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INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 3
EMBREAGEM ....................................................................................................... 8
Fluxo de força ................................................................................................ 8
Funcionamento ............................................................................................... 9
Disco de embreagem ...................................................................................... 9
Platô da embreagem ..................................................................................... 10
Tipos de acionamento da embreagem ............................................................. 10
Acionamento mecânico ................................................................................. 10
Acionamento hidráulico ................................................................................. 11
Acionamento hidráulico-pneumático ................................................................ 12
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INTRODUÇÃO
Leia com atenção este material, e assegure à sua atividade maior confiabilidade, com
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Potência
Torque
Força
Atrito
Força
Fisicamente definida como sendo "toda a ação capaz de alterar o estado de inércia de um
corpo ou deformá-lo", pode ser compreendida como sendo qualquer ação que consiga
colocar um corpo em movimento.
Segundo a "Lei de Newton", força é o
produto da massa pela aceleração. 1
Exemplo: 2
Uma corda sustenta um peso com
massa (m) = 10 kg.
Sobre esta massa age a aceleração da
gravidade (a) = 9,81 m/s2.
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A força é calculada da seguinte forma:
F = MxA
1 - Força
F = 10 kg x 9,81 m/s2
2 - Massa
F = 98,1 N
3 - Aceleração da gravidade
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Torque
Também conhecido como momento de Ponto de
torção, o torque produz um esforço no Aplicação
Momento Força
sentido rotativo. de Força (N)
Torque é o produto da força pela distância. (Torque)
Exemplo:
ia (m)
Distânc
Uma força de 50 Newtons, aplicada em uma
alavanca com de 1 metro de comprimento,
resulta em um torque de:
T=FxD
T = 50N x 1m
T = 50Nm
Força x Distância
POTÊNCIA = h
Tempo
m
Exemplo:
W = (m x g x h)/t
1cv = 735w
W = (m x g x h)/t
W = (75kg x 9,81 x 1m)/1seg
W = 735,75
W = Potência em Watt
m = Massa
g = Aceleração da gravidade
h = Altura
t = Tempo
cv = Cavalo-vapor
hp = Horse power (Cavalo-força)
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Atrito
Coeficientes com valores próximos ao índice 1,0 indicam resistências ao deslizamento com
altas intensidades de atrito.
Atrito do pneu
com o solo
Coeficiente de Atrito
0 = Mínimo coeficiente de atrito
1 = Máximo coeficiente de atrito
Exemplo:
Asfalto molhado com o pneu = 0,4
Asfalto seco com o pneu = 0,7
Fluxo de força
A caixa de mudanças, que recebe o movimento do motor por meio da embreagem, modifica
a rotação e o torque conforme a necessidade. Por sua vez, a rotação e o torque modificados
são transmitidos para a árvore de transmissão que envia o movimento para o eixo e as rodas
traseiras.
Motor Semi-árvores
Caixa de mudanças
Árvore de transmissão
Embreagem
Volante
do motor
Mola
membrana
Disco de
embreagem
Rolamento
da
embreagem
Placa do
platô
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Funcionamento
Ao acionar o pedal da embreagem, o mecanismo de acionamento empurra o rolamento
contra a mola membrana. Esta mola afasta a placa do platô, liberando o disco.
Pedal solto
Pedal acionado
Efeito membrana
Disco de embreagem
Disco desacoplado Disco acoplado
A ligação do conjunto é feita pela
compressão do disco da embreagem entre o
platô e o volante do motor.
Mola
Mola helicoidal
membrana
Acionamento mecânico
Sistema de alavancas
O acionamento mecânico da embreagem
geralmente é efetuado por meio de cabo de
aço ou varão.
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Acionamento hidráulico
O sistema de acionamento hidráulico possui dois cilindros: um emissor e um receptor.
Reservatório
de fluido
Cilindro
emissor
Pedal da
embreagem
Tubo de
pressão
Alavanca da
embreagem
Cilindro
receptor
Reservatório
de fluido
Cilindro
emissor
Pedal da
embreagem
Tubo de
pressão
Alavanca da
embreagem
Servoatuador da
embreagem
Ar comprimido
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CAIXA DE MUDANÇAS
Duplo contra-eixo
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Relação de transmissão
A transmissão de torque entre engrenagens ou polias depende do comprimento da
“alavanca” de cada uma delas.
Alavanca
A variação de torque e rotação tem relação direta com a quantidade de dentes das
engrenagens envolvidas.
Para fazer o cálculo com polias, substitua o número de dentes pelo diâmetro.
movida
Torque de saída 40 Nm
RPM de saída 25
1 volta
motriz
Torque de entrada 10 Nm
RPM de entrada 100 4 voltas
Dizemos 4:1
Movida 100 Estamos reduzindo de 4 para 1 volta
= = 4
Motriz 25 Torque multiplicado por 4
RPM dividido por 4
Relação direta
Na relação de transmissão direta, torque e rotação mantêm-se constantes.
Quando a transmissão for realizada por meio de engrenagens, a rotação da engrenagem
movida será invertida. Se a engrenagem motriz gira no sentido horário, a engrenagem
movida girará no sentido anti-horário.
movida
Torque de saída 10 Nm
RPM de saída 100
1 volta
motriz
Torque de entrada 10 Nm
RPM de entrada 100
1 volta
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Engrenagem intermediária
Para manter o mesmo sentido de giro em uma relação de transmissão por engrenagem é
necessária a instalação de uma engrenagem intermediária.
intermediária
motriz
Torque de entrada 10 Nm
RPM de entrada 100 1 volta
Relação de desmultiplicação
Em uma relação de desmultiplicação, o torque diminui e a rotação aumenta
proporcionalmente ao valor da relação de transmissão.
movida
Torque de saída 2,5 Nm
RPM de saída 400
motriz 4 voltas
Torque de entrada 10 Nm
RPM de entrada 100
1 volta
• Permitir a posição neutra ou ponto morto. Nesta condição, nenhuma marcha permanece
engatada.
Engrenagem
inversora da ré
• Atuar como componente auxiliar ao sistema de freio de serviço do veículo. Isso ocorre
quando o pedal do acelerador deixa de ser pressionado, estando a marcha correta
engatada.
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Existem, basicamente, dois tipos de caixa de mudanças: mecânicas e automáticas.
As caixas de mudanças do tipo mecânicas podem ser assíncronas (não possuem anel
sincronizador) ou sincronizadas.
Anel
sincronizador
Nas caixas de mudanças do tipo automáticas, o controle de troca de marchas pode ser
gerenciado eletronicamente ou por meio de comando hidráulico.
Unidade de gerenciamento
eletrônico
A caixa de mudanças mecânica possui três árvores: árvore primária, árvore intermediária e
árvore secundária.
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Árvore primária
A árvore primária tem como função receber o movimento de rotação do motor, por meio da
embreagem, e transmitir este movimento para a árvore intermediária utilizando um conjunto
de engrenagens denominado “par constante”.
Árvore intermediária
Denominada também como árvore de saída, a árvore secundária tem como função transferir
aos demais componentes da transmissão o torque e a rotação do motor, de acordo com a
marcha selecionada.
As luvas de engate são solidárias à árvore secundária. Nesta árvore, todas as engrenagens
são livres e montadas sobre rolamentos ou buchas.
Engrenagem livre
Entalhe
Rolamento
Eng de 4a
Rolamento
Eng de 3a
Cubo sincronizador
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Anel sincronizador
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O sistema de acionamento das luvas de engate pode variar muito conforme o tipo de
construção da caixa de mudanças.
O acionamento das luvas deve ser preciso e cada garfo deve manter-se posicionado
corretamente após o engate.
Garfo de engate
Eixo do garfo
de engate
Tampa da caixa
de mudanças
Cada relação de transmissão selecionada apresenta um fluxo de força diferente, com torque
e velocidade distintos.
3a marcha
4a marcha
5a marcha
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Fluxo de força de marcha à ré
marcha-à-ré
Caixa de mudanças RT
A caixa de mudança RT possui cinco velocidades trocadas na alavanca: LO, 1ª, 2ª, 3ª e 4ª marcha.
Ao fazer a mudança para a quinta marcha, o botão do “split” estará para trás. Desta forma,
o motorista estará engatando a quinta "L".
Nesta condição, o fluxo de força passa somente pelo conjunto do Split.
Teoricamente, o torque do motor deveria variar continuamente. Entretanto, de acordo com o engate das
marchas, a transmissão disponibiliza o torque do motor durante o aumento de velocidade do veículo.
Para cada relação de marcha da caixa de mudanças existe uma correspondência em rotações do
motor, para que se obtenha maior desempenho do veículo.
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Caixas de mudanças automática
A principal vantagem de uma caixa de mudanças automática é o conforto para o motorista.
Todas as funções da caixa de mudanças mecânica são executadas pela caixa de mudanças
automática com maior precisão.
• Conversor de torque;
• Conjunto de engrenagens;
• Sistema de controle hidráulico.
O controle de troca das marchas é executado por meio de um módulo que mede, basicamente, a
rotação do motor e a velocidade do veículo, atuando nas eletroválvulas de controle.
Conversor de torque
Árvore de manivelas
Placa de acoplamento
Conversor de torque
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O princípio de funcionamento consiste na rotação do impulsor e na centrifugação do fluido.
Quando a velocidade de rotação do impulsor aumenta, ocorre a expulsão do fluido para as
extremidades (centrifugação).
Com isso, o fluido centrifugado atinge as pás da turbina, girando-a e conduzindo a força
para a transmissão.
Entre o impulsor e a turbina está o estator, que direciona o fluido dentro do conversor de
torque.
1 Turbina
2 Estator
3 Impulsor
Engrenagem da planetária
Sistema hidráulico
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Fluxo de força
O fluxo de força refere-se a uma transmissão automática de veículo de passeio com três
marchas à frente e marcha à ré.
Neutro
O conjunto de engrenagens simples produz as seguintes marchas:
• Neutro;
• Redução em primeira e segunda marcha;
• Engrenamento direto;
• Marcha à ré.
1 Eixo de entrada
2 Embreagem dianteira
3 Cubo da embreagem dianteira e embreagem anelar interna
4 Engrenagem solar
5 Eixo de saída
6 Eixo de saída e engrenagem anelar interna
7 Engrenagens planetárias da marcha à ré
8 Engrenagens planetárias à frente
1 Eixo de entrada
2 Alojamento da embreagem dianteira
3 Embreagem dianteira
4 Cubo da embreagem dianteira e engrenagem anelar interna
5 Porta-planetárias da marcha à ré
6 Engrenagens planetárias da marcha à ré
7 Engrenagem anelar do eixo de saída
8 Engrenagem solar
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2ª Marcha
1 Eixo de entrada
2 Alojamento da embreagem dianteira
3 Cubo da embreagem dianteira e engrenagem anelar interna
4 Engrenagens planetárias dianteiras
5 Eixo de saída
6 Tambor e engrenagem solar
7 Porta-planetárias dianteiro
• O alojamento da embreagem dianteira também forma o cubo da embreagem alta e marcha à ré;
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Marcha à ré
1 Eixo de entrada
2 Embreagem dianteira
3 Cubo da embreagem de alta e marcha à ré
4 Embreagem anelar da ré
5 Alojamento da embreagem de alta e marcha a ré
6 Eixo de saída
7 Porta-planetárias da marcha à ré
8 Porta-planetárias da marcha à ré
Nos veículos de tração traseira, o eixo motriz é responsável pelo deslocamento do veículo e
sustentação da carroceria.
Sua função é apoiar a suspensão traseira e transmitir o torque motriz para as rodas.
• Transmissão angular;
• Diferencial;
• Semiárvores; Carcaça
• Carcaça.
Semiárvore
Transmissão Diferencial
angular
Semiárvore
Transmissão angular
A transmissão angular recebe a força no sentido longitudinal, aplica uma taxa de redução e
redistribui a força resultante para as rodas no sentido transversal.
Semiárvore
Coroa
Pinhão
Flange de ligação
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Dentes retos
Com o passar do tempo, a transmissão
angular evoluiu. Os primeiros veículos
utilizavam o par coroa e pinhão de dentes
retos. Neste tipo de engrenamento, o
contato dos dentes ocorre um de cada vez,
produzindo maior nível de ruído e relativa
suscetibilidade a quebras.
Dentes helicoidais
A partir das transmissões angulares de
dentes retos, passou-se a utilizar os dentes
helicoidais. Neste tipo de engrenamento,
ocorre simultaneamente o contato de mais
de um dente. Isto possibilita a diminuição
nos níveis de ruído e o aumento da
resistência do conjunto.
Durante a curva para a esquerda, a roda do lado esquerdo gira sobre um perímetro menor
que a roda do lado direito. Desta forma, o conjunto do diferencial, composto basicamente
por engrenagens satélites e planetárias, tem por finalidade fazer esta compensação.
or
en
ior
m
o ma
Rai
io
Ra
Engrenagens
planetárias Engrenagens
satélites
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Trafegando o veículo em linha reta, as satélites giram somente sobre a cruzeta e, assim, a
rotação nas duas rodas e exatamente a mesma.
Bloqueio do diferencial
Este dispositivo elimina o efeito de compensação do diferencial por meio do travamento de
uma das semiárvores em relação à caixa de satélites.
Este bloqueio somente deve ser utilizado em serviços fora de estrada, onde exista alta
probabilidade de atolamento.
Luva de engate
O diferencial intereixos está montado na carcaça do eixo anterior e tem como função
eliminar a diferença de velocidade entre os eixos anterior e posterior.
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Eixo traseiro de dupla velocidade
Utilizado com maior frequência nos caminhões trucados, o eixo traseiro de dupla velocidade
possibilita intercalar mais uma redução com a caixa de mudanças.
Por não possuir anel sincronizador, seu acoplamento só ocorre com eficácia se realmente
existir a necessidade de utilização.
Com redução
Sem redução
Ex.:
Dif. RS-240 4,88 - 6,65
Nº de dentes da coroa = 39
Nº de dentes do pinhão = 8
39
Red. = => Red. = 4,88:1 Redução do diferencial
8
Sistema da reduzida:
44 + 16
Red. = => Red. = 1,3636 Redução do sistema planetário da reduzida
44
44
ANOTAÇÕES
46
ANOTAÇÕES
48