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TEÓRICA E EXPERIMENTAL I
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 4
8.3 Hidrogênio........................................................................................................... 65
8.5 Nitrogênio............................................................................................................ 67
Prezado aluno,
Bons estudos!
1 TEORIA ATÔMICA
Com base na teoria dos átomos de Dalton, um átomo pode ser definido como
a unidade básica de um elemento que pode formar compostos. Dalton imaginou um
átomo indivisível e muito pequeno. No entanto, vários estudos que começaram na
década de 1850, e continuaram no século XX, mostraram que os átomos realmente
têm estruturas internas. Ou seja, são formados por partículas ainda menores
chamadas partículas subatômicas. A pesquisa encontrou três dessas partículas:
elétrons, prótons e nêutrons.
O elétron
O próton e o núcleo
No início do século XX, duas propriedades do átomo tornaram-se claras: eles
continham elétrons e eram eletricamente neutros. Para manter a eletroneutralidade,
um átomo deve conter um número igual de cargas positivas e negativas. Assim,
Thomson propôs que um átomo poderia ser pensado como uma substância esférica
uniforme com carga positiva, embebida em elétrons, como passas em um bolo. Este
chamado modelo de "pudim de passas" tem sido a norma por muitos anos (CHANG;
GOLDSBY, 2013).
Em 1910, o físico neozelandês Ernest Rutherford, aluno de Thomson na
Universidade de Cambridge, decidiu usar partículas para estudar a estrutura dos
átomos. Rutherford, juntamente com o colega Hans Geiger e um aluno chamado
Ernest Marsden,11 conduziu uma série de experimentos usando camadas muito finas
de ouro e outros metais como alvos para partículas de uma fonte radioativa (Figura
3). Eles observaram que a maioria das partículas entrava no chute com pouca ou
nenhuma deflexão. No entanto, as partículas podem ser difratadas (ou desviadas) em
grandes ângulos. Em alguns casos, as partículas foram lançadas de volta na direção
de onde vieram.
Esta foi uma descoberta surpreendente porque no modelo de Thomson as
cargas positivas nos átomos eram tão difusas que as partículas positivas deveriam
passar pela folha quase inalteradas. Cito a reação inicial de Rutherford ao saber dessa
descoberta: "Foi simplesmente inacreditável. Foi como se tivéssemos disparado uma
bala de 15 polegadas em um lenço de papel e ela voltasse e nos acertasse" (CHANG;
GOLDSBY, 2013).
Figura 3 - Experimento de Ernest Rutherford (a) esquema dos aparelhos usados (b)
uma visão ampliada das partículas
O nêutron
Figura 6 - Geometrias moleculares (a) geometria linear, 𝐴𝐵2 ; (b) geometria angular,
𝐴𝐵2 ; (c) geometria trigonal, 𝐴𝐵3 ; (d) geometria piramidal, 𝐴𝐵3 .
Grande maioria das moléculas dos tipos 𝐴𝐵𝑛 podem ser classificadas em apenas
cinco formas geométricas básicas. Todas são arranjos altamente simétricos dos n
átomos de B em volta do átomo central A. Veremos as primeiras três formas: linear,
trigonal planar e tetraédrica (Figura 4). A forma bipiramidal trigonal para 𝐴𝐵5 pode ser
imaginado como uma trigonal plana com dois átomos adicionais, um acima e um
abaixo do plano triangular. A forma octaédrica para fórmulas 𝐴𝐵6 tem todos os seis
átomos de B a uma distância igual do átomo central A (Figura 5), com ângulo de 90°
𝐵 − 𝐴 − 𝐵 (ATKINS; JONES, 2006)
Fonte: shre.ink/nK65
Fonte: shre.ink/nK6d
Nela vemos duas ligações simples e dois pares de elétrons não ligantes. Pode-se
concluir, portanto, que os pares de elétrons se organizam deste modo para diminuir a
repulsão existente nesta molécula, uma vez que existe dois pares de elétrons não
ligantes na molécula.
Conform Brown, et al. (2016), no âmbito da teoria VSEPR (Repulsão dos Pares
Eletrônicos da Camada de Valência), é necessário inicialmente proceder com a
elaboração da estrutura de Lewis para a molécula ou íon em questão, seguida pela
contagem do número de domínios eletrônicos que cercam o átomo central. Cada par
de elétrons não ligantes, bem como cada ligação simples, dupla ou tripla, deve ser
considerado como um domínio eletrônico individual. A determinação da geometria do
domínio eletrônico requer a disposição desses domínios ao redor do átomo central de
modo a minimizar as repulsões intereletrônicas. A utilização da disposição dos átomos
ligados ao átomo central é, então, essencial para a determinação subsequente da
geometria molecular.
Exemplo de molécula de fosfina - 𝐻3 𝑃.
Para facilitar a etapa 2, descrita acima, usamos a Erro! Fonte de referência não e
ncontrada. para determinar a configuração inicial dos domínios eletrônicos e a
geometria deste domínio.
2 Linear 180°
3 Trigonal planar 120°
4 Tetraédrica 109,5°
Bipiramidal
5 120°/90°
trigonal
6 Octaédrica 90°
Vimos que o átomo de B em BF3 tem hibridização sp2. O orbital vazio e não
hibridizado 2pz aceita o par de elétrons do NH3. Assim, conforme a definição de Lewis,
BF3 funciona como ácido, apesar de não conter um próton ionizável. Note que se
forma uma ligação covalente coordenada entre os átomos de B e N (CHANG;
GOLDSBY, 2013).
Outro ácido de Lewis que contém boro é o ácido bórico (H3BO3) (Figura 2). O
ácido bórico (um ácido fraco usado como colírio) é um oxiácido com a seguinte
estrutura (ATKINS; JONES, 2006):
O ácido bórico não se ioniza em água para produzir o íon H. A sua reação com
água é:
𝐵(𝑂𝐻)3 (𝑎𝑞) + 𝐻2 𝑂(𝑙) ⇋ 𝐵(𝑂𝐻)+ +
4 (𝑎𝑞) + 𝐻 (𝑎𝑞).
pode ser entendida no conceito de Lewis, como se segue: a primeira etapa envolve a
doação de um par de elétrons isolado do átomo de oxigênio da H2O para o átomo de
carbono do CO2. Um orbital do átomo de C fica vazio para acomodar o par isolado por
meio da remoção do par de elétrons da ligação π 𝐶 − 𝑂 . Esses movimentos de
elétrons são indicados por setas curvas em vermelho (CHANG; GOLDSBY, 2013).
Regra do octeto
Passo 4: Vemos que essa estrutura satisfaz a regra do octeto para todos os
átomos de O, mas não para o N. Este está com apenas seis
elétrons. Então, devemos mover um par de elétrons isolados de
um átomo de O terminais de modo que seja formada outra ligação
com o N. Assim, a regra do octeto é também satisfeita para os
átomos de N:
4 TEORIA DA LIGAÇÃO DE VALÊNCIA
Concluímos que a teoria da ligação de valência fornece uma imagem mais clara
da formação da ligação química do que a teoria de Lewis. A teoria da ligação de
valência estabelece que uma molécula estável se forma a partir dos átomos reagentes
quando a energia potencial do sistema atinge um valor mínimo; a teoria de Lewis
ignora as mudanças energéticas que ocorrem durante o processo de formação de
ligações químicas (ATKINS; JONES, 2006).
O princípio do recobrimento de orbitais atômicos é aplicável de maneira
consistente a diversas moléculas diatômicas, não se restringindo apenas ao H2. Esse
conceito é claramente exemplificado na formação de uma molécula estável de F2,
onde os orbitais 2p de dois átomos de flúor, cada um contendo elétrons
desemparelhados, se sobrepõem, resultando numa ligação covalente. De forma
análoga, a molécula de HF se forma através do recobrimento do orbital 1s do
hidrogênio com o orbital 2p do flúor. A Teoria da Ligação de Valência (TLV) analisa
essas interações, considerando variações de energia potencial conforme a distância
entre os átomos participantes da reação. Devido à diversidade de orbitais envolvidos,
é possível compreender por que as energias e comprimentos de ligação podem variar
entre moléculas como H2, F2 e HF. Diferentemente da abordagem de Lewis, que trata
todas as ligações covalentes de maneira uniforme, a TLV nos permite elucidar as
nuances e singularidades de cada ligação, enriquecendo nossa compreensão da
química molecular (ATKINS; JONES, 2006).
Figura 14 - Formação das ligações na molécula de etileno C2H4. (a) vista de topo
das ligações σ; (b) vista lateral mostrando os orbitais 2pz; (c) as interações dos
orbitais formando a ligação π
1
𝑂𝑟𝑑𝑒𝑚 𝑑𝑒 𝑙𝑖𝑔𝑎çã𝑜 = (𝑛° 𝑑𝑒 𝑒𝑙é𝑡𝑟𝑜𝑛𝑠 𝑒𝑚 𝑂𝑀 𝑙𝑖𝑔𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 − 𝑛° 𝑑𝑒 𝑒𝑙é𝑡𝑟𝑜𝑛𝑠 𝑒𝑚 𝑂𝑀 𝑎𝑛𝑡𝑖𝑙𝑖𝑔𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠)
2
∗ ∗ ∗ ∗ ∗
𝜎1𝑠 < 𝜎1𝑠 < 𝜎2𝑠 < 𝜎2𝑠 < 𝜋2𝑝𝑦 = 𝜋2𝑝𝑧 < 𝜎2𝑝𝑥 < 𝜋2𝑝𝑦
= 𝜋2𝑝𝑧
< 𝜎2𝑝𝑥
O2 e o F2 e nessa molécula o orbital 𝜎2𝑝𝑥 fica com energia inferior a dos orbitais
𝜋2𝑝𝑦 𝜋2𝑝𝑧 (CHANG; GOLDSBY, 2013).
Considerando esses conceitos e recorrendo à Figura 2, que mostra a ordem
crescente de energia para os orbitais moleculares 2p, podemos escrever as
configurações eletrônicas e prever as propriedades magnéticas e as ordens de ligação
das moléculas diatômicas homonucleares de elementos do segundo período
(CHANG; GOLDSBY, 2013).
Essa estrutura é insatisfatória, pelo menos por duas razões. Em primeiro lugar,
implica a presença de uma ligação covalente simples, mas os resultados
experimentais dão forte evidência da existência de uma ligação dupla na molécula.
Em segundo lugar, existem sete elétrons de valência ao redor de cada átomo de
oxigênio, o que viola a regra do octeto.
A configuração eletrônica do O no estado fundamental é 1s2 2s2 2p4: portanto
há 16 elétrons na molécula de O2. Seguindo a ordem crescente de energia dos orbitais
moleculares, podemos escrever a configuração eletrônica da molécula de O2 no
estado fundamental como (CHANG; GOLDSBY, 2013):
2 2 2 1 1
∗ )2 (𝜎 )2 (𝜎 ∗ )2
(𝜎1𝑠 )2 (𝜎1𝑠 ∗ ∗
2𝑠 2𝑠 (𝜎2𝑝𝑥 ) (𝜋2𝑝𝑦 ) (𝜋2𝑝𝑧 ) (𝜋2𝑝𝑦 ) (𝜋2𝑝𝑧 )
De acordo com a regra de Hund, os últimos dois elétrons entram nos orbitais
∗ ∗
𝜋2𝑝𝑦
e 𝜋2𝑝𝑧
com spins paralelos. Se ignorarmos os orbitais 𝜎1𝑠 e 𝜎2𝑠 (porque seus
Ψ = cA Ψ𝐴 + 𝑐𝐵
7.3 Cor
Δ = ℎ𝜈
Também
𝑐
𝜈=
𝜆
Onde c é a velocidade da luz e λ é o comprimento de onda. Portanto,
Está é a energia necessária para excitar um íon [Ti(H2O)6]3+. Para exprimir esta
diferença de energia nas unidades mais convenientes de quilojoules por mol,
escrevemos:
Com o auxílio dos dados espectroscópicos para uma série de complexos, todos
com o mesmo íon metálico mais ligantes diferentes, os químicos calcularam o
desdobramento cristalino para cada ligante e estabeleceram a série espectroquímica,
que é uma lista de ligantes dispostos em ordem crescente da sua capacidade de
desdobrar os níveis de energia dos orbitais d:
𝐼 − < 𝐵𝑟 − < 𝐶𝑙− < 𝐹 − < 𝐻2 𝑂 < 𝑁𝐻3 < 𝑒𝑛 < 𝐶𝑁 − < 𝐶𝑂
Esta reação pode parecer estranha dado que o potássio é um agente redutor
mais forte que o sódio (Tabela 1). No entanto, o potássio tem um ponto de ebulição
mais baixo (770°C) do que o sódio (892°C), sendo por isso mais volátil a 892°C e
destilado mais facilmente. De acordo com o princípio de Le Châtelier, a remoção
constante do vapor de potássio desloca o equilíbrio da esquerda para a direita,
garantindo a recuperação do potássio metálico (CHANG; GOLDSBY, 2013).
Tanto o sódio como o potássio são extremamente reativos, mas o sódio é o
mais reativo dos dois. Ambos reagem com água para formar os hidróxidos
correspondentes. Na presença de pequenas quantidades de oxigênio, o sódio entre
em combustão para formar óxido de sódio (Na2O). No entanto, na presença de
excesso de oxigênio, o sódio forma o peróxido amarelo-pálido:
2𝑁𝑎(𝑠) + 𝑂2 (𝑔) → 𝑁𝑎2 𝑂2 (𝑠)
O peróxido de sódio reage com a água dando origem a uma solução alcalina e
peróxido de hidrogênio:
𝑁𝑎2 𝑂2 (𝑠) + 2𝐻2 𝑂(𝑙) → 2𝑁𝑎𝑂𝐻(𝑎𝑞) + 𝐻2 𝑂2 (𝑎𝑞)
Tal como o sódio, o potássio forma o peróxido. Além disso, quando entra em
combustão com o ar, o potássio forma também o superóxido:
𝐾(𝑠) + 𝑂2 (𝑔) → 𝐾𝑂2 (𝑠)
Magnésio
O magnésio é um metal alcalino terroso típico, pois seu hidróxido é uma base
forte (único hidróxido alcalino terroso que não é uma base forte é o Be(OH)2 que é
anfótero). As utilizações mais importantes do magnésio são em ligas (como metal
estrutural leve para proteção catódica), na síntese orgânica e em baterias. O magnésio
é essencial para a vida de plantas e animais, e os íons Mg2+ não são tóxicos. Um
adulto médio ingere cerca de 0,3 g de íons magnésio por dia. O magnésio
desempenha várias funções biológicas importantes, e está presente nos fluidos
intracelular e extracelular. Os íons magnésio são essenciais para o bom
funcionamento de várias enzimas. O magnésio está também presente na clorofila das
plantas verdes, a qual desempenha um importante papel na fotossíntese (CHANG;
GOLDSBY, 2013).
Cálcio
A crosta terrestre contém cerca de 3,4% de cálcio em massa. O cálcio ocorre
na rocha calcária, na calcita, no giz e no mármore sob a forma de CaCO3; na dolomita
sob a forma de CaCO3.MgCO3; no gesso sob a forma de CaSO4.2H2O; e na fluorita
sob a forma de CaF2. O cálcio metálico é obtido por eletrólise do cloreto de cálcio
(CaCl2) fundido.
Quando olhamos para o Grupo 2 no sentido descendente, do berílio para o
bário, observamos um aumento nas propriedades metálicas. Ao contrário do berílio e
do magnésio, o cálcio (tal como o estrôncio e o bário) reage com a água fria para dar
o hidróxido correspondente, embora a velocidade da reação seja muito mais lenta do
que a das reações que envolvem metais alcalinos.
𝐶𝑎(𝑠) + 2𝐻2 𝑂(𝑙) → 𝐶𝑎(𝑂𝐻)2 (𝑎𝑞) + 𝐻2 (𝑔)
Enquanto a cal extinta é obtida por reação da cal viva com água:
𝐶𝑎𝑂(𝑠) + 𝐻2 𝑂(𝑙) → 𝐶𝑎(𝑂𝐻)2 (𝑎𝑞)
8.3 Hidrogênio
8.4 Carbono
8.5 Nitrogênio
O íon nitreto é uma base de Bronsted forte e reage com a água produzindo
amônia e íons hidróxido:
𝑁 3− (𝑎𝑞) + 3𝐻2 𝑂(𝑙) → 𝑁𝐻3 (𝑔) + 3𝑂𝐻 − (𝑎𝑞)
O íon NH2-, conhecido como íon amideto, é uma espécie química que possui
um elétron a mais que a amônia (NH3), resultando em uma carga negativa. É
importante notar que tanto o H+ (próton) quanto o NH2- (amideto) estão solvatados
com moléculas de NH3 (amônia), formando uma interação íon-dipolo. Apesar da baixa
concentração de íons H+ e NH2- na amônia líquida a -50°C, ela pode ainda ser um
solvente conveniente para eletrólitos, especialmente quando se requer um meio
básico ou quando os solutos reagem de forma desfavorável com a água (CHANG;
GOLDSBY, 2013).
8.6 Oxigênio
8.7 Halogênios
BROWN, T., LEMAY, H. J., BURSTEN, B., MURPHY, C., WOODWARD, P., &
STOLTZFUS, M. (2016). Química: a ciência central. Porto Alegre: Pearson.
CHANG, R., & GOLDSBY, K. (2013). Química (11 ed.). Porto Alegre: Bookman.