Você está na página 1de 3

NAME

https://youtu.be/5-fa4IKp5bU?si=g0KskGa5K1Qd7Ntj

DATE
January 28, 2024

DURATION
10m 55s

START OF TRANSCRIPT

[00:00:00] Speaker1
Os modelos atômicos são uma tentativa de compreender melhor a composição da matéria, utilizando o átomo como
sua menor estrutura. Ao longo da história, diversos modelos atômicos foram criados e se tornaram cada vez mais
complexos e robustos, até chegarmos ao que conhecemos hoje como o átomo e que responde muito bem aos
fenômenos observados no nosso dia a dia. Para esse vídeo nós vamos estudar os quatro modelos mais conhecidos
Dalton Thompson, Rutherford e Rutherford Bohr. Construídos de acordo com a tecnologia e avanço científico de suas
épocas. Do que são feitas as coisas. As primeiras respostas para essa pergunta surgiram na Grécia Antiga, sendo
uma dessas respostas defendida por Leucipo e Demócrito, idealizadores da teoria atomística. Imagine uma pedra
sendo cortada ao meio até você chegar numa parte que seria impossível dividir ao meio. A palavra átomo vem do
grego a, que significa não e tomo, que significa divisão. Logo, a palavra átomo significa algo não divisível, sendo esse
nome arrastado pela história ao longo do tempo. Hoje o átomo é muito diferente do que os antigos gregos pensavam.
Definimos átomo como a menor unidade que constitui a matéria. Com ele é possível identificar elementos químicos e
construir tecnologias utilizáveis pelo ser humano, como, por exemplo, a energia nuclear. E tudo isso só foi possível
graças à construção dos modelos atômicos. O avanço da ciência ao longo dos séculos permitiu que, aos poucos,
pudéssemos entender melhor o que era o átomo. Em 1808, o cientista inglês John Dalton propôs um modelo atômico
em que o átomo seria semelhante a uma bola de bilhar.

[00:01:59] Speaker1
Para ele, todas as substâncias são formadas de átomos. Átomos de diferentes elementos têm diferentes
propriedades. E átomos do mesmo elemento são exatamente iguais. Os átomos não se alteram quando formam
componentes químicos, que é o que chamamos atualmente de molécula. Os átomos são permanentes e indivisíveis,
não podendo ser criados nem destruídos. E as reações químicas correspondem a uma reorganização de átomos.
Apesar do modelo da bola de bilhar ser o mais simples de todos, talvez seja o que mais usamos para representar
reações químicas. A eletricidade já era bastante conhecida pelo ser humano, mas foi no fim do século XIX que se
começou a estudar mais sobre a composição dela. Foi com o estudo da eletricidade que foi necessária a proposição
de um novo modelo atômico, já que o modelo atômico de Dalton não explicava os fenômenos das cargas elétricas nos
objetos. Em 1897, o físico inglês Joseph Thomson resolveu estudar os chamados raios catódicos, que são emitidos
pela parte negativa de uma ampola de Crookes. Thomson deduziu que os raios catódicos eram formados por
partículas que possuíam massa e carga negativa. Quando Thomson calculou a razão entre a massa e a carga dessas
partículas, obteve um valor extremamente pequeno, o que o fez concluir que as partículas que compunham os raios
catódicos na verdade estavam presentes em toda a matéria, a qual deu o nome para essas partículas de elétron. Isso
foi confirmado quando Thomson trocou o gás no interior do tubo e percebeu que o valor obtido para a razão era a
mesma.
[00:03:52] Speaker1
A descoberta do elétron como constituinte de toda a matéria foi suficiente para permitir que Thomson construísse um
novo modelo atômico em que dessa vez o átomo continua neutro, mas divisível, formado por uma parte central
positiva, com elétrons anexos à estrutura. Esse modelo é conhecido como modelo do pudim de passas. Ainda no fim
do século XIX, os cientistas estavam bastante interessados em investigar um novo fenômeno descoberto a
radioatividade. Um fenômeno em que elementos químicos conseguem emitir matéria e energia espontaneamente, o
que não era explicável pelo modelo atômico de Thomson. Ernest Rutherford, aluno de Thomson, conduziu um
experimento realizado pela equipe de seu laboratório e o que observaram os deixaram muito chocados. Uma
quantidade de material radioativo foi colocada num compartimento com um pequeno furo de onde era possível deixar
a radiação passar. Essa radiação é conhecida como radiação alfa, que possui carga positiva. Essa radiação
atravessou uma fina folha de ouro que estava no centro de um local onde havia uma tela fluorescente ao redor, e seria
por ela que os cientistas observariam onde a radiação alfa ia parar. Após atravessar a folha, o que era esperado era
que, como o átomo de Thomson é neutro, a partícula alfa passaria a folha de ouro sem sofrer desvios. Mas os
cientistas observaram também pontos luminosos que atravessavam a folha, mas sofriam um desvio e outros pontos
em que nem se chegava a atravessar a folha.

[00:05:34] Speaker1
Rutherford deduziu que a partícula alfa positiva encontrou uma carga positiva na folha e sofreu repulsão, ou encontrou
uma partícula negativa na folha e sofreu a atração, sendo o desvio justificado como consequência do elétron estar em
um movimento e não parado, como dizia o modelo de Thomson. A partícula alfa também poderia não ter encontrado
outra partícula e atravessado diretamente a folha a que Rutherford definiu como um grande vazio existente no átomo
que separa a região positiva da negativa, à qual ele chamou a primeira de núcleo e a segunda de eletrosfera.
Rutherford propôs, em 1911 um modelo atômico semelhante a um modelo planetário como o núcleo estático e positivo
no centro e os elétrons ao redor em movimento com um grande vazio entre eles. Para efeito de comparação, imagine
um estádio de futebol. Se o núcleo estiver no centro do campo, o elétron mais próximo estaria no lado de fora do
estádio, no estacionamento. Ou seja, a distância entre núcleo e eletrosfera é bastante grande. O modelo de
Rutherford, apesar de bem sucedido, ainda estava incompleto se considerarmos o elétron girando ao redor do núcleo.
Estamos falando de uma força atrativa de cargas opostas, o que faria com que, aos poucos, o elétron fosse atraído
para o núcleo, aniquilando a estrutura do átomo. A solução para esse problema ocorreu alguns poucos anos mais
tarde. Em 1913. Niels Bohr, aluno de Rutherford, se utilizou dos poucos conhecimentos da época sobre física quântica
para explicar por que o núcleo não é aniquilado.

[00:07:21] Speaker1
Para Bohr, os elétrons não giram ao acaso, mas descrevem órbitas de energia específica. Quando o elétron recebe
algum estímulo energético, como uma faísca ou calor, este pula para uma órbita maior, voltando depois à sua órbita
original. Durante esse decaimento para a órbita original, o elétron emite a mesma quantidade de energia que recebeu
na forma de luz. Isso significa o porquê dos objetos possuírem cores diferentes por conta de diferentes elétrons,
emitindo diferentes energias na forma de luz. Bohr conseguiu prever para o átomo de hidrogênio a energia de salto
dos elétrons de uma órbita para outra, surgindo assim o modelo atômico de Rutherford Bohr. Bom, é o que sabemos
sobre o átomo atualmente. Em 1919, Rutherford descobriu que o núcleo é formado por partículas subatômicas
positivas, a que ele deu o nome de próton e em 1932, o físico inglês James Chadwick descobriu a existência do
nêutron, que é uma partícula que também existe no interior do núcleo. Tem massa e não tem carga. E é com o
entendimento do núcleo e da eletrosfera que temos a representação do modelo atômico mais utilizado nas aulas de
química. Outras contribuições para entender a composição da matéria envolvem a descoberta dos quarks, que são as
unidades básicas dos prótons e nêutrons e de outras partículas subatômicas, como neutrinos. Como vimos no vídeo
de hoje, verificamos como o modelo atômico é uma construção que propõe justificar a estrutura do átomo de acordo
com a ciência da época. E apesar de sabermos muito atualmente sobre o átomo, quem sabe daqui alguns anos novas
descobertas também mudem nossa visão.
[00:09:14] Speaker1
Vamos fazer uma revisão do que vimos. O primeiro modelo atômico foi o de Dalton, em que o átomo seria semelhante
a uma bola de bilhar indestrutível e indivisível. Por não explicar sobre as cargas elétricas, foi substituído pelo modelo
atômico de Thomson, que descobriu o elétron e o introduziu ao átomo, dividindo o em parte positiva, central e negativa
anexa. Semelhante a um pudim de passas, por não explicar sobre o fenômeno da radioatividade, foi substituído pelo
modelo atômico de Rutherford, que concluiu, após um experimento com uma folha de ouro, que existe um grande
vazio entre a região positiva e central, a qual ele chamou de núcleo, e a parte negativa ao redor à qual ele chamou de
eletrosfera. O problema existente nesse modelo sobre a queda do elétron no núcleo foi corrigido com o modelo
atômico de Rutherford Bohr, em que Bohr corrigiu algumas falhas pontuais no modelo com o uso da física quântica,
inserindo no átomo o conceito de camadas energéticas, sendo esse modelo também conhecido como modelo
quântico. Por fim, o modelo atual apresenta o próton, o nêutron e outras partículas subatômicas que não existiam na
época do modelo anterior. Chegamos ao fim de mais um vídeo do Toda a Matéria. Temos outros conteúdos incríveis
esperando por você no nosso site www. Toda matéria. Com.br Inscreva se no canal e não se esqueça de compartilhar
o vídeo. Até a próxima!

END OF TRANSCRIPT

Automated transcription by Sonix


www.sonix.ai

Você também pode gostar