Você está na página 1de 15

Processos de Difusão (Simples e Facilitada)

Difusão » Processo que consiste no movimento das moléculas do meio de


maior concentração, para o meio de menor concentração (a favor do
gradiente de concentração).

Este processo termina após se atingir um equilíbrio de concentrações


entre os dois meios.

A difusão corresponde a um transporte passivo, uma vez que ocorre


devido à agitação térmica das partículas, não sendo necessário gastar
energia metabólica para que este ocorra.

Tipos de Difusão que ocorrem através da membrana:

- Difusão Simples (transporte não mediado):

· Movimento de partículas diretamente através da bicamada


fosfolipídica;

· Não existe qualquer intervenção de proteínas transportadoras, uma


vez que o movimento se realiza através de uma membrana permeável.

*Moléculas apolares e de pequenas dimensões conseguem atravessar a bicamada


fosfolipídica por DS.

- Difusão Facilitada (transporte mediado):

· Movimento de partículas através de proteínas membranares (intrínsecas);

· Ocorre através de permeases (enzimas) ou canais (canais porinas ou canais


iónicos);

*Moléculas polares (a.a. e glicose) e alguns iões (K + e Na+) atravessam a bicamada


fosfolipídica por DF.

Processo de Difusão Facilitada através de permeases:

1) ligação da molécula a transportar (substrato) à permease;


2) alteração da forma da permease, o que permite a
passagem da molécula através da membrana e a
sua separação da permease;

3) regresso da permease à sua forma


original, estando pronta para realizar
todo o processo novamente.

» Quando todas as permeases se encontram ocupadas a velocidade de


transporte estabiliza.

Processo de Difusão Facilitada através de canais (porinas ou iónicos):

No transporte mediado por canais, quando estes se encontram abertos, o


soluto passa de um meio para o outro meio da membrana, estando
dependente de diversos tipos de estímulos, responsáveis pela abertura e pelo
fecho destes canais.

Processo de Osmose (Difusão da Molécula de H2O)

Osmose » Processo particular de difusão, que se refere ao deslocamento da


água através de uma membrana semipermeável, como é o caso da membrana
celular. Este movimento ocorre de acordo com o gradiente de concentração
de H2O, isto é, do meio onde existe maior quantidade de água para o meio
onde existe menor quantidade de água, até se atingir um equilíbrio.

Este movimento pode realizar-se diretamente através da bicamada


fosfolipídica, mas pode também efetuar-se através de canais designados
aquaporinas. Estes canais aumentam exponencialmente a taxa de difusão da
água através da membrana.

Este processo depende da quantidade de moléculas de H 2O, assim como da


concentração de soluto.

Pressão Osmótica:

- Pressão que deve ser exercida sobre uma membrana para evitar que a
osmose ocorra.

Potencial Hídrico:

- Capacidade da molécula de H2O de se movimentar (energia livre da água);

- Apresenta uma componente hidrostática (pressão) + componente osmótica.


Tipos de Meios (em função da concentração de soluto)

- Meio Hipertónico » Maior concentração de soluto

- Meio Isotónico » Igual concentração de soluto

- Meio Hipotónico » Menor concentração de soluto

A água desloca-se do Meio Hipotónico --» Meio Hipertónico

Conclusão:

Quanto mais concentrada for uma solução, maior será a pressão osmótica,
uma vez que a água terá maior tendência para se difundir, e menor será o
potencial hídrico, pois essa solução encontrar-se-á com uma elevada
quantidade de soluto e a água não terá muita liberdade para se movimentar.

O movimento da água através da membrana citoplasmática provoca variações


de volume das células, quando estas são colocadas num meio com diferente
concentração de soluto.

Se foram colocadas num Meio Hipotónico (reduzida quantidade de soluto):

- Movimento da água para dentro da célula;

- Identifica-se um aumento do volume da célula;

- A célula encontra-se túrgida.

Se foram colocadas num Meio Hipertónico

- Movimento da água para fora da célula;

- Identifica-se uma diminuição do volume da célula;

- A célula encontra-se plasmolisada.

Transporte Ativo
Transporte Ativo:

- Movimento de partículas contra o gradiente de concentração;

- Implica gasto energia metabólica (ATP).

ATP + H2O ----Hidrólise----» ADP + P + Energia (utilizada nas reações metabólicas)


Processos de Endocitose e Exocitose:

- Endocitose:

· Transporte de macromoléculas ou partículas de menores


dimensões, do exterior para o interior da célula, em vesículas
formadas pela membrana citoplasmática.

Ex: Fagocitose, Pinocitose e Endocitose Mediada por Recetores.

- Exocitose:

· Transporte de resíduos, armazenados em vesículas, para o


meio extracelular;

· Processo fundamental para a célula se livrar de resíduos não


necessários à mesma.

Fotossíntese

A fotossíntese é o processo pelo qual os seres autotróficos


fotossintéticos produzem matéria orgânica. É um processo anabólico
(formação de moléculas complexas, através de moléculas mais simples)
que ocorre nos cloroplastos. Na fotossíntese as moléculas de oxigénio
da água são reduzidas, e depois oxidadas (oxidação-redução).
A fotossíntese ocorre em duas fases:
● Fase Fotoquímica
● Fase Química
Captação de energia luminosa:
A clorofila é um pigmento de cor verde, sintetizado pelas moléculas dos
seres fotossintéticos, fundamental para a captação da energia luminosa.
Mas este não é o único pigmento presente nos cloroplastos.

Numa experiência, verificou-se que as bactérias aeróbias se


concentravam mais nas zonas onde incidia o azul-violeta e o vermelho-
alaranjado, indicando que existe uma maior produção de oxigénio
nessas zonas.
Permitindo concluir que essas zonas do espectro são mais eficazes
para o processo fotossintético (maior taxa fotossintética).
A taxa de fotossíntese é muito baixa na região do verde uma vez que os
pigmentos fotossintéticos refletem a luz verde.

Fase fotoquímica:
Etapa em que ocorrem reações que dependem diretamente da luz nas
membranas dos tilacóides. A energia luminosa, captada pelos
pigmentos fotossintéticos, permite produzir moléculas de ATP e
NADPH, consumindo-se H2O e libertando-se O2.

1º- A energia proveniente da luz é encaminhada até à clorofila a. Os


eletrões são transferidos da clorofila a (que é oxidada) para uma
molécula adjacente (que é reduzida), iniciando um fluxo de eletrões que
se propaga por uma série de proteínas dispostas na membrana do
tilacóide.

2º- A molécula de água é oxidada. Os eletrões removidos da água são


transferidos para a clorofila a oxidada, permitindo a sua redução. A
oxidação da molécula de água conduz à formação de O2 que é
libertado para a atmosfera.

3º- A energia dos eletrões provenientes da clorofila a é utilizada para


transportar protões, para o interior dos tilacóides, de forma ativa, através
de proteínas bombeadoras.

4º- A luz dá um novo impulso ao transporte de eletrões.

5º- Dois eletrões e um H são transferidos para o NADP, que se converte


em NADPH.

6º- O gradiente de protões é usado para gerar ATP. O movimento de


protões através da ATPsintase, para o exterior do tilacóide, permite
catalisar (acelerar) a síntese de moléculas de ATP.

Fase química:
Etapa que ocorre no estroma do cloroplasto. As moléculas produzidas
na fase fotoquímica (ATP e NADPH), juntamente com o CO2 captado,
permitem a produção de compostos orgânicos.

1º- Fixação do carbono (CO2 combina-se com RuDP por ação da


enzima rubisco, originando PGA).
2º- Redução e produção de glícidos (O PGA é fosforilado e reduzido a
PGAL, requerendo energia do ATP e poder redutor do NADPH. 1/6 das
moléculas de PGAL são removidos do ciclo para formar glícidos e
outros compostos orgânicos).

3º- Regeneração da RuDP (As moléculas de PGAL restantes são


usadas para formar RuMP, que após ser fosforilada é convertida em
RuDP).

Transporte nas plantas

O transporte de substâncias nas plantas compreende fenómenos de


absorção, a nível radicular, de água e sais minerais e o seu transporte
até às folhas, e também distribuição de compostos orgânicos. As trocas
gasosas ocorrem ao nível dos estomas.

O transporte de água e sais minerais desde a raiz até às folhas é


assegurado pelo xilema (vaso maior). Já o movimento de água e
solutos orgânicos resultantes da fotossíntese, que se deslocam,
essencialmente, das folhas para os outros órgãos da planta, é efetuado
pelo floema (vaso mais pequeno).
Absorção de água e de sais minerais pela raiz:

Tendencialmente, os sais minerais presentes no solo entram para as


células da raiz por transporte ativo. Este movimento de sais minerais
cria um gradiente osmótico que leva à entrada de água por osmose
desde o solo até aos vasos xilémicos existentes no interior da raiz.

Transporte no xilema:
Após a absorção radicular, a água e os sais minerais que entram no
xilema constituem seiva bruta, ou seiva xilémica, a qual sofre um fluxo
ascendente em direção às folhas.
A quantidade de água que uma planta perde está relacionada com a
quantidade de água absorvida pelo sistema radicular e varia ao longo do
dia.

Hipótese da pressão radicular:


Baseia-se na ocorrência de forças osmóticas que causam uma pressão
ao nível da raiz . O transporte ativo de sais minerais para a raiz provoca
a entrada de água. A acumulação de água nos tecidos radiculares gera
uma pressão positiva na raiz que força a seiva bruta a subir no xilema.

A acumulação de água em excesso na margem das folhas denomina-se


de gutação. Isto acontece pois acumula-se mais água nas folhas do
que a que sai por transpiração.
A saída de água em zonas onde foram efetuados cortes denomina-se
de exsudação.

Hipótese da tensão-coesão adesão:


A perda de água por transpiração na folha, através dos estomas, cria
um potencial hídrico, ou seja, aumenta a pressão osmótica, originando
uma força de tensão nas células do mesófilo.

A coluna de água mantém se continua no xilema devido às forças de


coesão (ligações entre as moléculas de água) e de adesão (ligação
entre as moléculas de água e as paredes do tubo).

A ascensão do xilema cria um défice de água nas células da raiz.

Transporte no floema:
O floema transporta a seiva elaborada, ou floémica, constituída por
água e produtos orgânicos. O principal soluto da seiva floémica é a
sacarose, o que lhe confere uma certa viscosidade. A seiva floémica
pode ainda conter outros açúcares, aminoácidos, nucleotídos, hormonas
e sais minerais.

Hipótese de pressão, ou fluxo de massa:


Transporte nos animais

Sistemas de transporte:
Hemocélio- Conjunto de lacunas, para as quais os vasos
transportadores drenam o líquido circulante.

Hemolinfa- Líquido circulante que banha diretamente as células,


fornecendo-lhes nutrientes e recebendo produtos de excreção.
Denomina-se de hemolinfa, pois não há distinção entre o líquido que
circula nos vasos sanguíneos (sangue) e o líquido que banha as células
(linfa)

Linfa- Constituída por plasma e leucócitos

Sangue- Constituído por plasma, hemácias, leucócitos e plaquetas.

Sistema circulatório aberto- A hemolinfa abandona os vasos


sanguíneos e conecta diretamente com as células.

Sistema circulatório fechado- O líquido circulante denomina-se


sangue e, em condições normais, nunca abandona os vasos
sanguíneos. As trocas de substância realizam-se entre o sangue dos
capilares e o líquido que banha as células (linfa intersticial).

Circulação simples (Coração com 2 cavidades)- Os sistemas


fechados podem apresentar uma circulação em circuito simples. O
sangue só passa uma vez no coração.

Circulação dupla- Os sistemas fechados também podem apresentar


uma circulação em dois circuitos. O sangue passa duas vezes pelo
coração em cada circuito corporal. As circulações duplas em que o
sangue arterial (Rico em O2) é parcialmente misturado com o sangue
venoso (Pobre em O2) dizem-se incompletas (coração com 3
cavidades). Se houver total separação destes dois tipos de sangue, as
circulações duplas chamam-se completas (coração com 4 cavidades).

Obtenção de energia

Metabolismo celular:

Anabolismo- Reações metabólicas em que ocorre formação de


moléculas mais complexas a partir de moléculas mais simples,
ocorrendo consumo de energia.
Catabolismo- Reações metabólicas em que os compostos orgânicos
são degradados em moléculas mais simples, ocorrendo libertação de
energia.

Reações endoenergéticas- Há consumo de energia, isto é, os


produtos de reação possuem maior energia potencial do que os
reagentes.

Reações exoenergéticas- Há libertação de energia, isto é, os produtos


da reação possuem menor quantidade de energia potencial do que os
reagentes.

Existem diversas vias catabólicas capazes de transferir a energia


contida nos compostos orgânicos para moléculas de ATP. Nestas vias,
intervêm compostos (como o NAD) que são transportadores de elétrons
e H, desde o substrato oxidado até um aceitador final.

Respiração- Se o aceitador final de elétrões for uma molécula,


geralmente inorgânica, como o O2, o conjunto dessas reações designa-
se respiração.

Fermentação- Se o aceitador final de eletrões for uma molécula


orgânica, que deriva do substrato inicial, o processo é designado
fermentação.

Respiração Aeróbia:
A respiração aeróbia pode ser dividida em quatro etapas:
● Glicólise
● Oxidação do piruvato (Formação de Acetil Coenzima A)
● Ciclo de krebs
● Fosforilação oxidativa

Glicólise:
Esta etapa tem lugar no citoplasma, e divide-se em duas fases:
Fase de investimento energético:
● São consumidas duas moléculas de ATP
● Ocorre desdobramento da glicólise em duas moléculas de PGAL.

Fase de rendimento:
● O PGAL é oxidado, perdendo dois H, utilizados para reduzir o
NAD+, a NADH + H+
● Formam-se 4 moléculas de ATP.
● Formam-se duas moléculas de ácido pirúvico.

No final resultam:
● 2 NADH
● 2 Ácido pirúvico
● 2 ATP

Formação de Acetil Coenzima A:


Na presença de oxigénio, o ácido pirúvico entra na mitocôndria,
através de uma proteína transportadora, onde é descarboxilado e
oxidado. O composto formado por dois átomos de Carbono liga-se à
Coenzima AS, formando-se acetil coenzima A.

Ciclo de Krebs:
Estas reações ocorrem na matriz da mitocôndria. Cada molécula de
glicose conduz à formação de 2 moléculas de ácido pirúvico, as quais
originam 2 moléculas de acetil-coenzima A, que iniciam dois ciclos de
krebs, formando-se ácido cítrico.

Assim, por cada molécula de glicose degradada, forma-se no ciclo de


Krebs:
● 6 NADH
● 2 FADH2
● 2 ATP
● 4 CO2

Fosforilação oxidativa:
As moléculas de NADH e FADH2 transportam elétrons que vão, agora,
percorrer uma série de complexos proteicos, até serem captadas por um
aceitador final - o oxigénio. Estas moléculas constituem a cadeia
respiratória e encontram-se distribuídas na membrana interna das
mitocôndrias.

Fermentação:
A fermentação ocorre no citoplasma das células e compreende duas
etapas:
● Glicólise
● Redução de ácido pirúvico

Você também pode gostar