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Um dos conceitos nos remete à Resistência dos Materiais no que toca o estudo de
deformações e as equações delas decorrentes, da mesma forma, se um sistema está vibrando,
significa que sua condição é dinâmica, e essa condição induz ao problema de tensões variáveis
e essas tensões propiciam o problema de fadiga de materiais.
Da mesma forma, além do problema de fadiga, se um sistema vibra ou oscila com amplitudes
altas ou perigosas, há o problema do material sair de sua fase elástica e passar para a fase
plástica deformando-o permanentemente ou atingindo a ruptura. Paralelo às questões
envolvendo condições impostas aos materiais, a vibração pode induzir movimentos
indesejáveis em peças ou em máquinas afetando o rendimento, precisão de funcionamento ou
realização de tarefas, assim como as ações de conforto aos seres humanos.
1ª Lei : se a força resultante que atua em uma partícula for zero ela permanecerá em repouso
se sua condição inicial for de repouso, ou continuará a se mover em linha reta com velocidade
constante, se sua condição inicial for estar em movimento.
2ª Lei: se a força resultante que atua em uma partícula não for zero, a partícula sofrerá uma
aceleração com magnitude proporcional à magnitude da força resultante, na mesma linha de
ação e sentido da força resultante. Esta é a equação fundamental da dinâmica.
3ª Lei: se forças mutuamente aplicada por duas partículas cada uma em igual magnitude,
mesma direção, mesma linha de ação mas sentidos opostos, as partículas permanecerão na
condição estática, paradas.
F= ,
()
F= = ma, que é a chamada segunda lei do movimento de Newton, e pode ser usada
para formular as equações diferenciais do movimento dinâmico.
( )
Se o centro de massa estiver localizada no ponto G, podemos escrever: F = = maG
1 Newton (1 N) é a força a ser aplicada em um corpo de massa 1 kg para que o mesmo adquira
a aceleração de 1 m/s2
Inércia: é uma propriedade física. É a propriedade de um corpo que resiste a qualquer esforço
para a mudança de seu movimento. A força de inércia é definida pelo produto da massa pela
sua aceleração.
M=
HG = IG
= ω = velocidade angular
Pêndulo simples
x1 x1
1 gdl
2 gdl x2
Sistema torcional
Os movimentos não determinísticos ou aleatórios não podem ser descritos por uma relação
matemática explícita, pois cada observação será única. A resposta só pode ser descrita por
quantidades estatísticas dado que não segue um padrão no tempo tais como: a vibração da
asa de um avião, o movimento da roda de um veículo a trafegar numa pista, etc.
Os movimentos determinísticos podem ser descritos por uma relação matemática explícita, e
classificam-se como periódicos e não periódicos. O movimento é determinístico quando o
valor da força ou deslocamento de excitação que está agindo no sistema vibratório for
conhecido.
Movimento periódico é aquele que se repete a um intervalo constante de tempo. Uma função
periódica pode ser não harmônica, ex:
x(t)
Movimento harmônico é uma classe especial de movimento periódico, cuja função temporal é
uma senóide, ex:
T período
Frequência de oscilação (f): número de ciclos por unidade de tempo. f [Hz]. Frequência em
radianos: ω = 2πf [rad/s]
Período de oscilação (T): tempo necessário para o corpo descrever um ciclo T[s]. O período é o
inverso da frequência. T = = [s].
Ângulo de fase (ϕ) : dois movimentos harmônicos que possuem a mesma frequência são
chamados de síncronos, entretanto, os dois movimentos não precisam ter a mesma amplitude
e, por consequência, não atingem seus valores máximos ao mesmo tempo. Estão defasados de
um ângulo de fase ϕ.
Frequência natural (fn): quando um corpo é deslocado e solto ele oscila sem a necessidade da
perturbação externa. A frequência com que ele oscila é chamada frequência natural. É um
fenômeno intrínseco ao corpo.
Considere um corpo oscilando sem perda de energia, passando sucessivamente pela posição
de equilíbrio (PE), e atingindo as posições de amplitude máximas 1 e 5.
4 ωnt
3 PE t
2 X
x(t) x(t)
Considere o bloco deslocado na posição 1 e solto. Ele percorre a trajetória até a posição 5 e
volta à posição 1. Quando está na posição 1, sua distância até 3 (PE) é a própria amplitude X.
Na medida em que está se deslocando, por exemplo em 2, sua distância até 3 está marcada na
linha em negrito, portanto, sua posição x(t) até a PE é dada pela expressão trigonométrica
x(t)=Xcos(ωnt) onde ωnt é o ângulo entre a linha vertical até o vetor inclinado definindo a
posição 2 ou outras.
Quando o bloco está em 3 (PE), sua posição é zero, pois lembrando, cos 900 = zero.
Quando o bloco está em 4, sua posição em relação à PE está marcada em negrito, sendo dada
pelas expressões: x(t) = Xsen(ωnt) sendo t o tempo medido a partir da PE ou x(t) = Xcos(ωnt)
sendo t medido a partir do deslocamento inicial (1)
B X
X2 = A2 + B2
A expressão de velocidade: v(t) = (t) = -Xωnsen(ωnt), p/t=0, (t) = 0, ou seja, o bloco parte
com velocidade zero.
A expressão de aceleração: a(t) = (t) = -Xωn2cos(ωnt), p/t=0, (t) = -Xωn, ou seja, o bloco
parte com máxima aceleração. O sinal negativo indica que está defasado 1800 do
deslocamento.
Considere agora o bloco passando pela posição 3 (PE). Nesta outra condição inicial,
A expressão de velocidade: v(t) = (t) = Xωncos(ωnt), p/t=0, (t) = Xωn, ou seja, o bloco passa
pela PE com máxima velocidade.
A expressão de aceleração a(t) = (t) = -Xωn2sen(ωnt), p/t=0, (t) = 0, ou seja, quando o bloco
passa pela PE, sua aceleração é zero.
Em qualquer outra posição que não dessas condições iniciais, a posição do bloco em relação à
PE é dada pelo termo B, a velocidade pelo termo A, (t) = Aωn, e a aceleração é dada por
(t) = Bωn2.
x(t) = deslocamento
= (t) = v (t) = velocidade
= (t) = a(t) = aceleração
A posição do bloco em relação à PE, na figura dada por OP, é a projeção do vetor OQ no eixo
vertical, e a grandeza OQ é a soma das projeções neste mesmo eixo das grandezas
Asenωnt+Bcosωnt (na figura, ωnt = pt)
x(t) = A(senωnt + cosωnt), x(t) = (senωnt.cosϕ + cosωnt senϕ)
= secϕ = 1 + ! " mas tgϕ =
Da trigonometria,
x(t) = A #1 +
$
[sen(ωnt + ϕ)] = √& + ' [sen(ωnt + ϕ)] = Xsen(ωnt+ϕ)
$
K k kxst
Xst PE
m P=mg
F F = kx
F2
F1
x1 x2
Exemplo: Um bloco ao ser acoplado em uma mola produz deformação estática de 0,5 cm.
Sendo a massa do bloco 2,0 kg, qual a rigidez da mola e a energia potencial armazenada?
J = Joule: Unidade de trabalho, energia. Equivale ao trabalho produzido por uma força de 1 N
para deslocar seu ponto de aplicação em 1 m.
Considere o bloco oscilando, deslocado x da posição de equilíbrio (PE). Da figura (c) acima,
temos:
k k(xst + x)
PE
m x
Esta equação (1) é uma equação diferencial de segunda ordem, linear e homegênea. É a
equação fundamental no estudo em vibrações para a determinação da frequência natural.
A solução da equação (1) é da forma: x(t) = Xcos (ωnt). Lembrando que cosu = -senudu
( )= -Xsen.ωn
= -Xωn.sen(ωnt)
(t) = -Xωn.cos.ωn
= -Xωn2.cos(ωnt)
0 0
-m ωn2 = k, portanto, ωn2 = , ou, ωn = # [rad/s], onde m = massa [kg]
Transformação de unidades:
345$ 345$
ωn[rad/s].
2
A frequência também pode ser escrita como: ωn = #
8
96:
8
2
ωn = k/m = cancelando P e rearranjando comprova-se.
;
DCL
Θ L θ T
S m
P.E. mgsenθ Θ P = mg
P = peso da esfera
mgsenθ: força restauradora tangente à trajetória; equivale à força de mola (-kx) no sistema
massa mola.
A frequência natural de oscilação é dada pela raiz do termo que multiplica o deslocamento θ.
2
ωn = #
>
Devido ao momento torçor (M) aplicado, haverá o torque restaurador (T) atuando no eixo. Da
condição de equilíbrio (∑ ?=0), M = - T ou M + T = 0.
0
A equação M + T =0 fica: I+kθ = 0 dividindo por I: +
@
θ=0
ωn = #
0
@
F = Força (carga)
x = deformação
L = comprimento
A>B
Da Resistência dos Materiais: x = CD@
1
E = módulo de elasticidade ou de Young [$]
A>B
Da Resistência dos Materiais: x = IJD@
IJD@ IJD@ 1
>B >B
Isolando F: F = x, portanto, k = [ ]
A.>
L x = .D
Isolando F,
.D .D
> >
X F= x, portanto k =
A, E F
Isolando T,
.L .L 1.
> > MN
L T= θ , portanto k = [ ]
K 1.
O MN
Θ T = kθ, k = [ ]
Θ: ângulo de torção,
1
G : módulo de elasticidade transversal. Gaço = 80.109 [$]
H
C
J = momento de inércia polar. J =
Mola helicoidal
H 1
JPB
k= [ ]
d = diâmetro do arame
N = número de espiras.
Paralelo: molas estão em paralelo quando a deformação de uma única mola já representa a
deformação do sistema.
k1 k2 k1 k2 k1x k2x
k1 . k1
k2 x1
xtotal k2
F x2
A A A A 0
.0
Q Q
A( S ) 0
S0
Xtotal = x1 + x2, x1 = 0
x2 = 0 , k = , k = , keq =
RQ R$
0
.0.0C
(0
.0)S(0
.0C)S(0.0C)
Se forem 3 molas: keq =
Considere uma barra rígida com massa desprezível articulada em uma extremidade, e uma
massa localizada na outra sendo suportada por uma mola. Queremos encontrar uma mola
equivalente localizada na esfera.
k1 x1 x
a1 a1 P (peso)
L L
N
. 0
.N
$
> >$
Keq.x.L = k1. .a1 , rearranjando, keq =
a1 k1 k2
a2
Keq.x.L = k1.x1.a1 + k2.x2.a2 , θ~ > = N
= N , representando x1 e x2 em x:
N
N
> >
x1 = , x2 =
0
N
$ S0N$ S0CNC$
>$
Na mesma lógica, se forem consideradas três molas: keq =
0U
L keq ωn = #
A B x Fx = Fkcosα, Fx = keqx
α α
Fk = k.xk
Xk =xcosα
α ~V
B x
A 0U.
W W
Substituindo (b) e (c) em (a): = k.xcosα, = k.x.cosα, keq = k(cosα)2
m, k k m k
Quando várias massas estão associadas podemos substituí-las por uma única massa
equivalente. Considere uma barra rígida e de massa desprezível e articulada em “O”, com 3
massas acopladas, e queremos determinar a massa equivalente expressa na mola. Considere
também o sistema oscilando em torno da articulação e escrevendo a expressão de energia
cinética.
m1 m2 m3 θ 1 2 3
“O”
K L1
L1 L2
L2 L3
L3
A expressão de energia cinética do sistema é dada pela soma da energia cinética de cada
massa.
$ >$$
$ >$B
>$Q >$Q
½ meqveq = ½ m1v12 + ½ m2 ( ) + ½ m3 ( )
meq
0
ωn = #
U
k
m1 m2 m3
L1 k
L2
L3
C
v1 = 1 = > .L1 , v3 = 3 = >. L3
>
> >C
Pela semelhança de triângulos: = = ,
meq
0
k ωn = #U
meq
0
ωn = #
U
k
>
>
meq = m1 (>C)2 + m2 (>C)2 + m3
Considerou-se até agora que o elemento elástico (mola) só possua rigidez (1.2.1), ou seja,
massa desprezível e toda a massa do sistema esteja considerada no bloco. Entretanto, em
muitos casos práticos essa hipótese pode não ser válida e há necessidade de se levar em
consideração a massa do elemento elástico, estimando melhor a frequência natural de
oscilação.
0
m = massa concentrada = massa do bloco. ωn = #
Sistema massa mola com massa da mola considerada. Massa efetiva (mef.)
L: comprimento da mola,
> Z
T = ½ M 2(t) + ½ [\ (>)2 2(t)μ dζ
ZB
T = ½ M 2(t) + ½ μ 2(t) C>$ 0
L
>B
T = ½ M 2(t) + ½ μ 2(t) C>$ , cancelando o termo L
]>
T = ½ M 2(t) + ½
C
2(t)
]>
T = ½ (M+ C ) 2(t)
μL = m = massa da mola
A massa efetiva do sistema fica: mef = M + C , implicando que a mola contribui em 1/3 de sua
massa para a inércia do sistema.
0
A frequência natural do sistema: ωn = #
^S/C
IJD@
ωn = #
>B
IJD@
ωn = #
\,IJab>B
mef = 0,4857.m
Barra com massa considerada (m) mais massa adicionada (M), (mef)
IJD@
ωn = #
(^S\,IJab)>B
mef = M + 0,4857.m
CD@
ωn = #
>B
CD@
ωn = #
\,Cc>B
mef = 0,236.m
Barra em balanço com massa considerada mais massa adicionada (M), (mef)
CD@
mef = M + 0,236.m ωn = #(^S\,Cc)>B
Considere uma barra de aço bi-apoiada de comprimento 1,2 metros, seção transversal
retangular onde h/b = 0,5, sendo b = 5,0 cm. Determinar a frequência natural de vibração
L = comprimento = 1,2 m
h = altura = 0,025 m
b = base = 0,050 m
d.eB
= 6,51.10-8 [m4]
Momento de inércia de área (I) I =
Em análise no contínuo para a vibração lateral em vigas, a expressão para a solução exata é da
forma:
$ .$ D@
ωn = >$
.# ]
,b
,
μ = massa por unidade de comprimento. μ = = 9,75[kg/L]
n = termo para definir a frequência natural. 1ª frequência n=1, 2ª frequência n=2, e assim por
diante.
vf = velocidade final,
v0 = velocidade inicial,
a = aceleração,
∆S = deslocamento
$ k\$
∆l
Isolando o termo aceleração: a =
$ k\$
F = ma = ∆l
.∆<, cancelando o termo ∆< e fazendo v0 = 0
∆m = mv2
mi • ω
riG riG • mi
G• G• vG vi
vi = velocidade da partícula i,
A expressão de energia cinética do corpo todo é dada pela soma das energias cinéticas de cada
partícula (i) que compõe o corpo. T = ½ ∑op
,n vi2 .
Dado que o corpo descreve movimentos de translação e rotação girando em torno de G, então
a velocidade da partícula pode ser definida pela equação de velocidade relativa vi = vG + viG.
Podemos então escrever a expressão de energia cinética para o corpo todo:
Energia cinética de rotação: T = ½ ∑op
,n viG2, mas viG = ω.riG, viG2 = ω2.riG2 . A velocidade
angular é constante para o corpo todo, portanto, T = ½ ω2 ∑op
,nqiG2
A somatória representa o momento de inércia de massa do corpo, I = ∑op ,n rIG2 ,ou, T = ½ Iω2
A somatória representa a soma de todas as massas (i) do corpo em relação ao centro de massa
G, as quais são expressas pelos vetores posição (riG). O termo ∑op
,n riG é chamado momento
estático de superfície e, em relação ao centro de massa é zero, portanto:
T = ½ ∑op ,n (2vG.viG) = 0
Considere o bloco deslocado uma medida x de sua posição inicial (1) até a posição final (2)
K (1)
F isolando o bloco kx F
O trabalho (força x deslocamento) realizado pela força entre as posições (1) e (2) será:
Γ = [
)r = [
sr = ½ kx22 – ½ kx12 = ½ kx2
T = mgx
mg T = -mgx
Acima do PR: o bloco possui energia potencial gravitacional positiva pois a força peso realiza
trabalho positivo ao mover o bloco em direção ao PR. Quando o bloco está localizado a uma
distância x abaixo do PR, a força para mover o bloco até à PR realiza trabalho negativo. A
energia potencial torna-se negativa.
PE
xst x
Considere uma barra isotrópica e homogênea de massa 3,0 kg em equilíbrio, comprimento (L)
1,5 metros, articulada em “O” e suspensa por uma mola como indica a figura. Inicialmente a
mola está indeformada, porém, quando a barra é acoplada, ela sofre deformação estática de
1,0 cm permanecendo em equilíbrio estático. Ao aplicarmos um deslocamento na barra e
soltarmos ela oscila passando sucessivamente pela posição de equilíbrio, e queremos
determinar a frequência de oscilação.
O PE
1,0 m 0,5 m
O deslocamento do centro de massa (G) da barra não coincide com a deformação da mola,
portanto, necessitamos dos momentos das forças decorrentes na PE pois essa é a condição
estática. Fazendo o diagrama de corpo rígido:
O G kxst
PE
P=mg
θ G k
SG SK
0,75m 0,25m
O
= = α, aceleração angular [rad/s2]
Energia cinética do sistema: a barra com massa distribuída gira em torno da articulação “O”
devemos portanto considerar a translação do centro de massa e a rotação da barra.
T = ½ m.vG2 + ½ I.ω2
Energia potencial do sistema: Levamos em conta as duas expressões de energia potencial, uma
em função da translação do centro de massa e outra em função da distensão da mola
considerando seu alongamento total.
V = ½ kX2 - mgSG
K t
= 0, lembrando que: dun= nun-1du
+
massa mola, pêndulo simples e de torção, dividimos a expressão acima por 2,25 :
Tal como já visto na solução para encontrarmos a frequência natural de oscilação no sistema
+ 981θ = 0
“O” θ G k
0,75 m 0,25m
∑ ?0 + I = 0
Fi 0,75 + FK.1 + I = 0
+ 981θ = 0
As duas forças, de inércia e de mola, causam momentos no mesmo sentido pois a barra
deslocando-se em um sentido provoca a força de mola em sentido oposto pela restauração, e
a aceleração está defasada em 1800 do deslocamento.
Esse amortecimento pode estar relacionado com o atrito, resistência do ar, viscosidade de um
fluido, etc. O caso de maior importância e o que nos interessa aqui está relacionado com o
amortecimento viscoso, o qual expressa a resistência de um fluido ao deslocamento de um
corpo, e desta resistência origina a força de amortecimento onde se admite que a resistência
viscosa é proporcional à velocidade. Fa = Cv.
v: velocidade [m/s]
K C
M PE kx C
x+ x m
Na condição dinâmica, a equação que nos rege é a segunda lei de Newton: ∑ )=ma
A solução desta equação é encontrada utilizando a notação complexa x(t) = est que é uma
expressão de deslocamento, pois as amplitudes sucessivas decorrentes já não são mais iguais,
e diminuem exponencialmente ao decorrer do tempo, decaimento exponencial. No termo s
encerra-se os tipos de amortecimento.
w 0
Dividindo-se a expressão (3) por m: + + x = 0 ........................................................ (3.1)
x(t) = est , (t) = s est, (t) = s2est substituindo esses termos na expressão (3.1) e cancelando
o termo est obtemos
Esta equação é chamada equação característica, polinômio de segundo grau, e possui duas
raízes encontradas ao aplicarmos Báscara.
S1,2 = - ± #xy − ....................................................................................... (3.2)
w w 0
Inserindo a expressão (3.2) em (3.3) obtemos a expressão geral para o movimento do sistema
amortecido:
[- + #xy − ]t [- - #xy − ]t
w w 0 w w 0
+ #xy − t - #xy −
w w 0 w 0
- t
w 2 0
)
Quando o termo ( for maior que , os expoentes dessas equações serão números reais e
não haverá oscilação. O movimento simplesmente retorna à posição de equilíbrio pois é
dominado pelo termo de amortecimento (C). Este caso é chamado superamortecido, e como
exemplo pode-se citar os mecanismos de refluxo como os fechadores automáticos de portas.
w 0
Quando o termo ()2 for igual a
, o radical das equações (3.4) e/ou (3.5) torna-se zero, e o
movimento retorna à posição de equilíbrio em um tempo menor que o caso superamortecido,
não havendo oscilação. Este caso é chamado amortecido criticamente. Este tipo de
amortecimento é utilizado no projeto de um sistema que necessita de retorno rápido sem
oscilação, exemplo, retorno de um cano de canhão após o tiro.
w 0
Quando o termo ()2 for menor que
, o expoente das equações (3.4) e/ou (3.5) torna-se
um número imaginário, e o movimento decorrente será chamado subamortecido. O sistema
oscila até que o movimento cesse após um intervalo de tempo, e esse é o caso mais comum de
amortecimento. Os gráficos abaixo representam esses movimentos.
w 0 w $ 0
= # = ωn, portanto, Cc = 2mωn,
I$
= , portanto, Cc = 2√,s
x(t) = Ae + Be
Tal como já dito no item condições de amortecimento, para que o radical da expressão acima
seja positivo o fator de amortecimento (ξ) deve ser maior que 1. Então:
Para que o radical da expressão acima seja zero, o fator de amortecimento deve ser igual a 1,0.
Então:
Na mesma análise, para que o radical da expressão acima seja um número negativo, o fator de
amortecimento deve ser menor que 1,0. Então:
Para o caso amortecido criticamente (ξ = 1), a expressão (3.8) pode ser reescrita;
Determinação de C2
Reescrevendo:
Considerando Euler: e = cosθ ±isenθ, o termo entre parêntesis pode ser escrito:
iθ
-ξωnt
x(t) = e [A(cosωat + isenωat) + B(cosωat – isenωat)]
Note que há semelhanças entre as expressões (1.1) visto em oscilações harmônicas onde o
sistema é conservativo e as amplitudes são constantes, e a expressão (3.12) acima a qual
representa o movimento do sistema subamortecido, em que a oscilação ocorre passando pela
posição de equilíbrio e cada amplitude diminui sucessivamente em relação à anterior. Essas
amplitudes decaem exponencialmente no tempo sendo representada pelo termo exponencial
da equação.
(t) = -ξωne
-ξωnt
[B’cosωat + A’senωat] + e-ξωnt [-B’ωasenωat + A’ωacosωat]
A’ = [. (0) + ξωn.x(0)]/ωa
x(t) = [7 + 42t]e-ωnt
x(t) = Ae + Be
os expoentes ficam:
x(0) = 7 = A + B, A=7–B
Fazendo t = 0,
-1,6A -22,4B = 0
ωa = 1 − { ωn = 5,97 [rad/s]
x(0) = B’ = 7,0 cm
Para o caso sub amortecido, as amplitudes máximas X0, X1, X2,...Xn, Xn+1 correspondem aos
deslocamentos máximos sucessivos do sistema. Queremos provar que o logaritmo natural (ln)
entre duas amplitudes máximas sucessivas equivale a:
Q
k $
ln = =
X0 X1 ... Xn Xn+1
t0 t1 tn tn+1
A equação que rege o comportamento de um sistema sub amortecido também pode ser
escrita na forma:
Para um tempo tn, a amplitude máxima correspondente será Xn, onde Xn = Xe-ξωntn
g: -ξ ωn(tn-tn+1) 4
= eξωn(tn+1 – tn) , lembrando: = ea-b
S
g:
Q = e
=
= eξωn(2π/ωa) , portanto, ln
S
S
N
= ξωn
Podemos escrever:
ln
k $
=
Q
A razão entre duas amplitudes defasadas κ (kapa) ciclos pode ser escrita:
\
=
= = ... , de onde se obtém:
ln =
k $
a) Amplitudes sucessivas,
b) Amplitudes decorridos 4 ciclos (κ = 4)
a) considerando quaisquer amplitudes desde que sucessivas:
c,a
ln a\ = 0,223 = , 1-ξ2 = 794ξ2, ξ = 0,035
k $
a\
I
ln \,IJ = 0,223 =
k $
, ξ = 0,035
DCL
K PE k( xst + x)
x+
P + F0senωt
t = tempo.
A equação acima é uma equação diferencial linear e não homogênea, cuja solução geral
consiste na soma da solução homogênea (xc) com a solução particular (xp).
A solução homogênea é encontrada fazendo-a igual a zero (m + kx =0), cuja solução já vista é:
xc = A senωnt + Bcosωnt
0 A
A\
Xω2 + 0 X = = $, X [ - ()2 + 1] = 0 , onde:
0 0 0
- ,
R
k( )$
X= .................................................................................................................. (4.1)
R
k( )$
ou x(t) X’ sen (ωnt+ϕ) + senωt ........................................................................ (4.3)
A vibração livre é chamada estado transiente pois será amortecida no decorrer do tempo
(atrito, amortecimento estrutural), e a vibração forçada é chamada estado estacionário pois é
a vibração que permanece.
Interpretação da solução
A grandeza F0/k representa a deflexão estática ( 0) produzida pela força F0, e a razão ω /ωn é a
razão entre a frequência de excitação e a frequência natural do sistema massa-mola.
Introduzindo as notações: o = F0/k, e ω/ωn = r, a amplitude de vibração forçada pode ser
escrita:
= 0 $ = 0
kM $
k( )
k( )
X=
$
k( )
A grandeza é chamada fator de amplificação (FA), portanto, a amplitude de vibração
forçada (X) (equação 4.1), equivale ao produto entre a deflexão estática causada pela força F0
e a razão de frequências.
k( )$
kM $
FA = = ................................................................................................... (4.4)
Quando ω < ωn, ou seja, a razão de frequências é menor que 1, o fator de amplificação é
positivo, maior que a unidade. A porção de vibração livre representada pela solução
complementar (xc) cessa ao longo do tempo, e está representada pela linha tracejada da figura
(a) abaixo completando vários ciclos em um tempo requerido para um ciclo da vibração
forçada.
fig(b)
Exemplo de aplicação
Para um sistema forçado não amortecido são dados: k=2500 N/m, m= 5 kg, Fo = 20 N, ω = 18
rad/s. As condições iniciais são: x(0) = 0,01 m e (0) = 1 m/s. Determinar:
a\\
a) ωn = # = 0,805 < √2, portanto X será maior que 0 = 0,008 m
a
= 22,36 rad/s,
\,\\J
X = \,Ca
i = 0,0227 m = 2,27 cm em módulo
R
k( )$
b) x(t) X’ sen (ωnt+ϕ) + senωt
\,\
x(t) para t = 0, x(0)= 0,01 = X’senϕ , X’ =
= 2,643 ϕ = tg-1 0,377, ϕ=20,720
X’ = 0.01/0,3538 = 0,02825 m
Quando ω = ωn, as expressões (4.1) e (4.4) indicam que tanto a amplitude da vibração forçada
quanto o fator de amplificação são infinitos. Esta condição é chamada ressonância expressa no
gráfico abaixo:
FA
0 1 2 ω/ωn
-1
-2
A\
0= senωt, concluindo que a solução tomada não é válida para ω = ωn
p = Xcosωt – Xtωsenωt
A\ A\ A\/0
$
-2Xω = isolando X: X=- (÷k e ω=ωn) , X = - , cancelando ω, X = -
\
tcosωt
xp = -
\
A solução geral fica: x(t) = X sen(ωt +ϕ) - tcos ωt
A expressão mostra que a resposta na ressonância é uma função senoidal com a amplitude
crescendo linearmente no tempo teoricamente tendendo ao infinito, na realidade cresce até a
falha da mola. O gráfico mostra o comportamento.
Exemplo de aplicação
Um sistema de massa 2 kg, mola 650 N/m, excitado pela força de 5 N está em ressonância.
Determinar as amplitudes da vibração forçada considerando: 0,5 ciclo, 1,5 ciclos e 3 ciclos.
\
xp = - tcosωt
ca\
ω=#
= 18,02 rad/s
xp = -69,28tcos18,02t mm
T = 2π/ω = 0,348 s, ½ T = 0,174 s, 1,5 ciclos = 0,522 s, 2,5 ciclos (2,5.T) = 0,87 s
AK
k( )$
TR = = A\ TR é uma relação percentual (%)
FT = força transmitida
F0 = força de excitação
Quando < √2, TR > 1. A amplitude da força transmitida ao suporte é maior que a amplitude
da força excitadora. Ocorre amplificação.
Quando
= √2, TR = 1. A amplitude da força transmitida ao suporte é igual à amplitude da
força excitadora.
> √2, TR < 1. A amplitude da força transmitida ao suporte é menor que a
Quando
amplitude da força excitadora.
K C
M PE kx C
x+ x m
F = F0senωt
Na condição dinâmica, a equação que nos rege é a segunda lei de Newton: ∑ )=ma, podemos
escrever
Força de inércia (m ) + força de amortecimento (C ) + força de mola (kx) = Força impressa (F0)
ϕ =ângulo de fase.
F0 CωX F0 CωX
ωt ϕ kX ϕ (k-mω2)X
$
R
F$
k( )$
-1
=
k
ϕ = tg
R
O fator de amplificação (FA) definido como a razão entre a amplitude de vibração forçada e a
deformação causada pela força F0 como já visto.
A\
F0.k = 0 ∴ 0 = 0
0
FA = A = H(ω) =
#[
k()$ ]$ S[ ]$
Vemos que tanto a amplitude(X) quanto o fator de amplificação (FA) dependem da razão de
frequências ω/ωn
FA, H(ω)
M F0senωnt
k/2 C k/2
Fundação, Base
mω2X
F0 Ft CωX
ωnt ϕ kX
w
Ft = (s) + (|) = kX #1 + ( 0 ) = kX #1 + (2{ )
$ $
A\#
S( )
Ft =
$ $ $ $
#[
k( ) ] S[ ]
A
A transmissibilidade (TR) é definida como TR = A\
$ $
#
S( )
$ $ $ $
TR =
#[
k( ) ] S[ ]
Quando < √2 , o amortecimento contribui para limitar a amplificação
Quando > √2 , o amortecimento não contribui na limitação da amplificação, e o melhor
isolamento é conseguido eliminando-o ( ξ = 0)
Em muitos casos, o sistema dinâmico é excitado pelo movimento da fundação e não pela força
excitadora. Chamando de y o movimento do suporte e x o deslocamento do bloco a partir da
PE.
k/2 k/2 y
ω = frequência do deslocamento
A expressão (5.7) é análoga à expressão (5.1) onde F0 = mrω2 que é a expressão para se
determinar a força desbalanceadora, portanto, mrω2 mYω2
$
(0k$ )$ S(w)$
Z= dividindo por k e inserindo ξ
$ $
( )
k( )$
Z= -1
=
ϕ = tg
#[
k()$ ]$ S[ ]$
$ $
#
S( )
A
= A\
$ $
TR =
#[
k( )$ ]$ S[ ]
$ $
#
S( )
A
= A\
$ $ $ $
Ft = kY
#[
k( ) ] S[ ]
$ $
#
S( )
=
$ $ $ $
#[
k( ) ] S[ ]
Considere um sistema massa-mola com dois graus de liberdade, queremos escrever a equação
diferencial do movimento
m1 m2
k1 x1+ k2 x2+ k3
m1 m2
Agrupando as expressões
xQ y =
,1 0 s1 + s2 −s2 \
x Q y +
0 ,2 $ −s2 s2 + s3 $ \
Para um sistema não amortecido com dois ou mais graus de liberdade, a equação diferencial
do movimento expressa na forma matricial fica:
[K] = matriz de rigidez cheia (2gl), de banda (3 ou mais gl), real, simétrica
Para obtermos os auto valores (λ), pré multiplicamos a equação (6.1) pela inversa da matriz de
massa [M]-1
A partir do determinante | − ¡¢| =0, as raízes (λi) da equação característica são denominadas
auto valores, e as frequências naturais são encontradas por ωn = √¡ , sempre dispostas em
ordem crescente, e a menor frequência é chamada frequência fundamental. Pela substituição
dos λi na equação (6.4), obtém-se os auto vetores (U), os quais definem os perfis dos modos de
vibrar.
0,4 0 ,11 0
[M] = =
0 0,8 0 ,22
60 −30 s11 s12
[K] = =
−30 60 s21 s22
Quando uma é matriz é diagonal, sua inversa é 1 sobre (dividindo) os termos da diagonal
1/0,4 0
[M]-1 = ¤ ¥
0 1/0,8
150 −75
[D] = [M]-1.[K] = ¤ ¥
−37,5 75
150 − ¡ −75
¨ ¨ =0
−37,5 75 − ¡
λ2 - 225λ + 8437,5 = 0 , as raízes serão
kd±√d$ kIN
λ1,2 = λ1 = 47,5 ∴ ωn1 =6,9 rad/s
N
Modos de vibrar
Plotando os modos
1,000 1,366
1,000
- 0,366
m1 m2
1,000 1,366
1,000 - 0,366
A ortogonalidade dos modos de vibrar dá-se pelas relações matriciais que satisfazem a
condição de que cada modo seja independente de outro.
(U1)T [M](U2) = 0
(U1)T [K](U2) = 0
0,4 0
(1,000 1,366) x
,\\\ y = 0
0 0,8 k\,Ccc
60 −30
,\\\
(1,000 1,366) x y=0
−30 60 k\,Ccc
CG CG
® a ®
k1 k2 θ θL1 b x
k1 θL2
L1 L2 L1 L2 k2
x = translação, θ = rotação
Translação em relação ao ao CG
Rotação em torno do CG
, 0 s1 + s2 −s1ª1 + s2ª2
+ =0
0 ¢ O −s1ª1 + s2ª2 s1ª1 +s2ª2 O
O motor elétrico de peso 150 N está apoiado sobre 4 molas iguais cada uma com rigidez k =
4000 N/m. O raio de giração (rG) em relação ao eixo de rotação é 0,15 m, a velocidade de
rotação (n) é 3500 rpm, e a distância das molas em relação ao CG é 0,18 m. (O rotor sendo
visto como um cilindro). Determinar as frequências naturais do sistema.
k1 k2
L1 L2
a\
c\\\
kt = 16000 N/m, k1 = k2 = 8000 N/m, m = i,J
= 15,29 kg, ωn = #
a,i = 32,3 [rad/s]
, 0 15,29 0
Matriz de massa e inércia: =¤ ¥
0 ¢ 0 0,344
[D] = [M,I]-1.[K’]
| − ¡¢| = 0
1046,4 − ¡ 0
=0
0 1507 − ¡
Resolvendo
O sistema é chamado semidefinido quando duas massas estão ligadas por uma mola, por
exemplo, dois vagões acoplados, um caminhão com um reboque, um eixo com duas polias,
etc.
x1+ k x2+
m1 m2
deslocando o bloco 1
kx1 kx2
m1 m2
deslocando o bloco 2
kx1 kx2
m1 m2
na forma matricial
,1 0
x Qy + = 0
s −s
0 ,2 $ −s s
[M]( ) + [k](x) = 0
¤s − | ,1 −s ¥ =0
©
−s s − | ,2 ©
(6.5)
Exemplo de aplicação
c\(ISI)
ω=# I.I
= 5,477 rad/s
Uma das frequências naturais é zero (ωn1 = 0) significando que não está oscilando, ou seja, não
há movimento relativo entre os blocos. O sistema move-se como um corpo rígido.
A segunda frequência indica que os deslocamentos das massas estão em oposição de fase.
Movem-se em sentidos opostos (1800).
Substituindo ωn1 (0) na 1ª linha da equação (6.5) a razão entre os modos será:
60 −60 «1
x«2y = 0
©
©
60U1 – 60U2 = 0 =1
Substituindo ωn2 (5,477) na 1ª linha da equação (6.5) a razão entre os modos será:
−60 −60 ©
© = 0
©
©
-60U1 – 60U2 = 0 =-1
I1 I2
MT1 MT2
θ1 θ2
ω1 = 0
ω2 = #
0(@
S@)
@
.@
Uma máquina operando em uma frequência de excitação próxima à sua frequência natural,
são induzidas grandes vibrações. Pode-se reduzir essas vibrações pela utilização de um
absorvedor de vibração com o objetivo de neutraliza-la, o qual é simplesmente um outro
sistema massa mola. Projeta-se o absorvedor de forma que as frequências naturais da
máquina fique longe da frequência de excitação.
F0senωt
M1 x1
k2
k1/2 m2 x2 k1/2
K1 x1+ k2 x2+
M1 m2
F0senωt
k1x1 M1 m2
F0senωt
Deslocando o bloco 2
k2x1 k2x2
M1 m2
Rearranjando as equações
xi = Xi senωt
Na forma matricial
Esta é uma equação algébrica não homogênea que pode ser resolvida para as amplitudes em
regime permanente (X1 e X2) das massa M1 e m2 por Cramer, onde:
P
P
. .
X1 = e X2 =
Reescrevendo as amplitudes
A(0k$ )
(0
S0k^
$ )(0k$ )k0$
X1 = ......................................................................... (6.6)
A0
(0
S0k^
$ )(0k$ )k0$
X2 = = ....................................................................... (6.7)
Considerações: nosso interesse é reduzir a amplitude X1 da máquina M1. Para que a amplitude
de M1 seja zero, o numerador da equação (6.6) deve ser zero, portanto,
0$
$
k2 – m2ω2 = 0, ω2 = onde ω = frequência de excitação
0Q
^Q
ω2 = ωn12 = onde ωn12 = frequência natural da máquina ou sistema principal
0$
$
frequência natural do absorvedor: ωn22 =
A
0 =
0Q
(relativo ao sistema principal), as expressões (6.6) e (6.7) podem ser rearranjadas,
dividindo pelos k(s) equivalentes para expressar as frequências naturais do sistema
$
Q )
k(
$
R$ $ $ R$
[
S k( ) ][
kx ) k
= .............................................................................. (6.8)
RQ Q $ RQ
$
R$ $ $ R$
[
S k( ) ][
kx ) k
= .............................................................................. (6.9)
RQ Q $ RQ
Da expressão (6.8), a amplitude X1 da massa M1 será zero quando 1 − () = 0. Isto ocorre
quando a frequência de aplicação da força (ω) for a mesma da frequência natural do
absorvedor (ωn2).
0$
0Q
Da expressão (6.9) quando ω = ωn2, o denominador torna-se - . A expressão (6.9) fica:
$
k0Q A A
R mas \ = ∴ X2 =
k $ 0$ 0Q 0$
= , X2 = , - .............................................
RQ
(6.10)
Análise: com a massa principal (M1) estacionária (X1 = 0), a massa do absorvedor (m2) em
movimento gera uma força F = -F0 senωt igual e oposta à força externa, significando que o
absorvedor absorve a energia de entrada do sistema.
Nossas análises estão sendo feitas sobre um sistema com dois graus de liberdade, portanto,
surgirão duas frequências naturais no sistema que o levarão à ressonância. Igualando o
denominador da equação (6.8) a zero, podemos escrever,
0 0
[1+ 0$ – ( )2][1-( )2] - 0$ = 0
Q Q $ Q
Dado que nos interessa o estudo na ressonância, ωn1 = ωn2. Expandindo e aplicando a
distributiva,
0 0 0
1 – ( )2 + 0$ - 0$ ( )2 – ( )2 + ( )4 - 0$ = 0
$ Q Q $ Q $ Q
Fazendo as considerações:
0$ 0$ $ ^Q $ $ 2
0Q $ ^Q 0Q ^
Q
= = ( )
0$ $ 2
0Q Q
=μ( )
2 $ 2 2 2 4
) ( )
$ Q $ Q $
1–( ) –μ( –( ) +( ) = 0, cancelando ωn2
2 2 2 4
$ Q Q $
1–( ) –μ( ) –( ) +( ) =0
2
Simplificando, fazendo r =( )
r2 – 2r – μr + 1 = 0
(S])±(S])$ kI
r1,2 = ......................................................................................... (6.12)
Exemplo de aplicação
Um motor de peso 4000 N é posto para funcionar, e sua velocidade de trabalho é 3500 rpm.
Constatou-se que, em funcionamento, apresentou um comportamento de muita vibração, e a
solução encontrada é acoplar um absorvedor com a característica de que sua amplitude não
ultrapasse 4 mm. Projeta-lo, sendo que a força de excitação atuante no motor é 250 N.
F0 = 250 N
Da expressão (6.10)
A
X2 ≤ 0,004 =
0$
a\
\,\\I
k2 = = 62500 [N/m]
0$ ca\\
$ Ccc,a$
ωn22 = ω2 = , m2 = = 0,465 [kg]
r1 = 1,0343
r2 = 0,9668
Q $
Sendo r1 = e r2 =
Ω1 = 379 [rad/s]
Ω2 = 354,3 [rad/s]
Fig 1
ω CΞO
A • B z
X e = excentricidade
G •
Fc = meω2
O sistema girando com velocidade angular ω faz surgir uma força centrífuga Fc, onde Fc =
meω2, provocando flexão no eixo. Essa força pode ser decomposta em duas sendo uma no
plano vertical (y-y) e outra no plano horizontal (x-x) fazendo com que o disco execute
vibrações simultâneas nos planos vertical e horizontal, figura (2).
Fig 2
FYY
x FXX
O termo rodopio, em ingles “whirling”, é definido como a rotação do plano formado pelo eixo
curvado e a reta que passa pelo centro dos mancais, ou seja, é a órbita descrita em torno da
linha indeformada que passa pelo centro dos mancais (z). Uma boa visualização física seria de
olharmos no mesmo eixo um ventilador de teto desbalanceado, e perceberemos duas
rotações ou dois comportamentos: um deles é a rotação do eixo, outro será o rodopio.
fig 3
eixo defletido
y_ ω linha indeformada
O kY
C y
Y+ e = OG - OC
G •
Devido a deformação do eixo, surgirá neste uma força restauradora F = kY. Para a condição de
equilíbrio dinâmico, podemos escrever:
kY – myω2 = meω2, ou, (k-mω2)y = meω2, ÷m, obtemos: (ωn2 – ω2)y = eω2 , isolando y:
$
$ k$
y= .................................................................................................................... 7.1
1
a) Para ω << ωn, ou ω ≅ 0, a deflexão do eixo é praticamente zero (y ≅ 0), eq. 7.1. Da
equação 7.2, a igualdade se manifesta quando o termo y à esquerda da igualdade for
≅ 0, dado que ω e e são constantes.
b) Aumentando-se a rotação do eixo, porém ω < ωn, temos da equação 7.1 que y é
positivo. Para que a igualdade da equação 7.2 se manifeste, o termo (y+e) deverá ser
maior que o termo y à esquerda da igualdade. Esta condição está representada na
figura 3 onde G está fora do plano, distante e.
A reta C-G está defasada 900 em relação a O-C, sendo que e = 0 pois é uma grandeza tomada
em relação ao eixo y –y, φ = , e = OG – OC, sendo OG = OC, tomado em relação a y –y. A
grandeza e estará em x, perpendicular ao eixo y -y
Fig 5
A linha indeformada
O •
y y B
C+ z
G • φ eixo defletido
Fig 6
A linha indeformada
O •
y G • B
+ C z
φ eixo defletido
Fig 7
A linha indeformada
G, O • O Ξ G
y B
φ + C z
eixo defletido
Um eixo suporta um disco de massa 26 kg com excentricidade (e) de 0,25 cm e o conjunto gira
com 1200 rpm. Sendo a rigidez do eixo 2.105 N/m e seu fator de amortecimento 0,1,
determinar:
0
= 125,66 rad/s, ωn = # = 87,7 rad/s, r =
c\
ω = 2π = 1,4328, portanto, X = 0,47 cm.
2) Na ressonância, = 1, a expressão de amplitude fica:
X= = 1,25 cm
Den Hartog, J. P. Vibrações nos sistemas mecânicos. São Paulo: Edgard Blücher, 1972.