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1 SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 5

2 CINESIOLOGIA .......................................................................................... 6

3 ANATOMIA FUNCIONAL............................................................................ 7

3.1 Divisão Funcional de Grupos Musculares ............................................ 9

4 SISTEMA ARTICULAR ............................................................................. 11

4.1 Planos e eixos do corpo humano ....................................................... 12

4.2 Direção dos movimentos .................................................................... 13

4.3 Classificação das articulações ........................................................... 13

4.4 Classificação funcional das articulações ............................................ 14

4.5 Elementos das articulações................................................................ 15

4.6 Estruturas das articulações móveis .................................................... 16

4.7 Principais Articulações e Movimentos ................................................ 17

5 CONCEITOS SOBRE UNIDADES DE FORÇA. ....................................... 20

5.1 Elementos que compõem a força ....................................................... 20

5.2 Unidades de medida de força............................................................. 21

5.3 Torque ou momento de força.......................................................... 22

5.4 Sistemas de força ............................................................................... 22

5.5 Aplicação da força ............................................................................. 22

5.6 Alavancas ........................................................................................... 23

6 MECANISMO DE CONTRAÇÃO MUSCULAR ......................................... 24

6.1 Ativações musculares......................................................................... 24

6.2 Ação muscular .................................................................................... 25

7 MECÂNICA MUSCULAR: PRODUÇÃO DE FORÇA PELO MÚSCULO


ESQUELÉTICO ......................................................................................................... 26
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7.1 Músculos ............................................................................................ 27

7.2 Formas de movimento ...................................................................... 28

7.3 Unidades motoras .............................................................................. 29

7.4 Músculos mono e biarticulares. .......................................................... 30

8 CICLO ALONGAMENTO-ENCURTAMENTO (CAE) ................................ 31

9 RELAÇÃO FORÇA-COMPRIMENTO ....................................................... 32

10 RELAÇÃO FORÇA-VELOCIDADE ........................................................ 33

11 PROPRIOCEPÇÃO, MOVIMENTOS REFLEXOS E TIPOS DE


ALONGAMENTOS .................................................................................................... 34

11.1 Propriocepção ................................................................................. 34

11.2 Movimentos reflexos ....................................................................... 35

11.3 Alongamento ................................................................................... 36

12 POSTURA E EQUILÍBRIO CORPORAL ESTÁTICO E DINÂMICO ...... 37

13 CINESIOLOGIA DOS COMPLEXOS ARTICULARES: OMBRO ........... 38

13.1 Estudo da estrutura e função do ombro .......................................... 38

13.2 Movimentos do ombro.................................................................. 39

14 CINESIOLOGIA DOS COMPLEXOS ARTICULARES: COTOVELO,


PUNHO E MÃO ......................................................................................................... 40

14.1 Estudo da estrutura e função do cotovelo, punho e mão ................ 40

14.2 Movimentos do cotovelo ................................................................. 41

14.3 Movimentos do Punho e Mão.......................................................... 42

15 CINESIOLOGIA DOS COMPLEXOS ARTICULARES: COLUNA


VERTEBRAL ............................................................................................................. 44

15.1 Estudo da estrutura e função da coluna vertebral ........................... 44

16 CINESIOLOGIA DOS COMPLEXOS ARTICULARES: QUADRIL E


JOELHO...... .............................................................................................................. 46

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16.1 Estudo da estrutura e função do quadril e joelho ............................ 46

17 CINESIOLOGIA DOS COMPLEXOS ARTICULARES: TORNOZELO E


PÉ.............................................................................................................................. 52

17.1 Estudo da estrutura e função do tornozelo e pé.............................. 52

18 MARCHA ............................................................................................... 54

18.1 Componentes da marcha ................................................................ 55

18.2 Ciclo da marcha .............................................................................. 56

19 CONCLUSÃO ........................................................................................ 56

20 BIBLIOGRAFIAS ................................................................................... 58

21 BIBLIOGRAFIAS SUGERIDAS ............................................................. 61

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1 INTRODUÇÃO

Prezado aluno!
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante
ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável -
um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma
pergunta , para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum
é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão
a resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as
perguntas poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão
respondidas em tempo hábil.
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da
nossa disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à
execução das avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da
semana e a hora que lhe convier para isso.
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser
seguida e prazos definidos para as atividades.

Bons estudos!

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2 CINESIOLOGIA

Fonte: edfcinesio.com.br

Cinesiologia, palavra de origem grega que significa: Kinesis: mover, Ologia:


estudar. É uma área da ciência que se destina ao estudo do movimento, as
articulações e os planos e eixos nos quais essas articulações se movem. Então, em
resumo, a cinesiologia pode ser definida como o estudo da estrutura e da função do
sistema musculoesquelético, combinando conhecimentos de anatomia, histologia,
antropologia e mecânica, aplicados ao movimento humano ou gesto motor.

O corpo humano pode ser brevemente definido como uma composição de


esqueleto, músculos, gordura e pele. O esqueleto é formado por cerca de 200
ossos conectados uns aos outros por articulações, e constitui a base de toda
a forma da superfície do corpo humano (KROEMER, 1990, apud, MACIEL,
2001).

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3 ANATOMIA FUNCIONAL

Fonte: oitavocpa.wordpress.com

O sistema musculoesquelético, que trabalha intimamente com o sistema


nervoso, tem a função de produzir movimento coordenado e de fornecer estabilização
articular adequada e retroalimentação durante posições e movimentos sustentados.
As estruturas musculoesqueléticas envolvidas com o movimento humano incluem os
músculos e os tendões, que produzem o movimento, e as articulações, em torno das
quais os movimentos ocorrem.
Músculos: O músculo é um tecido muito especializado capaz de se contrair e
de conduzir impulsos elétricos. São classificados funcionalmente como voluntários ou
involuntários e estruturalmente como lisos, estriados (esqueléticos) ou cardíacos.
Existem cerca de 430 músculos esqueléticos no corpo, sendo que cada um pode ser
considerado anatomicamente como um órgão separado. Desses 430 músculos, cerca
de 75 pares fornecem a maioria dos movimentos e das posturas do corpo.
Músculo agonista: Um músculo agonista contrai-se para produzir o movimento
desejado; Músculo sinergista: Os músculos sinergistas são grupos musculares que
trabalham juntos para produzir um movimento desejado.

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Em essência, os músculos sinergistas podem ser vistos como os músculos
auxiliares do agonista, visto que a força gerada pelos sinergistas trabalha na mesma
direção que a do agonista.
Músculo antagonista: Os antagonistas resistem ao movimento agonista
relaxando e alongando de maneira gradual para assegurar que o movimento desejado
ocorra e que isso aconteça de maneira coordenada e controlada. Muitos músculos
esqueléticos abarcam apenas uma articulação. Contudo, alguns atravessam duas ou
mais articulações. Um músculo de duas articulações é mais propenso a encurtamento
adaptativo que outro de uma articulação.
Classificação Características
Músculo ou grupo de músculo que
Musculatura agonista
estão envolvidos com o início e a
execução do movimento.
Musculatura antagonista Músculo ou grupo de músculo que
realiza ação oposta à de um agonista.
Musculatura sinergista Músculos que cooperam durante a
execução de um movimento.

Com base nas propriedades contráteis, quatro tipos diferentes de fibras


musculoesqueléticas foram reconhecidos:
1. Tipo I (oxidativa vermelha de contração lenta)
2. Tipo IIa (oxidativa vermelha de contração rápida)
3. Tipo IIb (glicolítica branca de contração rápida)
4. Tipo IIc (intermediária de contração rápida)
O uso de fibras musculares específicas depende da atividade desejada.
Embora ambos os tipos de fibra em geral produzam a mesma quantidade de força por
contração, as fibras de contração rápida produzem força em uma taxa mais alta.
Assim, atividades que requerem quantidade limitada de tempo para gerar força
máxima usam predominância de recrutamento de fibras de contração rápida.
Atividades que envolvem contrações musculares repetidas e extensas, como aquelas
requeridas para eventos de resistência, acarretam mais envolvimento das fibras de
contração lenta.

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3.1 Divisão Funcional de Grupos Musculares

Com base na função, os músculos esqueléticos são divididos em dois grupos:


músculos posturais ou tônicos:
Grupo tônico (motores): Exemplos: Gastrocnêmio/Sóleo; Tibial posterior;
Adutores curtos do quadril; Isquiotibiais; Reto femoral; Tensor da fáscia lata; Eretor da
espinha; Quadrado do lombo; Peitoral maior; Porção superior do trapézio; Levantador
da escápula; Esternocleidomastoideo; Escalenos; Flexores do membro superior.
Grupo postural (estabilizadores): Exemplos: Fibulares; Tibial anterior; Vastos
medial e lateral; Glúteos máximo, médio e mínimo; Serrátil anterior; Romboides;
Porção inferior do trapézio; Flexores cervicais curtos/profundos; Extensores do
membro superior; Reto do abdome.
Osso: A função do osso é fornecer suporte, aumentar a alavanca, proteger
estruturas vitais, fornecer inserções para tendões e ligamentos e armazenar minerais,
principalmente cálcio.
Tendões: Os tendões são estruturas tipo corda que têm a função de inserir o
músculo ao osso e de transmitir as forças geradas pelos músculos ao osso a fim de
realizar movimento ou estabilidade do corpo no espaço. A espessura de cada tendão
varia e é proporcional ao tamanho do músculo a partir do qual ele se origina.
Ligamentos: Os ligamentos são estruturas de tecido conjuntivo densamente
armazenadas que consistem basicamente de colágeno de força tênsil alta,
direcionadamente orientado. Contribuem para a estabilidade da função articular,
prevenindo movimento excessivo, e fornecendo informação proprioceptiva para a
função articular.
Fáscia: A fáscia é vista como o tecido conjuntivo que fornece suporte e proteção
para a articulação, agindo como uma interconexão entre tendões, aponeuroses,
ligamentos, cápsulas, nervos e componentes intrínsecos do músculo.
Cartilagem: O desenvolvimento do osso é, em geral, precedido pela formação
de cartilagem. Esta existe em três formas: hialina, elástica e fibrocartilagem.
Articulações: Articulações são regiões ósseas cobertas e circundadas por
tecidos conjuntivos que mantêm os ossos juntos e determinam o tipo e o grau de
movimento entre eles. As articulações podem ser classificadas como diartrose, que
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permite movimento ósseo livre, e sinartrose, em que ocorre movimento muito limitado
ou nenhum.
Fluido Sinovial: A cartilagem articular está sujeita a uma grande variação de
condições de carga, e a lubrificação articular por meio do fluido sinovial é necessária
para minimizar a resistência friccional entre as superfícies de sustentação de peso. As
articulações sinoviais são protegidas com um sistema de lubrificação muito superior,
que permite uma interação sem fricção nas superfícies articulares.
Bolsas: Intimamente associadas com algumas articulações sinoviais, são
estruturas achatadas, tipo saco, que são alinhadas com uma membrana sinovial e
cheias de fluido sinovial. A bolsa produz pequenas quantidades de líquido, permitindo
movimento suave e quase sem fricção entre músculo, tendões, ossos, ligamentos e
pele.
Mecanorreceptores: Todas as articulações sinoviais do corpo são supridas de
uma série de terminações receptoras corpusculares (mecanorreceptores) e não
corpusculares (nociceptores).
Outros receptores encontrados na articulação incluem proprioceptores. A
propriocepção é considerada uma variação especializada da modalidade sensorial de
toque, que desempenha importante papel em coordenar a atividade muscular, envolve
a integração de entrada sensorial com relação à posição articular estática
(sensibilidade de posição articular), movimento articular sensibilidade sinestésica),
velocidade de movimento e força de contração muscular, a partir da pele, dos
músculos e das articulações.
Movimento articular: Quando se descrevem movimentos articulares, é
necessário ter uma posição inicial como referência. Essa posição inicial é chamada
de posição de referência anatômica, a qual, para o corpo humano, é descrita como a
posição de pé ereta, com os pés levemente separados e os braços pendendo ao lado,
os cotovelos retos e as palmas das mãos viradas para a frente.

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4 SISTEMA ARTICULAR

Fonte: anatomiaemfoco.com.br

O sistema articular é formado por articulações, ou seja, por um ponto de contato


entre os ossos.
Em todo nosso corpo temos diferentes tipos de articulações: algumas que são
bastante fortes e imóveis (conhecidas como sinartrose) e outras que permitem
movimentos por serem flexíveis (anfiartrose e diartrose).
Estrutura (classificação): Com relação a sua estrutura, as articulações podem
ser classificadas em fibrosa (os ossos são unidos por tecido conjuntivo fibroso),
cartilaginosa (os ossos são unidos pela cartilagem) e sinovial (possui um espaço entre
os ossos).
Nosso corpo é capaz de realizar muitos movimentos, contudo, estes
movimentos ocasionam atrito. Para amenizar este atrito, nosso sistema articular conta
com as bolsas sinoviais. Estas bolsas agem como amortecedores do impacto entre as
articulações.

Outro componente importante das articulações é a fibrocartilagem articular.


Sob a forma de um disco fibrocartilaginoso completo ou incompleto, ela
também pode estar presente entre as superfícies ósseas articuladas. São
exemplos os discos intervertebrais (discos completos) e os meniscos do
joelho (discos incompletos) (HALL, 91, apud, MACIEL, 2001).

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4.1 Planos e eixos do corpo humano

Os planos do corpo humano são classificados como:


Plano frontal, lateral ou coronal, eixo anteroposterior ou sagital.
Plano sagital ou anteroposterior, eixo laterolateral ou transverso.
Plano horizontal: ou transverso, eixo vertical, longitudinal ou craniocaudal.

Planos de movimento Movimentos Exemplos


Sagital Flexão e extensão Flexão e extensão (cotovelo),
hiperextensão (ombro),
abdução/ adução (polegar),
anteroversão e retroversão
pélvica, nutação e
contranutração (sacro), flexão
plantar e dorso (flexão).
Plano frontal Adução, abdução Abdução e adução da
Flexões laterais da coluna escapuloumeral, flexão lateral
direita/esquerda do troco,
desvio ulnar e radial do punho,
flexão/ extensão da cabeça,
inversão/ inversão (pé),
protração/ retração
(escapulocostal), elevação/
depressão (pelve e
escapulocostal), rotação
superior e inferior da
escapulocostal.
Horizontal ou transverso Movimentos rotacionais Rotação ou giro/ pronação-
pronação, supinação, rotação supinação (rádio-ulnar), flexão
espinhal) e extensão horizontal, ou
Adução, abdução horizontal adução- abdução horizontal
(ombro), com o joelho
flexionado (rotação ou giro)
Plano diagonal ou oblíquo Combinação de mais de um Comum nas atividades
plano. esportivas

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4.2 Direção dos movimentos

Cefálica: Movimento direcionado para cima (cabeça).


Podálica: Movimento direcionado para baio (pés)
Medial: Que se dirige ao centro do corpo.
Lateral: Que se dirige para fora, centro externo ou lateral do corpo.
Anterior: Movimento direcionado à frente do corpo.
Posterior: Movimento direcionado para trás em relação ao corpo.
Póstero- superior: Que se dirige para trás e para cima.
Póstero- inferior: Que se dirige para trás e para baixo.

4.3 Classificação das articulações

As articulações são classificadas conforme o grau de mobilidade que oferecem.


Elas podem ser de três tipos:
Sinartrose: São as articulações fibrosas, localizadas entre um osso e outro,
caracterizadas por serem inflexíveis. As duas superfícies ósseas são praticamente
contínuas, separadas apenas por uma camada de tecido conjuntivo ou cartilaginoso.
Exemplos: a articulação do crânio (sutura), dos dentes e do maxilar, da tíbia e a fíbula.
Anfiartrose: São articulações semimóveis, flexíveis e cartilaginosas. Elas
possuem cartilagens entre os ossos e permitem movimentos que evitam o desgaste
excessivo dos ossos, auxiliando, dessa maneira, no deslizamento de uns sobre os
outros a partir dos diferentes movimentos do corpo. Exemplos: ossos do quadril e
vértebras.
Diartrose: São articulações flexíveis, caracterizadas pela presença de bolsas
sinoviais, que contém o líquido sinovial ou sinovia, evitando o desgaste ocasionado
pelo atrito. Elas localizam-se entre a pele e os ossos. Exemplos: articulações do
ombro, joelhos e cotovelos.

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4.4 Classificação funcional das articulações

O movimento das articulações depende, essencialmente da forma das


superfícies que entram em contato e dos meios de união que podem limita-lo. Na
dependência destes fatores as articulações podem realizar movimentos de um, dois
ou três eixos. Este é o critério adotado para classifica-las funcionalmente.
Articulação Monoaxial ou plana: Quando uma articulação realiza movimentos
apenas em torno de um eixo (1 grau de liberdade). As articulações que só permitem
a flexão e extensão, como a do cotovelo, são monoaxiais. Há duas variedades nas
quais o movimento é uniaxial: gínglimo ou articulação em dobradiça e trocoide ou
articulação em pivô.

As articulações podem ser classificadas quanto ao seu grau de liberdade em


anaxial (com movimento linear), monoaxial ou uniaxial (com movimento
angular em torno de um eixo) e biaxial (com movimento em torno de dois
eixos) ou triaxial (movimento ocorre em todos os três eixos de movimento).
(LIPPERT, 2008, apud PETERMANN, 2017).

Gínglimo ou Articulação em Dobradiça: as superfícies articulares permitem


movimento em um só plano. As articulações são mantidas por fortes ligamentos
colaterais. Exemplos: Articulações Inter falangeanas e articulação úmero-ulnar.
Trocoide ou Articulação em Pivô: Quando o movimento é exclusivamente de
rotação. A articulação é formada por um processo em forma de pivô rodando dentro
de um anel ou um anel sobre um pivô. Exemplos: Articulação rádio-ulnar proximal e
atlanto-axial.
Articulação Biaxial: Quando uma articulação realiza movimentos em torno de
dois eixos (2 graus de liberdade). As articulações que realizam extensão, flexão,
adução e abdução, como a rádio-cárpica (articulação do punho) são biaxiais. Há duas
variedades de articulações biaxiais: articulações condilar e selar.
Articulação Condilar: Nesse tipo de articulação, uma superfície articular
ovoide ou condilar é recebida em uma cavidade elíptica de modo a permitir os
movimentos de flexão e extensão, adução e abdução, ou seja, todos os movimentos
articulares, menos rotação axial. Exemplo: Articulação do pulso.

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Articulação selar: Nestas articulações as faces ósseas são reciprocamente
côncavo-convexas. Permitem os mesmos movimentos das articulações condilares.
Exemplo: Carpo metacárpicas do polegar.

Os tendões são a parte esbranquiçada, rígida e não-contrátil da musculatura


estriada, podendo diferenciar-se quanto à forma e à disposição, dependendo
da sua união com as fibras musculares. Apresenta uma cor branca e são
formados por fibras não-elásticas que formam grupos de feixes cobertos por
tecido conjuntivo, que os separam entre si (TACIRO et al., 2007, apud
FERREIRA, 2015).

Articulação Triaxial: Quando uma articulação realiza movimentos em torno de


três eixos (3 graus de liberdade). As articulações que além de flexão, extensão,
abdução e adução, permitem também a rotação, são ditas triaxiais, cujos exemplos
típicos são as articulações do ombro e do quadril. Há uma variedade onde o
movimento é poliaxial, chamada articulação esferoide ou enartrose.
Articulações Fibrosas: São todas as articulações que estão quase em contato
com a superfície dos ossos. Suturas: São encontradas nos ossos do crânio e são
divididos em: planas, serreadas e escamosas; Sindesmoses: Os ossos são unidos
por meio de tecido fibroso formando um ligamento que permite ou não mais
movimentação. Não costumam aparecer nos ossos do crânio; Gonfoses: Essa
articulação fibrosa é responsável pela fixação dos dentes na mandíbula e pode ser
encontrada entre os dentes e os alvéolos dentários. Eles ajudam a reduzir os impactos
da mastigação.
Articulações Cartilagíneas: Articulações cartilaginosas que permitem
pequenos movimentos das articulações. Sincondrose: Nesse caso os ossos são
unidos com a cartilagem hialina. Em sua maioria elas são temporárias sendo
substituídas pelo osso; Sínfises: As articulações unidas pelas sínfises são cobertas
pela cartilagem hialina e os ossos possuem um forte tecido fibroso. Ela pode ser
encontrada entre as vértebras, entre o sacro e o cóccix e no osso da cintura pélvica.

4.5 Elementos das articulações

O movimento do corpo é produzido a partir da comunicação entre as


extremidades dos ossos envolvidos, realizadas pelas articulações sinoviais.
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As bolsas sinoviais atuam como amortecedores em articulações móveis.
O líquido sinovial é viscoso, transparente e facilita os deslocamentos entre duas
partes ósseas.
Cartilagem articular (tecido conjuntivo elástico); os ligamentos (estruturas
fibrosas); a cápsula articular (membrana fibrosa); a membrana sinovial (bolsa com
líquido sinovial); os meniscos (estrutura de articulação dos joelhos).

4.6 Estruturas das articulações móveis

Ligamentos: Os ligamentos são constituídos por fibras colágenas dispostas


paralelamente ou intimamente entrelaçadas umas às outras. São maleáveis e flexíveis
para permitir perfeita liberdade de movimento, porém são muito fortes, resistentes e
inelásticos (para não ceder facilmente à ação de forças.
Cápsula articular: É uma membrana conjuntiva que envolve as articulações
sinoviais como um manguito. Apresenta-se com duas camadas: a membrana fibrosa
(externa) e a membrana sinovial (interna).
Membrana Fibrosa (cápsula fibrosa): É mais resistente e pode estar
reforçada, em alguns pontos por feixes também fibrosos, que constituem os
ligamentos capsulares, destinados a aumentar sua resistência. Em muitas
articulações sinoviais existem ligamentos independentes da cápsula articular
denominados extra capsulares ou acessórios e em algumas, como na articulação do
joelho, aparecem também ligamentos intra-articulares. Ligamentos e cápsula articular
tem por finalidade manter a união entre os ossos, mas além disso, impedem o
movimento em planos indesejáveis e limitam a amplitude dos movimentos
considerados normais.
Membrana Sinovial: É a mais interna das camadas da cápsula articular e
forma um saco fechado denominada cavidade sinovial. É abundantemente
vascularizada e inervada sendo encarregada da produção de líquido sinovial. Discute-
se que a sinovia é uma verdadeira secreção ou um ultrafiltrado do sangue, mas é certo
que contém ácido hialurônico que lhe confere a viscosidade necessária à sua função
lubrificadora.

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Discos e Meniscos: Em várias articulações sinoviais, interpostas as
superfícies articulares, encontram-se formações fibrocartilagíneas, os discos e
meniscos intra-articulares, de função discutida: serviriam a melhor adaptação das
superfícies que se articulam (tornando-as congruentes) ou seriam estruturas
destinados a receber violentas pressões, agindo como amortecedores. Meniscos, com
sua característica em forma de meia lua, são encontrados na articulação do joelho.
Exemplo de disco intra-articular encontramos nas articulações esternoclavicular e
ATM.
Bainha Sinovial dos Tendões: Facilitam o deslizamento de tendões que
passam através de túneis fibrosos e ósseos (retináculo dos flexores de punho).
Bolsas Sinoviais (Bursas): São fendas no tecido conjuntivo entre os
músculos, tendões, ligamentos e ossos. São constituídas por sacos fechados de
revestimento sinovial. Facilitam o deslizamento de músculos ou de tendões sobre
proeminências ósseas ou ligamentosas.

Nem todas as articulações são móveis; nas que são móveis, o movimento
ocorre em torno de um ou mais eixos, ou simplesmente em um plano entre
os ossos. (SILVA, 1998, apud, MACIEL, 2001).

4.7 Principais Articulações e Movimentos

Articulações do Crânio: Os ossos do crânio estão ligados de forma que não


permitem movimentos. É formado por articulações fixas ou suturas, caracterizando a
sinartrose.

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Fonte: anatomiafisio.com

Articulações do Ombro: As articulações do ombro são Glenoumeral,


Acromioclavicular e Esternoclavicular. Em conjunto, elas permitem os movimentos de
deslizamento, adução e abdução, flexão e extensão, rotação e circundação.
É comum ocorrer luxações no ombro, que é quando ele se desloca. A causa
mais comum é durante a prática de determinados esportes, como natação, basquete
e vôlei, ou devido a algum acidente.

Lesões nos membros superiores chegam a 75% do total e a articulação do


ombro é a mais acometida, sendo queixas assíduas entre os praticantes e
podem ter como principal causa movimentos repetitivos, postura inadequada,
arremessos e impactos durante as atividades (EJNISMAN, 2001, apud,
FERREIRA, 2015).

Articulações do Cotovelo: As articulações do cotovelo são: Úmero-ulnar,


Umeroradial e Rádio-ulnar proximal. Elas possibilitam movimentos de flexão e
extensão. Ela faz a ligação entre o braço e o antebraço, sendo fundamental para sua
movimentação pois funciona como uma espécie de dobradiça.
Articulações do Punho e Mão: As articulações do punho e da mão são: Rádio-
ulnar distal, Rádiocárpica, Carpometacarpiana, Metacarpofalangiana, Interfalângicas.
Elas permitem movimentos de adução, abdução, flexão, extensão e
deslizamento. Em conjunto, são responsáveis pela movimentação do punho e dos
dedos.

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Articulações do Quadril: As articulações do quadril são responsáveis por
diversos movimentos
As articulações do quadril são: Sacroilíaca e Coxofemoral. A articulação
sacroilíaca só realiza o movimento de deslizamento.
Os movimentos realizados pela coxofemoral são abdução e adução, flexão e
extensão, rotação e circundação.

Fonte: fisiologiahumana.com.br

Articulações do Joelho: A articulação do joelho possui elementos que ajudam


na estabilização do corpo
As articulações do joelho são: Patelofemoral, Tíbio-femoral, Tibiofibular. Em
conjunto, realizam movimentos de deslizamento, flexão e extensão.
Ela é responsável por fazer a ligação entre a tíbia e o fêmur, e também entre o
fêmur e a patela.
Além disso, atua na estabilização, biomecânica e absorção de impactos. Em
alguns casos pode ocorrer o desgaste da cartilagem e prejudicar alguns movimentos.

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Fonte: fisiologiahumana.com.br

Articulação da coluna vertebral: As articulações da coluna podem ser


consideradas uma das mais complexas, pois é responsável por movimentos que são
de extrema importância para as atividades do dia-a-dia. O movimento entre duas
vértebras é considerado pequeno, porém, em conjunto, representam movimentos de
grande amplitude.

5 CONCEITOS SOBRE UNIDADES DE FORÇA.

Força é definida como um ato capaz de pôr em movimentar um corpo ou


de alterar o movimento dele ou de deformá-lo. Na biomecânica, a força é
estabelecida como o máximo de esforço produzido por um músculo na sua
inserção. Quando utilizamos esse conceito como um componente do movimento
humano, existem elementos que precisam ser considerados. São eles:

5.1 Elementos que compõem a força

A magnitude da força (intensidade), definida como a resultante dos vetores de


força, pode ser descrita, principalmente, de duas formas: em Newton (N) ou em
Quilograma Força (Kgf).

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Leis de Newton:
1° - Inércia: Todo corpo se mantém em velocidade constante, caso não seja
empregada sobre este nenhuma força.
2° - Aceleração: Toda força aplicada em um corpo em inércia, gera
aceleração proporcional a essa força, seguindo a mesma direção desta.
3° - Ação e Reação: Para cada ação existe uma outra igual e oposta.

Elementos Características
Ponto de Aplicação É o local do corpo no qual há atuação
direta da força.
É a orientação da força, no que concerne
Sentido sua direção, para direita ou para esquerda,
para cima, para baixo, para o centro, entre
outros.
Direção É a linha de ação da força, que pode ser
horizontal, vertical ou diagonal.
Intensidade É a magnitude da força aplicada.

5.2 Unidades de medida de força

Unidades de Medida Características


Definida como a magnitude de uma
Newton (N)
força sobre um corpo
(massa igual a 1kg) a uma
aceleração constante
(1m/s2).
Definida como a magnitude da força de
Quilograma força (kgf) atração da Terra sobre um corpo
(massa igual a 1 kg), ao nível do mar e a
45º de latitude. Ou seja, 1 kgf equivale ao
peso de 1 litro de água.

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5.3 Torque ou momento de força

Torque é definido como o movimento de torção ou efeito rotatório criado pela


aplicação de uma força. Resultante da força aplicada num ponto de aplicação
multiplicados pela distância entre esse ponto e o centro do corpo, assim, ele pode
ser expresso da seguinte forma: T=F x d
Portanto, torque é a efetividade de uma força aplicada que causa uma rotação,
sua unidade de medida é expressa em Newtons-metro (N-m), existem muitos
exemplos de como o torque está presente nas nossas vidas, por exemplo, quando
usamos uma chave de boca para afrouxar a porca do parafuso.
O momento de força e a velocidade angular são inversamente
proporcionais, ou seja, quanto maior a velocidade menor será o torque, e vice-
versa.

5.4 Sistemas de força

Quando temos mais de uma força atuando sobre um corpo, podemos ter
respostas diferentes, essas respostas irão depender da direção de cada força e da
magnitude delas, portanto, essa resposta é chamada dentro da terminologia da
biomecânica de resultante. Desta forma podemos citar duas condições:
Quando existem forças de direção e sentidos iguais, neste caso, a intensidade
da força resultante é equivalente à adição das intensidades das forças que compõem
esse sistema, assim, permanecendo a mesma direção e sentido; quando existem
forças de mesma direção e sentido opostos, neste caso a força resultante é igual à
diferença entre as magnitudes das forças que compõem o vetor, sendo a direção e o
sentido iguais a da maior força componente.

5.5 Aplicação da força

A aplicação de forças pode gerar diferentes tipos de respostas, dependendo no


caso da direção dos vetores de força (se são concorrentes ou divergentes), da

22
magnitude deles e das características inerentes de cada superfície. Sendo assim, elas
podem gerar forças de pressão e forças de tração.
As forças de pressão são definidas como forças em direções iguais, entretanto,
com sentidos diferentes (opostos), aproximando-se do ponto onde a força foi aplicada,
também conhecido como colinear. Também, podem ser geradas forças de tração, que
são definidas como forças aplicadas em direções opostas, distanciando-se do sentido
do ponto de onde a força foi aplicada.
Os vetores geralmente estão apresentados por setas, neste caso o
comprimento da seta indica a magnitude da força, e a unidade de medida adotada o
Newton.

5.6 Alavancas

O conceito de alavanca pode ser definido como um sistema que contém uma
estrutura firme/rígida que pode ser girada ao redor de um ponto/eixo, na qual duas
forças são aplicadas em dois pontos. Existem variados exemplos de alavanca, sendo
que, no nosso corpo, temos o sistema musculoesquelético como principal
demonstrador. Assim, o ponto de apoio, onde a alavanca gira ao redor, no nosso
corpo, é realizado pela articulação. Dessa forma, utilizamos alavancas tanto no gesto
esportivo quanto nos movimentos simples e complexos da dança, por exemplo,
sempre com o objetivo de aumentar a força e a velocidade do movimento, produzindo
um ganho mecânico.
O esqueleto humano é caracterizado como uma armadura móvel, através dos
quais ocorrem as alavancas. E, para que a alavanca seja movimentada, uma força
precisa ser maior do que a resistência, ou seja, a força precisa vencer a resistência,
no caso do corpo humano, representado pelos músculos, que são responsáveis por
gerar a força e o torque necessários para movimentar as articulações. Dentro da
biomecânica, esse componente é denominado de força motriz, que é proporcional à
variação do movimento. A força motriz pode ser dividida em três partes básicas.

23
6 MECANISMO DE CONTRAÇÃO MUSCULAR

Fonte: anatomiafuncional.com

6.1 Ativações musculares

O músculo tem quatro características funcionais fundamentais:


Contractilidade: Designa a capacidade que o músculo tem de se contrair;
Excitabilidade: O músculo responde à estimulação pelos nervos ou hormonas;
Expansibilidade: O músculo pode ser estirado até ao seu normal comprimento em
repouso e em dado grau para lá desse comprimento; Elasticidade: Se os músculos
forem estirados, retornam ao seu comprimento em repouso original.
Durante a contração, o músculo encurta voluntariamente, mas o alongamento
é passivo. Quando se contraem, os músculos movem as estruturas a que estão
ligados, mas o movimento oposto exige uma força antagonista e esta é produzida por
um outro músculo, pela gravidade ou pela força de um líquido que enche um órgão
oco.
Cada músculo contém um dispositivo receptor formado por fibras nervosas
especializadas que registam a força de contração; outro dispositivo com sede no
tendão mede a distensão. A informação recebida por estas fibras é transmitida ao
cérebro, o que é vital para dosear a ação muscular. O músculo esquelético mantém-
se num estado de contração parcial, a que se chama tónus muscular. A espasticidade
24
é uma forma de tónus muscular anormalmente aumentado. A atividade do músculo
esquelético pode ser afetada por alterações na composição química do líquido que se
encontra nos espaços entre as células musculares. Uma descida dos iões de potássio
causa uma fraqueza muscular; uma diminuição dos iões de cálcio provoca espasmos
musculares.
Fibras Musculares: Os múltiplos núcleos de cada fibra muscular encontram-se
imediatamente sob o sarcolema, enquanto que a maior parte da fibra está preenchida
por miofibrilas, entre as quais estão alojadas outras organelas, como mitocôndrias e
grânulos de glicogénio. O citoplasma sem as miofibrilas chama-se sarcoplasma. As
miofibrilas compõem-se de duas espécies de filamentos proteicos chamados
miofilamentos. Os miofilamentos de actina, ou miofilamentos finos, têm
aproximadamente 8nm de diâmetro e 1000nm de comprimento, enquanto que os
miofilamentos de miosina, ou miofilamentos grossos, têm cerca de 12nm de diâmetro
e 1800nm de comprimento.
Tipos de ativação Características

Músculo produz força enquanto mantém


Ativação
comprimento constante. Neste caso, o torque
isométrica
interno é equivalente ao torque externo.
Ativação Músculo produz força enquanto se contrai. Neste
Isotônica caso o músculo se encurta. Torque interno
maior que o torque externo.
concêntrica
Ativação Músculo produz uma força ativa enquanto se
isotônica alonga. Neste caso, o músculo terá um torque
excêntrica externo maior que o torque interno.
Tipo de contração menos comum, geralmente faz-se
Ativação uso de um equipamento especial. Combina as
isocinética características tanto da isometria quanto da isotonia,
mantendo uma velocidade angular controlada.

6.2 Ação muscular

O processo de contração das fibras musculares esqueléticas envolve a análise


de um conjunto de etapas: São eles:
Excitação da fibra muscular esquelética: envolvendo o desencadear do
potencial de ação e a sua propagação ao longo do sarcolema;
25
Acoplamento excitação/contração: que inclui os processos de transdução da
excitação em atividade contrátil;
Ciclo das pontes cruzadas: respeitante à formação e ruptura cíclicas dos
complexos de atomiosina e à geração de força e de trabalho mecânico;
Relaxamento muscular. Um músculo entra em contração. Há uma curta fase
de latência, após a aplicação do estímulo, seguida de uma fase de encurtamento e de
uma fase de relaxamento.
O período de tempo entre a aplicação do estímulo ao neurónio motor e o início
da contração é a fase de latência; o tempo durante o qual ocorre a contração é a fase
de encurtamento e o tempo durante o qual ocorre o relaxamento é a fase de
relaxamento. A contração muscular mede-se como uma força, também chamada
tensão, podendo chegar a necessitar de um segundo para ocorrer.

7 MECÂNICA MUSCULAR: PRODUÇÃO DE FORÇA PELO MÚSCULO


ESQUELÉTICO

Fonte: evidenciasaude.com.br

26
7.1 Músculos

O músculo é um tecido formado por um conjunto de células especializadas


capazes, graças à sua contração e relaxamento, de criar movimento tanto do próprio
corpo em relação ao ambiente que o cerca, como dos órgãos entre si e dentro dele.
Os músculos do corpo humano são divididos em:
Músculo Liso ou Não-estriado: Músculo com contração lenta e involuntária,
controlado pelo sistema nervoso vegetativo, por exemplo, o músculo dos órgãos
internos (estômago, fígado, intestino), pele, vasos sanguíneos, sistema excretor
(movimentos peristálticos), dentre outros.
Músculo Estriado Esquelético: Localizados juntos ao esqueleto e conectados
através dos tendões, esse tipo de músculo é controlado pelo sistema nervoso central
e caracterizado por movimentos fortes e voluntários, por exemplo, os músculos dos
membros inferiores e superiores: os braços, as mãos, as pernas e os pés.
Músculo Estriado Cardíaco: Localizado no coração (miocárdio), esse tipo de
músculo é controlado pelo sistema nervoso vegetativo e caracterizado por contrações
vigorosas e involuntárias.
Os músculos podem ser classificados também de acordo com sua localização:
Músculos Superficiais: localizados logo abaixo do tecido epitelial, por
exemplo, os músculos do rosto e do pescoço.
Músculos Profundos: localizados no interior do corpo humano, por exemplo,
nos órgãos.

27
Principais músculos do corpo humano:
Músculos da Cabeça Músculos Músculos dos Músculos dos
e do Pescoço do tórax e abdômen Membros Superiores Membros Inferiores

Músculo occipitofrontal Esplênios (dorso) Trapézio (coluna  Músculo psoas


(crânio) Eretor da espinha vertebral) maior (pelve)
Músculo (dorso) Peitoral maior  Músculos glúteo
temporoparietal (crânio) Intercostais (tórax) (cavidade toráxica) máximo, glúteo
Músculo orbicular do Transverso do Peitoral menor médio e glúteo
olho (olho) abdômem (cavidade toráxica) mínimo (pelve)
Prócero (nariz) Levantador do Deltóide (ombro)  Músculo piriforme
Nasal (nariz) ânus Coracobraquial (pelve)
Músculo bucinador Esfíncteres do (braço anterior) Músculo sartório
(boca) ânus Bíceps braquial (coxa)
Músculo orbicular da (braço anterior) Músculo pectíneo
boca (boca) Braquial (braço (coxa)
Músculo masseter anterior) Músculo bíceps
(mandíbulas) Tríceps braquial da coxa
Músculo temporal (braço posterior) Músculos fibular
(mandíbulas) Pronador redondo longo e fibular
Músculo genioglosso (antebraço) curto (coxa)
(língua) Braquiorradial Músculo tríceps
Músculo estapédio (antebraço) sural (coxa)
(ouvido) Tenar (mão) Músculo tibial
Músculo tensor do Hipotenar (mão) anterior (perna)
tímpano (ouvido) Lumbricais (mão) Músculo extensor
Platisma (cervical) curto dos dedos
Esternocleidomastoideo (pé)
(cervical) Músculo abdutor
Músculo longo do colo do hálux (pé)
(vertebral anterior) Músculos
Músculo escaleno interósseos
anterior (vertebral plantares (pé
lateral)
Músculo constritor
inferior da faringe
(faringe)
Cricotireóideo (laringe)

7.2 Formas de movimento

Os movimentos do nosso corpo podem ocorrer de forma linear, angular ou


através da combinação delas.
Os movimentos lineares são movimentos retilíneos, translacionais. Neste
movimento, todos os pontos do corpo percorrem a mesma distância, a mesma direção

28
e no mesmo tempo. Esse movimento pode ser retilíneo ou curvilíneo. Como exemplo
temos a análise da velocidade de uma bola de futebol após um chute.
Enquanto isso, os movimentos angulares envolvem movimentos que utilizam o
eixo de rotação (linha imaginária). São definidos como movimentos rotatórios ou de
rotação, ao redor do eixo que pode ocorrer dentro ou fora do corpo humano. Neste
caso podemos exemplificar como o balançar em uma barra na ginástica olímpica, ou
o salto mortal realizado por esses atletas.
É muito comum na biomecânica realizar a análise dos dois tipos de
movimento, geralmente, analisa-se o movimento linear e depois minuciosamente
os movimentos angulares de cada articulação.

A locomoção revela a maneira de deslocamento e comportamento das


espécies em suas necessidades diárias, como alimentação, acasalamento e
fuga. Dessa forma, de acordo com as diferentes necessidades das diversas
espécies, diferentes padrões locomotores são adotados. (OLIVEIRA, 2001,
apud, RIBEIRO, 2016).

7.3 Unidades motoras

O musculo esquelético é composto por dois tipos básicos de fibra muscular.


Sendo elas as fibras de lenta contração ou Tipo I e fibras de rápida contração ou Tipo
II.
As fibras de rápida contração ou Tipo II podem ser divididas em Tipo lIa e Tipo
Ilb. Geralmente, as fibras do Tipo I têm alta capacidade oxidante e capilaridade densa,
com relativa lentidão de contração e relaxamento, e são resistentes às fadigas.
As fibras do Tipo Ilb têm baixa capacidade oxidante e capilaridade baixa, com alta
capacidade glicolítica e relativa rapidez na contração e relaxamento, e atinge a fadiga
rapidamente. As características morfológicas e fisiológicas do Tipo lIa são
intermediárias entre os Tipos I e II b. As fibras Tipo lIa têm alta capacidade oxidante e
alta capacidade glicolítica, contraindo-se e relaxando rapidamente e tendo alguma
resistência a fadiga.
Três unidades motoras básicas são encontradas no músculo esquelético
humano. O diâmetro do axônio está diretamente relacionado à velocidade de
condução. As fibras musculares (I, lIa e IIb) estão assinaladas com bioquímicas

29
diferentes: miosina ATPase, enzima oxidativa, enzima glicolítica. Note as diferenças
na curva de fadiga: fadiga rápida (FR); rápido, resistente à fadiga (RRF); lento,
resistente à fadiga.
Fibras musculares com características morfológicas e fisiológicas similares são
agrupadas em unidades motoras. A unidade motora é composta por um neurônio
motor e fibras musculares inervadas. Quando um neurônio motor é ativado, todas as
fibras musculares da unidade motora se contraem.
Entretanto, os três tipos básicos de fibras musculares da unidade motora
diferem com referência à velocidade e força de contração, características metabólicas
e fadiga. Diferenças nas propriedades contráteis entre unidades motoras são devidas
a diferenças nos neurônios motores que estão inervados nas fibras musculares bem
como diferenças contráteis dentro dessas fibras musculares.

Em relação aos movimentos articulares, os principais movimentos que


ocorrem são: flexão/extensão, abdução/adução, desvio ulnar/desvio radial,
eversão/ inversão, rotação medial/rotação lateral, supinação/pronação e
abdução horizontal/adução horizontal. Estes movimentos ocorrem em um
plano, em torno de um eixo. (LIPPERT, 2008, apud PETERMANN, 2017).

7.4 Músculos mono e biarticulares.

Os músculos monoarticulares, são os músculos que atravessam uma única


articulação, como o Bíceps.
Músculos biarticulares são aqueles que atravessam várias articulações e criam
cinética significativa nessas articulações. Os músculos do membro inferior são
frequentemente empregados como exemplos anatômicos e objetos de pesquisa a
respeito dos mecanismos de seu controle pela parte central do sistema nervoso e as
resultantes ações articulares.
A regra geral acerca de um músculo biarticular é que ele traciona ambos seus
tendões não seletivamente em direção ao ventre do músculo, deste modo
influenciando as articulações. Um músculo biarticular não pode atuar como um
músculo monoarticular sem o auxílio de outros músculos, a menos que uma das ações
articulares seja estabilizada por outros músculos. O efeito cinético do músculo sobre
a segunda articulação é diminuído, como no caso do músculo reto femoral.

30
8 CICLO ALONGAMENTO-ENCURTAMENTO (CAE)

Fonte: fisiologiadoexercicio.com

O CAE é um mecanismo fisiológico que tem como função aumentar a eficiência


mecânica e, em conseqüência, o desempenho motor de um gesto atlético. O CAE
ocorre quando as ações musculares excêntricas são seguidas imediatamente por uma
explosiva ação concêntrica. Este fato resulta em uma forte ação concêntrica, por
exemplo, durante um salto em altura, o atleta flexiona os joelhos e os quadris (ação
excêntrica dos extensores), rapidamente muda de direção e salta (ação isométrica por
ação concêntrica), com a realização de uma flexão plantar. O CAE é regulado,
essencialmente, pela quantidade do padrão de ativação nervosa dos músculos
envolvidos, pela quantidade de energia elástica armazenada e pelo equilíbrio entre os
fatores nervosos facilitadores e inibidores da contração muscular. No cotidiano,
grande parte das atividades mais corriqueiras como correr, andar, arremessar e saltar
enquadra-se como ações do CAE.

Um CAE eficaz também requer três condições fundamentais: pré-ativação


muscular bem programada antes da fase excêntrica, fase excêntrica curta e
rápida e transição imediata (curto atraso) entre as fases de alongamento e
encurtamento (KOMI, 2006, apud DOUSSET, 2007).

Os modelos mecânicos para o estudo da função do CAE subdividem-se em:


contrátil, elásticos em série e em paralelo. Os componentes elásticos em série (pontes
31
cruzadas e os tendões) são aqueles pertinentes à apreciação da geração de energia
elástica presentes no CAE.
Quando ocorre a passagem da fase excêntrica para a concêntrica, os músculos
podem utilizar parte desta energia rapidamente, aumentando a geração de força na
fase subsequente, com menor gasto metabólico e maior eficiência mecânica.

9 RELAÇÃO FORÇA-COMPRIMENTO

A relação Força-Comprimento diz que a força contrátil que um músculo é capaz


de produzir aumentar com o comprimento do mesmo e é máxima quando o músculo
está no comprimento de repouso, ponto onde existe a maior sobreposição dos
filamentos de actina e miosina.
A maior força total (força produzida no esqueleto) existe quando o músculo está
em uma posição alongada. O aumento da tensão que ocorre no músculo alongado,
entretanto, não é somente devido força de contração, mas também pela contribuição
dos componentes elásticos nos tecidos.

Um aumento na síntese proteica, uma diminuição na taxa de degradação


proteica ou uma combinação destes dois fatores é responsável pela
hipertrofia muscular (TOIGO, 2006, apud TRICOLI, 2018)

Para se conseguir a deformação plástica, a tensão aplicada com o exercício


de alongamento deve alcançar e permanecer, ou até mesmo superar ligeiramente o
limite elástico do tecido. Ainda segundo o autor, a manutenção da tensão
de alongamento causa o aumento no tamanho do tecido. Quando um músculo está
muito encurtado ocorre a sobreposição dos filamentos de actina e miosina, isso
acarreta em um número reduzido de ligações entre elas e, consequentemente, em um
menor potencial de desenvolvimento de força na contração. Da mesma forma, se o
músculo for alongado muito além do seu comprimento de repouso, o número de
pontes cruzadas também diminui, uma vez que a sobreposição dos filamentos
proteicos se reduz drasticamente. Os efeitos gerados com a aplicação de exercícios
de alongamento podem ser divididos em agudos (imediatos) e crônicos (ao longo do
tempo). Os agudos são resultado da flexibilização do componente elástico da unidade
32
musculotendínea. Já os efeitos crônicos são resultantes de um remodelamento
adaptativo do músculo, que se dá pelo acréscimo do número de sarcômeros em série
nas miofibrilas, implicando no aumento do comprimento do músculo

10 RELAÇÃO FORÇA-VELOCIDADE

A relação força-comprimento descreve a máxima força isométrica ativa que um


determinado músculo pode exercer em função do comprimento de seus elementos
contrateis. O uso sistemático do sistema músculo-esquelético para a realização de
uma atividade específica provoca adaptações na capacidade de produção de força
muscular. Essas adaptações podem modificar as propriedades intrínsecas
musculares e, dessa forma, alterar as duas maiores relações ligadas à mecânica
muscular: a relação força-comprimento e a relação força-velocidade.
Aproximadamente 40% de nosso peso corporal é formado por músculos
esqueléticos. Esses músculos, são denominados inicialmente por estarem presos do
esqueleto, são responsáveis pela produção de força em nosso organismo.

O treinamento de força muscular para crianças pode auxiliar na melhora do


desempenho de habilidades motoras. (SANDRES, 2001, apud BENETTI,
2005).

O músculo esquelético tem uma alta capacidade de adaptação d diferentes


tipos de estímulos. A recuperação de diferentes tipos de lesões musculares é um
exemplo dessa (re) adaptação. O exercício (ou ausência de exercício) produz
alterações nas propriedades ativas dos músculos esqueléticos, bem como adaptações
dos tecidos em sua volta, modificando o funcionamento de todo o sistema músculo-
esquelético.

33
11 PROPRIOCEPÇÃO, MOVIMENTOS REFLEXOS E TIPOS DE
ALONGAMENTOS

Fonte: fisiostore.com.br

11.1 Propriocepção

A propriocepção é a capacidade que o próprio corpo tem de avaliar em que


posição se encontra a fim de manter o perfeito equilíbrio estático, em movimento ou
ao realizar esforços. Acontece porque existem os proprioceptores que são células que
se encontram nos músculos, tendões e articulações e que enviam as informações ao
Sistema Nervoso Central que irá organizar a parte do corpo, mantendo a posição
correta, parado ou em movimento.
A propriocepção é muito importante para manter o equilíbrio corporal,
juntamente com o sistema vestibular que se encontra dento do ouvido e o sistema
visual, que também são fundamentais para ficar de pé, sem desequilibrar.
Quando o sistema proprioceptivo não está devidamente estimulado existe um
maior risco de quedas e entorses, e por isso é importante o seu treino em praticantes
de atividade física, mas também como fase final da reabilitação de todos os casos de
traumato-ortopedia.

34
A propriocepção, também é chamada de cinestesia, e pode ser classificada
como: Propriocepção consciente: acontece através de proprioceptores, que
permitem andar sobre uma corda bamba, sem cair;
Propriocepção inconsciente: são atividades involuntárias executadas pelo
sistema nervoso autônomo para regular as batidas do coração, por exemplo.

11.2 Movimentos reflexos

No processo de desenvolvimento motor é possível observar desde o


nascimento que a criança apresenta algumas pequenas movimentações,
denominados movimentos reflexos, que geralmente se originam de estímulos diversos
provenientes do meio externo, como som, luz, toque ou posição do corpo. Alguns dos
reflexos são bastante simples e mediados ao nível da medula espinhal, outros são
mais complexos e exigem a integração dos centros do tronco cerebral, os labirintos, e
outros centros nervosos em desenvolvimento.
Os primeiros movimentos que o feto faz são classificados como reflexos,
movimentos involuntários controlados subcorticalmente, ao passo que, possivelmente
venham a formar a base para as seguintes fases do desenvolvimento motor. Trata-se
de uma reação orgânica sucedida por uma excitação sensorial. Os receptores
sensoriais do organismo captam o estímulo e levam ao sistema nervoso, provocando
direta e imediatamente uma resposta motora.
Os movimentos reflexos podem ser: Inatos: Independem da aprendizagem e
são determinados conforme a bagagem biológica. Logo, são hereditários e quase
sempre permanentes. E adquiridos: Trata-se de reflexos condicionados ou
aprendidos, que para ocorrer dependem de uma história de associação entre
estímulos inatos, que levam a uma resposta reflexa a outros estímulos.

A fisiopatologia da espasticidade é pouco clara. Por muito tempo, atribuiu-se


a presença de reflexos de estiramento exacerbados na espasticidade a uma
hiperatividade dos neurônios motores gama, secundária à lesão das vias
supra espinhais inibitórios. (FONSECA E LIMA, 2008, apud, NUNES, 2010).

35
11.3 Alongamento

Alongamento muscular são exercícios físicos para manter ou desenvolver a


flexibilidade. O alongamento é uma das mais importantes categorias de exercícios que
podem ser prescritos para manter e restaurar o equilíbrio normal em cada uma destas
estruturas: o músculo, a fáscia, o tendão e o ligamento.
Possui como objetivos principais: Restaurar a amplitude de movimento
normal na articulação envolvida e a mobilidade das partes moles adjacentes a esta
articulação; aumentar a flexibilidade geral antes de exercícios vigorosos de
fortalecimento; minimizar o risco de lesões músculo-tendíneas relacionadas a
atividades físicas; prevenir o encurtamento ou tensionamento irreversíveis de grupos
musculares; facilitar o relaxamento muscular.

O alongamento é um termo geral usado para descrever qualquer manobra


terapêutica elaborada para aumentar o comprometimento de estruturas de
tecidos moles patologicamente encurtados e deste modo aumenta a
amplitude de movimento (ADM) (KISNER, 2005 apud, NUNES, 2010).

Tipos de alongamento: Estático: Consiste em alongar em repouso, alonga-se


o músculo até uma determinada posição e a mantém durante 10 a 30 segundos.
Implica alongar até o limite do confortável.
Dinâmico: Consiste em alongar dando impulso, mas sem exceder os limites dos
alongamentos estáticos
Ativo: É um tipo de alongamento estático que consiste em alongar usando o
músculo antagonista em assistência externa.
Passivo: É um tipo de alongamento estático no qual uma força externa
(companheiro, fisioterapeuta, entre outros) exerce sobre o membro a ser alongado.
Balístico: É como o alongamento dinâmico, mas forçando os limites dos
músculos. É realizado de forma rápida e com saltos.
Isométrico: É um tipo de alongamento estático em que os músculos implicados
fazem força contra o alongamento, deixa-se os músculos tensos para reduzir a tensão
PNF (Facilitação neuromuscular proprioceptiva ou FNP): É uma combinação
técnica de alongamento estático e isométrico que consiste em: um alongamento
estático seguido de uma contração isométrica contra a resistência desde a posição de
36
alongamento, a continuação tem lugar um relaxamento seguido de um novo
alongamento estático que incrementa o intervalo do movimento.

A flexibilidade é definida como a amplitude de um dado movimento articular


ou de um grupo de músculos e/ou articulações, quando solicitados na
realização de movimentos. (FERNANDES, 2008, apud SILVA, 2017).

12 POSTURA E EQUILÍBRIO CORPORAL ESTÁTICO E DINÂMICO

Fonte: posturaanatomia.com.br

O simples ato de se manter em equilíbrio estático requer que, pelo menos, três
condições devam ser atendidas:
As forças verticais que incidem no corpo possuem resultante nula.
As forças horizontais que incidem no corpo possuem resultante nula.
A somatória dos torques tem que ser nula.
Note que em todas as condições a força resultante é zero, pois caso contrário
o corpo estaria acelerando. Assim, se um corpo for deslocado, ele irá retornar à sua
posição original.

37
13 CINESIOLOGIA DOS COMPLEXOS ARTICULARES: OMBRO

Fonte: resumofisioterapia.com.br

13.1 Estudo da estrutura e função do ombro

A cintura escapular possui uma função importantíssima no movimento


coordenado do membro superior, permitindo movimentos extremamente finos e
delicados, como a preensão e a manipulação, serem realizados. Para que isto seja
possível a cintura escapular funciona como um elemento de sustentação de peso e
facilitador da mobilidade, provendo estabilidade e força para os músculos do cíngulo
superior.

O ombro possui dois planos de deslizamento escapulo torácico, entre a


escápula e o gradil costal, e o plano do túnel subacromial do músculo
supraespinhoso. (LIPPERT, 2003 apud, FERREIRA, 2015).

Ela é basicamente formada por um osso plano sobre a superfície dorsal, a


escápula, conectada com o maior osso do membro superior, o úmero. Que tem como
função principal fazer a ligação dos membros superiores com o tronco, utilizando o
esterno como elemento de conexão central, tendo em vista que o anel não é
completamente fechado na face posterior. Esta característica permite movimentos
independentes do membro superior direito e do membro superior esquerdo, auxiliando

38
na característica de movimentos que requerem habilidades de manipulação, destreza
e coordenação motora fina.
O complexo do ombro (cintura escapular) é formado por várias articulações:
Articulação esternoclavicular; Articulação Glenoumeral; Articulação escapulotorácica;
Articulação acromioclavicular.
Desta forma, observamos que o modelo anatômico da cintura escapular é
propício para que haja mobilidade no membro superior, permitindo que a mão tenha
abrangência dentro de uma esfera de movimento, limitada apenas pelo comprimento
do braço e do espaço tomado pelo corpo. Sua mecânica é determinada pela
combinação de suas articulações e músculos que controlam e exercem essa
mobilidade.

13.2 Movimentos do ombro

O ombro é uma articulação extremamente móvel, permitindo muita liberdade


para a extremidade do membro superior, os movimentos que ocorrem nesta
articulação:

Movimento Descrição Plano Eixo


Flexão Braço vai para Sagital Mediolateral
frente
Extensão Braço vai para Sagital Mediolateral
trás
Abdução Elevação lateral Frontal Sagital
do braço
Movimento de
Adução retorno da Frontal Sagital
abdução,
atravessando a
frente do corpo.
Rotação Girar o úmero Transversal Longitudinal
Interna medialmente
Rotação Girar o úmero Transversal Longitudinal
Externa lateralmente

39
No movimento de extensão a amplitude de movimento vai de 0° a 45°, com
ação dos músculos deltoide posterior, redondo maior, redondo menor, grande
dorsal e tríceps braquial (MARQUES, 1997, SILVA, 2013).

14 CINESIOLOGIA DOS COMPLEXOS ARTICULARES: COTOVELO, PUNHO E


MÃO

Fonte:cinesiologiapratica.com.br

14.1 Estudo da estrutura e função do cotovelo, punho e mão

Cotovelo: O cotovelo por estar localizado centralmente no membro superior,


apresenta funções que se correlacionam com as funções do ombro e do punho. Ele
é formado por três articulações sinoviais envoltas por cápsula articular que,
conjuntamente com o sistema ligamentar, fornece estabilidade estática.
Articulação umeroradial; Articulação ulmeroulnar; Articulação rádio-ulnar
proximal.
Articulação umeroradial: A articulação umeroradial é definida como uma
articulação sinovial plana, permitindo apenas o deslizamento do capítulo do úmero, é
estabilizada pelo ligamento colateral lateral (radial). Sua amplitude de movimento ativo
é de 0° a 150° de flexão e 0° a 100° de extensão.
Articulação ulmeroulnar: Articulação úmero-ulnar é do tipo sinovial gínglima,
que realiza os movimentos de flexão e hiperextensão do cotovelo, e caso o cotovelo
40
esteja levemente flexionado, realiza o deslizamento medial e lateral da ulna como
movimentos acessórios. Estabilizada pelo ligamento colateral medial.
Articulação rádio-ulnar proximal: Articulação rádio-ulnar proximal é
classificada como articulação sinovial trocoide, a qual realiza os movimentos de
supinação e pronação do antebraço, na amplitude de movimento de 0° a 80°.
Estabilizada pelos ligamentos anular, ligamento quadrado, cápsula articular.

O cíngulo do membro superior é um termo usado para descrever as


articulações entre os ossos da escápula, da clavícula e do esterno.
(MARQUES, 2003, apud PETERMANN, 2017).

14.2 Movimentos do cotovelo

O movimento de flexão do braço é realizado pelo músculo braquiorradial,


braquial e bíceps braquial, com amplitude de movimento de 0° a 15°. Enquanto que a
extensão, que é realizada pelo músculo tríceps braquial, extensor radial curto do carpo,
extensor radial longo do carpo, extensor curto do carpo e ancôneo, possui amplitude
de movimento variando de 0° a 100°.
O movimento de supinação é realizado pelos músculos braquiorradial e
supinador. Já o movimento de pronação é realizado pelos músculos pronadores, com
amplitude variando de 0° a 80° tanto na pronação quanto na supinação.
Esses movimentos ocorrem muitas vezes de forma combinada, sendo as mais
comuns a supino-extensão, com ativação dos músculos braquiorradial, extensor radial
curto do carpo, extensor radial longo do carpo, extensor ulnar do carpo, extensor dos
dedos e extensor do quinto dedo. E o outro movimento combinado é de flexão-
pronação com ação dos músculos pronador redondo, pronador quadrado, flexor radial
do carpo, palmar longo, flexor ulnar do carpo e flexor superficial dos dedos.
Punho: A articulação do punho é formada pela junção do rádio, da ulna e dos
ossos do carpo. Neste complexo temos as articulações radioulnar distal, que é
estabilizada pelos ligamentos anteriores e posteriores a ela. Possui uma pequena
cápsula articular que permite os movimentos de pronação e supinação. Já a
articulação radiocárpica é formada pela união do rádio com o escafoide e os ossos
distais do carpo, é estabilizada pelos ligamentos colaterais radial e ulnar e os

41
ligamentos radiocárpicos. Enquanto que a ulna se articula com o cuneiforme. E a
articulação radioulnar distal, onde temos o rádio e a ulna conectados por uma
membrana interóssea.

A cinesioterapia é um meio de acelerar a recuperação do paciente.


(GARDINER, 1995, apud SOUZA, 2018)

Mão: No punho e na mão existem 29 ossos (8 ossos do carpo, 5 ossos do


metacarpo, 14 falanges, rádio e ulna) e mais de 20 articulações (KONIN, 2006). Os
ossos da mão são divididos em três partes: Ossos da fileira proximal do carpo; Ossos
da fileira distal do carpo; Falanges.
Os ossos do carpo na fileira proximal são formados por: escafoide, semilunar,
piramidal e pisiforme. Na fileira distal temos: trapézio, trapezoide, capitato e Amato.
Existem cinco ossos do metacarpo, que são denominados de um a cinco, a partir
do lado radial. Suas cabeças articulam-se com as falanges proximais e suas bases
articulam-se com os ossos da fileira distal do carpo. Cada dedo é formado por três
falanges: proximal, média e distal, exceto o polegar, que não possui falange média.
Articulações: Articulações interfalangeanas;
Articulações metacarpofalangeanas;
Articulações carpometacárpicas;
Articulação trapeziometacárpica.

No sistema ligamentar existem dois ligamentos que estabilizam o punho


(ligamento colateral radial do carpo e ligamento colateral ulnar), e muitos
ligamentos pequenos que estabilizam o carpo. Ligamento radiocarpal palmar
que restringe a extensão do punho (LIPPERT, 2003).

14.3 Movimentos do Punho e Mão

Os movimentos do punho e das mãos são executados por muitos músculos,


não volumosos, mas específicos para fornecerem a capacidade de movimentos finos
e coordenados. As mãos realizam movimentos importantes nas atividades de vida
diária, realizando funções de preensão, manipulação precisa e movimentos rápidos.
A flexão do punho é executada pelos músculos flexor radial do carpo, flexor
ulnar do carpo e palmar longo, com amplitude de movimento variando de 0° a 80°.

42
Já a extensão do punho é realizada pelos músculos extensor radial longo do carpo,
extensor radial curto do carpo e extensor ulnar do carpo, com amplitude de
movimento que varia de 0° a 70°.
Outro movimento que ocorre no punho é o desvio radial, com pequena
amplitude de movimento variando de 0° a 20°, é executado pelos músculos flexor
radial do carpo, extensor radial longo do carpo, extensor radial curto do carpo.
Enquanto que o desvio ulnar, possui amplitude de movimento de 0° a 30°, realizados
pelos músculos flexor ulnar do carpo e extensor ulnar do carpo.
Nos dedos temos o movimento de flexão que é realizado pelos músculos
interósseo dorsal, interósseos palmares, lumbricais, flexor curto do dedo mínimo,
flexor superficial dos dedos e flexor profundo dos dedos. Já a extensão dos dedos é
realizada pelos músculos interósseo, lumbricais e extensor dos dedos.
Outro movimento realizado pelos dedos é o de adução que é executado pelos
músculos interósseos palmares. Enquanto que a abdução é realizada pelos músculos
interósseos dorsais e o abdutor do dedo mínimo.
Observação: A mão possui grande destaque, sendo que qualquer lesão
neste segmento terá como consequência grande impacto na funcionalidade. Parte
desta funcionalidade se deve ao polegar, devido ao seu movimento de oposição
que permite que objetos sejam apanhados de forma delicada e precisa

43
15 CINESIOLOGIA DOS COMPLEXOS ARTICULARES: COLUNA VERTEBRAL

Fonte: treinoemfoco.com.br

15.1 Estudo da estrutura e função da coluna vertebral

O ser humano sofre algumas alterações posturais patológicas, levando ao


aumento ou diminuição de alguma ou várias curvaturas, são as chamadas hiperlordose,
hiperciofoses, hipolordoses e hipocifoses. Existe outra curvatura patológica conhecida
como escoliose, esta, mais grave, podendo estar associada a fatores genéticos e se
caracterizar por desvios laterais da coluna vertebral, ela pode ser adquirida, congênita
ou idiopática (sem causa aparente).
As vértebras são peças ósseas irregulares, que compõem a coluna vertebral,
estas apresentam características gerais, similares a quase todas (com exceção da 1ª
e da 2ª vértebra cervical), e características especificas que as diferem uma das outras.
Corpo: é a maior parte da vértebra, e sua função é a sustentação.
Processo Espinhoso: é a parte do arco ósseo que se situa medialmente e
posteriormente, responsável pela movimentação.
Processo Transverso: são dois prolongamentos laterais, direito e esquerdo,
que se projetam transversalmente de cada lado do ponto de união do pedículo com a
lâmina, atua junto com o processo espinhoso na movimentação.

44
Processos Articulares: são saliências que se destinam à articulação das
vértebras entre si, duas projeções superiores e duas projeções inferiores, tendo como
função a obstrução.
Lâminas: liga o processo espinhoso ao processo transverso, tendo a função
de proteção.
Pedículos: são partes mais estreitadas, responsáveis por ligar o processo
transverso ao corpo vertebral, atua junto às lâminas na função de proteção.
Forame Vertebral: situado posteriormente ao corpo, limitado lateral e
posteriormente pelo arco ósseo, atua na função de proteção.
Quando se trata de conhecer as vértebras e suas particularidades, faz-se
necessário entender que além das características gerais pode-se estudá-las sobre
outros dois aspectos: características regionais e individuais, essas características ser-
vem como meio de diferenciação destas com os demais ossos do esqueleto.
Vértebras Cervicais: Diferenciam das demais vértebras por possuírem um
forame no processo transverso. Sua posição anatômica é facilmente identificada pelo
processo espinho- so que é posterior e inferior.
Vértebras Torácicas: Possuem um processo espinhoso não bifurcado,
conectam-se ás costelas formando uma parte da parede do tórax, sendo que as
superfícies articulares são chamadas de fóveas e hemifóveas. Em número de 12,
abreviadas T1-T12. Essa parte da coluna possui discos intervertebrais finos e
estreitos, sendo assim a coluna torácica possui um limite no volume de movimentos
se comparados ás porções lombar e cervical. Além disso, o espaço do canal vertebral
é menor, isso tudo contribui para essa região ser mais acometida por lesões.

Na clavícula se insere os músculos trapézio e subclávio e se origina os


músculos esternocleidomastoideo e esterno-hioide, medialmente se insere
com o peitoral maior e na face ântero-inferior do terço distal, o músculo
deltoide. (MAGEE, 2005, apud FERREIRRA, 2015).

Vértebras Lombares: Existem em número de cinco abreviadas L1-L5,


localizam na porção mais baixa da coluna, chamada de coluna lombar, são as maiores
de toda a coluna, o canal es- pinhal lombar é o mais largo de toda a coluna, e seu
tamanho permite mais espaço aos nervos, apresenta o forame vertebral em forma
triangular e um processo trans- verso chamado apêndice costiforme.
45
A sustentação da coluna é reforçada por seis estruturas ligamentosas: o liga-
mento amarelo, interespinhal e supraespinhal que atuam na flexão e estão mais
presentes na região lombar; o ligamento nucal é a continuação do ligamento
supraespinhal, agora localizado na região cervical; os ligamentos longitudinais
estendem-se do áxis ao sacro, o anterior limita a extensão ou lordose excessiva e o
posterior limita a flexão, reforçando o anel fibroso.

A coluna vertebral é uma articulação em série muito complexa, e


didaticamente está dividida em três segmentos: cervical, torácica e lombar.
Como é uma haste multiarticulada, os movimentos da coluna vertebral
ocorrem como resultado de movimentos combinados das vértebras
individuais. (LIPPERT, 2008, apud PETERMANN, 2017)

16 CINESIOLOGIA DOS COMPLEXOS ARTICULARES: QUADRIL E JOELHO

Fonte: anatomiahumana.com

16.1 Estudo da estrutura e função do quadril e joelho

O quadril é uma verdadeira articulação do tipo esférico circundado por músculos


potentes e muito equilibrados, permitindo uma ampla amplitude de movimento em
todos os planos, além de prover grande estabilidade. Características muito úteis em
atividades simples, como caminhar e correr e no suporte do peso corporal. Além disso

46
é um importante componente de junção do esqueleto axial com o esqueleto
apendicular.
O fornecimento da junção entre os membros inferiores e o esqueleto axial
serve para transmissão de forças do solo para o tronco.
Essa junção é crucial para a execução de atividades esportivas, uma vez
que é frequentemente exposta a grandes forças axiais e torcionais, por possuir
características únicas, anatômica e fisiologicamente.
Os movimentos que ocorrem no quadril são realizados pela articulação do
quadril (coxofemoral), que possui grande mobilidade e é muito estável. Ela possui
quatro características de uma articulação sinovial ou diartrodial:
Cavidade articular; cobertas por cartilagem articular; Membrana sinovial com
produção de líquido sinovial; Ligamentos capsulares.

O quadril ou articulação femoroacetabular é uma articulação estável


construída para o apoio de peso. As forças provenientes dos membros
inferiores são transmitidas para cima por meio do quadril para a pelve e o
tronco durante a marcha, o quadril também sustenta o peso da cabeça, tronco
e membros superiores. (KISNER, 2009, apud PETERMANN, 2017).

Sendo composta pela cabeça do fêmur, colo do fêmur, acetábulo e um


complexo sistema ligamentar. A cabeça femoral é revestida por uma cartilagem, e
ela se encaixa no acetábulo que está situado na extremidade do ilíaco, ela é
lubrificada pela quantidade de líquido sinovial (composta por água e proteínas). É
fixada pelos ligamentos pubofemoral, iliofemoral, transverso do acetábulo e
redondo. A região da cabeça femoral coberta pelo acetábulo corresponde a 60% a
70% da esfera, sendo o restante uma área não coberta no centro da cabeça
femoral.
O acetábulo é formado por contribuições ósseas do ílio (aproximadamente
40%), ísquio (40%) e púbis (20%). A superfície articular é ovalada, cartilagem articular
em formato de ferradura. Na parte inferior temos o ligamento inferior transverso, na
margem do acetábulo temos o lábio fibrocartilaginoso, este atua distribuindo as forças
ao redor da articulação. Além disto, o lábio fibrocartilaginoso restringe o movimento
do líquido sinovial.

47
Existe também um lábio glenoidal, que circunda o acetábulo terminando
inferiormente onde o ligamento acetabular transverso circunda a fossa acetabular.
A cabeça do fêmur é articulada ao colo do fêmur, que varia em comprimento
dependendo do tamanho corporal. Seus ângulos permitem uma classificação que vai
desde a coxa valga até a coxa vara. O ângulo do colo do fêmur é geralmente em torno
de 125°, passando de 130° na coxa valga e menor que 120° na coxa vara. Além disto,
a rotação anterior do colo do fêmur no plano coronal é referida como anteversão
femoral, cuja angulação varia de 15° a 20°.
A cápsula articular fornece grande estabilidade conjuntamente com os
ligamentos capsulares. O ligamento iliofemoral pode ser visto anteriormente no
quadril e possui a forma de “Y” invertido, ligando o ílio com a linha intertroncatérica
do fêmur. Este é um ligamento extremamente forte e suporta força tensionais de
até 350 N. Temos ainda o ligamento pubofemoral, localizado inferior e
posteriormente ao ligamento iliofemoral, contribuindo para a força da porção
anteroinferior da cápsula. Posteriormente, o ligamento isquiofemoral, que é
extremamente forte. Em resumo, anteriormente, temos os ligamentos iliofemoral e
pubofemoral e, posteriormente, os ligamentos iliofemoral e isquiofemoral.
Cinesiologia do quadril: Como mencionado anteriormente, a articulação
do quadril possui uma ampla mobilidade, em movimentos considerados simples
dentro do contexto cinesiológico. Temos os movimentos de flexão, extensão,
abdução, adução, rotação interna (medial) e rotação externa (lateral), todos
descritos a seguir.

A pelve, também chamada de cíngulo do membro inferior, é formado por


quatro ossos, o sacro, o cóccix e os dois ossos do quadril, compreendendo o
ílio, o ísquio e o púbis. A pelve é o elo entre a coluna e os membros inferiores.
Desse modo, a movimentação da pelve causa o movimento do quadril e da
coluna lombar. (KISNER, 2009, apud PETERMANN, 2017).

Nos movimentos de flexão e extensão, a perna se desloca para frente em


direção ao tronco e para trás em direção às costas, respectivamente. Ambos os
movimentos ocorrem no plano sagital e eixo transversal.
Já nos movimentos de abdução e adução, a perna se movimenta para o lado
em relação ao plano sagital e retorna para o centro passando pela linha média do

48
corpo, respectivamente. Estes movimentos ocorrem no plano frontal e eixo
anteroposterior (sagital).
Outro movimento que ocorre na articulação do quadril é o de rotação, que
pode ser lateral, quando o membro inferior gira em torno do seu próprio eixo com
sentido externo, e pode ser medial, que ocorre quando o membro inferior gira em
torno do seu próprio eixo com sentido interno.
E há outro movimento que ocorre na articulação coxofemoral, que ocorre
quando todos esses movimentos descritos acima se combinam, temos o
movimento de circundução, fazendo com que o membro inferior realize uma
trajetória combinada circular.

Os estudos sobre as forças envolvidas trazem que a força de adução é menor


que a força de abdução, e que o movimento de rotação externa do membro
inferior ocorre acima do joelho (COHEN, 2003).

Joelho: A articulação do joelho é importantíssima na realização de movimentos


dos membros inferiores, parte disto se deve à sua localização, entre o quadril e o pé,
e às funções de absorção do impacto, estabilização e geração de força para
movimentar a perna.
O joelho é classificado como uma articulação condiloide, formada pela
extremidade distal do fêmur, extremidade proximal da tíbia e pela patela. Nas suas
relações anatômicas, observamos a formação de três compartimentos:
Compartimento tibiofemoral medial: contato entre o côndilo femoral medial
com a face articular superior da tíbia.
Compartimento tibiofemoral lateral: contato entre o côndilo femoral lateral
com a face articular superior da tíbia.
Patelofemoral anterior: contato entre a troclea com a patela. Entre a tíbia e o
fêmur, temos os meniscos, que são discos fibrocartilaginosos, situados entre os
côndilos femorais e os platôs tibiais. Existem dois meniscos semilunares em cada
joelho, o menisco medial e o menisco lateral. Já a patela é um osso sesamoide,
desenvolvido dentro do tendão do quadríceps.

A articulação fibrosa tem uma fina camada de periósteo fibroso entre os dois
ossos, destas existem três tipos: sinartrose, sindesmose e gonfose.
(LIPPERT, 2008, apud PETERMANN, 2017).
49
Cinesiologia do joelho: Na articulação do joelho observaremos,
principalmente, dois movimentos, flexão e extensão, porém outros movimentos
ocorrem dependendo da posição do que são rotações da tíbia durante esses
movimentos descritos anteriormente. Essas rotações ocorrem de forma acessória
apenas quando o joelho está em flexão.
Em uma análise mais detalhada dos movimentos do joelho, observam-se os
movimentos translacionais (anteroposteriores, mediolateral e compressão- distração)
e os movimentos rotacionais (flexão-extensão, varo-valgo, rotação interna-rotação
externa. No plano sagital, temos os movimentos de flexão e extensão, envolvendo
os movimentos de rolamento (no início da flexão) e deslizamento (no final da
extensão). Já durante a extensão, a tíbia rola anteriormente sobre o fêmur,
enquanto que durante a flexão a tíbia rola posteriormente sobre o fêmur. Entre 0°
de extensão e 20° de flexão temos a relativa rotação interna da tíbia, já em 90° de
flexão temos uma rotação externa do joelho (0-45°) e rotação interna (0-30°). Vários
músculos atuam no movimento de flexão do joelho, são eles o músculo bíceps
femoral, semitendinoso, semimembranoso, grácil, sartório, gastrocnêmio, poplíteo
e plantar. Já durante o movimento de extensão, os músculos que executam são, na
verdade, um complexo de quatro músculos, o quadríceps, formado pelo
retofemoral, vasto lateral, vasto medial e vasto intermédio.

O desenvolvimento da locomoção em terrenos irregulares, especialmente o


andar, tem sido extensivamente estudado desde o primeiro terço deste
século; recentemente, pesquisas envolvendo a manipulação do tipo de
superfície sobre a qual as pessoas realizam suas ações, como no saltar, no
andar e saltar e no rolar, indicam pequenas alterações no padrão motor em
função da superfície de apoio, apontando flexibilidade e adaptação do
sistema a mudanças ambientais. (PEROTTI, 1998, apud MENUCHI, 2017).

Já o movimento de rotação lateral é controlado pelo bíceps femoral,


enquanto que o movimento de rotação interna é realizado pelos músculos
poplíteo, semitendinoso, semimembranoso, sartório e grácil. Lembrando que
esses movimentos de rotação ocorrem somente quando o joelho está flexionado.
No plano frontal, com o joelho em extensão completa, nenhuma abdução ou
adução é possível, com o joelho em flexão de 30° é possível realizar alguns graus de

50
abdução e adução passiva e, em amplitudes maiores que 30°, a mobilidade diminui
devido à restrição tecidual.,
A articulação do joelho está localizada entre o fêmur e a tíbia, portanto, em uma
análise dos vetores de força, ela encontra-se entre dois importantes braços de
alavanca, e possui função de sustentação e de mobilidade do membro inferior. A
articulação do joelho é importante para a manutenção da postura ortostática (em pé),
fornece grande estabilidade durante a caminhada e é um complexo importantíssimo
do movimento dos membros inferiores. Ela carrega e transmite as forças compressivas
que atuam nas superfícies articulares (estabilidade estática), as forças tensivas nos
ligamentos e músculos (estabilidade dinâmica).
A estabilidade é fornecida pela cápsula articular e ligamentos (estabilidade
estática), além e dos próprios músculos (estabilidade dinâmica), tendo maior
estabilidade durante a extensão devido à maior congruência da articulação e
complementada pela força da gravidade.
Desta forma, podemos definir várias funções para o menisco:
Suporte de peso; Estabilidade; Absorção do impacto; Atua como uma polia
alterando a direção da força aplicada pelo quadríceps; ajuda a suportar o trabalho do
quadríceps durante sua contração na extensão, e até durante a flexão; aumentar o
momento de força do joelho; proteger a superfície articular do joelho; distribuir
pressão; ajustar a força articular.
Outra estrutura importante nas características mecânicas do joelho é a patela,
que tem como função a proteção da face anterior da articulação, e atua como polia,
alterando o ângulo de fixação do ligamento da patela na tuberosidade da tíbia,
proporcionando maior vantagem mecânica ao quadríceps. Isto ocorre pelo aumento
da distância do braço de força. Na patela, temos várias forças agindo:
Lateralmente: retináculo lateral, vasto lateral e trato iliotibial; Medialmente:
retináculo medial, vasto medial; Superiormente: quadríceps; Inferiormente: ligamento
patelar.

51
17 CINESIOLOGIA DOS COMPLEXOS ARTICULARES: TORNOZELO E PÉ

Fonte: cinesiobiomecanica.com.br

17.1 Estudo da estrutura e função do tornozelo e pé

O complexo do pé e tornozelo é extremamente complexo, composto por


múltiplas articulações. O tornozelo é formado pelas articulações tibiotalar e subtalar,
completadas pelas articulações tibiofibular inferior e fibulotalar.
Um importante sistema ligamentar atua proporcionando estabilidade à
articulação, que pode ser complementada por momentos de força da musculatura
extrínseca. Os músculos atuam aplicando forças nos ossos, através dos seus
tendões, proporcionando instantâneos braços de alavanca relativos ao centro da
articulação.

Os ossos do tornozelo e do pé consistem nas regiões distais da tíbia e da


fíbula, sete tarsais, cinco metatarsais e 14 falanges. (RASCH, 2008,
PETERMANN, 2017).

É importante destacar que no tálus não temos um tendão atuando, ele é


controlado pelos ligamentos e pelas forças de contato de outras estruturas ósseas.
Portanto, a estabilidade deste complexo se deve passivamente às limitações
impostas pela própria conformação anatômica associada com os ligamentos e
52
superfícies articulares, enquanto que a estabilidade dinâmica é proporcionada pela
interação entre músculos, ligamentos e superfícies articulares em resposta às forças
externas durante atividades cotidianas, como a caminhada.
Os ligamentos calcaneofibular e calcaneotibial controlam a rotação que ocorre
na articulação do tornozelo, controlando o deslocamento posterior da plantiflexão e
deslocamento anterior na dorsiflexão.
Nos pés, temos as articulações metatarsofalangeanas e interfalangeanas que
são articulações condiloides e biaxiais. O pé é funcionalmente dividido em retropé
(tálus e calcâneo) e mediopé (navicular e cuboide), todas essas articulações são
consideradas planas ou gínglimas.
Cinesiologia do tornozelo e pé: O pé e tornozelo são estruturas
extremamente móveis que atuam permitindo boa amplitude de movimento e
suporte do peso corporal.
Plano Eixo Movimento
Sagital Transversal Dorsiflexão e Plantiflexão
Flexão dos dedos
Frontal Sagital Inversão e Eversão
Transverso Longitudinal Abdução e Adução

Existem vários valores normativos sobre a amplitude de movimento do


tornozelo, todavia, esses valores sofrem variações amplas em decorrência de
alterações de medidas e morfológicas. Assim, podemos tentar estabelecer como
valores normais de amplitude de movimento:
Flexão plantar: 45° a 65°; Dorsiflexão: 10° a 30°; Inversão: 0° a 20°; Eversão:
0° a 10°.
O movimento da articulação do tornozelo pode ser dividido entre as articulações
do tornozelo e subtalar, sendo que a maior parte da plantiflexão e dorsiflexão ocorrem
no tornozelo (63º) e menor parte na articulação subtalar.

Durante a locomoção, cada passada envolve a participação alternada dos


membros inferiores direito e esquerdo, e cada um se desloca em um
determinado padrão espaço-temporal em relação ao outro. (BARELA, 1997,
MENUCHI, 2017).

53
Já quando observamos a combinação da eversão com a dorsiflexão e inversão
com a plantiflexão, vemos que 49° ocorrem no tornozelo e 30° na articulação subtalar.
Porém, nesta articulação, os movimentos não ocorrem de maneira simples,
é comum ocorrerem movimentos triplanares que combinam dorsiflexão, abdução
e eversão, e na outra direção ocorrem os movimentos de flexão plantar, adução e
inversão. Esses movimentos ocorrem no eixo oblíquo e são descritos
historicamente da seguinte forma:
Pronação: dorsiflexão, abdução e eversão;
Supinação: flexão plantar, adução e inversão.
Além disto, o pé pode estar em outras posições, que ocorre através da
fixação resultante de uma compensação por uma deformidade estrutural:
Valgo: posição medializada do calcâneo, em decorrência da supinação.
Varo: posição lateralizado do calcâneo, em decorrência da pronação.
Pé plano: caracterizado por uma pronação da articulação subtalar ou
articulação tarsal transversa. Frequentemente descrita como pé pronado.
Pé cavo: caracterizado por uma supinação da articulação subtalar ou
articulação tarsal transversa. Frequentemente descrita como pé supinado.

18 MARCHA

Fonte: portaldoenvelhecimento.com.br

54
O caminhar é a maneira utilizada para locomover-se com os pés. A marcha é
considerada o processo de caminhada. Cada pessoa apresenta o seu estilo individual
de caminhada. A literatura apresenta que o estilo de caminhado pode ser diretamente
influenciada pelo humor do indivíduo. Por exemplo, quando se está feliz os passos
são mais leves e pode haver mais vitalidade ao caminhar. Do contrário quando se está
triste ou deprimido, os passos podem ser mais arrastados. Um ponto interessante que
o padrão de caminhada ou marcha de algumas pessoas é tão singular que é possível
identifica-las de longe, mesmo sem que se posso identificar de forma nítida o rosto.
A caminhada requer equilíbrio sobre um membro inferior enquanto o outro
move-se para frente. Também é necessário além do moimento dos membros
inferiores, movimentos do tronco e membros superiores. O ciclo da marcha pode ser
dividido em duas fases: fase de apoio e fase do balanço.

18.1 Componentes da marcha

Para descrever de forma objetivo a marcha algumas definições são


necessárias. O ciclo da marcha, também chamado de passada, é a atividade ocorrida
entre o momento em que um pé toca o solo e o momento em que esse mesmo pé
toca o solo novamente.
O comprimento da passada é a distância percorrida durante o ciclo da marcha.
O passo é metade de uma passada. Dois passos (um direito e um esquerdo)
equivalem a uma passada ou um ciclo da marcha, esses passos devem ser iguais. O
comprimento do passo é a distância entre o toque do calcanhar de um pé no solo e o
toque do calcanhar do outro é no solo. Um ponto importante é que um aumento ou
diminuição da velocidade de caminhada aumenta ou diminui o comprimento do passo,
respectivamente. Qualquer que sejam a velocidade, os comprimentos dos passos
deverão ser iguais nos dois membros inferiores, para que se tenha uma marcha
coordenada e equilibrada.
A velocidade da caminhada ou cadência, é o número de passos por minuto e
varia muito. Por exemplo, uma caminhada lenta pode ser de apenas 70 passos por

55
minuto. Por outro lado, em uma caminhada rápida o indivíduo poderá alcançar um
número de 130 passos por minuto.

A teoria do pêndulo invertido entra em conflito com a teoria dos seis


determinantes da marcha, sendo que as duas teorias de marcha servem o
princípio da redução do dispêndio energético, mais no sentido de oposição
do que no sentido de complementaridade (DOKE, 2007, apud SOUSA, 2010).

18.2 Ciclo da marcha

A literatura apresenta que o ciclo da marcha é constituído por duas fases: a


fase do apoio e do balanço:
Fase do apoio: é a atividade que ocorre quando o pé está em contato com o
solo. Essa fase inicia-se quando o calcanhar de um pé toca o solo e termina quando
esse pé sai (eleva-se) do solo.
Fase do balanço: essa atividade ocorre quando o pé não está em contato com
o solo. Inicia-se assim que o pé sai do solo e termina quando o calcanhar do mesmo
pé toca o solo novamente.

19 CONCLUSÃO

A cinesiologia tem como principal objetivo estudar o movimento humano em


sua totalidade, especificando e especializando as estruturas que realizam os
movimentos, tais como a musculatura, as estruturas ósseas, as articulações, os
tecidos moles presentes nas articulações, as fáscias, tendões, ligamentos e demais
estruturas que possam estar envolvidas com a execução do movimento em qualquer
plano e eixo.
Compreender o movimento humano na perspectiva anatômica e funcional é
importante, uma vez que a história evolutiva do homem o moldou para a atividade
física.
A importância de estudar Cinesiologia diz respeito ao fato de que ao
compreender as causas e efeitos do movimento podemos, através do uso deste
conhecimento, estabelecer os limites aceitáveis de estresse que as estruturas

56
locomotoras do corpo humano são capazes de suportar. Isto assume especial
importância na prescrição do exercício físico para as diferentes populações, tanto para
a melhoria das capacidades físicas, quanto para a elucidação dos mecanismos que
acarretam lesões no sistema muscular e esquelético humano.

57
20 BIBLIOGRAFIAS

BARELA, J. A. Perspectiva dos sistemas dinâmicos: teoria e aplicação no estudo


do desenvolvimento motor. Coletânea de estudos: comportamento motor. São
Paulo: Movimento, 1997.

BENETTI G., SCHNEIDER P., MEYER, F., Os benefícios do esporte e a


importância da treinabilidade da força muscular de pré-púberes atletas de
voleibol, 2005.

DOKE, J; KUO, A. Custo metabólico da geração de força durante o balanço das


pernas humanas. Trabalho apresentado em XX Congresso da ISB, 2007

EJNISMAN, B. Lesões musculoesqueléticas no ombro do atleta: mecanismo de


lesão, diagnostico e retorno a pratica esportiva. Revista Brasileira de Ortopedia,
2001.

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2ºed. Rio de Janeiro: Ed. Sprint, 2008.

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