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Índice
[esconder]
• 1 Classificações
• 2 Aplicações
• 3 Significância
• 4 Em biologia
• 5 Difusão de marcador e química
• 6 Sistemas em não equilíbrio
• 7 Um experimento para demonstrar difusão
• 8 Difusão "coletiva" dependente da concentração
• 9 Difusão molecular de gases
• 10 Contradifusão equimolecular
• 11 Referências
• 12 Ver também
• 13 Ligações externas
[editar] Classificações
Para efeitos de classificação, e dos equacionamentos específicos, a difusão é dividida
quanto à homogeneidade ou heterogeneidade das espécies em difusão como
autodifusão, quando a difusão se dá entre átomos de mesma espécie (como entre seus
isótopos) e interdifusão, quando a difusão se dá entre átomos de espécies diferentes.
Quando temos carbono em liga de ferro, e este migra para outra parte da liga com
menor concentração de carbono, como os átomos são de diferentes elementos, de
núcleos de diferentes números de prótons, trata-se de interdifusão.
[editar] Aplicações
Difusão é de importância fundamental em muitas disciplinas de física, química e
biologia. Alguns exemplos de aplicações da difusão são:
• Sinterização para produzir materiais sólidos (metalurgia do pó, produção de
cerâmicas)
• Projeto de reatores químicos
• Projeto de catalisadores em indústria química
• Aço pode passar por processos que incluam difusão (e.g., com carbono ou
nitrogênio) para modificar suas propriedades
• Aplicação de dopantes durante a produção de semicondutores.
[editar] Significância
[editar] Em biologia
Em biologia celular, difusão é a principal forma de transporte para materiais necessários
tais como aminoácidos no interior das células.[1] A difusão de água (H2O) através de
uma parcialmente permeável membrana é classificada como osmose.
Os coeficientes de difusão para estes dois tipos de difusão são geralmente diferentes
porque o coeficiente de difusão para difusão química é binário e inclui os efeitos devido
à correlação do movimento de diferentes espécies em difusão.
Sistemas fluidos em desequilíbrio podem podem ser modelados com sucesso com a
hidrodinâmica flutuante de Landau-Lifshitz. Neste quadro teórico, a difusão é devida às
flutuações cujas dimensões variam de escala molecular à escala macroscópica.[2]
Difusão pode ser demonstrada com um tubo de vidro longo, papel, duas rolhas de
cortiça, uma certa quantidade de algodão embebido em solução de amônia e alguns
pedaços de papel de tornassol vermelho. Fixa-se o algodão numa das rolhas e diversos
pedaços de papel harmoniosamente espaçados numa linha ou barbante preso na outra,
por exemplo, com alfinetes. Arrolhando-se as duas extremidades do tubo de vidro com
as rolhas e seus anexos, tomando-se o cuidado do fio com os papéis de tornassol se
alongar pelo comprimento do tubo, e deitando o tubo na mesa (o que elimina a ação da
gravidade), sem nenhuma agitação, pode-se observar que o papel de tornassol vermelho
fica azulado.
Isto ocorre porque as moléculas de amônia viajam por difusão da extremidade com mais
alta concentração no algodão para a extremidade de mais baixa concentração no restante
do tubo de vidro. Isso não significa que as partículas não se movimentam em outras
direções, mas há um fluxo líquido (em balanço) da região de concentração mais alta
para a região de concentração mais baixa. Como a solução de amônia é alcalina, o papel
tornassol vermelho torna-se azul. Pela alteração da concentração de amônia, a taxa de
mudança da cor dos papéis de tornassol pode ser alterada. Note-se que a taxa de difusão
em si não é aumentada, mesmo quando existe um gradiente de concentração mais
acentuado, pois não é função da concentração. O que é realmente maior é o fluxo.
Finalmente, a mistura completa ocorre. Antes deste ponto no tempo, uma variação
gradual na concentração de A ocorre ao longo do eixo, designado x, o qual une os
compartimentos originais. Esta variação, expressa matematicamente -dCA/dx, onde CA é
a concentração de A. O sinal negativo surge porque a concentração de A diminui à
medida que a distância x aumenta. Similarmente, a variação na concentração de gás B é
-dCB/dx. A taxa de difusão de A, NA, depende do gradiente de concentração a a
velocidade média com a qual as moléculas de A movem-se na direção x. Esta relação é
expressa pela lei de Fick
[editar] Referências
1. ↑ Maton, Anthea. Cells Building Blocks of Life. Upper Saddle River, New
Jersey: Prentice Hall, 1997. 66–67 p.
2. ↑ D. Brogioli and A. Vailati, Diffusive mass transfer by nonequilibrium
fluctuations: Fick's law revisited, Phys. Rev. E 63, 012105/1-4 (2001)
• Maxwell, J. C.: Illustrations of the Dynamical Theory of Gases, Phil. Mag., 19,
19-32, 20,21-
37, 1860.
1867.
• Kestin, J.; Knierim, K.; Mason, E. A.; Najafi, B.; Ro, S. T.; Waldman, M.:
Equilibrium and Transport Properties of the Noble Gases and Their Mixtures at
Low Density, J. Phys. Chem. Ref. Data, 13, 229-303, 1984.
• Peter W. Atkins: Physikalische Chemie. Wiley-VCH, ISBN 3-527-30236-0.
• Reinecke, S.; Kremer, G. M.: Transport Coeficients for Monatomic Gases
According to a Lennard-Jones 6-12 Potential, J. Non-Equilib. Thermodyn., 20,
183-189, 1995.
• E. L. Cussler: Diffusion – Mass Transfer in Fluid Systems. Cambridge
University Press, Cambridge, New York 1997, ISBN 0-521-56477-8.
• J. Crank: The Mathematics of Diffusion. Oxford University Press, 1980, ISBN 0-
19-853411-6.
• P. Heitjans, J. Kärger (Hrsg.): Diffusion in Condensed Matter – Methods,
Materials, Models. Springer, Berlin 2005, ISBN 978-3-540-20043-7.
• W. Jost: Diffusion in solids, liquids, gases. 6. Auflage. Academic Press, New
York 1970.
• H. J. V. Tyrell, K. R. Harris: Diffusion in Liquids. Butterworth, London 1984.