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3
1.1 . FORÇA................................................................................................................................. 3
1.1.1. CONCEITO:................................................................................................................... 3
1.1.2. UNIDADES ................................................................................................................... 4
1.1.3. CARACTERÍSTICAS DAS FORÇAS .......................................................................... 4
1.1.4. CLASSIFICAÇÃO DAS FORÇAS ............................................................................... 6
1.1.5. Regra da mão direita: ..................................................................................................... 7
1.1.6. VECTORES ................................................................................................................... 8
1.2. CONVENCÕES DE SINAL PARA OS ESFORÇOS INTERIORES ................................. 8
1.3. DIAGRAMAS DO ESFORÇOS INTERIORES NUME ESTRUTURA ............................. 8
1.3.1. EQUILIBRIO DE FORÇAS .......................................................................................... 8
1.3.2 CÁLCULO DAS REAÇÕES .......................................................................................... 8
2. TRELIÇAS ISOSTÁTICAS ...................................................................................................... 14
2.1. DEFINIÇÃO: ...................................................................................................................... 14
2.2. TRELIÇAS PLANAS ......................................................................................................... 15
2.2.1. Solicitações Internas ..................................................................................................... 15
2.2.2. Rótulas .......................................................................................................................... 16
2.2.3. Classificação da estaticidade de uma treliça ................................................................ 18
2.2.4. Classificação da treliça quanto à lei de formação ........................................................ 18
2.3. MÉTODO DE RESOLUÇÃO DAS TRELIÇAS ISOSTÁTICAS SIMPLES ................... 20
2.3.1. Cálculo dos esforços normais nas barras pelo método dos nós.................................... 20
2.3.2. Cálculo dos esforços normais usando o método de Ritter ou método das seções. ....... 27
2.4. Diagramas de forças cortante e axial e do momento fletor ................................................. 30
2.5. EXERCÍCIOS ..................................................................................................................... 44
3. CABOS....................................................................................................................................... 46
3.1. Generalidades ...................................................................................................................... 46
3.2. Hipóteses ............................................................................................................................. 47
3.3 Cargas ................................................................................................................................... 48
3.4. Apoios ................................................................................................................................. 48
3.5. Cabos com apoios em nível e carga uniformemente distribuída por unidade de
comprimento de projeção do cabo. ............................................................................................ 49
3.5.1. Cálculo das reações ...................................................................................................... 49
3.5.2. Cálculo da componente horizontal das reações............................................................ 50
3.5.3. Equação do cabo........................................................................................................... 51
3.5.4. Força de tração máxima no cabo .................................................................................. 52
3.6. Exercícios ........................................................................................................................ 53
4. PRINCIPIOS DOS TRABALHOS VIRTUAIS ........................................................................ 54
5. GEOMETRIA DAS MASSAS .................................................................................................. 54
5.1. ASPECTOS GERAIS ......................................................................................................... 54
5.2. MOMENTOS ESTÁTICOS E BARICENTRICOS DE SUPERFÍCIES PLANAS.
.................................................................................................................................................... 54
5.2.1. INTRODUÇÃO: .......................................................................................................... 54
5.2.2. CONCEITO .................................................................................................................. 55
5.2.3. SUPERFÍCIES FORMADAS POR ELEMENTOS CONHECIDOS.......................... 56
5.3. MOMENTOS DE INÉRCIA .............................................................................................. 59
5.3.1. MOMENTO DE INÉRCIA DE MASSA..................................................................... 59
5.3.2. MOMENTO DE INÉRCIA DE SUPERFÍCIES PLANAS ......................................... 60
5.4. EIXOS E MOMENTOS PRINCIPAIS CENTRAIS DE INÉRCIA ................................... 62
5.5. DETERMINAÇÃO DOS MOMENTOS DE INÉRCIA .................................................... 63
5.6. TRANSLAÇÃO DE EIXOS (TEOREMA DE STEINER) ................................................ 64
5.7. ROTAÇÃO DE EIXOS ...................................................................................................... 65
5.7.1. SEGUNDO UMA INCLINAÇÃO QUALQUER (α) ............................................ 65
5.7.2. EIXOS E MOMENTOS PRINCIPAIS DE INÉRCIA ................................................ 66
5.8. EXERCÍCIOS: .................................................................................................................... 68
1. CONCEITOS BÁSICOS DE MECÂNICA GERAL
1.1 . FORÇA
1.1.1. CONCEITO:
Força é toda a grandeza capaz de provocar movimento, alterar o estado de
movimento ou provocar deformação em um corpo. É uma grandeza vectorial cuja
intensidade pode ser obtida pela expressão da física:
Onde:
F = força
m = massa do corpo
a = aceleração provocada
Sendo um elemento vectorial somente se caracteriza se forem conhecidos:
χ Direcção ;
χ Sentido ;
χ Módulo ou intensidade;
χ Ponto de aplicação.
Direcção : Vertical
Sentido : de cima para abaixo
Ponto de aplicação: centro de gravidade do corpo
1.1.2. UNIDADES
Existem muitas unidades representando forças. As que mais vamos utilizar são:
Quando dois corpos se encontram, toda a ação exercida por um dos corpos
cobre o outro corresponde uma reação do segundo sobre o primeiro de mesmo módulo
e direcção, mas porem com sentidos contrários, que é a 3ª lei de Newton.
Podemos observar que estas duas forças tem pontos de aplicação diferentes e
portanto causam efeitos diferentes, cada uma actuando no seu ponto de aplicação.
Exemplo:
F: a força a ser decomposta
x e y: direcções ortogonais de referência.
α: ângulo formado por F em relação a x.
Fx e Fy: componentes da força nas direcções x e y.
reações : São forças que surgem em determinados pontos de uma estrutura (vínculos
ou apoios), sendo consequência das ações portanto não são independentes, devendo
ser calculadas para se equivalerem as ações e assim preservarem o equilíbrio do
sistema.
FORÇAS INTERNAS : são aquelas que mantém unidos os pontos materiais que
formam o corpo sólido de nossa estrutura (solicitações internas). Se o corpo é
estruturalmente composto de diversas partes, as forças que mantém estas partes
unidas também são chamadas de forças internas (forças desenvolvidas em rótulas).
P1 = 30 kN
a=2m
b=4m
G = 5 kN
L=3m
a= 15º
T=?
1.1.6. VECTORES
d) Momento concentrado
a) Simplesmente apoiadas
b) Bi-engastada (fixa)
c) Engastada- Apoiada
d) Em balanço
Exemplo 1.1: Calcular as reações nos apoios da viga. Desprezar o peso da viga.
Diagrama de corpo livre (D.C.L.):
2. TRELIÇAS ISOSTÁTICAS
2.1. DEFINIÇÃO:
OBSERVAÇÕES:
Estas ligações criarão sempre pequenas restrições à livre rotação relativa das
barras nos nós, com o aparecimento de pequenos momentos nas barras.
Estudos realizados demonstram que, desde que todas as barras tenham seus
eixos no mesmo plano e que estes eixos se encontrem em um único ponto em cada nó,
os resultados reais diferem muito pouco dos resultados obtidos pela teoria que vamos
desenvolver, sendo ela válida do ponto de vista prático.
Sabe-se que uma rótula não transmite momento, apenas esforços na direcção do
eixo e perpendiculares a ele. Por outro lado, as cargas externas só estão aplicadas nos
nós. A análise do equilíbrio nos mostra que nas extremidades das barras de uma treliça
só existem esforços na direcção do eixo longitudinal da mesma e que são de mesmo
módulo, porém sentidos contrários. A existência de esforços perpendiculares ao eixo da
barra (esforço cortante) é descartada pois as barras não são carregadas ao longo de
seu eixo, e tem nas suas extremidades momentos nulos.
2.2.2. Rótulas
Vínculo interno é todo o elemento que une as partes componentes de uma estrutura.
Representação Estrutural :
Sejam:
b - número de barras n - número de nós ou rótulas
r - número de reações externas
Então, se :
2.2.4.1. Simples :
A treliça é isostática e composta quando for formada por duas treliças simples
ligadas por 3 barras não simultaneamente concorrentes ou paralelas, ou por um nó e
uma barra sendo que esta barra não concorre no nó citado..
A resolução de uma treliça composta pode recair no caso de duas treliças
simples, mediante o cálculo prévio dos esforços nos elementos de ligação, o que
permitirá isolá-las para fins de cálculo estático.
Exemplo:
2.2.4.3. Complexa:
Uma treliça complexa é classificada por exclusão, ou seja, quando não é simples
e nem composta. Observe que não podemos afirmar se ela é isostática pela simples
análise de b + r = 2 n que é uma condição necessária, mas não suficiente para garantir
a isostaticidade. O reconhecimento de sua real classificação é feito pelo método de
Henneberg.
Exemplo:
O cálculo dos esforços normais nas barras de uma treliça isostáticasimples pode
ser feito de três maneiras:
δ Método dos nós;
δ Método de Ritter ou das seções;
δ Método de Cremona.
No curso vamos nos ater aos dois primeiros métodos , já que o método de Cremona,
por serum método gráfico está em desuso com a aplicação da mecanização dos
cálculos (informática).
2.3.1. Cálculo dos esforços normais nas barras pelo método dos nós.
∑ Fx = 0 ∑ Fy = 0
(2.1)
(2.2)
(2.4)
Exemplo 2.5: Traçar os diagramas de força cortante e momento fletor para a viga
usando o método do somatório.
Trecho C-A:
força axial: P = O
Trecho A-D:
força axial: P = - 6 t
Trecho D-B:
Força axial P = 0
Trecho B-E:
Força axial P = 0
Trecho E-F:
Força axial P = 0
ROTEIRO:
1. Cálculo das reações externas (se necessário);
2. Cortar a treliça por seções de Ritter que devem:
Força cortante
A força axial P, paralela ao eixo da viga e que passa pelo centróide da seção,
deve ser introduzida na seção A-A para satisfazer a equação de equilíbrio ∑ Fx = 0.
A força axial é definida positiva ou de tração quando agir de dentro para fora da
seção e negativa ou de compressão em caso contrário.
Força axial
Momento fletor
Exemplo 2.1: Traçar os diagramas de forças cortante, força axial e de momento fletor
para a viga abaixo, sujeita à força inclinada de P = 5 t . Desprezar o peso da viga.
a - Determinar as reações de apoio.
Diagrama de corpo livre (D.C.L.):
Exemplo 2.2: Traçar os diagramas de força cortante e de momento fletor para a viga
apresentada abaixo, sujeita à uma força distribuída e a um momento concentrado.
a - Determinar as reações nos apoios (D.C.L.):
Viga ABC:
Viga EFG:
Viga ABC: Trecho AB (0 < x < 3):
Trecho BC (0 < x < 0,5):
Viga EFG:
2.5. EXERCÍCIOS
1. Respostas:
VA = - 40 Kn HA = 20 kN (←)
VB = 60 kN
R:Esforços normais:
NAB = 0
NAC = + 20 kN
NAD = + 28,28 kN
NBD = - 60 kN
NCD = - 20 kN
NCE = 0
NCF = + 28,28 KN
NEF = - 20 kN
NDF = - 40 kN
2. Respostas:
VA = 40 kN VB = 40 kN
NAC = NCD = - 136,4 kN
NAF = 132,3 kN NFD = + 47,6 kN
NFG = + 89 kN NDG = 0
NCF = + 20 Kn
3.
4. Respostas:
VA = 50 kN
HA = 60 KN(←)
VB = 50 Kn
NAH = - 70,7 kN
NAC = +110 kN
NIJ = - 160 kN
NID = - 10 kN
NCD = +160 kN
3. CABOS
3.1. Generalidades
O estudo dos cabos tem várias aplicações práticas importantes, como por
exemplo:
a) no projeto de redes de transmissão de energia elétrica (Figura 1);
FIGURA 1
FIGURA 3
3.2. Hipóteses
Como num cabbo não surgem momentos fletores também não surgem forças
cortantes, dada a relação diferencial existente entre estes dois esforços. Os cabos
também não apresentam nenhuma resistência à compressão. O único esforço que os
cabos resistem é o esforço de tração. Portanto na seção transversal de um cabo só
pode existir um esforço normal de tração.
b) os cabos são considerados inextensíveis.
3.3 Cargas
3.4. Apoios
FIGURA 4
3.5. Cabos com apoios em nível e carga uniformemente distribuída
por unidade de comprimento de projeção do cabo.
Cabos vinculado
FIGURA 5
FIGURA 6
Neste problema tem-se quatro reações incógnitas (VA, HA, VB e HB) e três equações de
equilíbrio da estática
(2.1)
(2.2)
(2.3)
para determiná-las; o problema é, portanto, uma vez hiperestático (externamente). Não bastam
as equações de equilíbrio para calcular todas as incógnitas; será necessária uma equação
adicional.
Escolhendo como polo o ponto B, a equação (2.3) fornece:
VA = g.l / 2 (3.1)
VB = g.l / 2 (3.2)
Portanto
VA = VB = g.l / 2 (3.3)
HA = HB = H (3.4)
FIGURA 7
donde
Esta equação mostra que H é inversamente proporcional à f. Convém notar ainda que
quando f → 0, H → ∞, o que significa que é impossível lançar um cabo com flecha nula
Equação do cabo
FIGURA 8
Anulando o momento fletor num ponto genérico P(x,y) do cabo resulta (Figura 8)
donde
(5)
Esta equação mostra que a equação do cabo, para uma carga uniformemente
distribuída por unidade de comprimento de projeção do cabo, é a equação de uma
parábola do segundo grau.
A força de tração máxima nos cabos ocorre nos apoios e é dada por (Figura 8):
(6)
Estas hipóteses são tanto mais precisas quanto menor for a relação f / L ;
3.6. Exercícios
Ex. 1
Ex. 2
Ex. 3
Com uma flecha máxima de 100 cm e uma tensão de segurança de 600 kgf/cm2,
qual o maior vão que se pode admitir entre dois postes de uma linha de transmissão de
cobre. O peso específico do cobre é de 8 500 kgf/m3.
4. PRINCIPIOS DOS TRABALHOS VIRTUAIS
5.2.1. INTRODUÇÃO:
O pêso de um sistema material é a resultante dos pesos dos infinitos pontos que
compõem este sistema. Ao ponto de aplicação desta resultante (G), chamamos de
centro de gravidade ou baricentro do sistema material.
5.2.2. CONCEITO
Sejam:
dA - elemento de área componente da superfície
x e y - coordenadas deste elemento em relação ao sistema de eixos
Notação : s
Expressão analítica :
sx = y. dA sy = x. dA
Notação : S
Expressão analítica:
OBSERVAÇÕES:
Exemplo 1:
Seja:
G - baricentro da superfície com coordenadas à determinar (xG; yG)
por definição:
Se o baricentro da superfície fosse
conhecido poderíamos calcular seu
momento estático pela definição:
ou ainda como A (área total) pode ser calculado pela soma dos elementos de área que
a constituem:
então :
e analogamente:
Exemplo 2:
T = f(m) e T = f(r2)
A analogia das figuras planas às chapas delgadas pode continuar a ser feita.
Quando o corpo em estudo constituir-se de uma chapa de pequena espessura ‘t’ e
massa específica r constantes, podemos dizer que:
OBS:
- Expressão analítica:
- Unidade : cm4 , m4 , ....
- Sinal: sempre positivo
OBS:
1. O momento de inércia polar, só admite valores positivos
2. O momento de inércia polar representa físicamente, e por analogia, a resistência ao
giro de determinada seção em relação a um ponto devido as suas propriedades
geométricas (tamanho e forma).
Observações:
Podemos notar que ao efetuarmos a rotação dos eixos que passam por um
ponto 'o', os momentos e produtos variam em função do angulo de rotação a.
Então:
expressão:
Esta expressão nos permite calcular dois valores para o angulo a, que
caracterizam a posição dos eixos em relação aos quais o momento de inércia assume
valores extremos (máximo e mínimo).
Vamos observar que estes eixos são:
1. Ortogonais entre si;
2. O produto de inércia em relação a este par de eixos é nulo;
3. Na rotação dos eixos a soma dos momentos de inércia é constante.
Jx + Jy = Jx' + Jy'
A. B.
R: xg= 5 cm yg = 9,66 cm R: xg = 5 cm
C. D.
3. Determinar o momento de inércia das figuras em relação aos eixos baricêntricos
horizontal e vertical (medidas em cm):
4. Determinar a altura do centro de gravidade do semi-círculo de raio R da figura