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Alberto Gurucuaro
Edilson monteiro
Mirna Monteiro
1˚Ano
Abril
2024
Anifa americo candido
Alberto Gurucuaro
Edilson monteiro
Mirna Monteiro
1˚Ano
Docente:
Abril
2024
Índice
1. introdução ..................................................................................................................................3
2. Objectivos ..................................................................................................................................4
2.1. Gerais .................................................................................................................................4
2.2. Específicos .........................................................................................................................4
3. Metodologia ...............................................................................................................................4
4. Historia da Teoria Atómica ........................................................................................................5
5. Modelos Atómicos .....................................................................................................................6
5.1. Modelo atómico de Dalton .....................................................................................................6
5.1.1. Princípios básicos do modelo atômico de Dalton ...........................................................6
5.1.2. Considerações Adicionais do Modelo Dalton .................................................................7
5.1.3. O modelo da bola de bilhar.............................................................................................7
5.1.4. Experimentos de Dalton .................................................................................................7
5.1.5. Aceitação do modelo atômico de Dalton ........................................................................8
5.1.6. Limitações e Erros na Teoria de Dalton..........................................................................8
5.1.7. Impacto da Teoria de Dalton ..........................................................................................8
5.2. Modelo atômico de Thomson .................................................................................................8
5.2.1. Princípios básicos do modelo atômico de Thomson .......................................................9
5.2.2. Limitações e erros do modelo atômico de Thomson .....................................................10
5.2.3. mpacto do modelo Thomson ..............................................................................................10
5.3. Modelo Atómico de Rutherford ...........................................................................................10
5.3.1. Experimento de Rutherford ..........................................................................................10
5.3.2. Características do modelo atômico de Rutherford ........................................................11
5.3.3. Falhas no modelo atômico de Rutherford .....................................................................12
5.4. Modelo atômico de Bohr ......................................................................................................12
5.4.1. Princípios Básicos do Modelo Atômico de Bohr ..........................................................14
5.5. Modelo atômico de Schrödinger...........................................................................................14
5.5.1. Resumo sobre o modelo atômico de Schrödinger .........................................................15
5.5.2. Base experimental para o modelo atômico de Schrödinger ..........................................15
5.5.3. Efeito fotoelétrico .........................................................................................................16
5.5.4. Dualidade onda-partícula ..............................................................................................17
5.5.5. Princípio da incerteza ...................................................................................................18
5.5.6. Características do modelo atômico de Schrödinger ......................................................18
1
5.5.7. Avanços do modelo atômico de Schrödinger em relação aos outros modelos atômicos
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6. Conclusão .................................................................................................................................21
7. Referencias Bibliograficas .......................................................................................................22
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1. introdução
A história da teoria atômica é uma jornada fascinante que abrange milênios de pensamento
humano e descobertas científicas. Desde as primeiras concepções de átomos pelos filósofos
gregos antigos até os modelos atômicos modernos baseados na mecânica quântica, essa
narrativa revela o constante desejo da humanidade de compreender a natureza fundamental
da matéria.
Ao longo dos séculos, os cientistas têm proposto uma série de modelos atômicos, cada um
construindo sobre as descobertas e insights de seus predecessores. Esses modelos não apenas
refletem o estado atual do conhecimento científico, mas também ilustram o processo contínuo
de investigação, questionamento e revisão que caracteriza a ciência.
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2. Objectivos
De convenção com Piletti (2001) delibera objectivo como sendo a circunscrição clara dos
resultados que desejamos alcançar com a mesma actividade. Partindo desta conjectura,
agregam objectivos desta pesquisa os seguintes:
2.1. Gerais
Conhecer e saber analisar os modelos atómicos.
2.2. Específicos
Saber Diferenciar cada um desses Modelos atómicos.
Identificar as diferenças entre os diferentes modelos atómicos
3. Metodologia
Referencias bibliográficas
Livros
Sites
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4. Historia da Teoria Atómica
A primeira discussão registrada sobre a estrutura básica da matéria vem dos antigos filósofos
gregos, os cientistas de sua época. No século V a.C., Leucipo e Demócrito argumentaram
que toda a matéria era composta de partículas pequenas e finitas que chamavam de átomos,
um termo derivado da palavra grega para “indivisível”.
Eles pensavam nos átomos como partículas móveis que diferiam em forma e tamanho e que
podiam se unir. Mais tarde, Aristóteles e outros chegaram à conclusão de que a matéria
consistia em várias combinações dos quatro “elementos” – fogo, terra, ar e água – e poderia
ser infinitamente dividida. Curiosamente, estes filósofos pensaram em átomos e “elementos”
como conceitos filosóficos, mas aparentemente nunca consideraram realizar experiências
para testar as suas ideias.
A visão aristotélica da composição da matéria prevaleceu durante mais de dois mil anos, até
que o professor inglês John Dalton ajudou a revolucionar a química com a sua hipótese de
que o comportamento da matéria poderia ser explicado através de uma teoria atómica.
Publicadas pela primeira vez em 1807, muitas das hipóteses de Dalton sobre as características
microscópicas da matéria ainda são válidas na teoria atômica moderna. Aqui estão os
postulados da teoria atômica de Dalton.
A história da teoria atômica abrange milhares de anos e é uma narrativa fascinante da
evolução do pensamento humano sobre a natureza da matéria. Aqui está uma visão geral:
Filósofos gregos antigos: Os primeiros conceitos de átomos remontam a filósofos
como Leucipo e Demócrito, que propuseram que a matéria é composta de partículas
indivisíveis chamadas átomos.
Teoria dos quatro elementos: Aristóteles e outros filósofos gregos desenvolveram a
teoria dos quatro elementos - terra, ar, fogo e água - como os blocos de construção
básicos da matéria.
Renascimento e alquimia: Durante o Renascimento, a alquimia contribuiu para o
entendimento da matéria, embora fosse mais uma prática esotérica do que uma ciência
empírica.
Teoria corpuscular: No século XVII, a teoria corpuscular ganhou destaque com
cientistas como Robert Boyle, que sugeriram que a matéria é composta de partículas
indivisíveis.
Teoria química: No final do século XVIII, os químicos começaram a desenvolver
teorias mais precisas sobre a composição e reatividade da matéria, com contribuições
significativas de Antoine Lavoisier e John Dalton.
Descoberta do elétron: No final do século XIX, J.J. Thomson descobriu o elétron e
propôs o modelo do "pudim de passas", sugerindo que os elétrons estavam
incrustados em uma nuvem positiva.
Modelo nuclear do átomo: No início do século XX, Ernest Rutherford realizou o
experimento da dispersão alfa, que levou à descoberta do núcleo atômico, desafiando
o modelo de Thomson.
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Modelo de Bohr: Niels Bohr desenvolveu o modelo atômico de Bohr, baseado na
ideia de órbitas quantizadas para os elétrons, explicando a estabilidade dos átomos.
Desenvolvimentos modernos: A teoria atômica continuou a evoluir com a mecânica
quântica e a descoberta de partículas subatômicas, como prótons, nêutrons e outras
partículas elementares.
5. Modelos Atómicos
O modelo atómico é todo modelo cientifico que se usa para explicar os átomos e seus
comportamentos, embora os modelos atómicos aceitos actualmente sejam bastante
complexos , o modelo de Rutherford é muito usado por ser visualmente simples e pratico ao
explicar alguns fenómenos da natureza.
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Os compostos são constituídos por uma combinação de dois ou mais tipos diferentes
de átomos . Um determinado composto sempre possui os mesmos tipos de átomos
combinados e nas mesmas proporções.
Uma reação química é um rearranjo de átomos . As reações químicas são o resultado
de uma separação, união ou rearranjo de átomos. No entanto, os átomos de um
elemento nunca se transformam em átomos de outro elemento como resultado de
uma reação química.
A água não pode ser produzida usando 3 átomos de hidrogênio e dois átomos de oxigênio
(3:2). Dalton também criou uma “Tabela de Pesos Atômicos” e utilizando as informações
dessa tabela, colocou os elementos em uma ordem determinada pelo peso dos elementos,
comparando-os ao hidrogênio, o elemento mais leve, que é o número um da tabela. e tem o
número atômico 1.
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5.1.5. Aceitação do modelo atômico de Dalton
A teoria atômica de Dalton foi aceita por muitos cientistas da época quase imediatamente e
é a base para algumas partes da teoria atual. No entanto, os cientistas agora sabem que os
átomos não são as menores partículas de matéria, já que, como sabemos, os átomos têm
vários tipos de partículas menores, como prótons, nêutrons e elétrons. A teoria de
Dalton rapidamente se tornou a base teórica da química.
Dalton pensava que os átomos de todos os elementos permaneciam individuais, então ele não
percebeu que em alguns elementos existem átomos em moléculas, como o oxigênio puro que
existe como O2 (ou seja, uma molécula do mesmo elemento com dois átomos de oxigênio).
Ele também erroneamente pensou que o composto mais simples entre dois elementos é
sempre um átomo de cada um.
Isso o levou a concluir que a água era HO em vez de H2O. O equipamento rudimentar usado
por Dalton também o levou a algumas conclusões erradas. Inicialmente, ele deu ao oxigênio
um valor de 5,5, ou 5,5 vezes mais pesado do que o átomo de hidrogênio que era a referência.
Anos mais tarde, ele corrigiu seus valores e deu ao oxigênio um valor de 7, embora outros
cientistas contemporâneos tenham dado ao oxigênio um valor de 8.
Além disso, hoje sabemos que nem todos os átomos de um mesmo elemento têm a mesma
massa, já que existem isótopos, ou átomos com nêutrons adicionais, que possuem uma massa
maior mesmo sendo do mesmo elemento
Como consequência desta descoberta, e considerando que ainda não havia evidências do
núcleo do átomo , Thomson pensou que os eletrões estavam imersos numa substância
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carregada positivamente que neutralizava a carga negativa dos eletrões, uma vez que os
átomos têm carga neutra.
Algo semelhante a ter uma geleia com passas flutuando dentro. Por esta razão seu modelo
atômico ficou conhecido como modelo do pudim de ameixa .
Nesse modelo, Thompson ainda chamou os elétrons de corpúsculos e os considerou
dispostos de forma não aleatória, em anéis giratórios. No entanto, a parte positiva
permaneceu indefinidamente.
Este modelo, criado em 1904 , nunca teve ampla aceitação acadêmica e foi rapidamente
descartado quando Geiger e Marsden fizeram o experimento da folha de ouro em 1909 .
O resultado foi que esse feixe se dispersou ao passar pela folha de ouro, o que levou à
conclusão de que deveria haver um núcleo com forte carga positiva que desviou o feixe. No
modelo atômico de Thomson, a carga positiva estava distribuída na “geléia” que continha os
elétrons , portanto um feixe de íons teria que passar pelo átomo nesse modelo. A descoberta
do elétron também violou uma parte do modelo atômico de Dalton que considerava o átomo
indivisível, o que levou Thomson a pensar no modelo do “pudim de ameixa”.
Ao criar este modelo, Thomson abandonou sua hipótese anterior do "átomo nebular", na qual
os átomos eram compostos de vórtices imateriais. Como um cientista talentoso, Thomson criou
seu modelo atômico baseado nas evidências experimentais conhecidas em sua época. Embora o
modelo atômico de Thomson fosse impreciso, ele lançou as bases para modelos posteriores e
mais bem-sucedidos . Levou até a experiências que, embora demonstrassem a sua imprecisão,
levaram a novas conclusões.
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5.2.2. Limitações e erros do modelo atômico de Thomson
O modelo atômico de Thomson não conseguiu explicar como a carga é mantida nos elétrons
dentro do átomo . Nem poderia explicar a estabilidade de um átomo . A teoria não mencionou
nada sobre o núcleo do átomo.
Os prótons e os nêutrons ainda não haviam sido descobertos e Thomson, um cientista sério,
confiou principalmente na criação de uma explicação com os elementos comprovados
cientificamente na época. Foi rapidamente descartado pelos experimentos com folhas de ouro.
Neste experimento foi demonstrado que deveria existir algo dentro do átomo com forte carga
positiva e maior massa, o núcleo
Rutherford propôs que o átomo possui uma estrutura semelhante a um sistema solar em
miniatura, isto é, com um núcleo central positivamente carregado e elétrons orbitando ao redor
dele, assim como os planetas ao redor do sol. Sendo assim, esse modelo descreve que o núcleo
é a parte central e mais densa do átomo, onde reside a maior parte de sua massa e toda a carga
positiva.
5.3.1. Experimento de Rutherford
Para chegar a essa teoria, Rutherford conduziu o famoso experimento em que bombardeou
uma fina folha de ouro com partículas alfa (α). Para isso, o experimento foi realizado em uma
câmara de vácuo contendo uma fonte de partículas alfa, que são núcleos de hélio com carga
positiva, emitidas por um material radioativo (como o polônio). Ao mesmo tempo, uma fina
folha de ouro foi colocada no centro da câmara.
Diante disso, ele observou que a maioria das partículas alfa passava diretamente pela folha,
mas algumas eram desviadas em grandes ângulos ou até mesmo refletidas de volta, conforme
pode ser visto na imagem a seguir:
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Portanto, Rutherford concluiu que o átomo possui um núcleo central muito pequeno e denso e
que a maior parte do átomo é composta por espaço vazio, com os elétrons ocupando uma
região relativamente grande em comparação com o tamanho do núcleo.
a existência de um núcleo;
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Espaço vazio: a maior parte do átomo é um espaço vazio, com os elétrons orbitando ao
redor do núcleo em órbitas definidas. Em outras palavras, esse espaço representa a maior
parte do volume total do átomo.
Distribuição da carga positiva: esse modelo implicava que a carga positiva do átomo
estava concentrada em um pequeno núcleo central, o que não explicava como os
elétrons podiam permanecer em órbita ao redor do núcleo sem serem atraídos para
ele devido à força eletrostática.
Diante disso, para corrigir essas falhas, o modelo atômico de Rutherford foi posteriormente
aprimorado pelo modelo de Bohr, que introduziu órbitas quantizadas para os elétrons e
postulou que os elétrons só podiam ocupar certas órbitas ao redor do núcleo, evitando assim
a emissão contínua de energia e garantindo a estabilidade do átomo.
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O modelo atômico de Bohr foi criado por Niels Bohr (7 de outubro de 1885 – 18 de novembro
de 1962). Também é chamado de modelo atômico de Rutherford-Bohr e foi desenvolvido
em 1913.
Embora o modelo de Rutherford tenha sido bem-sucedido e revolucionário, ele teve alguns
conflitos com as leis de Maxwell e as leis de Newton, o que implicaria que todos os átomos
eram instáveis.
O modelo de Bohr resolveu esse problema indicando que os elétrons orbitam ao redor do
núcleo, mas em certas órbitas permitidas com uma energia específica proporcional à
constante de Planck. Essas órbitas definidas foram referidas como camadas de energia ou
níveis de energia. Em outras palavras, a energia de um elétron dentro de um átomo não é
contínua, mas "quantizada".
Esses níveis são rotulados com o número quântico n (n = 1, 2, 3, etc.) que ele diz que poderia
ser determinado usando a fórmula de Ryberg, uma regra formulada em 1888 pelo físico sueco
Johannes Ryberg para descrever os comprimentos de onda das linhas espectrais de muitos
elementos químicos.
Esse modelo de níveis de energia significava que os elétrons só podem ganhar ou perder
energia saltando de uma órbita permitida para outra e, quando isso ocorre, eles absorvem ou
emitem radiação eletromagnética no processo.
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5.4.1. Princípios Básicos do Modelo Atômico de Bohr
Partículas carregadas positivamente estão em um volume muito pequeno em comparação
com o tamanho do átomo e contêm a maior parte da massa do átomo.
Elétrons carregados negativamente giram em torno do núcleo em órbitas circulares.
Os elétrons orbitam o núcleo em órbitas que têm um tamanho e energia definidos.
Portanto, eles não existem em um estado intermediário entre as órbitas.
A energia da órbita está relacionada ao seu tamanho. A menor energia está na menor órbita.
Quanto mais distante o nível de energia estiver do núcleo, maior será a energia que ele tem.
Os níveis de energia têm diferentes números de elétrons. Quanto menor o nível de energia,
menor o número de elétrons que ele contém, por exemplo, o nível 1 contém até 2 elétrons,
o nível 2 contém até 8 elétrons e assim por diante.
A energia é absorvida ou emitida quando um elétron se move de uma órbita para outra.
Este modelo tentou explicar a estabilidade da matéria que os modelos anteriores não
possuíam e os espectros discretos de emissão e absorção de gases. O modelo de Bohr foi o
primeiro a introduzir o conceito de quantização, colocando-o como um modelo entre a
mecânica clássica e a mecânica quântica.
Foi uma melhoria no modelo de Rutherford, mas incorporando as descobertas de
quantização descobertas por Max Planck alguns anos antes e as ideias de Albert Einstein.
Apesar de suas deficiências, este modelo foi o precursor para a criação da mecânica quântica
por Schrödinger e outros cientistas.
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O modelo atômico de Schrödinger é uma forma comum usada para designar a descrição do
átomo por meio da resolução da equação de Schrödinger, proposta pelo físico austríaco
Erwin Schrödinger no ano de 1927. A equação é concebida com base em importantes
observações obtidas dentro da mecânica quântica, trazendo uma justificativa robusta para a
energia do átomo e do elétron.
O átomo concebido por Schrödinger se baseia na dualidade onda-partícula, no princípio da
incerteza, entre outras noções cunhadas no começo do século XX. Trouxe grandes avanços
para a compreensão da matéria, pois abriu caminho para uma compreensão mais sólida de
átomos polieletrônicos, algo que não é possível com o modelo atômico proposto por Bohr
5.5.1. Resumo sobre o modelo atômico de Schrödinger
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Isso quer dizer que nós, seres humanos, com nossa temperatura de 36-37 °C, brilharíamos no
escuro (consequência da incandescência). Não é preciso dizer que isso é um completo
absurdo, pois se assim o fosse, não existiria escuridão.
Nesse contexto, em 1900, Max Planck criou o conceito do quanta, traduzido como “pacotes
de energia”, a fim de explicar a troca de energia entre matéria e radiação. Segundo sua
interpretação, um corpo em temperaturas baixas (como nós) não tem energia suficiente para
emitir radiação ultravioleta de alta frequência.
Assim, um corpo só pode emitir radiação ultravioleta de alta frequência quando adquirir uma
energia mínima necessária. Nessa condição, a troca de energia entre matéria e vizinhaça
ocorre por meio de pacotes de energia de radiação.
Os pacotes de energia trazem também uma diferença em relação à Física clássica. Quando se
fala em pacotes de energia, refere-se à energia é quantizada, ou seja, ela é específica, há uma
imposição de limites. Já na Física newtoniana, a quantidade de energia trocada entre dois
objetos não possui qualquer restrição.
5.5.3. Efeito fotoelétrico
Para dar robustez às teorias propostas por Planck, mais evidências eram necessárias. Nesse
contexto, surgiu o efeito fotoelétrico, que versa sobre a ejeção de elétrons de um metal por
meio da incidência de radiação ultravioleta sobre a sua superfície.
Segundo as observações dessa teoria, nenhum elétron é ejetado até que a radiação atinja uma
frequência de determinado valor, específica para cada metal. Uma vez que essa frequência é
atingida, os elétrons são ejetados imediatamente, e, quanto mais intensa for a frequência da
radiação incidente, maior velocidade terá o elétron ejetado.
A explicação para o efeito fotoelétrico foi dada por Albert Einstein. Segundo Einstein, a
radiação eletromagnética (a luz, por exemplo, é uma radiação eletromagnética), utilizada para
a ejeção dos elétrons, era composta por partículas conhecidas como fótons, e, além disso,
cada fóton poderia ser interpretado como um pacote de energia. Com base nos estudos de
Planck, foi possível concluir que fótons de radiação ultravioleta são mais energéticos que
fótons da luz visível.
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Ao colidir com a superfície do metal, os fótons (constituintes da radiação eletromagnética)
trocam energia com os elétrons lá presentes. Se a energia absorvida pelo elétron a partir da
colisão com os fótons for suficientemente grande, ele então será ejetado.
O caráter ondulatório da luz já era conhecido desde 1801, quando o Físico inglês Thomas
Young fez incidir luz sobre uma barreira com uma fenda. Quando passa por essa fenda, a luz
sofre difração. A cada fenda, inclusive, que a luz passa, mesmo difratada, ela sofre uma nova
difração.
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5.5.5. Princípio da incerteza
Na Física clássica, é fácil você determinar a trajetória de uma partícula. Contudo, no mundo
quântico, no qual as partículas também apresentam comportamento de onda, a trajetória delas
já não é tão precisa assim. Isso porque não faz sentido se falar na localização de uma onda.
Por exemplo, em um violão, ao tocar-se uma corda, a onda se espalha por toda a sua extensão.
Se uma partícula tem esse mesmo comportamento, não há como definir a sua localização
com exatidão, mesmo conhecendo o seu momento linear (grandeza que mescla a massa e a
velocidade).
Sendo assim, o elétron, que também apresenta caráter dual, não possui uma órbita/trajetória
definida em torno do núcleo atômico, como muitos acreditam. A dualidade cria então uma
incerteza acerca da posição exata da partícula.
Essa incerteza na definição da posição é desprezível para corpos muito pesados, mas
totalmente significativa para corpos de dimensão atômica ou subatômica, ou seja, se você
sabe que a partícula está em determinado lugar, em determinado instante, não saberá mais
em que local ela estará no próximo instante.
Desse dilema surgiu o princípio da incerteza, estabelecido pelo físico alemão Werner
Heisenberg, em 1927. Segundo esse princípio, não é possível saber a posição e o momento
linear de uma partícula sem uma margem de erro, ou seja, se uma propriedade é conhecida,
a outra não será
5.5.6. Características do modelo atômico de Schrödinger
Como, a partir do caráter dual da partícula, não se podia mais definir uma trajetória específica
para ela, em 1927, o cientista austríaco Erwin Schrödinger substituiu essa trajetória precisa
por uma função de onda, representada pela letra grega psi (ψ), com os valores dessa função
variando de acordo com a posição. Um exemplo de função de onda é a função seno de x.
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O cientista Max Born, então, criou uma interpretação física para a função de onda, afirmando
que o quadrado da função ψ, ou seja, ψ², seria proporcional à probabilidade de encontrar uma
partícula em uma região. Dessa forma, entende-se ψ² como a densidade de probabilidade de
se encontrar uma partícula em alguma região. Por ser uma densidade de probabilidade, deve-
se multiplicar o valor de ψ² pelo volume para se ter a real probabilidade.
Hψ = Eψ
Hψ deve ser lido como “hamiltoniano de psi”, e descreve a curvatura da função de onda. O
hamiltoniano é um operador matemático, assim como o sinal de adição, subtração, log etc.
Já o lado direito nos traz a energia correspondente.
A resolução dessa equação nos traz uma importante conclusão: as partículas podem apenas
apresentar energias discretas, ou seja, energias bem determinadas, ou quantizadas, e não
qualquer valor. Esses valores específicos de energia são conhecidos como níveis de energia.
Isso é uma imposição da função de onda, pois esta precisa se ajustar em uma região do espaço
específica. Na mecânica clássica, um objeto pode ter qualquer valor de energia total.
Assim, um elétron não pode ter qualquer energia, mas sim níveis de energia bem definidos.
Como a função de onda precisa se ajustar a uma região do espaço, lembre-se de que
um elétron está confinado dentro de um átomo por meio das forças de atração que este possui
pelo núcleo.
Assim, atribuindo-se valores positivos para n (1, 2, 3...), é possível calcular a energia dos
níveis atômicos. O parâmetro n passa a ser chamado de número quântico principal, pois
acaba ligado a cada nível atômico permitido para um átomo.
As funções de onda dos elétrons são chamadas de orbitais atômicos, cujas expressões
matemáticas também são obtidas por meio da resolução da equação de Schrödinger. Um
orbital atômico apresenta a distribuição do elétron em um átomo, ou seja, a região de
probabilidade de existência de um elétron em um átomo. Os orbitais atômicos podem
apresentar formas e energias diferentes, também obtidas pela equação de Schrödinger.
Para cada nível de energia n (lembrando que n pode ser 1, 2, 3...), existem n subníveis. Em
cada subnível, estão orbitais de formas diferentes. Não há um limite para orbitais diferentes,
mas, com os átomos conhecidos até então, os químicos utilizam apenas quatro deles,
identificados pelas letras s, p, d e f.
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Então, por exemplo, no nível n = 1, há apenas um único subnível, havendo assim apenas o
orbital s. Já para o nível n = 2, há dois subníveis, estando presentes os orbitais s e p.
Contudo, os estudos de Schrödinger trouxeram uma grande robustez para justificar a energia
dos átomos e dos elétrons presentes. Por exemplo, a resolução da equação de Schrödinger
confirma o modelo atômico de Bohr para o átomo de hidrogênio e demais átomos
hidrogenóides (aqueles que só possuem 1 elétron). Assim como Schrödinger, Bohr chegou
aos níveis de energia permitidos para o átomo de hidrogênio.
Porém o modelo atômico de Bohr não é capaz atingir os níveis eletrônicos para átomos com
mais de 1 elétron e, assim, demonstra sua principal fraqueza. Quando dois elétrons estão
presentes, é necessário considerar a repulsão eletrônica entre eles, um parâmetro que pode
ser adicionado à compreensão matemática proposta por Schrödinger.
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6. Conclusão
Em conclusão, a história da teoria atômica é uma demonstração notável do poder da mente
humana em sua busca pela compreensão do mundo ao seu redor. Dos primeiros conceitos
filosóficos de átomos aos modelos complexos baseados na mecânica quântica, os cientistas ao
longo dos séculos têm contribuído para uma imagem cada vez mais clara da estrutura e
comportamento dos átomos.
Embora os modelos atômicos tenham evoluído significativamente ao longo do tempo, é
importante reconhecer que nossa compreensão atual é apenas uma etapa em um processo
contínuo de descoberta e exploração. À medida que a ciência avança, é provável que novas
teorias e modelos atômicos surjam, desafiando e expandindo nosso entendimento da matéria e
do universo como um todo.
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7. Referencias Bibliograficas
LEE, J. D. Química inorgânica: um novo texto conciso. 3. ed. São Paulo: E. Blucher, 198
RUSSELL, J. B. Química geral. 2. ed. São Paulo: Makron Books, 1994. V. 1. • SIENKO,
22