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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO

UNIDADE ACADÊMICA DE SERRA TALHADA

LICENCIATURA EM QUÍMICA

FÍSICO-QUÍMICA EXPERIMENTAL 2

TESTES DE POSSÍVEIS CÉLULAS OSMÓTICAS

Discentes: Andresa Vitória Alves Leal de Souza

Isadora Cavalcante Josino

Maria Clara Santiago da Silva

SERRA TALHADA

12/12/2023
ANDRESA VITÓRIA ALVES LEAL DE SOUZA

ISADORA CAVALCANTE JOSINO

MARIA CLARA SANTIAGO DA SILVA

TESTES DE POSSÍVEIS CÉLULAS OSMÓTICAS

Trabalho apresentado à disciplina de Físico-Química


Experimental 2, como parte dos requisitos para obtenção
da nota da Primeira Verificação de Aprendizagem no
período letivo 2023.1

Docente: Dr. Antônio Carlos

SERRA TALHADA

12/12/2023
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Data: 28/11/2023

Horário: 19:00 às 20:10

Temperatura: 30 °C ou 303,15 K

Pressão: 1015h Pa

Introdução
As propriedades coligativas são aquelas denominadas enquanto dependentes somente
das quantidades relativas entre o número de moléculas de soluto, independente de sua natureza
química, em uma determinada quantidade de solvente (ATKINS; JONES, 2006). Estas são
especificadas em quatro propriedades físicas características de soluções diluídas, o abaixamento
da pressão de vapor, o aumento do ponto de ebulição, o abaixamento crioscópico e a pressão
osmótica (RAYMOND, 2008; SANTOS, 2002).
No processo osmótico, o solvente sempre se move no sentido da solução com maior
concentração de soluto (BROWN; LEMAY; BURSTEN, 2005), atravessando uma membrana
de permeabilidade seletiva. Essas membranas, ditas semipermeáveis (sejam biológicas ou
sintéticas), permitem que moléculas de solventes as atravessem e impedem outros tipos de
moléculas, normalmente sólidos dissolvidos ou não na solução. Nesse sentido, o solvente passa
pela membrana semipermeável saindo da solução mais diluída (maior quantidade de solvente e
menor quantidade de soluto) para a solução mais concentrada (maior quantidade de soluto em
relação ao solvente).
Sempre que houver diferença de concentração entre o meio externo e o interno da célula,
a água se moverá da região menos concentrada para a mais concentrada naturalmente. Assim,
podemos classificar as regiões de acordo com o tipo de solução encontrado nelas. Conforme
Chang (2010a), a região conhecida como hipertônica é aquela que contém a solução mais
concentrada, enquanto aquela que contém a solução menos concentrada é chamada de
hipotônica. Já quando ambos os lados da membrana se encontram com soluções com a mesma
concentração, chamamos ambas as soluções isotônicas.
Atkins (2007), relata que a tonicidade é a capacidade de uma solução de causar a
movimentação de água através de uma membrana semipermeável em resposta à diferença de
concentração de solutos entre dois meios.
Resumidamente entende-se que a osmose é o fenômeno físico pelo qual a água se move
através da membrana celular em resposta a gradientes de concentração de solutos. Já a
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tonicidade, por outro lado, descreve o efeito resultante dessa osmose nas células, influenciando
seu volume e estado. Portanto, a tonicidade está diretamente relacionada à osmose e à diferença
de concentração de solutos entre o ambiente externo e o citoplasma celular.

Objetivo

● Montar células osmóticas com membranas e testar as mesmas.

Resultado e discussão

Foi iniciado o experimento pesando a sacarose em uma balança analítica com o auxílio
de um béquer, a massa da sacarose foi 5,003g. Em seguida, foi adicionado 20 mL de água
destilada e foi dissolvido completamente. Depois, utilizando um conta gotas, foi escoado uma
gota da solução no refratômetro para análise e foi observado que estourou, necessitando de uma
nova diluição, dessa forma, foi adicionado mais 10 mL na solução e foi homogeneizado.
Posteriormente, com a pipeta de pasteur, foi escoada uma gota da solução no refratômetro e foi
analisada, novamente, foi observado que a solução ainda necessitava de uma nova diluição,
visto que, pelo refratômetro estava estourado. Em seguida, foi adicionado mais 10 mL da água
destilada na solução e foi novamente homogeneizado. Depois, foi utilizado a mesma pipeta de
pasteur e foi escoada uma gota da solução no refratômetro e foi observado que a solução chegou
em 1.063 Brix.
A análise da solução de sacarose foi feita para que pudesse ser utilizada na membrana
do tipo tubo, para analisar a osmose e tonicidade da solução. Utilizando uma proveta de 25 mL,
foi adicionado 25 mL da solução de sacarose e transferido para a membrana e amarrando a
mesma para que não houvesse vazamento. Posteriormente, foi adicionado a membrana com a
solução em uma proveta de 50 mL e adicionado água destilada na proveta, e observado se a
sacarose iria ter fluxo fora da membrana, por meio da osmose.
Utilizando uma segunda membrana do tipo tubo, foi adicionado 25 mL de HCl com o
auxílio de uma proveta de 25 mL na membrana, amarrando-a para que não ocorresse
vazamento. Em seguida, foi adicionado a membrana em uma proveta de 50 mL, da mesma
forma que a primeira membrana foi, e foi observado o processo de osmose e tonicidade.
Foi deixado as duas membranas nas suas respectivas provetas por um tempo e após isso
foi feita a análise da água destilada que estava com a membrana de sacarose e da água destilada
que estava com a membrana do HCl.
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Com o auxílio de uma pipeta de pasteur, foi escoada uma gota da água que continha a
membrana de HCl em um tubo de ensaio. Posteriormente, adicionando duas gotas de nitrato de
prata no mesmo tubo, foi observado que precipitou. Dessa forma, a formação do precipitado de
AgCl ao adicionar nitrato de prata indica a presença de íons cloreto na água, sugerindo que o
HCl passou da membrana para a água destilada. Pois os íons cloreto, provenientes do HCl,
reagiriam com íons prata para formar um precipitado insolúvel.
Como uma membrana semipermeável é aquela que contém poros ou orifícios, de
tamanho molecular. O tamanho dos poros é minúsculo, permitindo a passagem de moléculas
pequenas, mas não de moléculas grandes, normalmente do tamanho de mícrons. Portanto, como
as moléculas de HCl são muito pequenas, é por isso que ocorreu o fenômeno da osmose já que
esse fenômeno ocorre quando coloca se duas substâncias em contato através de uma membrana
semipermeável, resultando na difusão (corresponde ao movimento das partículas do lado mais
concentrado para o menos) de uma substância para outra de forma espontânea.
Fazendo o mesmo processo para a solução da sacarose, foi escoada uma gota da água
que continha a membrana da sacarose no refratômetro e foi analisando. Foi observado que não
houve alteração. A sacarose é uma molécula grande e polar, o que significa que ela não
consegue passar facilmente através das membranas celulares ou semipermeáveis, como no caso
da membrana que foi utilizada no experimento. Portanto, a falta de alteração no refratômetro
ao analisar a água que continha a membrana da sacarose sugere que a sacarose não passou para
a água destilada. Como a sacarose é grande demais para passar pela membrana, a água se
moverá para o lado da solução de sacarose para tentar equilibrar a concentração de solutos. Isso
faz com que a água se acumule ao redor da solução de sacarose, mas a sacarose em si não passa
para a água destilada, devido ao tamanho das suas moléculas. Pois as propriedades não iônicas
da sacarose, que não reagem para formar íons ou precipitados visíveis no processo experimental
realizado.
Como já foi falado antes, o que faz com que ocorra a passagem de uma substância para
a outra de forma espontânea é o tamanho das partículas moleculares em relação ao tamanho dos
poros, então como não ocorreu a passagem de sacarose significa que suas moléculas são maiores
que os poros e consequentemente as moléculas de sacarose é maior que a de HCl, por isso não
ocorreu osmose nesta membrana.

Conclusão
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Na primeira membrana pode se considerar que o objetivo do experimento ocorreu com


sucesso já que ocorreu a osmose sendo assim esta membrana é uma célula osmótica. Já na
segunda membrana o resultado desejado não foi obtido no experimento pois não ocorreu a
passagem de moléculas de sacarose para o outro lado, e o objetivo era ver se correria a osmose
na mesma.

Referências Bibliográficas
ATKINS, P.; JONES, L. Princípios de Química: questionando a vida moderna e o meio
ambiente. Tradução: Ricardo Bicca de Alencastro. 3. ed. Porto Alegre: Bookman, 2006
ATKINS, Pedro. Físico-Química - Fundamentos, 6ª edição . Grupo GEN, 2017. E-book.
ISBN 9788521634577.
BROWN, T. L.; LEMAY JR., H. E.; BURSTEN, B. E. Química: a ciência central. 9. ed. São
Paulo: Pearson Prentice Hall, p. 466, 2005.
CHANG, R. Físico-química para as ciências químicas e biológicas. 3. ed. Porto Alegre:
AMGH, 2010.
RAYMOND, C. Físico-química: para as ciências químicas e biológicas. Tradução: Elizabeth
P. G. Arêas e Fernando R. Ornellas. 3. ed. São Paulo: McGraw-Hil, 2008.

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