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ESCOLA SECUNDÁRIA DA POLANA

12ͣª Classe, Turma B1C


Disciplina de Física

Física nuclear: Isótopos e Bomba Atómica

Discente: Docente:
Chirame, Dulce Domingos (n⁰ 17) Professor Abdlul

Maputo, 29 de Junho de 2018


ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................................... 1
2. DESENVOLVIMENTO .......................................................................................................... 2
2.1. Conceito de Isótopos ............................................................................................................ 2
2.2. Descoberta dos Isótopos ....................................................................................................... 2
2.3. Aplicação dos Isótopos......................................................................................................... 2
2.4. Princípio de Funcionamento de uma Bomba Atómica......................................................... 3
3. CONAIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................................. 5
4. BIBLIOGRAFIA ..................................................................................................................... 6
1. INTRODUÇÃO
O presente trabalho fala sobre isótopos e sua aplicação e os princípios de funcionamento de uma
bomba atómica. Isótopos são átomos de um mesmo elemento que têm o mesmo número atómico
(número de protões) e diferente número de massa, pois diferem no número de neutrões. Os isótopos
possuem larga aplicação em diferentes áreas (por exemplo, na agricultura, na medicina e na
indústria). A Bomba atômica é uma arma de energia nuclear que possui um grande poder de
destruição. Foi elaborada durante a Segunda Guerra Mundial quando houve a necessidade de
desenvolver novas armas de combate. Partindo dessa necessidade, alguns cientistas realizaram
pesquisas do átomo partindo das teorias de Albert Einstein.

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2. DESENVOLVIMENTO
2.1. Conceito de Isótopos
Isótopos são átomos de um mesmo elemento que têm o mesmo número atómico (número de
protões) e diferente número de massa, pois diferem no número de neutrões.
Na notação científica, os isótopos identificam-se mediante o nome do elemento químico seguido
do número de nucleões (protões e neutrões) do isótopo em questão, por exemplo, ferro-57, urânio-
238 e hélio-3, os quais são representados simbolicamente por 57Fe. 238U e 3He, respectivamente.
Um outro exemplo é o hidrogénio que possui 3 isótopos:
1
1H – Prótio (H)
2
1H – Deutério (D)
3
1H – Trítio (T)
2.2. Descoberta dos Isótopos
No ano de 1902, Ernest Rutherford (1871-1937) e Frederick Soddy (1877-1956), trabalhando
juntos, descobriram que átomos do elemento químico tório (Th), descoberto em 1828 por Jons
Jacob Berzelius (1779-1848), produzia (por meio de decaimento radioativo) átomos de outro
elemento. Os novos átomos foram denominados átomos de tório X e o processo foi associado a
radioatividade.
É muito interessante tal ocorrido, não só pela imensa contribuição à ciência, mais por um fato
histórico sonhado por todos os alquimistas: os alquimistas tentaram durante séculos transformar
um elemento em outro, por exemplo, ferro (Fe) e prata (Ag) em ouro (Au). Por esta razão, há
registros históricos de que Soddy teria exaltado tal descoberta como a realização dos sonhos dos
alquimistas.
No ano de 1909, Rutherford identificou a radiação alfa nos processos radioativos. E no ano de
1913, Soddy identificou a existência dos isótopos (do grego isos, que significa igual, e topos, que
significa lugar). Por estes trabalhos, Soddy recebeu o Prêmio Nobel de Química em 1921
(Rutherford já havia recebido o Prêmio Nobel de Química em 1908 pela descoberta do protón e
do núcleo atômico).
2.3. Aplicação dos Isótopos
Na Medicina, são utilizados no estudo, diagnóstico e tratamento de diversas doenças. O iodo 131
é usado no mapeamento da tireoide; o cromo 51, no estudo das hemácias; o tálio 201, no
diagnóstico de distúrbios cardíacos, o mercúrio 197, no estudo de tumores cerebrais, o cobalto 60,
na destruição de células cancerosas, entre muitos outros.
Na Agricultura, os isótopos radioativos são aplicados aos adubos e fertilizantes a fim de estudar a
capacidade de absorção desses compostos pelas plantas.

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No ramo industrial, os isótopos são utilizados na conservação de alimentos, no estudo da
depreciação de materiais, na esterilização de objetos cirúrgicos, na deteção de vazamentos em
oleodutos, etc.
2.4. Princípio de Funcionamento de uma Bomba Atómica
A bomba atômica é um artefacto militar que se baseia na fissão nuclear, que é quando se
bombardeia com neutrões um núcleo atômico pesado e instável, provocando a sua partição e dando
origem a dois núcleos atômicos médios, dois ou três neutrões e uma quantidade enorme de energia.
O esquema a seguir ilustra a fissão nuclear do isótopo urânio-235 (92235U), que é bombardeado
com neutrões em velocidade moderada e parte-se, dando origem aos isótopos do bário (56142Ba) e
do criptónio (3691Kr), além de três neutrões:
1
0 n + 92235U → 56
142
Ba + 3691Kr + 3(01n)

Figura 1 – Exemplo ilustrativo da reacção de fissão nuclear de urânio-235.


Sob determinadas condições, essa fissão pode resultar em uma reação em cadeia, em que os
neutrões liberados continuam bombardeando outros núcleos atômicos de urânio-235 na
vizinhança, liberando cada vez mais neutrões e mais energia. Para que isso ocorra, é necessário
que a massa de urânio-235 atinja a chamada “massa físsil”, que é a menor massa fissionável capaz
de sustentar uma reação em cadeia.
Assim, esse processo de reação em cadeia da fissão nuclear é usado na construção da bomba
atômica. Essa massa crítica que pode ser do urânio-235 ou do plutônio-239 (94239Pu) é dividida
em várias massas subcríticas, que são cercadas de explosivos de TNT (trinitrotolueno). No centro
dessas massas subcríticas são colocados neutrões.

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No momento da detonação da bomba, as cargas de TNT explodem, juntando as massas subcríticas
e formando a massa crítica que entra em contato com os neutrões. Visto que envolve reações que
ocorrem no núcleo dos átomos, a bomba atômica também é chamada de bomba nuclear. O primeiro
teste de uma bomba atômica foi feito pelos Estados Unidos em 16 de julho de 1945 na Base Aérea
de Alamogordo, no deserto do Novo México.

Figura 2 – Bomba atómica lançada em Hiroshima.

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3. CONAIDERAÇÕES FINAIS
Findo o trabalho, conclui-se que a descoberta de isótopos trouxe um enorme avanço tecnológico
nas áreas da medicina, agricultura e industrial apesar de se produzir bombas que possuem um efeito
nefasto para a natureza devido a radiação por ela emitida. As reacções de fissão nuclear são de
liberam grande quantidade de energia, que permite que esta continue a se propagar em cadeia.

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4. BIBLIOGRAFIA
Simões. T. S.; Queirós, M. A.; Simões M. Otilde – 2010, Química, Plural editores.
https://manualdaquimica.uol.com.br/fisico-quimica/bomba-atomica.htm
https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/quimica/bomba-atomica.htm

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