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BELO HORIZONTE / MG
ESTRUTURA DA MATÉRIA
Sumário
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ESTRUTURA DA MATÉRIA
4.4 Eletropositividade........................................................................................................ 47
6 INTERAÇÕES MOLECULARES................................................................................. 69
7 BIBLIOGRAFIA ........................................................................................................... 83
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ESTRUTURA DA MATÉRIA
1 PARTÍCULAS SUBATÔMICAS
O átomo, que era apenas esfera sem estrutura no modelo de Dalton, já estava dividido
pelo menos em duas partes: o núcleo e os elétrons. Mas, e o núcleo, será que é maciço ou
formado possui alguma estrutura? Quantos elétrons há em um átomo? Existe alguma relação
entre a massa e a carga do núcleo? Rutherford e outros cientistas buscaram essas respostas.
Fonte: sergiorbtorres.com
O início do século XX foi marcado por diversas e incríveis descobertas. Por isso, não
se sabe ao certo quem descobriu o próton. A descoberta é geralmente atribuída a Rutherford,
que foi também quem deu esse nome ao então conhecido núcleo do átomo de hidrogênio.
Em 1919, Rutherford e seus colaboradores realizaram o sonho dos alquimistas e
conseguiram experimentalmente, pela primeira vez na história, transmutar um elemento em
outro.
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ESTRUTURA DA MATÉRIA
Fonte: brasilescola.uol.com.br
Em 1930, descobriu-se que bombardeando Berílio com radiação alfa, era emitida outra
radiação extremamente penetrante e sem carga elétrica, semelhante à radiação gama.
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ESTRUTURA DA MATÉRIA
Posteriormente, foi descoberto que incidindo esse novo tipo de radiação em uma substância
rica em hidrogênio (como a parafina), prótons eram emitidos.
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ESTRUTURA DA MATÉRIA
A e o raio do núcleo.
Já vimos que o modelo de Rutherford prevê que o raio do núcleo é da ordem de 1014m.
Uma boa aproximação para calcular esse raio é considerar o núcleo uma esfera com
densidade constante. Como a densidade é massa/volume, o raio do núcleo pode ser
calculado usando a massa atômica A e a fórmula do volume da esfera. Após algumas
simplificações, obtém-se o seguinte resultado:
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ESTRUTURA DA MATÉRIA
1.2 Isótopos
Fonte: sergiorbtorres.com
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ESTRUTURA DA MATÉRIA
Como é o número de prótons de um átomo (ou seja, A) que define a identidade química
de um elemento, os isótopos de um mesmo elemento ocupam o mesmo lugar na tabela
periódica1.
1.3 Nêutron
O átomo possui três partículas subatômicas de interesse primário que são os elétrons,
os prótons e os nêutrons. O nêutron foi a última partícula dessas três a ser descoberta.
No entanto, surgiu a seguinte questão: Se os prótons são positivos, por que eles não
se repelem e o núcleo do átomo se desintegra?
Isso é realmente verdade, visto que é amplamente conhecido que partículas de cargas
iguais se repelem e de cargas opostas se atraem.
Dessa forma, foi descoberta a terceira partícula subatômica, que foi denominada de
nêutron.
Os nêutrons ficam juntamente aos prótons no núcleo do átomo. Assim, eles diminuem
as forças de repulsão entre os prótons e mantêm o núcleo estável, com as partículas unidas.
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Extraído e adaptado do site:
http://www.quimica.ufpr.br/nunesgg/CQ108/Estrutura%20atomica/SL_estrutura_atomica.pdf
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ESTRUTURA DA MATÉRIA
Fonte: alunosonline.uol.com.br
A massa de um nêutron é igual a 1,675. 10-27 kg, sua massa em unidade de massa
atômica é relativamente igual a 1.
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ESTRUTURA DA MATÉRIA
Existem também os isótonos, que são átomos de diferentes elementos químicos com
diferentes números de prótons, diferentes números de massa, mas com a mesma quantidade
de nêutrons.
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Por exemplo, o 17 Cl eo 20 Ca são isótonos, pois sabemos o seu número de massa
(A - na parte superior), que é a soma dos prótons com os nêutrons, e nós também sabemos
quantos são os seus prótons (na parte inferior). Assim, basta diminuir esses valores que
encontraremos quantos nêutrons cada átomo possui 2:
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1737Cl 20 Ca
A=N+P A=N+P
N=A–P N=A–P
N = 37-17 N = 40 – 20 N = 20 N = 20
1.4 Elétron
Agora que sabemos o que é um átomo podemos entender melhor a definição dos
elétrons. Portanto definimos os elétrons como as partículas que constituem o átomo. Sendo
que os elétrons estão localizados na eletrosfera do átomo, se movimentando ao redor do
núcleo em órbitas circulares, que possuem uma energia bem definida e característica, que
são definidas como um nível de energia ou camada eletrônica.
O elétron é uma partícula subatômica e que possui uma massa relativamente muito
pequena, este valor é tão baixo que em relação a massa total do átomo que pode ser
considerada desprezível. Para que fique mais claro, suponhamos que uma pessoa estivesse
em cima de uma balança e neste exato momento um inseto também subisse na balança,
então o valor que mostra na balança iria alterar? Não, portanto a massa do inseto seria
desprezível em relação a massa de uma pessoa, da mesma forma acontece com o elétron
em relação ao átomo.
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Extraído e adaptado do site: https://alunosonline.uol.com.br/quimica/neutrons.html
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ESTRUTURA DA MATÉRIA
Fonte: mundodaeletrica.com.br
Elétron Livre
Fonte: infoescola.com
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Há muitos anos o filósofo grego Tales de Mileto (625 a.C. – 546 a.C.) observou que ao
esfregar um âmbar em um tecido, como seda ou lã por exemplo, ele passava a atrair
pequenos e leves corpos, como a palha, desta forma ficando “energizado”.
Mas que apenas no final do século XIX o cientista Joseph John Thomson realizou mais
experimentos com tubos de raios catódicos que os levaram a descoberta dos elétrons, que
através destes estudos que ele chegou a várias conclusões sobre o elétron, ou seja, o elétron
é uma partícula subatômica, possui massa e carga negativa. Os raios catódicos foram
chamados de elétrons e considerados a primeira partícula subatômica descoberta.
Os elétrons têm tudo a ver com a eletricidade, pois se os elétrons não tivessem sido
descobertos com certeza quase tudo que está em nossa volta não existiria, não haveria nada
que dependesse da eletricidade, tanto para o funcionamento quanto para a fabricação de
algo.
Como já sabemos, a corrente elétrica nada mais é do que um fluxo ordenado dos
elétrons por um determinado material, que geralmente é um metal, onde existem elétrons
livres. Portanto esses elétrons livres são conduzidos pela ação de um campo elétrico ou um
campo magnético.
Podemos entender a energia elétrica como uma relação entre três grandezas elétricas,
que é a tensão elétrica, corrente elétrica e resistência elétrica , sendo que a variação de
qualquer uma dessas grandezas interferem diretamente na quantidade de elétrons passando
por um condutor por exemplo, está relação pode ser facilmente compreendida através da lei
de ohm.
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Extraído e adaptado do site: https://www.mundodaeletrica.com.br/o-que-sao-eletrons-e-qual-
suaimportancia/
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ESTRUTURA DA MATÉRIA
Deve-se reconhecer que esse pensamento carecia de uma base teórica ou material
consistente, além de ser pouco esclarecedor. Porém, evidenciava um questionamento ou
uma contestação sobre o pensamento que prevalecia até então e, ao mesmo tempo, induzia
à reflexão investigativa, fundamental para o desenvolvimento do conhecimento.
Leucipo não deixou registros sobre suas reflexões. Porém, elas permaneceram e
foram melhoradas pelo seu seguidor Demócrito, que viveu entre 460-370 a.C. e, seguindo as
ideias do seu mestre, afirmava que a menor partícula constituinte de qualquer tipo de matéria
não poderia ser fragmentada, pois se fosse divisível ao infinito, confundir-se-ia com o vazio.
Por essa característica, denominou tal partícula de átomo, palavra grega que significa
indivisível.
Como corolário, Demócrito postulou que as únicas coisas existentes eram os átomos
e os espaços entre eles e que qualquer matéria resultaria da combinação de átomos de quatro
elementos: água, terra, fogo e ar.
Fonte: eleve-se.com.br
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ESTRUTURA DA MATÉRIA
Essas ideias foram apoiadas por alguns filósofos. Porém, outros, entre os quais,
Aristóteles, que foi um dos maiores filósofos de todos os tempos, consideravam um absurdo
existir algo indivisível, estabelecendo-se, então, duas correntes de pensamento.
Para Aristóteles, a matéria era contínua (não atômica) e suas ideias terminaram
prevalecendo entre a maioria dos pensadores até o século XVI, quando outros estudiosos,
como Pierre Gassendi (1592 – 1655), rompendo com a filosofia aristotélica, passaram a
defender o atomismo e adotar o empirismo como prática para o estabelecimento da verdade
científica.
Para isso, os resultados dos trabalhos do físico e químico irlandês Robert Boyle,
publicados em 1661, foram decisivos. Nesses trabalhos, ele concluiu que todos os objetos
eram compostos por átomos, que seriam as unidades fundamentais da matéria.
Fonte: kucinephoto.com
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ESTRUTURA DA MATÉRIA
Para chegar a essa conclusão, ele atentou para o fato de que algumas das substâncias
já conhecidas podiam se combinar formando outras. Assim, o bronze podia ser formado
combinando-se cobre com zinco; os sais podiam ser preparados combinando-se ácidos com
álcalis e algumas substâncias podiam se separar, formando outras mais simples, como se
observava quando se aquecia as amálgamas, fato que resultava na produção de mercúrio e
de outro metal.
Além de haver feito essas constatações, Boyle adotou o termo elemento, que era
usado na Grécia Antiga, para designar cada substância simples. Parecia, portanto, que a
existência do átomo já era irrefutável, mas ainda faltava descrevê-lo detalhadamente, fato
que vem evoluindo até os dias de hoje.
Na segunda metade do século XVII, a teoria atômica não podia mais ser negada, e o
empirismo, associado à reflexão, passou a ser prática comum para muitos estudiosos da
natureza. Entre os químicos que assim procediam, Lavoisier foi um dos que mais se destacou,
tendo consagrado o uso da balança como instrumento para investigação em química,
descoberto dezenas de elementos e estabelecido a lei da conservação das massas. Todo
esse labor criativo fez com que Lavoisier ficasse reconhecido como um dos mais importantes
químicos de todos os tempos.
Dalton (1766-1844) formulou uma teoria atômica, cujos postulados estabeleciam que:
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ESTRUTURA DA MATÉRIA
Fonte: manualdaquimica.com
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ESTRUTURA DA MATÉRIA
Tais fatos não tiveram interpretação imediata, mas, em 1874, George Johnstone
Stoney (1826-1911), analisando os resultados dos trabalhos de Faraday, sugeriu que a
eletricidade existia associada à matéria e seria constituída por partículas de carga negativa
denominada de eletrine, no caso da partícula associada ao hidrogênio.
Arrhenius propôs que, nessas dissoluções, a soma das cargas das partículas positivas
(cátions) seria igual à soma das cargas das partículas negativas (ânions), o que asseguraria
que as cargas dos eletrólitos, dissolvidos ou não, seriam nulas.
Fonte: docente.ifrn.edu.br
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ESTRUTURA DA MATÉRIA
Fonte: espetacularquimica.com
Fonte: docente.ifrn.edu.br
O fato, porém, é que não existiam dados sufi cientes para uma definição sobre o que
era observado nos experimentos, surgindo um conflito de opiniões em relação aos
constituintes dos raios catódicos e dos raios canais: entre cientistas alemães, prevalecia a
idéia de que seriam radiações e, entre os britânicos, de que seriam partículas.
elétrons, portanto, partículas com carga elétrica negativa e que os raios canais eram íons
carregados positivamente.
Nos seus experimentos, Thomson mostrou que os raios catódicos eram atraídos pelos
polos positivos de campos elétricos formados por duas placas metálicas colocadas dentro de
ampolas de Crookes, ligadas aos eletrodos de baterias. Verificou, também, que esses raios
eram desviados pelos campos magnéticos de forma semelhante à que se observava em
experimentos sobre eletromagnetismo (já realizados naquela época), conforme é ilustrado.
Fonte: alunosonline.uol.com.br
Todos esses experimentos indicavam que a matéria era constituída por partículas
positivas e negativas e que os raios catódicos, sendo os componentes de carga elétrica
negativa, deveriam ser os elétrons que haviam sido propostos por Stoney. Faltava, porém,
uma prova definitiva, mas esta foi encontrada por Thomson quando determinou alguns
parâmetros relativos aos raios catódicos, sendo o mais importante deles a relação entre a
carga elétrica e a massa dessas partículas.
Para determinar a relação entre a carga e a massa dos elétrons, Thomson utilizou um
aparelho de Crookes semelhante aos tubos de televisão usados atualmente.
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ESTRUTURA DA MATÉRIA
Fonte: docente.ifrn.edu.br
No aparelho, existiam dois ânodos perfurados (discos D) por onde um feixe de elétrons
poderia passar e ir se chocar com a parede frontal do tubo, na posição B.
Nos experimentos, era aplicado um campo elétrico sobre o feixe de elétrons e isso
provocava um desvio (x) do feixe para a posição A. Já a aplicação de um campo magnético
perpendicular ao campo elétrico, provocava um desvio (y) do feixe de elétrons para a posição
C, oposto àquele provocado pelo campo elétrico. Nesses experimentos, o ponto de incidência
do feixe de elétrons era facilmente visualizado colocando-se um anteparo com material
fluorescente frontal à sua trajetória.
Na qual “e” e “m” são a carga e a massa dos elétrons, “k” e “k” são constantes definidas
pelas características do aparelho e pelas intensidades dos campos elétrico e magnético
aplicados e x e y são os desvios do feixe de elétrons sob a ação de cada tipo de campo
aplicado, medidos diretamente no “vídeo” do aparelho utilizado.
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ESTRUTURA DA MATÉRIA
Usando essa equação, Thomson calculou a relação entre a carga e a massa dos
elétrons (e/m), encontrando valores sempre muito próximos de −1, 76108 C/g, mesmo
utilizando catodos de materiais diferentes ou gases diferentes nas ampolas de Crookes.
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ESTRUTURA DA MATÉRIA
Fonte: docente.ifrn.edu.br
(q) nas gotículas de óleo, obtendo sempre valores múltiplos inteiros de −1, 6×10−19
coulombs, fato que o levou a deduzir que está deveria ser a carga do elétron.
Dispondo desse valor, tornou-se simples calcular a massa do elétron, bastando usar a
relação entre a carga e a massa (e/m = −1, 76 × 1011 C/kg), estabelecida por Thomson, o
que resultou em 9, 11 × 10−31 kg como sendo a massa do elétron.
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ESTRUTURA DA MATÉRIA
já vinham procurando estabelecer as suas propriedades e não demorou muito para que parte
significativa dessa tarefa fosse realizada.
Esses estudos mostraram, também, que os raios canais podiam ser diferentes para
um mesmo elemento. Um desses estudos, realizado por Thomson, em 1912, mostrou que o
neônio formava dois tipos de raios canais com massas diferentes. Mais adiante, com o
refinamento dos métodos experimentais, foi verificado que o próprio hidrogênio forma três
raios canais diferentes. Com essas observações ficou evidenciado que existiam átomos com
pesos diferentes formando um mesmo elemento químico e a esses tipos de átomos, Frederick
Soddy, em 1913, denominou de isótopos do elemento.
A existência dos isótopos desfez mais um dos equívocos dos postulados de Dalton,
que usava os pesos atômicos como parâmetro identificador. Porém, gerou a necessidade de
se encontrar outra forma para identificar os elementos, o que ocorreu ainda em 1913, através
dos trabalhos de Henry G. J. Moseley.
Nesses trabalhos, Moseley verificou que os raios-X emitidos pelos átomos dependiam
das respectivas cargas nucleares (Z) e que estas sempre correspondiam a números inteiros,
os quais foram denominados de número atômico.
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ESTRUTURA DA MATÉRIA
Logo foi observado que não só os raios-X, mas todas as propriedades dependiam do
número atômico e, por isso, esse parâmetro, que corresponde ao número de prótons em cada
átomo, foi definido como o parâmetro identificador dos elementos.
Como já se observava que a massa atômica de cada elemento era cerca de duas
vezes maior do que se esperaria, tomando como base os números atômicos, tornou-se
evidente a existência de outros componentes, além dos elétrons e dos prótons, constituindo
os átomos. Desses componentes, o mais importante é o nêutron, cuja massa é quase igual
à massa do próton e foi descoberto em 1932 por James Chadwick.
Com base nos estudos sobre as relações entre as cargas e as massas dos elétrons e
dos raios canais, Thomson já sabia que os elétrons eram muito mais leves do que os átomos
como um todo. Assim, ele propôs que cada átomo seria formado por uma esfera de carga
positiva homogênea, onde ficaria quase toda a massa do átomo, com os elétrons distribuídos
simetricamente em torno dela.
Esse modelo ficou conhecido como “modelo de pudim com passas” e teve vida curta,
pois logo foi observada sua incompatibilidade com os resultados de novos experimentos
realizados, conforme será visto nos itens seguintes.
Fonte: portaleducacao.com.br
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ESTRUTURA DA MATÉRIA
O trabalho consistia em fazer incidir feixes de partículas α sobre uma lâmina de platina
(ou outros materiais) e analisar o poder de retenção ou de penetração das partículas por
essas placas.
Como o modelo atômico aceito na época considerava que os átomos eram estruturas
impenetráveis (o modelo de Thomson), havia a expectativa de que as partículas fossem
retidas. Porém, foi observado que quase todas atravessavam a lâmina, com muito poucas
sendo desviadas de sua trajetória inicial, o que podia ser visualizado pelo efeito produzido
sobre placas fluorescentes (placas de sulfeto de zinco, ZnS) colocadas em volta da lâmina
de platina.
Fonte: docente.ifrn.edu.br
A partir dessas observações, Rutherford concluiu que o átomo teria um núcleo muito
pequeno e compacto, onde se concentrariam as partículas positivas, que já se sabia serem
bem mais pesadas do que as negativas.
Como grande inovação em relação a Dalton, ele propôs que os elétrons ficariam
circulando em grandes órbitas ao redor desse núcleo, de forma semelhante aos planetas em
volta do sol, pois assim desenvolveriam uma força centrípeta que os impediria de se juntarem
ao núcleo, levados pela força de atração eletrostática.
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ESTRUTURA DA MATÉRIA
Modelo atômico de Rutherford. (a) Modelo proposto. (b) Falência por emissão da luz.
Pelas leis da eletrodinâmica, os elétrons perderiam energia e cairiam no núcleo.
Por essa lei, se um elétron circulasse em torno do núcleo de carga positiva, ele estaria
constantemente irradiando luz, perdendo energia e terminaria por colidir com o núcleo.
Felizmente, isso não demorou a acontecer graças aos trabalhos de Niels Bohr, que
serão discutidos em aulas posteriores, pois agora encerraremos está aula para que você
tenha tempo de aprofundar seus estudos sobre o que já foi apresentado.
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ESTRUTURA DA MATÉRIA
perca tempo. Procure fortalecer suas bases de conhecimentos para, na próxima aula,
continuar desvendando os caminhos trilhados na construção do modelo atômico 4.
Podemos observar a formação de uma onda quando jogamos uma pedra na água de
um açude. O choque da pedra com a água gera uma onda na superfície que se propaga,
afastando-se do ponto da queda da pedra. Se no caminho da onda estiver um flutuador
(barco), observa-se um movimento periódico para cima e para baixo, provocado pela
sucessão de cristas e vales que se repete em intervalos de tempo regulares.
Fonte: brasilescola.uol.com.br
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Extraído e adaptado do site: https://docente.ifrn.edu.br/denilsonmaia/evolucao-dos-modelos-atomicos
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ESTRUTURA DA MATÉRIA
O número de vezes que o flutuador oscila para cima e para baixo pela passagem de
uma onda completa (oscilação ou ciclo) por unidade de tempo é a frequência da onda,
representada pela letra grega ν (ni). Por exemplo, se pelo flutuador passam 10 ondas
completas em um segundo, a frequência da onda é 10 ciclos por segundo, que é igual a 10
hertz (Hz).
Em geral, a palavra ciclo é suprimida das unidades de frequência, que são dadas
apenas como “por segundo” que é o inverso do segundo (1/s ou s-1), ficando subentendido
que estão envolvidos ciclos ou oscilações (1 s-1 = 1 Hz).
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ESTRUTURA DA MATÉRIA
10 cm. (b) A onda tem o dobro de cristas e vales da onda em (a) e a mesma amplitude.
A frequência da onda ν em (b) é o dobro da frequência ν em (a). Em (c), a onda tem a mesma
frequência de (b), porém, a amplitude é menor.
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ESTRUTURA DA MATÉRIA
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ESTRUTURA DA MATÉRIA
Exemplo de exercícios
Uma radiação eletromagnética se desloca à velocidade da luz, 3 x 108 m s-1, com uma
frequência de 4,32 x 1014 oscilações por segundo.
Resolução:
Consultando a Tabela, vamos efetuar a conversão de metros (m) para nanômetro (nm).
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ESTRUTURA DA MATÉRIA
E = hν
E = nhν n = 1, 2, 3, 4 . . .
Desde 1887, experiências mostravam que elétrons poderiam ser ejetados de uma
superfície metálica quando esta era exposta à luz, em geral, luz ultravioleta. A explicação
para essas observações foi dada, em 1905, por Albert Einstein. Para ele, a luz não apresenta
apenas propriedades ondulatórias caracterizadas pela frequência
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ESTRUTURA DA MATÉRIA
3. Os elétrons eram ejetados com uma determinada energia cinética, que variava
com a energia da radiação incidente. Quanto mais energética era a radiação que atingia a
superfície metálica, maior a energia cinética dos elétrons ejetados.
Nessa fórmula, E¡ é a energia da radiação que incide sobre a placa metálica. Eₒ, é a
energia necessária para ejetar o elétron da superfície metálica, definida como função trabalho
ou energia crítica e é um parâmetro característico de cada metal. Eᶜ é a energia cinética
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ESTRUTURA DA MATÉRIA
adquirida pelo elétron ejetado. Só ocorrerá emissão de elétrons se E¡ > Eₒ, pois neste caso
o fóton terá energia suficiente para arrancar o elétron do metal 5.
Ao longo dos tempos o ser humano e os animais evoluíram de forma a ter uma
sensibilidade maior para a luz visível. O estudo dos fenômenos ópticos é fascinante, pois os
variados tipos de imagens podem trazer diversos tipos de emoções ao ser humano e mesmo
aos animais. Mas a evolução vem da necessidade destes seres obterem informações do meio
em que vivem.
Muitas discussões foram feitas com relação à luz. Quando se fala em propagação
automaticamente considera-se um deslocamento com certa velocidade.
Uma onda é uma perturbação que se propaga em um meio. No caso de uma onda
eletromagnética a perturbação é do campo elétrico e do campo magnético. É um argumento
plausível para explicar a luz.
Mas alguns experimentos realizados no fim do século XIX mudam um pouco essa
concepção com relação a este importante ente físico. Entre os mais relevantes, podem ser
citados o efeito fotoelétrico, o espalhamento Compton e a produção de raios X.
Quando se faz um experimento com partículas em fenda única, observa-se uma região
de máxima incidência de partículas, conforme mostra a figura:
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Extraído e adaptado do site: https://docente.ifrn.edu.br/denilsonmaia/modelos-atomicos-o-modelo-debohr
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ESTRUTURA DA MATÉRIA
As partículas são colimadas por uma fenda e incidem no anteparo formando um padrão
de interferência com uma franja apenas.
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ESTRUTURA DA MATÉRIA
Quando a mesma experiência é realizada com partículas, o padrão deve ser formado
apenas por duas raias de máxima intensidade. Mas não é isto que se observa se a mesma
experiência for realizada com prótons, nêutrons ou elétrons. O que se observa é um padrão
de interferência! É isto que intriga os físicos: a luz se comporta ora como onda, ora como
partícula. E as partículas se comportam como onda em determinadas situações6.
Muitas propriedades químicas e físicas dos elementos e das substâncias simples que
eles formam variam periodicamente, ou seja, em intervalos regulares em função do aumento
(ou da diminuição) dos números atômicos. As propriedades que se comportam dessa forma
são chamadas de propriedades periódicas.
Medir o tamanho de um átomo é algo muito difícil porque a sua eletrosfera (região onde
os elétrons ficam girando ao redor do núcleo) não possui um limite específico. Por isso, a
forma mais comum é por meio do raio atômico, em que se considera o átomo como se ele
fosse uma esfera (modelo atômico de Dalton).
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Extraído e adaptado do site: https://www.infoescola.com/fisica/dualidade-onda-particula/ 7
Extraído e adaptado do site: https://manualdaquimica.uol.com.br/quimica-
geral/propriedadesperiodicas.htm
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ESTRUTURA DA MATÉRIA
Fonte: manualdaquimica.uol.com.br
Fonte: manualdaquimica.uol.com.br
Para conseguir essa medida, usa-se a técnica de difração por raios X. Nela, esses
raios atravessam uma amostra de um material sólido de um único elemento químico (como
um pedaço de ferro, pois ele é sólido e é formado somente por átomos de ferro), e os átomos
ou íons que constituem esse material provocam um desvio na trajetória dos raios X. Depois
os raios X incidem sobre uma chapa fotográfica e registram a posição dos núcleos dos átomos
no material e a distância entre eles. Assim, basta dividir esse valor por dois para obter o raio
atômico, que, em geral, é medido em nanômetros (1 nanômetro é igual à bilionésima parte
de um metro (10-9 m)).
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ESTRUTURA DA MATÉRIA
Fonte: manualdaquimica.uol.com.br
Para entender porque o aumento do raio atômico segue essa ordem periódica,
considere separadamente os elementos de uma mesma família e de um mesmo período.
Elementos de uma mesma família: De cima para baixo vai aumentando o número de camadas
eletrônicas. Por exemplo, na família 1, o hidrogênio possui uma camada, o lítio possui duas
camadas, o sódio possui três camadas e assim sucessivamente. Nesse sentido, aumenta
também o número atômico e, por isso, o raio do átomo também aumenta.
Fonte: manualdaquimica.uol.com.br
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ESTRUTURA DA MATÉRIA
Fonte: manualdaquimica.uol.com.br
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Extraído do site: https://manualdaquimica.uol.com.br//quimica-geral/raio-atomico.htm
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ESTRUTURA DA MATÉRIA
Os valores das energias de ionização podem ser expressos em eletrovolts (eV), mas
de acordo com o SI (Sistema Internacional de Unidades), eles devem ser expressos em
kJ/mol.
Por exemplo, consideremos um átomo de cobre (Cu (g)) que possui quatro níveis de
energia no estado fundamental e um elétron no subnível mais externo (4s1):
Veja que a segunda energia de ionização foi maior do que a primeira. Isso nos mostra
que a energia de ionização é uma propriedade periódica, que varia conforme o número
atômico dos átomos dos elementos da Tabela Periódica. Podemos notar também que essa
propriedade segue um padrão de variação relacionado com o do raio atômico, pois depende
da distância que os elétrons estão do núcleo, ou seja, quanto maior o raio atômico, menor a
energia de ionização e vice-versa.
Isso quer dizer que os valores das energias de ionização dos elementos crescem no
sentido oposto ao crescimento do raio atômico, ou seja, aumenta de baixo para cima e da
esquerda para a direita. Os valores das energias de ionização são medidos
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ESTRUTURA DA MATÉRIA
Fonte: manualdaquimica.uol.com.br
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ESTRUTURA DA MATÉRIA
Fonte: manualdaquimica.uol.com.br
Fonte:manualdaquimica.uol.com.br
Isso significa que os maiores valores para a energia de ionização são dos elementos
situados próximos ao Hélio, ou seja, na parte superior à direita da Tabela Periódica. Por outro
lado, os menores valores são dos elementos situados próximos ao césio, na parte inferior à
esquerda da Tabela Periódica.
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Caso queira aprofundar o tema, acesse os links: https://youtu.be/UoTe2lwXoYU ; https://youtu.be/8eR-
tO82QUQ
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ESTRUTURA DA MATÉRIA
Fonte: manualdaquimica.uol.com.br
4.3 Eletronegatividade
Isso significa que a eletronegatividade é uma grandeza relativa, pois ela é analisada
por meio de uma comparação entre a capacidade que dois átomos ligados possuem de atrair
os elétrons.
Além disso, ela é uma propriedade periódica, uma vez que, à medida que o número
atômico aumenta, ela adquire valores semelhantes para intervalos regulares. Existem várias
formas de medir a eletronegatividade dos elementos, mas a forma mais conhecida e usada
é a que foi determinada pelo cientista Linus Pauling. Os valores obtidos por ele estão
presentes na imagem a seguir:
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ESTRUTURA DA MATÉRIA
Fonte: manualdaquimica.uol.com.br
Fonte: manualdaquimica.uol.br
Existe uma forma de você saber a ordem de eletronegatividade dos elementos mais
eletronegativos, que são:
4,0 > 3,5 > 3,0 > 3,0 > 2,8 > 2,5 > 2,5 > 2,5 < 2,1
4.4 Eletropositividade
NaCl
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Para compreender melhor esse tema acesse: https://manualdaquimica.uol.com.br/quimicageral/teoria-
octeto.htm
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ESTRUTURA DA MATÉRIA
1. Raio atômico: quanto maior for o raio atômico, maior será a eletropositividade.
Se o átomo é grande, a força de atração do núcleo em relação aos elétrons da periferia é
pequena, o que torna a perda do elétron mais fácil.
Fonte:
manualdaquimica.uol.com.br
3. Família: quanto maior for o número atômico e o número de níveis, maior será a
eletropositividade. Nas famílias da Tabela Periódica, os elementos localizados abaixo uns
dos outros apresentam maior número atômico e maior número de níveis em seus átomos, o
que favorece uma menor força de atração do núcleo em relação aos elétrons da periferia.
Assim, nas famílias da tabela periódica, a eletropositividade cresce de cima para baixo.
Fonte:manualdaquimica.uol.com.br
48
ESTRUTURA DA MATÉRIA
Fonte:manualdaquimica.uol.com.br
Existem casos em que o valor da afinidade eletrônica é negativo, o que significa que,
ao receber um segundo elétron, o átomo absorve energia, e não a libera (isso ocorre
principalmente quando o átomo se tornou um ânion após receber um primeiro elétron). Veja
as equações a seguir que representam esse fato:
10
Extraído e adaptado do site: https://manualdaquimica.uol.com.br/quimicageral/eletropositividade.htm
49
ESTRUTURA DA MATÉRIA
O-(g) + e- → O-2(g)
Observação: Existe força de repulsão entre o ânion formado na primeira adição e o
segundo elétron que está sendo adicionado. Isso faz com que uma energia seja gasta para
que esse novo elétron entre no ânion.
Raio atômico: quanto menor for o tamanho de um átomo, maior será a sua afinidade
eletrônica. Isso ocorre porque a força de atração do núcleo em relação aos elétrons da
periferia é maior.
↓R. A – ↑A.E
↑R.A – ↓A.E
1. Período:
Em um mesmo período, quanto maior for o número atômico, maior será a afinidade
eletrônica. Isso ocorre porque quanto mais prótons existirem no núcleo, maior será a força de
atração nuclear em relação aos elétrons da periferia. Por isso, no período, a afinidade
eletrônica cresce da esquerda para a direita.
Fonte: manualdaquimica.uol.com.br
Fonte:manualdaquimica.uol.com.br
Após todas essas informações passadas, é fácil chegar à conclusão de que o elemento
químico com a menor afinidade eletrônica é o Frâncio, enquanto o elemento de maior
afinidade eletrônica é o flúor. Todavia, como toda regra tem exceções, a análise do
comportamento dessa propriedade periódica diretamente na tabela é apenas uma previsão,
já que o elemento de maior afinidade eletrônica é o Cloro.
Fonte: manualdaquimica.uol.com.br
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Extraído e adaptado do site: https://manualdaquimica.uol.com.br/quimica-geral/afinidadeeletronica.htm
51
ESTRUTURA DA MATÉRIA
5 LIGAÇÕES QUÍMICAS
Isso se deve à capacidade que o átomo tem de combinar com outros átomos, seja de
um mesmo elemento, seja de um elemento diferente, com a finalidade de realizar ligações
químicas.
Em 1920, Gilbert Newton Lewis chamou essa propriedade de chemical bond, que em
português significa ligação química. Assim, a ligação química se estabelece quando átomos
combinam (reagem) entre si.
E por que determinados átomos se sentem mais atraídos em realizar ligações com
átomos de certos elementos do que com outros?
A força de atração eletrostática que existe entre as cargas elétricas de sinais opostos;
Associando essa observação com as ligações realizadas pelos átomos dos elementos
das outras famílias da Tabela Periódica, eles criaram uma hipótese chamada de regra ou
teoria do octeto, que está enunciada a seguir:
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ESTRUTURA DA MATÉRIA
Fonte: saberenemquimicaefisica.com.br
Ligação iônica é o nome dado a uma das três formas como os átomos podem interagir
entre si. As outras formas de interação entre átomos são a ligação covalente, que ocorre
entre átomos de ametais, hidrogênios, ou ametal e hidrogênio, e a ligação metálica, a qual
acontece somente entre átomos de um mesmo metal.
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Extraído e adaptado do site: https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/quimica/ligacoes-quimicas.htm
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ESTRUTURA DA MATÉRIA
• um metal e um ametal;
• um metal e o hidrogênio.
Para um melhor entendimento de como ocorre uma ligação iônica, vamos utilizar a
substância iônica mais conhecida entre nós, o cloreto de sódio (NaCl). Nesse composto
iônico, estão os elementos:
A perda de elétron ocorre com relação aos elétrons que estão na camada de valência,
logo, o átomo de sódio perde apenas um elétron. Com isso, ele passa a ter uma nova camada
de valência, a segunda, que contém oito elétrons (obedecendo, assim, a regra do octeto).
54
ESTRUTURA DA MATÉRIA
Obs.: Assim, de uma forma geral, seguindo a regra do octeto, na ligação iônica, o
metal, ao perder seus elétrons na camada de valência, torna-se estável, pois passará a ter
uma nova camada de valência com dois (desde que seja no primeiro nível) ou oito elétrons.
Com os ametais ou o hidrogênio não é diferente, pois, ao ganhar elétrons, passarão a ter dois
ou oito elétrons na camada de valência.
Construção das fórmulas químicas dos compostos formados por ligação iônica
• Cruzar as cargas, de forma que a carga do cátion seja o índice atômico (número
à direita da sigla) do ânion, e vice-versa.
(um cristal).
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ESTRUTURA DA MATÉRIA
Fonte: mundoeducacao.bol.uol.com.br
• Possuem brilho;
Segundo a teoria ou regra do octeto, os átomos dos elementos ficam estáveis quando
atingem a configuração eletrônica de um gás nobre, ou seja, quando eles possuem oito
elétrons em sua camada de valência (camada mais externa) ou dois elétrons — no caso de
possuírem somente a camada eletrônica K.
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Extraído e adaptado do site: https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/quimica/ligacao-ionica.htm
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ESTRUTURA DA MATÉRIA
estado fundamental possui somente um elétron na sua camada eletrônica; assim, para ficar
estável, ele precisar receber mais um elétron de outro átomo.
Existe outra forma de representar as ligações covalentes, que é por meio da fórmula
estrutural. Nessa fórmula, cada par compartilhado é representado por um traço. Veja:
Assim, a ligação que forma o gás hidrogênio é representada da seguinte forma: H─H.
E sua fórmula molecular é H2.
Visto que o hidrogênio é capaz de realizar somente uma ligação covalente, dizemos
que ele é monovalente. Veja na tabela a seguir a quantidade de ligações covalentes que os
principais ametais e semimetais podem realizar:
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ESTRUTURA DA MATÉRIA
59
ESTRUTURA DA MATÉRIA
Mas existe um tipo especial de ligação covalente. Estude sobre ela no texto Ligação
Covalente Dativa15.
O dióxido de carbono é formado por ligações covalentes entre o carbono e dois átomos
de oxigênio.
Ligação covalente dativa ocorre quando um átomo compartilha seus elétrons. Essa
ligação obedece à Teoria do Octeto, onde os átomos se unem tentando adquirir oito elétrons
na camada de valência para atingir a estabilidade eletrônica.
Fonte: https://bit.ly/31bEaQs
O átomo de enxofre (S) adquire seu octeto através da ligação com o oxigênio
localizado à esquerda (ligação dupla coordenada). O oxigênio à direita necessita de elétrons
para completar a camada de valência, e então o enxofre doa um par de elétrons para esse
oxigênio. Essa transferência de elétrons é indicada pelo vetor (seta) e corresponde à ligação
covalente dativa.
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ESTRUTURA DA MATÉRIA
Fonte: manualdaquimica.uol.com.br
As propriedades de uma ligação são diferentes das propriedades dos seus elementos
constituintes. Os metais quando analisados separadamente possuem características únicas
que os diferem das demais substâncias: eles são sólidos à temperatura ambiente (25°C) e
apresentam cor prateada.
Fonte: blog.maxieduca.com.br
14
Extraído e adaptado do site: https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/quimica/ligacao-covalentedativa.htm
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ESTRUTURA DA MATÉRIA
Aumento da dureza: se pegarmos, por exemplo, o elemento Ouro (Au) da forma como
é encontrado na natureza não conseguiríamos fabricar nenhum objeto consistente, pois ele
é mais maleável que a grande maioria dos metais. Mas se adicionarmos a ele a prata (Ag) e
o cobre (Cu) formaremos uma ligação metálica, aumentando a dureza e permitindo sua
utilização para fabricar joias, como anéis, pulseiras, relógios, etc.
Essa liga metálica é também conhecida por Ouro 18 quilates e apresenta 75% em
massa de ouro e os outros 25% correspondem à prata e ao cobre.
Aço cirúrgico: é usado para a obtenção de instrumentos cirúrgicos, por apresentar alta
resistência à oxidação.
Aço inox: é uma liga dos metais ferro (Fe), carbono (C), cromo (Cr) e níquel (Ni); é
usada para fabricar talheres para cozinha, peças de carro, etc15.
15
Extraído e adaptado do site: https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/quimica/ligacao-metalica.htm
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ESTRUTURA DA MATÉRIA
Para Lewis e Kossel a valência de um átomo no seu estado fundamental pode ser
compreendida como a capacidade de um átomo, perder, ganhar ou compartilhar um par de
elétrons a fim de promover um abaixamento de energia para formar uma ligação química. Isto
é, o ganho ou a perda de elétrons dentro de um fenômeno reativo é compensatório do ponto
de vista energético quando os átomos se agrupam na conformação estrutural de maior
estabilidade eletrônica. Os agrupamentos de átomos são mais estáveis quando comparados
aos átomos isolados no estado gasoso.
Os gases nobres são os únicos elementos mais estáveis (inertes) que existem como
átomos isolados em seu estado gasoso. Com exceção do gás hélio (He) que é estável com
dois elétrons na camada mais externa de energia (camada de valência), os demais gases
nobres apresentam a configuração eletrônica: ns2np6, ou seja, apresentam 8 elétrons na
camada de valência.
Cl → 1s22s22p63s23p5
São sete elétrons na camada de valência (3s23p5). Para completar o octeto os átomos
de cloro atraem um elétron para si, ou seja, o Cl ganha 1 elétron. Desse modo:
Cl⁻→ 1s22s22p63s23p6 Z= 18
O íon cloreto (Cl ) apresenta 8 elétrons na camada de valência, pela teoria, esta
espécie química apresenta a configuração eletrônica de maior estabilidade energética.
63
ESTRUTURA DA MATÉRIA
Os não metais que têm a camada de valência quase completa, tendem a ganhar
elétrons para completar o octeto. Exemplos desses elementos se encontram na família 6A e
7A da tabela periódica.
O → 1s22s22p4
São seis elétrons na camada de valência (2s22p4). Para completar o octeto os átomos
de oxigênio atraem dois elétrons para si, ou seja, o O ganha 2 elétrons. Deste modo, na
formação da molécula de água, por exemplo, cada Hidrogênio (H) compartilha 1 elétron com
o O. Assim, para completar o octeto, tem-se:
Na → 1s22s22p63s1
Há 1 elétron na camada de valência (3s1). Neste caso, o Na perde 1 elétron para ficar
com a camada anterior com o octeto completo. Deste modo, tem-se:
Na+ → 1s22s22p6
O cátion Na+ apresenta 8 elétrons na camada mais externa, pela teoria, esta espécie
química apresenta a configuração eletrônica de maior estabilidade energética.
Os metais alcalinos e alcalinos terrosos têm tendência a perder elétrons para ficar com
o octeto completo.
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ESTRUTURA DA MATÉRIA
Be = 1s22s2 → CV
Exemplo: BeCl2.
B = 1s22s22p1 → CV
Exemplo: BF3.
Al = 1s22s22p63s23p1 → CV
Exemplo: Al2Cl6;AlCl3
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ESTRUTURA DA MATÉRIA
Outros exemplos de elementos que podem formar ligações com camada de valência
expandida: Sn, S, As, Se, Cl, Br, I.
A regra do octeto é uma regra química básica que permite a fácil memorização de
certas propriedades atômicas. De acordo com esta regra prática útil, muitos átomos, se não
a maioria, tentarão perder ou ganhar elétrons para ter um total de oito na concha externa. Os
cientistas descobriram que um átomo é mais estável com oito elétrons na camada externa, e
os átomos parecem tentar e mover-se para este equilíbrio.
67
ESTRUTURA DA MATÉRIA
A idéia tinha sido em torno de algum tempo, embora Lewis foi o primeiro a visualizar o
conceito, teorizando que os átomos tinham uma estrutura cúbica concêntrica que tinha oito
cantos, criando assim o desejo de oito elétrons.
A regra do octeto do termo foi popularizada por um outro químico que trabalhou no
mesmo conceito, um cientista americano nomeado Irving Langmuir.
Fonte: portalsaofrancisco.com.br
Átomos com menos de oito elétrons muitas vezes juntam-se ou criam ligações com
outros átomos para tentar alcançar o nível de octeto
Químicos e estudantes perplexos são rápidos em apontar que a regra de octeto não
deve ser realmente considerada uma regra em tudo, pois há muitas exceções ao
comportamento.
68
ESTRUTURA DA MATÉRIA
O hidrogênio, por exemplo, tem apenas um elétron, o que o impede de ter espaços
suficientes para que outros sete elétrons se prendam de outros átomos.
Berílio e boro, têm apenas dois e três elétrons, respectivamente, e da mesma forma
nunca poderia chegar a um octeto completo.
Alguns átomos, como o enxofre, podem realmente ter mais de oito elétrons na camada
externa. O enxofre tem seis elétrons, mas ordinariamente só dois estão disponíveis para a
ligação. Às vezes, ocorre um processo de absorção de energia, fazendo com que todos os
seis elétrons fiquem alvoroçados e disponíveis para colagem, fazendo um total de 12 elétrons
possíveis na camada externa16.
6 INTERAÇÕES MOLECULARES
Quando moléculas, átomos ou íons aproximam-se uns dos outros, dois fenômenos
podem ocorrer: (i) eles podem reagir ou (ii) eles podem interagir. Uma reação química por
definição requer que ligações químicas sejam quebradas e/ ou formadas. Usualmente as
energias envolvidas neste processo variam entre 50 e 100 kcal.mol-1. Uma interação química
significa que as moléculas se atraem ou se repelem entre si, sem que ocorra a quebra ou
formação de novas ligações químicas. Estas interações são frequentemente chamadas de
interações não covalentes ou interações intermoleculares. As energias envolvidas em tais
tipos de interações são muito menores que aquelas envolvidas em processos reativos,
variando usualmente entre 0,5 a 10 kcal.mol-1.
16
Extraído e adaptado do site: https://www.portalsaofrancisco.com.br/quimica/teoria-do-octeto
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ESTRUTURA DA MATÉRIA
uma relação direta com as forças entre as moléculas constituintes do líquido. Pode-se ver na
Figura 1 que a temperatura de ebulição varia linearmente com o número de átomos de
carbono.
É interessante perceber na Figura 1 que o único fator diferenciador entre uma molécula
e outra é a quantidade de átomos de carbono presentes. Entretanto, estas moléculas
possuem um comportamento macroscópico completamente diferente. CH4 é um gás à
temperatura ambiente e C8 H18 é um líquido. Esta e outras característica, como será
mostrado adiante, estão intimamente relacionadas com a natureza das interações existentes
entre as moléculas.
70
ESTRUTURA DA MATÉRIA
Este capítulo tem por objetivo fornecer uma descrição qualitativa dos principais tipos
de interações intermoleculares que atuam nos sistemas químicos, e mostrar como o
entendimento de tais interações pode auxiliar na racionalização de propriedades
macroscópicas observáveis.
72
ESTRUTURA DA MATÉRIA
Os desvios do comportamento ideal dos gases podem ser vistos quando o fator de
compressibilidade, Z, que é definido como mostrado na Equação (2), é representado
graficamente em função de P a várias temperaturas.
Esta energia intermolecular pode então ser decomposta nos seus vários componentes:
São interações eletrostáticas fortes que ocorrem entre cátions e ânions, que são
grupos funcionais com cargas positivas e negativas, respectivamente. Geralmente os
compostos onde este tipo de interação é predominante são ditos serem compostos iônicos.
Como exemplo podemos citar os compostos abaixo:
74
ESTRUTURA DA MATÉRIA
75
ESTRUTURA DA MATÉRIA
Uma vez que o oxigênio é mais eletronegativo que o átomo de carbono, a ligação C=O
exibirá um dipolo elétrico µ, (dois monopolos elétricos), com os elétrons tendendo a serem
mais atraídos pelo oxigênio. Então, a ligação C=O terá uma carga parcial negativa (δ– ) no
oxigênio e uma carga parcial positiva no carbono (δ+). A representação do dipolo elétrico
resultante na molécula de acetona é mostrada na Figura 4b. A ponta da seta é voltada para
o lado negativo do dipolo. Da mesma forma que os lados opostos de um magneto (imã) se
atraem, os lados opostos de um dipolo se atraem, dando origem às interações dipolo-dipolo.
Algumas orientações possíveis entre os dipolos na acetona são mostradas na figura abaixo:
76
ESTRUTURA DA MATÉRIA
Como pode ser visto, a interação dipolo-dipolo depende da orientação espacial dos
dipolos interagentes, isto é, o momento de dipolo elétrico, µ, é uma grandeza vetorial. Todas
as moléculas polares exibem dipolos elétricos que são ditos serem permanentes. A
magnitude do dipolo molecular nos fornece uma medida da polaridade da molécula, logo,
moléculas mais polares apresentam maiores dipolos elétricos, e moléculas com dipolo
elétrico muito baixo ou zero são ditas serem apolares. A expressão matemática que define a
interação dipolo- dipolo é mostrada abaixo:
com os dipolos presentes nas ligações se anulem no somatório global para a determinação
do dipolo molecular. Por conseguinte, estas moléculas não exibirão interações do tipo dipolo-
dipolo.
Uma molécula com um dipolo permanente pode induzir um dipolo em uma segunda
molécula que esteja localizada próxima no espaço. A força desta interação irá depender do
momento de dipolo da primeira molécula e da polarizabilidade, a, da segunda molécula. A
polarizabilidade de uma molécula é uma grandeza física que indica com que facilidade a
densidade eletrônica da molécula pode ser polarizada, isto é, formando uma distribuição
assimétrica de densidade eletrônica (cargas) e por conseguinte ocorrendo a formação de
dipolos instantâneos na molécula. Estes dipolos instantâneos podem então se alinhar de
várias maneiras com o dipolo permanente da primeira molécula, originando a interação dipolo
permanente-dipolo induzido. Este tipo de interação usualmente varia com o inverso da quarta
potência da separação intermolecular, 1/r4 , e ocorre entre moléculas polares e apolares.
78
ESTRUTURA DA MATÉRIA
Quando compostos apolares interagem, o contato de uma molécula com a outra faz
com que apareça uma força atrativa muito fraca que pode ser vista como uma interação dipolo
induzido-dipolo induzido. Isto é, as polarizabilidades das duas moléculas em contato é que
irão determinar a força de tal interação. Uma molécula perturba a densidade eletrônica da
outra, fazendo aparecer dipolos momentâneos que se orientam e originam esta interação
fraca. Esta interação também é conhecida como força de dispersão de London, em
homenagem a Fritz London, que as descobriu. Trata-se de uma interação muito fraca, que
varia com o inverso da sexta potência da separação intermolecular, 1/r6 . Este tipo de força
está presente em todo tipo de sistema molecular, mas torna-se aparente somente quando as
outras interações intermoleculares não estão presentes, como no caso dos hidrocarbonetos.
Apesar de ser uma interação fraca, possui um efeito cumulativo e varia proporcionalmente
com o número de contatos moleculares presentes na molécula. Isto justifica então o gráfico
apresentado anteriormente.
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ESTRUTURA DA MATÉRIA
A ideia que um único átomo de hidrogênio poderia formar uma “ligação química” com
outros dois átomos foi proposta em 1919 e 1920 por M.L. Huggins e G.N. Lewis,
respectivamente.
Um átomo aceptor (A), que possua um par de elétrons não ligado, pode interagir
favoravelmente com um átomo doador (D) que carrega um hidrogênio ácido. Duas maneiras
diferentes de representar uma ligação de hidrogênio podem ser vistas na figura abaixo.
Arranjo geométrico das ligações de hidrogênio. (A) interação entre duas moléculas de
água. (B) interação entre uma molécula modelo de ligação pepitídica (trans-N-
Metilacetamida) com três moléculas de água, mostrando que o átomo de oxigênio pode estar
envolvido em mais de uma ligação.
Uma ligação de hidrogênio requer que A e D sejam átomos eletronegativos (como por
exemplo N, O e F). Se o átomo de hidrogênio está ligado a um átomo muito eletronegativo, o
hidrogênio fica com uma carga parcial bastante positiva (ou ácido), e o outro átomo (D) fica
com carga parcial negativa. Uma vez que o hidrogênio é o menor átomo da tabela periódica,
é possível que as duas moléculas entrem em contato muito próximo uma da outra. A
combinação de alta polaridade da ligação H-D e o contato muito próximo resulta em uma
80
ESTRUTURA DA MATÉRIA
interação particularmente forte. Na verdade, a interação é tão forte que é diferente das
interações dipolo-dipolo convencionais, e recebe o nome especial de ligação de hidrogênio.
81
ESTRUTURA DA MATÉRIA
À medida que a magnitude das forças intermoleculares aumenta, fica mais difícil de
afastarmos uma molécula da outra. Portanto, podemos esperar que o ponto de fusão, por
exemplo, seja maior para aquelas substâncias que possuam interações intermoleculares
mais fortes. Nós sabemos que é necessário fornecermos energia para transformarmos um
sólido em um líquido e um líquido em um gás. Estas energias estão diretamente relacionadas
com a força de atração entre as moléculas nas fases condensadas (líquida e sólida). Uma
vez que a energia é diretamente proporcional à temperatura, cada um destes processos irá
variar com a magnitude das forças intermoleculares. Isto é, à medida que a magnitude das
interações intermoleculares aumenta, as energias necessárias para fundir, vaporizar ou
sublimar uma substância aumentam17.
17
Extraído e adaptado do site: http://qnesc.sbq.org.br/online/cadernos/04/interac.pdf
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ESTRUTURA DA MATÉRIA
7 BIBLIOGRAFIA
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