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Larissa Alves 1
BENEFICIAMENTO
SECUNDÁRIO:
Classes de corantes

OPERADOR POLIVALENTE DA INDUSTRIA TÊXTIL


TURMA OP05
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Corantes

 A utilização de corantes naturais é uma arte muito antiga,


registros históricos do uso de corantes extraídos de plantas,
vegetais, frutas, flores e até alguns insetos datam de 3500
a.C.
 Os corantes utilizados atualmente são compostos químicos
orgânicos capazes de colorir um material.
 Comercialmente existe uma infinidade de corantes
disponíveis no mercado, eles são divididos em classes de
acordo com as suas características.

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Corantes evolução

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Corantes evolução

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Classe dos corantes

 Os corantes podem ser classificados de acordo com sua


estrutura química (antraquinona, azo e etc.) ou de acordo
com o método pelo qual ele é fixado à fibra têxtil.
 Podem ser:
 Diretos  Corantes sulfurosos
 Reativos  Corante a Tina
 Ácidos  Corantes Azoicos
 Dispersos  Pigmento
 Branqueadores
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Classes de corantes x Tipos de fibras

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Classes de corantes X Tipos de fibras

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Propriedades dos Corantes

 Para saber o corante correto no tingimento é necessário


conhecer a fibra a ser utilizada e as características solicitadas
pelo usuário final.

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Corantes diretos

 Esses corantes são também conhecido como substantivos.


 São corantes destinados ao tingimento de fibras celulósicas
principalmente em meio neutro ou levemente alcalino.
 Geralmente possuem baixos índices de solidez à lavagem,
necessitando de agentes fixadores para melhorar esta
característica.
 Apresentam um gama de cores, porém suas cores não possuem
brilho intenso.
 Sua principal vantagem é o custo relativamente baixo, e
facilidade de aplicação.

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Corantes diretos

 Este grupo de corantes caracteriza-se como compostos solúveis em


água capazes de tingir fibras de celulose (algodão, seda, lã, etc.).
 São corantes com pouca afinidade com a fibra, necessitando ser
aplicado um eletrólito (sal).

As propriedades dos corantes diretos são:


 Caráter iônico: Aniônico hidrgênio e força de Van der
Walls;
 Solúvel em água;
 Baixa solidez a lavagem
 Afinidade com fibras celulósica
 Baixa solidez à luz
 Ligações de ponte de

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Corantes diretos

Características:
 Para fibras de lã, seda
 São corantes solúveis em água
 Fácil aplicação
 Baixa solidez a lavagem
 Média e baixa solidez a luz
 Cores não muito brilhante ( vivas )
 Mais utilizados em cores claras
 Custo Baixo

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Tipos de corantes diretos

Existem três tipos de corantes diretos:


 Classe A: São os autorreguláveis, possuem boa migração e boa
igualização mesmo quando o eletrólito é adicionado no inicio do
tingimento, podendo necessitar de quantidade altar de sal.
 Classe B: Possuem má igualização e são controlado pela adição de sal
normalmente depois eu o banho tenha já atingindo a temperatura de
tingimento.
 Classe C: è controlado pela adição de sal e temperatura , já que sua
substantividade aumenta muito com a temperatura.

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Mecanismo de Tingimento

 O eletrólito no banho, diminuiu as cargas eletrostáticas (Potencial


ZETA) entra a fibra e o corante permitindo uma maior absorção.
 Ao cátion sódio que neutraliza as cargas negativas da fibra
diminuindo a repulsão do corante. E facilitando o esgotamento do
corante do banho para a fibra.
 Já dentro da fibra, o corante se liga através de pontes de hidrogênio e
forças de Van der Walls.
 Quanto mais plana a molécula do corante , maior é a sua afinidade.

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Produtos utilizados

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Gráfico tingimento

 O gráfico representa um processo de tingimento com corante


Classe C, que regula a temperatura e a adição de sal com
tratamento posterior, para melhorar a solidez.

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Gráfico tingimento

 O gráfico anterior representa um processo tradicional de


tingimento por esgotamento.
 A elevação gradual da temperatura favorece o controle da
igualização do tingimento pois controla a velocidade de
montagem do corante na fibra.
 A dosagem do sal tem como objetivo fazer com que a afinidade
aumente de forma gradativa evitando a montagem
desordenada do corante.
 Após a adição do sal, é necessário um tempo para que ocorra a
difusão do corante.
 Este tempo pode variar em função da intensidade da cor.

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Tratamentos Posteriores

 São tratamentos executados após o tingimento, com a finalidade


de aumentar o grau de solidez do corante na fibra.
 De uma maneira geral, fixadores são produtos que reagem com
o corante que está no interior da fibra.
 Assim reduzindo sua solubilidade e aumentando seu tamanho
molecular.(diminuindo sua mobilidade)
 Desta forma consegue-se uma solidez maior, uma vez que a
“saída” do corante da fibra fica dificultada, devido à sua menor
solubilidade e mobilidade.

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Corantes reativos

 São corantes capazes de reagir com a fibra celulósica.


 São relativamente novos em relação a outras classes,
(lançado em 1956 pela ICI).
 Fornecem uma variada gama de cores vivas e brilhantes
sobre fibras celulósicas.
 Apresentam ótimos índices de solidez à úmido, porém não
resistem à presença de soluções à base de cloro.
 Possui ligações do tipo ponte de hidrogênio, força de Van
de Wall e ligações covalentes com a fibra.

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Corantes reativos

 Esses corante necessitam de eletrólitos para montar na fibra.


 São corantes aniônicos que tem afinidade com as fibras quando
aplicados em banho com eletrólito, e estes reagem
quimicamente com a fibra na presença de um alcali ( barrilha,
soda caustica).
 O tamanho de suas moléculas permitem tingimentos mais
equalizados.
 Nos processo de tingimento, quanto maior a reatividade do
corante, menor é a temperatura no tingimento.
 Os tingimentos com corantes reativos podem ser feitos tanto em
processo de esgotamento quanto por impregnação.

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Corantes reativos

Características:
 Caráter Aniônico
 São corantes solúveis em água
 Afinidade em fibras de algodão e poliéster
 Fácil aplicação
 Excelente e Boa solidez a lavagem
 Boa solidez a luz
 Cores brilhante ( vivas )
 Utilizados em cores claras e cores intensas
 Médio custo
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Classificação dos corantes
reativos

 Os corantes reativos são classificados baseado nas 3 categorias:

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Classificação quanto a
temperatura

 Em relação à temperatura de processamento, os corantes


reativos reagem diferentes, o que possibilita ampliar as formas de
tingimento de acordo com o substrato a ser tingido.

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Classificação quanto a
reatividade

 Os corantes reativos são classificados segundo sua reatividade


(velocidade de reação em função da temperatura e
concentração de álcali).
Podem ser de:
 Alta reatividade– São aplicados à baixas temperaturas (30–60ºC)
 Média reatividade– São aplicados a temperaturas intermediárias
(60–80ºC) Vinil sulfônicos.
 Baixa reatividade– Aplicados a temperaturas elevadas (acima de
80ºC)

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Mecanismo de Tingimento

 1º) Absorção do corante pela fibra, em meio neutro, com


adição de um eletrólito (normalmente sulfato de sódio ou
cloreto de sódio), seguida de uma absorção, em meio
alcalino, que ocorre simultaneamente com a reação de
fixação.
 2º) Reação do corante, em meio alcalino, com os grupos
hidroxílicos (OH-) da celulose e da água (etapa de
fixação).
 3º) Eliminação do corante hidrolisado. Este corante é
produzido durante o tingimento e não está fortemente
fixado à fibra.
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Processos de Tingimento

 Existem dois processos distintos de tingimento:


1. Esgotamento.
2. Impregnação seguida de fixação do corante.

Descontínuo

Semicontínuo

Contínuo

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Produtos Utilizados

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Gráfico do processo de
esgotamento

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Corantes ácidos

 Os corantes ácidos são empregados no tingimento de fibras


proteicas e da poliamida.
 Apresentam esse denominação por serem derivados de grupos
sulfônicos, os quais apresentam a característica de acido por
causa do seu meio.
 Essa classe de corante apresenta uma vasta gama de cores
vibrantes, mas são muito sensíveis a tratamentos alcalinos.
 É aplicado tipicamente ao tecido com PH baixo.

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Corantes ácidos

 São corantes aniônicos que tem afinidade por radicais


nitrogenados que estão na fibra.
 Esta reação de montagem é aumentada em meio ácido. Eles
montam ao tecido por uma temperatura média de até 40 graus.
 Características:

 Para fibras de lã, seda e  Média a boa solidez a luz


poliamida.
 Processo simples
 Solúvel em água
 Cores vivas
 Média a boa solidez a
 Caráter aniônico
lavagem
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Tipos de corantes

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Mecanismo de Tingimento

 O mecanismo de tingimento está relacionado diretamente com


os grupos terminais da fibra e os grupos sulfônicos do corante.
 O tingimento não é apenas um processo físico, as fibras proteicas
devem ser tingidas em meio ácido, pois degradam em meio
alcalino.
 Não podem ser lavadas a temperatura superiores a 40°c,
portanto a solidez para esses artigos não podem ser muito
elevada.
 Quanto menor for o PH mais rapidamente se dá a fixação do
corante na fibra, devido a maior carga positiva da mesma.

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Produtos Utilizados

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 No gráfico se observa que devido à alta afinidade corante-fibra, que o processo é
iniciado com uma substância retardante e a baixa temperatura.
 Com o aumento da temperatura, o corante começa a reagir com o grupos NH3+ e
se inicia a montagem.
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Fixadores Aniônicos

 Estes fixadores foram desenvolvidos especialmente para os


corantes ácidos, e agem aumentando a solidez a úmido dos
tingimentos principalmente quando desenvolvidos sobre cores
escuras.
 Normalmente dependendo da fibra, se tinge em temperatura
próxima da fervura.
 Contudo preconiza-se começar o tingimento a temperatura de
50-60º C elevando-se lentamente à fervura.

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Corantes azóicos

 Os corantes azoicos são também conhecidos como corantes


naftóis.
 Nesse processo a fibra é impregnada com um composto solúvel
em água, conhecido como agente de acoplamento Naftol que
apresenta alta afinidade por celulose.
 Esse tipo de corante apresenta um gama limitada de cores.
 Um dos primeiros corantes sintéticos utilizados para colorir lã e
algodão.
 Foi criado por Griess em 1858.
 Produzido industrialmente em 1880. (SILVA, 2010).

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Corantes azóicos

 São compostos coloridos, insolúveis em água, que são realmente


sintetizados sobre a fibra durante o processo de tingimento.
Características:
 Processo “super” delicado
 Cores vivas
 Ótima solidez a luz/lavagem
 Média solidez a fricção
 Necessita de baixas temperaturas (10 - 15 ºc)
 Caráter não iônico

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Corantes azóicos

 Maior grupo orgânico produzido mundialmente. (GUARATINI,


2000)
 O grupo N=N, ligado entre os anéis aromáticos resultam em uma
forte absorção na região visível ao olho humano.
 São altamente prejudiciais ao meio ambiente.
 Podem mudar a transparência da água.
 Altera a penetração da radiação solar.
 Afetando a fotossíntese.

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Mecanismo de Tingimento

 Compostos coloridos, insolúveis em água sintetizado diretamente


na fibra durante o processo de tingimento.
 A fibra é impregnada com um composto solúvel em água,
conhecido como agente de acoplamento (Naphtol). Que
apresenta alta afinidade com a celulose.
 Em seguida é adicionado sal de diazônio (RN 2 +).
 Que provoca uma reação com o agente de acoplamento já
fixado na fibra, produzindo uma cor insolúvel em água e com alta
solidez.
 O corante propriamente dito é produzido diretamente na fibra.

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Formas de Tingimento

 Descontinuo (Esgotamento) – Usado para o tingimento de fios,


malhas e tecidos planos através de baixa relação de banho e
adição de eletrólitos para maior esgotamento do naftol.
 Semi-contínuo (Pad-jigger) – Impregnação do tecido em naftol
dissolvido, repouso de 60 min em movimento ou secagem em
rama e desenvolvimento e tratamento posterior em jigger.
 Contínuo – Impregnação de naftol dissolvido, resfriamento do
tecido, impregnação de base diazotada e tratamento posterior
em lavadora contínua.

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Produtos utilizados

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Corante à tina

 Também conhecidos como corantes á cuba, são corantes


derivados do índigo e da antraquinona.
 Há cerca de 5.000 anos, o índigo natural já era aplicado em
processos de tingimento.
 A solubilização do corante (que era extraído de plantas do tipo
Indogofera ou Isatistinctoria) era feita em recipientes
denominados cubas ou tinas.
 Atualmente, os corantes são sintéticos, mas permaneceu o nome
“à cuba ou à tina” que teve sua origem na antiguidade.

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Corante à tina

 São insolúveis em água e só possuem afinidade pelas fibras


celulósicas quando estão no estado reduzido.
 São corantes que apresentam excelentes índices de solidez sobre
fibras celulósicas.
 Por isso, são muito usados no tingimento de tecidos destinados à
uniformes militares, roupas profissionais e ainda, no tingimento de
fios para fabricação de tecidos xadrez e listrados.
 O índigo, embora apresente algumas características peculiares, é
considerado da classe do corante à cuba.

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Propriedades

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Tipos de corantes

 Existem três procedimentos de redução do corante.


 As formas de redução (as tinas) variam de acordo com o
comportamento dos corantes, em função da facilidade de redução
e substantividade do derivado de leuco solúvel.
 As condições de tingimento variam de corante para corante e
dependem da facilidade de redução e das diferenças de afinidade.

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Mecanismo de tingimento

 O processo de tingimento se dá através de imersão (nosso


processo de índigo).
 O controle da temperatura torna-se fundamental para um
perfeita difusão e igualização do tingimento.

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Formas de Tingimento

 O corantes à tina podem ser aplicados em fibras celulósicas por


esgotamento ou por impregnação.
 Por esgotamento, o processo de tingimento é iniciado reduzindo-se
o corante em banho com quantidades pré-determinadas de
redutores e álcalis, dependendo do processo a ser desenvolvido,
antes do contato com o substrato têxtil.
 Já o corante sob a forma reduzida, completa-se o volume de
banho total do tingimento (tina cega) e se inicia o tingimento
adicionando o substrato têxtil.
 Durante o processo, é necessário o controle da quantidade de
soda e hidrossulfito do tingimento para que seja evitada a
oxidação prévia do corante. Após o esgotamento, o corante é
oxidado em um novo banho e ensaboado.
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Formas de Tingimento

 O tingimento por impregnação, os corante podem ser aplicados


e desenvolvidos em processos semicontínuos (pad-jigger) ou por
um processo continuo.
 Quando aplicado em Pad-jigger, o corante em forma dispersa é
impregnado no tecido por meio de um foulard e, em seguida,
levado ao jigger onde então é reduzido, oxidado e ensaboado.
 Esse tingimento apresenta maior produtividade e igualização,
sendo usado normalmente para o tingimento de tecidos planos.

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Produtos utilizados

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Gráfico de TIngimento

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Corantes sulfurosos (enxofre)

 Os corantes sulfurosos fazem parte dos corantes à cuba e são


empregados em fibras celulósicas.
 Os corantes são insolúveis em água e a conversão a uma forma
leuco solúvel (corante reduzido) acontece pela redução com
sulfureto de sódio.
 Após acontecer a migração para o interior da fibra, o corante
volta novamente à sua forma insolúvel por meio de um processo
de oxidação.
 Entretanto, estes corantes usualmente apresentam resíduos
altamente tóxicos.

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Corantes sulfurosos (enxofre)

 Corantes insolúveis em água que precisam ser reduzidos para ter


afinidade e montar na fibra.
 Estes compostos têm sido utilizados principalmente na tintura de
fibras celulósicas, apresentando boa fixação.
 Características:

 Baixo custo  Média solidez a frícção


 Processo delicado  Mais aplicado em lavanderias
 Cores apagadas  Usado mais para preto, verde
oliva, azul marinho e marrom
 Boa solidez a luz/lavagem
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Corantes sulfurosos (enxofre)

 São chamados de corantes de oxidação e redução.


 Seu uso é comparativamente mais econômico, com relação aos
outros corantes.
 Para tonalidades intensas de preto, marrom, azul e verde, as
propriedades de solidez dos corantes sulfurosos são boas.
 A solidez à luz é média, e ao cloro é baixa. Apresentam cores
opacas.
 Bastante utilizado para se obter efeitos especiais em lavanderias
e outros acabamentos.
 •Sua maior restrição é a tendência ao enfraquecimento
(“tendering”) na estocagem.

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Mecanismo de tingimento

 O processo de aplicação baseia-se no fato que na forma


reduzida o corante é solúvel em água. Na forma oxidada é
insolúvel.
Desta forma, as etapas do tingimento são:
 Redução do corante com agentes redutores (polisulfetos ou
açúcares em meio alcalino)
 Tingimento com adição de sal
 Oxidação
 Ensaboamento

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Processo de Tingimento

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Produtos utilizados

 Umectante: Deve ser utilizado um umectante com alto poder de


umectação e resistente a um meio fortemente alcalino e
redutivo.
 Dispersante / Anti aglomerante: O corante embora solúvel,
apresenta uma tendência a formar micelas de moléculas pré-
oxidadas no banho.
 Sequestrantes: A presença de sais metálicos ou alcalinos terrosos
causam precipitações durante o tingimento.
 Redutores: Hoje em dia são utilizados o redutor tradicional, a base
de sulfetos alcalinos e redutor à base de dextrose
 Agente oxidante: Pode ser o aplicável em meio alcalino ou o
aplicável em meio ácido, que é utilizado para todas as cores
menos preto(efeito tendering).
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Corantes dispersos

 São corantes que são insolúveis em água e se apresentam


em forma de dispersão aplicados em fibras de celulose e
outras fibras hidrofóbicas através de suspensão.
 Características:
 São de caráter não-iônico
 Usado para acetato de celulose, nylon, poliéster e acrílico.
 Possui boa solidez a luz e dependendo do tamanho da
molécula do corante boa solidez a lavagem.

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Corantes dispersos

 Possuem solubilidade em água muito limitada.


 É a classe de corantes que apresenta o menor tamanho de
molécula.
 Possuem substantividade por fibras hidrofóbicas (poliéster e
poliamida).
 O grau de solubilidade do corante deve ser pequeno mas
definido e influencia diretamente o processo e a qualidade da
tintura.
 Os corantes dispersos possibilitam uma grande flexibilidade de
utilização.
 Esse corante pode ser aplicado em tingimento por esgotamento,
impregnação ou por estamparia.
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Propriedades

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Tingimento do poliéster

 A absorção dos corantes dispersos pela fibra de poliéster é muito


difícil devido ao elevado grau de cristalinidade da mesma.

Então, há duas formas de conseguir a difusão do corante na fibra:


 Aumentar a acessibilidade da fibra mediante o uso de agentes
transportadores denominados “carriers”.
 Aumentar a velocidade de difusão pelo aumento da
temperatura.

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CARRIERS

O que são carriers?


 “carriers”, São compostos não iônicos (bifenil, o-fenil-fenol,
butilbenzoato, metilnaftaleno) que por não se dissolverem em água
são absorvidos pelo poliéster, separando as cadeias poliméricas,
dilatando assim a fibra.
Quando são usados?
 São usados em circunstâncias especiais, quando não se dispõe de
equipamentos HT, quando se deseja tingir misturas (com elastômero,
por exemplo) e a temperatura não pode ser excessiva.
 Obs.: O carrier vem sendo cada vez menos usado devido a
problemas ambientais. Pois possuem odor forte e persistente, são
extremamente tóxicos, além de afetarem a solidez à luz de alguns
corantes.
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Temperatura

 A outra forma de se aumentar a velocidade de difusão do


corante no interior da fibra, é utilizando-se o aumento de
temperatura.
 À medida que se aumenta a temperatura, a velocidade do
tingimento aumenta, devido à maior vibração das cadeias
poliméricas, maior mobilidade dos segmentos poliméricos nas
regiões amorfas, abrindo espaços suficientes para a difusão do
corante.

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Produtos utilizados

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Corantes dispersos

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Corantes dispersos

 O gráfico utilizado para o tingimento de corante dispersos


depende da concentração de corante, do tamanho da
molécula e da fibra utilizada (texturizada, filamento)
 É importante manter um gradiente de aquecimento lento para
evitar manchas e um gradiente de resfriamento lento para evitar
choques térmicos que podem causar marcas no substrato têxtil.
 Em casos de tingimento de cores escuras, recomenda-se uma
lavagem em um banho redutivo para retirada do corante não
fixado devidamente e melhoria da solidez.

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Corante Catiônico

 Os corantes catiônicos são também conhecidos como corantes


básicos, apresentam cores brilhantes e um alto poder tintorial.
 Possuem afinidade por fibras de lã, seda, algodão e alguns tipos
de poliamida e poliéster modificado, e fibras de acrílicos onde é
sua principal aplicação.
 Esses corantes agem como bases e quando solubilizados em
água, formam um sal de caráter catiônico capaz de reagir com
os grupos negativos da fibra.

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Corante Catiônico

 Os corantes básicos, como aparecem no mercado, são sais


usualmente, os cloretos, mas algumas vezes oxalatos de sais
duplos, com cloretos de zinco.
 Há muitos corantes que pertencem a esta classe e variam
consideravelmente na estrutura química.
 Os corantes básicos exibem pouca ou nenhuma afinidade
natural pelo algodão, por isso são usados sobre esta fibra, após
um tratamento prévio, denominado mordentagem.

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Propriedades

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Propriedade dos corantes
básicos

 A característica notável dos corantes básicos é o brilho e a


intensidade das cores.
 Algumas matizes possuem tanto brilho que nenhuma outra classe
pode ser comparada com eles.
1 - Solubilidade: Os corantes básicos são profundamente solúveis em
álcool ou metilato. Eles não são facilmente dissolvidos na água e
a menos que se tome cuidado ao dissolvê-lo, estão sujeitos a
formar uma massa viscosa, que pode ser muito difícil de se
transformar em solução.

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Propriedade dos corantes
básicos

2- Quando um corante básico é tratado com um álcali ele é


decomposto com a liberação do corante base que é incolor.
 Assim, no tingimento com corantes básicos, a água que contém
álcali ou dureza temporária não deve ser usada, sem ser
primeiramente neutralizada com ácido acético.
3 - Os corantes básicos, sendo catiônicos, sob certas condições
podem ser precipitados por corantes diretos ou ácidos, que são
aniônicos.
 Os dois não podem ser usados juntos, exceto em concentrações
muito baixas.

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Propriedade dos corantes
básicos

4 - Os corantes básicos possuem escassa solidez à luz e essa solidez


pode ser melhorada pela adição de certas substâncias ao banho
de tingimento
 (Ex: metafosfato de sódio, Tio uréia, sulfato de cobre); e com
relação à lavagem, varia de baixa para moderada. Solidez a
fricção aumenta quando se adiciona resorcina no banho de
mordentagem.
5 - As fibras celulósicas não têm, para todos os fins práticos,
afinidade com os corantes básicos.
 No caso das fibras de proteína (seda, lã), há evidência
substancial que a afinidade é de natureza química.

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Mecanismo de tingimento

 Observa-se por intermédio da estrutura da molécula do corante a


parte positiva que caracteriza essa classe de corante.
 Durante o tingimento, os passos são os seguintes:

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Produtos utilizados

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Gráfico

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Corantes Branqueadores

 As fibras têxteis no estado bruto apresentam como característica


uma aparência amarelada por absorver luz particularmente na
faixa de baixo comprimento de onda.
 A diminuição dessa tonalidade tem ocorrido na indústria ou na
lavanderia pela oxidação da fibra com alvejantes químicos ou
utilizando os corantes brancos também denominados de
branqueadores ópticos ou mesmo branqueadores fluorescentes.
 Estes corantes proporcionam reflexão por fluorescência na região
de 430 a 440 nm quando excitados por luz ultra-violeta.

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Corantes Branqueadores

 Também conhecidos como agentes de branqueamento


fluorescentes, são compostos incolores ou pouco coloridos que
absorvem luz e reemitem boa parte desta na região visível.
 Esse processo fornece uma aparência de brancura e brilho mais
acentuados.
 Branqueadores óticos não são considerados como corantes ou
pigmentos, já que não incorporam cor ao substrato tratado
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA QUÍMICA, 2011).

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Corantes Branqueadores

 Os branqueadores óticos comumente utilizados em escala


industrial.
 Estima-se que o consumo mundial de branqueadores óticos seja
acima de 200 mil toneladas, sendo que 40% da produção é
usada em detergentes domésticos, 30% na indústria do papel,
25% na indústria têxtil e 5% nas indústrias de fibras e plásticos.
 Além desses campos de aplicação, os branqueadores também
são utilizados em soluções para processamento de fotografia,
tintas e vernizes, tintas de impressão e adesivos

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Curiosidades Corantes

 Para tingimentos de fibras celulósicas existem as seguintes classes de


corantes: direto, reativo, a tina, sulfuros e azoicos.
 Corantes mais utilizados são os corante reativos e corantes diretos
mais utilizado para cores claras (85 %).
 Para lavanderia e cores escuras ( preto) o mais utilizado são os
sulfurosos.
 Cores para roupa industrial/fios os corantes a tina ou azoicos.

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Referências

 PEDROSA, Israel. Da cor a cor inexistente. 9. ed. Rio de Janeiro:


Léo Christiano, 2003.
 RODRIGUES, Caetano Rodrigues. Controle de qualidade em
química têxtil: métodos práticos. Brasília: SENAI/DN, 1997.
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Profª. Larissa Alves 88

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