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ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO.................................................................................................................................2
2. CONTRIBUIÇÕES DE ALGUNS CIENTISTAS QUE CONTRIBUIRAM PARA
ESTRUTURA ATÓMICA........................................................................................................................3
2.1. MODELO MILLIKAN.............................................................................................................3
2.1.1. Experimento.......................................................................................................................3
2.2. MODELO ATÔMICO DE RUTHERFORD...........................................................................4
2.2.1. O resultado observado foi o seguinte:...............................................................................4
2.2.2. Experimento do modelo atômico......................................................................................4
2.3. MODELO ATÔMICO DE BOHR...........................................................................................5
2.3.1. Experimento do modelo atômico......................................................................................5
2.4. MODELO ATÓMICO DE SOMMERFIELD.........................................................................6
2.5. MODELO ATÓMICO DE CHADWICK................................................................................7
2.6. MODELO ATÔMICO DE BROGLIE....................................................................................8
2.7. TEORIA DE MAX PLANCK...................................................................................................9
2.8. MODELO WERNER KARL HEISENBERG.......................................................................11
3. CONCLUSÃO..................................................................................................................................12
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA.............................................................................................13

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1. INTRODUÇÃO
Um grande passo rumo ao desenvolvimento da Química como ciência foi a evolução do
entendimento a respeito da estrutura atômica. Por exemplo, foi possível entender o que constitui
a matéria, prever determinados comportamentos dos materiais, entender e manipular a
radioatividade, produzir produtos de nossos interesses e assim por diante.
Mas, para que chegássemos até a ideia atual da estrutura atômica, foi preciso o pensamento de
filósofos, que levantaram hipóteses, isto é, suposições que na época não podiam ser
comprovadas, sobre a constituição da matéria. Entre eles estavam os dois filósofos gregos
Demócrito e Leucipo que, em meados de 450 a.C, levantaram a hipótese de que tudo seria
formado por pequenas partículas indivisíveis, que eles denominaram de átomos. Essa palavra
vem do grego a, que significa “não”, e tomo, “parte”, ou seja, “sem partes” ou “indivisível”. Isso
significa que se fôssemos dividindo sucessivamente um corpo, chegaríamos num momento em
que isso não seria mais possível, porque chegaríamos à menor parte que compõe a matéria.
No entanto, suas ideias não foram bem aceitas pelos filósofos da época e elas foram substituídas
por outras, como as ideias de Aristóteles que perduraram por séculos à frente.
Foi somente no século XIX que a ideia dos átomos foi retomada, pois agora os cientistas podiam
testar as suas hipóteses por meio de experimentos para comprová-los ou para refutar ideias de
outros cientistas. Logo mais abaixo, temos alguns dos principais cientistas que contribuíram para
o estudo da constituição do átomo, que são vistos no Ensino Médio.
Embora algumas ideias não estivessem totalmente corretas, todas as contribuições dadas foram
importantes, pois foi a partir da ideia de um cientista que o outro pode desenvolver o próximo
modelo.
Todos eles elaboram um modelo atômico, ou seja, uma representação que não corresponde
exatamente à realidade, mas que serve para explicar corretamente o comportamento do átomo.
Por exemplo, imagine que você faça um desenho idêntico a uma caneta. Por meio deste desenho,
todos conseguem identificar que se trata de uma caneta, porém o desenho não é a caneta. De
modo similar, o modelo atômico serve para entendermos o funcionamento do átomo, suas
propriedades e características. Mas, o modelo não é exatamente igual ao átomo.

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2. CONTRIBUIÇÕES DE ALGUNS CIENTISTAS QUE
CONTRIBUIRAM PARA ESTRUTURA ATÓMICA

2.1. MODELO MILLIKAN


O experimento da gota de óleo de Millikan foi capaz de determinar o valor da carga dos elétrons.
"Até o ano de 1907, o valor da carga contida nos elétrons não era conhecido, mas apenas a razão
entre sua carga e massa. Muitos pesquisadores de renome, como o físico inglês J. J. Thomson,
haviam tentado determinar o valor da carga dos elétrons, mas sem sucesso.
Por volta de 1897, Thomson descobriu os elétrons: partículas elementares e de carga negativa.
Também foi capaz de determinar experimentalmente a razão entre carga e massa eletrônicas.
Além disso, usando uma câmara de nuvens, conseguiu obter valores de carga muito próximos
daquele que é conhecido atualmente. Seu melhor resultado experimental foi cerca de 1,1.10-19
C.
No entanto, o valor conhecido atualmente da carga eletrônica só foi precisamente determinado
pelo físico norte-americano Robert Andrews Millikan (1868-1953) em 1909. A descoberta
rendeu a ele o prêmio Nobel de Física em 1923. Seu experimento ficou conhecido como
Experimento da Gota de Óleo."

2.1.1. Experimento
Diversas tentativas envolvendo gotas de água e três montagens experimentais distintas foram
necessárias para que Millikan pudesse refinar seu experimento. Sua montagem experimental
definitiva era um atomizador capaz de borrifar óleo em pequenas gotículas, que eram lançadas
em direção a um capacitor de placas paralelas preenchido com ar e alimentado por baterias que
geravam algumas dezenas de milhares de volts de tensão elétrica."
"Quando borrifadas, algumas gotículas ficavam eletrizadas por atrito e apresentavam um
desequilíbrio de cargas. Essa carga excedente respondia ao campo elétrico externo com uma
força elétrica que as lançava para cima ou para baixo, de acordo com o sinal da carga presente
em seu interior.
Para algumas gotículas, no entanto, as forças peso, elétrica, empuxo e atrito do ar ficavam
próximas de se anular, fazendo-as subir ou descer muito lentamente e permitindo medidas
precisas de seu diâmetro e massa, que eram algumas das medidas necessárias para a
determinação da carga individual de cada gota.
Com os resultados experimentais em mãos, Millikan percebeu que os valores de carga elétrica
determinados experimentalmente nas gotículas de óleo eram sempre múltiplos de um valor
menor: 1,59.10-19 C.

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Os resultados obtidos por Millikan puderam embasar a quantização da carga elétrica e
impulsionaram as pesquisas relacionadas com os fenômenos de natureza elétrica."

2.2. MODELO ATÔMICO DE RUTHERFORD


No ano de 1911, o físico neozelandês Ernest Rutherford conduziu um experimento muito
importante que mudou o modo como o átomo era visto pelos cientistas da época. Até o
momento, o modelo atômico aceito era o de Thomson, que dizia que o átomo seria uma esfera
positiva, não maciça, incrustada de elétrons e com carga elétrica total nula.
O experimento em questão foi demonstrado, onde obteve-se uma amostra do elemento radioativo
polônio dentro de um bloco de chumbo. A radiação alfa (α) que saía do polônio passava por um
pequeno orifício do bloco de chumbo e ia em direção a uma finíssima lâmina de ouro. Atrás
dessa lâmina de ouro havia um anteparo fluorescente, pois foi recoberto de sulfeto de zinco, que
mostraria uma luminosidade onde as partículas alfa incidissem.

2.2.1. O resultado observado foi o seguinte:


 A maioria das partículas continuou sua trajetória atravessando a lâmina de ouro;
 Poucas partículas atravessaram a lâmina e desviaram-se de sua trajetória;
 Poucas partículas foram refletidas, não atravessando a lâmina.

2.2.2. Experimento do modelo atômico


Modelo atômico de Rutherford: O átomo possui uma região central chamada de núcleo atômico,
onde fica praticamente toda a massa do átomo e que apresenta carga positiva, e uma região
denominada de eletrosfera, onde os elétrons ficam girando ao redor do núcleo
Esse modelo de Rutherford ficou conhecido como sistema planetário ou sistema solar, porque o
Sol seria o núcleo, enquanto os planetas seriam os elétrons que ficam girando ao redor.
Alguns anos mais tarde a terceira partícula subatômica (nêutron) foi descoberta e alterou-se um
pouco o modelo de Rutherford. O núcleo atômico era composto pelos prótons (partículas
positivas) e nêutrons (partículas neutras), compondo quase que a massa total do átomo.

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2.3. MODELO ATÔMICO DE BOHR
O modelo de Bohr é conhecido como o primeiro modelo atômico a utilizar conceitos da
mecânica quântica.
"O modelo atômico de Bohr, desenvolvido pelo físico dinamarquês Niels Bohr e apresentado em
1913, marca a primeira vez que um modelo atômico foi construído a partir de pressupostos
quânticos. Dessa forma, o modelo de Bohr marcou a separação quanto às teorias clássicas,
abrindo caminho para uma compreensão do átomo de uma forma mais moderna, embasada nos
trabalhos de Max Planck, Johann Balmer e também no modelo planetário de Ernest Rutherford.
Esse modelo introduziu conceitos importantes, como os estados estacionários, além das órbitas
eletrônicas, locais onde os elétrons não absorveriam ou emitiriam energia. Porém, o modelo de
Bohr só é aplicável aos átomos monoeletrônicos “um único elétron”, o que o levou a ser
suplantado por teorias mais modernas, trazidas pela mecânica quântica do físico alemão Werner
Heisenberg e do matemático austríaco Erwin Schrödinger. Contudo, a contribuição de Bohr para
a compreensão da matéria é indubitável, sendo seu trabalho uma das maiores publicações
científicas da história."

2.3.1. Experimento do modelo atômico

Para dar continuidade ao modelo atômico de Rutherford, experimento que, dentre outras
definições, chegou a conclusão que no átomo há espaços vazios e partes compostas por
partículas pequenas – futuramente conhecidas como prótons (carga positiva) e elétrons (carga
negativa) –, Bohr passou a observar o funcionamento do átomo de hidrogênio, que possui 1
elétron na camada de valência. 

Antes disso, o especialista em física atômica já tinha percebido que um gás consegue emitir luz
no momento que a corrente elétrica passava por ele. Esse descoberta viria a esclarecer que os
elétrons podem absorver energia elétrica e depois liberá-la na forma de luz. 
A partir dessa visão, o modelo atômico de Bohr foi embasado pela dedução de que o átomo tem
uma quantidade de energia disponível para cada uma das suas órbitas. É justamente por isso que,
quando recebe energia vinda de uma descarga elétrica, algumas das suas partículas passam para

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uma camada de energia ainda maior, isto é, uma área mais distante do núcleo. Já quando o efeito
é o contrário, ou seja, retornam ao estado fundamental, liberam a energia excedente, o que
resulta na emissão de luz
2.4. MODELO ATÓMICO DE SOMMERFIELD
O modelo atômico de Rutherford-Bohr explicava de maneira satisfatória o comportamento do
elétron no átomo de hidrogênio. Cientistas, ao tentar replicar a teoria nos elementos que
possuíam mais elétrons, encontraram discrepâncias entre o postulado teórico e a realidade obtida
nos espectros de emissão.
Os espectros de emissão de átomos com mais elétrons apresentavam uma singularidade: eram
formados por um conjunto de linhas. A este conjunto denominou-se espectro de raia e a análise
dos mesmos permitiu aos cientistas concluir que, uma vez excitados, elétrons de uma mesma
camada apresentam comportamento espectral semelhante. Eles também intuíram sobre o nível de
energia das camadas onde os elétrons circulavam, pois as linhas de uma raia apresentavam-se
muito próximas, especulavam-se próximos os valores de energia.
Arnold. J. W. Sommerfeld, em 1916, interpretou espectros com múltiplas linhas justapostas e
segundo ele, as camadas enunciadas por Bohr (K, L, M, N...) eram constituídas por subcamadas,
de órbitas elípticas e de diferentes momentos angulares.
Sommerfeld, ao manter preceitos do modelo de Bohr, determinou intacta a natureza quântica do
elétron. Os subníveis de energia explicavam a existência de espectros compostos por linhas
justapostas, embora ainda se mantivessem dúvidas acerca de espectros obtidos sob a ação de
intensos campos magnéticos.
Sob a ação de campos magnéticos, o espectro se decompõe, exibindo novas bandas espectrais.
Para explicar o surgimento destas bandas, foi proposto que o elétron reagiria ao campo
magnético acumulando determinado valor de energia e isso alteraria o seu momento magnético.
Tal proposição permitiu a determinação do terceiro número quântico, o número quântico
magnético (ml)
A análise dos espectros finos da primeira série de Balmer apontou a existência de duas linhas
muito próximas. Foi proposto para este comportamento o quarto número quântico, o número
quântico de spin (ms). Sendo o elétron uma partícula que possui um eixo imaginário, o mesmo
executaria movimento de rotação sobre o mesmo, girando (spin) em dois sentidos: o paralelo e o
antiparalelo. Esta concepção levou ao princípio de exclusão enunciado por Wolfgang Pauli, que
indica não existir, em um mesmo átomo, dois elétrons iguais.

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2.5. MODELO ATÓMICO DE CHADWICK
James Chadwick foi físico, nascido no dia 20 de outubro de 1891 na Inglaterra. Foi ele quem
descobriu a partícula nula dos átomos, os nêutrons. Iniciou suas pesquisas sobre radioatividade
na Universidade de Manchester em 1908. Ernest Rutherford era seu supervisor.
Em 1913, ganhou uma bolsa para trabalhar na Alemanha e trabalhar com Hans Geiser. Não
conseguiu trabalhar e viu-se aprisionado na Alemanha por causa da Primeira Guerra Mundial.
Voltou a trabalhar com Rutherford em 1919. O trabalho de ambos era direcionado ao
bombardeamento de diferentes elementos com partículas alfa.
Ao medir a dispersão das partículas, foram capazes de determinar a carga positiva dos núcleos
dos átomos atingidos. Houve dificuldade, no entanto, de conciliar os resultados de suas pesquisas
com o conhecimento, até então, da existência de apenas duas partículas subatômicas, o elétron e
o próton.
A ideia de uma partícula neutra, muito pesada, que ainda não havia sido descoberta, foi
necessária para se poder compreender o que acontecia na experiência. Em 1932, ao rever os
resultados de um experimento feito por Joliot e Curie (genro e filha da cientista Marie Curie),
Chadwick demonstrou que eles apenas se explicariam com a existência de uma partícula neutra,
o nêutron.
Esta descoberta se tornou muito útil para a ativação das reações nucleares, na bomba atômica e
nos reatores nucleares. Chadwick recebeu o Prêmio Nobel de Física em 1935. Em Liverpool,
ainda em 1935, ele tornou-se professor de Física. Foi diretor do Gonville and Caius College de
1948 a 1958.
Durante a Segunda Guerra Mundial, ajudou a desenvolver nos Estados Unidos as bombas
atômicas, que logo foram explodidas nas cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki. Foi
conselheiro científico de Robert Oppenheimer, o diretor do Projeto Manhattan (da construção da
bomba atômica) no Laboratório de los Alamos.
Chadwick foi membro da Royal Society e de tantas outras Academias na Alemanha e Bélgica.
Por seus trabahos terem sido muito importantes e pelo reconhecimento, foi-lhe atribuído o grau
de Doutor Honoris Causa, nas Universidades de Dublin, Leeds, Oxford, Birmingham, Montreal,
Liverpool e Edinburgh.
Recebeu a Medalha Copley em 1950. Morreu no dia 24 de julho de 1974 em Cambridge, na
Inglaterra

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2.6. MODELO ATÔMICO DE BROGLIE
No decorrer do século XIX, muitos cientistas começaram a estudar os fenômenos relacionados à
eletricidade e à emissão de luz pela matéria em determinadas condições. Ao final desse mesmo
século, diversas descobertas acerca de tais fenômenos ajudaram a desvendar a estrutura do
átomo. A partir daí surgem os modelos atômicos, que são referências utilizadas para representar
os átomos.
Com base em análises e experiências, verificou-se que a luz apresenta um comportamento dual:
ora como partícula, ora como onda. Em 1924, o físico francês Louis De Broglie lançou a
hipótese de que, se a luz apresenta natureza dual, uma partícula também apresentaria
características ondulatórias. De Broglie procurou associar a natureza dual da luz com o
comportamento do elétron e afirmou que “a todo elétron em movimento está associada uma onda
característica”, postulado que princípio da dualidade ou princípio de De Broglie.
Segundo os conceitos de De Broglie, o movimento de um elétron se apresenta associado a um
dado comprimento de onda. Daí surge a questão: para que uma partícula possa ser dita como
onda, qual seria o comprimento de onda estabelecido a ela? Como resposta a esta questão, o
físico francês propôs a fórmula Λ = h / P, onde λ representa o comprimento de onda de De
Broglie, h representa a constante de Planck (tamanho de um quantum) e P se refere ao produto da
massa pela velocidade da partícula. Essa proposta de De Broglie para a dualidade partícula-onda
envolve não apenas os elétrons, mas toda a matéria, tais como prótons, nêutrons, átomos e
moléculas.

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2.7. TEORIA DE MAX PLANCK
Max Planck buscou uma explicação para as características especiais da luz emitida por corpos
aquecidos (ou aquilo que os físicos chamam de radiação de corpo negro).
Buscando explicar a natureza da luz, o cientista escocês James Clerk Maxwell (1831-1879)
propôs a teoria de que a luz seria constituída por ondas eletromagnéticas. Assim, as diferentes
radiações visíveis (cores) e invisíveis (raios gama, raios X, ultravioleta, infravermelho, micro-
ondas e ondas de rádio) distinguir-se-iam por possuírem comprimentos de onda e frequências
diferentes.
O comprimento de onda é a distância de dois picos consecutivos em uma onda e é representado
pela letra grega lambda “λ”. Já a frequência (f) é o número de oscilações da onda
eletromagnética por segundo. Essas duas grandezas são inversamente proporcionais, quanto
menor o comprimento de onda, maior a frequência e a energia da radiação.  "
No entanto, havia alguns aspectos que essa teoria não explicava, sendo que o principal tratava-se
da cor que determinados objetos emitiam quando eram aquecidos. Todo objeto que se encontra
em temperatura ambiente é visualizado porque reflete radiação em determinada frequência e em
determinado comprimento de onda que corresponde à sua cor (luz visível). No entanto, no caso
de objetos que estão em temperaturas altíssimas, eles não refletem alguma luz que incidiu sobre
eles, mas sim emitem luz própria em intensidade suficiente para visualizarmos.
Por exemplo, o ferro muda de cor à medida que sua temperatura aumenta. Ele primeiro fica
vermelho, depois amarelo, posteriormente branco e, em temperaturas extremamente elevadas, o
branco fica ligeiramente azul.
Ao estudar esse fenômeno, os cientistas mediam a intensidade da radiação em cada comprimento
de onda e repetiam as medidas para uma variedade de temperaturas diferentes. O físico alemão
Gustav Robert Kirchhoff (1824-1887) descobriu que essa radiação emitida só dependia da
temperatura, e não do material."
Um objeto que age dessa forma passou a ser denominado pelos cientistas como corpo negro. Ele
não é chamado assim por causa de sua cor, pois ele não é necessariamente escuro, pelo contrário,
muitas vezes resplandece na cor branca. Esse nome vem do fato de que o objeto não favorece a
absorção ou a emissão de um comprimento de onda, pois enquanto o branco reflete todas as
cores (radiações visíveis em vários comprimentos de onda), o preto não reflete nenhuma cor. O
corpo negro absorve toda a radiação que incide sobre ele.

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Então, quando os cientistas buscavam explicar as leis da radiação do corpo negro, os dados
obtidos experimentalmente se mostravam imcompatíveis com a teoria ondulatória de Maxwell.
Pior do que isso, os resultados apontavam para uma situação catastrófica, que ficou conhecida
como a catástrofe do ultravioleta. A Física clássica dizia que qualquer corpo negro a qualquer
temperatura não nula deveria emitir uma radiação ultravioleta muito intensa, o que quer dizer
que o aquecimento de qualquer objeto levaria a uma devastação ao seu redor por meio da
emissão de radiações com altas frequências. Inclusive um corpo humano com a temperatura de
37º C brilharia no escuro
A explicação correta veio em 1900 pelo físico e matemático alemão Max Karl Ernest Ludwig
Planck (1858-1947), que disse que a energia não seria contínua, como se pensava anteriormente.
Sua teoria dizia basicamente o seguinte:"
"“A radiação é absorvida ou emitida por um corpo aquecido não sob a forma de ondas, mas por
meio de pequenos “pacotes” de energia."
"A esses pequenos “pacotes” de energia Max Planck deu o nome de quantum (seu plural é
quanta), que vem do latim e significa “quantidade”, literalmente “quanto?”, passando a ideia de
unidade mínima, indivisível; já que o quantum seria uma unidade definida de energia
proporcional à frequência da radiação. Foi a partir daí que surgiu a expressão teoria quântica.
Além disso, esse cientista forneceu uma função que permitia determinar a radiação das partículas
oscilantes que emitem radiação em um corpo negro:

E=n.h.v
Sendo que:
n = número inteiro positivo; h = constante de Planck (6,626 . 10-34 J . s - valor muito pequeno se
comparado à energia que se requer para realizar mudanças físicas ou químicas dos materiais do
cotidiano. Isso nos mostra que “h” remete-se a um mundo muito pequeno, o mundo quântico);" v
= frequência da radiação emitida.
A constante de Planck é uma das mais importantes constantes no mundo quântico, pois ela é
fundamental para o entendimento de vários conceitos e interpretações físicas e químicas.
Essa teoria mostra que a radiação de frequência “v” pode ser regenerada somente se um
oscilador de tal frequência tiver adquirido a energia mínima necessária para iniciar a oscilação.
Em baixas temperaturas, não há energia suficiente disponível para induzir as oscilações de altas
frequências; dessa maneira, o objeto não regenera radiação ultravioleta, acabando com a
catástrofe do ultravioleta.
Albert Einstein usou essa hipótese de Max Planck para explicar os resultados obtidos em seus
trabalhos sobre o efeito fotoelétrico em 1905.
Max Planck é considerado o pai da teoria quântica, o que lhe valeu o Prêmio Nobel de Física em
1918.

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Assim, é importante salientar que atualmente se adota o modelo da dualidade onda-partícula da
matéria. Isso significa que as duas teorias são usadas para explicar a natureza da luz: a
ondulatória e a corpuscular.
A teoria ondulatória explica alguns fenômenos da luz e pode ser demonstrada por determinados
experimentos, enquanto a teoria de que a luz é composta por minúsculas partículas de energia
explica outros fenômenos e pode ser comprovada por outros experimentos. Não há nenhum
experimento que demonstre as duas naturezas da luz ao mesmo tempo.
2.8. MODELO WERNER KARL HEISENBERG
Karl Heisenberg nasceu em 05 de dezembro de 1901, na cidade de Würzburg, na Alemanha.
Foi um famoso físico ganhador de Prêmio Nobel. Iniciou o curso de Física em 1920, em
Munique. Durante um Congresso em Copenhague, de Niels Bohr, Heisenberg expôs suas ideias
sobre a Mecânica Quântica e a partir daí, ficou muito amigo de Bohr. Em 1923, três anos após
iniciar seus estudos em Física, Heisenberg tornou-se doutor pela Universidade de Munique.
Tornou-se assistente de Max Born, em 1924, no centro universitário Göttingen. Em seguida,
transferiu-se para Copenhague, onde trabalhou com Niels Bohr.
Desenvolveu a mecânica matricial no ano seguinte, que consiste em desconsiderar a hipótese
aceita até então de que elétrons e outros fenômenos atômicos poderiam se comportar como
partículas e considerar a possibilidade de predizer matematicamente a ocorrência de outros
fenômenos atômicos que pudessem ser averiguados, tais como frequência e luz. Sendo ela uma
linguagem matemática apropriada para lidar com fenômenos quânticos. Em 1927 começou a
ensinar física na Universidade de Leipzig, onde enunciou o Princípio da Incerteza. Para ele, é
impossível conhecer simultaneamente a posição e o momento de uma partícula com certeza.
Quanto maior for a precisão com que se conhece uma delas, menor será a precisão com que se
pode conhecer a outra. Recebeu o Prêmio Nobel de Física no ano de 1932 pela criação da
Mecãnica Quântica.
Durante a Segunda Guerra Mundial, já casado com Elisabeth Schumacher, com quem teve sete
filhos, Heisenberg optou por permanecer no país, ao contrário da maioria dos cientistas alemães
que saíram ou foram obrigados a fugir da Alemanha. De 1942 a 1945 dirigiu o Intituto Kaiser
Wilhelm, em Berlin, e trabalhou ao lado de Otto Hahn, um dos descobridores da fissão nuclear,
no projeto de urânio de Hitler. Por esta decisão, perdeu várias amizades, entre elas a de Niels
Bohr. No fim da guerra, o físico foi preso, permanecendo aprisionado na Inglaterra durante seis
meses. Em 1946, Heisenberg voltou para a Alemanha, onde assumiu o posto de diretor do
Instituto Kaiser Wilhelm de Física em Gottingen, que mais tarde passaria a ser conhecido como
Instituto Max Planck.
Organizou e dirigiu o Intituto de Fisica e Astrofísica de Göttingen. O instituto mudou-se para
Munique, em 1958 e Heisenberg iniciou o estudo sobre a teoria das partículas elementares.
Descobriu sobre a estrutura do núcleo atômico, hidrodinâmica das turbulências, dos raios
cósmicos e do ferromagnetismo. Alguns físicos da época, como Albert Einsten rejeitaram a sua
teoria porque iam contra os princípios da física clássica, a física newtoniana.

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Em 1970, pediu demissão do Instituto e morreu de câncer, no dia 01 de fevereiro de 1976.
Apesar de ter provocado desavenças com grandes físicos ao longo de sua carreira, deixou bons
amigos que organizaram uma procissão de velas acesas até a porta de sua casa no dia de seu
falecimento.
Seu biógrafo, David Cassidy, escreveu que Heisenberg se tornou um dos grandes físicos do
século XX e, também, um dos mais controvertidos.
Heisenberg continuou na Alemanha durante a ocupação nazista. Até hoje, paira a dúvida sobre
sua real posição: contra ou a favor de Hitler.
3. CONCLUSÃO
A estrutura atômica refere-se à estrutura de um átomo compreendendo um núcleo (centro) no
qual os prótons (carregados positivamente) e os nêutrons (neutros) estão presentes. As partículas
carregadas negativamente chamadas elétrons giram em torno do centro do núcleo.
Quando uma fonte de alimentação de alta tensão é ligada, havia raios saindo do cátodo em
direção ao ânodo. Isso foi confirmado pelos 'pontos fluorescentes' na tela ZnS usada. Esses raios
foram chamados de “raios catódicos”.
Quando um campo elétrico externo é aplicado, os raios catódicos são desviados em direção ao
eletrodo positivo, mas na ausência de campo elétrico, eles viajam em linha reta.
Quando as pás do rotor são colocadas no caminho dos raios catódicos, elas parecem girar. Isso
prova que os raios catódicos são formados por partículas de uma determinada massa, de modo
que possuem alguma energia.
Com todas essas evidências, Thompson concluiu que os raios catódicos são feitos de partículas
carregadas negativamente chamadas “elétrons”.
A estrutura atômica de Thomson descrevia os átomos como eletricamente neutros, ou seja, as
cargas positivas e negativas tinham a mesma magnitude.
Limitações da Estrutura Atômica de Thomson: O modelo atômico de Thomson não explica
claramente a estabilidade de um átomo. Além disso, novas descobertas de outras partículas
subatômicas não puderam ser colocadas dentro de seu modelo atômico.

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4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA

I. Johnson, Chris. "Avogadro - his contribution to chemistry". Archived from the


original on 2002-07-10. Retrieved 2009-08-01.
II. Alan J. Rocke (1984). Chemical Atomism in the Nineteenth Century. Columbus:
Ohio State University Press.
III. Avogadro, Amedeo (1811). "Essay on a Manner of Determining the Relative Masses
of the Elementary Molecules of Bodies, and the Proportions in Which They Enter into
These Compounds". Journal de Physique. 73: 58–76.
IV. Hinshelwood, Cyril N.; Pauling, Linus (1956-10-19). "Amedeo Avogadro". Science.
124 (3225): 708–713. doi:10.1126/science.124.3225.708. ISSN 0036-8075. PMID
17757602.

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