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INSTITUTO DE FÍSICA
2016
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Sumário
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4 SUMÁRIO
Exp 1
Raias Espectrais e
Experimentos de Franck-Hertz
Figura 1.1: Na imagem acima, podemos ver a nebulosa de Laguna, uma nuvem gasosa
brilhante situada a uma distância de 5000 anos-luz da Terra. Hoje podemos afirmar que
ela é constituı́da quase completamente por hidrogênio! Mas quais são as bases cientı́ficas
para esta afirmação? Como o conhecimento da estrutura atômica da matéria pode auxiliar
no entendimento dos elementos constituintes de estrelas distantes da mesma forma que
conhecemos os elementos presentes na atmosfera? A espectroscopia, como vocês verão, será
uma ferramenta fundamental para algumas destas perguntas...
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6 EXP 1. RAIAS ESPECTRAIS E EXPERIMENTOS DE FRANCK-HERTZ
1.1 OBJETIVOS
Estudo da estrutura interna dos átomos por meio da observação da espectroscopia na faixa
do visı́vel de alguns gases, por exemplo: hidrogênio, hélio, neônio e mercúrio. Verificação
do modelo atômico de Bohr usando o espectro ótico do átomo de hidrogênio. Confirmação
experimental da quantização interna dos átomos multieletrônicos utilizando a experiência
de Franck-Hertz.
estar espalhada por todo o átomo, a carga positiva está concentrada em uma região muito
pequena, ou núcleo, no centro do átomo o qual é rodeado por uma nuvem de elétrons, com
carga elétrica negativa. Este foi um dos mais importantes progressos da fı́sica atômica e foi
a base da fı́sica nuclear.
A verificação experimental detalhada das previsões do modelo nuclear de Rutherford
para o átomo deixou pouco espaço para as dúvidas em relação à validade desse modelo. No
centro do átomo há um núcleo cuja massa é aproximadamente a massa de todo o átomo,
e cuja carga é igual ao número atômico Z multiplicado pela carga elementar; em torno
desse núcleo existem Z elétrons, neutralizando o átomo como um todo. Mas surgem sérias
questões a respeito da instabilidade de um átomo desse tipo. Se supusermos, por exemplo,
que os elétrons em um átomo estão estacionários, não existe arranjo estável que os impeça
de colapsar com o núcleo, sob a forte atração coulombiana. Se os elétrons decaı́rem terı́amos
átomos com as dimensões do núcleo, o que contrariaria evidências experimentais.
Esses elétrons não poderiam estar parados, pois eles decairiam em direção ao núcleo
devido à atração coulombiana, então Rutherford propôs que os elétrons estariam girando
em torno do núcleo em órbitas circulares. No entanto, isso não resolvia o problema da
estabilidade do núcleo, pois cargas elétricas aceleradas emitem energia, e a perda de energia
faria os elétrons espiralarem rapidamente em direção ao núcleo, emitindo radiação em todos
os comprimentos de onda e tornando os átomos instáveis.
Esse modelo atômico não era satisfatório, pois os átomos obviamente são estáveis, além
do mais era conhecido, por meio dos estudos dos espectros de emissão, que quando os átomos
emitem radiação, eles o fazem somente em certos comprimentos de onda, especı́ficos de cada
elemento, e não em todos os comprimentos de onda. Isso gerou a suspeita de que as leis
da mecânica clássica não se aplicavam totalmente a corpos microscópicos como os átomos
e propiciou o surgimento da mecânica quântica.
Este problema difı́cil, o da estabilidade do átomo, na verdade levou à formulação de um
modelo simples da estrutura atômica. Uma caracterı́stica básica deste modelo, bastante
bem sucedido, proposto por Niels Bohr em 1913, era a previsão do espectro da radiação
emitida por certos átomos. Vamos destacar ainda que em 1900, o cientista alemão Max
Planck (1858-1947) desenvolveu o modelo da quantização da luz, segundo o qual a matéria
emite luz em pacotes de energia, que ele denominou quanta.
Mas antes de discutirmos o modelo atômico de Bohr vamos discutir alguns fatos expe-
rimentais que já eram conhecidos e que foram importantes para o coroamento do modelo
de Bohr: o espectro de emissão e os resultados dos experimentos conduzidos por Franck e
Hertz.
n2
= 3646(Å) (1.1)
n2 4
onde n = 3, 4, 5, ...
Esta descoberta iniciou uma busca de fórmulas empı́ricas similares que se aplicariam
a série de linhas eu pudessem ser identificadas na distribuição complicada de linhas que
constituem os espectros de outros elementos. A maior parte desse trabalho foi feita em
1890 por Rydberg. Assim a equação 1.1 pode ser escrita como:
1 1 1
= RH ( ) (1.2)
22 n2
onde n = 3, 4, 5, ...
Figura 1.3: Esquema do espectro de hidrogênio mostrando as seis primeiras linhas da série
de Balmer, estando indicado na parte superior o número de onda (cm 1 ) e na parte inferior
o comprimento de onda (nm)
Fórmulas desse tipo foram obtidas para muitas séries. Por exemplo, sabemos agora da
existência de cinco séries de linhas no espectro de hidrogênio, como é apresentado na tabela
1.1
1
Balmer Ultravioleta próximo e visı́vel = RH ( 212 1
n2 ) n = 3, 4, 5, ...
1
Paschen Infravermelho = RH ( 312 1
n2 ) n = 4, 5, 6, ...
1
Bracket Infravermelho = RH ( 412 1
n2 ) n = 5, 6, 7, ...
1
Pfund Infravermelho = RH ( 512 1
n2 ) n = 6, 7, 8, ...
1 1 1
= RH ( ) (1.3)
p2 q2
onde p < q
A fórmula 1.3 não pode ser explicada pelo modelo atômico de Rutheford porque o
movimento dos elétrons em redor do núcleo está sujeito, nesse modelo, às leis da mecânica
e do eletromagnetismo clássico. De fato, conforme esta teoria, o elétron deveria emitir
radiação contı́nua. E essa emissão contı́nua de radiação seria, por outro lado, uma fonte de
instabilidade dos átomos.
O problema foi resolvido por Bohr utilizando a teoria quântica de Planck. Para obter a
fórmula 1.3, Bohr foi obrigado a admitir dois novos postulados:
1.2. PARTE TEÓRICA 11
• As trajetórias dos elétrons no átomo de hidrogênio são aquelas cujo momento angular
é um múltiplo inteiro de ~. Estas órbitas são chamadas de órbitas estacionárias.
• Quando o elétron descreve uma órbita estacionária, o átomo não emite nem absorve
qualquer radiação. A emissão (ou absorção) de radiação é determinada pela passagem
de uma órbita de energia Ei a uma outra de energia menor (ou maior) Ef , a frequência
da radiação emitida ou absorvida é dada por:
1
⌫if = (Ef Ei ) (1.4)
h
A energia do fóton emitido ou absorvido é igual a diferença entre a energia final e a
energia inicial do átomo:
~!if = Ef Ei (1.5)
As consequências destes postulados são as seguintes: quando o elétron descreve uma tra-
jetória de número quântico n, há equilı́brio entre a força centrı́fuga e a atração coulombiana
exercida pelo núcleo:
mvn2 e2
= (1.6)
rn 4⇡✏0 rn2
onde o ı́ndice n é relativo à trajetória considerada, determinada pelo número n.
Manipulando as equações anteriores, podemos encontrar a energia do elétron, no estado
quântico caracterizado pelo número n.
e2 q2
En = = (1.7)
4⇡✏0 (2rn ) 2rn
Ou ainda
mq 4
En = (1.8)
2n2 ~2
Sendo n =1, 2, 3, ... e rn o raio da órbita n que é dado por:
~2
rn = n 2 (1.9)
mq 2
A fórmula 1.3 pode ser obtida das equações 1.4, 1.5 e 1.9.
elásticas. Assim, nenhuma radiação será emitida pelo gás. Nas experiências de Franck e
Hertz as partı́culas são elétrons que saem de um fonte F (cátodo), após suas colisões com os
átomos elas são recolhidas em P (ânodo) e medimos a corrente num Amperı́metro conectado
ao ânodo. Um diagrama esquemático da válvula utilizada nos experimentos de Franck-Hertz
é apresentada na figura 1.4.
Na válvula de Franck-Hertz, o cátodo é aquecido ao submetê-lo a uma tensão (em nosso
experimento ela é de 6,3 V) e nesse processo forma-se uma nuvem eletrônica em seu redor.
Se a grade for colocada em um potencial positivo (denominado de potencial de excitação), os
elétrons irão ser acelerados em sua direção e alguns deles passam por ela, sendo recolhidos no
ânodo. Contudo, se o ânodo for colocado em um potencial negativo (chamado de potencial
de retardo), apenas os elétrons que tiverem energia maior que este potencial irão atingir a
placa.
Quando a diferença do potencial V entre o cátodo e o ânodo aumenta, a corrente cresce.
Para um valor V = 1/e(E2 E1 ), chamado potencial de ressonância, a corrente diminui
subitamente, um gráfico tı́pico obtido pelo experimento de Franck-Hertz pode ser visto na
figura 1.5. Os elétrons que tem uma energia ligeiramente superior a E2 E1 a cedem, por
colisão com os átomos, que efetuam a transição do estado fundamental ao primeiro estado
quântico excitado. Os elétrons após tais colisões tem velocidade quase nula e são atraı́dos
pela grade. O mesmo fenômeno se reproduz para os outros estados excitados.
No caso do vapor de mercúrio, a radiação só é emitida quando a energia cinética dos
elétrons alcança 4,9eV e o comprimento de onda é igual a 2537Å. Os dois outros estados
excitados mais próximos são atingidos quando a energia cinética dos elétrons incidentes é
igual a 8,7eV e 9,7eV, respectivamente.
A experiência de Franck-Hertz forneceu evidências marcantes da quantização da energia
dos átomos. Também forneceu um método para a medida direta das diferenças de energia
entre os estados quânticos de um átomo. Quando a curva I em função de V é estendida
para voltagens maiores, são encontradas quedas adicionais. Algumas se devem a elétrons
que excitam átomos até seu primeiro estado excitado em várias ocasiões diferentes no seu
percurso de entre o cátodo e o ânodo; mas outras se devem à excitação até nı́veis mais altos
e, a partir da posição das quedas, as diferenças de energia entre os estados mais excitados
e o estado fundamental podem ser medidas diretamente.
1.3. PARTE EXPERIMENTAL I: RAIAS ESPECTRAIS 13
Esse instrumento possui dois braços, um fixo e um móvel, e um suporte central ou mesa.
No braço fixo encontra-se o colimador cuja função é colimar, ou tornar paralelo, um feixe
de raios de luz.
O colimador é constituı́do por um tubo que possui uma fenda vertical ajustável em uma
extremidade e uma lente convergente na outra extremidade. A lente é ajustada de tal modo
que a fenda esteja posicionada em seu plano focal. Desse modo, os raios de luz contidos
num plano transversal à fenda e que a atravessam tornam-se paralelos devido à lente.
O braço móvel, que pode girar ao redor do eixo vertical da mesa, possui um telescópio
focalizado no infinito que permite observar os raios de luz provenientes do colimador e
que foram eventualmente desviados por um objeto colocado sobre a mesa do aparelho.
O telescópio permite observar, ampliada, a imagem da fenda do colimador. Um retı́culo
em forma de cruz de fios de cabelo esta localizado no plano focal da lente do telescópio
e serve como referência para a medida da posição. O ocular móvel permite a focalização
simultânea da imagem da fenda e do retı́culo e deve ser ajustado ao olho do observador com
pequenos deslocamentos para frente e para trás. A posição angular do braço móvel pode
ser determinada numa escala graduada de meio em meio grau (30 minutos) e um vernier
com divisões de 1 minuto em uma faixa de 30 minutos.
A mesa é um disco horizontal que pode ser submetida a movimentos de rotação e
translação, para cima ou para baixo, para regular a sua altura. Um conjunto de três
parafusos a 120o permite regular a horizontabilidade.
A figura 1.6 mostra o diagrama do instrumento e suas partes. Já na figura 1.7 temos
uma foto do espectrômetro que será utilizado com indicações dos principais componentes.
Fonte Ocular
de luz
f1 f2
Região de raios
paralelos
sulcos por milı́metro. Na figura (Fig. 1.8) mostramos um corte bastante ampliado de uma
rede de difração.
Fonte Ocular
de luz
f1 f2
Região de raios
paralelos
O telescópio pode girar ao redor da rede a fim de determinar a posição angular ✓ das
franjas de interferência (Fig. 1.10). Para isso, ele dispõe de um retı́culo em forma de uma
cruz de “fio de cabelo”localizado no plano focal da lente L2 que pode ser posicionado sobre
a imagem da fenda movimentando-se o telescópio.
1.3. PARTE EXPERIMENTAL I: RAIAS ESPECTRAIS 17
T1’
Colimador
!"
Fonte !"’ T0
de luz
T1
• rede de difração,
• lâmpadas diversas, preenchidos com diferentes gases, por exemplo: hidrogênio, mercúrio,
neônio, argônio, entre outras possibilidades.
1.3.4 Medidas
Cuidados com os aparelhos
• O espectrômetro é um aparelho de alta precisão e deve ser manuseado com cuidado e
delicadeza. Nunca force qualquer um dos seus elementos. Em caso de dúvida chame
seu professor.
• A precisão das medidas depende da largura da fenda do colimador. Por isso, trabalhe
com a fenda mais fina possı́vel, mas que ainda possa ser visualizada com facilidade.
• A precisão das medidas também depende do correto ajuste do bloco ocular. A posição
do ocular deve ser ajustada para o olho do observador deslocando-o ligeiramente
para frente ou para trás de modo a focalizar a imagem do retı́culo (“fio de cabelo”)
superposto à imagem da fenda. A imagem da fenda é focalizada com o botão de ajuste
do foco.
• Segure a rede de difração pelo suporte ou pelas bordas. Não toque na superfı́cie
da rede.
• Evite olhar diretamente para a lâmpada por um perı́odo muito longo. Se luz estiver
muito intensa, coloque uma folha de papel entre a saı́da da fonte de luz e a fenda do
colimador.
Folgue o parafuso central e gire o telescópio lentamente no sentido horário (visto de cima)
enquanto observa através do ocular. Deverá aparecer um conjunto de linhas coloridas que
formam o espectro de primeira ordem, algumas fracas e outras mais intensas. Observe se
você consegue ver duas linhas amarelas alaranjadas, intensas, bastante próximas no extremo
do espectro. Estreite a fenda do colimador para que essas linhas sejam vistas como duas
linhas separadas e finas.
Concentre-se agora na linha verde amarelada, uma das mais intensas. Posicione manu-
almente o retı́culo no centro dessa linha, aperte o parafuso central, retoque a posição com
0
o parafuso micrométrico e faça a leitura do ângulo T1 .
Folgue o parafuso central e gire o telescópio lentamente no sentido anti-horário (visto
de cima) e repita o procedimento para medir agora o ângulo T1 (preste atenção para medir
a linha de mesma cor).
0
Calcule os ângulos ✓1 e ✓1
0 0
✓ 1 = T1 T0 , ✓1 = |T1 T0 | .
Esses ângulos não podem diferir entre si mais que 100 . Se isso ocorrer, a rede deve ser
reposicionada de modo diminuir essa diferença. Para isso, tome um pouco menos da metade
dessa diferença, acrescente esse valor ao menor ✓ e calcule qual deveria ser o ângulo T dessa
linha. Ajuste no vernier esse ângulo girando o parafuso micrométrico do telescópio. Olhe
através do ocular, folgue o parafuso lateral da mesa do telescópio onde está a rede e gire
um pouco essa mesa de modo que a linha verde amarelada volte a ficar centralizada com
relação ao retı́culo. Aperte levemente o parafuso para a rede não sair da posição.
0
Refaça as medidas de ✓1 , ✓1 e verifique se atingiu o objetivo. Caso contrário repita o
procedimento.
De agora em diante, não se deve mais tocar na rede. Se, acidentalmente, a rede sair de
posição por qualquer que seja o motivo, recoloque o telescópio na posição onde observou a
minimização da diferença entre os ângulos e reposicione a linha sobre o retı́culo girando a
mesa da rede.
A seguir, a posição angular ✓ das linhas será sempre calculada por
1 0
✓= T1 T1
2
0
isto é, basta ler a posição da linha, T1 , e a posição de sua simétrica, T1 .
uma linha azul-roxo intensa, uma linha verde azulada (intensidade média), a linha verde
amarelada já medida e duas linhas amarelas alaranjadas. Possivelmente, a depender da
intensidade da lâmpada, você poderá ver uma linha verde azulada fraca, não é necessário
medi-la.
Faça uma tabela onde constem as cores e os ângulos medidos, em ambos os lados, para
as três ordens observadas (se forem visı́veis).
1.4.2 Montagem
Monte o experimento de acordo com o diagrama da figura 1.11, mantendo a chave de curto
circuito fechada (posição |). Durante essa operação todos os equipamentos devem estar
desligados. O forno não deve estar próximo aos equipamentos.
- Conecte um voltı́metro para ler a tensão de retardo Us. Conecte também outro
voltı́metro para ler a tensão da saı́da 0...50V da fonte.
- Insira o fio do termopar na entrada apropriada do forno, certificando-se que sua ponta
esteja bem no centro do dispositivo e não tocando nas paredes ou no tubo Franck Hertz.
1.4.3 Medidas
IMPORTANTE
Obs: Se a curva obtida no experimento não sair lisa e sim quebradiça, significa que o
fundo de escala usado no amplificador de corrente não foi adequado. Diminua o fundo de
escala e refaça a medida.
• 7. Porque os picos obtidos não são abruptos, se a energia de transição é bem definida?
Corrigindo valores
• Abra o programa Measure e em seguida abra um arquivo previamente salvo (de ex-
tensão .msr)
• Você pode também colocar as unidades e os tı́tulos nos eixos. Para a corrente, por
exemplo, clique em Measurements ) Information. Selecione a pasta Channels e
escolha o canal Analog 1 e escreva nos quadros correspondentes: Title: Corrente,
Symbol: I e Unit: nA (ou µA, dependendo da escolha feita no item precedente).
Ainda nesta mesma pasta, escolha no quadro Channels o canal Analog 2 e escreva nos
quadros Title: Tensão, Symbol: U e Unit:V.
• Contudo, como acima dissemos o arquivo assim salvo só poderá ser manipulado pelo
Measure. Para salvar os dados de modo que você possa trabalhar com outros progra-
mas, clique em Measurement ) Export data. Selecione então as opções Destination:
save to file e Format: Export as numbers. Clique OK e salve seus dados no diretório
e nome adequados.
• Você notará que este ultimo arquivo constará de 3 colunas, ou seja, o tempo decorrido
(em ms), a corrente (em µA ou nA) e a tensão de aceleração (em V).
1.5 EXERCÍCIOS
• Exercı́cio 1: No modelo de Bohr para o átomo de hidrogênio, o elétron está em
constante movimento. Como pode tal elétron ter uma quantidade de energia negativa?
• Exercı́cio 2: Explique porque o espectro do hidrogênio tem tantas linhas, embora o
átomo de hidrogênio possua apenas um elétron.
• Exercı́cio 3: Relacione as diferentes séries do espectro do hidrogênio com as possı́veis
transições do elétron dentro do átomo (faça um desenho esquematizando estas transições).
Explique então porque devemos ter a condição n > m na equação de Balmer-Rydberg-
Ritz.
• Exercı́cio 4: Um próton e um elétron, ambos inicialmente em repouso, se combinam
para formar um átomo de hidrogênio no estado funda- mental. Um único fóton é
emitido neste processo. Qual é o seu comprimento de onda?
• Exercı́cio 5: Encontre o comprimento de onda da linha espectral que corresponde a
uma transição no hidrogênio do estado n = 6 para n = 3. Em que parte do espectro
se encontra esta linha?
• Exercı́cio 6: Quanta energia é necessária para ionizar um átomo de hidrogênio quando
ele está no estado n = 4?
• Exercı́cio 7: No modelo de Bohr para o átomo de hidrogênio, qual é a maior velocidade
que um elétron pode ter? E qual a menor velocidade?
• Exercı́cio 8: Compare a frequência orbital de um elétron no estado n = 3 com as
frequências possı́veis para ele irradiar.
• Exercı́cio 9: Use o modelo de Bohr para calcular o tamanho do átomo se a força
gravitacional fosse responsável por manter o elétron em órbita em torno do próton.
Determine também a energia do estado fundamental e a velocidade do elétron neste
estado.
• Exercı́cio 10: Um átomo de hidrogênio, inicialmente no seu estado fundamental, é
ionizado pela absorção de um fóton com energia de 15 eV. Calcule a energia cinética
do elétron que pertencia a esse átomo num referencial fixo no núcleo.
• Exercı́cio 11: Um estudante de Fı́sica diz que uma amostra de hidrogênio a alta
temperatura emite fótons com as seguintes energias: E1 = 16,93 eV, E2 = 10,15 eV,
E3 = 3,39 eV e E4 = 0,65 eV. Discuta essa afirmativa.
26 EXP 1. RAIAS ESPECTRAIS E EXPERIMENTOS DE FRANCK-HERTZ
• Exercı́cio 12: Considere um átomo de hidrogênio e um átomo de hélio uma vez ioni-
zado, isto é, que perdeu um elétron. (a) Calcule o raio da órbita mais próxima do
núcleo para esses dois átomos. (b) Calcule as correspondentes energias.
• Exercı́cio 13: (a) Mostre que no estado fundamental do átomo de hidrogênio a velo-
cidade do elétron pode ser escrita como v = ?c, onde ? é a constante de estrutura
fina. (b) A partir do valor de ?, o que se pode concluir sobre o fato de se desprezar
os efeitos relativı́sticos nos cálculos de Bohr?
• Exercı́cio 14: Mostre que a frequência de revolução de um elétron para o átomo de
hidrogênio no modelo atômico de Bohr é ? = 2—E—, onde E é a energia total do
elétron.
• Exercı́cio 15: Calcule a energia necessária para remover um elétron de um átomo de
hélio ionizado (Z=2) utilizando o modelo atômico de Bohr. Resp.: 54, 4 eV .
1.6 BIBLIOGRAFIA
[1] R. Eisberg, R. Resnick: Fı́sica Quântica. Editora Campus, Rio de Janeiro, Brasil, 1988.
[2] A.C. Melissinos: Experiments in Modern Physics. Academic Press, Boston, USA, 1966.
[3] Laboratory Experiments in Physics, 5.1.10, Phywe Systeme GmbH, Göttingen, 1999.
[4] J. Leite Lopes, A Estrutura Quântica da Matéria: do átomo pré-socrático às partı́culas
elementares. Editora UFRJ; Academia Brasileira de Ciências; Editora Erca, 1992.