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O MULATO

ALUÍSIO AZEVEDO
AUTOR
Aluísio Tancredo Gonçalves de Azevedo foi um romancista, contista, cronista,
diplomata, caricaturista e jornalista brasileiro; além de bom desenhista e discreto
pintor.

Nascimento: 14 de abril de 1857, São Luís, Maranhão

Falecimento: 21 de janeiro de 1913, La Plata, Argentina

Nacionalidade: Brasileiro

Formação: Academia Imperial de Belas Artes

Movimentos literários: Romantismo, Literatura do naturalismo


OBRA
ENREDO
TEMPO, ESPAÇO E NARRADOR
A história se passa na década de 1880, em São Luís do Maranhão, narrado por
um narrador observador
PERSONAGENS PRINCIPAIS
Raimundo, mulato, filho de mãe negra e pai branco era sobrinho do pai de Ana
Rosa, Ana Rosa, era uma jovem sonhadora e apaixonada, um comerciante rico,
uma velha beata e raivosa, um padre relaxado e assassino, e uma série de
personagens que resvalam sempre para o imoral e para o grotesco
NATURALISMO
Essa obra tem como estilo literário o Naturalismo, que é um movimento artístico e
literário conhecido por ser a radicalização do realismo, baseando-se na
observação fiel da realidade e na experiência, mostrando que o indivíduo é
determinado pelo ambiente e pela hereditariedade. Descrição
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
O Naturalismo foi uma das tendências literárias que despontou no século XIX na
Europa, o qual foi se espalhando pelo mundo. Esse movimento artístico e cultural
tem início em 1880 com o escritor francês Émile Zola. No Brasil, o movimento
naturalista é marcado pela publicação do romance “O Mulato” (1881) de Aluísio
de Azevedo.
CARACTERÍSTICAS HISTÓRICAS
O Naturalismo se desenvolveu na Europa e encontrou no Brasil escritores que
souberam desenvolver o romance, dadas as condições sociais de um país às
vésperas da abolição da escravatura, da Proclamação da República e que estava
vendo os latifúndios serem gradativamente invadidos por estrangeiros e
máquinas.
TRECHOS DA OBRA
“Num ataque histérico, a chibatas e queimaduras a ferro em brasa, a senhora
quase mata Domingas. Diante do ocorrido, Quitéria, aconselhada pelo jovem
vigário, Padre Diogo, refugia-se na propriedade da mãe. José vai buscá-la,
flagrando-a em adultério com o padre. Transtornado, a estrangula, matando-a na
frente do sacerdote que, para se livrar do escândalo, sugere a José um pacto de
silêncio mútuo; para todos, a esposa teve morte natural e, assim, foi enterrada.”
TRECHOS DA OBRA
“- Ele não é feio... a senhora não acha, D. Bibina?... segredava Lindoca à outra
sobrinha de D. Maria do Carmo, olhando furtivamente para o lado de Raimundo. -
Quem? O primo d’Ana Rosa? - Primo? Eu creio que ele não é primo, dona! - É!
sustentou Bibina, quase com arrelie. É primo sim, por parte de pai!... Por outro
lado, Maria do Carmo segredava a Amância Souselas: - Pois é o que lhe digo, D.
Amância: muito boa preta!... negra como este vestido! Cá está quem a
conheceu!... E batia no seu peito sem seios. - Muita vez a vi no relho. Iche! - Ora
quem houvera de dizer!... resmungou a outro, fingindo ignorar da existência de
Domingas, para ouvir mais. Uma coisa assim só no Maranhão! Credo!”
OPINIÃO DO GRUPO
O enredo é interessante, mas a linguagem é complexa e um pouco diferente da
atual, o que dificulta a compreensão.

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