Ventilação Mecânica
Ventilação mecânica: princípios, análise gráfica e modalidades ventilatórias
Carlos Roberto Ribeiro de Carvalho, Carlos Toufen Junior, Suelene Aires Franca
Assim, o princípio do ventilador mecânico é gerar 4) Mudança da fase expiratória para a fase inspira-
um fluxo de gás que produza determinada variação tória (disparo): Fase em que termina a expiração
de volume com variação de pressão associada. As e ocorre o disparo (abertura da válvula ins) do
variações possíveis para esta liberação de fluxo são ventilador, iniciando nova fase inspiratória.
enormes e, com o progresso dos ventiladores micro-
processados, as formas de visualizar e controlar o Análise gráfica durante a ventilação
fluxo, o volume e a pressão estão em constante mecânica
aprimoramento. Cada vez mais a equipe da UTI
estará exposta a diferentes formas de apresentação
e análise de parâmetros respiratórios fornecidas pelo Curvas de fluxo
ventilador, sofisticando as decisões clínicas. Nosso O fluxo geralmente é medido diretamente pelo
objetivo é apresentar e padronizar os conceitos e ventilador, através de sensores de pressão dife-
as modalidades ventilatórias que serão discutidas ao rencial que estão posicionados entre a cânula
longo deste Consenso. endotraqueal e o “Y” do circuito do ventilador. O
Atualmente, a maior parte dos ventiladores arti- fluxo inicia-se, nos modos controlados, depois de
ficiais apresenta telas nas quais se podem visualizar determinado intervalo de tempo (depende da f ou
as curvas de volume, fluxo e pressão ao longo do da relação inspiração:expiração - TI/TE) ou através
tempo, assim, serão apresentadas, neste capítulo, de um limite de sensibilidade (trigger ou disparo)
as definições das modalidades ventilatórias usando pré-estabelecido. Duas técnicas são utilizadas na
esquemas representativos das curvas. prática para o disparo de um ciclo ventilatório: a
queda de pressão ou a geração de fluxo (na moda-
O ciclo ventilatório
lidade assistida e/ou espontânea). Após o início do
O ciclo ventilatório durante a ventilação mecâ- ciclo (disparo) o fluxo aumenta até atingir um valor
nica com pressão positiva pode ser dividido em pré-fixado, chamado de pico de fluxo. Este valor é
(Figura 1): definido pelo operador no modo volume controlado
1) Fase inspiratória: Corresponde à fase do ciclo em e pode ser mantido constante ou ter valor decres-
que o ventilador realiza a insuflação pulmonar, cente no tempo. O fluxo, nessa modalidade, vai
conforme as propriedades elásticas e resistivas do definir o tempo que a válvula inspiratória permane-
sistema respiratório. Válvula inspiratória aberta; cerá aberta (TI), de acordo com o VT estabelecido.
2) Mudança de fase (ciclagem): Transição entre a Por exemplo: Ventilação com volume controlado
.
fase inspiratória e a fase expiratória; com VT de 500 mL e V de 60 L/min (ou seja, 1 L/s);
3) Fase expiratória: Momento seguinte ao fecha- logo o TI será de 0,5 s – tempo que a válvula inspi-
mento da válvula inspiratória e abertura da ratória permanecerá aberta para propiciar a entrada
válvula expiratória, permitindo que a pressão do de I/2 L de ar. O fluxo inspiratório encerra-se
sistema respiratório equilibre-se com a pressão conforme o modo de ciclagem estabelecido, ou seja,
expiratória final determinada no ventilador; e fecha-se a válvula ins e abre-se a válvula expiratória
do aparelho, começando então o fluxo expiratório.
As características da curva de fluxo nos modos
Curva de fluxo - Ventilação controlada por volume
espontâneos (pico e duração) são determinadas pela
demanda do paciente. O começo e o final da inspi-
ração são, normalmente, minimamente afetados
2
pelo tempo de resposta do sistema de demanda
1 (válvulas). Porém, em casos de alta demanda (por
Fluxo = 0 parte do paciente), o retardo na abertura da válvula
4 inspiratória pode gerar dissincronia paciente-venti-
4
3 lador. Na Figura 2 abaixo, apresentamos o exemplo
de uma onda de fluxo quadrada (fluxo constante)
Tempo
no modo volume controlado. Apresentamos ainda a
característica da onda de fluxo na ventilação espon-
Figura 1 - Fases do ciclo ventilatório. tânea sem o uso de suporte ventilatório.
Curvas de pressão
Ventilação espontânea
A pressão é geralmente medida pelo venti-
lador diretamente, através de transdutor instalado
próximo ao tubo endotraqueal (“Y” do circuito do
ventilador). Pressão = 0
Durante a ventilação espontânea, na inspiração,
devido à contração da musculatura respiratória,
Tempo
ocorre uma queda da pressão nos alvéolos/vias aéreas
para que seja gerado o fluxo inspiratório (Figura 2).
Na ventilação assistida e em modos espontâneos
como a Pressão de Suporte, a contração da muscu-
Ventilação controlada por volume
latura vai depender da demanda metabólica do
paciente (controle neural – drive), vai proporcionar
a queda de pressão no circuito e, de acordo com
Descendente
Quadrada Ascendente Sinusóide Pressão = 0
quadrada
Tempo
Figura 3 - Formas da curva de fluxo. Figura 4 - Curvas de pressão nas vias aéreas.
pulmões e da parede torácica). Estes dois compo- Na situação de fluxo zero (pausa inspiratória),
nentes são demonstrados abaixo, quando um observa-se que a Pel corresponde à pressão no
determinado volume é fornecido com fluxo cons- sistema que equilibrou aquele volume de ar que
tante até determinado ponto (1), quando ocorre entrou (VT), portanto sua relação é a complacência
uma interrupção do fluxo (pausa inspiratória) que do sistema respiratório. Pois, na situação de fluxo
determina a pressão de platô (2), Figura 5. zero, a pressão resistiva é zero e a pressão observada
O ponto (1) representa o pico de pressão (PPI) no sistema (pressão de platô), corresponde à pressão
nas vias aéreas, que sofre interferência tanto do elástica do sistema respiratório (diferença entre a
fluxo (Pres = pressão resistiva) como da variação PPLATÔ e a PEEP).
de volume (Pel = pressão elástica). Já o ponto (2)
marca a pressão de platô (PPLATÔ) das vias aéreas, Disparo do ventilador
que representa a pressão de equilíbrio do sistema
respiratório, na ausência de fluxo (não existe fluxo, Durante a ventilação mecânica, uma variável de
portanto não há o componente de resistência das disparo pré-determinada deve ser alcançada para
vias aéreas). iniciar a inspiração. Com a ventilação controlada,
a variável é o tempo e é independente do esforço
do paciente. Nos modos que permitem ciclos assis-
Pressão associada Pressão de distensão
pulmonar tidos e espontâneos, a inspiração começa quando se
ao fluxo
1 alcança um nível de pressão ou fluxo pré-determi-
2 nado (sensibilidade).
No disparo à pressão, o ventilador detecta uma
Pressão = 0 queda na pressão de vias aéreas ocasionada pelo
Final do fluxo inspiratório Início da expiração esforço do paciente. Este esforço pode iniciar a
inspiração se a pressão negativa realizada ultrapassar
PPI = Pres + Pel o limiar de pressão para o disparo (sensibilidade ou
Pres = R x V’ (ou seja, produto da resistência pelo fluxo)
Pel = VT / C (ou seja, divisão do VT pela complacência) trigger) ou pode não disparar o ciclo, caso a pressão
negativa não ultrapasse este limiar, gerando apenas
Figura 5 - Componentes da pressão Inspiratória. trabalho respiratório e dissincronia (Figura 6). O
Pressão = 0 Pressão = 0
Disparo a fluxo
Início do esforço Limiar de
do paciente Sensibilidade
Fluxo = 0
limiar de pressão é determinado pelo operador no e completar melhor as curvas quando estão asso-
ventilador, que indicará sempre a pressão negativa ciadas. Abaixo, na Figura 9, são mostradas as três
abaixo da PEEP necessária para disparar o ventilador. formas de curvas em associação, durante a venti-
O disparo a fluxo envolve o uso de um fluxo inspira- lação controlada, assistida e espontânea.
tório basal contínuo (bias flow ou continuous flow).
Quando a diferença entre o fluxo inspiratório e o Modalidades ventilatórias convencionais
fluxo expiratório alcançar um determinado limite de
sensibilidade, abre-se a válvula ins e um novo ciclo
Ventilação mandatória contínua
ventilatório começa.
Sensibilidade e tempo de resposta do ventilador: Todos os ciclos ventilatórios são disparados e/
Quando o disparo é determinado pelo paciente ou ciclados pelo ventilador (ciclos mandatórios).
existe um intervalo entre o início da deflexão nega- Quando o disparo ocorre pelo tempo, o modo é
tiva da pressão e o início do fluxo inspiratório. A apenas controlado. Quando o disparo ocorre de
este intervalo chamamos de “tempo de resposta do acordo com pressão negativa ou fluxo positivo
ventilador”. Este tempo depende da sensibilidade da realizados pelo paciente, chamamos o modo de
válvula inspiratória do ventilador e da capacidade assistido/controlado.
do ventilador em gerar o fluxo (Figura 7). Quando Nos ventiladores mecânicos mais modernos, a
o tempo de resposta do ventilador é elevado, o ventilação mandatória contínua pode ocorrer com
paciente fará um esforço acima do necessário até volume controlado (os ciclos mandatórios têm como
que o fluxo se inicie, aumentando o trabalho respi- variável de controle o volume, são limitados a fluxo
ratório e gerando dissincronia paciente-ventilador. e ciclados a volume) ou com pressão controlada (os
Em geral admite-se como responsividade aceitável ciclos mandatórios têm como variável de controle
aquela abaixo de 150 milissegundos. a pressão, são limitados a pressão e ciclados a
tempo).
Curvas de volume
O gráfico de volume representa, em sua porção Ventilação mandatória contínua com volume
ascendente, o volume pulmonar inspirado e, em controlado – modo controlado:
sua curva descendente, o volume pulmonar total
Neste modo, fixa-se a freqüência respiratória,
expirado. Os volumes são iguais a menos que esteja
o volume corrente e o fluxo inspiratório. O inicio
ocorrendo vazamento, desconexão do circuito ou
da inspiração (disparo) ocorre de acordo com a
aprisionamento aéreo (Figura 8).
freqüência respiratória pré-estabelecida (por exemplo,
Curvas de fluxo, pressão e volume em se a f for de 12 ipm, o disparo ocorrerá a cada 5 s). O
função do tempo disparo ocorre exclusivamente por tempo, ficando o
comando sensibilidade desativado (Figura 10).
Individualmente, as curvas de fluxo, pressão e A transição entre a inspiração e a expiração
volume são importantes, porém podemos utilizar (ciclagem) ocorre após a liberação do volume
Fluxo = 0
Volume = 0
Tempo
Pressão = 0
Curvas de Volume 0
Curvas de Fluxo 0
Curvas de Pressão 5
Tempo
Volume 0
Fluxo 0
Pressão 0
ração:expiração (relação TI/TE), e o limite de pressão lidade. O volume corrente obtido passa a depender
inspiratória. O disparo continua pré-determinado também desse esforço (Figura 13).
de acordo com a freqüência respiratória indi-
Ventilação mandatória intermitente
cada, porém a ciclagem agora acontece de acordo
com o tempo inspiratório ou com a relação TI/TE O ventilador oferece ciclos mandatórios a uma
(Figura 12). O volume corrente passa a depender da freqüência pré-determinada, porém permite que
pressão inspiratória pré-estabelecida, das condições ciclos espontâneos (ciclos ventilatórios disparados e
de impedância do sistema respiratório e do tempo ciclados pelo paciente) ocorram entre eles. Quando o
inspiratório selecionado pelo operador. ventilador permite que o disparo dos ciclos manda-
tórios ocorra em sincronia com pressão negativa ou
Ventilação mandatória contínua com pressão fluxo positivo realizado pelo paciente, chamamos
controlada – modo assistido-controlado este modo de ventilação mandatória intermitente
sincronizada (SIMV, do inglês synchronized inter-
No modo assistido-controlado, os ciclos ocorrem mittent mandatory ventilation), que é o modo
conforme o esforço do paciente ultrapasse a sensibi- presente em todos os ventiladores modernos.
Volume 0
Fluxo 0
Pressão 0
Volume 0
Fluxo 0
Pressão 0
Volume 0
Fluxo 0
Pressão 0
Do mesmo modo como ocorre com a ventilação critério de sensibilidade para a ocorrência do disparo
mandatória contínua, nos ventiladores mecânicos do ventilador pelo paciente. Esta modalidade venti-
mais modernos, a ventilação mandatória inter- latória permite que o ventilador aplique os ciclos
mitente pode ocorrer com volume controlado (os mandatórios pré-determinados em sincronia com o
ciclos mandatórios têm como variável de controle o esforço inspiratório do paciente. Os ciclos manda-
volume, são limitados a fluxo e ciclados a volume) tórios ocorrem na janela de tempo pré-determinada
ou com pressão controlada (os ciclos mandatórios (de acordo com a freqüência respiratória do SIMV),
têm como variável de controle a pressão, são limi- porém sincronizados com o disparo do paciente. Se
tados a pressão e ciclados a tempo). houver uma apnéia, o próximo ciclo será disparado
por tempo até que retornem as incursões inspirató-
Ventilação mandatória intermitente rias do paciente (Figura 14).
sincronizada com volume controlado Na figura ainda ocorrem três ciclos ventilatórios
no período de um minuto, porém, após um período
Neste modo, fixa-se a freqüência respiratória, de apnéia no segundo ciclo, ocorre um ciclo dispa-
o volume corrente e o fluxo inspiratório, além do rado a tempo no início do terceiro ciclo. O paciente
Volume 0
Fluxo 0
Pressão 0
Volume 0
Fluxo 0
Pressão 0
Volume 0
Fluxo 0
Pressão 0
A ventilação espontânea contínua pode ser contínua tanto na inspiração quanto na expiração.
assistida pelo ventilador (o ventilador busca alcançar Este é um modo de ventilação espontânea não assis-
pressões pré-determinadas durante a inspiração - tida pelo ventilador. O volume corrente depende do
ventilação com pressão de suporte - PSV) ou não esforço inspiratório do paciente e das condições
assistida pelo ventilador (o ventilador mantém uma da mecânica respiratória do pulmão e da parede
pressão positiva durante todo o ciclo respiratório, torácica.
tanto da inspiração como na expiração - pressão
positiva nas vias aéreas - CPAP). Novas modalidades ventilatórias
Ventilação com pressão de suporte Com a introdução e a evolução dos microproces-
sadores nos ventiladores mecânicos, a possibilidade
Este é um modo de ventilação mecânica espon- de sofisticar modos básicos de ventilação mecânica
tânea, ou seja, disparado e ciclado pelo paciente, tornou-se enorme, permitindo que novos métodos
em que o ventilador assiste à ventilação através fossem desenvolvidos baseados em reduzir as limi-
da manutenção de uma pressão positiva pré- tações presentes e associar métodos básicos de
determinada durante a inspiração até que o fluxo ventilação mecânica. Nem todos os incrementos nos
inspiratório do paciente reduza-se a um nível modos ventilatórios são necessariamente avanços
crítico, normalmente 25% do pico de fluxo inspira- e ainda existe pouca evidência quanto à eficácia
tório atingido. Isto permite que o paciente controle e segurança de alguns desses novos métodos.
a freqüência respiratória e o tempo inspiratório e, Buscaremos aqui listar todos os novos modos dispo-
dessa forma, o volume de ar inspirado. Assim, o níveis nos ventiladores comercializados no Brasil,
volume corrente depende do esforço inspiratório, da informando sobre seu funcionamento, vantagens e
pressão de suporte pré-estabelecida e da mecânica desvantagens demonstradas na literatura.
do sistema respiratório. Como desvantagem, este
modo funciona apenas quando o paciente apre- Modos de duplo controle
senta drive respiratório (Figura 17).
Usualmente, refere-se aos modos ventilató-
Pressão positiva contínua nas vias aéreas rios como volume-controlado (volume constante,
pressão variável) ou pressão-controlada (pressão
O ventilador permite que o paciente ventile constante, volume variável), nos quais o ventilador
espontaneamente, porém fornece uma pressurização é capaz de manter constante somente uma variável.
Volume 0
Fluxo 0
Pressão 0
Volume 0
Fluxo 0
Pressão 0
Modos desenvolvidos mais recentemente permitem distribuído, a mudança de fase ocorre por ciclagem
que o ventilador controle uma ou a outra variável, a fluxo, como no modo pressão de suporte. Se o
baseado em um mecanismo de feedback de volume volume fixado não foi atingido, o fluxo desacelera
corrente. Esses modos são considerados de duplo e alcança o pico de fluxo indicado pelo operador
controle, ou seja, permitem garantir o volume inicialmente e mantém-se constante até que o
corrente ao mesmo tempo em que o ventilador volume mínimo seja alcançado. Neste momento,
proporciona ciclos controlados por pressão. a pressão pode ultrapassar a pressão de suporte
indicada pelo operador, sendo necessário observar
Duplo controle em um único ciclo eventuais elevações excessivas de pressão através do
alarme da máxima pressão inspiratória.
• Pressão de suporte com volume corrente garan-
Neste modo é muito importante indicar a pressão
tido - Volume-Assured Pressure-Support (VAPS
adequada e o fluxo.
– Bird 8400Sti e Tbird), Pressure Augmentation
• Vantagens: redução do trabalho respiratório
(PA – Bear 1000)
mantendo o volume minuto e o volume corrente
Nesta forma de ventilação, o ventilador muda do
constante. Melhora da sincronia paciente-venti-
controle a pressão para o controle a volume dentro
lador; e
do mesmo ciclo. Conceitualmente, essa forma venti-
• Desvantagens: podem ocorrer elevados níveis de
latória combina o fluxo inicial alto de uma respiração
pressão inspiratória e aumento do tempo inspi-
limitada a pressão com o fluxo constante do modo
ratório se os valores do ventilador não forem
volume controlado.
bem ajustados.
Ao escolher este modo ventilatório deve-se
indicar a freqüência respiratória, o pico de fluxo, a Duplo controle ciclo a ciclo
PEEP, a FIO2, a sensibilidade de disparo, o volume
corrente mínimo desejado e a pressão de suporte. O ventilador opera em pressão de suporte ou em
O ciclo respiratório começa disparado pelo paciente pressão controlada, sendo que o limite de pressão
ou por tempo. Após o disparo, o ventilador tenta aumenta ou diminui em uma tentativa de manter o
alcançar a pressão de suporte o mais rápido possível. volume corrente pré-estabelecido pelo operador.
Esta fase equivale à pressão controlada e associa-se A) Duplo controle com base na pressão
com rápida variação de fluxo reduzindo o trabalho controlada:
respiratório. Ao alcançar a pressão, o ventilador • Volume controlado com pressão regulada -
calcula o volume que foi distribuído na primeira Pressure-Regulated Volume-Control (PRVC
fase da inspiração. Se todo o volume mínimo foi – Servo 300, Servo i), Adaptative Pressure
nível no Drager Evita 4. É também disponível como ser confundido com BiPAP (nome comercial de um
BiLevel no Puritan-Bennett 840. BIPAP não deve ventilador portátil para ventilação não invasiva).
Quadro 2 - Continuação.
VMC VMI CPAP PSV MMV VAPS ou PRVC, APV, VS ou ASV ATC APRV, PAV,
PA Autoflow VPS ou PCV+ ou PAV
ou VPC TRC Bilevel Plus
Newport E100 V, P V, P + +
m
Newport E360 V, P V, P + + + (APRV)
Newport E500 V, P V, P + + + (APRV)
Respironics +
BiPAP S/T-D
30
Respironics + +
BiPAP Vision (PAV)
Respironics V, P V, P + + +
Espirit (Autoflow)
Siemens Servo V V + +
900E
Siemens Servo V, P V, P + +
900C
Taema Horus 4 V, P V, P + + + + (APRV)
(PRVC)
Taema Horus V, P V, P + + + + (APRV)
Extend (PRVC)
Takaoka V, P V, P + + +
ServoVentilator (ATC)
Smart
Takaoka V, P V, P + +
ServoVentilator
Carmel
Takaoka V, P V, P + + + +
ServoVentilator (ATC)
Color
Vyasis Vela V, P V, P + + + + + (APRV)
(PRVC)
Vyasis Avea V, P V, P + + + + + + (APRV)
(PRVC) (ATC)
Abreviaturas: V = volume controlado; P = pressão controlada; VMC = ventilação mandatória contínua; VMI = ventilação manda-
tória intermitente; CPAP = continuous positive airway pressure (pressão positiva contínua nas vias aéreas); PSV = pressure support
ventilation (pressão de suporte); MMV = mandatory minute ventilation (ventilação mandatória minuto); VAPS = volume-assured
pressure-support (pressão de suporte com volume corrente garantido); PA = pressure augmentation; PRVC = pressure-regulated
volume control (volume controlado com pressão regulada); APV = adaptative pressure ventilation; VPC = variable pressure control;
VS = volume support (volume de suporte); VPS = variable pressure support; ASV = adaptative-support ventilation; ATC = auto-
matic tube compensation (compensação automática de tubo endotraqueal); TRC = tube resistence compensation; APRV = airway
pressure-release ventilation (ventilação com liberação de pressão nas vias aéreas); PAV = proportional-assist ventilation (ventilação
assistida proporcional); PAV Plus= proportional-assist ventilation Plus (ventilação assistida proporcional com mecânica respiratória
automática).