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Convento
https://www.youtube.com/watch?v=MGoa0I
3AIFM
Contextualização
Segundo o autor, a ideia surgiu-lhe quando passeava olhando o
mosteiro e profere a seguinte frase: “Gostava de meter um dia isto
dentro de um romance”.
Posteriormente, tê-lo-á impressionado a leitura
de um fragmento de Camilo, no qual se refere a
construção do convento de Mafra.
Contextualização: D. João V é aclamado rei em
1707, durante a Guerra da Sucessão de Espanha.
A obra passa-se no Reinado de D. João V, séc.
XVIII, época de luxo e grandeza.
A a Z.
Memorial do Convento
As linhas de ação
https://www.youtube.com/watch?v=ljBhTwy
X4A0
Pág. 281
https://www.youtube.com/watch?v=0eVNUr
1OtB0
D. João V
O reinado de D. João V, “o Magnânimo”, caracterizou-se pelo
exercício absolutista do poder monárquico.
Era filho de D. Pedro II e sua segunda mulher, Maria Sofia Isabel
de Neuburg.
Em 1708, 18 meses após assumir o trono, casou-se com a
arquiduquesa Maria Ana de Áustria, filha do imperador
Leopoldo I.
Com o ouro do Brasil edificou o monumental convento de Mafra:
basílica, palácio real e convento.
D. João V
Criou a biblioteca da Universidade de Coimbra, construiu o
aqueduto das Águas Livres, que abasteceu Lisboa, construiu o
Palácio e Mosteiro de Mafra e a Capela de S. João Baptista, na
Igreja de S. Roque.
Morreu em Lisboa, em 31 de julho de 1750, e sucedeu-lhe o
seu filho, D. José I.
D. João V
Durante o reinado de D. João V, houve grande afluxo de ouro.
Foi-se adensando o atraso cultural e científico que distanciava
Portugal dos países mais evoluídos da Europa.
Os tribunais da Inquisição começaram a funcionar em diversas
cidades, mas acabaram por subsistir apenas os de Coimbra,
Lisboa e Évora.
A Inquisição era um organismo com poderes
extraordinariamente vastos, que atingiam todos os setores da
grei: religioso, político, social e cultural.
A mais importante realização pessoal de D. João V foi a
construção do Palácio-Convento. de Mafra;
• D. João V representa o poder real que, de forma absoluta, condena uma nação a servir a sua
• Cumpridor dos seus deveres de marido e de rei, D. João V assume apenas o papel gerativo de um filho e
• Amante dos prazeres humanos, a figura real é construída através do olhar crítico do narrador, de forma
multifacetada: é o devoto fanático que submete um país inteiro ao cumprimento de uma promessa
pessoal (a construção do convento, de modo a garantir a sucessão) e que assiste aos autos de fé; é o
marido que não evidencia qualquer sentimento amoroso pela rainha, apresentando nesta relação uma
faceta quase animalesca, enfatizada pela utilização de vocábulos que remetem para esta ideia (como a
forma verbal “emprenhou” e o adjetivo “cobridor”); é o megalómano que desvia as riquezas nacionais
para manter uma corte dominada pelo luxo, pela corrupção e pelo excesso; é o rei vaidoso que se
equipara a Deus nas suas relações com as religiosas; é o curioso que se interessa pelas invenções do
padre Bartolomeu de Gusmão; é o esteta que convida Domenico Scarlatti a permanecer em Portugal; é o
homem que teme a morte e que antecipa a sua imortalidade, através da sagração do convento no dia do
de culpa. A pecaminosa atração incestuosa que sente por D. Francisco, seu cunhado, conduzem-na a
uma busca constante de redenção através da oração e da confissão. A rainha vive num ambiente
repressivo, cujas proibições regem a sua existência e para a qual não há fuga possível, a não ser
através do sonho, onde pode explorar a sua sensualidade. Consciente da virilidade e da infidelidade
a espingarda, ilustra bem a crueldade de um tempo que tudo admite aos poderosos.
A intriga e disputa pela coroa, antecipando a morte do irmão, é outra faceta do seu
comportamento.
•
D. Maria Barbara, causadora inocente de tantos males, é tratada com maior benevolência.
Com menos de nove anos, exibe perante a corte os (ainda fracos) dotes de cravista; mais
tarde, a boa rapariga», de cara «bexigosa e de lua-cheia» é levada para casar com um
desconhecido, num longo percurso, durante o qual tem a visão dos homens acorrentados,
é visível, por exemplo, no 1.° capítulo, ou quando assiste, embevecida, à brincadeira dos
O luxo desmedido sobres as suas intervenções, o que partilha com o alto clero, ilustrando como as cerimónias
Relação de Lealdade
Elementos simbólicos
• A magia dos olhos de Blimunda realça a excecionalidade de uma figura feminina
anónima.
• A referência às “vontades” é uma metáfora da força impulsionadora do sonho.
• A pedra “Benedictione” é o símbolo de todas as pedras e das dificuldades que os
homens tiveram de ultrapassar para obedecerem à vontade do rei.
• As alcunhas de Baltasar e Blimunda representam a união perfeita de um casal
que se completa.
• A passarola simboliza a consecução de um sonho da humanidade.
• A música de Scarlatti apela para o poder da arte.
• A demanda final de Blimunda representa uma lição de amor e de perseverança.
• o número três surge como o símbolo da perfeição divina (trindade);
• o número sete surge várias vezes referido na obra e está associado à totalidade e
perfeição;
• o número nove está associado à insistência e determinação de Blimunda na
procura de Baltasar.
Visão Crítica em “ Memorial do convento”