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EVOLUÇÃO DOS MODELOS ATÔMICOS

          Giselle Francine Brito Muniz- Eng. Elétrica 2020/2 

     Haja vista a impossibilidade da observação das propriedades da matéria


em si, a humanidade e a ciência, vêm ao longo do tempo elaborando teorias de
como realmente é a forma atômica, e analisando todas as suas implicações e
relações.  O primeiro grupo a imaginar a existência de átomos, foram os
filósofos gregos Leucipo e Demócrito, no século V antes de Cristo. De acordo
com eles, tudo que existe derivava de partículas indivisíveis, das quais
originaram-se a própria palavra á(não) e tomo ( partes). Essa teoria, apesar de
lembrada hoje, foi irrelevada na época, devido as tantas demais hipóteses
formuladas. 
    Contudo, no século XIX d.C. com os avanços tecnológicos proporcionados
pelas mudanças globais pós-revoluções industriais, cientistas começaram a
realizar experimentos, voltar para a teoria dos filósofos, afirmarem fatos e
negarem outros. As primeira teoria reconhecida atualmente, foi elaborada em
1803 por John Dalton, na qual afirmou que a matéria é formada por átomos,
que são partículas minúsculas, maciças, esféricas e indivisíveis. Dalton
defende também a existência de diferentes espécies atômicas, mas dizia que
todas as parte de um mesmo elemento são iguais. Seu modelo ficou conhecido
como “ bola de bilhar”, ao realizar a analogia das características ditas por ele
serem as do princípio da matéria. 
   O segundo modelo atômico apresentado e reconhecido, foi proposto por
Joseph John Thomson ou, simplesmente, J.J. Thomson, em 1898. Após ter
diversas evidências experimentais sobre a existência do elétron, ele derrubou a
teoria da indivisibilidade do átomo proposta por John Dalton. Os  experimentos
foram realizados em tubos de raios catódicos construído pelos cientistas
Geissler e Crookes. Um gás rarefeito em baixa pressão foi submetido a uma
tensão elétrica alta, produzindo assim um feixe de luz ( cargas elétricas)
proveniente do cátodo ( polo negativo) e indo para o ânodo (positivo). Sendo
assim, Thomson concluiu que  como os elétrons (carga negativa) eram
arrancados e direcionados para a placa positiva, o átomo é constituído de uma
partícula esférica de carga positiva, não maciça, incrustada de elétrons
(negativos), de modo que sua carga elétrica total é nula. O seu modelo ficou
conhecido como “ pudim ou bolo de passas”.
    A terceira e importantíssima teoria, foi elaborada por em 1911, pelo físico
neozelandês Ernest Rutherford. Ele realizou um experimento em que ele
bombardeou uma finíssima lâmina de ouro com partículas alfa (α) emitidas por
uma amostra de polônio (material radioativo) que ficava dentro de um bloco de
chumbo com um pequeno orifício pelo qual as partículas passavam. Por meio
dos resultados desse experimento, Rutherford percebeu que, na verdade, o
átomo não seria maciço como propôs os modelos de Dalton e Thomson.
Segundo ele, o átomo é descontínuo e é formado por duas regiões: o núcleo e
a eletrosfera. O núcleo é denso e tem carga positiva, ou seja, é constituído de
prótons. A eletrosfera é uma grande região vazia onde os elétrons ficam
girando ao redor do núcleo. Sendo assim, há a descoberta dos nêutrons no
núcleo do átomo.
O quarto modelo foi uma junção dos estudos de Rutherford e também de
Niels Bohr, nos quais afirmou que os elétrons movem-se em órbitas circulares,
e cada órbita apresenta uma energia bem definida e constante (nível de
energia) para cada elétron de um átomo. Essas camadas eletrônicas ou níveis
de energia passaram a ser representadas pelas letras K, L, M, N, O, P e Q,
respectivamente, no sentido da camada mais próxima ao núcleo para a mais
externa.

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