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A ESTRUTURA DO ÁTOMO
Descoberta do elétron
Com o intuito de descobrir porque a água absorve mais um tipo de gás do que outros, Dalton
começou teorias de como seriam essas partículas e algumas propriedades delas. Segundo ele, os
átomos seriam partículas indivíduas com espaços entre elas, existindo tipos característicos de
partículas e, dentro desses tipos, elas seriam iguais entre si. Também concluiu que os átomos são
indivisíveis, existindo tantos tipos deles quanto elementos, não havendo a possibilidade de
transformar um átomo de um elemento em outro elemento e que numa reação química não seriam
criados nem destruídos e sim, reorganizados.
Através de um experimento de Faraday, que não concordava com o modelo de Dalton, pode
começar a perceber que existia algo menor que o próprio átomo. O experimento era composto por um
vidro, no qual foi tentado tirar o máximo de ar possível, com uma extremidade positiva e outra
negativa, e que, em nestas circunstâncias, aparecia uma luz rosa. Com isso, britânico William Crookes
aperfeiçoou esse experimento, deixando dentro do vidro um vácuo e colocando algo que
interrompesse o fluxo de raios, assim ele pode perceber que o brilho, agora verde, vinha do terminal
negativo, andava em linha reta, produzia um aumento de temperatura e uma força mecânica.
Esses raios catódicos só foram definidos como elétrons a partir de um experimento feito por
Thomson, que por um tubo direcionava os raios, através de diafragmas, para uma tela florescente e
adicionava placas carregadas ou eletroímãs, para mudar a trajetória dos raios, concluindo que esses
raios eram partículas negativamente carregadas e parte fundamental da matéria. Logo depois,
Millikan com o experimento das gotas de óleo carregadas, pode estimar a massa dessas partículas.
Levando em conta que o átomo não tinha carga, a descoberta dos elétrons fez Thomson
desenvolver outra teoria atômica, em que foi chamado de “bolo de passas”. Ele dizia que, o átomo
era uma massa carregada positivamente com muitas passas negativas misturada nela, com uma
proporção, que logo mais seria derrubada, de um átomo para mil passas.
O modelo de Rutherford
Rutherford desenvolveu um experimento que se tratava de uma caixa de chumbo com polônio
dentro que emitia, por um orifício, partículas alfas. Nessa trajetória da partícula, havia uma fina folha
de ouro e uma tela de revelação com sulfeto de zinco, atrás da folha de ouro. Durante o experimento,
o químico percebeu que as partículas passavam pela folha de ouro sem quase nenhuma interferência,
porém raramente aparecia uma partícula defletida significativamente na tela, e mais raramente ainda
se notava rebote de outras. Fazendo a mudança de posição da tela de revelação várias vezes,
Rutherford observou que, a nível atômico, a folha de ouro se tratava de espaço vazio, em sua grande
maioria, e existiam algumas partículas que colidiam com as partículas alfas e mudavam sua trajetória.
Ele buscou na Lei de Coulomb uma explicação para essa mudança de trajetória, e admitindo
que a partícula fosse positiva, desenvolveu matematicamente um padrão de dispersão do experimento
da folha de ouro, que quanto mais perto chegava de colidir frontalmente com essa partícula, maior
era o ângulo de repulsão. A partir dessa ideia, Rutherford desenvolveu o conceito de núcleo, dizendo
que ele era um minúsculo ponto central, perdido no vasto espaço do átomo.
Assim nasceu a teoria de que a estrutura do átomo era igual à do sistema solar, o núcleo era
cercado pelas orbitas dos elétrons. Porém, essa teoria tinha uma falha física, em que se tivéssemos
uma carga acelerada, o elétron orbitando numa velocidade constante e irradiando energia
eletromagnética, ele perderia essa energia e o levaria próximo do núcleo, o que não deixaria o átomo
estável.
Modelo de Bohr
Com os estudos, os cientistas começaram a perceber que as leis que governam os grandes
movimentos, como o sistema solar, por exemplo, não são as mesmas para partículas muito pequenas
como os átomos e os elétrons. Então surge Max Planck, que deu a partida para o átomo entrar nos
estudos da física quântica. Planck dizia que a matéria, absorvendo ou emitindo radiação, não faz isso
de modo contínuo, mas sim em discretos feixes de energias chamados quantum. A partir desse fato,
Niels Bohr tentou achar a relação que as órbitas dos elétrons tinham com o quantum.
Com seus estudos em cima do hidrogênio, Bohr chegou as seguintes conclusões: em volta do
núcleo do átomo, um elétron pode ocupar somente certas órbitas precisas, o número da órbita é
diretamente proporcional ao raio e além disso, encontrou a equação para a velocidade e a energia do
elétron em cada órbita. Através de um experimento onde ele bombardeava o gás hidrogênio com
elétrons, ele conseguiu relacionar que, para quando um elétron livre colide com um elétron em órbita,
a energia necessária para esse elétron mudar de órbita é a diferença de energia entre as órbitas. Após
essa mudança de órbita, o elétron voltava rapidamente para a órbita anterior e liberava, em forma de
fóton, 1 quantum de energia. Assim, foi permitido explicar melhor como o espectro do hidrogênio de
comportava.
Espectro do hidrogênio
Bombardeando o hidrogênio com elétrons num tubo de descarga, foi permitido captar os
detalhes das frequências obtidas e obter uma fórmula que previa essas linhas, e as previsões de Bohr
condiziam com essas informações. A radiação começava sempre a partir da energia da próxima órbita
e produzia uma única frequência, com isso, e usando a constante de Planck, foi possível calcular o
comprimento de onda do fóton e detectar que está no espectro ultravioleta. Porém, a teoria de Bohr
funcionava para o hidrogênio, mas não previa o comportamento dos outros elementos.
Com essas informações, foi possível explicar também, as linhas pretas que apareciam quando
se tentava produzir o espectro da luz do Sol. No caminho da luz, que é emitida em todas as direções,
até o observador, pode ter elementos que absorvam e emitam certas frequências, como a rerradiação
desse possível elemento no caminho também se dá em todas as direções, apenas uma pequena fração
da frequência irradiada e absorvida, continua na direção original, resultando num agudo decréscimo
da intensidade da luz naquela porção do espectro.