Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
QUÍMICA GERAL
GUARULHOS – SP
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 4
3 ATOMÍSTICA ........................................................................................................ 11
4 PROPRIEDADES PERIÓDICAS........................................................................... 18
7 POLARIDADE ....................................................................................................... 40
7.3 Polaridade....................................................................................................... 46
8 GASES .................................................................................................................. 47
8.2 Pressão........................................................................................................... 48
2
8.4 Equação do gás ideal ..................................................................................... 55
3
1 INTRODUÇÃO
Prezado aluno!
Bons estudos!
4
2 A CIÊNCIA QUÍMICA
5
Fazendo um exercício mental, podemos imaginar, com dificuldade, um mundo
sem a ciência química para isso, precisamos imaginar um mundo sem computadores,
telefones celulares, fotografia, cinema, sem remédios, cosméticos em geral,
detergente, sabão, sem colas, tintas e papel. Neste cenário, imaginaríamos um mundo
muito complicado de se viver.
Muito recentemente o quadro “Independência ou Morte” de Pedro Américo foi
restaurado na comemoração ao ducentésimo aniversário de independência do Brasil.
Durante o processo de restauração, análises químicas foram feitas nas tintas para
averiguar a tom original da cor que o artista havia proposto, mudanças de
composições na obra entre outras informações importantes. Logo, a contribuição da
Química na Arte, leva a descobertas incríveis. Destaca-se ainda a aplicação da
Química nas Ciências Forenses, nas cenas de crime, na análise de entorpecentes e
etc (ZUCCO, 2011).
A Física tem como objetivo decodificar as leis do universo, já a Biologia
explana sobre o fenômeno da vida. A Química, por sua vez, tem como objetivo elucidar
a matéria e suas transformações, logo “a química exerce um papel primordial em
nossa compreensão dos fenômenos materiais, em nossa capacidade de agir sobre
eles, para muda-los e controla-los”. Contudo, há uma dificuldade na comunicação
entre o os cientistas e o grande público o que acaba criando uma aversão geral
impedindo que todos, irrestritamente, consigam interpretar aspectos do mundo que
afetam nossa vida diária.
Segundo Zucco (2011), também, há uma dificuldade no entendimento do
papel fundamental da Química entre as Ciências Naturais, sua importância econômica
e sua onipresença no cotidiano. O desafio do químico e da Química é criar um vínculo
com jovens e crianças, divulgar de uma maneira mais simples as grandes descobertas
e seus princípios, embora bem estabelecidos, suas aplicações permanecem
desafiadoras: “que a Química nos permite chegar às profundezas da matéria,
possibilitando a construção de novos arranjos de átomos que, possuindo propriedades
particulares interessantes, terão aplicações ainda não previstas”. (AUTOR, ano,
página)
Entretanto, a Química não é magia. A química segue princípios claros e bem
definidos, a molécula é sintetizada de forma racional e criativa. Cabe, aqui, mencionar
o que dizia César Zucco em seu editorial (2011, 733): “Onde a natureza deixa de
6
produzir suas próprias espécies, a humanidade começa, e usando coisa naturais, com
a ajuda da própria natureza, cia uma infinidade de espécies”. Deve-se ter atenção ao
potencial destrutivo que algumas dessas produções são capazes, por esse motivo, a
ética científica se faz presente na discussão.
Em suma, a Química é uma ciência central no nosso cotidiano, pode-se
percebe-la em diversos momentos do nosso dia a dia. O desenvolvimento de novas
tecnologias passa pela ciência, em especial da ciência Química, com a síntese de
novas moléculas, e novos materiais, no entanto, cabe aos químicos e a ciência como
um todo, diminuir o estigma da ciência catedrática, e tornar a comunicação mais
acessível a todos. (ZUCCO, 2011)
7
2.2 Matéria
8
são totalmente livres, elas se movem pelo espaço em velocidades elevadas, e
eventualmente colidem-se e mudam de direção. Podemos ver de maneira ilustrada os
estados da matéria na Figura 1 (ATKINS; JONES, 2006).
A matéria pode transitar por entre os estados físico, dizemos que a fusão é o
processo onde a matéria sólida muda para a sua fase líquida, como por exemplo um
pedaço de gelo derretendo fora da geladeira. Por sua vez, quando a matéria líquida
muda para sua fase gasosa, chamamos de vaporização/ebulição. Podemos olhar para
esses processos no sentido contrário ao descrito; as nuvens de chuva se formam e
começa a chover, a água sai do seu estado gasoso e vai para o líquido, chamamos
este processo de liquefação. Ao colocarmos a água (líquida) nas bandejas para formar
o gelo (sólido) na geladeira, o processo é chamado de solidificação. Observe a
Figura 1.
Figura 1 – Processos de mudança de estado físico da matéria,
9
Fonte: Feltre (2004)
Equação 1 𝑚
𝑑=
𝑉
10 𝑔 10
𝑉= −3
= 𝑐𝑚3 = 0,52 𝑐𝑚3
19,33 𝑔 𝑐𝑚 19,33
10
2.3 Energia
3 ATOMÍSTICA
11
Posteriormente, o grupo de pesquisa de Thomson, observou que os raios catódicos
sofriam desvio em campos elétricos e assim a chamaram de elétron.
Nos anos seguintes inúmeros cientistas do mundo realizaram experimentos
para comprovar a existência do elétron, destaco o físico norte-americano Robert
Millikan que determinou a carga do elétron 𝑒 = 1,602 × 10−19 𝐶. Em 1898, Thompson
propôs seu modelo atômico, que posteriormente, foi chamado de modelo de pudim de
passas.
Embora os elétrons tenham carga negativa, os átomos como um todo têm
carga zero. Portanto, os cientistas do começo do século XX sabiam que cada átomo
deve conter um número suficiente de carga positivas para cancelar a carga negativa.
Mas, onde estava a carga positiva? Thomson sugeriu um modelo atômico com uma
bola de material gelatinoso com carga positiva e elétrons suspenso nela, como passas
em um pudim,
Figura 1.
12
atirarem partículas 𝛼 contra um pedaço de folha de platina com alguns poucos átomos
de espessura. Se os átomos fossem de fato bolas de geleia com carga positiva, todas
as partículas 𝛼 deveriam passar facilmente através da folha, sofrendo eventualmente
alguma ligeira deflexão.
Geiger e Marsden observou que as partículas 𝛼 passaram e sofreram muito
pouco deflexão, cerca de 1 em cada 20.000 sofria uma deflexão superior a 90°, e
algumas poucas partículas 𝛼 retornavam à direção de partida. “Isso era quase tão
incrível “, disse Rutherford, “ como se alguém tivesse disparado uma bala de 15
polegadas em um tecido de papel e ela voltasse, acertando o autor do disparo”.
(ATKINS e JONES, 2006).
Os resultados do experimento de Geiger-Marsden sugeriam um modelo de
átomo no qual existe uma densa carga positiva central circundada por um grande
volume de espaço quase vazio. Rutherford chamou essa região de carga positiva de
núcleo atômico. Seu raciocínio é que era fortemente repelida pela carga positiva do
núcleo, sofrendo deflexão de um ângulo grande, como uma bola de gude que atinge
uma bola de canhão parada.
Conforme o modelo atômico de Rutherford, os elétrons estão dispersos no
espaço em torno do núcleo. A carga positiva do núcleo cancela a carga negativa dos
elétrons circundantes. Por isso, para cada elétron que está fora do núcleo deve existir
uma partícula de carga positiva dentro do núcleo. As partículas que tem carga positiva
são chamadas de prótons.
O número de prótons do núcleo atômico de um elemento é chamado de
número atômico, 𝑍, do elemento. Assim, por exemplo, para o hélio, 𝑍 = 2, o que diz
que o núcleo de um átomo de hélio tem dois prótons. O lítio, por sua vez, 𝑍 = 3; tem
3 prótons. A tabela a seguir possui informações importantes sobre as subpartículas
atômicas.
13
A descoberta do nêutron:
14
2 Um elétron em tal órbita encontra-se em um estado de energia “permitido”.
Um elétron em um estado de energia permitido não irradia energia e,
portanto, não espirala em direção ao núcleo.
Valor de 𝑙 0 1 2 3
Letra usada s p d f
Quantidade de elétron no orbital 2 6 10 14
Fonte: Adaptado de Brown, et al., (2016).
𝑛 = 1; 𝑙 = 0; 𝑚𝑙 = 0; 𝑚𝑠 = +1/2
𝑛 = 1; 𝑙 = 0; 𝑚𝑙 = 0; 𝑚𝑠 = +1/2
𝑛 = 1; 𝑙 = 0; 𝑚𝑙 = 0; 𝑚𝑠 = −1/2
O átomo de lítio:
𝑛 = 1; 𝑙 = 0; 𝑚𝑙 = 0; 𝑚𝑠 = +1/2
𝑛 = 1; 𝑙 = 0; 𝑚𝑙 = 0; 𝑚𝑠 = −1/2
𝑛 = 2; 𝑙 = 0; 𝑚𝑙 = 0; 𝑚𝑠 = +1/2
17
E assim por diante, podemos concluir que dois elétrons em um átomo não
podem ter todos os quatro números quânticos iguais, Princípio da exclusão de
Pauling.
4 PROPRIEDADES PERIÓDICAS
18
Uma vez que todos os átomos de um dado elemento possuem o mesmo
número atômico, o número substrico é redundante e, muitas vezes, omitido. Por isso,
o símbolo que representa o carbono-12 pode ser simplesmente 12C.
Átomos com número atômico idênticos, mas diferentes números de massa
(isso é, mesmo número de prótons, mas quantidade de nêutrons diferentes) são
chamados de isótopos. Diferentes isótopos de carbono são listados na Tabela 3. É
importante lembrar que os isótopos de um determinado elemento são todos
quimicamente semelhantes. Uma molécula de dióxido de carbono que contém um
átomo de 13C se comporta de maneira razoavelmente idêntica a um que contenha
um átomo de 12C (Tabela 3).
*99% dos átomos de carbono na natureza tem massa atômica igual a 12.
n=A-Z
19
moléculas do gás produzem partículas carregadas positivamente, chamadas de íons,
que são então acelerados e passam por uma fenda. Esse feixe, então, passa entre os
polos de um ímã, que o desviam, em uma trajetória curvilínea. Para íons com a mesma
carga, a magnitude dos desvios depende da massa, quanto maior for a massa do íon,
menos desvios. Os íons são, assim, separados de acordo com suas massas. Com a
variação da intensidade do campo magnético u com o aumento da tensão, o detector
pode selecionar íons de diferentes massas.
20
Fonte: Próprio autor.
Você pode notar sutis variações entre uma tabela periódica e outra, e essas
variações são simplesmente uma questão de estilo ou relacionadas a informações
especificas que foram incluídas ou não. As linhas horizontais da tabela periódica são
chamadas de períodos. O primeiro período é composto por elementos como:
hidrogênio (H) e o hélio (He). O segundo período é composto por elementos com: lítio
(Li), berílio (Be), boro (B), carbono (C), nitrogênio (N), oxigênio (O), flúor (F) e neônio
(Ne). O terceiro período por sua vez é composto por 8 elementos, entre eles o sódio
(Na), alumínio (Al), enxofre (S) entre outros.
Os quarto e quinto período contam com 18 elementos, entre eles estão:
potássio (K), ferro (Fe), cobalto (Co), zinco (Zn) e etc. Finalmente o sexto e sétimo
período com 32 elementos cada, mas para que a tabela caiba na página, 14 deles
(número atômico 57-70 no sexto período e 89-102 no sétimo período) aparecem na
parte inferior. Ao olharmos elementos químicos do mesmo período podemos perceber
que todos eles possuem o mesmo número quântico principal.
As colunas verticais são chamadas grupos, ou família. A forma pela qual os
grupos são classificados é de certa maneira arbitrária. Três sistemas de classificação
são de uso comum, o conjunto de classificação localizado na parte superior da tabela,
que tem designação A e B é amplamente utilizado, entretanto, a IUPAC (União
Internacional de Química Pura e Aplicada) convencionou a numeração dos grupos de
1 a 18, sem designações A ou B.
Os Elementos de um grupo geralmente apresentam semelhanças nas
propriedades físicas e químicas. Por exemplo: os ”metais cunhagem” cobre (Cu), prata
(Ag) e ouro (Au), fazem parte do grupo 1B ou 11. Esses elementos são menos reativos
que a maioria dos metias, motivo pelo qual eles são utilizados em todo mundo para
fazer moedas. Muitos outros grupos na tabela também têm nomes e estão listados na
Tabela 4.
21
Tabela 4 – Grupo e nomes dos elementos da tabela periódica
22
Propriedades periódicas
Eletronegatividade;
Raio Atômico;
Energia de ionização;
Polarizabilidade.
23
Propriedade periódicas: Energia de ionização
5 LIGAÇÕES QUIMICAS
25
Elemento Estrutura de Elemento Estrutura de
Lewis Lewis
C H
O Na
N Ca
CI Al
Fonte: Próprio autor.
1
𝑁𝑎(𝑠) + 𝐶𝑙2 (𝑔) → 𝑁𝑎𝐶𝑙(𝑠)
2
Figura 7 a seguir:
26
A formação dos íons sódio a partir do sódio metálico e de íons cloreto a partir
do gás cloro, nos mostra que um elétron foi retirado do átomo de sódio e recebido pelo
átomo de cloro, podemos dizer que neste tipo de ligação, ocorreu a transferência de
elétrons do átomo de sódio para o cloro.
A facilidade desta transferência ocorrer está diretamente ligada a propriedade:
de energia de ionização (facilidade com que um elétron pode ser removido de um
átomo) e afinidade eletrônica (capacidade de um átomo de ganhar um elétron)
(BROWN, et al., 2016). Desta forma, pode-se concluir que o cloreto de sódio é um
típico composto iônico, formado por um metal com baixa energia de ionização e um
não metal com alta afinidade eletrônica. Usando as estruturas de Lewis, podemos
representar a reação da seguinte forma:
Pode-se notar pela seta, que o elétron do átomo de sódio, 𝑁𝑎, é transferido
para o átomo de cloro, 𝐶𝑙− . Cada íon tem um octeto de elétrons:
27
estado gasoso (BROWN, et al., 2016).
Esta reação absorve +788 kJ de energia para separar os íons. Logo, pode-se
concluir que para junta-los o processo liberará -788 kJ. Deste modo, vê-se que a
estabilidade do sólido iônico é grande. A intensidade da energia reticular do sólido
iônico depende da carga dos íons, seu tamanho e do arranjo do sólido. Avaliamos a
equação de Coulomb para duas partículas com carga e a energia potencial
Segundo Brown et. al. (2016): “para não metais, o número de elétrons de
valencia em um átomo neutro é igual ao número do grupo. Portanto, pode-se prever
que os elementos do grupo 7A, assim como o F, formarão uma ligação covalente para
chegar no octeto; os elementos do grupo 6A, como o O, formarão duas ligações
covalente; os elementos do grupo 5A, como o N, formarão três, e os elementos do
grupo 4A, formarão quatro. Essas previsões são confirmadas em muitos compostos,
a exemplo dos compostos com hidrôgenio”
29
Chamamos o compartilhamento de um par de eletrons de ligação simples. Em
outras moleculas podemos notar que o compartilhamento cocorerá com mais de um
par de eletrons para o mesmo elemento. Quando dois pares de elétrons são
compartilhados por dois átomos, chamamos de ligação dupla. Escreveremos as
estruturas de Lewis para a molecula de O2.
30
5.3 Ligação metálica ou Ligas metálicas
31
Fonte: Adaptado de CALLISTER JR e RETHWISCH (2016).
32
Liga de Bismuto – propriedades: baixa temperatura de fusão (68°C)
Liga de Bismuto – aplicação: em fusíveis elétricos que se fundem e se
quebram, interrompendo a passagem de corrente elétrica. (FOGAÇA,
2022).
6 GEOMETRIA MOLECULAR
33
Fonte: Próprio autor
a) geometria linear, AB_2; (b) geometria angular, AB_2; (c) geometria trigonal, AB_3; (d) geometria
piramidal, AB_3.
34
Começamos nossa discussão a respeito de formas moleculas com moléculas
(e íons) que, assim como o 𝐶𝐹4 , tem um único átomo cental ligado a dois ou mais
átomos iguais. Tais moleculas têm a fórmula geral 𝐴𝐵𝑛 , na qual o átomo central A está
ligado a n átomos de B. Por exemplo, tendo 𝐶𝑂2 , como 𝐻2 𝑂 são moléculas 𝐴𝐵2 ,
enquanto 𝑆𝑂3 e 𝑁𝐻3 são moléculas 𝐴𝐵3 etc (BROWN, et al., 2016).
O número de possiveis formas para moléculas 𝐴𝐵𝑛 depende do valor de 𝑛. As
moléculas mais comumente encontradas para 𝐴𝐵2 e 𝐴𝐵3 . Uma molécula de 𝐴𝐵2 pode
ter duas possiveis geometrias linear, Erro! Fonte de referência não encontrada.1a
(ângulo de ligação de 180°) ou angular (com ângulo diferente de 180°). Para
moléculas com formula 𝐴𝐵3 , as duas formar mais comuns, colocam o átomo de 𝐵 no
Grande maioria das moléculas dos tipos: AB_n podem ser classificadas em
apenas cinco formas geométricas básicas, mostradas na figura X. Todas são arranjos
altamente simétricos dos n átomos de B em volta do átomo central A. Já vimos as
primeiro três formas: linear, trigonal planar e tetraédrica. A forma bipiramidal trigonal
para AB_5 pode ser imaginado como uma trigonal plana com fois átomos adicionais,
um acima e um abaixo do plano triangular. A forma octaétrica para formulas AB_6 tem
todos os seis átomos de B a uma distância igual do átomo central A. com ângulo de
90° B-A-B (ATKINS; JONES, 2006) (Figura 13).
36
Fonte: Próprio autor
37
molécula. Entende-se como domínio eletrônico, uma região no espaço que está
diretamente sobre influência do par de elétrons, não sendo localizado como se fossem
balões.
Nela vemos duas ligações simples e dois pares de eletrons não ligantes. Pode-
se concluir portanto, que os pares de eletrons se organizam desta modo para diminuir
a repulsão existente nesta molécula, uma vez que existe dois pares de eletrons não
ligantes na molécula.
De modo geral, Brown, et al. (2016) generaliza o modelo VSEPR da seguinte
forma:
38
para que as repulsões entre eles sejam minimizadas. Use a distribuição dos
átomos ligados ao átomo central para determinar a geometria molecular
(BROWN, et al., 2016, 326).
39
2 Linear 180°
4 Tetraédrica 109,5°
5 Bipiramidal 120°/90°
trigonal
6 Octaédrica 90°
7 POLARIDADE
40
7.1 Eletronegatividade
Todas as ligações podem ser vistas como estruturas híbridas entre estruturas
puramente covalente e puramente iônicas. Assim, a estrutura da molécula de Cl_2,
pode ser descrita como:
Cl-Cl↔Cl^--Cl^+↔Cl^+-Cl^-
H-F↔H^--F^+↔H^+-F^-
1
1 2
|𝜒𝐴 − 𝜒𝐵 | = 0,102 {𝐷(𝐴 − 𝐵) − [𝐷(𝐴 − 𝐴) + 𝐷(𝐵 − 𝐵)]}
2
1
𝜒 = (𝐼 + 𝐸𝑎 )
2
42
Quando dois átomos de uma ligação tÇem uma pequena diferença de
eletronegatividade, as cargas parciais são muito pequenas. Quando a diferença de
eletronegatividade aumenta, também crescem as cargas parciais. Se as
eletronegatividades são muito diferentes, um dos átomos pode ficar com a maior parte
do par de elétrons e a estrutura iônico correspondente contribui apreciavelmente para
a estrutura resultante. Como se apropriou da maior parte do par de elétrons
compartilhado, o elemento muito eletronegativo lembra um ânion e, o outro, um cátion.
Dizemos que uma ligaão desse tipo tem caratér iônico consideravel.
Se a diferença de eletronegatividade é muito grande, como em 𝑁𝑎𝐶𝑙 e 𝐾𝐹, a
contribuição ionica domina a distribuição covalente e é melhor considerar iônica a
ligação. Não existe linha divisória clara entre as ligações covalentes e iônicas.
Entretanto, uma regra útil diz que, se a diferença de eletronegatividade é de cerca de
2 unidade, o caráter iônico é tão alto que é melhor considerar iônica a ligação
(ATKINS; JONES, 2006).
Uma ligação covalente é polar se um átomo tem poder de atração do elétron
maior do que o outro átomo, porque, então, o par de elétrons tem maior probabilidade
de ser encontrado próximo ao primeiro. Em 1923, o químico norte-americano Lenus
Pauling propôs uma medida quantitativa da distribuição dos elétrons nas ligações. O
poder de atração dos elétrons exercido por um átomo que participa de uma ligação é
chamado de eletronegatividade. As eletronegatividades são representadas por χ (a
letra grega aqui).
O átomo do elemento que tem a eletronegatividade mais alta tem maior poder
de atrair elétrons e tende a afastá-los do átomo que tem a menor eletronegatividade.
Pauling baseou sua escala nas energias de dissociação, D, das ligações A-A, B-B e
A-B, medidas em eletronsvolts (eV). Ele definiu a diferença de eletronegatividade de
dois elementos A e B como:
43
χ=1/2(I+E_a)
44
Pode-se notar na figura acima que o elemento mais eletronegativo é o fluor. De
forma simplificada, podemos colocar os não-metais em ordem decrescente em
relação à eletronegatividade:
45
Nota-se que, embora a megnitude do momento de dipolo da ligação 𝐻 − 𝑂, seja
a mesma da ligação 𝑂 − 𝐻. O sentido e a direção são diferentes (ângulo de 104,5°) e
deste modo o momento de dipolo resultante é diferente de zero, 𝜇 ≠ 0.
Exemplo 3. Molécula de amônia,𝑁𝐻3 :
46
A molécula de bromotriclorometano apresenta uma ligação 𝐹 − 𝐶 e três
ligações 𝐶𝑙 − 𝐶. Observando a eletronegatividade do 𝐹 (4,1 D) e do 𝐶𝑙 (2,9 D), pode-
se concluir que o momento de dipolo resultante é diferente de zero, 𝜇 ≠ 0.
7.3 Polaridade
47
molécula com afinidade à água e hidrofóbica aquelas substâncias, ou parte das
moléculas, com baixa afinidade pela água (ATKINS; JONES, 2006).
8 GASES
48
Tóxico, castanho-avermelhado
𝑁𝑂2 Dióxido de nitrogênio
e possui odor irritante
𝑁𝐻3 Amônia Incolor e possui odor pungente
𝑆𝑂2 Dióxido de enxofre Incolor e possui odor irritante
Fonte: adaptado de Brown, et al. (2016)
8.2 Pressão
𝐹
𝑝=
𝐴
1 𝑃𝑎 = 1 𝑁/𝑚2 .
50
Fonte: (COSTA, 2018)
𝐹 𝑚𝑔 𝑑ℎ𝐴𝑔
𝑝= = =
𝐴 𝐴 𝐴
𝑝 = 𝑑. 𝑔. ℎ
51
𝑝 = 𝑑𝑔ℎ = (13546 𝑘𝑔/𝑚3 ) × (0,760 𝑚) × (9,806 𝑚/𝑠 2 )
𝑝 = 1,01 × 105 𝑃𝑎
1
𝑉 = 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 ×
𝑃
52
ou mais comumemnte apresentada como:
𝑃𝑉 = 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒
Aplicamos a lei de Boyle toda vez que respiramos. A caixa torácica, que
expande e contrai, e o diafragma, um músculo abaixo dos pulmões, controlam o
volume dos pulmões. A inspuração ocorre quando a cauxa torácica se expande e
diafragma se move para baixo. Essas duas ações aumentam o volume dos pulmões,
diminuindo, assim, a pressão do gás no seu interior. A pressão atmosférica empurra
o ar para dentro dos pulmões até que as pressões interna e atmosférica sejam
igualadas. O processo de expiração é inverso – a caixa torácica se contrai e o
diafragma se move para cima, diminuindo o volume dos pulmões. O ar é empurrado
para fora deles pelo aumento resultante da pressão (BROWN, et al., 2016).
O gráfico V versus p, ilustrado na
Figura 20a, mostra a curva obtida para uma determinada quantidade de gás a
uma temperatura fixa. Uma relação linear é obtida quando V é representado
graficamente em função de 1/p, de acordo com a
Figura 20b. (a) Gráfico volume versus pressão (b) volume versus inverso
da pressão.
53
A relação entre volume e a temperatura do gás, o volume aumenta quando a
temperatura aumenta e diminui quando a temperatura diminui foi descoberta em 1787,
pelo cientista francês Jacques Charles (1746-1823). Alguns dados típicos de
temperatura e volume são apresentados na figura 21.
Observe que a linha tracejada cruza o -273°C. Note também que é esperado
que o gás tenha volume zero a essa temperatura. No entando, essa situação nunca
pode ser presenciada porque todos os gases se liquefazem ou se solidificam antes de
atingir essa temperatura (BROWN, et al., 2016). Para uma quantidade fixa de gás a
uma pressão constante, o volume de gás é proporcional à temperatura. (Figura 21).
Em 1848, William Thomson (1824-1907), um físico britânico cujo título era Lord
Kelvin, propôs uma escala de temperatura absoluta, agora conhecida como escala
Kelvin. Nessa escala, 0 K, chamado de zero absoluto é igual -273,15°C. Em termos
de escala Kelvin, a lei de Charles afirma que: o volume de uma quantidade fixa de gás
mantida sob pressão constante é diretamente proporcional à sua temperatura
54
absoluta. Assim, dobrar a temperatura absoluta faz com que o volume de gás também
dobre. Matematicamente, a lei de Charles estabelece que:
𝑉 = 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 × 𝑇
ou
𝑉
= 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒
𝑇
𝑉 = 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 × 𝑛
ou
55
𝑉
= 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒
𝑛
𝑛𝑇
𝑉∝
𝑃
𝑛𝑇
𝑉 = 𝑅( )
𝑃
56
reorganizando a expressão acima, chegamos à:
𝑃𝑉 = 𝑛𝑅𝑇
que represneta a equação d gás ideial (também conhecida como lei do gás ideial). Um
gás ideal é um gás hipotético cujas relações entre pressão, volume e temperatura são
descritas completamente pela equação do gás ideal.
Na devivação da equação do gás ideal, consideramos (a) que as moléculas de
um gás ideal não interagem umas com as outras, e (b) que o volume combinado das
moléculas é muito menor que o volume ocupado pelo gás; por essa razão,
consideramos que as moléculas não ocupam espaço no recupiente. Em muitos casos,
o pequeno erro introduzido por esses pressupostos é aceitavel. Quando cálculos mais
precisos são necessários, podemos corrigir desvios (BROWN, et al., 2016).
A constante 𝑅 na equação do gás ideal é chamada de constante dos gases.
O valor dela, depende das unidades de 𝑃, 𝑉, 𝑛 e 𝑇. O valor de 𝑇 na equação do gás
odeoal deve sempre ser a temperatura absoluta (𝐾). Ao trabalhar com a equação dos
gás ideal, você deve observar as unidades das variáreis e escolher a constante 𝑅 em
que as unidades e são concordantes, (Tabela 8).
Suponhamos que tenhamos 1,000 mol de gás ideal a 1,000 atm e 0,00°C
(273,15 𝐾). De acordo com a equação do gás ideal, o volume do gás é:
57
𝑛𝑅𝑇
𝑉=
𝑃
𝑉 = 22,41 𝐿
𝑝𝑇 = 𝑝1 + 𝑝2 + 𝑝3 + ⋯
58
quantidade de matéria total de gás. Se cada gás obedece à equação do gás ideal,
podemos escrever:
𝑅𝑇
𝑝1 = 𝑛1 ( )
𝑉
𝑅𝑇
𝑝2 = 𝑛2 ( )
𝑉
𝑅𝑇
𝑝3 = 𝑛3 ( )…
𝑉
𝑅𝑇 𝑅𝑇
𝑝𝑇 = (𝑛1 + 𝑛2 + 𝑛3 + ⋯ ) ( ) = 𝑛𝑇 ( )
𝑉 𝑉
𝑝1 𝑛1 𝑅𝑇/𝑉 𝑛1
= =
𝑝𝑇 𝑛 𝑇 𝑅𝑇/𝑉 𝑛 𝑇
𝑀𝑜𝑙𝑠 𝑑𝑜 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜 1 𝑛1
𝑋1 = =
𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑚𝑜𝑙𝑠 𝑛𝑇
59
Podemos, então, combinar as Equações para obter:
𝑛1
𝑝1 = ( )𝑝
𝑛𝑇 𝑇
𝑛𝑗
𝑝𝑗 = ( ) 𝑝
𝑛
𝑝𝑗 = 𝑋𝑗 . 𝑝
Esse resultado faz sentido intuitivamente: como o gás oxigênio compões 21%
da mistura, ele contribui com 21% da pressão total.
𝑝𝑉 (1,15 𝑎𝑡𝑚)(36 𝐿)
𝑛= = = 1,69 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑁2
𝑅𝑇 (0,08206 𝐿. 𝑎𝑡𝑚/𝑚𝑜𝑙. 𝐾) (299 𝐾)
2 𝑚𝑜𝑙𝑠 𝑑𝑒 𝑁𝑎𝑁3
1,69 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑁2 × ( ) = 1,12 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑁𝑎𝑁3
3 𝑚𝑜𝑙𝑠 𝑑𝑒 𝑁2
61
2. O volume total de todas as moléculas dos gases é desprezível quando
comparado ao volume total no qual o gás está contido.
1 2
𝑝𝑉 = 𝑛𝑀𝑣𝑚
3
O lado esqurdo da equação se parece muito com a equação dos gases ideia ,
𝑝𝑉 = 𝑛𝑅𝑇, podemos igualar o lado direito a 𝑛𝑅𝑇 e reorganizar:
1 2
𝑛𝑅𝑇 = 𝑛𝑀𝑣𝑚
3
62
3𝑅𝑇
𝑣𝑚 = √
𝑀
3
𝐸𝐾 = 𝑅𝑇
2
1. Um aumento de volume sob uma temperatura constante faz com que a pressão
diminua. Uma temperatura constante significa que a energia cinética média das
moléculas de gás permanece inalterada. Isso significa que a velocidade média
quadrática das moléculas permanece inalterada. Quando o volume aumenta, as
moleculas devem se mover por distâncias maiores. Consequentemente, ocorrem
menos colisões com as paredes do recipiente por unidade de tempo. Logo, a
pressão diminui. Assim, a teoria cinética dos gases confirma a lei de Boyle
(BROWN, et al., 2016).
63
2. Um aumento de temperatura a volume constante faz com que a pressão
aumente. Um aumento de temperatura significa um aumento da energia cinética
média das moléculas e da velocidade quadratica média. Como não há variação
no volume, o aumento de temperatura provoca mais colisões com as paredes
por unidade de tempo, pois as moléculas estão se deslocando mais velozmente.
Somado a isso, as moléculas colidem mais fortemente com as paredes. Um
numero mairto de colisões faz com que a pressão aumente (BROWN, et al.,
2016).
64
10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
65
SCIENCE+ INDUSTRY MUSEUM. John Dalton: Atoms, Eyesight and Auroras, 18
Abril 2019.
TERRA. Há 76 anos, morria Ernest Rutherford, descobridor do núcleo atômico,
19 outubro 2013.
ZUCCO. C. Química para um mundo melhor. Química Nova, 34, n. 5, 2011.
66