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Sumário
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................. 4
1 ORIGEM DA QUÍMICA .......................................................................................................... 5
1.2 Importância da água para a química e sua evolução ......................................................... 7
1.3 A química no século XVIII ....................................................................................................... 9
2 TERMODINÂMICA .............................................................................................................. 12
2.2 O flogistico ....................................................................................................................... 16
2.3 O calórico ......................................................................................................................... 19
3 GASES REAIS .................................................................................................................... 23
3.2 Fator de compressibilidade .............................................................................................. 26
3.3 Equação de van der Waals .............................................................................................. 31
4 REAÇÕES QUÍMICAS ........................................................................................................ 33
4.1.1 Combustíveis e a combustão ............................................................................................. 34
4.2 A oxidação ....................................................................................................................... 38
4.2.1 Número de oxidação .................................................................................................... 40
4.2.2 Determinação dos números de oxidação (Nox) ........................................................... 42
5 GRANDES PERSONAGENS DA QUÍMICA ........................................................................ 46
5.2 Antoine Lavoisier ............................................................................................................. 47
5.3 John Dalton ...................................................................................................................... 48
5.4 Amedeo Avogadro ........................................................................................................... 49
5.5 Joseph Louis Gay-Lussac ................................................................................................ 50
5.6 Humphry Davy ................................................................................................................. 51
5.7 Jacob Berzelius................................................................................................................ 52
5.8 Michael Faraday .............................................................................................................. 53
5.9 Dmitri Mendeleev ............................................................................................................. 54
5.10 Marie Curie ...................................................................................................................... 55
5.11 Gilbert Lewis .................................................................................................................... 57
5.12 Linus Pauling ................................................................................................................... 58
6 LEIS PERIÓDICAS .............................................................................................................. 59
Número atômico (Z) é o número de prótons presentes no núcleo de um átomo. Número de
massa (A) é a soma do número de prótons (Z) e de nêutrons ................................................. 62
6.2 A estrutura do átomo........................................................................................................ 62
6.2.2 Teoria atômica de Thomson ......................................................................................... 62
6.2.3 Teoria atômica de Rutherford ....................................................................................... 62
6.2.4 Teoria atômica de Rutherford-Bohr .............................................................................. 63
6.3 Configuração eletrônica do átomo ................................................................................... 64
7 RADIOATIVIDADE E RADIOISÓTOPOS ............................................................................ 70
7.2 Classificação dos elementos ........................................................................................... 75
7.3 Radioatividade: conceitos gerais ..................................................................................... 78
7.3.1 Efeitos biológicos da radioatividade .................................................................................. 79
7.4 Grandezas e unidades ..................................................................................................... 80
8 FISSÃO E FUSÃO ATÔMICA ............................................................................................. 82
8.1.1 Fissão e desenvolvimento tecnológico ............................................................................. 83
8.2 Fusão Nuclear.................................................................................................................. 90
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................................... 95
INTRODUÇÃO
Prezado aluno,
Bons estudos!
1 ORIGEM DA QUÍMICA
A Terra se formou há cerca de 4,6 bilhões de anos, e sua evidência fóssil mais
antiga conhecida tem cerca de 3,5 bilhões de anos. Naquela época, a atmosfera da
Terra consistia em elementos químicos simples como CO2, H2O e N2, além de alguns
compostos como CH4 e NH3. Alguns experimentos de laboratório desde a década de
1920 sugerem que a radiação ultravioleta do Sol e algumas descargas elétricas de
tempestades causaram várias reações químicas na atmosfera que produziram
substâncias orgânicas (SADAVA et al., 2020).
Harold Urey e Stanley Miller são cientistas que conduziram pesquisas e
experimentos usando tubos e balões para simular a Terra primitiva (Figura 1). Nesses
estudos, publicados em 1953, os cientistas misturaram H20, CH4, NH3 e H2, os
aqueceram e os expuseram a descargas elétricas por vários dias. O sistema era
conectado a um condensador que resfriava essa mistura, simulando o resfriamento da
Terra liberando gotículas de água. Na semana seguinte, eles descobriram compostos
orgânicos e vários aminoácidos na água coletada na caixa d'água, além de
substâncias simples que poderiam dar origem às primeiras formas de vida na Terra.
Fonte: https://cutt.ly/eMFsRti
1.2 Importância da água para a química e sua evolução
Fonte: https://cutt.ly/1MFfKCb
Sem dúvida, uma das descobertas químicas mais antigas e a que mais
revolucionou a vida humana foi o controle do fogo, sendo que no Paleolítico, há cerca
de 400.000 anos, as pessoas mantinham fogueiras em algumas de suas residências
na Europa e na Ásia, onde o barro era cozido no fogo para fazer cerâmica (VIDAL,
1986, p.09). Assim, pode-se dizer que o homem avançou na mineração e na
metalurgia, que ainda é um dos processos de transformação mais importantes.
A tensão superficial é outra propriedade importante da água, essa função ocorre
nos líquidos devido à força de atração exercida pelas moléculas dentro do líquido na
superfície. Em outras palavras, a interação das moléculas de água na superfície é
diferente do interior do líquido.
Moléculas no líquido atraem moléculas próximas em todas as direções durante
este processo, cancelando individualmente as forças que atuam sobre cada uma,
causando uma atração lateral e descendente para as moléculas da superfície do
líquido, essa força lateral e descendente é exercida, fazendo com que as moléculas
fiquem mais coesas e criem tensão na superfície, de forma esticada como se fosse um
filme elástico como mostra a Figura 4 (REECE et al., 2015).
Fonte: https://cutt.ly/oMFgyUx
Fonte: https://cutt.ly/5MFgADz
Em seguida, Aristóteles (Figura 7), considerado um dos maiores filósofos e
pensadores da antiguidade, propôs então, a existência de determinada espécie de
elemento celeste, reunindo os quatro elementos: água, ar, terra e fogo de forma
combinadas por um quadrado, no qual as qualidades contrárias: frio e úmido, quente
e seco.
O argumento era que eles se reuniram em torno de uma força chamada amor-
ódio enquanto discutiam outra teoria, o atomismo, que exigia átomos, a palavra grega
para "partículas indivisíveis que podem considerar a unidade mínima da matéria", esta
ideia continuou até o início dos tempos modernos. No século V a.C., a Alquimia era
usada para referenciar a química, nada mais do que a união da ciência com a arte e
a magia (SADAVA et al., 2020).
Fonte: https://cutt.ly/MMFhtHW
A palavra Alquimia vem do árabe AL_KHMY, possui caráter místico e surgiu das
ciências árabes, egípcias, pérsias e mesopotâmicas. Combinava com arte, química,
filosofia, física, medicina, metalurgia e religião. Trata-se de uma prática antiga que
considerava dois propósitos fundamentais, na prática de transformarmetais inferiores
em ouro com a conhecida Pedra Filosofal e na manipulação do elixirda longa vida,
conhecido como Elixir da Vida Eterna (GREENBERG, 2009).
Os alquimistas eram profundamente devotados aos segredos e mistérios. Era
considerada bruxaria na época e a alquimia não era aceita como ciência. Somente no
século XVIII, conhecido como Iluminismo, a química recebeu sua certidão de
nascimento, mas somente no período da Revolução Industrial quando começou a
aparecer com mais frequência o capitalismo, abriu-se espaço para a expansão da
ciência tecnológica. No entanto, alguns historiadores afirmam que Antoine-Laurent de
Lavoisier (Figura 8) é o "pai da química moderna", embora alguns autores discordem.
Antoine-Laurent de Lavoisier, foi um químico francês que contribuiu com o trabalho de
combustão, a publicação de Traité Elementraire de Chimie foi sua maior obra
publicada em Paris no ano de 1789. A química desenvolveu-se juntamente com a
ciência da compreensão da natureza das reações químicas quando Lavoisier
estabeleceu a Lei da Conservação da Matéria, a primeira das leis ponderais da
química (GREENBERG, 2009).
Fonte: https://cutt.ly/pMFjoA2
Ainda assim, foi apenas no século XIX que a ciência química se consolidou com
a proposição de uma teoria atômica, realizada por John Dalton (Figura 9), que
influenciou o desenvolvimento posterior da química.
Fonte: https://cutt.ly/bMFj051
Dalton, como era conhecido, nasceu na Inglaterra e era autodidata, lecionava
apenas com 12 anos, foi professor de filosofia e matemática, além de percursor da
Teoria Atômica de Dalton, apresentada em conferências realizadas na Royal
Institution em Londres, como o pioneiro em conceito de massa atômica e átomo
(GREENBERG, 2009).
2 TERMODINÂMICA
2.1 A alquimia
A vida doméstica da Idade Média também foi marcada por práticas alquimistas, sendo
as mais importantes (VIDAL, 1986):
2.2 O flogistico
Segundo Brito (2008), no século XVII, por volta de 1670, Georg Stahl criou a
teoria do flogisto, segundo a qual todas as substâncias inflamáveis possuem uma
substância fundamental e etérea que é liberada dessas substâncias durante a
combustão ou absorvida durante a calcinação. Essa substância básica e etérea foi
chamada de flogisto. A formação de ferrugem também foi causada pela liberação de
flogisto, embora muito lentamente. Além disso, de acordo com a teoria, os metais
foram formados quando o material moído (calcário) se juntou ao flogisto.
Lavoisier respondeu às perguntas e refutou a teoria do flogisto, dando origem
à química moderna. Nas décadas de 1760 e 1770, Lavoisier criou e conduziu uma
série de experimentos que usavam escalas para medir a massa de substâncias.
Colocou uma massa conhecida como estanho em um frasco hermeticamente fechado
e calcinou o metal, novamente pesando e observando se o peso se mantinha.Pesando
o produto da calcinação, ele descobriu que era maior que a massa original do estanho
e concluiu que o estanho havia se misturado com o ar no frasco. Ele repetiu o
experimento com outros metais e observou o mesmo resultado (BRITO, 2008). Alguns
dos dispositivos que Lavoisier criou para realizar seus experimentos são mostrados
nas Figuras 2 e 3.
Figura 2 – Aparato para aquecer mercúrio para obter óxido de mercúrio criado por
Lavoisier
2.3 O calórico
O calor sempre foi percebido como algo que produz sensação de aquecimento
nas pessoas, e é possível pensar que a natureza do calor é uma das primeiras coisas
percebidas pela humanidade. É muito falado no dia a dia, principalmente em relação
ao clima. Entretanto, apenas na metade do século XIX tivemos uma verdadeira
compreensão física da natureza do calor, graças ao desenvolvimento da teoria
cinética, que trata moléculas como pequenas esferas que estão em movimento e,
portanto, possuem energia cinética.
Assim, o calor é definido como a energia associada ao movimento aleatório de
átomos e moléculas. Embora tenha sido sugerido no século XVIII e no início do século
XIX que o calor é a manifestação do movimento no nível molecular (a chamada força
viva), a visão do calor que prevaleceu até a metade do século XIX tinha por base a
teoria calórica proposta pelo químico francês Antoine Lavoisier em 1789. Antes dos
experimentos realizados pelo Conde Rumford e por Joule, alguns cientistas
acreditavam que o calor era uma substância que preenchia os poros dos corpos e se
chamava calórico (ÇENGEL; BOLES, 2013).
A teoria calórica afirma que o calor é uma substância chamada de calórico,
semelhante a um fluido, que não tem massa, cor, odor e gosto, e pode ser passada de
um corpo para outro. No início do século XIX, pensava-se que o calor era um fluido
invisível, chamado de calórico, que escoava dos corpos mais quentes para os corpos
mais frios (Figura 4).
Transferência de calor de um corpo com temperatura maior para um corpo com temperatura menor:
(a) xícara de café transferindo energia para a mão dá a sensação de calor; (b) mão transferindo
energia para o copo de suco dá a sensação de frio
Fonte: https://cutt.ly/SM6kp4v
Para que essa situação de transferência de energia fique clara, é necessário
entender o que é a temperatura. Todas as moléculas e os átomos de um corpo estão
em movimento de translação, rotação e vibração. De acordo com Bauer, Westfall e
Dias (2013), a temperatura nos fornece uma medida proporcional à energia cinética
média do movimento de translação das partículas. Essa energia está associada à
energia térmica do corpo. O corpo que possui maior energia sempre transfere para o
que possui menor energia, até que eles cheguem a um equilíbrio térmico (mesma
temperatura).
Quando um corpo não podia mais conter calórico, da mesma forma que não se
pode mais dissolver sal ou açúcar em um copo d’água, dizia-se que o corpo estava
saturado com calórico. Essa interpretação deu origem aos termos líquido saturado e
vapor saturado, ainda usados nos dias de hoje. A teoria do calórico foi questionada
logo após sua apresentação. Ela propunha que o calor era uma substância que não
podia ser criada ou destruída. Entretanto, sabia-se que o calor podia ser gerado
indefinidamente esfregando as mãos ou esfregando dois pedaços de madeira.
O conceito de temperatura e de equilíbrio térmico é base para a Lei Zero da
Termodinâmica que, de acordo com Çengel e Boles (2013), diz que se dois corpos
estão em equilíbrio térmico com um terceiro corpo, eles também estão em equilíbrio
térmico entre si. Essa lei, muito simples, valida a medição de temperatura por um
termômetro, por exemplo, que seria esse terceiro corpo. No exemplo da Figura 5, a
mão tem uma temperatura maior (mais energia) que o copo de suco, então ela vai
transferir energia para o copo. À sensação de perder energia, normalmente chamamos
de “sentir frio”. Por outro lado, a xícara tem uma temperatura maior que a mão; logo,
ela transfere energia. À sensação de receber energia, casualmente chamamos de
“sentir calor”. Essa transferência acontece até que os corpos envolvidos entrem em
equilíbrio térmico, ou seja, tenham a mesma temperatura.
De acordo com Hewitt (2015), a esse movimento de energia entre corpos de
diferentes temperaturas, damos o nome de calor. Dessa forma, calor não é uma forma
de energia, mas energia em trânsito, em movimento, e, após a transferência, ela não
é mais chamada de calor. Essa energia já transferida está associada à energia térmica
do corpo. Como o calor não é uma variável de estado, não nos referimos a ele como
uma variação. É seu sinal algébrico que determina se o calor está sendo recebido ou
removido. Quando analisamos um sistema e sua vizinhança e eles possuem
temperaturas diferentes, de acordo com Knight (2009), a quantidade de calor será
positiva se o sistema receber calor de sua vizinhança e será negativo se ceder calor
para a vizinhança. Se estiverem em equilíbrio térmico, nenhuma transferência de
energia ocorrerá, como mostra a Figura 6.
Diante dessas hipóteses, é possível compreender que tal modelo não descreve
o comportamento dos gases reais, pois ele não explica alguns fenômenos decorrentes
da existência da atração e da repulsão entre as moléculas, que, portanto, são
considerados desvios da idealidade. Como exemplo, podemos citar a condensação
dos gases, seja por compressão ou resfriamento, em que as forças de atraçãoreduzem
a velocidade das moléculas, permitindo que elas colidam com menor intensidade com
as paredes do recipiente, se comparada com a intensidade das colisões na ausência
de tais forças.
Dessa forma, com a redução da intensidade das colisões entre a parede do
recipiente e as moléculas do gás, a pressão do gás real é menor que a pressão prevista
pela lei dos gases ideais. As interações entre as moléculas também podem ser
percebidas ao se tentar comprimir um líquido; a dificuldade imposta pela tarefa nos
mostra que há forças intensas se opondo quando esse líquido é confinado em um
volume muito pequeno (ATKINS; JONES, 2012; KOTZ et al., 2015).
Para compreendermos melhor esse desvio, observe a Figura 1, a partir da qual
vamos avaliar o efeito da pressão sobre o comportamento dos gases reais.
Onde:
Vm é o volume molar real ocupado por uma massa m ou quantidade de matéria
n de um gás real;
Vm é o volume molar previsto ocupado pela mesma quantidade de matéria
desse gás, considerando-se que seu comportamento seja ideal, nas mesmas
condições de pressão e temperatura.
Onde:
4 REAÇÕES QUÍMICAS
4.1 Combustão
Gasolina 31.850 1
4.2 A oxidação
Na → Na+ + e- (oxidação)
Cl2 + 2e- → 2 Cl- (redução)
1ª regra
O número de oxigênio de cada átomo de um elemento (ou substância simples)
é zero, porque como todos os átomos são do mesmo elemento químico, não há
diferença de eletronegatividade entre eles e, portanto, o número de oxigêniodo
elemento é zero. Exemplos incluem substâncias simples que são formadasa
partir de elementos metálicos (ou substâncias metálicas): Au, Ag, Cu, Fe, Pb,
Zn, entre outros. Como exemplos de substâncias simples e formadas por
elementos não metálicos (portanto, substâncias moleculares), é possível citar
H2, O2, N2, F2, Cl2, Br2, I2, S8, C (diam), C (graf), entre outros.
2ª regra
Para íons monoatômicos, o número de oxidação é igual à carga do íon.
Elementos dos grupos periódicos 1A-3A formam íons monoatômicos com carga
positiva e número de oxidação igual ao número do grupo. O Mg forma o íon
Mg2+ e, portanto, seu Nox = +2.
3ª regra
O flúor sempre terá o Nox = -1 presente em seus compostos.
4ª regra
Br, Cl e I sempre têm Nox = -1 nos compostos, exceto quando combinados com
oxigênio e flúor. Ou seja, o Cl tem Nox = -1 em NaCl (onde Na é +1, conforme
foi previsto de acordo de que ele é um elemento do grupo 1A). Porém, no íon
ClO-, o Cl tem Nox +1 (oxigênio tem Nox = -2). Justificando a próxima regra.
5ª regra
O Nox do H é +1, e do O é -2 na maior parte dos seus compostos. Embora a
regra se aplique a um número de compostos enorme, existem importantes
exceções. Sobre o hidrogênio e seus compostos — compostos químicos
(substâncias compostas) são formados por dois ou mais elementos químicos.
Quando o hidrogênio se liga aos não metais (o que ocorre por ligações
covalentes, exemplo A, onde são mais eletronegativos que ele, a atração será
menos intensamente o elétron do que o outro elemento ligado). Assim, seu Nox
será +1. Ao ligar-se aos metais, formando os hidretos metálicos (exemplo B), o
hidrogênio, por ser mais eletronegativo que eles, terá Nox = -1.
Assim, podemos enunciar que: o Nox do hidrogênio em seus compostos é +1,
exceto nos hidretos metálicos, em que Nox = -1. No caso de CaH2, o Nox do
Ca é +2 (igual ao número do grupo), e o do H é Nox = -1.
6ª regra
A soma algébrica dos números de oxidação do composto neutro deve ser zero.
Uma molécula é uma espécie quimicamente neutra. Como os elétrons não
aparecem ou desaparecem, uma carga negativa também deve ser determinada
para cada carga positiva em uma molécula. Em outras palavras, se for somado
os números de Nox de todos os átomos da molécula, a resposta é
necessariamente zero. Veja os exemplos J e L.
Robert Boyle, nascido na Irlanda no ano de 1627 e falecido em 1691 (Figura 1),
foi responsável por levar à química moderna orientações de métodos baseados em
precisão de medidas e em racionalidade de deduções experimentais. O irlandês
recomendou a publicação detalhada de artigos científicos e que experimentos fossem
aplicados de forma controlados para provar os fatos, relatando tanto perspectivas
quantitativas quanto qualitativas. Foi ele o responsável por retirar o prefixo alchemy,
que significa alquimia, e então, a partir daquele momento passou a ser chamado de
chemistry, a química que se conhece hoje, por ter assumido um verdadeiro caráter
científico, um discurso cada vez mais quantitativo e concreto. Seu conceito foi
confirmado no livro The Sceptical Chymist publicado em 1661.
Em seu trabalho, ele discorda da teoria que fala sobre os quatro elementos de
Aristóteles (ar, água, terra e fogo) e os três princípios propostos por Paracelso(enxofre,
mercúrio e sal). Trabalhando com Robert Hooke, o cientista Boyle construiu uma
bomba pneumática, sua função era impossibilitar a obtenção de um vácuo
absoluto. Fazendo a análise do ar, Boyle descobriu que funcionava como um meio de
propagar o som, pois consistia em minúsculas partículas movendo-se no vácuo,
descobriu também que o volume se modifica, sendo inversamente proporcional à
pressão em que ele é submetido, e então, a lei passou a levar seu nome. O cientista
também foi fundador e patrono da Royal Society of London, que pagou pela publicação
do Principia de Isaac Newton (ÇENGEL, 2013).
Nascido no ano de 1743 e falecido em 1794 (Figura 2), ficou conhecido como pai
da química moderna, considerado também o maior químico de experimentos antesdo
cientista Michael Faraday. Antoine Lavoisier foi incrivelmente prolífico, chamou os
elementos de oxigênio, carbono e hidrogênio, também descobriu o papel do gás
oxigênio para a respiração e também na combustão, dizia sempre que a água tratava-
se de um composto de oxigênio e hidrogênio, além de ter previsto a presença de silício.
John Dalton, nascido no ano de 1766 e falecido em 1844 (Figura 3), foi um dos
primeiros cientistas que argumentou sobre a matéria ser composta por partículas
pequenas, chamadas de átomos.
Figura 3 – John Dalton
Fonte: https://bityli.com/Zlevc
Fonte: https://bityli.com/Zlevc
Então, ele tentou organizar, dando continuidade onde Gay-Lussac e Dalton
pararam. Nesse processo, Avogadro iniciou uma era nova da física de partículas, e as
pesquisas estavam bastante avançadas, quando relacionadas ao seu tempo, que os
demais não demonstraram interesse. Então, apenas após três anos, quando Ampère
redescobriu algumas dessas pesquisas, que passaram a reconsiderá-las. Diversos
experimentos de Química Orgânica conduzidos logo em seguida por Auguste Laurent
e Charles-Frédéric Gerhardt, confirmaram a afirmação de Avogadro, onde dizia que
todos os gases de volumes iguais, continham o mesmo número de moléculas, ou seja,
a temperatura e pressão eram constantes.
Muitos anos passariam desde que as realizações de Avogadro fosse totalmente
e profundamente apreciadas, porém, as contribuições desse químico foramsuficientes
para consolidar-se como um dos fundadores da Teoria Molecular. Para homenageá-
lo, o número de átomos em um mol de qualquer substância, passou a serconhecido
como constante de Avogadro, cujo valor corresponde a 6,02214076 x 1023.Amedeo
Avogadro não realizou o cálculo deste número, porém, a existência dele decorre
logicamente de sua hipótese e trabalho (HAYT; BUCK, 2017).
Fonte: https://bityli.com/Zlevc
Sendo assim, com o auxílio de balões repletos de hidrogênio, seu intuito era
subir quilômetros acima do nível do mar, afim de colher amostras de ar fresco para
realizar análises, que foram diversas, diga-se de passagem. Tais análises levaram a
descoberta de que quando os gases reagem a pressão e temperatura constantes,
combinam-se em volumes que se encontram em proporções simples e ao volume do
produto, quando em estado gasoso. Esse experimento ficou conhecido como a Lei de
combinação de volumes de Gay-Lussac, e pôde fornecer pistas que inspiraram
Avogadro na apresentação de sua hipótese inovadora, após novas pesquisas.
Além de pesquisar sobre gases, Gay-Lussac realizou diversas contribuições
notáveis para a química, como a descoberta do boro com Louis Jacques Thénard e
Humphry Davy. Em paralelo, colaborou com Alexander von Humboldt, descobrindo
que a água era composta por duas moléculas de hidrogênio e uma molécula de
oxigênio por volume, obtendo a sigla H2O. Também trouxe termos como pipeta e
bureta após o desenvolvimento de versões aprimoradas de ambos. Suas análises
quantitativas de álcoois fizeram com que diversos países adotassem “graus Gay-
Lussac” como uma medida percentual por volume padrão para fazer referência ao
etanol (CHANG, 2013).
Fonte: https://bityli.com/Zlevc
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Foi considerado um dos fundadores da química moderna, por ter sido de fato a
primeira pessoa a conseguir medir pesos atômicos de forma bem mais precisa para
os elementos, fato esse que ajudou a confirmar a Teoria Atômica de Dalton, e assim,
tornou-se base da tabela periódica de Mendeleev. Além disso, dentre tantas
descobertas, uma das mais interessantes, foi a de três elementos, chamados de cério,
tório e selênio, conseguiu identificar e nomear o famoso fenômeno da catálise, então
descreveu como as ligações químicas podem formar-se por atração eletrostática,
chamadas hoje em dia de ligações iônicas.
Berzelius também auxiliou a fazer com que a química fosse mais sistemática,
pois na sua época, os elementos possuíam nomes diferentes de acordo com a língua
nativa da região de cada cientista envolvido. Logo, não era comum uma abordagem
consistente, então, Berzelius fundou o sistema que é usado na atualidade, onde é
empregado uma ou mais letras com o intuito de representar os elementos (Tabela 1)
(HAYT; BUCK, 2017).
Fonte: https://bityli.com/Zlevc
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Nos dias atuais, qualquer estudante que entenda sobre como funciona a tabela
periódica, provavelmente dirá que tem pouco ou até mesmo nenhum problema na
compreensão de outros aspectos relacionados à química. Outras contribuições
bastante importantes, porém, menos conhecidas, Mendeleev fez para os campos da
geologia, meteorologia e também para hidrodinâmica. Além de implantar o sistema
métrico de medições na Rússia, Mendeleev auxiliou na fundação da Sociedade
Química Russa, a famosa cratera lunar Mendeleev e o elemento transurânico
radioativo chamado mendelévio, levam seu como como forma de reconhecimento e
homenagem (NETZ; ORTEGA, 2014).
Fonte: https://bityli.com/Zlevc
Fonte: https://bityli.com/Zlevc
Linus Pauling, nascido no ano de 1901 e falecido em 1994 (Figura 12), foi muito
aclamado e dito como um dos mais importantes cientistas que já existiram. Ele
essencialmente inventou, sozinho, o que conhecemos hoje em dia como a biologia
molecular, o estudo de ácidos e proteínas no organismo. Foi o pioneiro no que diz
respeito à aplicação da mecânica quântica em química, e no ano de 1954, Linus
Pauling recebeu a premiação do Nobel de Química pelo trabalho relativo à natureza
das ligações químicas. Durante o período que realizou suas investigações, esteve
muito próximo da descoberta das estruturas em hélice dupla do DNA, tal descoberta
aconteceu mais tarde por James Watson e Francis Crick, apenas no ano de 1953.
Fonte: https://bityli.com/Zlevc
O cientista ainda é referenciado como sendo um acadêmico versátil, pela sua
intervenção e perícia em diversos campos como a química orgânica e inorgânica,
anestesiologia, imunologia, metalurgia, psicologia e radioatividade, o que trouxe
contribuições especialmente significativas nas fronteiras entre as ditas áreas. Pauling
também recebeu o Nobel da Paz no ano de 1962, pela campanha que fez contra testes
nucleares, sendo o único a receber duas premiações do Nobel sem compartilhamento.
Outras personalidades que receberam duas premiações foram Marie Curie – física e
química, Frederick Sanger – ambos de química e John Bardeen – ambos de física
(CHANG, 2013).
6 LEIS PERIÓDICAS
Para estudar a localização dos elétrons, é mais fácil para os cientistas estudar
o elétron em função energética. Por esse motivo que é usado a ideia de nível
energético ou orbital, que é a região onde temos probabilidade maior de encontrar um
elétron.
Os elétrons não são encontrados em nenhuma posição na eletrosfera. Eles
orbitam o núcleo e são chamados de camadas eletrônicas indicadas pelas letras K, L,
M, N, O, P e Q do núcleo ou níveis de energia indicados pelos números 1, 2, 3, 4, 5,
6 e 7 como mostra na Figura 4 (BRADY; HOLUM; RUSSEL, 2002).
Fonte: Essa é a configuração dos orbitais. Entretanto, possuem uma estrutura fina, ou seja, algumas
dessas linhas são compostas de duas ou mais linhas muito próximas, chamadas de subníveis. Estes
são designados pelas letras minúsculas s, p, d, f, g, h por exemplo (BRADY; HOLUM; RUSSEL,
2002)
7 RADIOATIVIDADE E RADIOISÓTOPOS
Fonte: https://bityli.com/CSALz
O final dos anos 1800 foi muito importante, pois, além dos raios X, também foi
descoberta a radioatividade. Os raios X descobertos por Röntgen foram o resultado
da fluorescência produzida pelos raios catódicos em um tubo de raios catódicos.
Antoine Henri Becquerel ouviu Henri Poincaré relatar a recente descoberta de
Röntgen e imaginou que a luminescência era uma condição para a observação de
raios X, e ele já havia estudado a fosforescência dos compostos de urânio.
Uma diferença significativa entre essas duas descobertas é que os raios X de
Röntgen são produzidos artificialmente, e a radioatividade de Becquerel, Marie Curie
e Pierre Curie eram emitidas naturalmente. Pierre Curie e Marie Curie mostraram que
o tório também agia como o urânio descoberto por Becquerel, e, separando os
submateriais (pechblenda) do urânio, eles descobriram os elementos polônio e rádio.
Após essa descoberta incrível da radioatividade, Ernest
Rutherford, acreditando que a radiação emitida naturalmente pelos materiais
radioativos erasemelhante aos raios X descobertos por Röntgen, começou a trabalhar
com os raiosde urânio. Ele descobriu que, ao serem expostos a um campo magnético,
esses raiossofriam desvio na sua trajetória, ou seja, alguns raios eram desviados
para o ladopositivo do campo magnético e outros raios eram desviados para o lado
negativo do campo magnético. A Figura 2 ilustra como foi esse experimento de
Rutherford
(ATKINS; JONES, 2018).
Fonte: https://bityli.com/HDYxE
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Kelvin considerou que o átomo era constituído por uma esfera, na qual a massa
e a carga são distribuídas uniformemente com elétrons incorporados, como um bolo
recheado de ameixa, onde o bolo era a massa positiva e as ameixas eram os elétrons.
Nesse modelo, a radiação eletromagnética seria emitida se forças externas
causassem vibração nos elétrons do átomo. Em 1903–1904, J.J. Thomson propôs uma
modificação a essa ideia: os elétrons se moviam em alta velocidade, em círculos
concêntricos, em torno de uma esfera de carga positiva contínua.
Em 1911, Rutherford postulou, por meio de experimentos, que a carga positiva
do átomo estava concentrada em um núcleo central muito menor do que o próprio
átomo, e que continha a maior parte da massa do átomo. Os elétrons negativos
estariam girando em torno do núcleo, como em um sistema planetário.
A quantidade de elétrons em órbita ao redor do núcleo deve ser igual ao número
cargas positivas dentro do núcleo atômico para garantir a neutralidade elétrica. Como
o elétron é a unidade fundamental de carga negativa, Rutherford postulou que a
unidade de carga positiva no núcleo é o próton. Acompanhe o modelo atômico de
Rutherford na Figura 4 (KNIGHT, 2009).
Figura 4 – Modelo atômico de Rutherford
Fonte: https://bityli.com/CSALz
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Explicar como os prótons podem ser mantidos juntos dentro do núcleo do
átomo, tendo em vista as fortes forças repulsivas das partículas carregadas
positivamente, era uma das dificuldades de Rutherford. Essas dificuldades foram
resolvidas quando, em 1932, James Chadwick descobre o nêutron dentro do núcleo
do átomo. Sua presença no núcleo explica a diferença entre os números atômico e de
massa e, mais importante ainda, explica que o nêutron é responsável pela força coesa
que mantém o núcleo unido. Essa força nuclear é atraente e possui um alcance
extremamente curto — cerca de 2–3 × 1015m.
Devido ao alcance muito curto da força nuclear, os nêutrons só podem interagir
com seus núcleos vizinhos mais próximos, em contraste com as forças elétricas
repulsivas de maior alcance dos prótons. A descoberta do nêutron também explicou a
existência de isótopos, descobertos em 1913 por Frederick Soddy, para elementos
radioativos. A Figura 6 mostra como ficou o modelo atômico após a descoberta do
nêutron (SILVA; BARP, 2014).
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Figura 7 – Isótopos
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Mais de 3.000 nuclídeos são conhecidos, mas apenas cerca de 10% deles são
estáveis. O número total de prótons mais nêutrons é conhecido como número de
massa (A) de um nuclídeo, como ilustra a Figura 8.
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Nuclídeos com número atômico (Z) e número de massa (A) diferentes e mesma
quantidade de nêutrons (N) são chamados isótonos, como mostrado na Figura 9.
Figura 9 – Isótonos
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Nuclídeos com o mesmo número de massa (A) e diferente número atômico (Z)
são conhecidos como isóbaros, como mostrado na Figura 10.
Figura 10 – Isóbaros
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De forma resumida, a reação nuclear mais conhecida nos dias atuais é a fissão,
onde um núcleo pesado faz uma combinação com um nêutron em seguida se separa
em outros dois, com núcleos mais leves (Figura 1).
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Onde:
• 1
0n – Simboliza o nêutron expelido e pego por um núcleo X.
• A
ZX – O núcleo que pegou o nêutron.
• ɣ – Raio gama irradiado pelo núcleo.
• Z – Simboliza o número de prótons existentes num núcleo qualquer.
• N – Simboliza o número de nêutrons existentes num núcleo qualquer.
• A – Simboliza o número de Massa (A = Z + N) existentes num núcleo qualquer.
• E = energia.
• m = massa.
• c = velocidade da luz no vácuo
Como resultado, estes últimos estão ligados mais fortemente e também são
mais leves. Essa diferença de massa também pode ser dosada como uma diferença
energética. Que por núcleon temos:
Na parte interna dos reatores de fissão é importante que haja controle das
reações, afim de que não ocorram tais explosões. A primeira pessoa que pôde
controlar uma reação em cadeia, também chamada de reação em cadeia
autossustentada, foi o cientista italiano Henrico Fermi, em 1942.
O urânio natural possui apenas cerca de 0,7% do isótopo 235U e os outros
99,3% que formam a composição é proveniente do 238U, que dificilmente sofre fissão.
Para que exista maior probabilidade de ocorrer fissão, é necessário que se proceda o
enriquecimento do urânio.
O U é considerado fracamente enriquecido quando possui teor de 235U entre
0,7% e 20%. O U com teor de 235U entre 3% e 5% é geralmente utilizado em reatores
de água leve, o tipo mais usado no mundo. Reatores de pesquisa requerem taxas de
enriquecimento mais elevadas, geralmente de 12% a 20%. O U com teor de 235U
entre 1% e 2% pode ser destinado a substituir o U natural como combustível, em certos
tipos de reatores que utilizam água pesada. Quando possui uma concentração de
235U superior a 20% é considerado altamente enriquecido. Essa classe de U é usada
em certos tipos de reatores de nêutrons rápidos, como reatores de motorização de
porta-aviões (propulsão nuclear), os quais requerem taxas de enriquecimento de
50% a 90%. Reatores com nêutrons rápidos para a produção de energia elétrica
podem operar com U enriquecido à cerca de 25%. O U altamente enriquecido com um
teor superior a 90% é dito de qualidade militar e é usado para a fabricação de armas
nucleares. (PERUZZO, 2012, p.120-121).
Existem diversos processos usados com a finalidade de enriquecer o urânio: o
que usa o Espectrógrafo de Massa, o processo de Jato Centrífugo, o processo por
Difusão Gasosa, o processo por Ultracentrifugação que é o mais usado e o processo
de Separação por Laser (PERUZZO, 2012).
Outro fator de suma importância para manter uma reação em cadeia
autossustentada é a quantidade de emissões de nêutrons por fissão. Assim, foi criado
o parâmetro chamado de constante de reprodução k. Logo, o valor médio de k é 2,5.
Para que a reação em cadeia mantenha-se autossustentada, é preciso que se obtenha
k = 1. Assim, é dito que o reator está crítico. No entanto, quando k apresentarvalor maior
que a unidade, (k>1) o reator estará supercrítico e por esse motivo, é possível que uma
reação descontrolada aconteça, superaquecendo o reator. Porém, quando o valor de
k for menor que a unidade, (k<1) o reator estará subcrítico, e então, a reação será
extinta. Sendo assim, para manter o valor de k o mais próximo possívelde 1, barras de
controle no núcleo do reator são utilizadas, geralmente são compostasde cádmio, por
possui grande capacidade de absorver nêutrons.
Foi possível observar anteriormente ao analisar interações nucleares, que os
nêutrons rápidos, com energia cinética maior que 1MeV, possuem pouca possibilidade
de provocar o fenômeno da fissão nuclear, e a fim de desacelerar os nêutrons, são
usados moderadores. Fermi em suas primeiras experiências utilizava tijolos de grafita
(forma alotrópica do carbono), nos dias atuais, os modernos reatores utilizam a água
pesada para alentecer estes nêutrons (TIPLER, 1995).
A figura 6 mostra um esquema de funcionamento de uma usina termonuclear.
O processo de fissão acontece no núcleo do reator através de reações em cadeia. O
calor que foi gerado aquece a água do circuito primário, que é mantida em alta
pressão, evitando assim que a água entre em ebulição. Esta água funciona como
elemento moderador no reator.
O calor é transferido para a água do circuito secundário saindo circuito primário,
e o vapor formado é submetido a altas pressões para que possa acionar as turbinas
acopladas aos geradores, onde transformarão a energia cinética em energia elétrica.
Após passar pelas turbinas, o vapor é condensado para que possa retornar ao circuito
secundário, novamente. Observe que não existe contato da água nos circuitos. Isso
acontece para que a água do circuito secundário não seja contaminada com aradiação
que foi gerada no circuito primário. Este tipo de reator é conhecido como PWR, porém,
existem outros tipos, cujos nomes são BWR, CANDU, HTGR, LMFBR e RMBK
(PERUZZO, 2012).
Fonte: https://bityli.com/XLKwe
Diferente de Fissão, onde existia um núcleo dito como pesado sendo dividido,
na Fusão os núcleos que se fundem, são leves. Na natureza, esse processo acontece
na parte interna das estrelas. Quanto mais massiva a estrela, mais complexo é o efeito
Fusão, produzindo elementos mais pesados. Existem estrelas que fundem Hélio para
produzir Carbono, Neônio e Oxigênio.
Estrelas mais massivas produzem elementos ainda mais pesados nessa ordem
até a produção de ferro. Elementos mais pesados só poderiam ser formados por uma
explosão de supernova. Em nosso Sol ocorre o processo de fusão, sem o qual não
haveria vida na Terra, onde ocorre a transformação do Hidrogênio em Hélio. Essa
mudança não é fácil, o processo envolve basicamente cinco etapas. Na figura 7 vemos
uma representação desta sequência.
Fonte: https://bityli.com/A4sbE
ATKINS, P.; PAULA, J. Físico-química. 9. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2012. v. 1. 2. São
Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2005.
BAUER, W.; WESTFALL, G. D.; DIAS, H. Física para universitários: óptica e física
moderna. Porto Alegre: AMGH, 2013.
BODANIS, David. E = mc2: uma biografia da equação mais famosa do mundo e o que
ela significa. Tradução Vera de Paula Assis. Rio de Janeiro: Ediouro, 2001.
CHANG, R.; GOLDSBY, K. A. Química. 11. ed. Porto Alegre: AMGH, 2013.
PERUZZO, Jucimar. Física e Energia nuclear. 1 ed. São Paulo: Ed. Livraria da
Física. 2012. 376p.
TIPLER, Paul A. Física para cientistas e engenheiros. vol. 4 Ótica e Física Moderna.
Tradução Horácio Macedo. 3ª ed. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos Editora