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COLÉGIO SÃO RAFAEL

ARTHUR, BIANCA, LARA BRAGA E RAYSSA

TRABALHO DE LITERATURA
OBRA: O MULATO

PROFESSORA: SAMIRA

LUZ
2022
1° OBRA

Título: O Mulato

Autor: Aluísio Azevedo

Gênero Literário: Romance

Escola Literária: Naturalismo

Temas: Aluísio de Azevedo aborda temas como o preconceito racial, a escravidão, a


hipocrisia do clero e ainda o provincianismo.

Publicada em 1881, a obra “O Mulato” marca o início do movimento naturalista no Brasil.


Escrito por Aluísio Azevedo, o romance foge dos modelos clássicos com final feliz, no qual o
bem vence o mal.

2° INFORMAÇÕES SOBRE O AUTOR

Aluísio Azevedo foi o principal autor da vertente naturalista no Brasil e o primeiro escritor a
viver de literatura no país. Exímio retratista de tipos sociais, escreveu inúmeras obras, entre
romances, contos, crônicas e peças teatrais, além de ter sido  desenhista e caricaturista.

Sua produção literária concentra-se entre os anos de 1882 e 1895, aproximadamente, com
destaque para o célebre romance O cortiço, leitura obrigatória para ingresso em diversas
universidades brasileiras, bem como para a compreensão das estruturas sociais cariocas, no
final do século XIX, pautadas na exploração econômica e na perpetuação das desigualdades.

Nascido em São Luís do Maranhão (MA), em 14 de abril de 1857, Aluísio Azevedo era filho de
D. Emília Amália Pinto de Magalhães e do vice-cônsul português David Gonçalves de
Azevedo.

3° PERSONAGENS

RAIMUNDO – é o protagonista do romance. Trata-se de uma personagem levemente


romântica dentro de uma obra de caráter naturalista. Ele vive cercado de falsidade e não
tem noção sobre a própria história. Raimundo José da Silva é descrito no livro da seguinte
forma:
Homem culto, fisicamente belo e com posses, Raimundo sente o peso dos preconceitos
raciais que vão além da pele e atingem até mesmo sua própria história

DONA MARIA BÁRBARA – personagem plenamente naturalista, a sogra de Manuel


Pescada é mostrada como mesquinha, preconceituosa, hipócrita e péssima dona de casa.
É lembrada como uma víbora. É uma das principais antagonistas de Raimundo, a quem
raramente dirige a palavra. Maria Bárbara tinha o verdadeiro tipo das velhas maranhenses
criadas na fazenda. Quando falava nos pretos, dizia Os sujos e, quando se referia a um
mulato dizia O cabra.
MANUEL PESCADA – Pai de Ana Rosa e genro de Maria Bárbara. É um homem sem
grande força moral e que se vê subjugado pelas investidas de sua sogra, que o domina de
diversas formas. Não desperta interesse nas pessoas e mesmo sua esposa – Mariana –
que, na narrativa já está morta, casou-se com ele mais por conveniência que por amor, já
que ela era apaixonada pelo jornalista José Cândido de Morais e Silva (O Farol).

ANA ROSA – Filha de Manuel Pescada e amada de Raimundo, é uma personagem que se
adapta às conveniências. Suas atitudes são sorrateiras e dissimuladas, mesmo
despertando a simpatia do público, a personagem é fruto de uma confluência de fatores
que a levam a agir de forma superficial. Ela é inteligente e perspicaz, observando sempre
o que pode ser melhor para ele. De algum modo, ela acaba dirigindo as ações de Raimundo

LUÍS DIAS – personagem que aparece discretamente ao longo da narrativa, mas que
acaba tendo uma participação fundamental na história. Com grande jeito para as
negociações, Luís Dias espera a melhor oportunidade para ocupar o seu espaço e garantir
um futuro cheio de fartura.

CÔNEGO DIOGO – Personagem extremamente importante para o andamento da obra, o


Padre/cônego Diogo é um dos grandes responsáveis pela sina de Raimundo. É um padre sem
escrúpulos e que não mede esforços para alcançar seus objetivos.

DONA DOMINGAS – A mãe de Raimundo. Uma negra sofrida que, além de perder o filho,
é vítima de violências.
Estendida por terra, com os pés no tronco, cabeça raspada e mãos amarradas
para trás, permanecia Domingas, completamente nua e com as partes genitais queimadas a
ferro em brasa.

DONA QUITÉRIA – madrasta de Raimundo. Mulher extremamente violenta e que mandou


castigar Domingas, conforme pode ser visto no fragmento acima. É outra personagem que
encarna perfeitamente os moldes da estética naturalista.
Foi uma fera! às suas mãos, ou por ordem dela, vários escravos sucumbiram ao relho, ao
tronco, à fome, à sede, e ao ferro em brasa.

JOSÉ PEDRO DA SILVA – pai de Raimundo. Homem com um passado nebuloso, que tem
atração por mulheres negras, mas que deve casar-se, com conveniência com uma mulher
branca.

4° TEMPO
Ano de 1881.

5° AMBIENTE DA HISTÓRIA
Em O mulato, Aluísio Azevedo desmascara a sociedade contemporânea maranhense
mostrando como se tratava de uma comunidade extremamente preconceituosa, racista e
retrógrada. O ambiente social do seu tempo, especialmente do interior do Maranhão, era
muito marcado pela igreja católica e pelo viés antiabolicionista.
6° RESUMO DA OBRA

O Mulato tem como núcleo narrativo a história de um jovem mestiço, Raimundo, e sua
noiva, Ana Rosa, como pano de fundo a paisagem do Maranhão, com sua sociedade
burguesa e preconceituosa. Os acontecimentos se passam no final do século XIX. Após
estudos demorados e profícuos na Europa, onde chegou a formar-se em Direito Raimundo
regressa ao Maranhão a fim de liquidar seus bens (antes de seguir para a Corte com o
objetivo de instalar banca de advogado) e desvendar o mistério de seu nascimento e origem.
Hospeda-se em casa do tio, Manuel Pescada. Apaixona-se pela prima, Ana Rosa, e é
correspondido, mas o pai da namorada não permite o casamento, por ser Raimundo filho da
escrava Domingas. Levantava-se desse modo, uma ponta do enigma. O restante veio com
o tempo: o Cônego Diogo é que havia assassinado o pai de Raimundo.
Mergulhado em sufocante situação, o rapaz resolve abandonar o Maranhão, mas não tem
meio de afastar-se da noiva, já grávida nessa altura. O Cônego Diogo, temeroso duma
represália, insufla no pobre Luís Dias, empregado de Manoel Pescada e apaixonado por Ana
Rosa, o desejo de matar, vingativamente, o mulato. Quando este se dispunha a cidade, é
friamente assassinado. Luís Dias acaba casando com Ana Rosa.

7° CITAÇÕES IMPORTANTES

Capítulo 1
‘’Não te cases no ar! Lembra-te que o casamento deve ser sempre a consequência de duas
inclinações irresistíveis. A gente deve casar porque ama, e não ter de amar para casar.’’
Fazendo análise crítica observa-se que a mãe dá conselho a filha em seu leito de
morte para se casar com alguém que ama e não por dinheiro.

Capítulo 2
‘’Quem quer vai e quem não quer manda.’’
Fazendo análise crítica a frase percebe-se que é mais instruído a própria pessoa ir mais
além do que não quer.

Capítulo 3
‘’E, chegando a esta conclusão, sentia-se feliz, independente, seguro contra as misérias da
vida,
cheio de confiança no futuro.’’
Fazendo análise crítica percebe-se que mesmo om personagem passando por
dificuldades não perde esperança em prever o futuro.

Capítulo 4
‘’Abaixo de Deus, eram santo remédio para as dores de ouvido.’’
Analisando esta citação, significa que a personagem acredita mais na ação de Deus
do que nos próprios remédios, o que era escasso na época.

Capítulo 5
‘’E era muito bem feito que acontecesse qualquer coisa, para você ter mais cuidado no
futuro com suas hospedagens.’’
Analisando esta frase percebe-se que é importante nos manter organizado antes de
qualquer coisa, para possuir mais cuidado no futuro.

Capítulo 6
‘’Fique sabendo, minha senhora, que a obrigação que cada qual tem de zelar pelo seu nome,
não se
baseia só no amor-próprio, mas no respeito que devemos aos solidários do nosso crédito.’’
Fazendo análise crítica percebe-se que o amor é tudo, mas sempre com o próximo.

Capítulo 7
‘’Tinha uma biografia engraçada, cheia de disparates, mas todos diziam que era de bom
coração e não fazia mal a ninguém.’’
Fazendo análise percebe-se que o personagem é descrito de forma pelas pessoas muito fiel e
não causaria mal a ninguém.

Capítulo 8
‘’Quase sempre, nos dias de São João e São Pedro havia incêndios na cidade.’’
Significa que como de costume naquela época sempre acendia uma fogueira em
comemoração.

Capítulo 9
‘’Que não valia a pena encomenda-la ao armador, sobre vir malfeita e malcosida, sairia por
um
dinheirão.’’
O personagem se posicionou fazendo uma análise de que não compensa encomendar com
alguém que irá fazer um serviço mal feito o que iria gastar muito dinheiro.

Capítulo 10
‘’Quando assassinaram o pobre homem, o senhor vigário nem quis espangir-lhe a água
benta,
mandou o sacristão.’’
O personagem era tão amigo do falecido que não t3eve coragem de aspergir água benta.

Capítulo 11
‘’Mais vale pouco de bom coração, que muito de sovina!...’’
O que vale é o que o coração manda do que gastar dinheiro.

Capítulo 12
‘’E só peço a Deus que lhe depare a ela um marido possuidor das suas boas qualidades e do
seu saber; creia, porém, que eu, como bom pai, não devo, de forma alguma, consentir em
semelhante união.’’
O pai do personagem deseja-lhe o bem, porém como naquela época existia muito o racismo,
recusou o casamento por que era negro.

Capítulo 13
‘’Enfim, dizia ele, tu já não és uma criança, e bem podes julgar o que te fica bem e o que te
fica mal ’’
Depois de ficar acordada com a decisão do pai do personagem ele deu o conselho para filha
que agora já não é mais criança podes julgar o que é certo e o que é errado.

Capítulo 14
‘’Eu, cá por mim, não me confio de ninguém! Quando vejo um tipo, julgo mal dele, se o
traste prega-
me alguma, não me espanta, porque já esperava.’’
Essa é a opinião do personagem sobre confiar e sua sinceridade sobre alguém.

Capítulo 15
‘’Agora causava-lhe terror o isolamento; receava que lhe faltasse coragem acabar
decentemente
com aquilo.’’
O personagem precisava de alguma forma esquecer Raimundo, xingava, precisava que
alguém lhe falasse de mal dele, mas não deu.
Capítulo 16
‘’A fruta para ser aproveitável deve ser colhida de vez.’’
Curtir o máximo cada momento, pois a vida sem aproveitar é um desperdício.

Capítulo 17
‘’Você pilhou-se em boa maré.”
Colocou o personagem em boas condições, em boa maré.

Capítulo 18
‘’Amava-o muito mais agora, tal como seu amor crescesse também como feto que se lhe
agitava nas entranhas.’’
Ana Rosa ama tanto Raimundo que se comparou o tamanho do seu amor com o bebê que
estava esperando.

Capítulo 19
‘’Estava-se no rigor do inverno e chovera durante toda a tarde.’’
Estava em clima de inverno, mas mesmo assim houve festa

8° COMENTÁRIOS SOBRE A OBRA


(De Bianca) Este livro traz uma forte crítica social, onde aborda temas como preconceito
racial e escravidão

(De Arthur) Achei o livro muito interessante e forte para a época, porque fala de temas
relacionado ao preconceito, retrata cenas muito fortes e costumes singulares de cada
personagem, algo no meu ver fora do comum para livros escritos naquele tempo.

(De Rayssa) O livro me surpreendeu pois retratou um assunto delicado, sendo de certa
forma bem interessante. Na época, a obra foi muito mal recebida pela sociedade
maranhense e Aluísio Azevedo, que já não era visto com bons olhos, tornou-se o "Satanás da
cidade". Para se ter uma idéia da indignação causada pela obra, pode-se citar o fato de o
redator do jornal A civilização ter aconselhado Aluísio a "pegar na enxada, em vez de ficar
escrevendo". O clima na cidade ficou tão ruim para o autor que ele decidiu retornar ao Rio
de Janeiro.

(De Lara)

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