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Teória e Prática
Autores:
Adelino Bucuane;
Betuel Canhanga;
Teresa Mondlane;
Clarinda Nhamgumbe;
versao 1.01
2
Prefácio
Agradecemos a todos que de forma directa ou indirecta fizeram parte desta obra. Ao escrevê-la
inspiramo-nos nos princı́pios de um grande Professor que postula a ideia de que ”...ensinar é lem-
brar aos outros que eles sabem tanto quanto você!...”e procuramos de modo detalhado mostrar
momentos importantes para a construção de valores e saberes Matemáticos.
Se dedicarmo-nos a lembrar ao estudante ou leitor que ele sabe, então estaremos a incitar a orga-
nização e construção de seu proprio conhecimento buscando dessa forma a base do estudante na
centralização do processo de ensino. Esta abordagem tem sido previlegiada nos ultimos tempos, razão
pela qual preparamos esta obra dando prioridade a actividade individual e colectiva dos estudantes
destacando o Professor como alguem que disperta nos estudantes a direcção e os caminhos a seguir
para a sua aprendisagem.
Dividida em quatro capı́tulos, o primeiro faz uma revisão de componentes necessárias para o acom-
panhamento do manual. O segundo capı́tulo fala sobre sucessões numéricas, limites de sucessões
numéricas, funções reais de uma variável real, limites e continuidade. O segundo capı́tulo estuda
o conceito de derivada de funções e suas aplicações em estudos Matemáticos e áreas afins; o ter-
ceiro aborda a integração segundo Rieman, suas propriedades e aplicações. Ao longo do manual
desenvolvem-se temas e da-se primor a construção dos saberes orientados a aplicações imediatas em
ciências e economia, garantindo também a criação de bases para o prosseguimento de estudos em Ma-
temática II e em outras disciplinas que buscam na Matemática a fonte para a persepção e resolução
de seus problemas.
Apresentamos exemplos com diferentes aplicações aos temas aqui abordados, dando-se primasia a
capacidade do estudante encontrar problemas práticos que apliquem os conceitos estudados. No fim
de cada capı́tulo, poderá encontrar uma colecção de exercı́cios que obrigatoriamente deverá resolver
antes de prosseguir com a sua leitura.
Consideramos esta obra ainda não acabada, a sua terceira versão será publicada em inicios de 2016,
por isso, esperamos receber de Si observações, comentários e crı́ticas que naturalmente servirão para
enriquecer este produto. Dispomos do email canhanga@uem.mz para crı́ticas, crı́ticas e crı́ticas. Cri-
tique por favor, sabemos que só assim iremos um dia atingir melhores patamares. Sua crı́tica vai
ajudar-nos a melhorar.
Com desejos de que a leitura desta brochura seja fascinante, a nossa espectativa é de despertar em Si,
3
mais do que o saber, a preciosa vontade de aprender hoje, aprender para sempre, e aprender sempre.
Bem Haja.
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Conteúdo
1 Preliminares 9
1.1 Aula 1 - Teórica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
1.1.1 Conjuntos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
1.1.2 Notações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
1.1.3 Formas de definição de um conjunto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
1.1.4 Relacções de Pertença . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
1.1.5 Cardinal de um conjunto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
1.1.6 Conjuntos Finitos e Conjuntos Infinitos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
1.1.7 Igualdade de Conjuntos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
1.1.8 Conjunto Nulo ou Conjunto Vazio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
1.1.9 Conjunto Universo ou Universal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
1.1.10 Subconjuntos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
1.1.11 Conjunto de conjunto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
1.1.12 Simbologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
1.1.13 Operações Sobre Conjuntos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
1.1.14 Razões e Proporções . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
1.1.15 Percentagens . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
1.2 Aula 2 - Prática . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
1.3 Aula 3 - Teórica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
1.3.1 Algebra e expressões algebricas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
1.3.2 Expressões numéricas e valor numérico de uma expressão . . . . . . . . . . . . 34
1.3.3 Domı́nio de Expressões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
1.3.4 Valores Numéricos de uma Expressão Literal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
1.3.5 Polinómios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
1.3.6 Monómios Semelhantes e Monómios Iguais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
1.3.7 Operações sobre Monómios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
1.3.8 Polinómios Semelhantes e Polinómios Iguais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
4
5
Preliminares
1.1.1 Conjuntos
A teoria de conjuntos é uma parte da Matemática que é aplicada em muitos campos da ciência tais
como: estatı́stica, engenharia, economia. Debrussar-nos-emos sobre linhagens básicas da teoria de
conjuntos. Os estudantes, deverão com muito cuidado ler a componente teórica e resolver paulatina e
atenciosamente os exercı́cios aqui sugeridos.
1.1.2 Notações
9
10 Matemática I - Da teoria à Prática
Exemplo 1.2.
Exemplo 1.3.
A = {a,e,i,o,u}
Observação 1.1. Veja que no exemplo anterior os elementos do conjunto aparecem separados pelo
sinal da vı́rgula.
Os elementos de um conjunto aparecem entre chavetas ”{}”. Designa-se a esta forma de representar
conjuntos Forma tabular ou Representação por extensão.
B = {x : x = 2k − 1, k ∈ N}
Lê-se:
B é um conjunto de números x tal que esses números são ı́mpares. Designa-se a esta meneira
de construir ou representar um conjunto Representação por compreensão.
Diz-se que um conjunto está bem definido, quando claramente se identificam os seus elementos. Exis-
tem 3 formas de definição de um conjunto:
• Extensão;
• Compreensão;
• Diagrama de Venn.
Definção 1.2. Um conjunto diz-se definido ou representado por extensão quando é ”extendido”,
lista-se todos os seus elementos.
A = {1, 3, 5, 7, 9}
B. Adelino; C. Betuel; M. Tereza; N. Clarinda - 2015 11
Definção 1.3. Um conjunto diz-se definido ou representado por compreensão quando se ”compre-
ende”,com base em uma regra, quais são os constituentes do mesmo.
A = {x : x = 2k − 1; k ∈ N e x < 10}
• Quando um elemento ”a”não faz parte de um determinado conjunto A, diz-se que a não
pertence a A ( escreve se a 6∈ A);
Exemplo 1.6. Seja A = {a, b, c, d, e, f }, Diz-se que A é um conjunto e ”a, b, c, d, e, f ”são elementos
do conjunto A, assim:
1) a ∈ A
2) e ∈ A
3) m 6∈ A
4) p 6∈ A
Definção 1.5. Um conjunto diz-se Finito quando se poder identificar o número de elementos que
dele fazem parte. Em outras palavras, se tiver Cardinal.
Definção 1.6. Um conjunto diz-se Infinito quando não se pode identificar o número de elementos
que dele fazem parte. Em outras palavras, se não tiver Cardinal.
Definção 1.7. O conjunto A diz-se igual ao conjunto B se eles tiverem mesmos elementos, isto é, se
todos elementos de B pertencerem a A e se todos elementos de A pertencerem a B.
2) O conjunto formado por pessoas de sexo feminino é igual ao conjunto formado por mulheres;
Definção 1.8. Diz-se que um conjunto é nulo ou vazio (denota-se {} ou ∅) quando não contém
elementos. Isto é, o seu cardinal é igual a zero.
1) O conjunto formado por todas pessoas com mais de 700 anos de vida na terra;
Definção 1.9. Em qualquer aplicação da teoria de conjuntos, todos os conjuntos aprendidos estarão
no momento de estudo particularizado de um outro conjunto mais amplo e expresso, por exemplo,
quando se fala de números naturais, vê-se que eles fazem parte de um outro conjunto, que é o conjunto
de números. Quando se fala de estudantes de uma sala, vê-se que eles fazem parte do conjunto de
estudantes dessa escola, portanto há sempre uma tendência de particularizar um pequeno conjunto
de um outro conjunto mais amplo com o intuito de concentrar atenções sobre a matéria em estudo.
Diz-se que um conjunto é Universo ou Universal ( denota-se U ) se ele contém todos subconjuntos
de um determinado caso em estudo.
B. Adelino; C. Betuel; M. Tereza; N. Clarinda - 2015 13
1.1.10 Subconjuntos
Definção 1.10. O nome vai mais longe, sub-conjunto, um conjunto pequeno. O termo pequeno
na lı́ngua portuguesa é relativo, ”pequeno em relacção a alguma coisa”. Diz-se que o conjunto A é
subconjunto do conjunto B , se todos elementos de A pertencerem a B , isto é, também são elementos
de B.
Então pode-se ver que o conjunto de números naturais é subconjunto de Z e daı́ segue-se a
seguinte cadeia:
N⊂Z⊂Q⊂R
Costuma-se dizer que o conjunto A é superconjunto de B . Esta afirmação equivale a dizer que o
conjunto B é subconjunto de A e isto é lógico, se B é subconjunto de A, então A é superconjunto
de B . A ser assim temos para a firmação A ⊂ B os seguintes comentários:
1) O conjunto A é subconjunto de B ;
3) O conjunto B é superconjunto de A;
14 Matemática I - Da teoria à Prática
4) O conjunto B é contém A.
• Sem limitação da sua essência e para todos efeitos, o conjunto vazio ”{}” é subconjunto de
qualquer conjunto;
• Se o conjunto A = B então A ⊂ B e B ⊂ A.
Algumas vezes os elementos de um determinado conjunto, são também conjuntos. O conjunto formado
por todos subconjuntos de um determinado conjunto é um conjunto de conjuntos ou ainda famı́lia
de conjuntos.
1.1.12 Simbologia
• ∈ (pertence), ex: a ∈ B
• = (igual), ex: A = B
• 6= (diferente), ex: A 6= B
• ⊂ (contido), ex: A ⊂ B
• ⊃ (contém), ex: A ⊃ B
B. Adelino; C. Betuel; M. Tereza; N. Clarinda - 2015 15
• {} (vazio)
1) Reunião - Chama-se reunião de dois ou mais conjuntos, a operação que une elementos de dois
ou de mais conjuntos. E denota-se por ∪.
Exemplo 1.15. Sejam dados os seguintes conjuntos: A = {1, 2, 4, 5} e B = {1, 2, 7, 8}; repre-
sentados por diagrama de Venn nas figuras (1.1) e (1.2) respectivamente, a reunião de A e B
é um outro conjunto que se pode designar por C e denota-se:
C = A ∪ B = {1, 2, 4, 5, 7, 8};
Figura 1.1:
2) Intersecção - Chama-se intersecção de dois ou mais conjuntos, a operação que intersecta ele-
mentos de dois ou de mais conjuntos. E denota-se ∩.
Figura 1.2:
5 8
1 1
4 7
2 2
A∪B
Figura 1.3:
C = A ∩ B = {1, 2}.
3) Diferença - Chama-se Diferença de dois ou mais conjuntos, a operação que diferencia dois ou
mais conjuntos, e denota-se ”\”.
Figura 1.4:
Figura 1.5:
4) Diferença Simétrica
E = C ∪ D = {4, 5, 7, 8}
18 Matemática I - Da teoria à Prática
A∩B
Figura 1.6:
B\A
Figura 1.7:
De certeza que o estudante já em algum momento ouviu falar de Razão, uma expressão que como
tantas pertencentes a lı́ngua portuguesa podem ter diferentes sentidos. Falar, em Matemática, de
razão entre dois números a e b é falar do quociente
a
, b 6= 0
b
a ÷ b, b 6= 0.
B. Adelino; C. Betuel; M. Tereza; N. Clarinda - 2015 19
A\B
Figura 1.8:
5 7
4 8
BMA
Figura 1.9:
Exemplo 1.19. Numa sala de aulas estão presentes 20 rapazes e 25 raparigas. Determine a razão
entre o número de rapazes e raparigas.
Definção 1.12. Os desenhistas, cartografistas, marinheiros e outros, utilizam o conceito razão para
relaccionar distâncias reais e distâncias mapeadas que para distinguir introduzem no lugar de razão o
conceito de escala e denota-se:
medida do desenho
Escala =
medida real
Exemplo 1.20. No Mapa de Moçambique a distância entre Lichinga e Quelimane é de 50cm, sabendo
1
que o mapa foi desenhado com uma escala de . Determine a distância real em km de Quelimane
5000
à Lichinga.
Exemplo 1.21. Qual é a razão entre as áreas de duas circunferências se a razão entre seus raios for
1
igual a ?
2
Resolução.
sen
−1 1
cos
−1
Figura 1.10:
As duas circunferências acima são somente um exemplo de várias circunferências que tem a relacção
de seus raios 1:2.
Designar-se-á r1 , S1 raio e superfı́cie respectivamente da primeira cı́rcunferência e r2 , S2 raio e
superfı́cie respectivamente da segunda cı́rcunferência, pelo problema colocado temos:
r1 1
= .
r2 2
Como neste exercı́cio deve-se determinar a razão de proporção entre as áreas das duas cı́rcunferência,
teremos: 2 2
π × r12
S1 r1 1 1
= = = =
S2 π × r22 r2 2 4
1.1.15 Percentagens
sen
−2 2
cos
−2
Figura 1.11:
Os exercı́cios 1, 3, 7, 9, 11, 42, 43, 45 devem ser resolvidos na qualidade de TPC. Serão
corrigidos e discutidos na aula prática. Os exercı́cios 2, 15, 20, 21, 47, 48, 55, 56 deverão ser
resolvidos pelos estudantes para a consilidação do conhecimento e deverão ser entregues ao Docente
de aulas teóricas na aula teórica da semana seguinte.
1) Seja dado o conjunto A = {1, 2, 3, 4, 5}, quais das seguintes afirmações são verdadeiras?
(a) 1 ∈ A.
(c) {1, 2, 3} ∈ A.
(d) 1 ⊂ A.
(e) 1 ∈ A.
2) Sejam dados os conjuntos A = {1, 2, 3}, B = {1, 2, 3, 7, 8}; quais das seguintes afirmações são
verdadeiras?
(a) 1 ⊂ A.
(b) 1, 2, 3 pertencem a A e a B .
22 Matemática I - Da teoria à Prática
(c) A ∈ B .
(d) {A} ⊂ B .
(e) A ⊂ B .
(f) B ⊃ A.
(a) A ∪ B .
(b) A ∩ B .
(d) Determine C \ A \ B .
(f) Determine (B \ A) \ C .
4) Determine A ∩ B ∪ C .
5) Determine (A ∩ B) ∪ C .
6) Determine A ∪ (B ∩ C).
8) Em um grupo musical há pessoas de raça negra e individuos de raça branca. Depois de feitas
as contas verifica-se que há 15 brancos puros e 5 mistiços (brancos negros), o grupo é composto
por 40 músicos. Responda as questões que se seguem:
9) Em uma avaliação que se considera positiva as notas maiores que 10 e menores ou igual a 20,
considera-se negativa as notas menores que 10, não se considera negativa nem posetiva a nota
10. Em estatisticas, um docente apresentou a seguinte descrição: 30 estudantes tem posetivas e
40 tem negativas, a turma é composta por 80 estudantes.
B. Adelino; C. Betuel; M. Tereza; N. Clarinda - 2015 23
10) Numa loja de vestuarios 400 peças tem a cor amarela, 200 tem a cor azul e 100 tem a cor branca.
Na loja há 1000 peças, 20 peças tem cor branca e azul, 30 amarela e branca.
11) Durante o capeonato escolar passado o centro internato de Mocuba acolheu várias equipas de
diferentes modalidades desportivas (Voleibol, Andebol e Futebol). Da recepção sabe-se que:
No total participaram 175 estudantes, 80 desportistas jogaram Andebol, 70 futebol, 5 jogaram
voleibol, andebol e futebol, 10 jogaram voleibol e andebol. Sabe-se também que 50 jogaram
somente andebol e 40 jogaram somente futebol. Responda as questões que se seguem.
12) Sendo A = {1; 2; 3; 4; 5}, B = {2; 4; 6; 8} e C = {4; 5}, assinale V (verdadeiro) ou F (falso):
(a) 1 ∈ A ()
(b) 1 ∈ B ()
(c) 1 ∈ C ()
(d) 4 ∈ A ()
(e) 4 ∈ B ()
(f) 4 ∈ C ()
(g) 7 ∈ A ()
(h) 7 ∈ B ()
(i) 7 ∈ C ()
24 Matemática I - Da teoria à Prática
(j) 1 ∈ A ou 1∈B ()
(k) 1 ∈ A e 1∈B ()
(l) 4 ∈ A ou 4∈B ()
(m) 4 ∈ A e 4∈B ()
(n) 7 ∈ A ou 7∈B ()
(o) 7 ∈ A e 7∈B ()
(e) E = {x : x2 = 100}
(a) 1 ∈ A ()
(b) 1 ∈ B ()
(c) 1 ∈ C ()
(d) 2 ∈ A ()
(e) 2 ∈ B ()
(f) 2 ∈ C ()
(g) 3 ∈
/A ()
(h) 3 ∈
/B ()
(i) 3 ∈
/C ()
(j) 9 ∈ A ()
(k) 9 ∈ B ()
(l) 9 ∈
/C ()
(m) 1 ∈ A ou 1 ∈ B ()
(n) 1 ∈ A e 1 ∈ B ()
B. Adelino; C. Betuel; M. Tereza; N. Clarinda - 2015 25
(o) 9 ∈ A ou 9 ∈ B ()
(p) 9 ∈ A e 9 ∈ B ()
(q) 9 ∈
/A e 9∈
/B ()
(r) 1 ∈ A e 1 ∈
/B ()
(s) 1 ∈
/A e 1∈B ()
(h) H = {x : x2 = 25}
(i) I = {x : x2 = 0}
(j) J = {x : x3 = 8}
(k) L = {x : x3 0 = −8}
(l) M = {x : x2 = −25}
(c) C = {P; e; r; n; a; m; b; u; c; o}
(d) D = {P; p; e; r; n; n; n; a; m; b; b; u; u; c; c; o; o; o; o}
(e) E = {P; e; r; n; a; m; b; u; o; c}
17) Determine o número de elementos dos seguintes conjuntos e indique os que são unitários e os
que são vazios:
18) Determine o número de elementos dos seguintes conjuntos e indique os que são unitários e os
que são vazios:
19) Determine o número de elementos dos seguintes conjuntos e indique os que são unitários e os
que são vazios:
(a) A = {x : x2 = 121}
(b) B = {x : x2 = 0}
(c) C = {x : x3 = 1}
(d) D = {x : x3 = −1}
(e) E = {x : x2 = −1}
1 1 1 2 2 3 3 3
C= ; ; ; ; ; ; ;
2 3 4 4 3 4 5 6
B. Adelino; C. Betuel; M. Tereza; N. Clarinda - 2015 27
4 √ 8 √
3 1000
C= 2; ; 4; ; 8;
2 4 500
23) Dados os conjuntos A e B , determine x para que A = B , nos seguintes casos:
(f) {x : x2 = 1} {1}
(g) {x : x2 = 1} {−1}
(h) {x : x2 = 1} {−1; 1}
(i) {x : x3 = 1} {1}
(j) {x : x3 = 1} {−1}
(n) { } ø
(e) ø {a; b; c}
(f) {a; b} ø
(d) ø {1; 2; 3}
(e) {3; 5} ø
• Triângulo é todo polı́gono de três lados; vamos chamar de T o conjunto dos triângulos.
• Triângulo isósceles que possui pelo menos dois lados congruentes, ou seja, de mesma
medida; vamos chamar de I o conjunto dos triângulos isósceles.
• Triângulo equilátero é todo triângulo que possui os três ldos congruentes; vamos chamar
de E o conjunto dos triângulos equiláteros.
• Triângulo rectângulo é todo triângulo recto, ou seja. de medida igual a 90; vamos chamar
de R o conjunto dos triângulos rectângulos.
(a) T R
(b) E I
(c) R I
(d) I E
(e) E T
B. Adelino; C. Betuel; M. Tereza; N. Clarinda - 2015 29
(e) ø {1}
(f) {2} ø
(g) ø ø
(d) ø {7}
(e) {8} ø
(f) ø ø
• Quadrilátero é todo polı́gono de quatro lados; vamos chamar de U o conjuntos dos qua-
driláteros.
• Quadrado é todo polı́gono que possui os quatro lados congruentes e também os quatro
ângulos congruentes; vamos chamar de Q o conjunto de quadrados.
• Rectângulo é todo polı́gono que possui os quatro ângulos rectos; vamos chamar de B o
conjunto dos rectângulos.
• Losango é todo polı́gono que possui quatro lados congruentes; vamos chamar de L o
conjunto dos losangos.
• Trapézio é todo quadrilátero que possui pelo menos um par de lados paralelos; vamos
chamar de M o conjunto dos trapézios.
• Paralelogramo é todo quadrilátero que possui os lados opostos paralelos; vamos chamar
de P o conjunto dos paralelogramos.
30 Matemática I - Da teoria à Prática
(a) B L
(b) P B
(c) L U
(d) U M
(e) M Q
(f) Q P
33) Sendo A = {x; y; z}; B = {x; w; v} e C = {y; u; t}, determine os seguintes conjuntos:
(a) A ∪ B
(b) A ∩ B
(c) A ∪ C
(d) A ∩ C
(e) B ∪ C
(f) B ∩ C
(g) A ∪ B ∪ C
(h) A ∩ B ∩ C
(i) (A ∩ B) ∪ (A ∩ C)
34) Sendo A = {a; b; c; d}, B = {b; d; e; f } e C = {a; g; h}, determine os seguintes conjuntos:
(a) A ∪ B
(b) A ∩ B
(c) A ∪ C
(d) A ∩ C
(e) B ∪ C
(f) B ∩ C
(g) A ∪ B ∪ C
(h) A ∩ B ∩ C
(i) A ∪ (B ∩ C)
(j) (A ∪ B) ∩ C
(k) (A ∩ B) ∪ (A ∩ C)
B. Adelino; C. Betuel; M. Tereza; N. Clarinda - 2015 31
(l) (A ∪ B) ∩ (A ∪ C)
35) Seja os seguintes conjuntos: U dos quadriláteros; Q dos quadrados; B dos rectângulos; L dos
losangos; M dos trapézios; P dos paralelogramos. Determine então os seguintes conjuntos:
(a) Q ∪ M
(b) L ∪ Q
(c) P ∪ U
(d) B ∩ L
36) Dados dois conjuntos A e B , sabendo que n(A) = 23, n(B) = 37 e n(A ∩ B) = 8, determine
n(A ∪ B).
37) Dois clubes A e B tem juntos 141 socios. O clube B possui 72 socios e os clubes possuem em
comum 39 socios. Determine o numero de socios do A.
(a) A − B
(b) B − A
(c) A − C
(d) C − A
(e) B − C
(f) C − B
(a) A − B
(b) B − A
(c) A − C
(d) C − A
(e) B − C
(f) C − B
40) Dados dois conjuntos A e B , e sabendo que n(A) = 35, n(B) = 23 e B ⊂ A, determine
n(A − B) e n(B − A).
(c) C = {x : x é ı́mpar}
Determinarnos conjuntos:
(a) B ∪ C
(b) B ∩ C
(c) B − C
(d) C − B
(e) {A B
(f) {A c
43) Um comerciante compra um par de sapatos por 100 dólares e os vende por 3 milhões de meticais,
a taxa de câmbio de 1usd : 25000M T n determine:
44) Um funcionário recebia 1500usd, em Janeiro o seu salário sofreu um aumento em 10% e em
Junho um outro aumento de 20% Determine
45) O preço de um producto aumenta 10% mensalmente. Ao fim de 12 aumentos qual será o preço
sabendo que inicialmente era 5usd?
46) Se em Janeiro de 2007 for a emprestar um montante p de um banco, quanto devolverá em Janeiro
de 2008 se a taxa de inflacção anual for de 30%
B. Adelino; C. Betuel; M. Tereza; N. Clarinda - 2015 33
47) Nas festas de um determinado fim de ano o preço do açucar branco subiu em 20% e depois subiu
novamente em 30%, mais tarde, em Janeiro sofreu uma redução em 15%, em quanto porcento
variou o preço?
48) Se um producto custa x M T n e sofre um aumento de 10% e mais tarde um outro aumento de
10%. Em quanto porcento variou o preço do producto?
(a) 20%
(b) 15%
(c) 21%
1
49) 3 litros de leite são divididos em latas de 5 do litro. Quantas latas são necessárias?
1
50) Quantas latas de 3 do litro são necessárias para dividir 15 litros de sumo?
1
51) Qual é a razão entre as áreas de dois cı́rculos, se a razão entre os seus raios for de 4?
1
52) Determine a razão entre os volumes de dois cubos, sabendo que a razão das arestas é de 2.
53) Num mapa de Moçambique, a distância de Maputo a Beira é de 40cm. Sabendo que a escala é
de 1 : 3000000, determine a distância real.
54) A distância de Quelimane a Beira é de 960km. Sendo a escala dum mapa de 1 : 2000000, qua
será a sua distância no mapa?
55) Um aluno consegue 36 pontos dum total de 60 num teste. Que percentagem obteve o aluno?
56) O preço de venda dum produto subiu 20 por cento numa primeira subida de preços e 40 por
cento na segunda subida. Qual foi a subida total em percentagem?
Ensinar é lembrar aos outros que eles sabem tanto, quanto você
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ÇOEm Álgebra da matemática estudar-se-á vários temas que se revestem de enorme importância
para o domı́nio desta disciplina. Existem escritos de matemáticos que descrevem este tema como uma
34 Matemática I - Da teoria à Prática
construção engenhérica para estudantes de matemática. Não se pode pensar em grandes matemáticos
desprovidos da álgebra matemática.
Quase sempre nos deparamos com operações e problemas de matemática que exigem o conheci-
mento profundo de expressões algébricas, expressões polinómiais, factorização e etc... estes assuntos
serão, com detalhe, tratados neste tema.
Na lı́ngua portuguesa, chama-se expressão o acto ou efeito de exprimir algo. Na matemática, ex-
pressão é a conjugação de sı́mbolos e códigos matemáticos de modo a transmitir uma mensagem ou
um pensamento.
1) x − y
2) x + y
3) x2 + y 2
4) x3 + x2 − 3x + 2
Pode se ver dos exemplos dados que as expressões não possuem nenhum valor afirmativo ou com-
parativo. Elas não possuem sinais comparativos e ou de igualdade, isto é, não são afirmações. Mesmo
na lı́ngua portuguesa, as expressões que não possuem verbos não podem ser consideradas verdadeiras
ou falsas.
x = −x + −y
E porque em matemática não existe meios termos, simplesmente se diz que a expressão está ER-
RADA! As expressões da matemática que tem variáveis também são chamadas Expressões Literais.
B. Adelino; C. Betuel; M. Tereza; N. Clarinda - 2015 35
O domı́nio de uma expressão algébrica com uma variável (x por exemplo), é o conjunto de valores de
x pelos quais é possı́vel calcular o valor da expressão. Em outras palavras, é o conjunto de valores
que x pode tomar de modo que expressão tenha sentido.
• Radicandos de um radical com ı́ndice par não devem ser negativos, isto é, devem
ser maiores ou iguais a zero;
• Denominadores que contém raizes de ı́ndice par devem ser maiores do que zero.
36 Matemática I - Da teoria à Prática
x−1
1) √ o domı́nio será: x − 1 > 0 ⇒ x > 1.
x+1
x2 + 3
2) √
3
o domı́nio será: x + 1 6= 0 ⇒ x 6= −1. Veja que o ı́ndice do radical é ı́mpar.
x+1
As expressões são geralmente compostas por sinais operacionais, por números e por sı́mbolos literários
(Letras) ”Daı́, Expressões Literais”. E elas podem assumir um determinado valor depois de efectu-
adas algumas operações. Este valor tem o nome de valor numérico de expressões literais. Por exemplo,
se elas possuem variáveis, ao substituirmos as variáveis por respectivos valores numéricos, obteremos
através de operações um numéro que corresponderá ao valor numérico da expressão no seu todo.
1) x2 − y 2 , quando x = 1 e y = 2, se obtém:
2) x2 − y 2 , quando x = 2 e y = 1, se obtém:
x2 − y 2 = (2)2 − (1)2 = 4 − 1 = 3.
3) x2 − y 2 , quando x = a e y = b, se obtém:
x2 − y 2 = (a)2 − (b)2 .
1.3.5 Polinómios
Definção 1.14. Chama-se monómio a expressão constituida por números relactivos ou por um
producto de números relactivos eventualmente representados por letras.
B. Adelino; C. Betuel; M. Tereza; N. Clarinda - 2015 37
1) 3 é um monómio;
2) 2x é um monómio;
3) 3x2 é um monómio;
4) 7x2 y 3 é um monómio;
xy 2
5) é um monómio.
7
Definção 1.15. Num monómio a parte composta por numéros (constantes) chama-se coeficiente.
Definção 1.17. Chama-se grau de um monómio a soma dos expoentes associados as variáveis. Vamos
considerar sem limitação da sua essência, monómios de variável x.
Definção 1.18. Diz-se que dois monómios são semelhantes ou idénticos, se eles tiverem a mesma
parte literal
yx2
2) 2x2 y e são monómios idênticos.
4
Definção 1.19. Dois monómios são iguais se eles forem idênticos e possuı́rem mesmos coeficientes.
1) 4x e 4x são iguais;
8yx2
2) 2x2 y e são iguais.
4
38 Matemática I - Da teoria à Prática
1) 3x2 e 7x2
2) ax2 e bx2
3) 7x4 e 7x3
4) 3x2 e 7x5
1) 3x2 e 7x2
2) ax2 e bx2
3) 7x4 e 7x3
4) 3x2 e 7x5
Na divisão de monómios segue-se regras sobre divisão de potências (com mesma base e expoente
diferentes).
1) 3x2 e 7x2
2) ax2 e bx2
3) 7x4 e 7x3
4) 3x2 e 7x5
Na multiplicação de monómios segue-se regras sobre multiplicação de potências (com mesma base
e expoente diferentes).
B. Adelino; C. Betuel; M. Tereza; N. Clarinda - 2015 39
1) 3x2 e 7x2
2) ax2 e bx2
3) 7x4 e 7x3
4) 3x2 e 7x5
Definção 1.21. Dois polinómios são idênticos se os seus monómios forem idênticos dois a dois.
Definção 1.22. Dois polinómios são iguais se os seus monómios forem iguais dois a dois.
Exemplo 1.36. x2 − 1, e −1 + x2
√
1) x3 − 7x + 9 e 2x3 + 5x + 5
7 7 √
2) x2 − x 3 + 2 e 2x 3 + 5x
√
3) x4 − x sin 7 − 3 e 2x3 + 5x + 6
√
1) x3 − 7x + 9 e 2x3 + 5x + 5
7 7 √
2) x2 − x 3 + 2 e 2x 3 + 5x
√
3) x4 − x sin 7 − 3 e 2x3 + 5x + 6
√
1) x3 − 7x + 9 e 2x3 + 5x
7 7 √
2) x2 − x 3 + 2 e 2x 3 + 5x
40 Matemática I - Da teoria à Prática
3) x4 − x sin 7 − 3 e 2x3 + 6
1) x3 − 7x + 9 e 2x3 + 3
2) x2 − 3x + 2 e 2x − 1
4) −x5 + 3x2 + 4x e 2x
5) 2x2 + x − 10 e x − 2
6) 3x3 − 2x + 5 e x − 3
Factorização vem de factores. Factores são os diferentes componentes de uma multiplicação. Por
exemplo 2 × 4 = 8, pode-se dizer que 2 e 4 são factores.
Portanto, factorizar é o mesmo que trasnformar uma determinada expressão polinomial em uma
sucessão de factores (Transformar uma expressão em uma multiplicação).
Exemplo 1.37. Existem diferentes métodos de factorização, cada método é adequado a determinadas
situações. Veja os exemplos que se seguem:
1) x3 = x × x × x.
10 − 3x − x2 = (2 − x)(5 + x) e
Observação 1.4. Em muitos casos usa-se algumas igualdades (Os ditos casos notáveis), veja:
• (x + y)2 = x2 + 2xy + y 2 ,
• (x − y)2 = x2 − 2xy + y 2 ,
• x2 − y 2 = (x − y)(x + y),
• x3 − y 3 = (x − y)(x2 + xy + y 2 ),
• x3 + y 3 = (x + y)(x2 − xy + y 2 ),
Existem diferentes classes de polinómios, e estas classes são atribuı́das em função do seu maior expo-
ente. Por exemplo: um polinómio com maior expoente igual a 1 chama-se polinómio de grau 1 ou
linear, um polinómio com maior expoente igual a 2 chama-se polinómio de grau 2 ou quadrático,
um polinómio com maior expoente igual a 3 chama-se polinómio de grau 3 ou cúbico..., assim
em diante.
Veja atentamente:
Definção 1.25. Chama-se Zero de um polinómio aos valores de x que fazem com que o polinómio
seja igual a zero. Isto é:
ax2 + bx + c = 0, a 6= 0
b 2
2 2 2
2 b c b b 4ac
ax + bx + c = x + − + = x− − − + 2 =0
2a 2a a 2a 2a 4a
Definção 1.26. Para um polinómio quadrático na forma ax2 +bx+c = 0, chama-se Vértice ao ponto
onde o gráfico muda de monotonia, e determina-se as coordenadas deste ponto usando as expressões:
−b −∆
xv = , yv =
2a 4a
Também, pode-se achar o xv achando a média aritmética dos zeros da função.
Observação 1.6. É importante saber que um ponto no plano é composto por duas coordenadas, uma
coordenada no eixo dos x e uma outra coordenada no eixo dos y . Assim ao se determinar o vértice
de uma parábola, preocupa-se em determinar o xv e o yv , portanto o par (xv , yv ).
Observação 1.7. Se se designar os dois zeros de uma equação quadrática por x1 e x2 , pode-se
escrever uma equação quadrática ou um polinómio quadrático de modo seguinte:
Observação 1.8. Se se designar os dois zeros de uma equação quadrática por x1 e x2 , pode-se
escrever uma equação quadrática ou um polinómio quadrático de modo seguinte:
Veja que:
b c
x1 + x2 = − e x1 × x2 =
a a
Observação 1.9. Nas equações quadráticas ou polinómios quadráticos, pode-se calcular as coorde-
nadas do vértice e a seguir escrever o polinómio de modo seguinte:
ax2 + bx + c = a(x − xv )2 + yv .
linha 0
1
linha 1
1 1
linha 2
1 2 1
linha 3
1 3 3 1
linha 4
1 4 6 4 1
linha 5
1 5 10 10 5 1
linha 6
1 6 15 20 15 6 1
linha 7
1 7 21 35 35 21 7 1
linha 8
1 8 28 56 70 56 28 8 1
44 Matemática I - Da teoria à Prática
Observação 1.10. Um binómio com expoente n ∈ N pode ser desenvlvido em soma de monómios
com grau igual a n e coeficiente tirados da linha n do triângulo de Pascal.
1) Decomponha (3 + 2)1 , sendo uma potência de expoente 1, recorrer-se-á a linha 1, teremos que
somar monómios de grau 1 e coeficientes 1 e 1 (veja a linha 1), teremos então:
(3 + 2)1 = 1 × 31 20 + 1 × 30 21 = 3 + 2 = 5
2) Decomponha (3 + 2)2 , sendo uma potência de expoente 2, recorrer-se-á a linha 2, teremos que
somar monómios de grau 2 e coeficientes 1, 2 e 1 (veja a linha 2), teremos então:
(3 + 2)2 = 1 × 32 20 + 2 × 31 21 + 1 × 30 22 = 9 + 12 + 4 = 25
3) Decomponha (a + b)2 , sendo uma potência de expoente 2, recorrer-se-á a linha 2, teremos que
somar monómios de grau 2 e coeficientes 1, 2 e 1 (veja a linha 2), teremos então:
(a + b)2 = 1 × a2 b0 + 2 × a1 b1 + 1 × a0 b2 = a2 + 2ab + b2
4) Decomponha (a + b)3 , sendo uma potência de expoente 3, recorrer-se-á a linha 3, teremos que
somar monómios de grau 3 e coeficientes 1, 3, 3 e 1 (veja a linha 3), teremos então:
5) Decomponha (a + b)4 , sendo uma potência de expoente 4, recorrer-se-á a linha 4, teremos que
somar monómios de grau 4 e coeficientes 1, 4, 6, 4 e 1 (veja a linha 4), teremos então:
(a−b)3 = [a+(−b)]3 = 1×a3 (−b)0 +3×a2 (−b)1 +3×a1 (−b)2 +1×a0 (−b)3 = a3 −3a2 b+3ab2 −b3
(a−b)4 = 1×a4 (−b)0 +4×a3 (−b)1 +6×a2 (−b)2 +4×a1 (−b)3 +1×a0 (−b)4 = a4 −4a3 b+6a2 b2 −4ab3 +b4
B. Adelino; C. Betuel; M. Tereza; N. Clarinda - 2015 45
1 A(x + 1) + B(x − 1)
= ⇒
(x − 1)(x + 1) (x − 1)(x + 1)
⇒ 1 = Ax + A + Bx − B ⇒ (A + B)x + A − B = 0x + 1
P (x) = x3 − 3x2 + 2x
Resolução
Primeiro evidencı́a-se o factor comum, o factor que aparece em todos os monómios, teremos
então:
P (x) = x3 − 3x2 + 2x = x(x2 − 3x + 2)
46 Matemática I - Da teoria à Prática
Resolução
Trata-se da diferença de cubos, veja que estamos na presença de um caso notável, teremos
então:
x3 − y 3 = (x − y)(x2 + xy + y 2 )
Resolução
trata-se da diferença de quadrados, veja que estamos na presença de um caso notável,
teremos então:
x2 − y 4 = x2 − (y 2 )2 = (x − y 2 )(x + y 2 )
5 x 5 x 5 2x 5 + 2x
+ = + = + = .
2x − 10 x − 5 2(x − 5) x − 5 2(x − 5) 2(x − 5) 2x − 10
x2 4x − 4
(b) −
x+2 x+2
Resolução
Como temos duas fracções com mesmo denominador, iremos somente efectuar a operação
de subtracção, preste atenção porque antes da 2a fracção aparece um sinal ”−”que afecta
toda a fracção.
x2 4x − 4 x2 − 4x + 4
− = .
x+2 x+2 x+2
3) Seja f (x) = 2x2 − x Determine f (2), f (a), f (2 + a), f (2 − a), f (k + a), f (a) − f (2 − a)
1.3.13 Potênciação
Definção 1.27. Pode acontecer que numa multiplicação sucessiva os factores sejam iguais, isto é:
1) 2 × 2
2) 3 × 3 × 3
3) 4 × 4 × 4 × 4 × 4
Estes casos podem ser escritos de maneira mais simplificada, ter-se-á o seguinte:
NOTA:
Observação 1.11. Repare que ao escrever 41 denota-se uma potência. No entanto, pela definição,
supõe-se existir uma multiplicação com um só factor, o que não é verdade. Sendo assim, convencionou-
se que 41 = 4 e isto generaliza-se à todos números que tenham expoente igual a 1.
a1 = a, ∀a ∈ R.
Ao multiplicar potências com bases iguais e expoentes diferentes, mantém-se a base e soma-se os
expoentes.
Exemplo 1.39.
1 1 5
42 × 45 = 42+5 = 47 , 52 × 5 2 = 52+ 2 = 5 2
Ao dividir potências com bases iguais e expoentes diferentes, mantém-se a base e subtrai-se os expo-
entes.
Exemplo 1.40.
1 1 3
42 × 45 = 42−5 = 4−3 , 52 × 5 2 = 52− 2 = 5 2
Ao multiplicar potências com expoentes iguais e bases diferentes, mantém-se o expoente e multiplica-se
as bases.
Exemplo 1.41.
Ao dividir potências com expoentes iguais e bases diferentes, mantém-se o expoente e divide-se as
bases.
Exemplo 1.42.
4
4 4 24
2 ÷ 3 = (2 ÷ 3) = , 53 ÷ 23 = (5 ÷ 2)3 = (2, 5)3
3
Nas linhas anteriores procurou-se transmitir ao estudante a noção de potência, recursivamente desenvolver-
se-á casos de sobreposição de potências, exemplo:
4
23
B. Adelino; C. Betuel; M. Tereza; N. Clarinda - 2015 49
4
23 = 23×4 = 212 = 4096
3) Sempre que o zero for base de uma potência, ela será igual azero;
4) Sempre que o zero for expoente de uma potência de base diferente de zero, ela será igual a 1.
1.3.20 Radiciação
Considere o seguinte problema: O volume de um cubo é igual a 27cm3 . Qual é a medida das
arestas do cubo?
Resolução: Para resolvar este problema, recordar-se-á primeiro a fórmula para o cálculo do
volume de um cubo. Sabe-se que:
Vcubo = (aresta)3
então, pode-se refazer a pergunta de nodo seguinte: Qual é o número que elevado ao cubo seja igual
a 27. Isto é x3 = 27 para calcular o valor recorre-se ao seguinte:
x3 = 27 = x3 = 33 ⇒ x = 3.
Definção 1.28. Chama-se raiz de ı́ndice n de um número real b ao número real a, tal que:
an = b
2) Caso o n seja par o b deve ser qualquer valor real positivo ou zero.
Ja que se pode olhar para um radical como uma potência de expoente fraccionário. Então as
propriedades e regras sobre multiplicação e divisão de potências podem aqui ser utilizadas com uma
e única prerogativa, de que para o caso de raizes os expoentes são fracções.
Ao multiplicar (dividir) radicais com mesmo ı́ndice se obtem um outro radical com ı́ndice igual ao
ı́ndice dos radicandos factores (quocientes) e com radicando igual ao producto (razão) dos radicandos
factores (quocientes).
√ √
n
√
n √ √
n
√
n
n n
a× b= a × b, a÷ b= a÷b
√
3
√
3
√
3
√
3
1) 2× 24 = 2 × 24 = 48;
√
3
√
3
√
3
√
3
2) 2× 24 = 2 × 24 = 48.
Existem casos em que se impõe a necessidade de multiplicar e/ou dividir raizes com ı́ndices diferentes.
Situações desta natureza levam à necessidade de simplificação ou transformação de radicais.
√
n m n×k
√ m×k
am = a n = am×k = a n×k
√
3
√
3
√
3×2
√
6
Exemplo 1.44. 27 = 33 = 33×2 = 36
Esta propriedade ajuda a resolver o caso de redução de radicais ao mesmo ı́ndice. Tornando por
esta via possı́vel a multiplicação de radicais com ı́ndices diferentes.
√
3
√
5 e 7
Achando o m.m.c de (2 e 3), que são os coeficientes dos dois radicais, se obtem 6, então:
√
3
√
3×2
√
6
√ √
2
√
2×3
√
6
√
3
√ √
6
√
6
p
6
5= 52 = 25 7= 7= 73 = 73 dai 5 × 7 = 25 × 73 = 25 × 73
B. Adelino; C. Betuel; M. Tereza; N. Clarinda - 2015 51
1) Com o mesmo Índice - Entre dois radicais com mesmo ı́ndice e radicandos diferentes, maior
será o que tiver maior radicando. Assim:
√
3
√
3
5< 15 porque 5 < 15
Observe que os dois radicais tem mesmo ı́ndice, o 3, a ser assim, basta comparar os radicandos.
2) Com ı́ndices diferentes - Não é possı́vel comparar dois radicais que tenham ı́ndices diferentes;
sempre que tiver um caso de dois radicais que apresentem ı́ndices desiguais, deve-se primeiro
reduzı́-los ao mesmo ı́ndice e depois procede-se como no caso anterior.
√
3
√
Exemplo 1.45. Compare os radicais 5 e 7. Primeiro reduz-se os dois radicais a outros
radicais equivalentes, com ı́ndices iguais. De seguida acha-se o m.m.c entre os ı́ndices ”2 e 3”,
que é 6. Então:
√ √
2
√
2×3
√
6
√
3
√
3×2
√
6
7= 7= 73 = 343 e 5= 52 = 25
√
6
√
6
Depois de feita a operaçâo, Compara-se os radicandos do resultado obtido ( 343 e 25)e
√ √
chega-se a conclusão de que 25 < 343 e consequentimente 3 5 < 7.
Definção 1.29. Chama-se Radicais Semelhantes aqueles que diferem somente no coeficiente.
Exemplo 1.47.
√
3
√
3
√
3
5, 3 5, 7 625
Veja que os seguintes radicais ,a primeira, não parecem semelhantes. Mas se se efectuar sobre eles
algumas transformações obter-se-á radicais semelhantes.
√
3
√
3
√
3
√
3
p
3
√
3
√
3
5, 3 5, 7 625 = 7 54 = 7 53 × 5 = 7 × 5 5 = 35 5
52 Matemática I - Da teoria à Prática
Obtém-se:
√
3
√
3
√
3
5, 3 5, 35 5
Para os casos da soma e diferença, a redução não joga papel preponderante visto que para estas
operações muito mais do que reduzir ao mesmo ı́ndice, necessita-se de reduzir os radicais à semelhantes,
condição que não é satisfeita pelas regras de simplificação-redução de radicais.
√ p √ √ √ √ p √ √
n
a = n a × n a··· n a p − vezes, n
a = n a × a × a · · · a = n ap
q √ √ 1 11 1 √
n p p n n×p
a = a = ap
n
= a n×p = a
Os exercı́cios 1, 5, 8, 9, 13, 15, 29, 32 devem ser resolvidos na qualidade de TPC. Serão
corrigidos e discutidos na aula prática. Os exercı́cios 3, 11, 14, 16, 18, 26, 31, 33 deverão ser
resolvidos pelos estudantes para a consilidação do conhecimento e deverão ser entregues ao Docente
de aulas teóricas na aula teórica da semana seguinte.
x+3
4) Seja f (x) = calcule f (2 + α) e f (2 − α)
x−2
f (x + h) − f (x)
5) Seja f (x) = x2 −3x+2. Calcule f (−3), f (2x−3), f (2x−3)+f (2x+3), f (x+h),
h
6) Seja f (x) = 2x − 3 e g(x) = x2 + 5 calcule
Determine:
(a) A + B + C
(b) 2A + 2B − C
(c) 2A − 3B − 5C
11) Determine m de modo que o polinómio Q(x) = (m2 − 1)x2 + (m2 − 3m + 2)x + 1 + m3
(a) x2 + 3x + 2
(b) x2 + 7x + 6
(c) x2 + x − 42
(a) 25a2 − 36
4x2 16y 2
(b) −
9 25
(c) 18 − 5x2
y3
(a) 8x3 −
27
8a3 64b6
(b) +
27 125
(c) 8x3 − (x − 3)3
(a) ax + 2x + 3a + 6
(b) ax − x − 5a + 5
(c) x2 − 3ax − 2x + 6a
(a) x4 − 16y 4
19) Simplifique
4x − 8
(a)
x−2
−6x2 − 14x
(b)
14 + 6x
x−3
(c) 2
x − 6x + 9
x2 − 8x + 16
(d)
16 − x2
8x − 4x2
(e)
6x − 12
4x2 − 12x + 9
(f)
4x2 − 9
(2x − 1)(x − 1)2 − 2(x2 − x − 1)(x − 1)
(g)
(x − 1)4
20) Simplifique
2x(x − 1) − x2
(a)
(x − 1)2
(2x + 3)x2 − 2x(x2 + 3x)
(b)
x3
(2x + 1)(x − x) − (2x − 1)(x2 + x)
2
(c)
x2 (x − 1)2
21) Efectue as seguintes operações:
x2 4x − 4
(a) −
x+2 x+2
56 Matemática I - Da teoria à Prática
x 3
(b) +
x+1 4
x 2
(c) − 2
x−3 x −9
2x 3
(d) 2 + 2
x − 2x − 15 x − 10x + 25
3x − 1 A B
(a) = +
x2
+ 4x − 5 x+5 x−1
1 A B
(b) = +
2x2 + 3x − 2 2x − 1 x + 2
√
2n
(a) x
2n+1
√
(b) x
4
(a) √
14
√
3+ 2
(b) √
3 2
12
(c) √ √
7+ 3
√
4 2+5
(d) √ √
2+ 3
28) Racionalize os denominadores das seguintes fraccões:
B. Adelino; C. Betuel; M. Tereza; N. Clarinda - 2015 57
4
(a) √3
14
√
3+ 2
(b) √
342
12
(c) √3
√
7+ 3
√
4 2+5
(d) √ √
2− 33
√ √ √ √
2 3+3 2 4 3−2 2
29) Efectue √ √ + √ √ .
3− 2 3+2 2
30) Escreva sob a forma de uma única potência:
(a) 27 × 25
(a) 2x+3
(b) 32−x
(a) an ÷ an−1 (a 6= 0)
(b) π x ÷ π x+2
x
(c) x−1
(x 6= 0)
93x × 6x+4
33) Simplifique a expressão .
2x+3 × 37x−1
Ensinar é lembrar aos outros que eles sabem tanto, quanto você...
Typeset by LATEX 2ε
A = {a1 , a2 , a3 , · · · } e B = {b1 , b2 , b3 , · · · }
Ao se associar os nomes das provı́ncias com as suas capitais diz-se que se está a estabelecer relacções,
e teremos:
Definção 1.31. Para este caso; chamar-se-á domı́nio ou objecto, o conjunto de partida da relacção
(Conjunto A) e chamar-se-á contradomı́nio ou imagem, o conjunto de chegada (Conjunto B ).
1) Por extensão;
3) Por compreensão.
Esta maneira de estabelecer relacções não se difere da usada a cima. A mesma relacção pode ser
estabelecida usando fórmulas e sı́mbolos matemáticos de modo seguinte:
Neste caso o domı́nio da função é o conjunto: A = {1, 2, 3, 4}, e a regra de definição da relacção é
y = 5x Com base na regra temos:
x=3 y = 5 × 3 = 15 x=4 y = 5 × 4 = 20
{(x, y)|y = 5x, x ∈ {1, 2, 3, 4}} = {(1, 5); (2, 10); (3, 15); (4, 20)}
Observação 1.14. As funções são relacções que para cada elemento do conjunto de partida existe
um e somente um elemento no conjunto de chegada.
É uma função, porque para cada elemento do conjunto de partida {1, 3, 5, 7} existe somente um
elemento no conjunto de chegada {2, 4, 6, 8}. Analogamente pode-se dizer que é uma função porque
para cada x pertencente ao par (x, y) existe um e somente um y.
y = 7 − x, f (x) = 7 − x, g(x) = 7 − x
Denotou-se então de 3 maneiras diferentes a mesma função. Nota-se, neste caso, que os valores
do domı́nio são pertencentes ao conjunto de números reais. Estas funções chamam-se funções de
variável real.
1.5.2 Funções
Definção 1.32. Uma Função é uma relacção em que para cada elemento do domı́nio corresponde
um e somente um elemento do contradomı́nio.
Estas funções quando representadas gráficamnete apresentam-se como uma recta (uma linha recta),
daı́ o nome Função Linear .
Numa função linear (y = ax + b), o ”a”é o coeficiente angular, e o parâmetro que determina
o nı́vel de inclinação da recta. Daı́ que se duas rectas tiverem o mesmo coeficiente angular, serão
paralelas. Se os coeficientes angulares não forem iguais significa que as rectas tem um ponto comum.
A recta perpendicular a y = ax + b, tem a forma:
1
y = − x + b1
a
• Se b = 0, a função passa a ter a forma y = ax e funções deste tipo passam pela origem do
sistema carteziano ortogonal.
• Se o valor de a for negativo, isto é, menor que zero, diz-se que a função é decrescente.
• Se o velor de a for igual a zero, diremos que a função é constante, isto é , não é crescente nem
decrescente.
60 Matemática I - Da teoria à Prática
O coeficiente angular da recta que passa pelos pontos P1 (x1 , y1 ) e P1 (x2 , y2 ) é:
y2 − y1
a= , x2 6= x1
x2 − x1
Definção 1.34. Diz-se que uma função é crescente num intervalo D , se para qualquer que seja x1 , x2
pertencentes a D com
Definção 1.35. Diz-se que uma função é decrescente num intervalo, se para qualquer que seja x1 , x2
pertencentes ao domı́nio da função f , com
Para esboçar o gráfico de uma função linear, basta encontrar dois pontos pelos quais passará a
recta e unindo os 2 pontos teremos o gráfico.
1) y1 = 2x + 2
2) y2 = 2 − x
3) y3 = 3
y3 = 3 (0, 3)
(0, 2)
(−1, 0) (2, 0)
x
y2 = −x + 2
y1 = 2x + 2
Figura 1.12:
B. Adelino; C. Betuel; M. Tereza; N. Clarinda - 2015 61
1) Isole o x, observe:
y = x − 1 ⇒ y − x = −1 ⇒ −x = −1 − y ⇒ x = y + 1
y −1 = x + 1
x−1
x
x+1
Figura 1.13:
Considere os conjuntos:
f (x) = ax + b, g(x) = cx + d.
Determinar-se-á a função f o g e g o f
Todas as rectas podem ser representadas a partir da expressão y = ax+b, onde em caso de a = 0 temos
uma recta horizontal que corta o eixo vertical em b. Caso contrário temos uma recta oblı́qua e inclinada
de modo dependente do a-coeficiente angular. Muitos problemas de matemática, economia, gestão
e áreas afim, podem ser resolvidos usando sistemas de rectas. Veja o seguinte exemplo:
Exemplo 1.54. Em boas cozinhas, para preparar 5 unidades de sopa mistura-se uma determinada
quantidade de água ao dobro de óleo. Se se misturar quantidades iguais de água e óleo no lugar de 5,
produzem-se 7 unidades. Determine a quantidade de litros de água e de óleo.
Este tipo de problemas e muitos outros podem ser, com muita facilidade, resolvidos usando os
sistemas de equações lineares. É possı́vel criar e/ou resolver problemas que exigem sistemas de equações
de diferentes graus, mas, para todos efeitos e sem limitação da sua essência, vamos falar de sistemas
de 2 equações com 2 incógnitas. Resolver um sistema de 2 equações com duas incógnitas é o mesmo
que procurar encontrar o par (x, y) que satisfaz o sistema:
ax + by + c = 0
.
dx + ey + f = 0
B. Adelino; C. Betuel; M. Tereza; N. Clarinda - 2015 63
Observação 1.15. Seja dado o seguinte sistema de duas equações com duas incógnitas:
ax + by + c = 0
dx + ey + f = 0
Diremos que:
a b
1) O sistema tem uma e única solução se 6= ;
d e
a b
2) O sistema não tem solução se = ;
d e
a b c
3) O sistema tem muitas soluções se = = .
d e f
Usando as regras dadas acima concluı́mos que o sistema tem uma única solução. Resolvendo-o
teremos:
19
2x − y + 5 = 0 2x − y + 5 = 0 2(7 + 5y) − y + 5 = 0 y=−
⇒ ⇒ ⇒ 9
x − 5y = 7 x = 7 + 5y x = 7 + 5y x = 7 + 5 − 19 = − 33
9 9
Graficamente a solução de um sistema de equação corresponde ao ponto de intersecção das duas
rectas geradas pelas funções definidas pelas equações do sistema. Para o sistema acima teremos; veja
a figura (1.14):
Para resolver uma inequação linear vamos, a partir do esboço do gráfico, fazer a leitura da parte
que satisfaz a condição da inequação.
Veja o seguinte exemplo:
2x + 5 − y > 0
Deve-se fazer com que o y tenha coeficiente positivo, para tal vamos multiplicar ambos membros da
inequação por -1 e teremos:
−2x − 5 + y < 0
Porque pelo exercı́cio, o sinal (condição) da inequação é menor, a solução é a parte debaixo (a
parte sombreada no esboço gráfico).
Para o caso em que temos um sistema de várias inequações lineares, deve-se esboçar as inequações
e escolher como solução a parte correspondente a intersecção das diferentes soluções.
64 Matemática I - Da teoria à Prática
2x + 5
x
x−7
5
Figura 1.14:
y
2x + 5
x
Figura 1.15:
Exemplo 1.56.
y+x−1≥0
y−x−2≥0
3
Somando as duas equações (método de adição sucessiva) teremos 2y = 3, isto é, y = , substituindo
2
numa das equações (a primeira por exemplo) teremos:
3 3 1
+x−1=0⇒x=1− ⇒x=− .
2 2 2
1 3
A solução do sistema de equação é o ponto − , , que é o ponto de intersecção das duas rectas
2 2
que são definidas pelas equações do sistema. Vamos no mesmo S.C.O esboçar as rectas:
y+x−1=0 e y−x−2=0
y−x−2=0
II
3
2
III I
x
− 12
IV y+x−1=0
−x + 1
Figura 1.16:
66 Matemática I - Da teoria à Prática
As duas rectas intersectam-se e fazem 4 regiões (I,II,III,IV), veja na figura (1.16). Como no sistema
de inequações todas as condições foram dadas para regiões maiores que as rectas dadas, a nossa solução
será a região II que é a região que fica acima das duas rectas.
Observação 1.16. Se o sinal de desigualdade for > ou < as rectas aparecem em traço não cheio,
isto é, (tracejado).
Existe um tipo de inequações que, muito embora não sejam lineares, são compostas por binómios
lineares em forma de factores e(ou) quocientes.
x−1
=0⇒x−1=0⇒x=1
x+1
S:x=1
2x − 1
2) Resolva a seguinte equação; = 0, teremos:
x−3
2x − 1 1
= 0 ⇒ 2x − 1 = 0 ⇒ x =
x−3 2
1
Como 6= 3 teremos;
2
1
S:x=
2
1
S : 2x − 1 = 0 ∨ x − 3 = 0 ⇒ x = ∨x=3
2
S : x2 − 1 = 0 ∨ x + 4 = 0 ∨ x + 2 = 0 ⇒ x = −4 ∨ x = −2 ∨ x − 1, ∨x = 1
Considere agora o caso em que se tem inequações compostas por binómios lineares.
x−1
1) Resolva a seguinte inequação: > 0, (r ecorrer-se-á ao método de tabelas). Antes resolver-
x+1
se-á as seguintes equações:
x − 1 = 0, x+1=0
Teremos:
x = 1, x = −1
B. Adelino; C. Betuel; M. Tereza; N. Clarinda - 2015 67
Ao resolvermos a inequação dada, porque a condição diz maior do que zero, nos limitamo em
procurar encontrar as regiões ao longo do eixo dos x onde a expressão tem sinal positivo, e lendo
a última linha da tabela podemos dar a seguinte solução:
S : x ∈] − ∞; −1[∪]1, +∞[
x−1
<0
x+1
Terı́amos que seguir os mesmos passos, mas, no fim da leitura da última linha da tabela
irı́amos dar como solução a parte que tem o sinal negativo, isto é:
S : x ∈] − 1; 1[,
terı́amos que seguir os mesmos passos, mas, no fim da leitura da última linha da tabela
irı́amos dar como solução a parte que tem o sinal positivo ou zero, isto é:
S : x ∈] − ∞; −1[∪[1, +∞[
x − 1 = 0, x + 1 = 0, x+2=0 e x − 3 = 0.
Teremos:
A solução será a parte negativa, porque a inequação aparece com o sinal menor do que zero.
Assim sendo, teremos:
S : x ∈] − 2; −1[∪]1; 3[
Estudar-se-á neste capı́tulo funções que podem ser apresentadas de maneira gráfica, expressando
parábolas ou partes de parábolas. Sabe-se o conceito de relação e função, estudou-se também uma
especı́fica famı́lia de funções, as funções lineares- aquelas que admitem expoente máximo associado a
variável igual a 1. As funções lineares apresentam-se na forma:
y = ax + b
E sobre elas, construı́mos o gráfico e fazemos vários estudos, (rever aulas passadas).
Ao estudarmos funções quadráticas iremos, de certeza, re-utilizar as bases que adquirimos do
estudo de funções e funções lineares, um exemplo disso aplica-se sobre o conceito Domı́nio e(ou)
Contradomı́nio, Zeros, Sinal e Monotonia de função. Iremos ,aqui, usar estes conceitos virando
nossas atenções para as funções que admitem expoente máximo de x igual a 2 (funções quadráticas).
As funções quadráticas são funções do tipo:
y = ax2 + bx + c com a 6= 0
1) Veja o caso mais simples de funcões quadráticas, em que elas tem a forma:
f (x) = ax2
(a) y = x2
B. Adelino; C. Betuel; M. Tereza; N. Clarinda - 2015 69
y = 3x2
y = x2 y = 2x2
Figura 1.17:
(b) y = 2x2
(c) y = 3x2
Se o a for negativo a parábola é virada para baixo (concavidade virada para baixo).
(a) y = −x2
(b) y = −2x2
(c) y = −3x2
(a) y = x2
(b) y = (x + 3)2
(c) y = (x − 1)2
70 Matemática I - Da teoria à Prática
−x2
−3x2
−2x2
Figura 1.18:
y
y = (x + 3)2 y = x2 y = (x − 1)2
Figura 1.19:
Definção 1.36. Chama-se vértice de uma função quadática ao ponto, (xv , yv ), onde ela muda
de comportamento, isto é, deixa de crescer e passa a decrescer ou vice-versa.
Exemplo 1.58. Observe os vértices (coordenadas do vértice) das funções dadas nos exemplos
anteriores.
Observação 1.19. As funções y = (x − 1)2 , y = −3(x − 1)2 e y = 3(x − 1)2 têm vértices no
ponto (1, 0) o que nos leva a concluir que o valor de a não influencia na determinação do vértice
da função.
Pode-se concluir que o vértice da função y = a(x − p)2 é o ponto V (p, 0) e o eixo de simetria é
o eixo x = p.
Exemplo 1.59. Determine, sem construir o gráfico, o vértice e o eixo de simetria da função.
√
(a) y = 2(x − 2)2
(b) y = − 26 (x − c)2
1
(c) y = x2 + x + 4 (passe primeiro para a forma y = a(x − p)2 .
y = a(x − p)2 + q, x ∈ R, a 6= 0, q 6= 0, ∀p
y = a(x − p)2 .
Para se obter o gráfico deste tipo de funções, faz-se a transladação que se fez no caso y = a(x−p)2
e acrescenta-se mais uma transladação de q unidades para cima se q > 0 e para baixo se q < 0.
Note que ao se transladar um determinado gráfico, deve-se transladar todos os pontos que fazem
parte dele. Desenhar com o auxı́lio dos estudantes, explicando detalhadamente os passos para a
construção de y = 21 (x − 5)2 + 2
(d) construir o gráfico da função y4 = 12 (x − 5)2 + 2, transladando-o duas (2) unidades para
cima.
IV : 12 (x − 5)2 + 2
II : 21 x2
III : 12 (x − 5)2
I : x2
Figura 1.21:
Observação 1.20. O gráfico da função y = a(x − p)2 + q pode ser obtido a partir do gráfico
y1 = ax2 por meio de uma transladação horizontal de p unidades e uma transladação vertical
de q unidades.
Observação 1.21. Para funções dadas na forma y = a(x − p)2 + q , o eixo de simetia é x = p
e o vértice localiza-se no ponto V (p, q).
O estudo completo de uma função consiste numa série de investigações que são feitas para a descoberta
de caracterı́sticas que, de maneira inequı́voca, identificam uma função. Este estudo (para funções
quadráticas) é composto por 9 (nove) passos importantes a saber:
1) O sinal de a;
2) O domı́nio da função;
3) O contradomı́nio da função;
4) As coordenadas do vértice;
5) Os zeros da função;
B. Adelino; C. Betuel; M. Tereza; N. Clarinda - 2015 73
9) A construção gráfica.
No capı́tulo anterior falou-se de equações lineares, e definiu-se equação como uma igualdade que contêm
uma determinada incógnita. Ao se resolver uma equação, procura-se achar os valores da incógnita
que satisfaz a igualdade. Chamar-se-á então equação quadrática a equação que tiver na incógnita
o expoente 2. A forma gerada da equação quadrática é a seguinte:
ax2 + bx + c = 0 com a 6= 0.
Existem 3 tipos de equações qudráticas. Nas suas resoluções diferem-se no ponto de vista de
eficiência, isto é, podemos resolvê-las da mesma maneira, mas é racional para cada caso cumprir
certos algorı́tmos que facilitam a resolução. Veja:
ax2 = 0, a 6= 0
e daı́ resulta que x = 0, neste caso é muito simples encontrar a solução, veja que achar a solução
de uma equação ax2 = 0 reduz se a determinar ao longo do eixo dos x o conjunto de pontos
interceptados pela parâbola y = ax2 , veja nas figuras (1.17) e (1.18) os gráficos de y = ax2 .
ax2 + bx = 0
y = x2 + 3x e y = x2 − 5x
74 Matemática I - Da teoria à Prática
x2 + 3x
x2 − 5x
Figura 1.22:
ax2 + bx + c = 0
Pode-se resolver esta equação usando a fórmula resolvente que foi vista a quando do estudo da
factorização de polinómios quadráticos:
√
−b ± ∆
x1,2 = e ∆ = b2 − 4ac
2a
Com o auxı́lio desta fórmula, pode-se também encontrar as coordenadas do vértice do gráfico
que descreve a função y = ax2 + bx + c :
b ∆
xv = − e yv = −
2a 4a
1.5.9 Exercı́cio
1) y = ax2 + bx + c, a 6= 0
2) y = x2 − 10x + 25
3) −x2 + 8x = −5 + y
4) x2 − 7x + 11 = 1 − y
5) y = 2x2 + 7x + 5
Observação 1.22. Seja dada uma equação quadrática. se a + b + c = 0 esta equação tem raı́zes
c
iguais a x1 = 1 e x2 = a.
e x2 − (x1 + x2 )x + x1 × x2 = 0
Nma função quadrática de acordo com o valor assumido pelo ∆ = b2 − 4ac pode-se saber, se tem ou
não raı́zes e caso tenha pode-se saber se estas raı́zes são duplas ou não.
Funções radicais são funções que possuem a variável dentro do radical (e sem limitação da sua essência,
suponha-se que tenham formas lineares como radicandos) e tem a forma
√
y= ax + b ax + b ≥ 0
A condição ax + b ≥ 0 advém do domı́nio de radicais com ı́ndice par (recordar o capı́tulo sobre
radiciação).
• Atente a figura (1.23), nela estão construı́dos os quatro gráficos que podem ser usados como
auxiliadores no esboço gráfico de funções radicais.
√
1) y = x
√
2) y = −x
√
3) y = − x
√
4) y = − −x
• Ver atentamente os teores sobre equações e inequações irracionais. Explicar aos estudantes.
Determine as funções f o g e g o f.
√
q
o
f g = f [g(x)] = a cx + d + b , e
√
q
o
g f = g[f (x)] = c ax + b + d
Determinemos as funções f o g e g o f.
p
f o g = f [g(x)] = a(cx + d) + b , e
√
g o f = g[f (x)] = c ax + b + d
B. Adelino; C. Betuel; M. Tereza; N. Clarinda - 2015 77
√ √
y= −x y= x
√ √
y = − −x y=− x
Figura 1.23:
A = B2, e B≥0
√
Exemplo 1.62. Para resolver a equação x2 − 1 = −x + 2 faz-se
5
x2 − 1 = (−x + 2)2 ⇒ x2 − 1 = x2 − 4x + 4 ⇒ 4x − 5 = 0 ⇒ x = ,
4
5 5
Porque faz parte do domı́nio da expressão, diz-se então que S : x = .
4 4
Veja a solução da mesma equação dada na forma gráfica:
Teremos:
A = B, A ≥ 0, B≥0
78 Matemática I - Da teoria à Prática
−3 −2 −1 1 2 3 x
−1
−2
−3
Figura 1.24:
5
5
x=
4
4
−5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5 6 x
−1
−2
−3
−4
−5
Figura 1.25:
√ √
−x + 4 = x−1
B. Adelino; C. Betuel; M. Tereza; N. Clarinda - 2015 79
−x + 4 ≥ 0 ⇒ −x ≥ −4 ⇒ x ≤ 4
Analogamente
x−1≥0⇒x≥1
O que nos leva a afirmar que caso exista solução desta equação, ela localiza-se entre 1 e 4, isto
é, no conjunto intersecção dos domı́nios das expressões radicais dadas. Resolvendo −x + 4 =
5 5
x − 1 ⇒ −2x = −5 ⇒ x = , como 2.5 está entre 1 e 4 temos: S : x =
2 2
Graficamente teremos:
y
√
√ x−1
2 −x + 4
1 2.5 4 x
Figura 1.26:
Para resolver inequações, e à semelhança do que aconteceu com as equações quadráticas, usa-
remos o metódo gráfico. Suponha-se que se quer resolver a inequação;
√ √
−x + 4 > x−1
√ √
Esboça-se o gráfico de y1 = −x + 4 e y2 = x − 1, e a solução será o intervalo onde o gráfico
de y1 se localiza a cima do gráfico de y2 E a solução será:
5
x ∈] − ∞, [
2
Veja que os parenteses são abertos porque a inequação aparece com o sinal > e não ≥ .
80 Matemática I - Da teoria à Prática
√
√ x−1
2 −x + 4
1 2.5 4 x
Figura 1.27:
Os exercı́cios 9, 11, 14, , 22, 27, 32, 38, 40 devem ser resolvidos na qualidade de TPC.
Serão corrigidos e discutidos na aula prática. Os exercı́cios 6, 8, 12, 17, 25, 28, 33, 37 deverão
ser resolvidos pelos estudantes para a consilidação do conhecimento e deverão ser entregues ao Docente
de aulas teóricas na aula teórica da semana seguinte.
(a) y = 2x − 1
(b) y = 2 − x
(c) y = x + 2y − 1
(d) 2x − 3y + 2 = 0
(e) y = 3
2) Para cada uma das alı́neas do número anterior identifica se o ponto (1, 0) e o ponto (1, 1)
pertencem ou não a recta.
B. Adelino; C. Betuel; M. Tereza; N. Clarinda - 2015 81
(a) 2x + 2y − 7 = 0
(b) y = 3
2
(c) x − 3y + =0
3
(d) x − 2y = 1
4) Veja se as seguintes rectas são paralelas (se tem mesmo coeficiente angular).
(a) 9x − 6y + 2 = 0, 3x + 2y + 1 = 0
2x y
(b) + = 3, 2x + 3y − 1
3 2
5) Seja f (x) = 2x − 6, D(f ) =] − 1, 4]; determine a Im(f )
−x − 7
6) Seja f (x) = , D(f ) =] − 1, 3[; determine a Im(f )
2
7) De uma função, sabe-se que D(f ) = [−3; 5] e Im(f ) = [1; 5]
(d) Qual é a caracterı́stica de uma função composta por duas funções lineares?
(a) N
(b) Z
(c) Q
(d) R
82 Matemática I - Da teoria à Prática
12) Nas boas escadas, a altura a dos degraus e a sua profundidade p estão relaccionadas por 2a−64 =
p em Cm.
(b) Umas escadas compostas de 17 degraus levam à um piso situado a 2, 55m acima. Qual é a
profundidade dos degraus?
(c) Considera-se que a altura de um degrau não pode ultrapassar 25Cm. Dispõe-se dum espaço
que permite colocar escadas tais que a soma da profundidade seja 4m. Qual será a altura
máxima dessas escadas?
2 x+2
(a) 3x − ≥
3 3
3x − 2 x+2
(b) − >
2 5
−2x + 7
(c) 2 ≤ <6
3
2x + 3y − 6 = 0
(a)
2x + y + 2 = 0
2x − 3y − 6 = 0
(b)
2x + 3y − 6 = 0
2x − 10y = 0
(c)
−5x + 25y = 0
(x + y) − (x − y) + 1 = 0
(d)
x+y + x−y − 7 =0
2 3 36
17) Um cavalo e uma mula caminhavam juntos levando no lombo pesados sacos. Lamentava-se o
cavalo da sua pesada carga quando a mula lhe disse: ”de que ti queixas? Se eu levasse um dos
teus sacos, a minha carga seria o dobro da tua. Pelo contrário, se te desse um saco, a tua carga
seria igual a minha.”Quantos sacos levava o cavalo e quantos sacos levava a mula?
18) Resolva
(a) 2x − y + 1 > 0
(b) 3x + 5y ≤ 0
(c) x − y − 1 > 2x + 6y
(d) 2x − y + 1 < x − y − 1
19) Resolva
(b) x − 2 ≥ 0 e x + y − 2 ≤ 0
21) Verifique quais dos seguintes pontos pertence a parábola que representa graficamente a função
f (x) = x2 − 5x + 6.
(a) A(2, 0)
(b) B(4, 2)
22) Determine o valor de m para que o ponto A(2, 1) pertença à parábola que representa grafica-
mente a função f (x) = (m + 1)x2 − 1.
25) Escreva sob a forma canónica e resolva, a partir dessa forma, a equação y = 0; indique em cada
caso as coordenadas do vértice.
(a) y = x2 − 6x + 6
(b) y = 2x2 − 8x + 6
(c) y = x2 − 56 x − 7
25
(a) 3x2 − 5x + 7 = 0
7
28) Determine os valores de p de modo que a função quadrática y = x2 + px + p − 16 tenha raı́zes
reais.
29) Nas seguintes equações do segundo grau, sendo dada uma solução, determine a outra sem resolver
a equção:
(a) 1 e -1
√
(b) √1 e −2 2
2
(a) x + y = − 31 e x × y = − 32
(b) x + y = 6 e x × y = 7
(b) Se as raı́zes não forem ,ambas, iguais a zero, simplifique ax2 + bx + c. Qual é a segunda
raı́z? Por qual ponto passa o gráfico? Faça um esboço do gráfico.
(c) Se as raı́zes forem, ambas, iguais a zero, simplifique ax2 +bx+c. Faça um esboço do gráfico.
(b) Por qual ponto passa o gráfico? Onde está o vértice? Faça um esboço do gráfico.
34) Determine um número real cuja soma com o seu inverso seja igual a 4.
35) Na figura ao lado, o quadrado tem 10m de lado. Determine x de modo que o quadrado interior
tenha 90m2 de área
36) Um rectângulo tem 34cm de perı́metro e as suas diagonais medem 13cm. Determine o compri-
mento dos seus lados.
37) As pessoas que assistiram a uma reunião cumprimentaram-se, apertando-se as mãos. Uma delas
verificou que foram 66 os apertos de mão. Quantas pessoas estiveram na reunião?
86 Matemática I - Da teoria à Prática
38) Duas camponesas levaram um total de 100 ovos para o mercado. Uma delas tinha mais mer-
cadoria, mas receberam as duas a mesma quantia. Uma vez vendidos todos os ovos, a primeira
camponesa disse à segunda: ”se eu tivesse trazido a mesma quantidade de ovos que tu, teria
recebido 1500 meticais”. A segunda camponesa respondeu: ”e se eu tivesse vendido os ovos que
2000
tinhas, teria recebido 3 meticais”. Quantos ovos vendeu cada uma?
39) Um problema chinês: Uma cidade quadrada de dimensões desconhecidas possui uma porta no
meio de cada um dos seus lados. Uma árvore encontra-se a 20 passos da porta Norte, no exterior
da cidade. Esta árvore é visı́vel desde um ponto C que se pode alcançar percorrendo 14 passos
a partir da porta Sul, seguidos de 1775 passos em direcção a Oeste. Quais são as dimensões da
cidade?
40) Determine o valor de k para que a função f (x) = (2 − k)x2 − 5x + 3 admita um valor máximo.
41) Determine o valor de m para que a função f (x) = (4m + 1)x2 − x + 6 admita um valor mı́nimo.
43) Determine p de modo que a função f (x) = −3x2 + (2p − 3)x − 1 tenha um valor máximo para
x = 2.
44) A trajectória duma bola, num chuto, descreve uma parábola. Supondo que a altura h, em
metros, t segundos após o chuto, seja dada por h = −t2 + 6t, determine:
45) Sabe-se que o custo C para produzir x unidades de um certo produto é dado por C = x2 −
80x + 300. Nestas condições, calcule:
(a) y = x2 − 6x + 9
(b) y = 5x2 + 2x + 17
47) Resolva, utilizando as regras do sinal do trinómio do segundo grau, as inequações seguintes:
(a) x2 − 8x + 16 ≥ 0
(b) x2 − 8x + 7 > 0
B. Adelino; C. Betuel; M. Tereza; N. Clarinda - 2015 87
(d) −x + 7x2 + 2 ≤ 0
(b) (x + 2)2 − 9 ≤ 0
(c) (x + 3)2 ≥ 10
50) Represente a função que dá o raio de um cı́rculo em função da sua área.
√
(a) 1+x>3
√ √
(b) x + 2 > x + 3
√ √
(c) 2x − 3 < x + 3
Ensinar é lembrar aos outros que eles sabem tanto, quanto você...
Typeset by LATEX 2ε
Definção 1.37. Chama-se Equação Exponencial à toda equação que apresenta incógnita sob ex-
poente.
1) Resolva 2x = 8
2x = 23
x=3
1
2) Resolva 3x =
9
3x = 3−2
x = −2
3) Resolva 17x = 1
17x = 170
x=0
4) Resolva 7x = −1 Esta equação não tem solução, veja que para qualquer x ∈ R, 7x é sempre
posetivo.
5) Resolva 5x = 0 Esta equação não tem solução, veja que para qualquer x ∈ R, 7x > 0.
√
6) Resolva 3x = 9
√ 1 x
3x = 32 ⇒ (3x ) 2 = 32 ⇒ 3 2 = 32
3x+1 + 3x+2 + 1 = 37
3x 3 + 3x 9 + 1 = 37
90 Matemática I - Da teoria à Prática
36
3x (3 + 9) = 37 − 1 ⇒ 12 × 3x = 36 ⇒ 3x = ⇒ 3x = 31 ⇒ x = 1
12
4x − 9 × 2x + 8 = 0,
(a)
4x − 9 × 2x + 8 = 0 ⇒ (2x )2 − 9 × 2x + 8 = 0
t2 − 9t + 8 = 0 ⇒ (t − 1)(t − 8) = 0 ⇒ t1 = 1, t2 = 8
2x = 1 ⇒ x = 0, 2x = 8 ⇒ x = 3.
(b) 9x − 8 × 3x = 9
Seja am > an , uma inequação exponencial. Na resolução desta inequação é preciso ter atenção o
seguinte:
am > an ⇒, m > n;
• Se 0 < a < 1; (o a é a base exponêncial e esta base não pode ser negativa nem igual
a 1) muda o sentido do sinal de desigualdade, isto é,
am > an ⇒ m < n
B. Adelino; C. Betuel; M. Tereza; N. Clarinda - 2015 91
2) Resolva 2x < 8
2x < 23 ⇒ x < 3
3) Resolva 17x ≥ 1
17x ≥ 170 ⇒ x ≥ 0
x
1
4) Resolva <8
2
x −3
1 1
<
2 2
porque a < 1 teremos
x > −3
5) Resolva 7x > −1 veja que ∀x ∈ R ⇒ 7x é sempre posetivo, isto significa que é maior que -1, dai
que a solução da inequação dada é x ∈ R.
6) Resolva 5x < 0 neste caso não existe solução, pois 5x é sempre maior do que zero, isto é, nunca
é menor do que zero ou ainda dizemos que x ∈ {} (intervalo vazio).
Definção 1.38. Chama-se, Função Exponencial, à toda função que tem sob expoente uma variável.
1) f (x) = 2x
2) f (x) = 2x + 1
3) f (x) = 2x+1
4) Devemos procurar os pontos histórcos da função, isto é, os pontos onde ela toca os eixos do
S.C.O
x
1
2 2x
Figura 1.28:
2x + 1
−2x + 1
Figura 1.29:
1) y = 2x , vide (1.28)
x
1
2) y = , vide (1.28)
2
3) y = 2x + 1, vide (1.29)
B. Adelino; C. Betuel; M. Tereza; N. Clarinda - 2015 93
2x+1 + 1
y
2x+1
2x
Figura 1.30:
−2x −2x−1
−2(x−1) − 3
Figura 1.31:
loga b
onde
a ∈ R+ \ {1}, b>0
E temos
loga y = x; (a > 0; a 6= 1); y > 0; x∈R
• y é o logaritmando,
• a é a base,
• x é o logarı́tmo.
y = ax ⇒ loga y = x; (a > 0; a 6= 1)
x = 24 ⇒ x = 16
2) logx 81 = 4,
1) loga 1 = 0
2) loga a = 1
3) aloga x = x
logp b
4) loga b = (mudança de base: b > 0; p > 0; p 6= 0)
logp a
5) loga uv = loga u + loga v
u
6) loga = loga u − loga v, v 6= 0
v
B. Adelino; C. Betuel; M. Tereza; N. Clarinda - 2015 95
√
n q
q
7) loga p = loga p;
n
log10 a = lg a, loge a = ln a
1) Resolva 2 log2 x = log2 4. Este tipo de equação resolve-se seguindo os seguintes passos:
(a) 5log5 2 ,
Usando a a propriedade (3) temos que
5log5 2 = 2
√
(b) log2 2 3
lg 25 = lg 102 − lg 22 = 2 lg 10 − 2 lg 2
lg 25 = 2 − 2x.
log3 81 = 4
96 Matemática I - Da teoria à Prática
entao
log4 log2 log3 81 = log4 log2 4
1
log4 log2 4 = log4 2 =
2
3)
log2 x = log2 4
Como temos nos 2 membros logarı́tmos da mesma base, igualamos apenas os logaritmandos
4) x = 4.
5) Resolva log3 x = 1,
Basta usar a definição de logarı́tmo para resolver este exercı́cio, teremos então
log3 x = 1 ⇒ x = 31 ⇒ x = 3
(x − 1)(2x + 1)
log3 = 3,
x−3
(x − 1)(2x + 1) (x − 1)(2x + 1)
log3 = log3 27 ⇒ = 27
x−3 x−3
Resolvamos a equação
(x − 1)(2x + 1)
= 27 ⇒ (x − 1)(2x + 1) = 27(x − 3)
x−3
pois tanto 4 como o 10 são maiores que 3 (condição imposta pelo domı́nio da expressão)
B. Adelino; C. Betuel; M. Tereza; N. Clarinda - 2015 97
Observação 1.27. Durante a resolução de uma equação logarı́tmica muitas vezes somos obrigados
a transforma-la em exponêncial, outras vezes a simples percepção deste conceito satisfaz a resolução
do problema. As equações e inequações logarı́tmicas são muito analogas as equações e inequações
exponênciais.
Consideremos a inequação
log2 x > log2 3.
Para resolvê-la, é preciso ter em conta o seguinte, se loga m > loga n, então:
Para o caso
log2 x > log2 3
1) log2 x > log2 2, como a base é 2, então teremos x > 2 veja no gráfico
1
2) log 1 x > log 1 3, como a base é , então teremos x < 3
2 2 2
3) log3 x > log29 x
Mudamos de base
1
log3 x > log29 x ⇒ log3 x > log23 x
2
aplicando a substituição
t = log3 x
teremos
1
t > t2 ⇒ 2t − t2 > 0
2
de onde resulta que t ∈]0; 2[ e sendo assim
o que nos da
x ∈]1; 9[
98 Matemática I - Da teoria à Prática
log2 2 = 1
Figura 1.32:
À esta função, chamaremos Função Logarı́mica de Base a. Por utras palavras, à função inversa da
função exponencial de base a, dá-se o nome de Função Logarı́tmica de Base a.
f (x) = log2 x
1) f (x) = log2 (x + 1)
B. Adelino; C. Betuel; M. Tereza; N. Clarinda - 2015 99
2) f (x) = log 1 (x + 1) Esboce este gráfico (veja que é identico ao esboçado na (1.33) mas tem uma
2
base menor do que a unidade.
ax + b
f (x) = ; onde a, b, c, d ∈ R.
cx + d
f (x)
(−5, 0) x
g(x)
1
1) A função: y = , é homográfica; onde a = 0, d = 0, b = 1, c = 1 e têm uma representação
x
gráfica caracterizada por uma curva chamada hipérbole equilátera.
O gráfico desta função faz uma curva suave em dois quadrantes alternos. Veja a tabela de valores:
x -3 -2 -1 0 1 2 3
1 1 1 1
f (x) - − -1 @ 1
3 2 2 3
Figura 1.36:
B. Adelino; C. Betuel; M. Tereza; N. Clarinda - 2015 101
1
2) Considere agora: y = − , é homográfica; onde a = 0, d = 0, b = −1, c = 1. Veja a figura
x
(1.37)
y
Figura 1.37:
A função homográfica:
ax + b
f (x) =
cx + d
É definida para cx + d 6= 0, ou seja o seu domı́nio é:
−d
Df = x ∈ R\{ }
c
Observação 1.28. Analisando a tabela. Pode se ver que à medida em que os valores de x tendem
a crescer (em módulo), os valores de y vão se aproximando do zero, isto é, vão se aproximando do
eixo dos x. Escreve-se y → 0 quando x → ∞ e diz-se que o y ou a função tende para zero quando x
tende para o infinito). O eixo dos x é assı́mptota ao gráfico. Por outro lado, quando o x tende para
zero, o y tende para o infinito; isto é, x → 0 ⇒ y → ∞. Neste caso , o gráfico da função aproxima-se
do eixo dos y , mas nunca o toca. O eixo dos y é assı́mptota ao gráfico.
2x + 1
1) Esboce gráficamente a função f (x) = .
x+2
a2
AH = y = =2
c1
2×0+1 1
f (0) = =
0+2 2
Figura 1.38:
2x + 1
2) Esboce gráficamente a função f (x) = − . Veja a figura 1.37.
x+2
Dr. Betuel de Jesus Varela Canhanga 103
2x + 1 −2x − 1
(a) Veja que escrever f (x) = − , é o mesmo que escrever f (x) = .
x+2 x−3
Portanto, a = −2, b = −1, c = 1, d = −3.
Determinar-se-á a assı́mptota vertical, pelo domı́nio:
a −2
AH = y = = = −2
c 1
Exemplo 1.73.
−2 × 0 − 1 1
f (0) = =
0−3 3
Observação 1.29. O gráfico da função homográfica é composto por dois ramos simétricos em relação
ao ponto de encontro das assı́mptotas.
Para resolver inequações e equações com uma parte homográfica, recorre-se ao método de tabelas
estudado no capı́tulo sobre funções, equações e inequações lineares.
1) |0| = 0;
Figura 1.39:
√ √ √
5) 2 − 3 = 2 − 3 porque 2 − 3 é maior que zero;
6)
x − 1, se x − 1 ≥ 0; x − 1, se x ≥ 1;
|x − 1| = ⇒
−(x − 1), se x − 1 < 0. −x + 1, se x < 1.
7)
−(x − 1), se x − 1 ≥ 0; −x + 1, se x ≥ 1;
− |x − 1| = ⇒
−[−(x − 1)], se x − 1 < 0. x − 1, se x < 1.
8)
2 x2 − 1, se x2 − 1 ≥ 0; x2 − 1, se x ∈] − ∞, −1] ∪ [1; +∞[;
x − 1 = ⇒
−(x2 − 1), se x2 − 1 < 0. −x2 + 1), se x ∈] − 1; 1[.
Dr. Betuel de Jesus Varela Canhanga 105
9)
2
x −1 x2 − 1
2
x − 1
, se ≥ 0;
= x+2 x+2
x + 2 x2 − 1 x2 − 1
− , se < 0.
x+2 x+2
Vamos primeiro estudar o sinal da fracção:
x2 − 1
x+2
x2 − 1 x2 − 1
≥0 e < 0, usa-se para tal o método de tabelas.
x+2 x+2
Resolve-se as equações:
x2 − 1 = 0 ⇒ (x − 1)(x + 1) = 0 ⇒ x = ±1, x + 2 = 0 ⇒ x = −2
x2 − 1
≥ 0 ⇒ x ∈] − 2, −1] ∪ [1, +∞[ e
x+2
x2 − 1
< 0 ⇒ x ∈] − ∞, −2[∪] − 1, 1[
x+2
Então teremos:
2
2 x − 1, se x ∈] − 2, −1] ∪ [1, +∞[;
x − 1
x+2
x + 2 = x2 − 1
− , se x ∈] − ∞, −2[∪] − 1, 1[.
x+2
10)
2 x2 + 2x − 3, se x2 + 2x − 3 ≥ 0;
x + 2x − 3 =
−(x2 + 2x − 3), se x2 + 2x − 3 < 0.
x2 + 2x − 3 < 0 ⇒ x ∈] − 3, 1[
106 Centro de Preparação de Exames de Admissão para o Ensino Superior
2 x2 + 2x − 3, se x ∈] − ∞, −3] ∪ [1, +∞;
x + 2x − 3 =
−x2 − 2x + 3, se x ∈] − 3, 1[.
11)
x2 + 2x − 3, se x ≥ 0; x2 + 2x − 3, se x ≥ 0;
2
|x| + 2 |x| − 3 = ⇒
(−x)2 + 2(−x) − 3, se x < 0. x2 − 2x − 3, se x < 0.
Definção 1.42. Chama-se função modular a função real de variável real que a cada x faz corres-
ponder o seu módulo, ou seja, f (x) = |x| .
x, se x ≥ 0;
|f (x)| = |x| =
−x, se x < 0.
Generalizando, teremos:
f (x), se f (x) ≥ 0;
|f (x)| =
−f (x), se f (x) < 0.
Para construir o gráfico da função modular f (x) = |f (x)|, seguem-se os seguintes passos:
1) Seja f (x) = |x| , construa os gráficos de f (x). Para construir os gráficos da função, temos de
seguir os passos dados acima:
x, se x ≥ 0;
f (x) =
−x, se x < 0.
y1 = x quando x ≥ 0; e
y2 = −x quando x < 0
Dr. Betuel de Jesus Varela Canhanga 107
−x x
Figura 1.40:
2) Seja f (x) = |x + 1| , construa os gráficos de f (x). Para construir os gráficos da função, temos
de seguir os passos dados acima:
x + 1, se x + 1 ≥ 0; x + 1, se x ≥ −1;
f (x) = ⇒ f (x) =
−(x + 1), se x + 1 < 0. −x − 1, se x < −1.
y1 = x + 1 quando x ≥ −1; e
y2 = −x − 1 quando x < −1
−x − 1 x+1
Figura 1.41:
−(x − 3), se x − 3 ≥ 0; −x + 3, se x ≥ 3;
f (x) = ⇒ f (x) =
−[−(x − 3)], se x − 3 < 0. x − 3, se x < 3.
y1 = −x + 3 quando x ≥ 3; e
y2 = x − 3 quando x < 3
−x + 3
x−3
Figura 1.42:
x−1
x − 1 , se x ∈] − ∞, −2[∪[1, +∞[;
f (x) = = x+2
x + 2 x−1
− , se x ∈] − 2, 1[.
x+2
Daı́, teremos a figura (1.43)
x2 + 2x − 3, se x2 + 2x − 3 ≥ 0;
f (x) = x2 + 2x − 3 =
−(x2 + 2x − 3), se x2 + 2x − 3 < 0.
Então:
x2 + 2x − 3, se x ∈] − ∞, −3] ∪ [1, +∞;
f (x) =
−x2 − 2x + 3, se x ∈] − 3, 1[.
AH = 1
AV = −2
Figura 1.43:
y
Figura 1.44:
Figura 1.45:
Figura 1.46:
Definção 1.43. Chama-se Módulo ou Valor absoluto de um número real x, e denota-se |x|,
ao número real não negativo que satisfaz as seguintes condições:
x, se x ≥ 0;
|f (x)| = |x| =
−x, se x < 0.
|x − 3| = 5
Dr. Betuel de Jesus Varela Canhanga 111
Então:
x − 3 = 5, se x ≥ 3; x = 8, se x ≥ 3;
|x − 3| = 5 ⇒ ⇒
−x + 3 = 5, se x < 3. x = −2, se x < 3.
S : x ∈ {−2; 8}
Como -10 é menor do que -7 e -4 é maior que -7, isto é, as duas soluções não pertencem aos
intervalos obtidos pela definição do módulo diremos que a solução desta equação é:
x ∈ {}
|x − 1| = |3x + 1|
Então teremos:
x − 1 = 3x + 1, x = −1,
|x − 1| = |3x + 1| ⇒ ⇒
x − 1 = −(3x + 1) . x=0 .
4) Resolva:
|x − 1| + |x + 2| = |x − 3|
|x − 1| + |x + 2| − |x − 3| = 0.
112 Centro de Preparação de Exames de Admissão para o Ensino Superior
Resolver esta equação significa procurar determinar valores de x que fazem com que a equação
seja igual a zero. Vamos primeiro desenvolver os três modulos que aparecem nesta equação.
x − 1, se x ≥ 1;
|x − 1| =
−x + 1, se x < 1.
x + 2, se x ≥ −2;
|x + 2| =
−x − 2, se x < −2.
x − 3, se x ≥ 3;
|x − 3| = ;
−x + 3, se x < 3.
x = 0 ⇒ x = 0, quando x ∈] − 2, 1[;
2
3x − 2 = 0 ⇒ x = , quando x ∈]1, 3[;
3
2
Dentre as soluções −4; 0; , das equações acima, somente -4 e 0 pertencem aos seus respec-
3
tivos intervalos. Portanto, a solução será:
S : x ∈ {−4; 0}
Iremos mostrar pelo esboço gráfico as soluções aqui apresentadas. Lembre-se que determinar a
solução de uma equação f (x) = 0 significa determinar os valores de x por onde a função toca
o eixo horizontal.
Figura 1.47:
Observação 1.30. Pode-se também resolver inequações modulares usando a definição de módulo
e(ou) usando o método gráfico (a semelhança do que se fez para equações quadráticas).
Os exercı́cios 8, 10, 11, 13, 16, 17, 24, 26 devem ser resolvidos na qualidade de TPC.
Serão corrigidos e discutidos na aula prática. Os exercı́cios 6, 9, 12, 14, 18, 19, 23, 25, 37
deverão ser resolvidos pelos estudantes para a consilidação do conhecimento e deverão ser entregues
ao Docente de aulas teóricas na aula teórica da semana seguinte.
1) Sendo x < 0 e sabendo que ax > 1, o que pode afirmar sobre o valor de a? Justifique
graficamente.
2) Se a > 1 e 0 < ax < 1, o que pode afirmar sobre o valor de x? Justifique graficamente.
(a) y = 2x−3
x
1
(b) y = +3
2
(c) y = 5 − 2x
(d) y = 1 + 3x
(a) log3 81
(b) log 1 32
3
25
(c) log 2 4
5
(a) log2 x = 4
(b) log√2 x = 5
(c) log 1 x = − 32
2
3
(d) log0,5 x = 4
(a) y = log 1 (x − 3)
2
(a) y = log2 (x + 4)
(b) y = log3 x + 2
(c) y = log 1 (x − 1) + 2
3
(d) y = log2 (5 − x)
11) Determine a função inversa das funções seguintes e para cada função e sua inversa, determine o
domı́nio e o contradomı́nio.
1
(a) log3 x < log3 2
x
(d) log3 2 ≤2
(a) lg 24
(b) lg 92
(c) lg 32
√
(d) lg 3
(b) 72 log7 5
1
(e) 3 log 2 8 − 2 log 2 3 + 14 log 2 81
3 3 3
(a) (ax−1 )x = 1
(b) 4 × 22x − 4 × 2x − 3 = 1
(c) 9x + 3 × 6x = 4x+1
(a) 2x = 348
(b) 6, 23x = 13
7 lg x 17
(e) + =
lg(x3 − 1) 2
lg(x − 3) lg x3 − 1
2x
(a) f (x) = x+1
x+4
(b) g(x) = 2x−3
4x−1
(c) h(x) = x−3
(b) Estude e represente graficamente no mesmo sistema de eixos a função g definida por g(x) =
2x
x+1 .
21) Determine h(x) = g[f (x)] e k(x) = f [g(x)] nos casos seguintes:
x−3
(a) f (x) = 3x − 7 e g(x) = 2x+1
−x+8
(b) f (x) = − x2 + 4 e g(x) = 2x−5
22) Chama-se distância de dois números x e y ao módulo da sua diferença. Nota-se: d(x; y) = |x−y|
i. d(−3; 3)
iii. d 0; 34
√ √
iv. d( 2; −3 2)
i. d(4; x) = 0, 31
ii. d x; − 13 = 14
iii. d x; 52 = 32
(a) y = |2 − x|
118 Centro de Preparação de Exames de Admissão para o Ensino Superior
(b) y = |x2 − 5x + 6|
√
(c) y = | 5 − x − 3|
(d) y = 1−2x
x+1
(a) y = |2x − 3| + |x + 4|
(b) y = 3|x − 1| − |x − 5|
(a) |3x − 4| = 2
(b) |2x − 3| = 2x − 3
(c) |x2 − 4x + 5| = 2
(b) − x2 ≥ 5
(c) |x − 1| ≥ −2
(d) |3 − x| ≤ 3
(f) 2x−1
1
<
2 5
Typeset by LATEX 2ε
Capı́tulo 2
Definção 2.1. Seja dado o conjunto de números {1, 2, 3, 4, · · · }, conjunto de números inteiros
positivos. Chamaremos a este conjunto, conjunto de números naturais, e denota-lo-emos por N,
isto é, N = {1, 2, 3, 4, · · · }.
Definção 2.2. Diz-se Sucessão numérica a toda aplicação de N em R, isto é, a toda correspondên-
cia entre os elementos de N com os elementos de R, tal que para cada elemento de N, existe somente
um elemento de R.
1) 2; 4; 6; 8; · · · an = 2n; ∀n ∈ N
2) 2; 4; 8; 16; · · · an = 2n ; ∀n ∈ N
Definção 2.3. Chama-se Termo Geral duma sucessão ao termo que gera (produz) todos elementos
da sucessão.
Exemplo 2.2. Determine os primeiros dois termos da sucessão, cujo termo geral é an = 2n + 1.
Resolução:
Precisamos determinar a1 e a2 :
a1 = 1 + 2 × 1 = 1 + 2 = 3
a2 = 1 + 2 × 2 = 1 + 4 = 5
119
120 Matemática I - Da teoria à Prática
achando
an+1 − an
obtemos
an+1 − an = 2n + 3 − (2n + 1) = 2n + 3 − 2n − 1 = 2;
achando
an+1 − an
obtemos
1 1 n n+1 n−n−1 1
an+1 − an = − = − = =−
n+1 n n(n + 1) n(n + 1) n(n + 1) n(n + 1)
Como o denominador é sempre positivo, a fracção toda é menor do que zero. Neste caso diremos que
1
a sucessão de termo geral an = é decrescente.
n
Definção 2.6. Se an+1 − an = 0, diz-se que a sucessão an é constante.
an+1 = 2
achando
an+1 − an
obtemos
an+1 − an = 2 − 2 = 0
Observação 2.2. Uma sucessão diz-se monótona, se e somente se for crescente ou decrescente.
B. Adelino; C. Betuel; M. Tereza; N. Clarinda - 2015 121
Exemplo 2.6. Classifique quanto à monotonia (monótona crescente, monótona decrescente e não
monótona), as seguintes sucessões
2n + 1
1) an = ; Resp. monótona decrescente;
2n
n+1
2) an = ; Resp. monótona crescente;
2
Definção 2.7. Diz-se que um número k é limite de uma sucessão numérica an e escreve-se lim an =
n→∞
k , se e só se, dado qualquer número positivo ε, existe um número natural Nε , tal que todos os termos
an de orden n superior a Nε , verificam a desigualdade |an − a| < ε, isto é:
lim an = k
n→∞
ou simplesmente
lim an = k
Por outras palavras se pode dizer que a sucessão an converge para um limite k , se durante o cresci-
mento do número n, os termos an da sucessão tendem para o valor k, isto é, aproximam-se cada vez
mais de k.
Definção 2.8. Uma sucessão numérica an que tem limite finito k , diz-se sucessão convergente. E
caso contrário, se k é um limite não finito, diz-se sucessão divergente, isto é:
• Se lim an = k = ∞ =⇒ an é diverge.
4n−1
1) lim
n→∞ n+1
Resolução:
1
n 4−
n
lim 4n−1 = lim = 4.
n→∞ n+1 n→∞ n 1 + 1
n
n4
2) lim
n→∞ 3n2 + n
Resolução:
n4 n4 n2
lim = lim n = lim = ∞.
n→∞ 3n2 + n
n→∞ 2 n→∞ 3
n 3+ 2
n
Definção 2.9. Uma sucessão numérica αn diz-se um infinitésimo, se o seu limite é igual a zero,
isto é:
Definção 2.10. Uma sucessão βn diz-se um infinitśimo grande, se e só se o seu limite tende para
o infinito, isto é:
lim βn = ∞ ou lim βn → ∞
n→∞
Observação 2.3. Se uma sucessão numérica é um infinitamente grande e todos os seus termos têm
o mesmo sinal (+ ou -), então, em correspondência com o sinal, escreve-se:
lim βn = +∞ ou lim βn = −∞
n→∞ n→∞
lim an = k1 e lim bn = k2 .
an lim an k1
2) lim = = k2 6= 0.
bn lim bn k2
∞
•
∞
• ∞−∞
0
•
0
• 1∞
• 00
• ∞0
• 0×∞
2 + 4n
1) an =
n+1
Resolução: h i
2 + 4n ∞
Substituindo por ∞, teremos lim an = lim =
n+1 ∞
Para levantarmos a indeterminação, vamos escolher no numerador, tanto como no denominador,
a parte principal. Quando n → ∞ ⇒ 2 + 4n ∼ 4n, n + 1 ∼ n. Daı́, teremos:
2 + 4n 4n
lim an = lim = lim =4
n+1 n
124 Matemática I - Da teoria à Prática
3
2
2) an = n
1
n
Resolução:
3
0n2
Substituindo por ∞, teremos: lim an = lim =
1 0
n
Para levantar esta indeterminação,vamos fazer a divisão e teremos
3
n2 = 3n = 3
1 n2 n
n
, donde teremos
3
lim =0
n
2.1.5 O Número e
1 n
an = 1 +
n
Exemplo 2.9. Consideremos os seguintes exemplos:
1 n
1) Seja an = 1 +
n
n
1
lim an = lim 1 + = [1∞ ]
n
que é uma indeterminação. Então,
n
1
lim an = lim 1 + = e.
n
2) Determine n
n+2
lim .
n
substituindo o n por infinito teremos uma indeterminação na base do tipo
h∞i
,
∞
B. Adelino; C. Betuel; M. Tereza; N. Clarinda - 2015 125
ao levantarmos esta indeterminação passamos a ter uma outra indeterminação, do tipo [1∞ ] .
Para levantarmos este tipo de indeterminação, recorremos a:
n+2
!
lim −1 ×n
lim(an )bn = [1∞ ] = elim(an −1)×bn = e n
logo
n+2−n 2
! !
lim ×n lim ×n
lim(an )bn = e n =e n = e2
1) Calcule os limites:
7n + 2
(a) lim
n→∞ 5n + 3
2n+2 + 3n+3
(b) lim
n→∞ 2n + 3 n
3n2
1
(c) lim 1 + 2
n→∞ n +1
Resolução:
2 2
n 7+ lim 7 + lim
7n + 2 n n→∞ n→∞ n 7+0 7
(a) lim = lim = lim = = ,
n→∞ 5n + 3 n→∞ 3 n→∞ 3 5+0 5
n 5+ lim 5 + lim
n n→∞ n→∞ n
2 3
dado que quando n → ∞, →0 e →0
n n
2 n
n
n 2
3 4 + 27 4 + 27
2n+2 + 3n+3 3 3
(b) lim = lim n = lim n =
n→∞ 2n + 3 n n→∞ 2 n→∞ 2
3n +1 +1
n 3 3
2
4 lim + lim 27
n→∞ 3 n→∞ 4.0 + 27
= n = = 27,
2 0+1
lim + lim 1
n→∞ 3 n→∞
n
2
dado que quando n → ∞, → 0.
3
3n2
3n2 " n2 +1 # 2 3n2
n +1
1 1 lim
(c) lim 1 + 2 = lim 1+ 2 = en→∞ n2 + 1 = e3
n→∞ n +1 n→∞ n +1
estudantes para a consilidação do conhecimento e deverão ser entregues ao Docente de aulas teóricas
na aula teórica da semana seguinte.
3+n
1) Construa o gráfico da seguinte sucessão numérica an = ;
1+n
1
2) Construa o gráfico da seguinte sucessão numérica an = ;
2n − 1
3+n
3) Classifica em convergente ou divergente a seguinte sucessão an = e justifique sua resposta;
1+n
1 + n2
4) Classifica em convergente ou divergente a seguinte sucessão an = e justifique sua resposta;
1+n
(2n2 + 3)(n + 2)3
5) lim √ √ ;
n→∞ 4n4 + 3n3 + 1 . 3 8n9 + 2n4 + 5
1 n+1
6) lim 1 +
n→∞ 2n
√n2 +1
n+4
7) lim
n→∞ n+1
√3
8n3 +n+1
n2 + n + 1
8) lim
n→∞ n2 + 1
√ √ 6
(2 n + 3 3 n + 1)
9) lim √ √ ;
n→∞ (4n + 5 n + 4 n)2
2.3.1 Progressões
Definção 2.11. progressão é uma sucessão em que a diferença ou quociente entre dois termos
consecutivos é constante.
Definção 2.12. Chama-se progressão aritmética a uma secessão de números reais an , em que
cada termo, a partir do segundo, é igual à soma do termo anterior com um número constante d,
denominado diferença da progressão aritmética dada.
Observação 2.5. Uma progressão aritmética é definida se são dados o primeiro termo a1 e a sua
diferença d.
A soma dos primeiros n termos de uma progressão aritmética, calcula-se pela fórmula:
1
Sn = (a1 + an )n
2
Propriedade de toda a progressão aritmética: qualquer termo am , a partir do segundo, é igual
à média aritmética dos seus termos simétricos am−k e am+k , isto é:
1
am = (am−k + am+k )
2
Definção 2.13. Chama-se progressão geométrica a uma sucessão de números reais an , em que
cada termo, a partir do segundo, é igual ao produto do termo anterior e de um número constante q,
denominado razão da progressão geométrica dada.
Observação 2.6. Uma progressão gemétrica é definida se são dados o primeiro termo a1 e a sua
rezão q.
A soma dos primeiros n termos de uma progressão geométrica, calcula-se pela fórmula:
a1 (1 − q n )
Sn =
1−q
Caso |q| < 1 e n → ∞, a soma duma progrssão geométrica infinitamente decrescente, é dada
por:
a1
Sn =
1−q
Propriedade de toda a progressão geotmétrica: qualquer termo am , a partir do segundo, é
igual à média geométrica dos seus termos simétricos am−k e am+k , k < m, isto é:
p
am = am−k + am+k
Resolução:
A sucessção dada pode ser escrita na seguinte forma:
1 1 1 1 1 1
7 2 , 7 2 + 22 , 7 2 + 22 + 23 , ...
128 Matemática I - Da teoria à Prática
É fácil notar que o termo geral da sucessão dada tem a forma de petência
1 1 1 1
an = 7 2 + 22 + 23 +...+ 2n ,
1
cujo expoente representa a soma de n termos duma progressão geométrica de razão q = que
2
podemos calcular do modo seguinte:
1 1
1− n
1 1 1 1 2 2 1
+ + + ... + n = = 1− n
2 22 23 2 1 2
1+ 2
2
Assim, obtemos
h i
1 1
1 lim (1− n ) lim 1− lim ( )
lim an = lim 7(1− 2n ) = 7n→∞ 2 = 7 = 71−0 = 7
n
n→∞ n→∞ 2
n→∞ n→∞
Os exercı́cios 1-8 devem ser resolvidos na qualidade de TPC. Serão corrigidos e discutidos
na aula prática. Os exercı́cios 1-8 deverão ser resolvidos pelos estudantes para a consilidação do
conhecimento e deverão ser entregues ao Docente de aulas teóricas na aula teórica da semana seguinte.
1 + 4 + 7 + ... + (3n − 2) 3n + 1
1) lim −
n→∞ n+1 2
1 + 6 + 11 + ... + (5n − 4)
2) lim
n→∞ 1 + 7 + 13 + ... + (6n − 5)
" #
1 1 1 (−1)n−1
3) lim 1− + − + ... +
n→∞ 3 9 27 3n−1
1 + 5 + 9 + ... + (4n − 3)
4) lim +3−n
n→∞ 2n + 1
n3 + 2 n!
5) lim
n→∞ (n2 + 3n) (n + 1)!
√
2n2 +
n + 1 (n + 2)!
6) lim
n→∞ (n + 4)!
√ p √ q p √
7) 3, 3 3, 3 3 3, ...
Definção 2.14. Diz-se que o número b é limite da função f (x), quando x tende para a (x → a),
se para qualquer valor x vizinho com raio δ > 0 e centro em a, tem-se
Observação 2.7. Ao calcularmos limite de uma função, procedemos de maneira semelhante ao cálculo
de limite de uma sucessão. Todos os métodos usados para levantamento de indeterminações de su-
cessções são válidos para limites de funções. Portanto, manteremos válidas todas as definições e
propriedades apresentadas no caso do estudo de sucessões.
x2 − 2 ∞
lim =
x→∞ x2 + x ∞
2
x2 − 2 1− 2 1
lim = lim x = =1
x→∞ x2 + x x→∞ 1 1
1+
x
0
•
0
x−2
Exemplo 2.11. Calcule o seguinte limite: lim
x→2 x2 − 4
Resolução:
• ∞−∞
√
Exemplo 2.12. Ache o seguinte limite: lim x2 − 2x − x
x→∞
Resolução:
130 Matemática I - Da teoria à Prática
√
lim x2 − 2x − x = ∞ − ∞
x→∞
√ x2 − 2x − x2 −2x
=⇒ lim x2 − 2x − x = lim √ = lim !
x2 − 2x + x x→∞
x→∞ x→∞
r
2
x 1− +1
x
−2
= lim r = −1
x→∞ 2
1− +1
x
• 1∞
1 x+5
Exemplo 2.13. Ache o seguinte limite: lim 1 +
x→∞ x
Resolução:
1 x+5
lim 1+ = 1∞
x→∞ x
1 x+5 1 x 1 5
=⇒ lim 1 + = lim 1 + 1+ =
x→∞ x x→∞ x x
x
1 5
1
= lim 1+ × lim 1 + =e×1=e
x→∞ x x→∞ x
1) Se f (x) tende para o limite b quando x tende para a, tomando apenas valores menores que a,
escreve-se:
lim f (x) = b
x→a−
2) Se f (x) tende para o limite c quando x tende para a, tomando apenas valores maiores que a,
escreve-se:
lim f (x) = c
x→a+
1)
3, se x < 2;
f (x) =
x − 1, caso contrário,
Vamos construir o gráfico desta funções para podermos ilustrar os seus limites laterais.
y = 3x2
Figura 2.1:
Definção 2.15. Diz-se que uma função tem limite num certo ponto se os seus limites laterais
forem iguais, isto é:
lim f (x) = lim f (x) = lim f (x)
x→a− x→a+ x→a
Observação 2.8. Para a função da figura (2.1), como seus limites laterais são diferentes quando
x → 2, dizemos que ela não tem limite quando x → 2.
2)
x2 − 1, se x ∈] − ∞, 1[;
f (x) = −x + 1, x ∈]1; ∞[;
2, x=1
Vamos construir o gráfico desta função para podermos ilustrar os seus limites laterais.
Observação 2.9. Para a função na figura (2.2), como seus limites laterais são iguais quando
x → 1 dizemos que ela tem limite e esse limite é igual a zero.
Figura 2.2:
sin x
1) lim =1
x→0 x
tan x
2) lim =1
x→0 x
ln(x + 1)
3) lim =1
x→0 x
ex − 1
4) lim =1
x→0 x
Resolução:
Substituindo por ∞, teremos
x2 − 4
2) Resolva lim
x→2 x2 − 3x + 2
Resolução:
Substituindo por 2, teremos
x2 − 4
0
lim =
x→2 x2 − 3x + 2 0
B. Adelino; C. Betuel; M. Tereza; N. Clarinda - 2015 133
x2 − 4 (x + 2)(x − 2) x+2 4
lim 2
= lim = lim = = 4.
x→2 x − 3x + 2 x→2 (x − 2)(x − 1) x→2 x − 1 1
√
1+x−1
3) Resolva lim √
3
x→0 1+x−1
Resolução:
Substituindo por 0, teremos √
1+x−1 0
lim √ =
x→0 3 1 + x − 1 0
Para fazer com que tanto a raiz do numerador como a do denominador deixem de existir, fazemos
o m.m.c (menor múltiplo comum) de 2 e 3 (ı́ndices das raı́zes). mmc(2;3)=6, e
t6 = 1 + x, x→0⇒t→1
e
t3 − 1 (t − 1)(t2 + t + 1) t2 + t + 1 3
2
lim
= lim = lim = .
t→1 t − 1 t→1 (t − 1)(t + 1) t→1 t+1 2
√ √
x− a
4) Resolva lim
x→a x−a
Resolução:
Substituindo por ∞, teremos √ √
x− a 0
lim =
x→a x−a 0
Um outro método para resolver este tipo de limites (expressões irracionais) consiste na raciona-
lização do denominador e(ou) do numerador. Teremos então:
√ √ √ √ √ √
x− a ( x − a)( x + a) x−a 1 1
lim = lim √ √ = lim √ √ = lim √ √ = √ .
x→a x−a x→a (x − a)( x + a) x→a (x − a)( x + a) x→a x+ a 2 a
x+2
sin 3x
5) Resolva lim .
x→0 x
Resolução:
Vamos achar separadamente o limite da base e o limote do expoente, quando x tende para zero,
a saber:
sin 3x sin 3x
lim = lim 3 =3
x→0 x x→0 3x
134 Matemática I - Da teoria à Prática
e o limite
lim (x + 2) = 2
x→0
Resolução:
Vamos achar separadamente o limite da base
h i
x+1 ∞ x 1
lim = = lim =
x→∞ 2x + 1 ∞ x→∞ 2x 2
e o limite do expoente
lim x2 = ∞
x→∞
Finalmente, teremos
x2 ∞
x+1 1
lim = =0
x→∞ 2x + 1 2
x
x+1
7) Resolva lim
x→∞ x−1
Resolução:
Substituindo por ∞, teremos x
x+1
lim = [1∞ ]
x→∞ x−1
Resolução:
Substituindo por ∞, teremos: x
x+1
lim = [1∞ ]
x→∞ x
Levantando a indeterminação, teremos:
x+1 1
! !
x+1
x lim −1 x lim x
lim =e
x→∞ x =e
x→∞ x =e
x→∞ x
B. Adelino; C. Betuel; M. Tereza; N. Clarinda - 2015 135
x+1 x x+1 x
x+1
lim x[ln(x + 1) − ln(x)] = lim x ln = lim ln = ln lim
x→∞ x→∞ x x→∞ x x→∞ x
Como x
x+1
lim =e
x→∞ x
(vide exercı́cios anteriores), então teremos
2x2 − 5x + 8
1) lim
x→1 x2 + 1
4x3 − 2x2 + x
2) lim
x→0 3x2 + 2x
x3 − 1
3) lim
x→1 x − 1
(x − h)3 − x3
4) lim
h→0 h
x−3
5) lim √
x→3 3−x
√
x−2
6) lim
x→4 x − 4
x2 − ax
7) lim
x→a a − x
√
x− p
8) lim 2
x→p x − p
1 3
9) lim −
x→1 1 − x 1 − x3
136 Matemática I - Da teoria à Prática
p
x2 + p 2 − p
10) lim p
x→0 x2 + q 2 − q
√ √
m
x− ma
11) lim
x→a x−a
k x
12) lim 1 +
x→∞ x
√ √
2x + 1 − x + 1
13) lim
x→0 sin x
√ √
14) lim x2 + 1 − x2 − 1
x→∞
sin 4x
15) lim
x→0 tan x
sin x − tan x
16) lim
x→0 x
x
sin
17) lim 2
x→0 8x
x
18) lim √
x→0 1 − cos x
sin(a + x) − sin(a − x)
19) lim
x→0 x
2) lim x2 = 4
x→2
3) lim x2 = f (2)
x→2
B. Adelino; C. Betuel; M. Tereza; N. Clarinda - 2015 137
Observação 2.10. Se uma função não é contı́nua, dizemos que ela é Descontı́nua.
Observação 2.11. Seja f (x) uma função definida num certo intervalo e x0 pertencente a esse inter-
valo. Então, se:
•
lim f (x) = f (x0 ) 6= lim f (x)
x→x−
0 x→x+
0
•
lim f (x) = f (x0 ) 6= lim f (x)
x→x+
0 x→x−
0
Se para uma função f (x) existirem limites laterais finitos e diferentes, isto é,
1) ∃ lim f (x)
x→x−
0
2) ∃ lim f (x)
x→x+
0
Figura 2.3:
Se para uma função f (x) pelo menos um dos limites laterais for ∞, então a descontinuidade é da
segunda espécie.
(a) lim = +∞
x→0+
(b) lim = −∞
x→0−
Figura 2.4:
Figura 2.5:
(a) lim = −∞
x→−1−
(b) lim = +∞
x→−1+
(c) lim = −∞
x→2−
(d) lim = +∞
x→2+
segunda espécie).
140 Matemática I - Da teoria à Prática
x2 − 3x + 2
1) Investigue a continuidade da seguinte função: f (x) = .
x2 + x + 1
sin x
2) Determine se a função f (x) = , f (0) = 1 é contı́nua.
|x|
3x x ≤ −1
3) Seja f uma função definida por f (x) = . Determinine p para que a
x2 − x + p x > −1
função f seja contı́nua.
x2 − 1, x ≤ 0;
4) Determine se é contı́nua a função f (x) =
|x2 − 1|, x > 1.
x
(a) f (x) =
(1 + x)2
x+1
(b) f (x) = 3
x +1
Ensinar é lembrar aos outros que eles sabem tanto, quanto você
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Capı́tulo 3
Derivadas e aplicações
∆x = x2 − x1 .
Definção 3.2. Seja dada a função f (x) que é definida num certo domı́nio D. Suponhamos que x1 e
x2 são dois pontos pertencentes a D, e x2 > x1 . Chamaremos de incremento de f a função dada
pela expressão
∆f (x) = f (x2 ) − f (x1 ).
y
2x
f (x2 )
∆y
f (x1 )
x
x1 x2
∆x
Figura 3.1:
Observação 3.1. Traçando a partir do gráfico da figura (3.1) um segmento que une os pontos f (x1 )
e f (x2 ) obtemos a figura (3.2)
141
142 Matemática I - Da teoria à Prática
y
2x
f (x2 )
f (x1 )
x
x1 x2
Figura 3.2:
de onde observa-se que estamos na presença de um triângulo com pontos em (x1 , f (x1 )); (x2 , f (x1 ))
e (x2 , f (x2 )). Da trigonometria sabemos que o quociente dos catetos (oposto pelo adjacente) a um
determinado ângulo corresponde a tangente a esse ângulo; sabe-se também que a tangente a um
determinado ângulo dita o coeficiente angular da hipotenusa, isto é, o grau de inclinação da hipotenusa.
Sendo assim,
∆y cateto oposto
=
∆x cateto adjacente
é o coeficiente angular (declive) do segmento que une f (x1 ) com f (x2 )
∆y = f (x2 ) − f (x1 ) e ∆x = x2 − x1 ⇒ x2 = x1 + ∆x
Definção 3.3. Suponhamos que a distância entre os pontos x1 e x2 é menor; isto é;
x2 ∼
= x1 ⇒ x2 − x1 ∼
= 0 ⇒ ∆x → 0
Definção 3.4. A função que determina a relação entre os valores de x e as derivadas nesses pontos
chamamos de função derivada e denota-se f 0 (x)
∆y = f (x + ∆x) − f (x) = 2 − 2 = 0
Passando ao limite
2x∆x + (∆x)2
∆y 0
lim = lim =
∆x→0 ∆x ∆x→0 ∆x 0
levantando a indeterminação (simplificando a expressão) teremos
∆y 2x + ∆x
lim = lim = 2x
∆x→0 ∆x ∆x→0 1
1
5) Usando a definição de derivada determine a derivada de f (x) =
x2
Vamos achar ∆y . Consideremos um x qualquer pertencente ao domı́nio de f (x).
1 1 x2 − (x + ∆x)2
∆y = f (x + ∆x) − f (x) = − = =
(x + ∆x)2 x2 x2 (x + ∆x)2
Passando ao limite
∆y 2x + ∆x 2x 2
lim = lim − = − 4 = − 3.
∆x→0 ∆x ∆x→0 x2 (x + ∆x)2 x x
dizemos então que
2 2 1 2 1
f 0 (x) = − , e por exemplo @f 0 (0); f 0 (2) = − =− ; f 0 (4) = − =− .
x3 23 4 4 3 32
√
6) Usando a definição de derivada determine a derivada de f (x) = x
Vamos achar ∆y . Consideremos um x qualquer pertencente ao domı́nio de f (x).
√ √
∆y = f (x + ∆x) − f (x) = x + ∆x − x
∆y 1
= √ √
∆x ( x + ∆x + x)
∆y ∆y 1 1
lim = lim = √ √ = √ .
∆x→0 ∆x ∆x→0 ∆x ( x + ∆x + x) 2 x
1 1 1 1
f 0 (x) = √ , e por exemplo @f 0 (0); f 0 (2) = √ ; f 0 (4) = √ = .
2 x 2 2 2 4 4
p−q p+q
sin p − sin q = 2 sin cos (3.2)
2 2
∆x 2x + ∆x
sin cos
2 2
lim 2 .
∆x→0 ∆x
Lembre-se que
sin x
lim =1
x→0 x
então
∆x 2x + ∆x
sin cos
2 2
lim 2 =
∆x→0 ∆x
2
2
∆x
sin 2
2x + ∆x = lim 1 × cos 2x + ∆x
= lim × cos = cos x
∆x→0 ∆x 2 ∆x→0 2
2
146 Matemática I - Da teoria à Prática
p+q p−q
cos p − cos q = −2 sin sin (3.4)
2 2
2x + ∆x ∆x
sin sin
2 2
lim −2 .
∆x→0 ∆x
Lembre-se que
sin x
lim =1
x→0 x
então
2x + ∆x ∆x
sin sin
2 2
lim −2 =
∆x→0 ∆x
2
2
∆x
sin 2
2x + ∆x 2x + ∆x
= − lim
× sin = − ∆x→0
lim 1 × sin = − sin x
∆x→0 ∆x 2 2
2
Observação 3.3. Segundo a definição podemos calcular a derivada de qualquer função, muito embora
não seja tão fácil para algumas funções um pouco mais complexas. Existem no entanto um conjunto
de formulas (regras) que ajudam a determinação da derivada de qualquer função.
B. Adelino; C. Betuel; M. Tereza; N. Clarinda - 2015 147
A seguir apresentamos um conjunto de regras que podem ser usadas para a derivação, estas regras,
auxiliam-se à tabela de derivadas
Seja x ∈ R, f, g, h são funções de x e k , uma constante arbitrária. Então tem lugar as seguintes
propriedades:
1)
h(x) = kf (x) ⇒ h0 (x) = kf 0 (x). (3.5)
2)
h(x) = f (x) + g(x) ⇒ h0 (x) = f 0 (x) + g 0 (x). (3.6)
3)
h(x) = f (x) × g(x) ⇒ h0 (x) = f 0 (x)g(x) + g 0 (x)f (x). (3.7)
4)
f (x) f 0 (x)g(x) − g 0 (x)f (x)
h(x) = ⇒ h0 (x) = , g(x) 6= 0. (3.8)
g(x) g 2 (x)
1) h(x) = k ⇒ h0 (x) = 0.
√ 1
3) h(x) = x ⇒ h0 (x) = √ , x > 0.
2 x
1
6) h(x) = tan x ⇒ h0 (x) = .
cos2 x
1
7) h(x) = cot x ⇒ h0 (x) = − .
sin2 x
1
8) h(x) = arcsin x ⇒ h0 (x) = √ , (−1 < x < 1).
1 − x2
1
9) h(x) = arccos x ⇒ h0 (x) = − √ , (−1 < x < 1).
1 − x2
148 Matemática I - Da teoria à Prática
1
10) h(x) = arctan x ⇒ h0 (x) = .
1 + x2
1
11) h(x) = arcctgx ⇒ h0 (x) = − .
1 + x2
1
14) h(x) = ln x ⇒ h0 (x) = , (x > 0).
x
1
15) h(x) = loga x ⇒ h0 (x) = , (x > 0, a > 0).
x ln a
Exemplo 3.2. Iremos em seguida apresentar alguns exemplos de aplicação das regras e tabelas de
derivadas.
2x + 3
2) Derive y =
x2 − 5x + 5
Resolução: Estamos na presença de uma fracção, auxiliando-nos da regra (??)
4) Derive y = x2 arctan x
Resolução: Auxiliados na regra (3.7) teremos
x2
y 0 = 2x arctan x + .
x2 + 1
5) Derive y = x6 ex
Resolução: Trata-se da derivada de produto que contém função exponencial. Auxiliamo-nos a
regra (3.7).
y 0 = 6x5 ex + x6 ex .
B. Adelino; C. Betuel; M. Tereza; N. Clarinda - 2015 149
6) Derive y = ex arcsin x
Resolução: Trata-se da derivada de produto que contém função exponencial e trigonométrica.
Auxiliamo-nos a regra (3.7) teremos
ex
y 0 = ex arcsin x + √ .
1 − x2
7) Derive y = (1 + 2x)50
Resolução: Estamos na presença de uma função composta. Auxiliamo-nos a regra (??)
3x + 1 4
8) Derive y =
5
Resolução: teremos
3x + 1 3 3x + 1 0 3x + 1 3 3 12 3x + 1 3
0
y =4 =4 = .
5 5 5 5 5 5
√
9) Derive y = 1 − x2
Resolução: Estamos na presença de uma função composta. Auxiliamo-nos a regra (??).
(1 − x2 )0 −2x x
y0 = √ = √ = −√ .
2 1 − x2 2 1 − x2 1 − x2
y 0 = 6(2 − 3 sin 2x)5 (2 − 3 sin 2x)0 = 6(2 − 3 sin 2x)5 (−3 cos x)(2x)0 =
√
11) Derive y = 1 − arctan x
Resolução: teremos
1
−
0 (1 − arctan x)0 1 + x2
y = √ = √ =
2 1 − arctan x 2 1 − arctan x
1
=− √ .
(1 + x2 )(2 1 − arctan x)
x
12) Derive y = arcsin √
1 + x2
0
x
√
1 + x2
y0 = s 2 (3.9)
x
1− √
1 + x2
150 Matemática I - Da teoria à Prática
1
y10 = √ (3.12)
(1 + x2 ) 1 + x2
Aplicando (3.12) em (3.10) teremos
1
y0 =
1 + x2
2√ 3 18 √ 9 √
3 6 √
7) y = x2 + x 6 x + x x2 + x3 5 x
3 7 5 13
B. Adelino; C. Betuel; M. Tereza; N. Clarinda - 2015 151
1p3 1p
8) y = (1 + x3 )8 − 3 (1 + x3 )6
8 5
9) Ache o acréscimo de x e o respectivo acréscimo da função y = log x, se x vaia de 1 até 1000. ∗
1
10) Ache o acréscimo ∆x do argumento x e o respectivo acréscimo ∆y da função , se x varia
x2
de 0.01 até 0.001. ∗
a) y = ax + b;
b) y = ax2 + bx + c;
c) y = ax .
a) f (x) = x2 ;
1
b) f (x) = ;
x
√
c) f (x) = x.
11 4
17) y = − 3
−
2(x − 2) x−3
r
4 x−1 ∗
18) y = 4
5 x+3
19) y = x5 (b − 3x4 )5
x3
20) y = p
3 (1 + x2 )3
a + bxn k
21) y =
a − bxn
9 4 2 7
22) y = 4
− 3
+ 2
−
7(x − 3) (x − 3) (x + 2) (x − 3)3
√
23) y = (a − x) a + x
∗
p
24) y = (x − a)(x − b)(x − c)(x − d)
152 Matemática I - Da teoria à Prática
p
7
√ ∗
25) y = x+ 5x
√
26) y = (2x + 1)(3x − 2) 3x − 5
1
27) y = √
2ax − x4
x + ∆x ∆x
∆y = f (x + ∆x) − f (x) = ln(x + ∆x) − ln x = ln = ln(1 + )
x x
ln(1 + ∆x
∆y x ) 0
lim = lim =
∆x→0 ∆x ∆x→0 ∆x 0
ln(1 + x)
lim =1
x→0 x
∆y ln(1 + ∆x
x ) 1 ln(1 + ∆x
x ) 1 1
lim = lim ∆x
= · ∆x
= ·1=
∆x→0 ∆x ∆x→0 x x x x x
x
Exemplo 3.3.
Derive y = ln x lg x
Resolução: Trata-se da derivada de produto que contém função logarı́tmica. Auxiliamo-nos a regra
(3.7).
lg x ln x
y0 = + .
x x ln 10
B. Adelino; C. Betuel; M. Tereza; N. Clarinda - 2015 153
Se a função g(x) tem derivada no ponto x0 e a função f (u) tem derivada no ponto u(x0 ), então a
função composta h(x) = f (g(x)) tem derivada no ponto x0 e essa derivada é h0 (x0 ) = f 0 (g(x0 ))g 0 (x0 ).
Esta regra chama-se regra de cadeia ou regra de derivada de função composta.
De uma forma geral podemos aplicar esta regra para a derivação de várias funções, como por
exemplos funções logarı́tmicas da forma y = ln u(x).
1 0
y 0 = (ln u(x))0 u0 (x) = u (x)
u(x)
.
1 1
Exemplo 3.4. 1) A derivada da função y = ln x é y 0 = (ln u(x))0 (x)0 = · 1 = , sendo
u(x) x
u(x) = x
2) Derive y = arctan ln x
1
Sabendo que (arctan t)0 = então:
1 + t2
(ln x)0 1
y0 = 2 =
1 + ln x x(1 + ln2 x)
Seja y = y(x) uma função diferenciável que satisfaz a equaçõ F (x, y) = 0. Então, a derivada y 0 (x)
desta função dada na forma implı́cita F (x, y) = 0 podemos achar a partir da equação
dF (x, y)
= 0,
dx
2x + 2y 3 − 3y
y0 =
3x − 3(2x + 1)y 2
Consideremos que as funções x = ϕ(t) e y = ψ(t) estão definidas num intervalo e em todos os pontos
desse intervalo elas têm derivadas ϕ0 (t) 6= 0 e ψ 0 (t). Então, a derivada da função paramêtrica
x = ϕ(t)
y = ψ(t)
yt0 ψ 0 (t)
yx0 = = .
x0t ϕ0 (t)
Resolução:
Os exercı́cios 1, 3, 4, 8, 13, 16, 19, 27, 29 devem ser resolvidos na qualidade de TPC.
Serão corrigidos e discutidos na aula prática. Os exercı́cios 2, 5, 9, 10, 17, 21, 23, 30 deverão ser
resolvidos pelos estudantes para a consilidação do conhecimento e deverão ser entregues ao Docente
de aulas teóricas na aula teórica da semana seguinte.
Determine a derivada y 0 (x) das seguintes funções,
cos3 x(3 cos4 cos5 x − 5)
1) y =
15
2
2) y = ecos x
3) y = ln ln ln ln x
4) x3 + y 3 − 3xy = 0;
B. Adelino; C. Betuel; M. Tereza; N. Clarinda - 2015 155
√ √
10) y = ln( 3 1 + ax − 3x) − ln( 1 + ex + loga x)
11) y = tan(cos3 x) ∗
13) x2 + y 2 = 4 ∗
cos x 4
14) y = − 4 + cot x
4 sin x 3
x sin α
15) y = arctan
1 + x cos β
16) y = sinx a
√
6
17) y = eax+b
p
18) y = a sin2 x + b cos x2
√ √
19) y = cos xa sin x ∗
√
20) y = ln(x + a2 + x2 )
√ √
21) y = x − 2 x + 2 ln (1 + 5 x)
x
22) y =
ln3 x
x−2 ∗
23) y = ln cos
x2
(x − a)2
24) y = ln
x3 + b
tan3 x
25) y = − tan x + x
3
26) ex + ey − 2xy − 1 = 0 ∗
27) x4 ln y + 2x3 + xy 5 − 1 = 40 ∗
1
y=− (x − x0 ) + f (x0 ), se f 0 (x0 ) 6= 0.
f 0 (x0 )
Se P é um ponto do plano com x(t) e y(t) como suas coordenadas no instante t, então o vector
−−→
r = OP pode ser dado por
r(t) = x(t)i + y(t)j. (3.13)
Função diferenciável
Diremos que a função f (x) é diferenciável no pono x0 se o seu acréscimo ∆f neste ponto, correspon-
dente ao acréscimo ∆x do argumento x, admite a representação
∆f = A ∆x + α(∆x) ∆x,
onde A é um certo valor, não depende de ∆x, α é uma função dependente de ∆x, infinitamente
pequena e contı́nua no ponto ∆x = 0.
∆f = f 0 (x0 ) ∆x + α ∆x.
Diferencial da função
Definção 3.5. Chama-se diferencial da função f (x) no ponto x0 à função linear homogénea de
argumento ∆x definida por
Resolução:
i) se a derivada f 0 (x) é uma função derivável, então sua derivada chama-se derivada de segunda
d2 f (x)
ordem da função f (x) e é denotada por f 00 (x) ou f (2) (x) ou . Se f 00 (x) é derivável,
dx2
então sua derivada chama-se derivada de terceira ordem;
ii) em geral, se a derivada de (n − 1)-ésima ordem de f (x) é uma função derivável, sua derivada é
dn f (x)
chamada derivada de n-ésima ordem da função f (x) e a denotação usada é f (n) (x) ou .
dxn
Uma função que possui derivada de n-ésima ordem chama-se n vezes diferenciável.
chama-se polinómio de Taylor para a função f (x), com o centro no ponto x0 . No caso particular,
quando x0 ≡ 0 chama-se polinómio de Maclaurin.
f (x) = x3 + 3, se n = 3.
a) as funções f (x) e g(x) estão definidas e são diferenciáveis numa certa vizinhança do ponto x0
com excepção, talvez, no próprio ponto;
f (x)
d) existe lim .
x→x0 g(x)
Então,
f (x) f 0 (x)
lim = lim 0 .
x→x0 g(x) x→x0 g (x)
x4 + 3x3 − 4
lim √
3
.
x→1 x−1
Os exercı́cios 1, 4, 7, 9, 11, 18, 21, 24 devem ser resolvidos na qualidade de TPC. Serão
corrigidos e discutidos na aula prática. Os exercı́cios 2, 5, 8, 10, 15, 20, 22, 25 deverão ser
resolvidos pelos estudantes para a consilidação do conhecimento e deverão ser entregues ao Docente
de aulas teóricas na aula teórica da semana seguinte.
00 e y 000
3) Ache as derivadas yxx xxx das funções dadas na forma paramétrica:
x(t) = 2t − t2 , y(t) = 3t − t3 ;
2
5) Decomponha a função f (x) = e2x−x em potências de x até o termo com x3 .
sin αx
lim ;
x→0 tan βx
tan x − x
lim ;
x→0 x3
7) Seja dada a função f (x) = x2 − x. ∗
0 ∆y
(a) Determine f (x) pelo cálculo de lim ∆x .
∆x→0
i. 4
1
ii.
2
iii. −2
8) Calcule a inclinação do grafico da função y = x4 nos pontos (2, 16) e (−1, 1).
5
9) Seja f (x) = x5 . Para que valores de x, a derivada é igual a ?
16
√
10) Seja f (x) = x.
(b) Para que valor do lado dos 4 quadrados recortados o volume é maximo e quanto é esse
volume?
B. Adelino; C. Betuel; M. Tereza; N. Clarinda - 2015 161
(c) Desenhe o grafico do volume em função ao lado dos quadrados referidos anteriormente.
21) Um papel rectangular de area 2m2 vai-se imprimir. As partes que se nao imprimem sao as
bordas de 20cm abaixo e acima e as bordas de 15cm e esquerda e a direita. Quais sao as
dimensoes do papel para uma area impressa maxima? ∗
22) Suponha que uma bola foi deixada cair do posto de observação da torre, 450m acima do solo. ∗
24) Um fabricante produz peças de fazenda com largura fixa, e o custo da produção de x metros
desse material é C = f (x). ∗
25) Seja D(t) a dı́vida de um paı́s no instante t. A tabela a baixo concede os valores aproxi-
mados dessa função fornecendo as estimativas da dı́vida, ao fim de cada ano, em bilhões de
dólares no perı́odo de 1980 a 2000. Interprete e estime os valores de D0 (1990). (sol :≈
t D(t)
1980 930,2
1985 1945,9
303bilhões de dólares por ano).
1990 3233,3
1995 4974,3
2000 5674,2
1) Se a primeira derivada de f (x) for posetiva numa região do domı́nio da função f (x), então a
função é crescente nessa região.
2) Se a primeira derivada de f (x) for negativa numa região do domı́nio da função f (x), então a
função é decrescente nessa região
162 Matemática I - Da teoria à Prática
3) Se a primeira derivada de f (x) for igual a zero num determinado ponto do domı́nio da função
f (x), então a função atinge um extremo relactivo ou local nesse ponto.
1) Se a segunda derivada de f (x) for posetiva numa região do domı́nio da função f (x), então a
função tem concavidade virada para cima nessa região.
2) Se a segunda derivada de f (x) for negativa numa região do domı́nio da função f (x), então a
função tem concavidade virada para baixo nessa região
3) Se a segunda derivada de f (x) for igual a zero num determinado ponto do domı́nio da função
f (x), então a função tem uma inflexão nesse ponto.
Definção 3.6. Diz-se que a função f (x) admite um máximo no ponto x1 se f (x1 + ∆x) < f (x1 )
para todos ∆x suficientemente pequenos.
Definção 3.7. Diz-se que a função f (x) admite um mı́nimo no ponto x2 se f (x2 + ∆x) > f (x2 ) para
todos ∆x suficientemente pequenos.
Teorema 3.3. Se a função derivável f (x) tem um máximo ou um mı́nimo no ponto x = x1 , então,
a sua derivada anula-se nesse ponto, isto é, f 0 (x) = 0.
x3
Exemplo 3.12. Achar os máximos e os mı́nimos da função y = − 2x2 + 3x + 1
3
Resolução
A determinação dos máximos e mı́nimos de uma função pode ser feita através do auxilio da se-
gunda derivada.
00
Teorema 3.4. Seja f 0 (x1 ) = 0; então, a função tem um máximo no ponto x = x1 se f (x1 ) < 0 e
00
um mı́nimo se f (x1 ) > 0.
Resolução
1) Achemos os pontos crı́ticos: y 0 = 4 − 4x3 ; igualando a derivada a zero obtemos 4 − 4x3 = 0 onde
obtemos x = 1
Resolução
Usando as regras de derivação teremos
f 0 (x) = 2x f 00 (x) = 2
x2 − 1
2x
Figura 3.3:
Da Leitura do gráfico e dos nossos conhecimentos sobre diferenciação tiramos as seguintes con-
clusões
• A função dada é quadrática com valor de a posetivo (concavidade virada para cima).
• A função derı́vada tem zero no ponto onde a função f (x) atinge um extremo relactivo
(mı́nimo).
• A segunda derivada é posetiva e igual a 2, por isso a concavidade da parábola é virada para
cima.
• A primeira derivada de f (x) é posetiva no intervalo ]0; +∞[ e nesse intervalo a função f (x)
é crescente.
Resolução
Usando as regras de derivação teremos
3x2 − 6x + 2
x3 − 3x2 + 2x
6x − 6
Figura 3.4:
166 Matemática I - Da teoria à Prática
Da Leitura do gráfico e dos nossos conhecimentos sobre diferenciação tiramos as seguintes con-
clusões
• A função derivada f 0 (x) = 3x2 − 6x + 2 tem concavidade virada para cima, tem zeros
1 1
nos pontos x1 = 1 − √ e x2 = 1 + √ onde a função f (x) atinge extremo relactivo
3 3
(máximo em x1 ) e (mı́nimo em x2 ). Veja que estes extremos são mesmo relactivos, pois
1
não é verdade que o máximo valor que a função toma é atingido em 1 − √ e também não
3
1
é verdade que o mı́nimo valor que a função toma é atingido em 1 + √ .
3
1
• A função f (x) tem um mı́nimo relactivo (local) igual a f 1 + √ .
3
1
• A função f (x) tem um máximo relactivo (local) igual a f 1 − √ .
3
• A segunda derivada é uma função linear que é negativa quando x < 1 onde a concavidade
de f (x) é virada para baixo.
• A segunda derivada é posetiva quando x > 1 onde a concavidade de f (x) é virada para
cima.
• No ponto x = 1 a concavidade de f (x) não está virada para cima nem para baixo, dizemos
então que é o ponto de inflexão, e é ai onde f 00 (x) = 0.
x2 − 4
3) Faça o estudo completo da seguinte função y =
x2 + 1
Resolução
Antes de mais vamos recordar que o estudo completo da função é um processo constituido por
seguintes passos:
• Esboço gráfico.
B. Adelino; C. Betuel; M. Tereza; N. Clarinda - 2015 167
x2 − 4
f (x) = , Df : x ∈ R
x2 + 1
x2 − 4
f (x) = 0 ⇒ = 0 ⇒ x2 − 4 = 0 ⇒ x = ±2.
x2 + 1
i.
2x(x2 + 1 − x2 + 4) 10x
= = 2
(x2 + 1)2 (x + 1)2
ii. 0
(10x)0 (x2 + 1)2 − 10x (x2 + 1)2
00 10x
f (x) = 2 = =
(x + 1)2 (x2 + 1)4
10(x2 + 1)2 − 10x 2(x2 + 1)2x
10(x2 + 1)2 − 40x2 (x2 + 1)
= = =
(x2 + 1)4 (x2 + 1)4
i.
10x
f 0 (x) = 0 ⇒ = 0 ⇒ 10x = 0 ⇒ x = 0
(x2 + 1)2
ii.
1 1
⇒ −3x2 = −1 ⇒ x2 = ⇒ x = ±√
3 3
(e) Determinação das assimptotas.
i. A função dada não tem assimptotas verticais. Veja que ela tem o domı́nio x ∈ R.
e não só.
@k tal que lim f (x) = ∞
x→k
168 Matemática I - Da teoria à Prática
f (x) x2 − 4 h∞i
a = lim = lim =
x→+∞ x x→+∞ (x2 + 1)x ∞
x2 1
a = lim = lim = 0.
x→+∞ x3 x→+∞ x
x2 − 4
b = lim [f (x) − ax] = lim = 1.
x→+∞ x→+∞ x2 + 1
y = ax + b = 0x + 1 = 1
neste caso temos o caso particular de assimptota obliı́qua que é (assimptota hori-
zontal).
Vejemos que neste caso, a função tem somente uma assimptota, que é a recta y = 1.
(f) Estudo do sinal (com base no sinal da primeira derivada). A primeira derivada é
10x
f 0 (x) = .
(x2 + 1)2
Esta função é negativa a esquerda de zero(f (x) é decrescente a direita de zero). f 0 (x)
é posetiva a direita de zero (f (x) é crescente a direita de zero).
ao estudarmos o sinal desta função vamos somente estudar o sinal de (1 − 3x2 ) pois os
outros factores são sempre posetivos. teremos
1 1
x ∈] − ∞; − √ [∪] √ , +∞[ f 00 (x) < 0 concavidade virada para baixo
3 3
e
1 1
x ∈] − √ ; √ [ f 00 (x) > 0 concavidade virada para cima
3 3
Figura 3.5:
x
Exemplo 3.14. Faça o estudo da função f (x) = .
1 + x2
Resolução:
√ 00
Para 0 < x < 3 tem-se f < 0, a curva é convexa;
√ !
√ 00 √ 3
Para 3 < x < ∞ tem-se f > 0, a curva é côncava. Os pontos de coordenadas − 3, − , (0, 0)
4
√ !
√ 3
e 3, são pontos de inflexão.
4
Os exercı́cios 1a, 1d, 2b, 3c, 4b, 7, 9, 10 devem ser resolvidos na qualidade de TPC.
Serão corrigidos e discutidos na aula prática. Os exercı́cios 1b, 1c, 2c, 3e, 4c, 5, 6, 8 deverão ser
resolvidos pelos estudantes para a consilidação do conhecimento e deverão ser entregues ao Docente
de aulas teóricas na aula teórica da semana seguinte.
(a) y = |x|
1
(b) y =
x
x2 − x
(c) y = 2
x +1
p
(d) y = |x2 + 1|
(a) f (x) = x2 − 2x + 1
x2 − 4
(c) y =
x2 + 1
(d) f (x) = sin(3x)
1
(e) f (x) = e− x
8a3
(a) f (x) =
x2 + 4a2
x2 ∗
(b) f (x) =
1+x
(c) f (x) = xe−x
2
(d) f (x) = x2 e−x ∗
1 1 ∗
5) Seja f (x) = x2 − x; x∈ , +∞
2 4
7) Responda às mesmas perguntas do exercicio precedente para a função f (x) = sin2 x.
(c) Determine os valores possı́veis dos coeficientes angulares das tangentes ao gráfico de f.
9) Uma partı́cula move-se ao longo de uma reta com a equação do movimento S = f (t), onde S é
medido em metros e t em segundos. Encontre a velocidade quando t = 2,
a) f (t) = t2 − 6t − 5
b) f (t) = 2t3 − t + 1
172 Matemática I - Da teoria à Prática
10) O custo da produção de x onças (1 libra = 12 onças) do ouro proveniente de uma nova mina é
C = f (t) dólares.
c) Você acha que os valores de f 0 (x) vão crescer ou decrescer a curto prazo? E a longo prazo?
Explique.
Typeset by LATEX 2ε
Capı́tulo 4
Cálculo Integral
Um dos problemas fundamentais de Análise Matemática é a determinação da área de uma região plana
limitada por várias curvas, este problema é conhecido também como sendo problema de integração
e aparece relacionado com o problema de derivação, sendo um inverso do outro. Pretende-se neste
capı́tulo fazer uma abordagem detalhada deste problema e debruçar algumas técnicas de integração.
Para construir as bases de percepção deste capı́tulo começaremos por estudar somatórios e aplica-los
com a teoria de limites para a determinação de áreas de figuras.
4.1.1 Somatórios
Definção 4.1. Seja m e n números inteiros tal que m ≤ n , e f uma função definida nos pontos
Xn
m, m + 1, m + 2, · · · , n. Denota-se por f (i) a soma finita dos valores da função f nos pontos
i=m
Xn
m, m + 1, m + 2, · · · , n . A expressão f (i) diz-se soma usando a notação sigma, e a sua
i=m
expansão é :
n
X
f (i) = f (m) + f (m + 1) + f (m + 2) + · · · + f (n)
i=m
5
X
Exemplo 4.1. i2 = 12 + 22 + 32 + 42 + 52 = 55
i=1
∞
X ∞
X
Uma soma infinita f (i) = f (1) + f (2) + f (3) + · · · , ou simplismente ai = a1 + a2 +
i=1 i=1
+ a3 + · · · , diz-se série numérica.
Propriedades da soma
n
X n
X n
X
1) (Af (i) + Bg(i)) = A f (i) + B g(i) , para quaisquer constantes A e B .
i=m i=m i=m
173
174 Matemática I - Da teoria à Prática
m+n
X n
X
2) f (j) = f (i + m)
j=m i=0
17 p
X n
X
Exemplo 4.2. Expresse 2
1 + j na forma f (i) .
j=3 i=1
Resolução
Seja j = i + 2, então j = 3 corresponde a i = 1 e j = 17 corresponde a i = 15 ,
logo
17 p
X 15 p
X
2
1+j = 1 + (i + 2)2
j=3 i=1
n
X n(n + 1)
2) i = 1 + 2 + 3 + 4 + ··· + n =
2
i=1
n
X n(n + 1)(2n + 1)
3) i2 = 12 + 22 + 32 + 42 + · · · + n2 =
6
i=1
n
X rn − 1
4) ri−1 = 1 + r + r2 + r3 + · · · + rn−1 = , onde r 6= 1
r−1
i=1
n
X
Exemplo 4.3. Ache a fórmula fechada da seguinte soma: (6k 2 − 4k + 3),onde 1 ≤ m ≤ n .
k=m+1
Resolução
Usando propriedades e fórmulas do somatório acima teremos :
n
X n
X n
X n
X
2 2
(6k − 4k + 3) = 6 k −4 k+3 1=
k=1 k=1 k=1 k=1
Nesta secção iremos abordar um método para achar a área duma região R limitada pela curva y = f (x)
não negativa, pelo eixo OX e pelas abcissas x = a e x = b, onde a < b, veja figura (4.1). Divide-se
o intervalo [a, b] em n subintervalos x1 , x2 , x3 , · · · , xn−1 , escolhidos de tal forma que
x
a b
Figura 4.1:
Em cada subintervalo desenha-se um rectângulo cuja a medida da base é ∆xi e a da altura é dada
pelo valor que a função f (x) (a função que limita superiormente a região) toma no ponto x = xi isto
é f (xi ). Assim, a área aproximada é dada por
n
X
Sn = f (xi )∆xi = f (x1 )∆x1 + f (x2 )∆x2 + f (x3 )∆x3 + · · · + f (xn )∆xn
i=1
Exemplo 4.4. Suponhamos que queremos calcular a área da região dada pela figura (4.2) esboçada
em baixo no segmento que vai de [−1, 2]. A função esboçada é exponencial e definida por y = 2x .
Resolução
x
a = −1 b=2
Figura 4.2:
Veja que a = −1; b = 2, assim, pode se usar a seguinte partição, veja a figura (4.3).
A área de cada rectângulo é dada por f (xi )×∆xi , para i = 1, 2, 3. Portanto a área da parte rectangular
pintada é expressa por :
3
X
S3 = f (xi )∆xi = f (x1 )∆x1 + f (x2 )∆x2 + f (x3 )∆x3
i=1
176 Matemática I - Da teoria à Prática
Teremos então
S3 = f (0)∆x1 + f (1)∆x2 + f (2)∆x3
Está área aproxima-se por excesso a área da figura (4.2) que queremos calcular.
y
x
a b
Figura 4.3:
Observação 4.1. A aproximação que fizemos no exemplo acima é por excesso. Pode-se resolver o
mesmo exemplo fazendo a aproximação por defeito. Vejamos o exemplo seguinte.
Exemplo 4.5. Suponhamos que queremos calcular a área da região dada pela figura (4.4) no segmento
que vai de [−1, 2]. A função esboçada é exponencial e definida por y = 2x .
Resolução
A área de cada rectângulo é dada por f (xi )×∆xi , para i = 0, 1, 2. Portanto a área da parte rectangular
pintada é expressa por :
2
X
S3 = f (xi )∆xi = f (x0 )∆x0 + f (x1 )∆x1 + f (x2 )∆x2
i=0
Teremos então
Está área aproxima-se por defeito a área da figura (4.2) que queremos calcular. Que é uma apro-
ximação por defeito da área procurada.
y
x
a b
Figura 4.4:
Observação 4.2. A área da parte pintada na figura 4.2 quando calculada com exactidão, é igual a
5.049432, portanto as duas aproximações que fizemos encontram-se perto deste valor. Para melhorar
o resultado das aproximações, devemos aumentar o número de partições, i.e, o número de rectângulos
das figuras (4.4) e (4.2) devem ser maiores que 3.
ExercÃcio 4.1. Refazer os dois exemplos anteriores, particionando o segmento de [−1, 2] em 6 partes
iguais.
Observação 4.3. Sn é uma aproximação da área da região R , e esta aproximação torna-se mais
proxima do real quando n for grande, isto é , quando n tender para infinito, e isto acontece quando
∆xi tender para zero. Deste modo tem-se:
Area de R = lim Sn
n→∞
Recomendação
Escolher pontos xi , (0 ≤ i ≤ n) no intervalo [a, b] de tal forma que os comprimentos dos subintervalos
∆xi sejam iguais. Neste caso tem-se
b−a i
∆xi = ∆x = , xi = a + i∆x = a + (b − a)
n n
Exemplo 4.6. Achar a área limitada pela recta y = x+1 , eixo OX , e pelas abcissas x = 0 e x = 2 .
178 Matemática I - Da teoria à Prática
Resolução
Para mostrarmos com detalhes, vamos fazer o esboço região que pretendemos determinar a sua área,
vide figura (4.5)
Nota-se que a área pretendida é do trapézio com base maior igual a 3, base menor igual a 1 e altura
y
Figura 4.5:
igual a 2, isto é
B+b 3+1
St = ×h= × 2 = 4.
2 2
Calculemos esta área como limite da soma de áreas dos rectângulos, seguindo a observação (4.3).
Dividindo o intervalo [0, 2] em n subintervalos de comprimentos iguais teremos :
2 4 6 2n
x0 = 0, x1 = , x2 = , x3 = , · · · , xn = =2
n n n n
O valor de y = x + 1 no ponto x = xi é
2i
xi + 1 = +1
n
, o i-ésimo subintervalo
2(i − 1) 2i
,
n n
2
,tem ∆x = . Temos que ∆xi → 0 quando n → ∞. Então a soma de áreas dos rectângulos
n
aproximados é :
n " n n
#
X 2i 2 2 2X X 2 2n(n + 1) n+1
Sn = +1 = i+ 1 = +n =2 +2
n n n n n 2n n
i=1 i=1 i=1
n+1
A = lim Sn = lim 2 +2 =2+2=4
n→∞ n→∞ n
unidades quadráticas
B. Adelino; C. Betuel; M. Tereza; N. Clarinda - 2015 179
Exemplo 4.7. Achar a área A da região limitada pela parábola y = x2 , eixo OX , e pelas abcissas
x=0 e x=b>0
Resolução
b
Da divisão do intervalo [0, b] em n subintervalos iguais de comprimento , teremos i-ésima altura
n
y
x
b
Figura 4.6:
2
ib
do rectângulo igual a vide figura (4.6).
n
Assim
n 2 n
X ib b b3 X 2 b3 n(n + 1)(2n + 1)
Sn = = 3 i =
n n n 6n3
i=1 i=1
e
b3 n(n + 1)(2n + 1) b3
A = lim Sn = lim =
n→∞ n→∞ 6n3 3
unidades quadráticas.
Os exercı́cios 1a, 1c, 2b, 3a, 3b, 4a, 4b, 4c devem ser resolvidos na qualidade de TPC.
Serão corrigidos e discutidos na aula prática. Os exercı́cios 1b, 1c, 2a, 3b, 4a, 4b, 4c deverão ser
resolvidos pelos estudantes para a consilidação do conhecimento e deverão ser entregues ao Docente
de aulas teóricas na aula teórica da semana seguinte.
100
X j
(a)
j+1
j=1
180 Matemática I - Da teoria à Prática
n
X
(b) 3i
i=1
n
X (−2)j
(c)
(j − 2)2
j=3
(a) 22 − 32 + 42 − 52 + · · · − 992
(b) 1 + x + x2 + x3 + · · · + xn
6
X
(a) (i − 1)
i=2
n
X
(b) (π k − 3)
k=1
4) Usando técnica do cálculo de área como limite da soma de áreas particionadas, calcule a área
das regiões limitadas pelas curvas :
(a) y = 3x, y = 0, x = 0 e x = 1
(b) y = x2 + 2x + 3, y = 0, x = −1 e x = 2
(c) y = 2x , y = 0, x = −1 e x = 1
Somas de Riemann
Definção 4.2. Diz-se que no segmento [a, b] está dada uma partição se forem dados os pontos
x0 , x1 , x2 , x3 , · · · , xn−1 , xn
B. Adelino; C. Betuel; M. Tereza; N. Clarinda - 2015 181
tais que
e denota-se
P = {x0 , x1 , x2 , x3 , · · · , xn−1 , xn }
k P k= max ∆xi
1≤i≤n
Seja f é uma função contı́nua em cada subintervalo [xi−1 , xi ] de P , tomando-se valores máximos ui
e mı́nimo li nos pontos do subintervalo, tal que f (li ) ≤ f (x) ≤ f (ui ) sempre que xi−1 ≤ x ≤ xi .
Se f (x) ≥ 0 em [a, b] , então as expressões f (li )∆xi e f (ui )∆xi representam áreas dos rectângulos
que têm o intervalo [xi−1 , xi ] como base comum e alturas f (li ) e f (ui ) , respectivamente (vide figura
(4.7)).
x
a b
Figura 4.7:
Se Ai é área limitada pela curva y = f (x), eixo OX e pelas abcissas x = xi−1 e xi , então tem lugar
a seguinte desigualdade
Definção 4.3. As somas inferiores L(f, P ) e superiores U (f, P ) de Riemann para a função f são
dadas através das expressões seguintes:
n
X
L(f, P ) = f (li )∆xi = f (l1 )∆x1 + f (l2 )∆x2 + · · · + f (ln )∆xn
i=1
n
X
U (f, P ) = f (ui )∆xi = f (u1 )∆x1 + f (u2 )∆x2 + · · · + f (un )∆xn
i=1
1
Exemplo 4.8. Achar a soma inferior e superior de Riemann para a função f (x) = no intervalo
x
[1, 2] partido em quatro subintervalos iguais.
Resolução
5 3 7 1
A partição P consiste de pontos x0 = 1, x1 = , x2 = , x3 = e x4 = 2. A função f (x) = é
4 2 4 x
1
decrescente no segmento [1, 2], então os valores mı́nimos e máximos em cada subintervalo são e
xi
1
, respectivamente. Assim temos:
xi−1
1 4 2 4 1 533
L(f, P ) = + + + =
4 5 3 7 2 840
1 4 2 4 319
U (f, P ) = 1+ + + =
4 5 3 7 420
Definção 4.4. Suponhamos que existe um número I tal que para toda partição P do segmento [a, b]
tem lugar a desigualdade L(f, P ) ≤ I ≤ U (f, P ) . Então diremos que a função f é integrável em
Z b
[a, b] , e chamaremos ao número I de integral definido de f em [a, b] e denota-se por I = f (x)dx
R a
onde: chama-se sinal de integral;
a e b são limites de integração, inferior e superior , respectivamente ;
f (x) é função integrada, x variável de integração , dx diferencial de x .
Nota:
O integral definido da função f (x) em [a, b] é um número ( não é uma função de x ), que depende
de a e b , e da função f (x). Deste modo é válida a igualdade :
Z b Z b
f (x)dx = f (t)dt
a a
Exemplo 4.9. Mostre que a função f (x) = x2 é integrável no segmento [0, a] onde a > 0 , e calcule
Z a
x2 dx .
0
Resolução
B. Adelino; C. Betuel; M. Tereza; N. Clarinda - 2015 183
Definção 4.5. Dada uma função f em [a, b] , denomina-se soma de Riemann de f toda soma da
forma :
n
X
R(f, P, c) = f (ci )∆xi = f (c1 )∆x1 + f (c2 )∆x2 + f (c3 )∆x3 + · · · + f (cn )∆xn
i=1
Onde P = {x0 , x1 , x2 , · · · , xn } e a = x0 < x1 < x2 < · · · < xi < · · · < xn−1 < xn = b,
c = (c1 , c2 , · · · , cn ) e ci ∈ [xi−1 , xi ] .
Definção 4.6. Seja f uma função definida em [a, b] . O número I denomina-se integral de f ( em
[a, b] ) se , dado qualquer ε > 0 , existe um δ > 0 tal que
n
X
| R(f, P, c) − I |=| f (ci )∆xi − I |< ε
i=1
Seja qual for a partição P = {x0 , x1 , x2 , · · · , xn } e ci ∈ [xi−1 , xi ] de [a, b] com norma inferior a
δ , isto é , tal que k P k= max ∆xi < δ , escrevendo-se então
1≤i≤n
Xn Z b
lim R(f, P, c) = lim R(f, P, c) = lim f (ci )∆xi = f (x)dx
n(P )→∞
kP k→0
max ∆xi → 0 max ∆xi → 0 i=1 a
1≤i≤n 1≤i≤n
O integral assim definido , denomina-se integral de Riemann . Diz-se integrável a Riemann toda
função que possui esta propriedade.
Teorema 4.1. Se f é uma função contı́nua em [a, b] , então f é integrável em [a, b].
1
X2
2i − 1 3
Exemplo 4.10. Expresse lim 1+ como integral definido.
n→∞ n n
Resolução
2 1
Queremos interpretar a soma de Riemann para a função f (x) = (1 + x) 3 . O factor sugere-nos que
n
2
o intervalo de integração tem comprimento 2 e é dividido em n subintervalos iguais de comprimento
n
2i − 1 1 2n − 1
Seja ci = para i = 1, 2, 3, · · · , n ; quando n → ∞, c1 = → 0 e cn = → 2 . Assim
n n n
184 Matemática I - Da teoria à Prática
2i 2i − 2 2i
o intervalo é [0, 2] , e os pontos de partição são xi =
. Nota -se que xi−1 = < ci < = xi
n n n
para cada i ,f é contı́nua em [0, 2] e consequentimente integrável neste intervalo, logo
n 1 Z 2
X 2 2i − 1 3 1
lim 1+ = (1 + x) 3 dx
n→∞ n n 0
i=1
Z b Z a
2) f (x)dx = − f (x)dx
a b
Z b Z b Z b
3) (Af (x) + Bg(x)) dx = A f (x)dx + B g(x)dx
a a a
Z b Z c Z c
4) f (x)dx + f (x)dx = f (x)
a b a
Z b Z b
5) Se f (x) ≤ g(x) para qualquer x [a, b] , então f (x)dx ≤ g(x)dx
a a
Z b Z b
6) f (x)dx ≤ |f (x)| dx
a a
Z a
7) Se f (x) é uma função ı́mpar no intervalo simétrico [−a, a] , então f (x)dx = 0
−a
Z a Z a
8) Se f (x) é uma função par no intervalo simétrico [−a, a] , então f (x)dx = 2 f (x)dx
−a 0
Z 2 Z 3 Z 3 p
Exemplo 4.11. Calcule: (a) (2 + 5x)dx (b) (2 + x)dx (c) 9 − x2 dx
−2 0 −3
Resolução
Z 2 Z 2 Z 2
• pela propriedade 3 tem-se (2 + 5x)dx = dx + 5 5xdx
−2 −2 −2
O primeiro integral representa a área dum rectângulo de comprimento 4 e largura 2,portanto o
B. Adelino; C. Betuel; M. Tereza; N. Clarinda - 2015 185
y
y=2
x
−2 2
Figura 4.8:
y y =x+2
x
3
Figura 4.9:
y
√
y= 9 − x2
x
3
Figura 4.10:
seu valor é 8. O segundo integral é igual a zero , visto que a função integral é ı́mpar. Logo
Z 2
(2 + 5x)dx = 8 + 0 = 8.
−2
• representa área do trepézio que é a soma das áreas do rectângulo e do triângulo, logo
Z 3
1 21
(2 + x)dx = (3 × 2) + (3 × 3) =
0 2 2
186 Matemática I - Da teoria à Prática
3
π × 32
Z p 9π
9 − x2 dx = =
−3 2 2
Teorema 4.2. Se f é uma função contı́nua em [a, b] , então existe um ponto c [a, b] , tal que
Z b
f (x)dx = (b − a)f (c) .
a
f (c)
x
a l c u b
Figura 4.11:
Seja f uma função integrável em [a, b] . Chama-se valor médio de f ,o valor denotado por f , tal
Z b
1
que f = f (x)dx
b−a a
Exemplo 4.12. Achar o valor médio da função f (x) = 2x , no intervalo [1, 5]
Resolução
Z 5
O esboço da área representada pelo integral 2xdx , é figura (4.12):
1
Z 5
1 1 1
Donde temos que f = 2xdx = 4 × 2 + (4 × 8) = 6
5−1 1 4 2
Teorema 4.3. Se f é uma função integrável em [a, b] e F é uma primitiva de f , isto é, uma função
tal que F 0 (x) = f (x) para cada x[a, b] então
Z b
f (x)dx = F (b) − F (a)
a
B. Adelino; C. Betuel; M. Tereza; N. Clarinda - 2015 187
y = 2x
x
1 5
Figura 4.12:
Convenção:
Resolução
a
1 3 a 1 3 1 3 a3
Z
2
(a) x dx = x |0 = a − 0 =
0 3 3 3 3
Z 2
1 3 3 2
x2 − 3x + 2 dx = x − x + 2x |2−1 =
(b)
−1 3 2
1 3 3 2 1 3 3 2 9
×2 − ×2 +2×2− × (−1) − × (−1) + 2 × (−1) =
3 2 3 2 2
Exemplo 4.14. Achar a área da região A limitada pela curva y = 3x − x2 e pelo eixo OX .
Resolução
y = 3x − x2
x
3
Figura 4.13:
Z 3
2 3 2 1 3 3 27 27 27 9
A= (3x − x )dx = x − x |0 = − − (0 − 0) = =
0 2 3 2 3 6 2
unidades quadráticas.
Exemplo 4.15. Ache o valor médio para a função f (x) = e−x + cos x no intervalo [− π2 , 0].
Resolução
Z 0
1 2 2 π 2 π
f= π (e−x + cos x)dx = (−e−x + sin x)|0− π = (−1 + 0 + e 2 − (−1)) = e 2
0− − − π2 π 2 π π
2
Os exercı́cios 1a, 1b, 2a, 3c, 4a, 5a, 5b devem ser resolvidos na qualidade de TPC. Serão
corrigidos e discutidos na aula prática. Os exercı́cios 3a, 3b, 4b, 2b deverão ser resolvidos pelos
estudantes para a consilidação do conhecimento e deverão ser entregues ao Docente de aulas teóricas
na aula teórica da semana seguinte.
√
Z 2 p
(a) √ 2 − t2 dt
− 2
Z e
(b) ax dx, a > 0
0
a
a3
Z
3) Sabendo que x2 dx = , calcule os seguintes integrais:
0 3
Z 3
x2 − 4 dx
(a)
2
Z 2 p
(b) x2 + 1 − x2 dx
0
√
(b) f (x) = 4 − x2 , no intervalo [0, 2]
(a) y = x2 − 4x , y = 0
1 1
(b) y = x 3 − x 2 , y = 0, x = 0, x = 1
Definção 4.7. Dada uma função f definida em (a, b) , denomina-se primitiva de f toda função F
derivável neste intervalo e tal que F 0 (x) = f (x) .
190 Matemática I - Da teoria à Prática
Teorema 4.4. Seja f uma função definida em (a, b) . Se cada uma das funções F1 (x) e F2 (x) é uma
primitiva de f (x) , então existe um número C tal que F1 (x) − F2 (x) = C em (a, b) .
Z
f (x)dx (4.1)
Z
f (x)dx = F (x) + C,
Z
2) dF (x) = F (x) + C
Z Z Z
3) [f (x) + g(x)]dx = f (x)dx + g(x)dx
Z Z
4) Kf (x)dx = K f (x)dx , onde K é uma constante .
Z
1
2) xdx = x2 + C
2
Z
1
3) x2 dx = x3 + C
3
B. Adelino; C. Betuel; M. Tereza; N. Clarinda - 2015 191
Z
1
4) xr dx = xr+1 + C , para r 6= −1
r+1
Z
1
5) dx = ln |x| + C
x
Z
6) ex dx = ex + C
ax
Z
7) ax dx = + C , para a > 0, a 6= 1
ln a
Z
8) sin xdx = − cos x + C
Z
9) cos xdx = sin x + C
Z
1
10) dx = tan x + C
cos2 x
Z
1
11) dx = − cot x + C
sin2 x
Z
12) sinh xdx = cosh x + C
Z
13) cosh xdx = sinh x + C
Z
1
14) dx = tanh x + C
cosh2 x
Z
1
15) dx = − coth x + C
sinh2 x
Z
1
16) dx = arctan x + C
x2 + 12
Z
1 1 x
17) dx = arctan + C , para a 6= 0
x2 + a2 a a
192 Matemática I - Da teoria à Prática
1 x − 1
Z
1
18) 2 dx = ln +C
x2 − 1 2 x + 1
x − a
Z
1 1 + C , para a 6= 0
19) dx = ln
x2 − a2 2a x + a
Z
1
20) √ dx = arcsin x + C
1 − x2
Z
1 x
21) √ dx = arcsin + C
a2 − x2 a
Z
1 p
22) √ dx = ln x + x2 ± 1 + C
x2 ± 1
Z
1 p
23) √ dx = ln x + x2 ± a2 + C
2
x ±a2
(x + 1)3 x3 + 3x2 + 3x + 1
Z Z Z
2 1 1 3
Exemplo 4.17. dx = dx = x + 3x + 3 + dx = x3 + x2 +
x x x 3 2
ln |x| + C
Teorema 4.5. Se f (x) é uma função contı́nua e ϕ(t) continuamente derivável , então
Z Z
0
F (ϕ(t)) = f (ϕ(t)ϕ (t)dt + C = f (ϕ(t))dϕ(t) + C, (1)
Resolução:
Z Z Z
x 1 x 1 1
1) 2
dx seja u = x2 +1
, então du = 2xdx e xdx = du logo 2
dx = du =
x +1 2 x +1 2 u
1 1 2
p
2
ln |u| + C = ln (x + 1) + C = ln x + 1 + C
2 2
Z
sin(3 ln x) 3
2) dx seja u = 3 ln x , então du = dx
xZ Z x
sin(3 ln x) 1 1 1
donde dx = sin udu = − cos u + C = − cos(3 ln x) + C
x 3 3 3
√
Z
3) ex 1 + ex dx seja v = 1 + ex , então dv = ex dx
√
Z Z
1 2 3 2 3
donde x
e 1 + e dx = v 2 dv = v 2 + C = (1 + ex ) 2 + C
x
3 3
Resolução:
Z Z
1 1
1) 2
dx = 2
dx seja t = x + 2 , então dt = dx
x + 4xZ +5 (x + 2)
Z +1 Z
1 1 dt
donde 2
dx = 2
dx = 2
= arctan t + C = arctan(x + 2) + C
x + 4x + 5 (x + 2) + 1 t +1
e−x dx
Z Z Z
dx dx
2) √ = √ = p seja u = e−x , então du = −e−x dx donde
e2x − 1 ex 1 − e−2x 1 − (e−x )2
e−x dx
Z Z Z
dx du
√ = p =− √ = − arcsin u + C = − arcsin(e−x ) + C
e2x − 1 −x
1 − (e ) 2 1 − u2
Teorema 4.6. Seja f (x) uma função contı́nua em [a, b] , ϕ(t) derivável continuamente em [α, β]
para qualquer t [α, β], a ≤ ϕ((t) ≤ b , então para α0 [α, β] e β0 [α, β] satisfazendo a condição
a = ϕ(α0 ) e b = ϕ(β0 ) , tem-se
Z b Z β0
f (x)dx = f (ϕ(t))ϕ0 (t)dt =
a α0
194 Matemática I - Da teoria à Prática
Z 8
√
cos x + 1
Exemplo 4.20. Calcule I= √ dx
0 x+1
Resolução:
√ dx
Seja u = x + 1 , então du = √ . Se x = 0 , então u = 1 ; se x = 8,então u = 3 .Logo
Z 8 √ Z 3 2 x+1
cos x + 1
I= √ dx = 2 cos udu = 2 sin u|31 = 2 sin 3 − 2 sin 1.
0 x+1 1
x 2 x
Exemplo 4.21. Achar a área da região limitada por y = 2 + sin cos , eixo OX ,rectas x = 0
2 2
e x=π .
4.5.5 Resolução :
Z π x 2 x
A= 2 + sin cos dx
0 2 2
x
Seja v = 2 + sin , então
2
1 x
dv = cos dx.
2 2
Se x = 0 , isto é v = 2 ; se x = π , logo v = 3. e
Z π Z 3
x 2 x 2 2 38
A= 2 + sin cos dx = 2 v 2 dv = v 3 |32 = (27 − 8) =
0 2 2 2 3 3 3
unidades quadráticas.
1) sin2 x + cos2 x = 1
2) sec2 x = 1 + tan2 x
1 − cos 2x
5) sin2 x =
2
1 + cos 2x
6) cos2 x =
2
Resolução
Z Z
3 8
1) sin x cos xdx = (1 − cos2 x) cos8 x sin xdx Seja u = cos x, du = − sin xdx
u1 1 u9
Z Z Z
2 8 2 8 1 1
(1−cos x) cos x sin xdx = − (1−u )u du = (u10 −u8 )du = − +C = cos1 1x− cos9 x+C
11 9 11 9
isto é
Z
1 1
sin3 x cos8 xdx = cos11 x − cos9 x + C
11 9
Z Z
5
2) cos axdx = (1 − sin2 ax)2 cos axdx. Seja u = sin ax, du = a cos axdx
Z Z Z
2 2 2 2 1 2 4 1 2 3 1 5 1
(1−sin ax) cos axdx = (1−u ) du = (1−2u +u )du = u − u + u +C = sin ax −
a a 3 5 a
logo
Z
5 1 2 3 1 5
cos axdx = sin ax − sin ax + sin ax + C
a 3 5
196 Matemática I - Da teoria à Prática
Resolução
√ √
Seja x = 5 sin θ; dx = 5 cos θdθ
Z Z √ Z
dx 5 cos θdθ 1 1 1 x
I= 3 dx = 3 = sec θdθ = tan θ + C = √ +C
(5 − x2 ) 2 5 2 cos3 θ 5 5 5 5 − x2
√ 1
Os integrais que envolvem a2 + x2 ou são simplificados através da substituição x = a tan θ
x2 + a2
x
ou θ = arctan
a
Z
1
Exemplo 4.24. Ache I = √ dx
4 + x2
Resolução
√
2 sec2 θ 4 + x2 x
Z Z Z
1 p
I= √ dx = dθ = sec θdθ = ln |secθ+tan θ|+C = ln | + |+C = ln | 4 + x2 +x|+
4 + x2 2 sec θ 2 2
onde
C1 = C − ln 2.
√
Os integrais que envolvem x2 − a2 ( onde a > 0 ) são simplificadas através da substituição x =
a sec θ.
Z
1
Exemplo 4.25. Ache I = √ dx, a > 0
x2 − a2
Resolução
√
Seja x = a sec θ, dx = a sec θ tan θdθ e x2 − a2 = a tan θ. Assim
√
x x2 − a2 a p
I = sec θdθ = ln | sec θ + θ| + C = ln | + + C = ln |x + x2 − a2 | + C1
a |
, onde
C1 = C − ln a
B. Adelino; C. Betuel; M. Tereza; N. Clarinda - 2015 197
p √
x2 − a2
Z
du p 1 x + x +
I=− √ = − ln |u + u2 − a2 | + C1 = ln | √ √ | + C1 =
u2 − a2 −x + x2 − a2 x + x2 − a2
√
x + x2 − a2 p
ln | + C 1 = ln |x + x 2 − a 2 | + C2 ,
−a2
onde C2 = C1 − 2 ln 2 portanto
Z
1 p
I= √ dx = ln |x + x2 − a2 | + C
x2 − a2
Os integrais racionais que envolvem sin θ, cos θ são racionalizados através da substituição
θ 1 − x2 2x 2dx
x = tan donde : cos θ = 2
, sin θ = 2
e dθ =
2 1+x 1+x 1 + x2
Z
1
Exemplo 4.26. Calcule dθ
2 + cos θ
Resolução :
θ 1 − x2 2x 2dx
Seja x = tan portanto : cos θ = , sin θ = e dθ =
2 1 + x2 1 + x2 1 + x2
Z Z 2dx Z
1 1 + x2 = 2 1 2 x 2 1 θ
dθ = dx = √ arctan √ + C = √ arctan √ tan +C
2 + cos θ 1 − x2 3 + x2 3 3 3 3 2
2+
1 + x2
x3 + 3x2
Z
Exemplo 4.27. Calcule dx
x2 + 1
Resolução
O numerador é do grau 3 e o denominador é do grau 2 , portanto fazendo a divisão terá-se :
x3 + 3x2 x+3
=x+3− 2
x2 + 1 x +1
Logo
Z 3
x + 3x2
Z Z Z
x dx 1 1
2
dx = (x + 3)dx − 2
dx − 3 2
= x2 + 3x − ln(x2 + 1) − 3 arctan x + C
x +1 x +1 x +1 2 2
Z
x
Exemplo 4.28. Calcule dx
2x − 1
Resolução
O numerador e o denominador são ambos do grau 1 , portanto fazendo a divisão terá-se :
1
x 1 2
= +
2x − 1 2 2x − 1
198 Matemática I - Da teoria à Prática
Logo
Z Z Z
x 1 1 dx x 1
dx = dx + = + ln |2x − 1| + C
2x − 1 2 2 2x − 1 2 4
Decomposição em frações simples
Toda fração própria irredutı́vel
Q(x) b0 xm + b1 xm−1 + · · · + bm
R(x) = =
P (x) xn + a1 xn−1 + · · · + an
1) O denominador P (x) é tal que a equação P (x) = 0 tem somente as raı́zes reais simples
α1 , α2 , · · · , αn . A decomposição realiza-se pela forma:
Q(x) b0 xm + · · · + bm A B C
= = + + ··· +
P (x) (x − α1 )(x − α2 ) · · · (x − αn ) x − α1 x − α2 x − αn
2) As raı́zes do denominador são reais ,porém entre elas há múltiplas. A decomposição se efectua
pela fórmula:
Q(x) b0 xm + · · · + bm
= =
P (x) (x − α1 )k1 (x − α2 )k2 · · · (x − αi )ki
A1 A2 Ak1 B1 B2 Bk2 Lki
+ 2
+ · · ·+ k
+ + 2
+ · · ·+ k
+ · · ·+
x − α1 (x − α1 ) (x − α1 ) 1 x − α2 (x − α2 ) (x − α2 ) 2 (x − αi )ki
Q(x) b0 xm + · · · + bm
= =
P (x) (x − α1 )k1 (x − α2 )k2 · · · (x2 + p1 x + q1 )(x2 + p2 x + q2 ) · · ·
A1 A2 Dx + E Fx + G
+ 2
+ ··· + 2 + 2 + ···
x − α1 (x − α1 ) x + p1 x + q1 x + p2 x + q 2
4) Entre as raı́zes do denominador há complexas múltiplas. A decomposição realiza-se pela fórmula
Q(x) b0 xm + · · · + bm
= =
P (x) (x − α1 )k1 (x − α2 )k2 · · · (x2 + p1 x + q1 )l1 (x2 + p2 x + q2 )l2 · · ·
A1 A2 D1 x + E1 D2 x + E2
+ 2
+ ··· + 2 + ··· + 2 + ···
x − α1 (x − α1 ) x + p 1 x + q1 (x + p1 x + q1 )2
Dl1 x + El1 F1 x + G1 Fl x + Gl2
··· + + 2 + ··· + 2 2 + ···
(x2 + p1 x + q1 )l1 x + p2 x + q 2 (x + p2 x + q 2 )l2
Z
x+4
Exemplo 4.29. Calcule 2
dx
x − 5x + 6
Resolução
x+4 A B
= +
x2 − 5x + 6 x−2 x−3
B. Adelino; C. Betuel; M. Tereza; N. Clarinda - 2015 199
A = −6 e B=7
Logo
Z Z Z
x+4 1 1
2
dx = −6 di dx + 7 dx = −6 ln |x − 2| + 7 ln |x − 3| + C
x − 5x + 6 x−2 x−3
x3 + 2
Z
Exemplo 4.30. Calcule dx
x3 − x
Resolução
x3 + 2
Z Z Z
x+2 x+2
dx = 1+ 3 dx = x + dx
x3 − x x −x x3 − x
Usando o método de decomposição em frações simples teremos :
Teremos
A+B+C =0
B−C =1
−A = 2
Donde
3 3
A = −2, B = e C=
2 2
Logo
x3 + 2
Z Z Z
3 1 1 1 3 1
3
dx = x − dx + dx = x − 2 ln |x| + ln |x − 1| + ln |x + 1| + C
x −x 2 x−1 2 x+1 2 2
2 + 3x2 + x2
Z
Exemplo 4.31. Calcule dx
x(x2 + 1)
2 + 3x + x2
Z
Exemplo 4.32. Calcule dx
x(x2 + 1)
Resolução:
2 + 3x + x2 A Bx + C A(x2 + 1) + Bx2 + Cx
= + =
x(x2 + 1) x x2 + 1 x(x2 + 1)
Obtemos A = 2, B = −1 e C=3
Logo
2 + 3x + x2
Z Z Z
1 x 1 1
=2 dx − dx + 3 dx = 2 ln |x| − ln(x2 + 1) + 3 arctan x + C
x(x2 + 1) x 2
x +1 x2 +1 2
200 Matemática I - Da teoria à Prática
Z
1
Exemplo 4.33. Calcule dx
x3 +1
Resolução:
−A + B + C = 0
A+C =1
1 1 2
Obtemos A = , B = − e C=
3 3 3
Logo
1 3
Z
1 1
Z
dx 1
Z
x−2 1 −
1
Z x−
dx = − 2 2 dx Seja u = x− 1 , du = dx
dx = ln |x+1|−
3 2 2
x +1 3 x+1 3 x −x+1 3 3 2
1 3
x− +
2 4
Z Z
1 1 u 1 1 1 1 2 3 1 2 2u
= ln |x+1|− du+ = ln |x+1|− ln u + + √ arctan √ +C =
3 3 3 2 3 3 6 4 2 3 3
u2 + u2 +
4 4
1 1 2 1 2 2x − 1
= ln |x + 1| − ln(x − x + 1) + √ arctan √ +C
3 6 2 3 3
Z
1
Exemplo 4.34. Calcule dx
x(x − 1)2
Resolução:
1 A B C A(x2 − 2x + 1) + B(x2 − x) + Cx
= + + =
x(x − 1)2 x x − 1 (x − 1)2 x(x − 1)2
A+B =0
−2A − B + C = 0
A=1
Obtemos A = 1, B = −1 e C=1
Logo
Z Z Z Z
1 1 1 1 1 x 1
dx = dx− dx+ dx = ln |x|−ln |x−1|− +C = ln | |− +C
x(x − 1)2 x x−1 (x − 1)2 x−1 x−1 x−1
x2 + 2
Z
Exemplo 4.35. Calcule dx
4x5 + 4x3 + x
Resolução:
4A + 2B = 0
2C = 0
4A + B + D = 1
A=2
x2 + 2
Z Z Z Z
dx xdx xdx
dx = 2 −4 −3 = Seja u = 2x2 + 1, du = 4xdx
4x5 + 4x3 + x x 2x2 + 1 (2x2 + 1)2
x2
Z Z
du 3 du 3 3 1
2 ln |x| − − = 2 ln |x| − ln |u| + + C = ln + +C
u 4 u2 4u 2x2 + 1 4 2x2 + 1
Teorema 4.7. Sejam as funções u = u(x) e v = v(x) continuas num intervalo I , deriváveis em todos
Z Z
pontos interiores de I e existe o integral udv . Então também existe o integral vdu e tem-se
Z Z
vdu = uv − udv
ou
Z Z
0
v(x)u (x)dx = u(x)v(x) − u(x)v 0 (x)dx
Exemplo 4.36. Usando o método de integração por partes ache os seguintes integrais indefinidos:
Z Z Z
(a) ln xdx (b) x arctan xdx (c) arcsin xdx
Resolução:
Z
dx
(a) ln xdx Seja u = ln x , dv = dx então du = ,v = x donde
x
Z Z
1
ln xdx = x ln x − x dx = x ln x − x + C
x
Z
dx 1
(b) x arctan xdx Seja u = arctan x , dv = xdx então du = 2
, v = x2 donde
Z1 +
x 2
x2
Z Z
1 2 1 1 2 1 1 1 1
x arctan xdx = x arctan x − 2
dx = x arctan x − 1− 2
dx = x2 − x +
2 2 1+x 2 2 1+x 2 2
1
arctan x + C logo
2
Z
1 1 1
x arctan xdx = x2 − x + arctan x + C
2 2 2
202 Matemática I - Da teoria à Prática
Z
dx
(c) arcsin xdx Seja u = arcsin x , dv = dx então du = √ ,v = x donde
Z Z 1 − x2
x
arcsin xdx = x arcsin x − √ dx Seja u = 1 − x2 ,então du = −2xdx
1 − x 2
√
Z Z
x 1 1
p
x arcsin x − √ dx = x arcsin x + u− 2 du = x arcsin x + u + C = x arcsin x + 1 − x2 + C
1 − x2 2
logo
Z p
arcsin xdx = x arcsin x + 1 − x2 + C
Z e
Calcule I = x3 (ln x)2 dx
1
Resolução :
(2 ln xdx) x4
Seja u = (ln x)2 , dv = x3 dx Então du = ,v =
Z e x 4
x4 1 e 3
Z
3 2 2 e
I= x (ln x) dx = (ln x) |1 − x ln xdx
1 4 2 1
dx x4
Seja u = ln x, dv = x3 dx Então du = ,v =
Z e x 4 Z
e4 2 1 x4 1 e 3 e4 e4 1 x4 e e4 e4
3 2 e 1
I= x (ln x) dx = (1 ) − 0 − ln x|1 − x dx = − + |1 = + − =
1 4 2 4 4 1 4 8 8 4 8 32 32
5 4 1
e −
32 32
Teorema 4.8. Se as funções u e v , possuem derivadas contı́nuas integráveis em [a, b] , então
Z b Z b
0
u (x)v(x)dx = u(x)v(x)|ba − u(x)v 0 (x)dx.
a a
Z 2
Exemplo 4.37. Calcule: I= xex dx
1
Resolução:
Z 2 Z 2
x x 2
I= xe dx = xe |1 − ex dx = (x − 1)ex |21 = (2 − 1)e2 − (1 − 1)e1 = e2 .
1 1
Z
2) cos(ax + b)dx
Z
3) tan x ln cos xdx
sin2 x
Z
4) dx
cos4 x
ex + 1
Z
5) dx
ex − 1
x3
Z
6) √
9 + x2
x3
Z
7) dx
x3 − a3
Z
8) x cos xdx
Z
9) x arcsin xdx
Z
ln(ln x)
10) dx
x
O integral impróprio surge como expansão do integral de Riemann ( integral dado num intervalo finito
com a função f (x) limitada em todo intervalo ). No integral impróprio considera-se dois tipos :
(b) f (x) não é limitada no intervalo dado ( f (x) tem pelo menos um ponto de descontinuidade
em [a, b] )
Seja f (x) função limitada num intervalo infinito (a, +∞) ou (−∞, b) ou (−∞, +∞).
Para o número R , tal que a < R < +∞ existe o integral de Riemann de f (x) onde o integral
impróprio define-se da seguinte forma :
Z +∞ Z R
def
f (x)dx = lim f (x)dx
a R→+∞ a
Z b Z b
def
f (x)dx = lim f (x)dx
−∞ R→−∞ R
Z +∞ Z R2
def
f (x)dx = lim f (x)dx
R1 →−∞
−∞ R2 →+∞ R1
Em cada um dos casos acima se o limite existir , isto é , se for um número finito , diz-se que o integral
impróprio converge , no caso contrário diz-se que diverge .
Z +∞ Z 0
Z +∞ Z 0 Z R2
dx dx dx dx dx
Exemplo 4.38. = + = lim + lim =
−∞ 1 + x2
−∞ 1 + x
2
0 1+x 2 R1 →−∞ R1 1 + x 2 R2 →+∞ 0 1 + x2
π π
lim arctan x|0R1 + lim arctan x|R
0 = −(− ) +
2
=π .
R1 →−∞ R2 →+∞ 2 2
Teorema 4.9. Suponhamos que ∀x ∈ [a, +∞) , verifica-se a desigualdade |f (x)| ≤ g(x) .Se o integral
Z +∞ Z +∞
g(x)dx é convergente , então o integral f (x)dx também é convergente.
a a
Z +∞ Z +∞
Se f (x) ∼ g(x), x → ∞ , então f (x)dx e g(x)dx convergem ou divergem simultanea-
a a
mente .
B. Adelino; C. Betuel; M. Tereza; N. Clarinda - 2015 205
a1−p
+∞
dx converge para p − 1 , se p > 1
Z
Teorema 4.10. Seja 0 < a < ∞ , então
a xp
diverge para ∞, se p ≤ 1
Z +∞
Definção 4.9. Diz-se que o integral f (x)dx converge de modo absoluto ( absolutamente con-
Z +∞ a
vergente ) se converge o integral |f (x)|dx.
a
+∞
(−1)n (−1)n
Z
1
Exemplo 4.39. 2
dx, f (x) = 2
, |f (x)| = 2
Z +∞ Z 1+∞ x Zx+∞ x
1 (−1)n
|f (x)|dx = dx , converge ⇒ dx é absolutamente convergente.
1 1 x2 1 x2
Z +∞
Definção 4.10. Diremos que o integral f (x)dx converge de modo condicional (condicionalmente
Z +∞ a Z +∞
convergente) se f (x)dx é convergente e |f (x)|dx é divergente.
a a
Definção 4.11. Diremos que o ponto b é singular se a função f (x) não é limitada no intervalo
[a, b] e ∀ε > 0 f (x) é limitada no intervalo [a, b − ε]
1
Exemplo 4.40. f (x) = , x ∈ [1, 2] No ponto x = 1 a função não é limitada
x−1
1
f (x) = , x ∈ [1 + ε, 2], ε > 0
x−1
1
f (x) = é limitada em [1 + ε, 2]
x−1
x = 1 é ponto singular
Z b Z b−ε
def
f (x)dx = lim f (x)dx
a ε→0+ a
Z b Z b
def
f (x)dx = lim f (x)dx
a ε→0+ a+ε
Se o ponto singular estiver no interior do intervalo [a, b] , isto é , se for um ponto c tal que a < c < b
tem-se:
Z b Z c Z b Z c−ε Z c+ε
def
f (x)dx = f (x)dx + f (x)dx = lim f (x)dx + lim f (x)dx
a a c ε→0+ a ε→0+ a
206 Matemática I - Da teoria à Prática
Em cada um dos casos acima se o limite existir , isto é , se for um número finito , diz-se que o integral
impróprio converge , no caso contrário diz-se que diverge .
I-Usando desigualdade
1
f (x) = √ , ∀x ∈ (0, 1]; x ∈ (0, 1]
√ + x3
x√
x + x3 ≥ x, 0 ≤ x < 1
1 1
f (x) = √ ≤ √ = g(x), 0 ≤ x ≤ 1
x+x 3 x
Z 1 Z 1
dx √ dx
√ = lim 2 x|1ε = 2 lim (1 − ε) = 2 , converge . Então √ também converge.
0 x ε→0+ ε→0 +
0 x + x3
II-Usando
√ equivalência
√ √
x + x3 x 1 + x2 p √
lim √ = lim √ = 1 =⇒ x + x3 ∼ x, x → 0
x→0 x x→0 x
Z 1 Z 1
1 1 dx dx
√ ∼ √ , x→0⇒ √ e √ convergem ou divergem simultaneamente; mas
x+x 3 x 0 x+x 3 x
Z 1 Z0 1
dx dx
já mostrou-se que √ converge , logo √ converge.
0 x 0 x + x3
a1−p
Z a
dx converge para 1 − p , se p < 1
Teorema 4.12. Seja 0 < a < ∞ , então p
0 x diverge para ∞, se p ≥ 1
Teorema 4.13. Seja f (x) uma função não negativa e contı́nua no segmento [a, b].Então a área da
região plana G ,
B. Adelino; C. Betuel; M. Tereza; N. Clarinda - 2015 207
G = {(x, y) : a ≤ x ≤ b, 0 ≤ y ≤ f (x)}
Z b
S= f (x)dx
a
f (x)
x
a b
Figura 4.14:
Exemplo 4.42. Calcule a área da figura limitada pelo gráfico de f (x) = x2 + 1 , pelos vértices x = 1
e x = 3 e pelo eixo das abcissas.
Resolução:
3
x3
Z
27 1 32
S= (x2 + 1)dx = ( + x)|31 = +3− −1=
1 3 3 3 3
Se a função f é negativa e contı́nua no segmento [a, b].Então a área da região plana G ,
G = {(x, y) : a ≤ x ≤ b, f (x) ≤ y ≤ 0}
Z b
S=− f (x)dx
a
y = x2 + 1
x
1 3
Figura 4.15:
−f (x)
x
a b
f (x)
Figura 4.16:
Tem-se:
Z b Z c Z d Z b
S= f (x)dx = f (x)dx − f (x)dx + f (x)dx
a a c d
Tem-se:
B. Adelino; C. Betuel; M. Tereza; N. Clarinda - 2015 209
y f (x)
x
a c d b
Figura 4.17:
f (x)
g(x)
x
a b
Figura 4.18:
Z b
S= [f (x) − g(x)]dx
a
Figura 4.19:
210 Matemática I - Da teoria à Prática
α≤ϕ≤β
Z β
1
S= ρ2 (ϕ)dϕ
2 α
Seja Γ uma curva dada pela função y = f (x) , a ≤ x ≤ a. Suponhamos que a função f (x) é conti-
nuamente diferenciável no segmento [a, b]. Então o comprimento da curva é dada por
Z bp
s= 1 + [f 0 (x)]2 dx
a
1
Exemplo 4.43. Achar o comprimento do arco da curva y = x4 + de x = 1 a x = 2.
32x2
Resolução
s
Z 2 2 Z 2
dy 1 1 3
s= 1+ dx = 4x3 + 3
dx = x4
− 2
|21 = 15 +
1 dx 1 16x 32x 128
Z bp
s= [x0 (t)]2 + [y 0 (t)]2 + [z 0 (t)]2 dt
a
Z β p
s= ρ2 (ϕ) + [ρ0 (ϕ)]2 dϕ
α
Se f 0 (x) é contı́nua em [a, b] e a curva y = f (x) é rodado em torno do eixo OX , a área da superfı́cie
de revolução é :
Z b p
S = 2π |f (x)| 1 + [f 0 (x)]2 dx
a
Z b p
S = 2π |x| 1 + [f 0 (x)]2 dx
a
B. Adelino; C. Betuel; M. Tereza; N. Clarinda - 2015 211
Z d p
S = 2π |y| 1 + [g 0 (y)]2 dy
c
Z d p
S = 2π |g(y)| 1 + [g 0 (y)]2 dy
c
dy x x
= −√ =−
dx 2
a −x2 y
A área da superfı́cie
s esférica é dada por
Z a 2 Z ap Z a√
x
S = 2π y 1+ dx = 4π 2 2
y + x dx = 4π a2 dx = 4πax|a−a = 4πa2 unidades
−a y −a −a
quadráticas .
Exemplo 4.45. Achar a área da superfı́cie de revolução gerada pela rotação do arco da curva y =
x2 , (0 ≤ x ≤ 1) , em torno do eixo OY .
Resolução
Z 1 p
S = 2π x 1 + 4x2 dx Seja u = 1 + 4x2 , du = 8xdx Então
0
π √
Z 1 p Z 5
π 1 π 3
S = 2π x 1 + 4x2 dx = u 2 du = u 2 |51 = (5 5 − 1) unidades quadráticas.
0 4 1 6 6
Z b
V = A(x)dx
a
212 Matemática I - Da teoria à Prática
Z b
V =π [f (x)]2 dx
a
Z b
V = 2π xf (x)dx
a
Exemplo 4.48. Achar o volume do corpo obtido pela rotação em torno do eixo OY do arco da
parábola y = x2 , 0 ≤ x ≤ 1.
Resolução
Z 1 2
x4 1 π
x
V = 2π x(1 − x2 )dx = 2π − |0 =
0 2 4 2
O volume de um corpo , obtido ao girar um sector limitado por um arco da curva ρ = ρ(ϕ) e dois
raios polares ϕ = α, ϕ = β(α < β) , em torno do eixo polar , é expressa pela fórmula
B. Adelino; C. Betuel; M. Tereza; N. Clarinda - 2015 213
Z β
2π
V = ρ3 sin ϕdϕ
3 α
Os exercı́cios 1a, 1b, 2a, 2b, 3a, 4a, 5a, 5b devem ser resolvidos na qualidade de TPC.
Serão corrigidos e discutidos na aula prática. Os exercı́cios 1c, 2c, 3b, 4b deverão ser resolvidos
pelos estudantes para a consilidação do conhecimento e deverão ser entregues ao Docente de aulas
teóricas na aula teórica da semana seguinte.
Z ∞
1
(a) dx
2 (x − 1)3
Z 1
dx
(b) 2
−1 (x + 1) 3
Z +∞
x
(c) dx
−∞ 1 + x2
Z ∞
dx
(a) √
0 1+ x
Z ∞
3
(b) e−x dx
0
1
ex
Z
(c) dx
−1 x+1
(b) 4y = 2 ln x − x2 de x = 1 a x = e
214 Matemática I - Da teoria à Prática
4) Achar as áreas de superfı́cies de revolução obtidas pela rotação das seguintes curvas :
3
(a) y = x 2 , (0 ≤ x ≤ 1) em torno do eixo OY
x3 1
(b) y = + , (0 ≤ x ≤ 4) em torno do eixo OY
12 x
5) Achar o volume do sólido de revolução obtido pela rotação da região limitada por :
1
(b) y = , y = 2, x = 0 e x = 1 em torno do eixo OX e OY
1 + x2
Ensinar é lembrar aos outros que eles sabem tanto, quanto você
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Bibliografia
[1] Adams, R. (2003) Calculus: A Complete Course, Fifth Edition, Addison Wesley Longman, To-
ronto.
[2] Edwards, C. H. and D. E. Penney. (2002) Calculus, Sixth Edition, Prentice Hall, Inc., New Jersey.
[3] Demidovitch, B. (2004) Problemas e Exercı́cios de Análise Matemática, Ediçoes Lopes da Silva,
Porto - Portugal.
[6] Beirão, J. (2006) Introdução a Análise Matemática, Texto Editores Lda, Moçambique.
[7] Larson, R. Hostetler, R.P Edwards, B. H. (2006) Cálculo - Volume II, 8a Edição, McGraw-Hill,
São Paulo, Brasil.
215