pela sala rindo e
conversando, nenhum de nós acorda Enrico e, simplesmente,
— Trinta e seis.
— Ele acordou.
Comemoro como uma criança e deixo a cozinha. Hora de
estrago.
Nós dois sabemos que não ligo para o que aconteceu com
meu carro a última vez que estive aqui, mas é algo com que gosto
de provocá-lo. Sento-me na poltrona de frente para Pietra e
Enrico e suspiro.
direção.
— Cale a boca.
netinho.
chegar. Anne, a loira, que fiquei na última vez que estive aqui
chega acompanhada de um casal. Não costumo ficar mais de
— Quem é ela?
Encaro-o indignado.
buscar Diana.
posso esperar para dividirmos mais uma noite, tudo que preciso é
casa dos pais de Diana saio à sua procura, a última vez que a vi
ela estava com uma amiga e como elas não estão na sala de
identificar quem é.
— É por isso que você está tão estranha? Por que está
grávida?
Droga, é uma conversa íntima e particular, dou um passo
para trás, mas antes que possa sair do cômodo escuto a sua voz.
— O pai é o Guilherme?
— Sim, é ele.
possa ouvir.
confundindo.
mais seguro.
— Olá.
Respiro fundo.
filho.
— Obrigado.
fachada.
varanda e assim que meus olhos encontram os seus sei que ela
estava chorando. Encaro-a sem saber o que falar, ou sem saber
como reagir.
verdade.
sorriso, um sorriso tão triste que faz com que meu peito aperte.
— Eu falar que estou grávida muda o que na sua vida,
Guilherme?
— Muda tudo.
outro em sua sala com um sorriso irônico em seu rosto, por que
ela não acredita em mim?
Ignoro seu tapa, ignoro seus gritos, não é sobre ela, essa
discussão sequer é sobre nós.
sejam mais importantes, não quero que ela escute da avó paterna
que ela é uma bastarda, não quero que ela seja abandonada
quando um dos pais encontrarem outra família, não quero que ela
fique horas esperando por um pai que não virá, não quero que ela
se pergunte o porquê ela não é amada, não quero que ela deseje
nunca ter nascido.
coração.
a única coisa que posso fazer, vou até ela e a abraço. Ela não me
dedos.
— Eu estou falando sério quando disse que posso ficar
você deixando uma criança com uma babá, ou com seus pais e
normalidade.
nunca tive.
ela fecha seus olhos e um tipo de amor que nunca senti na minha
assim que o salvo ligo para ela, o som do seu celular tocando
— Tudo bem.
Não preciso pensar muito para saber que sim. Eu tive pais
que me amam e embora nunca tenha pensado em filhos, quero
odeio ser alguém em quem Anne não confia. Adormeço com seus
sei que algo está errado mesmo antes de ouvir a sua voz.
era.
entender que seus pais não te amam como a maioria dos outros
pais.
mãe, mas com o amor seja mais fácil. Assim como foi mais fácil
mim.
sussurra que Guilherme quer ser essa pessoa, ele quer ficar com
a criança, porém eu não confio nele. Ele é igual ao meu pai, mas
eu seria igual à minha mãe?
— Está bem.
— Anne.
Seu grito ecoa e porque não consigo mais andar sem sentir
dor grito de volta.
— Aqui.
colo. Não protesto, porque não consigo dar um passo sem sentir
dor e no momento nada importa.
já amanheceu.
— Guilherme? Guilherme?
— O que aconteceu?
Assente.
cabelo, ele está nervoso. — Mas está tudo bem, mais tarde o
médico passará aqui para conversar com você.
minha barriga. Está tudo bem, meu bebê está bem. Eu prometo
que farei o melhor por essa criança, mas será um melhor ao meu
lado, por mais egoísta que seja não conseguirei renunciar a ela.
Por mais que saiba que não deveria julgar Guilherme sem
Sua voz não falha, seus olhos não desviam dos meu e há
— Bom dia.
Ele assente.
descaso.
— Obrigada, doutor.
— Claro.
posso exigir que ele não faça parte das nossas vidas? Talvez não,
— Eu levo você.
— Repouso, lembra?
Encaro-o indignada.
— Obrigada.
fazendo.
de agora.
Ergue as sobrancelhas.
— Não.
— Então, eu ficarei.
além do mais nenhum deles largaria tudo para vir ficar comigo.
Suspiro.
Dá de ombros.
minha testa.
entregando algo?
consegue me ver.
— Você é a Anne?
— Eu conheço você?
— Sim e não.
— Prazer?
sorrindo.
sua ajuda.
Suspiro.
— Ok.
Respiro fundo, porque não está tudo ok. Será que eu estou
dormindo e vivendo um pesadelo?
Ergue a mochila.
— Obrigado, maninha.
Guilherme pega a mochila das mãos da irmã e me sinto
mal por ter sido tão mal-educada com ela.
Assente.
Guilherme sorri.
— Prazer, Pietra.
disso.
— Disso o quê?
fica de repouso.
seios.
melhor.
negar. Abro a boca para dizer que não, mas não consigo, mesmo
quando desvio os olhos dos seus não consigo negar.
o manipular.
[15]
— O que você acha de uma salada Caesar e de um bife
grelhado de frango?
Ignora-me completamente.
— Pode ser.
então me afasto dele e ocupo uma das banquetas altas que ficam
mim.
— Obrigada.
— De nada.
não é desagradável.
tão lindo!?
Segue sorrindo.
— Você precisa se acostumar, porque é assim que irei
chamar você.
Bufo irritada.
Sorrio.
— Eu estou dizendo.
Dou de ombros.
— Não sei.
— O quê?
mas saber que ele existe mudou tudo e ver Anne chorando com
dor e sangrando foi terrível. Naquele momento, enquanto levava
Anne para o hospital, eu compreendi que faria tudo pela minha
Anne estava em pânico percebi que ela não conseguiria abrir mão
onde Anne dormia enviei uma mensagem para Pietra. Minha irmã
trabalha ao meu lado e é a pessoa perfeita para ficar no meu
lugar.
da minha escolha.
Anne que posso ser um pai. Sei que provavelmente ela foi
machucada pelo pai, talvez pelo pai e pela mãe e é diferente de
mesmo olhos.
filha.
olhos o quanto não sabe mentir, aliás seus olhos são totalmente
expressivos e ela tem certeza de que esse filho é meu. E mesmo
medo.
Essa não é a vida que eu planejei, nunca quis nada disso, por que
não estou em pânico? Por que não estou lamentando a vida que
— Caralho.
será que ela está bem? Não resisto e bato na porta, como ela não
me responde abro-a e me deparo com Anne dormindo, observo-a
por alguns segundos e é somente quando tenho certeza de que
pais irão reagir quando souberem que terei um filho? Como seria
transar com Anne sem camisinha? Afinal ela já está grávida.
biquíni?
despeço dele com uma boa gorjeta volto para sala e retiro a
— Caralho.
— Oi.
— Eu mesmo.
testa.
carreira do pai.
Como assim outra filha? Por que Anne disse que é filha
única?
minha filha.
explica a dor nos olhos de Anne. Uma raiva ecoa em meu peito e
não sei o que estou fazendo e nem que merda tenho na cabeça,
mas abro minha boca e digo algo que jurei nunca dizer na vida.
“Eu tô envolvidão
Logo eu que pensava só em sacanagem”[17]
deveria ter mentido, o que diabos eu faço agora? Não posso dizer
deve ser tão difícil, nós vamos ter uma filha juntos, o que pode dar
errado?
filha não possa estar com alguém como eu, pelo amor de Deus,
minha reputação é horrível. Eu conversei menos de dez minutos
— É claro.
fiz? Como vou sair dessa? Eu tenho trinta e seis anos deveria ser
mais esperto.
relacionando.
Maldita.
— Claro.
novos livros.
Fecha o livro que tem em mãos e olha para mim com uma
expressão vitoriosa em seu rosto. Antes de respondê-la deixo a
falo? Mentir não é uma boa opção, mas quais são minhas outras
alternativas?
Sorri e assente.
olhar de repreensão.
mas sua mãe acredita que sim e acredita que Anne não é capaz
de compartilhar a vida com alguém. Jesus, a mulher é uma
megera.
Tenta sair do meu colo, mas levo minhas mãos até suas
costas e a impeço.
— Pois é, eu encontrei.
— Também.
— Sua casa?
sorriso mais falso que nota de três reais e preciso me conter para
não rir.
Mais uma vez, ignora a filha e volta sua atenção para mim.
Caralho, é um interrogatório?
— É claro.
Droga.
— Infelizmente, esqueci no ateliê.
do seu corpo contra o meu, porque foi agradável tê-la por perto.
irmã na quarta-feira.
E assim sem se despedir ela sai, nós dois observamos a
em minha direção.
Dou de ombros.
humor.
eu.
Droga, por que não acabei com essa mentira quando tive
quis vencer.
é tão sem graça que ele não aguentou”, “você deveria ter se
empenhado mais”.
— Por que você disse para minha mãe que nós estamos
noivos?
mulher como ela, porém ela está noiva, e por fim se ofereceu para
— Eu sei.
Dá de ombros.
ignorou completamente.
Não é possível que ele esteja lidando tão bem com tudo.
o meu espaço faz com que fique um pouco zonza. Preciso dar um
puxou para seu colo e foi assim agora. Não sei lidar com a sua
— Eu não sei.
querer?
Segue surpreso.
ao bebê no feminino.
Encara-me assustado.
chamava de filha.
meu lábio ainda mais forte para não sorrir e quando enfim consigo
me controlar aponto meu dedo em sua direção.
masculinidade frágil.
minha direção.
— Talvez.
um passo em frente.
refeitos.
acaricio. Minha vida toda irá mudar e uma outra pessoa irá
depender de mim.
daqui.
triste.
Dá de ombros.
vezes pior, serei uma chacota, aquela que precisou mentir que
tem um noivo, quase um atestado de mentirosa porque nunca
conseguiria um feito desses.
— Uma chance?
Sorri.
que não sou quem exatamente você pensa que eu sou, quero que
péssimo caminho.
racional, sabe que não posso julgá-lo com base no meu pai,
porém é tão difícil.
aqui, eu estou falando sério, Anne. — Deixa sua mão sobre minha
perna. — Eu não vou abandonar a minha filha e sempre estarei
na sua vida a partir de agora, portanto realmente é melhor que
possa vir a acreditar. Ele está certo, podemos ser amigos e posso
Dá de ombros.
— Eu me lembrarei disso.
minha mente.
— Filha do prefeito?
Assinto.
prefeito, eu fiquei com a minha avó, porque ele não queria que a
nova mulher levasse a filha para morar com eles. — Suspiro. —
Manuela nunca foi meu real problema, mas ela teve a mãe
— Ela não merece que sinta raiva dela, porque ela não
depois de alguns minutos para falar que estou ficando com frio e
irei entrar deparo-me com seu olhar em mim.
cabelo.
— Estou entrando.
ele.
— Ir embora?
Bufo irritada.
— Não preciso.
— Eu irei ficar.
morando juntos.
Não espero por uma resposta sua e subo para meu quarto.
embora.
ombros.
Aponto em sua direção — Mas assim que lavar a louça você irá
embora.
— Veremos, princesa.
— Ela irá ficar com muita raiva quando nos ver na quarta,
princesa.
e vou até o banheiro. Ele não deveria ser assim, ele deveria ser
garotinha e Guilherme.
Acordo com o despertador como sempre, porém não me
trabalhando de casa.
cheiro de café.
Merda.
cozinha.
ao redor da mesa.
— Obrigada.
minha frente.
Assinto.
— Por favor.
Ele abre a boca para falar algo, mas meu celular toca,
então ergo minha mão e peço para que ele espere. É a minha
estou apreensiva.
“Eu sosseguei
Mudei a rota e meus planos
O que eu tava procurando
Eu achei, em você”[22]
— Mais tranquila?
calma.
— Pontinho?
Sorri empolgada.
Dou de ombros.
— A minha o quê?
no trânsito.
— Você o quê?
Dou de ombros.
automático.
arara.
— Por quê?
de retirar da arara.
boneco Ken.
la.
— Por quê?
bonito.
chance a um feio.
Dou de ombros.
Ela não irá pagar, mas ela não precisa saber disso por
loja.
no personagem.
— Posso?
Sussurra, ela está tão perto que seu perfume domina meu
espaço. O lugar onde estamos torna-se insignificante e é como se
— É lindo.
brilhando.
— Irei levar.
A vendedora sorri.
— Vamos sim.
— Não iremos.
Dou de ombros.
Assente.
— Obrigado.
— E a senhora é?
Encara-me irritada.
do nosso bebê.
Caralho!
Anne sussurra.
você.
— Tchau, mãe.
Encerro a ligação.
dizer?
mentido para uma das suas amigas que posso apostar ser uma
fofoqueira, só uma fofoqueira pararia a gente no shopping como
estar noivo.
Dou de ombros.
— Eu estou aí disponível. — Brinco, mas pela falta de
— Impossível, Guilherme.
fios de cabelo do seu rosto. — Sei que não deveria ter mentido, a
culpa é toda minha e eu irei consertar o estrago que eu fiz.
que faça algo que não deva, Anne abre seus olhos e se afasta.
cuidado.
— Obrigado.
pensei que seria tão incrível ter uma casa no alto de um morro.
quando meu pai surge na tela do celular junto com a minha mãe,
eu conto tudo para os dois. Sobre Anne, a gravidez e a mentira
seu?
— Incrível, filho.
parece preocupado.
estarei.
— Eu sei, pai.
Ele sorri e se afasta deixando que mamãe se aproxime da
tela do celular.
Bufo.
— O que está feito está feito, tudo que preciso fazer agora
— Obrigado, mãe.
Suspira.
— Malditas fofoqueiras.
Sorrio e me despeço dos meus pais. Assim que encerro a
mãe “Por que, estou protegendo Anne? Por que, estou tão
que ela continue assim. Eu quero que ela seja feliz. O motivo? Eu
não sei, apenas algo me puxa em sua direção, algo em meu peito
— São, eu comprei.
— Boas-Vindas, Bebê 2.
Dou de ombros.
debochada.
— Tenho certeza de que sim.
seios.
— O que é isso?
pode ter.
quebra-cabeça.
concentradíssimo.
— Realmente funciona.
mudou.
como família faz com queira fugir para o outro planeta, então tudo
que me sobrava era minha carreira.
— Por quê?
Dá de ombros.
frente.
melhor.
para mim, porque como prometido estou dando uma chance para
ele.
comum.
Encara-me divertido.
— Sério?
do que o meu.
criança.
ela, por isso engravidou, mas seu plano deu errado, porque os
de dinheiro.
aperta.
— Minha mãe continuou no foco de achar um marido rico e
humilhar, boa parte da minha vida ela me culpou por não ser
capaz de fazer o meu pai se interessar por ela e por mim. — Olho
para cima para não chorar. — Eu queria ter um pai como toda
a sua mãe, avó mais perfeita do mundo, minha avó foi a única
evitar que alguém sofresse o que eu sofri, evitar que ela sentisse
o que eu senti, não quero que ela se sinta rejeitada, Guilherme.
— Eu também.
— Minha avó.
— É claro.
No mesmo instante que escuta a minha resposta
— Então, vamos?
Ela irá amar ser uma bisavó e claro irá nos recriminar pela
mentira.
mexendo no celular.
— Estou pronta.
então assente.
— Vamos?
Aceno com a cabeça concordando e ele vem até mim.
Ele sorri.
— Olá, vovó.
Desvencilha-se dos meus braços, sorri e então se vira para
Guilherme.
— E esse, quem é?
abraça.
— É um prazer, Guilherme.
Ele sorri assim que está longe dos braços da minha avó, o
— Sim, vovó.
da mesa.
estou grávida.
passa, porém não sou bem-sucedida, porque ele ainda não sabe
muito bem o que fará nos próximos meses. Nós mais rimos do
que de fato conseguimos planejar algo.
“Tá escancarado
Vai negar pro coração
Que você tá com sintomas de paixão”[25]
homem que jura que irá ficar e ser um pai. Um homem que é
engraçado, protetor e tudo que sempre evitei, viciado em trabalho
e um cafajeste.
— Olá, Fran.
de estar lá.
cantinho.
Dá de ombros.
Suspiro.
— É sim.
— Que afilhado?
a de Diana.
boca.
história.
em sua testa?
um pai, porém sei que a família dele procurará pela criança e será
um lembrete de que o pai se afastou. — Meus pensamentos são
uma bagunça. — Ele sempre irá ter alguém para perguntar do pai.
— E eu estou.
certa.
Dá de ombros.
— Amor?
seus neurônios.
Francesca?
minha mãe.
divertida.
— Qual?
Dá de ombros e sorri.
à porta.
— Entre.
suco e sanduíches.
trabalhando.
Guilherme coloca a bandeja sobre a mesa e ocupa a
— Eu também não.
cada mordida.
trouxe.
na bandeja.
— Tudo bem.
cadeira.
— E o seu trabalho, como está?
me arrumar.
Ele sorri.
Sorrio debochada.
— Eu estou garantindo.
minha mãe, mas uma vozinha insiste em dizer que quero estar
sensual.
agora.
[27]
Sorrio, pego a minha clutch branca e deixo meu quarto.
Coro.
— Obrigada.
Nenhum de nós se afasta e continuamos com o olhar preso
um no outro.
— Pronta?
com os seus.
— Pronta.
— Você consegue.
um sorriso de verdade.
animada.
— Sério?
— Sim.
— Uau, parabéns.
irmão.
Almoço?
— Como assim?
— Algum problema?
outros convidados.
Ele dá de ombros.
— É só um almoço, princesa.
Capítulo 17
Encaro-o indignada.
oficializamos um noivado.
é mentira.
Sussurra.
loucura, por que ele não está surtando como eu? Ele parece tão
tranquilo.
Assente.
não estarmos noivos, mas teremos uma filha o que é muito mais
olhos.
— Sim, é uma ótima ideia, além do mais podemos contar
sobre o bebê para sua família e o restante da minha.
Sem que eu perceba ele ergue sua mão e aproxima seus dedos
da minha boca.
Sorri.
bem.
ele está sendo sincero e isso faz com que meu coração se
tranquilize. Guilherme consegue me acalmar.
— Tudo bem.
uma taça, ao seu lado está o prefeito, seu marido, pai de Manuela
e o meu padrasto.
reconfortante.
sobre os dois.
— Como assim?
— Achei que sua irmã pareceria com sua mãe já que ela a
venera tanto, então esperava que ela estivesse se casando por
— Para mim?
— Sim.
— Obrigada.
— De nada.
meu.
foi capaz de me distrair. Uma parte de mim quer surtar por causa
— Espero que seja uma garota, ou ele irá nos odiar para
sempre.
Sorri.
— Estava?
— Por quê?
— Por que estou feliz por você estar aqui? — Assinto e ela
— Eu também gostava.
— Não odeio você, só que Cecília foi algo para você que
sua.
— É claro.
direção.
Dá de ombros.
— Conversa necessária.
Dou de ombros.
— Está frio.
Seguro o tecido.
— Obrigada.
envergonhado no rosto.
— Eu preciso de ajuda.
Ela cora.
torturo, faz quanto tempo que não toco em uma mulher? Com
longo que valoriza seus seios e o maldito colar que está usando
subo até seu ombro, o contato faz com que meus dedos esbarrem
em seu pescoço e não resisto, acaricio a curva formada pelo seu
mesma luxúria que há nos meus. Ela também está sentindo essa
tensão que nos puxa na direção um do outro.
— Obrigada.
— De nada, princesa.
que nos vimos e a cada dia quando a vejo, quero tomar a sua
boca e fazê-la minha, porém isso que compartilhamos agora é
Anne e minha filha são meu tudo, não posso perdê-las por um
capricho meu.
meu estômago.
Ela sorri e me dou conta que por esse sorriso sou capaz de
tudo.
— Vamos?
— Vamos.
Cora e sorri.
— Obrigada.
Assinto e assim que ela ocupa seu lugar fecho a porta, dou
— Nervosa?
Bufa irritada.
Dou de ombros.
Ela bufa mais uma vez, porém posso apostar que dessa
— A estrela chegou.
pesar.
— Desculpe, eu preciso ir.
Sorrio.
— Estou.
— E você e Anne?
sobrancelhas.
você é um chato?
Assinto.
— É claro.
— Folgado.
Dou de ombros.
está tocando? Ele tem as mãos em seu braço e ela está sorrindo.
Peço licença aos três e vou até lá. O que eles tanto estão
conversando? E por que, ela está sorrindo?
rosto.
— Prazer, Guilherme.
como se quisesse algo com ela. Eles estavam flertando? Por que
Anne se vira para mim com a testa franzida, mas não tem a
Dou de ombros.
— Nada, apenas estou agindo como sempre agi.
provocando.
mim?
Dá de ombros.
— Eu gosto da proposta.
ótima ideia.
parceria.
Nicholas.
sua vida.
apaixonados.
anos.
Encaro-o surpreso.
— Você faz parte do time dos emocionados.
emocionado.
— Princesa?
— Princesa?
— Obrigado.
você.
Nunca pensei que fosse tão bom ter alguém torcendo por
sábado.
proposta.
do seu rosto.
— Você é um maluco.
Sorrio como uma criança.
— Talvez.
Ela faz uma careta fofa, o que torna bem difícil fazer
qualquer objeção, por que eu preciso ser tão mole?
— Quando?
— Por quê?
luzes à nossa frente. — Por mim e pela minha filha, um novo ciclo
irá se iniciar na minha vida e não posso mais continuar presa ao
passado.
com força. Ela está aqui tão perto, seus lábios estão tão perto,
com meu nariz toca a lateral do seu rosto e por fim, beijo a sua
bochecha.
sempre, não somos mais apenas nós dois, nós somos três e
seremos eternamente responsáveis por um outro ser humano.
— É sim.
Ficamos o resto da noite assistindo programas aleatórios
na televisão, inclusive comemos os peixes sentados no tapete da
sala.
seu quarto, porque quero tê-la por mais tempo em meus braços.
Capítulo 20
Dá de ombros.
— Pensa que poderia ser pior se de fato estivéssemos
noivos.
Ele está sorrindo, mas a frase faz com que meu coração se
— Por quê?
sobrancelhas
você.
Na maioria das vezes quando vou conhecer alguém
consigo controlar o medo de rejeição, porém hoje é muito
amanhã, ou depois.
E são gestos assim que fazem com que meu coração bata
acaso sua família não gostar de mim podemos não dormir por lá?
Assinto.
— Claro.
— Sei bem como eles são terríveis, passei por isso quatro
dos três, Enrico, Pedro e seu pai, Eleonora me leva até a cozinha
onde encontro Diana e Pietra. Minha amiga é a primeira a me
abraçar.
— Bem-vinda à família.
Sorri e assente.
foco de vocês.
para ele.
— Guilherme.
só ri.
— É a verdade.
Vêm até nós e passa seu braço pelos meus ombros. Apoio
— Não exagere.
megasena.
ele.
— Você não, princesa, você é visita.
mesmo tempo.
pertencer a ela.
ele olha para Diana que faz sinal para que ele continue falando.
coelho?
— Comporte-se.
Dá de ombros.
— Ela terá.
não precisava.
Encaro-o assustada.
carro. Será que é mesmo uma boa ideia dormimos juntos? Meu
que tente negar, sei o porquê estou assim, é porque iremos dividir
escuto seus passos pelo chão. Meu coração acelera e quando ele
Respiro fundo.
aconteceria se eu me virasse?
corpo.
Distribui beijos pela minha pele fazendo com que todo meu
corpo desperte. Viro-me ficando de frente para ele e estamos a
— Você sabe, não sou mais alguém que irá passar pela
contato.
dedos.
Sussurra enquanto percorre meu rosto com a sua boca.
Meus seios pressionam minha camisola e não suporto mais a
pressão entre o meio das minhas pernas por isso pego a sua mão
calcinha.
clitóris.
piscina?
Suspiro, porque ele está certo. Nós nem deveríamos ter ido
que cruzar mais uma barreira é algo que talvez ainda não
estejamos prontos para fazer.
parte da família.
Vamos para a mesa de jantar tomar café da manhã. Mais
uma vez Guilherme e eu nos sentamos um do lado do outro.
interrompe.
Assente.
uma menina?
— Mais ou menos.
decide me socorrer.
o resultado do exame.
Eleonora assente.
— E o nome?
falso noivado.
— Entre.
corpo, seus olhos brilham e aquecem meu peito. Por fim, mantém
veste uma calça jeans e uma camisa branca que deixa à mostra
tatuagens.
tatuagens.
— Eu era.
Ofego surpresa.
Dá de ombros.
perfeitamente com o anel que desde aquele dia nunca mais tirei
do meu dedo.
— Obrigada, Guilherme.
Suspiro.
Sorri e dá de ombros.
divertido.
almoço também serve para você contar para sua mãe e seu pai
do bebê.
Suspiro.
— Realmente precisamos.
— Vovó.
— De coração partido.
último a chegar e para minha surpresa junto com ele está sua
— Está sim.
Sorrio.
— Ele é.
— Sinto muito por nunca ter sido o pai que você precisava.
— Sigo em silêncio, porque não há nada a ser dito. — E sei que é
muito tarde para pedir perdão e nunca serei capaz de reparar os
— Definitivamente não.
— Nem pensar.
causando em mim.
— Irei, gostou?
minúsculo tecido.
frente, mais uma vez meu olhar sobe e desce pelo seu corpo. O
continua sorrindo.
eu.
— Ou o quê?
não que já não tenhamos feito isso, mas a próxima fase não tem
Dá de ombros.
sorri.
onde fica.
É você, é você”[34]
Resmungo.
— Depende.
— Depende?
Suspiro.
não havia percebido por causa do seu cabelo, suas costas estão
totalmente expostas.
— Gostou?
— Odiei.
em paz.
— Eu não lembrei.
Suspiro.
alcança.
— Porque nossa prioridade é a nossa filha.
gole.
— Algo aconteceu?
— Nada importante.
— Eu conheço vocês?
Caralho.
A ruiva é mais contida e ela deve ser uma das Ariel que
passou pela minha vida.
Adormecida?
— Muito pequeno.
desvencilhar das duas mulheres seguro seu pulso e ela vem até
mim.
mim.
quero.
está cheio. Encontro meus irmãos e ela não está com eles, nem
minhas costas.
— Pare Guilherme.
para cima.
— Desculpe, cara.
Antes que possa quebrar a sua cara ele corre para longe.
Bundão.
Pressiono ainda mais minha mão contra sua cintura e seguro com
mais força seu cabelo.
apelido a incomodaria.
princesa.
Exploro sua boca com a minha língua e faço com que ela
sinta a intensidade do meu desespero.
da sua orelha.
pista de dança.
antes que siga, sabe-se lá Deus para onde, pego o tecido do seu
vestido e a puxo em minha direção.
— Hey, cuidado esse vestido é caro demais para você
rasgá-lo.
falando.
meu prazer.
— Consequência do bebê.
sobe pela minha perna e onde ele toca deixa minha pele
meu.
sua orelha.
a minha calcinha.
meus lábios.
Sorrio debochada.
— Guilherme!
— O quê?
— Chupe-os.
de mim.
sua calça e a empurro para baixo junto com sua cueca, ele retira
a sua blusa e chuta suas roupas para longe, então tenho-o nu à
de ombros.
— Vingança.
mãos até suas coxas e paro com minha boca na ponta do seu
pernas enquanto minha língua toca seu pau em uma leve caricia.
— Porra, Anne.
boceta aperta.
eu sobre ele.
para cima.
satisfeita.
— Eu já disse que você será minha morte, princesa?
Vou mais para a frente e ergo meu corpo até estar com
boceta toca a ponta do seu pau. Meu olhar está preso ao seu e
de mim.
— Banho, princesa.
coloco meu rosto sobre seu peito e ele tem os braços ao redor da
minha cabeça.
— Completamente sua.
Capítulo 24
com ela.
à sua mãe.
mas acho que você está com muita vontade de vir a esse mundo
e acabamos formando você.
Apoio meu cotovelo na cama e a cabeça em minha mão e
sigo acariciando a barriga de Anne, dessa vez traço círculos
tudo que vivi me trouxe até a vocês — Mais uma vez preciso
sempre soube que ela amava você, assim como eu sempre amei.
Suspira.
terrível.
pia.
Dou de ombros.
— Bem.
nosso primeiro dia como casal e é por isso que enquanto estamos
— E daí?
— Não sei.
imaginava.
— Eu sei.
de amasso no sofá.
pessoa.
— Com certeza.
que quer!
testa.
— Por quê?
queixo.
— Vamos?
em sua cintura.
se pondo.
— Sim.
Dá de ombros.
— Eu nunca descumpro uma promessa.
gravata?
e quando eu volto.
— Ainda bem que faz três dias que não somos mais
amigos.
em pé.
— Sim, eu estou.
Guilherme segura meu pulso. Desce seu olhar pelo meu corpo e
analisa cada detalhe do meu vestido vermelho longo e com uma
minha orelha.
mesmo que tenha sido por pouco tempo preciso respirar fundo.
— Nada demais.
Ele está dirigindo e não posso ver o seu rosto, mas sei que
está com a testa franzida.
dias.
— Não.
— Certeza?
passada.
Debocho e ele só balança a cabeça. Ligo o som e pelo
um local para eventos e a sua aparência faz com que pareça que
estamos em um baile do século passado.
— Dança comigo?
— Claro.
Assente.
olhamos faz com que cada palavra pareça real, como se nós
realmente estivéssemos dispostos a nos amar por mil anos.
cabeça.
Sorrio.
do salão.
falsidade.
— Boa noite.
bem e separados.
imagina.
algo, porque ela sempre tem algo a dizer dou um passo em frente
e me afasto dela.
Preciso de ar e passo pela primeira porta aberta que
suspiro.
Você pode achar que não, mas você é minha filha e mulheres
como nós precisamos ser espertas.
mundo.
— Um dia, vocês irão se tocar que tudo não passa de
emoção. — Cada palavra é dita com desdém. — E perceber que
só agiram no calor do momento, Guilherme vai querer voltar para
mas balanço a cabeça. — Não quero mais ouvir você, nunca mais
quero ouvir você e apesar de ser minha mãe quero você longe da
minha vida.
Simplesmente dá de ombros.
— Dói ouvir a verdade, não é!? — Sorri. — Não se
preocupe, eu entendo a sua raiva.
— Eu preciso ir embora.
E pensar.
— Vamos.
— Eu preciso ir embora.
coração partido. Como assim ela precisa pensar? Como ela pode
acreditar que sua mãe tem razão?
talvez ela não sinta o mesmo que eu. Será que ela realmente está
apenas emocionada com a ideia de construir uma família?
suas próprias decisões e ser feliz, mesmo que seja uma felicidade
longe de você? Pensar em não estar com Anne é sufocante, é
Talvez ela ainda não saiba, mas ela me ama assim como
eu amo. Passo as mãos em meu cabelo, e se fizer ela se
a ideia de família.
Será que ela acha que eu não a amo? Será que ela tem
acreditando em mim?
acreditei que ser solteiro era a melhor coisa da vida, até mesmo
mais incrível que o amor. — Sorrio. — Eu só acreditava nisso,
que ela passe. — Não sei quando comecei a amar você, mas o
fato é que te amo e não tem nada a ver com a nossa filha,
ela para em frente ao palco, pulo e paro à sua frente, então apoio
minha testa na sua e ela espalma as mãos em meu peito.
Sorrio.
ama.
— Você juntou os pedaços do meu coração, o consertou e
então o tomou para si.
princesa.
— Você é um maluco.
Sorrio.
— Depois de subir em um palco, doar cem mil reais e me
declarar para você, eu preciso de uma saída triunfal.
Encara-me divertida
filha para uma instituição. — Ela gargalha — Não ria que foi por
fã clube e aposto que a foto de perfil seria uma em que estou sem
camisa.
causado por nós, não porque não há o que ser dito, mas porque
precisamos chegar logo em casa. Trocamos olhares durante o
— Eu te amo, Anne.
— Eu te amo, Guilherme.
mesma.
Suspira.
o quanto te amo.
braços.
momento.
— Vai?
Seus olhos brilham, um brilho malicioso. Ela sabe o que
iremos fazer.
para mim e empurro seu cabelo loiro para o lado, abro o zíper do
— Me surpreenda.
pele. Beijo suas costas e seu corpo se arrepia. Assim que tenho
seu vestido totalmente aberto empurro as alças pelos seus
contra o meu peito e a sua bunda contra o meu pau. — Será uma
pena rasgá-la.
— Porra.
em sua cintura.
— Caralho, gostei.
Sorrio satisfeito e deixo que um dos meus dedos entre
com meu dedão. Cada vez que ela rebola em minha mão fico
ainda mais duro. Mal posso esperar para estar dentro dessa
mulher.
o beija.
Sua boca em mim é uma tentação e respiro fundo para não
perder o controle. Suas mãos descem e tocam o meu pau por
cima da calça.
— Anne.
controle. Puxo-a pelos cabelos e faço com que fique com a boca
a centímetros da minha.
— Eu te amo, Anne.
— Eu te amo, princesa.
Capítulo 27
concentrado.
Dou de ombros.
Tento não rir, mas é impossível. — Deveria ser pecado você ficar
pequena barriga.
— Não.
rejeitado.
vez.
— Próxima vez?
mais de um.
direção.
— Quem já chegou?
— Todo mundo.
Guilherme.
Ela nos leva até um lugar mais afastado da sua casa onde
está decorado com muitos balões azuis e rosas, há duas caixas
— Devemos revelar?
aquilo que eu não tive, uma família que a ama. Eleonora nos
Dá de ombros.
seus olhos.
Assente e sorrimos.
— Minha intuição de pai é uma farsa. — Faz uma careta.
seguem sorrindo.
bonitão.
— Eu também estou.
mim em pânico.
— Com certeza.
rosto.
— Fizemos?
apaixonamos.
Ele está certo.
acontecer.
Anne
— E você?
administração.
mente.
— Eu também, princesa.
Assim que Guilherme diz sua última palavra sinto uma
— Eu senti.
Guilherme
família.
lado.
— Você só não quer admitir que eles são parecidos
comigo.
— Casa comigo?
Dou de ombros.
Guilherme
Caminho de um lado para outro e meus irmãos que estão
ao meu lado riem.
— Não sei.
juntos e é claro que ela não irá desistir, mesmo assim meu
coração bate acelerado em meu peito.
coração acelera ainda mais. Primeiro sua avó deixa o carro, então
nossos filhos, seu pai e por último ela. Meus olhos se detêm nela.
como se ela fosse uma sereia, em seu cabelo que está quase
Linda.
Deslumbrante.
Perfeita.
não consigo esperar e vou até elas. Estendo minha mão para
Anne e sorrio.
da minha vida.
Anne
criança de cinco anos consegue abrir uma porta com tanta força?
É um mistério.
direção, antes mesmo que chegue até mim, meu filho também
entra na sala.
— A ideia é minha.
testa franzida.
— Tudo bem.
meu pai e o abraço. Nossa relação evoluiu muito nos últimos anos
aqui.
cronogramas.
Suspiro.
carro.
Hoje, eu sei que quem perdeu foi ela e não eu. Foi ela que não
foi ela que nunca conheceu os netos e ela que nunca irá saber o
que é o amor. Sei que ela pergunta de mim para minha avó, mas
da direção.
Dante um irmão.
Apenas deixo que eles sigam falando até em casa. Eles
entram gritando pelo pai e encontram Guilherme na sala com Bob,
TikTok: lannaa_silva
[1]
Trecho da música Propaganda da dupla sertaneja Jorge e Mateus
[2]
Trecho da música Unstoppable da cantora Sia
[3] Trecho da música Someone To You do cantor Banners
[4]
Um croquis costuma se caracterizar como um desenho de moda
[5]
Programa de auditório transmitido pelo canal de televisão SBT
[6] Trecho da música Atlantis da banda Seafret
[7]
Famosa frase do seriado Chaves
[8]
Trecho da música Take Me Home da cantora Jess Glynne
[9] Trecho da música Relicário do cantor Nando Reis
[10]
Qualquer superfície, terrestre ou aquática, que possua infraestrutura destinada
à aterragem, à decolagem e à movimentação de aeronaves
[11]
Pife é um jogo de cartas para até 8 participantes. O objetivo é combinar cartas
iguais
[12] Trecho da música Wildest Dreams da cantora Taylor Swift
[13] Trecho da música Let´s Hurt Tonight da banda OneRepublic
[14] Trecho da música I Believe In You do cantor Michael Bublé
[15]
Caesar salad, salada Caesar ou salada César é uma salada preparada com
alface romana e molho Caesar.
[16] Trecho da música Arranhão da dupla Henrique e Juliano
[17] Trecho da música Envolvidão do cantor Gustavo Mioto e Luan Santana
[18]
Veneza, a capital da região de Vêneto, no norte da Itália, é formada por mais
de 100 pequenas ilhas em uma lagoa no Mar Adriático
[19]
A gôndola é uma embarcação típica da Lagoa de Veneza, na Itália
[20] Trecho da música Conversations In The Dark do cantor John Legend
[21] Trecho da música Title da cantora Meghan Trainor
[22] Música Sosseguei da dupla Jorge e Mateus
[23] Trecho da música I Think I'm In Love da cantora Kat Dahlia