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A EVOLUÇÃO DO MODELO ATOMICO: ESTUDOS DE

RUTHERFORD ATÉ OS DIAIS ATUAIS

Ernest Rutherford (1871 a 1937) foi um químico muito famoso,


principalmente pelos seus estudos relacionados a seu modelo atômico, este
ficaria conhecido posteriormente como Modelo Atômico Planetário. Antes do
desenvolvimento de suas teorias, a concepção de átomo tinha grande
influência dos estudos de J.J Thompson (1856-1940), que defendia a
existência de cargas negativas e positivas dentro do átomo, os Prótons (P) e
Elétrons (E). Outras características desse modelo são a divisibilidade do
átomo, a natureza dos Elétrons, que poderiam deixar as estruturas
positivamente, ou negativamente, carregadas e uma naturalidade dessa
estrutura ser neutra eletricamente.
Os séculos XIX e XX foram grandiosos para química como a
conhecemos hoje, isto se deve as diversas pesquisas envolvendo Eletricidade
e Radiação. A radiação em específica foi o ponto chave para toda teoria de
Rutherford. Sabia-se da existência de elementos químicos que, naturalmente,
emitiam radiação, denominada de Radiação Alfa, cuja características seriam
semelhantes a um núcleo de Hélio. A fim de desvendar essas propriedades,
Rutherford junto a seus dois alunos, Hangs Geiger e Ernest Marsden,
desenvolveram experimentos relacionados a propriedade dos Raios Alfa, esta
experiência ficou conhecida como Experimento Geiger–Marsden (imagem 1).

IMAGEM 1- experimento de Geiger- Marsden

O desenvolvimento consistia em emitir Radiação Alfa, advinda do


elemento químico Radônio, este estaria cercado em um bloco de chumbo com
uma pequena abertura onde a radiação passaria. Logo após, ela se encontraria
com uma lâmina de ouro de finíssima espessura. O ouro foi escolhido como
material experimental por não muito reativo e possuir uma boa maleabilidade. A
espessura desse material permitia que as ondas radioativas entrassem em
contato com apenas um, ou poucos átomos. Com isto poderia se observar a
natureza das questões envolvidas sem interferências numéricas ou de
propriedades
Os resultados desse experimento mostraram que a maioria das
partículas conseguiram atravessar a lâmina, enquanto apenas algumas
refletiram e colidiram com uma estrutura circular exterior. “como se alguém
tivesse disparado uma bala de 15 polegadas em um tecido de papel e ela
voltasse, acertando o autor do disparo’ foi a analogia feita por Rutherford sobre
a natureza desse experimento. Os resultados entraram em conflitos com as
ideias de J.J Thompson, e com isto a criação de um novo modelo atômico foi
consolidada de em 1908, que rendeu a Rutherford um Prêmio Nobel de Física

O modelo atomico planetario foi o primeiro a denominar duas


importantes regiões presentes no atómo, o Nucleo e a Eletrosfera. O Nucleo
seria a menor parte do atómo, onde encontrariamos um amontoado de Protons,
todo juntos. Sabemos que pela suas prorpiedades eletromagneticas isto seria
impossivel, mas Rutherford propos que existiram junto aos Protons os Neutrons
(N), subparticulas neutras eletricamente, impediriam a repulsão dos Protons . A
Eletrsofera seria uma região onde encontraiamos Eletrons obirtando o nucleo
atomico. Em questões proprocionais, a Eletrosfera seria muito maior que o
Nucleo, isso explicaria o fato da maioria da Radicão Alfa coseguir passar pela
lamina de ouro e só uma pequena proporção se repelia. A pequena proporção
entrou em conato com o nucleo e sobrou uma infleuncia de deflexão, já os
outros conseguriam passar pela Eletrsofera normalmente (Imagem 3).

IMAGEM 2- representação do Modelo Atômico Planetário


IMAGEM 3- Representação microscópica da interação da Radiação Alfa com os átomos de Ouro.

INCONSISTÊNCIAS NO MODELO ATÔMICO PLANETÁRIO


A ideia do modelo atômico de Rutherford gera problemas em questão da
estabilidade dos átomos. Em um primeiro caso, os Elétrons poderiam estar
parados, em uma posição fixa na Eletrosfera, isto faria com que o Núcleo, por
ter uma maior massa, e por conta da interação eletromagnética, atraísse essas
partículas até o centro, resultando no modelo atômico proposto por Thompson.
Em uma situação em que os Elétrons estivessem orbitando a Eletrosfera,
poderíamos traçar um paralelo com o nosso próprio sistema solar, onde o sol
seria o Núcleo e os Planetas se comportaria como Elétrons, (imagem 4) porém
O Sistema Solar é mecanicamente estável devido as suas características que
interligam a massa dos corpos a força da gravitacional. Em uma situação
atômica, temos que lembrar das características eletromagnéticas que estão em
questão. De acordo com a Teoria da Eletronegatividade Clássica, toda
partícula carregada, em movimento acelerado, libera energia na forma de
radiação. A única forma plausível para está questão é a transformação da
energia cinética (e energia de movimento) da subpartícula em energia
radioativa, mas conforme o Elétron fosse perdendo sua energia ele seria cada
vez mais atraído para o Núcleo por conta do seu diferencial, até, novamente,
chegarmos ao modelo de Thompson. Essa situação parecia bem complexa,
afinal qual estaria correto? Thompson ou Rutherford?
IMAGEM 4- Comparação do sistema solar com o modelo atômico proposto por Rutherford

Outros cientistas, dentre eles, Niels Bohr, começaram a estudar sobre


essas questões. Bohr se baseou muito nos estudos da Espectroscopia,
explorada por personagens como Robert Bunsen (1811-1899) e Gustav
Kirchhoff (1824- 1887). Robert e Kirchhoff que faziam experimentos onde
constavam que cada elemento químico estava associado a uma emissão de
espectro de onda em particular. O pioneiro em conseguir estudar questões
envolvendo espectros de onda foi Isaac Newton. Busen e Kirchoff sabiam que
a luz era emitida através dos comportamentos de um Elétron, então
direcionaram seus estudos a quais espectros de ondas os elementos químicos
emitiam ou absorviam. As experiências consistiam em elevar um certo gás,
como o gás de hidrogênio, a uma alta temperatura, e assim, quando o mesmo
emitisse luz, eles usariam um primas para fracionar seus espectros possíveis
(imagem 5).

IMAGEM 5- Estes são os espectros atômicos emitidos pelo Hidrogênio, só ele possui esse padrão, como se fosse uma
espécie de assinatura desse átomo
IMAGEM 6- Espectros atômicos emitidos pelo Hidrogênio, Hélio, Neônio e Mercúrio ao serem aquecidos.

A fim de obter confirmação sobre esses resultados, outro experimento foi


proposto. Um gás monoatômico foi novamente aquecido, e isso fez com o
mesmo liberasse luz, logo após, uma luz branca (junção de todos os espectros)
foi posta em direção ao gás. Ao adicionarmos um prisma, observamos todos os
espectros visíveis, por conta da luz branca, menos os espectros que esse gás
emitisse naturalmente. Ou seja, essa séria uma situação em que o gás
absorveria radiação em vez de emitir. E isso aconteceria exatamente na
mesma natureza de cores que ele emite (imagem 7).

IMAGEM 7- demonstração da absorção de frequências especificas de luz pelo Hidrogênio

DEBATE, ONDA OU PARTICULA?


No século XIX já se era aceito a proposta que luz se comportava como
uma partícula, devido ao Experimento da dupla venda feito por Thomas Young
(1773-1829) no século XVII. Nesse experimento, uma fonte de luz é colocada a
uma distância considerável de duas aberturas. Pelas propriedades
ondulatórias, sabemos que se a luz fosse uma onda poderíamos observar
conceitos de interferência, construtiva ou destrutiva, ao se separar pelas
fendas, com isso observaríamos um determinado padrão com várias
marcações em uma estrutura posterior as fendas. Se a luz se comportasse
como partícula, observaríamos que não haveria o fenômeno de interferência e
as marcações posteriores seriam fixas de acordo com as aberturas (imagem 8).
IMAGEM 8-imagem que representa duas possibilidades da natureza da luz. A mais inferior se ela fosse feita de
partículas, enquanto a mais superior se ela tivesse propriedades ondulatórias

O resultado desse experimento foi que a luz se comportava como uma


onda, de forma a se interferir em diversos pontos.

DEBATE, ONDA OU PARTICULA? PART 2. CATASTROFE


ULTRAVIOLETA, EINSTEIN E PLACK

Antes dos estudos de Max Plack e Albert Einstein imaginavamos que um


Eletron emitia radiação na forma de luz de um modo uniforme, ou seja, a
medida que os Eletrons osilacem haveria uma geração de luz de modo
simultaneo e igual. Esta teoria se baseava muito nas próprias caracteristicas de
um Onda, já que a mesma tem carater constante, porém, experimentos
empiricos mostraram que a matematica por tras desse estudos estavam
equivocadas (imagem 9).

IMAGEM 9- resultados experimentais X resultados matemáticos

A linha preta dessa imagem seria o resultado obtido através das


equações vigentes, enquanto as linhas coloridas são os dados coletados em
laboratório. Essa inconsistência da teoria com os resultados ficou conhecida
como Catástrofe Ultravioleta, problemática que só foi resolvida tempos depois
por Max Planck (1858-1947). Planck sabia a relação correta (mostrada
experimentalmente), e também as formula utilizada na época, então, ele
remodelou as equações para que os resultados obtidos estivessem de acordo
com a realidade, aonde chegamos na famosa equação de Planck.
E= H.V
Onde H assume uma constante de valor 6,63x10-34J.s

De acordo com os pressupostos de Planck, a luz é emitida de forma


quantizada, ou em “pacotes de energia”, aonde apenas quando chegasse em
um determinado valor essa radiação poderia ser emitida. Essa teoria ficou
conhecida como Quanta.

Posteriormente, Albert Einstein (1879- 1955) usaria os estudos de Planck para


formatizar o Efeito Fotoelétrico. Este explica o comportamento da absorção de
energia de um elétron pela luz (imagem 10).

IMAGEM 10-efeito Fotoelétrico descrito por Einstein

O Experimento feito por Einstein consiste em aplicar radiação na forma


de luz sobre uma placa metálica, observamos que, apenas em uma
determinada frequência a luz consegue fazer com que os Elétrons saltem
desse material, ou seja, eles precisam de uma certa energia específica, que
tem que ser maior que a sua própria energia. Einstein também definiu um
comportamento de partícula à radiação luminosa, cuja denominação foi
“Fóton”. Todos esses estudos de Planck e Einstein conseguiram explicar
soluções para emissão de espectros de luz por corpos e o comportamento de
absorção destes, mas ao mesmo tempo entraram em contradição com os
estudos de Thomas Young, que comprovaram a Luz como sendo uma onda. A
física novamente entrou em conflito.

SOLUÇÃO ONDA PARTICULA


L. de Broglie (1892-1927) utilizou duas equações matemáticas da época
para sugerir uma proposta dual para matéria.

Segundo Einstein E=MC²


Segundo Planck E=H.V

A primeira equação relaciona a luz à propriedades de partícula, já a


segunda relaciona a propriedades de onda. Broglie correlacionou as duas
equações em um mesmo princípio matemático e assumiu a Teoria Onda
Partícula. Segundo essa teoria a luz, e toda a matéria como conhecemos,
possui um comportamento dual, de poder se comportar como onda e partícula.
Ideia muito criticada por quase toda comunidade cientifica da época, já ela
assumia preceitos que não envolviam a física clássica vigente da época.
Posteriormente, o Físico Werner Heisenberg (1901-1976) descreveria,
matematicamente, a imprecisão sobre as definições de posição e velocidade
de um elétron, não necessariamente por falta de tecnologia para conseguir
estudar os resultados, mas aceitando esse comportamento dual que parecia
diferente de tudo que os físicos da época tinham visto. Uma nova área de
estudos estava sendo formada através de inúmeras dúvidas e críticas, a
Mecânica Quântica.

MODELO ATÔMICO DE SCHRÖDINGER: ONDE ESTÃO


TODOS OS ELÉTRONS?
Em 1926 tivemos o primeiro modelo atômico completamente baseado
totalmente nos princípios da Mecânica Quântica. Os estudos anteriores de
Heisenberg concluíram que há uma incerteza sobre as propriedades de um
elétron, incerteza natural devido a sua natureza dual, Erwin Schrödinger tentou
buscar um modo probabilístico de encontrar um Elétron na eletrosfera através
de funções de onda. Na Física ondulatória sabemos que o comprimento de
onda pode ser descrito como:

C/F
Onde assumimos C como velocidade da luz e F como frequência da onda
Mas, Schrödinger sabia que uma onda pode sofrer várias interferências
em sua propagação, ou seja, o valor de lambda pode ser alterado diversas
vezes (imagem 11).

IMAGEM 11-A primeira onde é não sofre interferências de algum meio externo, com isso se propaga uniformemente
por todo seu percurso, já a segunda onde sofre diversas interferências de um meio externo, assim como Schrödinger
correlacionou o Elétron na natureza. Sabendo das várias variações que essa onda pode ter, Erwin criou uma função de
onda descrevendo toda sua trajetória.

BASES MATEMATICAS PARA A CORRELAÇÃO


Schrödinger relacionou a posição de um Elétron em um sistema circular,
onde podemos apontar alguns valores e determinar a probabilidade de
encontrar os Elétrons. Essa função de onda está associada a uma
representação em três eixos, X, Y e Z, já que o Elétron possui três dimensões,
não podemos usar o plano cartesiano normal (imagem 12).

IMAGEM 12

o ponto roxo da imagem corresponde a posição de um Elétron, podemos


traçar uma reta do centro (que corresponderia ao Núcleo Atômico) do círculo
até esse Elétron, então descobriríamos o valor do raio, chamamos esse valor
de Valor Radial.

existem dois ângulos muito importantes sobre essa representação,


 o ângulo azul condiz os graus do eixo z ao y
 o ângulo verde condiz os graus do eixo y ao z

chamamos esses dois valores de Valores Angulares. Com esses valores em


conseguimos descrever os dois primeiros números quânticos do modelo de
Schrödinger.

NÚMEROS QUANTICOS
 N- Referente ao número de camadas;
 I- Referente a disposição espacial;
 ML- referente as propriedades magnéticas;
 MS- Referente a rotação sobre o seu próprio eixo.

 N- Podemos apontar que o número quântico principal se refere a


energia que um Elétron possui, quando menos energia, mais estável
e mais perto do núcleo vamos encontrá-lo, quando mais distante do
Núcleo mais instável e com mais energia conseguiremos ver ele;

 L- Podemos falar que esse número define o desenho dos orbitais dos
elétrons, de acordo com seus princípios de valores angulares
obtidos, como uma representação gráfica.

 ML- o número quântico ML define as orientações no espaço para um


orbital, no caso número quântico L=S observamos que não há uma
variação por essa propriedade, já que o orbital S possui formato
esférico. Conseguimos observar bem a importância do ML quando
enxergamos o Orbital P, que pode ser descrito como PX, PY ou PZ,
de acordo com sua orientação no plano (imagem 13).

IMAGEM 13
 MS- Diversos experimentos concluíram que os elétrons possuem
características magnéticas próprias, definidas pela rotação do seu eixo,
que pode ser horaria ou anti-horária, isso interliga princípios como a
teoria do octeto, a busca das estabilidades dos elétrons e ligações
químicas.

IMAGEM 14- Relação no número quântico N para os orbitais, variação de tamanho.

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