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Maquinário do

Beneficiamento
BENECIAMENTO Têxtil

Profª.: Larissa Alves


Operador Polivalente Têxtil

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PROCESSOS DE BENEFICIAMENTO

Beneficiamento pode ser:

ESGOTAMENTO IMPREGUINAÇÃO

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Esgotamento
• É chamado de esgotamento porque os químicos são
esgotados no banho, ele vai do banho para fibra.
• O tecido é trabalhado na forma de corda, fechado na
maquina;
• O tecido fica em contato permanente com o banho até o
término do beneficiamento, para obter igualização;

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Esgotamento
A maquina pode ser com:
• Substrato em movimento e banho parado.
Ex: Barca e Jigger.
• Substrato parado e banho em movimento.
Ex: Turbo, autoclaves.
• Substrato e banho em movimento.
Ex: Jet e overflow.

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Impregnação
• O equipamento onde ocorre a impregnação é
conhecido por foulard.
• O tecido é passado em aberto na máquina.
• O banho é distribuído uniformemente por todo o
substrato.

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Impregnação
Para os calcular a impregnação é importante conhecer as seguintes
variáveis:

• Massa de substrato: pode ser um valor dado, ou que deva ser


calculado, a partir da gramatura e do comprimento;
• Volume de banho: que pode ser um valor dado, ou que deva ser
calculado, a partir do pick-up e massa;
• Pick-up;
• Concentração de insumos: que pode ser expressa em g/l ou m/l.

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Relação de Banho (R:B)
• Indica a quantidade de banho de que o equipamento
necessita para cada quilo de material têxtil.

• A relação de banho é apresentada da seguinte forma:


1 : X, onde X é um número variável, o qual é
determinado pelo tipo de equipamento, como por
exemplo:
· Jigger: RB = 1:3 a 1:5
· Barca: RB = 1:20 a 1:30
· Over-Flow: RB = 1:7 a 1:12

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Relação de Banho (R:B)

Portanto, uma relação de banho (RB) igual a 1:5,


significa dizer que:
Para cada 1 parte de SUBSTRATO, necessitamos de 5
partes de BANHO.
Qualquer redução na relação
de banho acarreta em
economia de água, químicos,
tempo e vapor. Por isso a
escolha da máquina é muito
importante.

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O que preciso saber...
• PICK UP: O percentual de retenção do banho pelo
substrato.

• CÁLCULO DE VOLUME DE BANHO:


O volume de banho é calculado a partir da massa de substrato e a
relação de banho.
Exemplo: massa de substrato = 100 kg ; RB = 1:5
100 kg x 5 = 500 litros de banho

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MÁQUINAS DE BENEFICIAMENTO
Diversos tipos de máquinas podem ser usadas no processo de
beneficiamento têxtil.

As maquinas são classificadas de acordo com:


a) O método de processamento (descontinuo, semi-continuo, continuo);
b) O material a ser processado (fios, malhas, tecidos, peças prontas);
c) O principio de operação (banho parado/substrato têxtil em
movimento; banho em movimento/substrato parado; banho em
movimento/substrato em movimento);
d) a condição de processamento (sob pressão à alta temperatura,
sistemas aberto).

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BENEFICIAMENTO DE FIBRAS
Geralmente, você pode beneficiar fibras de duas formas:
a) Em flocos: usado normalmente para tingir fibras de
algodão misturadas com outras fibras. Para conseguir
efeitos de mesclas e de cores diferenciadas nos fios.
b) Tingimento em massa: ocorre durante a extrusão , na
qual adiciona-se corantes para posteriormente formar
fibras ou filamentos já coloridos à massa do polímero.

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EQUIPAMENTOS
Existe uma variedade grande de equipamentos que dão
agilidade e precisão aos processos de beneficiamento.

Os principais são:
• Foulard
• Barca
• Jigger
• Turbo
• Jet
• Overflow

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Foulard
R:B 1:1

Trata-se de uma máquina composta de uma cuba, onde fica o


banho, e de cilindros espremedores que irão espremer o tecido, após
passar no banho, a determinada pressão (pick up) de modo que funciona,
controlando a retenção de banho que o tecido irá levar.
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Tipos de Foulard

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ESQUEMA DE FOULARDAGEM

FOULARD

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Jigger – R:B 1:1 – 1:6

É baseada no enrolamento e desenrolamento do tecido plano,


que passa por uma cuba, onde se localiza o banho. Muito usado
para produzir pequenos e médios lotes de tecido.
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• Nesse sistema o substrato têxtil
se movimenta e o banho fica
parado.
• São maquinas mais modernas e
já apresentam um sistema de
circulação de bomba para artigos
de difícil igualização.
• Podem ser realizados
alvejamento, desengomagem ou
tingimento.
• Os Jiggers podem ser abertos à
pressão atmosférica ou a altas
temperaturas (high temperature).

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•A máquina consiste de dois cilindros paralelos, tendo
abaixo deles um chassi por onde o tecido passa durante o
tingimento.

•As peças são costuradas umas nas outras e enroladas


abertas em um dos cilindros.

•Quando se aciona a máquina o tecido passa por dentro


do banho, auxiliado por roletes no fundo do chassi e é
enrolado no outro cilindro, quando, então, volta a circular
em sentido contrário.
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Barca – R:B 1:20 - 1:40

São maquinas mais antigas para beneficiar artigos em corda.


Em que o banho fica parado e o substrato se movimenta através de
um molinete. São só processados artigos de malha e tecidos planos.

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O molinete gira continuamente, puxando o tecido pela frente,
jogando-o para trás e dispondo-o em camadas, umas sobre as outras,
dentro do banho.
Não deve-se passar artigos delicados pois o movimento do
substrato é feito pelo molinete.
As maquinas não são pressurizadas e trabalham com
temperaturas de até 100ºC.

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 Trata-se de uma das mais antigas máquinas para o
tingimento de tecidos ou malhas, sendo de grande
flexibilidade quanto ao leque de artigos que podem ser
tingidos nela.

 Os artigos são tingidos em corda cujas extremidades


são costuradas uma na outra.

 Na parte frontal e superior está o molinete que fraciona


as cordas e que pode ser elíptico ou redondo conforme
o artigo a ser tingido.
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Turbo – R:B 1:8 – 1:15

Esse equipamento destina-se a beneficiamentos de tecidos


sem muita elasticidade. No turbo, o tecido é enrolado em porta-
material, com tensão controlada e uniforme, e o banho circula com
pressão através do tecido, buscando a igualização.
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• Maquina que é um tipo de
Autoclave no qual tecido é enrolando
no tubo permanece estático, e o
banho em movimento.
• Maquinas modernas permitem a
rotação do rolo de tecido, com
finalidade de reduzir a relação de
banho.
• Por ser pressurizado, permite
tingir fibras de poliéster a 130ºC.
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• Trata-se de uma máquina para tingimento de peças em
HT.

• O tecido é enrolado em tubo perfurado o qual é


colocado horizontalmente em um autoclave.

• O banho circula e o tecido permanece parado.

• O sistema é idêntico ao descrito para bobinas


cruzadas: trabalha-se com uma bomba principal e uma
outra de pressão estática.
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Jet - R:B 1:3 – 1:15
• Maquina destinada a artigos
delicados e malhas circulares de
fibras sintéticas.
• O substrato é em corda
impulsionado tanto pela pressão
quanto pela regulagem do fluxo do
banho.
• Assim o fluxo de banho que
movimenta o tecido;
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• Funcionamento normalmente é
pressurizado, podendo chegar a
temperaturas de 135ºC.
• Maquinas mais recentes podem tem
RB de 1:3 em jets cuja malha é movida
pelo ar. Ou para jets longos de artigos
delicados como viscose e poliamida a
RB de 1:15.

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 No tingimento em “jets” o substrato é transportado com
mínima tensão pelo próprio banho.
 Em alguns tipos há um molinete auxiliar.

 O banho ao passar por um bocal em alta velocidade


provoca um vácuo que arrasta o tecido.

 A velocidade das peças atinge velocidades superiores


a 100 m/min.

 Cada corda passa por um bocal o qual é regulável


conforme a gramatura do substrato.
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Overflow - R:B 1:8 – 1:15.

Embora apresentem pontos em comum, o sistema overflow


difere do jet, especialmente no que diz respeito fluxo do banho e
pelas velocidades das cordas. No overflow, este movimento do tecido
é determinado por um molinete.
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 A velocidade reduzida do banho (em comparação com as
máquinas iniciais) e conseqüentemente a ação gentil no
tecido leve este tipo do movimento do tecido ser chamado
de “softflow”.

 Algumas máquinas usam jato para circular o banho e este


facilita altas velocidades ser atingidas com um pouco
sacrifício de tratamento suave do tecido.

 Usando o princípio de “overflow” para encher o tubo de


transporte, a bomba necessita de gerar pressões baixas em
comparação com os jatos convencionais e
conseqüentemente ele pode ser dirigido com um motor
menos potente. Prof. Larissa Alves 30
Outras máquinas

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Centrifuga
• Extrai o excesso de água dos substratos têxteis antes
do acabamento ou secagem.
• Pode ser usada para fios, malhas, tecidos ou peças
confeccionadas.
• Com a centrifuga a produtividade na rama ou na
secadora, aumenta e evitam-se acabamentos
desuniformes.

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Abridor de malha tubular

È utilizado para abrir a


maquina como o nome já diz.

A malha já vem preparada


com uma falha intencional
que é detectada pelo sensor
ótico que alinha a malha com
o destocedor, para abrir e ser
processada na etapas
posteriores.

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Hidroextrator
Elimina o excesso de água proveniente do tingimento e
aplica os amaciantes. Retira torção, reduz umidade, usada
para acabamento final .
A utilização do ar comprimido evita marcas e vincos na
malha.

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RAMA

Equipamento usado para secagem e/ou termofixação de


tecidos e malhas. Os tecidos são presos somente pelas
ourelas e passam por uma estufa resultando em
secamento um sem variação em
Prof. Larissa Alvessua largura e gramatura.
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CALANDRA
• É uma maquina de passar em grande escala,
utilizando cilindros e calor.
• O tecido é compactado para melhorar sua
estabilidade dimensional e remover rugas que
prejudiquem o processo de confecção.

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Lavadora Vertical

Lavadora Horizontal
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METODOS DE PROCESSO

• As maquinas apresentas são usadas em


diferentes processos têxteis. Esse processos
são definidos de acordo com a continuidade em
que o substrato é processado.
Podem ser:
• Processo contínuos
• Processos semicontínuos
• Processo descontínuos

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SISTEMA CONTÍNUO
• O processo é a passagem contínua do tecido por um

banho, em seguida o tecido é foulardado e depois


passa para outras fontes de fixação dos produtos com
o tecido (necessitando da mudança de máquina).
• Sistema pad-steam: (calor úmido ou vapor).

• Sistema pad-dry: (calor seco ou ar quente).

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SISTEMA CONTÍNUO

Características:

• Alta produção
• Baixa diversificação
• Baixo consumo de água
• Alto consumo de energia
• Pad – Termofix – Calor Seco
• Pad – Steam – Calor úmido

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SISTEMA CONTÍNUO
 Chamuscadeira:
Preparação –desengomagem, purga ou alvejamento;
 PadSteam:
Fourlardagem- vaporização- lavagem/neutralização-
secagem;
 PadDry:
Fourlardagem- secagem- termofixação- fourlardagem-
vaporização- lavagem-neutralização- secagem;

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PAD-STEAM

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PAD-STEAM
5

2
6 1 1
4 3

1 – Castelo de entrada; 2 – Foulard; 3 – Vaporizador; 4 - Caixa de lavagem


5 – Torre de secagem; 6 – Braço enrolador

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PAD-STEAM
5

2 2

6
7

1
1
3
1 – Castelo de entrada; 2 – Cilindros de refrigeração; 3 – Foulard; 4 - Passagem aérea (sky)
5 – Infravermelho; 6 - Hot-flue; 7 – Braço enrolador
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PAD DRY

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Sistema Semi - contínuo de processo
SISTEMA SEMI-CONTÍNUO
Nesse caso, o tecido é foulardado, sendo o
desenvolvimento feito posteriormente, mas em outro
equipamento.
• pad-batch (impregnação e repouso a frio),
• pad-roll (impregnação e repouso a quente),
• pad-jigger (banho novo/choque alcalino).

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SISTEMA SEMI-CONTÍNUO

Características:

• Média e alta produção


• Baixa diversificação
• Baixo consumo de água
• Baixo consumo de energia
• Repouso de 6 a 24 hs

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PAD-BATCH

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PAD-ROLL

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PAD-JIGGER

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DESCONTINUO
Sistema descontínuo de processo
• Onde cada processo ou uma serie de processos é realizado
individualmente na mesma máquina.
• A vantagem é para tratamento de pequenas quantidades de
materiais ou diferentes tipos de tratamento (tingimento,
acabamento final, lavanderia, etc.).

• Máquinas: Jigger, Barca, Rama ou Termofixador entre


outras.

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REFERÊNCIAS
• Apostila –Processos Químicos Têxteis –Prof. SilvagnerAdolpho
Veríssimo.
• Apostila –Processos Químicos Têxteis Vol1 –Prof.
RasiahLadchumananandasivam
• Peters, R. H. Textile chemistry. Elsevier Publishing Company
Amsterdam, 1967.
• Manual técnico de beneficiamento. Rhodia-Ster.
• Cegarra, J. Fundamentos de lamaquinaria de tintoreria.
UniversitatPolitécnica de Catalunha, 1987.
• Apostila de beneficiamentos primários. Senai /Cetiqt. 1980.

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