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"O número é a lei do universo, a unidade é a lei de Deus e a evolução, é a lei do

mundo" Pitágoras

A Quifimex é um centro preparatório e de explicação que tem por finalidade munir e


dotar o estudante de habilidades e conhecimentos, que ser-lhe-ão a vizão pra enxergar
o horizonte científico, afim de melhorar o seu desempenho académico e dota-lo de
capacidade pra enfrentar os desafios que lhe são submetidos. Fazendo isso, vivemos as
nossas paixões e vislumbramos o reflexo das nossas inspirações!

Somos nós:
Cristiano Bartolomeu;
Josenildo Da Costa;
Miguel Njungo.

Academia diferencial Quifimex Crys Bartolomeu; Josenildo Bernado; Miguel Njungo.


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Ao estudante

O ser humano tem buscado, há séculos, compreender os fenômenos que regem a vida,
valendo-se da observação simples e direta, da simulação e representação desses
fenômenos, da interpretação lógica e criativa dos resultados de experimentações. O
conhecimento científico da natureza e de suas leis tem sido um dos pilares do
desenvolvimento humano. A Química, assim como outras Ciências, tem papel de
destaque no desenvolvimento das sociedades, alcançado ao longo de tantos anos. No
entanto, ela não se limita às pesquisas de laboratório e à produção industrial. Ao
contrário, embora às vezes você não perceba, a Química está presente em nosso dia-a-
dia e é parte importante dele. A aplicação dos conhecimentos químicos tem reflexos
diretos sobre a qualidade de vida das populações e sobre o equilíbrio dos ambientes na
Terra. Por isso, consideramos essencial que o conhecimento científico faça parte da
vida cotidiana das pessoas, a fim de que elas possam, criticamente, contribuir para a
preservação e a conservação de todas as formas de vida, inclusive da espécie humana.

Diante dessa visão, foi elaborada essa obra para ajudar você a compreender como é
frequente, intensa e contínua a beleza da química. Em toda a obra, procuramos utilizar
uma linguagem clara e direta, mais cientificamente rigorosa.

Esse manual foi feito a pensar em ti, futuro(a) engenheiro(a), químico(a) e médico(a).
Fizemo-o também a pensar em si, caro finalista que vé em si o desejo de ingressar às
universidades público-privadas do nosso país, bem como pra textes à bolsas de estudo.
E pra elevar a fasquia do seu intelecto, temos pra si também uma obra de exercícios
(90% Russos) que usamos para incentivar você a aprimorar sua capacidade de inter-
relacionar conteúdos, analisando-os criticamente, a partir do tema específico de cada
capítulo.

Com esta obra, queremos ajudá-lo a superar as debilidades, e capacitá-lo(a) pra


qualquer fim. Por isso, procuramos apresentar os princípios teóricos de modo que
possam ser um esboço capaz de dar suporte para o entendimento da Química,
associando-os a exemplos significativos para sua vida. Esperamos que, assim, você
possa tomar decisões e assumir atitudes que contribuam para melhorar nossa saúde,
nossa qualidade de vida, o planeta em que vivemos e a nós mesmos como seres
humanos.

Miguel Njungo

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Sumários

Capítulo l: Introdução à Química………………………………….,………………….4


Capítulo II: Estrutura do átomo e espetro de hidrogênio…………..………………….10
Capítulo lll: Estudo da tabela periódica……………...……………….………………21
Capítulo IV: Ligações Químicas………………………………………….…………..26
Capítulo V: Reações químicas………………………………………………………..33
Capítulo VI: Equações Químicas……………………………………………………..37
Capítulo VII: Funções inorgânicas……………………………………...…………….40
Capítulo VIII: Compostos de coordenação…………………………….……………..45
Capítulo IX: Estequiometria………………………………………………………….49
Capítulo X: Gases…………………………………………………………...………..56
Capítulo XI: Soluções……………………………………………………..………….61
Capítulo XII: Propriedades coligativas……………………………………...………..69
Capítulo XIII: Cinética Química…………………………………………...…………72
Capítulo XIV: Equilíbrio químico……………………………………………………77
Capítulo XV: Eletroquímica………………………………………...………………..85
Capítulo XVI: Termoquímica………………………………………...………………89
Capítulo XVII: Radioatividade……………………………………...………………..94
Capítulo XVIII: Combustão…………………………………………………………..97

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Capítulo l: Introdução à Química
S/ Conceito
- Matéria;
- Propriedades;
- Transformações;
- Divisão da Química;
- Elemento químico;
- Misturas;
- Substâncias

As culturas antigas sempre se preocuparam em entender a relação existente entre o ser


humano e o mundo da natureza e seus fenômenos. Pra isso, houve mitos e lendas que
defendiam a existência de deuses e poderes sobrenaturais.

Empédocles (filósofo grego) lançou a idéia para explicar pela primeira vez a
constituição da materia, longe da idiologia mitológica e religiosa. Para ele, a natureza
seria formada por quatro elementos primários o fogo, o ar, a água e a terra. Estas quatro
essências fundamentais seriam unidas e separadas por duas forças opostas, o amor e o
ódio, atração e repulsão. Mais tarde surgiu Aristóteles, gostou da ideia e disse: esses
quatro elementos podiam ser diferenciados por suas propriedades:
 O fogo seria quente e seco.
 O ar seria quente e úmido.
 A água seria fria e úmida.
 A terra seria fria e seca.
Dessa maneira, seria possível tra.nsformar uma substância em outra, desde que se
alterasse uma de suas propriedades.

Robert Boyle, em seu livro (O quimico cético), mostrou ser impossível extrair os
quatro elementos a partir de uma substância. Boyle propôs uma definição para elemento
químico diferente da formulada pelos antigos gregos. Para Boyle, elemento químico
era toda substância que não podia ser decomposta em substâncias mais simples.

A base disso nasce o método científico. A ciência é uma forma de interpretação da


natureza que se fundamenta na observação, experiência dos fatos e interpretações
racionais e lógicas. Boyle assentou-se nela pra asseguar a sua teoria.

Mas afinal onde está e por que estudar química?


Olhe ao seu redor. Tudo o que você vé ou toca, cheira ou sente sabor são substâncias
quimicas. A química estuda a matéria, por isso, ela está ao nosso redor e, ao mesmo
tempo, faz parte de nós mesmos, ela está em tudo aquilo que não e o que respira. Tudo
aquilo que é bom é químico, o que é mau também. Tudo que é natural é químico, o
que é artificial também. Inspiramos oxigênio e expiramos dióxido de carbono, essa é a
prova que ela faz parte de nós mesmos e nós somos ela. Infelizmente, há muitas pessoas

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que atribuem exclusivamente à química a existência de poluentes ou tóxicos, porém
ela é muito mais que isso. Se, por um lado, as substâncias podem agredir o meio
ambiente, por outro é o conhecimento dos conceitos de química que nos tornará mais
conscientes das questões sociais, cidadãos mais exigentes e aptos para buscar soluções.
A química não é, portanto, uma ciência isolada, principalmente nos tempos atuais, pois
a busca de respostas para a sustentabilidade do planeta é bastante complexa.

Química: é a ciência que estuda a matéria, desde as suas propriedades, composição e


suas Transformações.

Matéria: é tudo aquilo que existe, possui volume e ocupa espaço.

Transformações ou fenómenos: são as alterações que ocorrem na matéria. Elas podem


ser:
 Físicas: são os fenómenos que não afetam a composição química.
 Químicas: são os fenómenos que afectam a composição química.

Propriedades: são as cacterísticas que permitem distinguir as substâncias.As


propriedades fundamentais da matéria são divididas em três grupos:
 Propriedades gerais;
 Propriedades específicas;
 Propriedades funcionais.

Propriedades gerais da matéria:


As propriedades gerais da matéria representam o conjunto das características inerentes
à qualquer tipo de matéria. São elas:

 Volume: é a estensão de espaço ocupado por um corpo.


 Massa: é a quantidade de matéria existente num corpo. a sua unidade no SI é o
quilograma (kg).
 Impenetrabilidade: dois corpos não podem ocupar, ao mesmo tempo, o mesmo
lugar no espaço.

"Retirando-se o prego, observa-se que a madeira cedeu espaço, pois os dois corpos,
madeira e prego, não podem ocupar o mesmo lugar ao mesmo tempo"
 Divisibilidade e indestrutibilidade: a matéria pode ser dividida em porções cada
vez menores. Pelo fato de as propriedades do material serem mantidas após a
divisão, podemos considerá-lo indestrutível.

 Porosidade ou descontinuidade: toda matéria é porosa ou descontínua. Por mais


unidas que as partículas estejam, sempre haverá pequenos espaços entre elas.
Esses espaços são chamados “poros” ou espaços intermoleculares.

 Compressibilidade ou expansibilidade: ao aplicarmos uma força sobre uma

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porção de matéria, ela sofrerá diminuição ou aumento de volume,pois ocorre a
movimentação entre os espaços intermoleculares, dependendo do sentido da
força. Os espaços intermoleculares existem em qualquer estado da matéria. No
estado gasoso, a compressibilidade pode ser grande, enquanto nos estados só
lido e líquido ela é quase nula.

Propriedades específicas da matéria


A natureza das substâncias é determinada por um conjunto específico de propriedades.
São subdivididas em:

 Propriedades físicas: identificam o tipo de substância, e são elas: temperaturas


de fusão e ebulição, calor específico, densidade ou massa específica, dureza,
ductibilidade, maleabilidade e forma cristalina.
Mudança de estados físicos: os materiais podem mudar de estado físico, motivados
pela variação da pressão ou da temperatura. Exemplo: a água no estado sólido pode
passar ao estado líquido por meio de um processo de aquecimento. Aquecendo-se ainda
mais, ela mudará novamente de estado, desta vez do líquido para o gasoso.

 Fusão: é a passagem do estado sólido para o estado líquido.

 Solidificação: passagem do estado líquido para o estado sólido.

 Vaporização: passagem do estado líquido para o estado gasoso. Quando a


vaporização ocorre de forma lenta, chamamos de evaporação. Quando ocorre
de forma rápida chamamos de ebulição.

 Condensação: passagem do estado gasoso para o estado líquido.

 Liquefação: passagem do estado gasoso para o estado líquido.

 Sublimação: passagem do estado sólido para o estado gasoso ou vice-versa, sem


passar pelo estado líquido.

 Calor específico: é a quantidade de calor necessária para aumentar de 1°C a


temperatura de 1 grama de massa de uma substância. Para cada tipo de
substância é necessário uma quantidade específica de calor.

 Densidade ou massa específica: é a massa de uma substância dividida pelo


volume que ela ocupa.

 Dureza: é a resistência ao risco. Algumas substâncias podem ser menos


resistentes ao risco que outras. Dizemos que o quartzo é mais duro que o aço e
que este, é mais duro que o grafite.

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 Ductibilidade: é a propriedade apresentada por algumas substâncias de poderem
ser transformadas em fios.
Exemplo: fios de cobre.

 Maleabilidade: é a propriedade que certas substâncias apresentam de poderem


ser transformadas em lâminas.
Exemplo: lâminas de ouro.

 Forma cristalina:é a propriedade de organização dos átomos, íons ou moléculas


de uma substância em uma estrutura geométrica definida.

 Propriedades organolépticas
São propriedades que certas substâncias têm de impressionar nossos sentidos como:
cor, sabor, odor e brilho.

 Propriedades químicas
Identificam as reações químicas. São elas: reatividade, eletronegatividade, afinidade
eletrónica...)

Propriedades funcionais

Referem-se às características químicas das substâncias, isto é, à forma como reagem


ou se comportam. As substâncias inorgânicas, por exemplo, são agrupadas em quatro
funções químicas principais: ácido, base ou hidróxido, sal e óxido. Os ácidos
receberam esse nome porque estimulam as células de nossa língua- papilas gustativas-
produzindo o sabor ácido. Esse estímulo se deve a uma reação química. As bases
produzem o sabor adstringente como o das frutas que ainda não estão maduras. Os sais
são salgados e os óxidos não possuem sabor definido.

Divisão da Química
A Química está dividida em duas partes que são: química inorgânica e química
orgânica.

Química inorgânica: é a parte da química que se ocupa no estudo das substâncias


que derivam de matérias inorgânica (abióticas). Nela estuda-se funções como: Óxidos,
Bases, ácidos e sais.

Química orgânica: é a parte da química que se ocupa no estudo das substâncias que
derivam de matérias orgânicas (bióticas). Nela estuda-se funções como:
Hidrocarbonetos; Álcoois; Ácidos carboxílicos; Éteres...

Elemento químico: é o conjunto de átomos com propriedades semelhantes. Um


elemento químico representa-se pelo símbolo químico( que pode ser constituído por
uma letra ou duas), pelo nome, massa atómica (A) e número atómico (Z).

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Substância: é o conjunto de átomos do mesmo ou de elementos diferentes. As
substâncias podem ser:

Substâncias Simples: é a união de átomos do mesmo elemento.


Ex.: H2; Cl2; Br2; O2; O3.

Substâncias compostas ou compostos químicos: é a união de átomos de elementos


diferentes.
Ex.: H2O; H2SO4; Fe (SO4)3.

Mistura: é a junção de duas ou mais substâncias. As misturas podem ser:

Homogênias: são as misturas que não se consegue distinguir os seus constituíntes. São
essas misturas que nós chamamos de soluções.
Exemplo: gasolina + álcool; água + açúcar etc.

Misturas Heterogênias: são as misturas que conseguimos distinguir os seus constituí


ntes.
Exemplo: álcool + areia; azeite + água etc.

Coloides: não são Homogênias nem Heterogênias!

Componente: é cada substância pura que constitui a mistura ou o sistema.


Sistemas: é uma porção limitada do Universo considerada como um todo para efeito de
estudo (experimentação e observação). Por exemplo, para estudar a substância água, o
químico separa uma porção de material. Essa porção de água será chamada de sistema.
Os sistemas podem ser classificados em:
Homogêneos: apresentam as mesmas propriedades em toda a sua extensão. Exemplo:
uma mistura de álcool e água.

Heterogêneos: não apresentam as mesmas propriedades em toda sua extensão.


Exemplo: uma pedra dentro de um copo com água. Note que, para sistemas que
apresentam substâncias durante a mudança de estado físico, o sistema não apresenta as
mesmas propriedades em toda sua extensão, constituindo, assim, um sistema heterogê
neo de um só componente. Exemplo: uma pedra de gelo durante a fusão apresenta uma
parte sólida e outra líquida. Os sistemas podem ainda ser classificados em abertos,
quando realizam trocas de energia, de massa com o meio externo , ou fechados,quando
essas trocas não ocorrem.

Fases de um sistema Todo sistema heterogêneo é composto por um determinado nú


mero de fases.

Fases: são as diferentes porções homogêneas, limitadas por superfícies de separação,


constituintes de um sistema. Os sistemas podem ser classificados em:

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 Monofásicos: constituídos por uma só fase.
Exemplo: um pedaço de grafite, álcool 96°GL.

 Bifásicos: formados por duas fases que não são necessariamente duas
substâncias diferentes.
Exemplos: água + areia, água líquida + vapor de água, chumbo durante a fusão,
que apresenta a substância nos estados sólido e líquido.

 Trifásicos: formados por três fases. Exemplo: água + areia + óleo.

 Polifásicos: formados por quatro ou mais fases. Exemplo:água + areia + oléo +


pedras de gelo.

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Capítulo II: Estrutura do átomo e espetro de hidrogênio
-Modelos atómicos;
-O átomo;
-Estados do átomo;
-Propriedades atómicas;
-Mecânica quântica;
-Diagrama de Linus Pauling;
-Princípio de exclusão de Pauling;
-Regra de máxima multiplicidade(Hund)
-Espetro de hidrogênio;
-Exercícios.

A ideia que a humanidade tem da natureza vai mudando com o tempo em função das
descobertas, na antiguidade, a terra foi considerada plana, mas actualmente fotos do
espaço mostram que ela é redonda. Um processo semelhante aconteceu com o átomo
que nos primeiros estudos dizia-se que era uma partícula indivisível, mas hoje sabe-se
que é divisível.

A palavra átomo foi usada pela primeira vez pelos filósofos gregos, Leucipo e Demó
crito, estes sugeriram a idéia, tão ousada quanto fabulosa, de que a matéria seria
formada por pequenas partículas indivisíveis na qual chamaram de átomo(grega á=
não; tomos= divisível).

Modelo atómico de Jonh Dalton.

Com base à evolução da ciência e os novos avanços tecnológicos, as teorias átomicas


em campos filosóficos gregos foram deixadas pra trás. E surgiu pela primeira vez Jonh
Dalton que fez o estudo do dilema, já em campos científicos e com base nos estudos à
s leis de Lavoisier, Dalton remodelou a teoria de Demócrito e criou o seu modelo ató
mico conhecido como "modelo da bola de bilhar" resumido em 5 postulados que são:
1- A matéria é constituída de pequenas partículas esféricas maciças e indivisíveis
chamadas átomos;
2- Um conjunto de átomos com as mesmas propriedades químicas constituem um
mesmo elemento químico;

3- Elementos químicos diferentes apresentam átomos com propriedades diferentes;

4- A combinação de átomos de elementos diferentes, numa proporção de números


inteiros, origina substâncias diferentes.

5- Os átomos não são criados nem destruídos: são simplesmente rearranjados,


originando novas substâncias.
Dalton tornou-se o pai da teoria atómica moderna por ser o primeiro a estudar o átomo

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em campos científicos.

Modelo atómico de Joseph John Thomnson

Thomnson, conseguiu demonstrar que o átomo não é indivisível, pra isso utilizou uma
aparelhagem denominada tubo de raios catódicos. Dentro do tubo de vidro havia, além
de uma pequena quantidade de gás, dois eletrodos ligados a uma fonte elétrica externa.
Quando o circuito era ligado, aparecia um feixe de raios provenientes do cátodo
(eletrodo negativo), que se dirigia para o ânodo (eletrodo positivo). Esses raios eram
desviados na direção do pólo positivo de um campo elétrico. Com base nesse
experimento, Thomson concluiu que:
a) os raios eram partículas (corpúsculos) menores que os átomos;
b) os raios apresentavam carga elétrica negativa. Essas partículas foram denominadas
elétrons (e).

Thomson propôs então um novo modelo, denominado pudim de passas: “O átomo é


maciço e constituído por um fluido com carga elétrica positiva, no qual estão dispersos
os elétrons”. Como um todo, o átomo seria eletricamente neutro.

Modelo atómico de Ruther Ford

O modelo batizado como atómico planetário resume-se em três ideias principais:

1- A maior parte do átomo deve ser vazia, nesse espaço devem estar os eletrões, a parte
vazia chamou-a de eletrosfera;

2- Deve existir no átomo uma pequena região onde está concentradaa sua massa, cujo
nome chamou de núcleo;

3- O núcleo do átomo deve ser positivo, o que provoca uma repulsão nas partículas
alfas.

Modelo atómico de Bohr

Bohr, foi um físico dinamarquês, trabalhou primeiro com Thonson e depois com
Ruther Ford. Bohr, não reprovou o modelo de Ruther, mas sim corrigiu daí o nome
Ruther-Bohr. Ele propós os seguintes postulados:

1- Toda matéria é constituída por átomos;

2- Os átomos têm um núcleo carregado positivamente e uma eletrosfera negativa;

3- Os eletrões movem-se em orbitais fixas e com energia bem definida, chamadas ní

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veis eletrónicos. A energia dos níveis aumenta a medida que se afasta do núcleo;

4- Quando todos os eletrões estão nas órbitas que lhes competem, não absorvem e nem
emitem energia. Diz-se então que o átomo está no seu estado fundamental.

5- Quando o átomo absorve energia, o eletrão salta para o nível com maior energia. No
seu retorno ao nível anterior, o eletrão emite energia em forma de ondas eletromagné
ticas.

Átomos
Átomos: são pequenas partículas que constituem a matéria. O átomo está constituído
por um núcleo, involtório nuclear e eletrosfera.

Núcleo: é a parte central do átomo. Ele está constituído por:


- Protões: são partículas nucleares de carga positiva;
- Neutrões: são partículas nucleares de carga neutra.

Essas duas partículas constituem o peso do núcleo que chama-se índece de massa ou
peso atómico, ele expressa-se pela seguinte equação: A = P + N ; A>P>N
Onde "A" índice de massa, "p" protões e "N" neutrões

Involtório nuclear: é o espaço vazio que separa o núcleo da eletrosfera.

Eletrosfera: são as camadas externas que circundam o núcleo, nela encontram-se os


eletrões a girar em seu eixo. Os eletrões estão colocados nas camadas segundo o modelo
de Miels Bohr, onde cada camada tem um número máximo de eletrões a suportar,
determinados por ē= 2n²; n≤4 (n= número quântico principal).

Eletrões: são partículas eletrosféricas de carga negativa.


A carga é calculada por q = p–ē (q= carga; p= protões; ē= eletrões).

Estados do átomo.
O átomo apresenta dois estados, que são:
 Estado fundamental ou neutro;
 Estado excitado ou carregado.

Estado fundamental: é o estado em que o número de protões existentes no núcleo é


igual ao número de eletrões existentes na eletrosfera ou a volta do núcleo. Nesse estado
o número atómico é igual ao número de protões e é igual ao número de eletrões.
Z = P = ē.

Estado excitado ou carregado: é o estado em que o átomo apresenta-se carregado

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positiva ou negativamente, por ter perdido ou ganho eletrões. Nesse estado o número
atómico será sempre igual ao número de protões, mas diferente do número de eletrões.
Z = P ≠ ē; P>ē ou P<ē.

Átomo carregado positivamente(P>ē): um átomo fica carregado positivamente quando


no estado neutro perde eletrões, isto é próprio característico dos metais. Quimicamente
quem perde eletrões chama-se catião.

Átomo carregado negativamente(P<ē): um átomo fica carregado negativamente


quando no estado neutro ganha eletrões, isto é característico dos não metais.
Quimicamente quem ganha eletrões chama-se anião.

Propriedades ou semelhanças atómicas

Propriedades atómicas: é a relação de semelhança existente entre as partículas ató


micas . Elas podem ser:

 Isobaria: diz-se isóbaros a átomos de elementos químicos diferentes que


apresentam o mesmo número de massa e diferentes números de protões,
neutrões e eletrões.
Ax = Ay;
Px ≠ Py;
Nx ≠ Ny;
Ēx ≠ Ē y
A (P ) A (P )
ZX 1 ZX 2

Onde 𝑃1 e 𝑃2 são as porcentagens ou a participação de cada isótopo no elemento natural.

m1 .P1 +m2 .P2 +⋯


Ar= P1 +P2 …

𝑃1 + 𝑃2 … = 100%

 Isotopia: diz-se isótopos a átomos do mesmo elemento químico que têm em


comum o mesmo número de protões e diferentes números de massa, neutrões e
eletrões.
Py = Py;
Ay ≠ Ay;
Ny ≠ Ny;
Ēy ≠ Ēy

 Isotonia: diz-se isótonos a átomos de elementos químicos diferentes que

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possuem o mesmo número de neutrões e diferentes números de massa, protões,
e eletrões.
Nx = Ny;
Ax ≠ Ay;
Px ≠ Py;
Ēx ≠ Ē y

 Iso-eletronia: são átomos de elementos diferentes que apresentam o mesmo nú


mero de eletrões e diferentes números de protões, massa e neutrões.
Ēx = Ē y
Nx ≠ Ny;
Ax ≠ Ay;
Px ≠ Py;

Modelo da mecânica quântica e energias eletrónicas

Durante a primeira parte do século XX, a física sofreu uma revolução que acabou por
influenciar todas as outras ciências. Esta revolução teve início na mecânica, parte da
física que estuda as forças e seus efeitos sobre o movimento dos objetos.

Mecânica Quântica: o modelo quântico nasce na tentativa de se conhecer as


propriedades dos átomos. Vários são os cientistas que arduamente trabalharam para
granjear um conhecimento vital sobre os átomos. Citam-se James Maxwell, MAX
PLANCK, Albert Einstein, Heisenberg, Schrö dinger...

Natureza ondulatória:
Com base à ondulação da luz, em 1873 James Maxwell, sugeriu que a luz era
constituída por ondas electromagnéticas.

Nutureza corpuscular
Em 1900, MAX PLANCK, sugeriu que átomos e moléculas podiam emitir ou absorver
energia em pequenas quantidades, mas bem definidas. Essa inergia seria emitida ou
absorvida em forma de radiação electromagnética.

Natureza corpuscular da luz


Albert Einstein, em 1905, usou a teoria de Planck para resolver o mistério sobre o efeito
fotoeléctrico, fenómeno no qual os electrões são ejectados da superfície de certos
metais. Sendo que a luz só pode ser compreendida com base na compreensão da teoria
ondulatória de Maxwell.

Einstein, desenvolveu a idéia, proposta por Planck, de que a energia de um feixe de luz

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concentrava-se em pacotes, os fótons. O quantum de energia luminosa é o fóton.

Em 1924, LOUIS DE BROGLIE, sugeriu que os eletrões possuíam propriedades


semelhantes às ondas. Ora bem! Sê um eletrão se comporta como onda, como é possível
especificar a posição duma onda em um orbital? Podemos determinar o comprimento
duma onda, sua energia e sua amplitude, mas não exatamente onde se encontra o
eletrão. A base disso surge o PRINCÍPIO DA INCERTEZA de Heisenberg, que
fundamenta a impossibilidade de determinar ao mesmo tempo a posição, a velocidade
de um eletrão e a tragetória de uma partícula subatómica.

Para dar solução à essa impossibilidade surge em 1926, ERWIM SCHR&DINGER, que
desenvolveu uma equação complexa involvendo matemática avançada, que permitia
determinar a probabilidade de encontrarmos o eletrão numa dada região do espaço. Que
mais tarde a equação foi resumida em números quânticos.

Números quânticos: são códigos matemáticos que permitem conhecer o nível,


subnível, sentido de rotação do eletrão e o local onde há a maior probabilidade de se
encontrar um eletrão. São conhecidos quatro números quânticos, são eles:

 -Número quântico principal(n): indica o nível/camada onde há a maior


probabilidade de se encontrar um eletrão. São conhecidos 7 níveis/camadas, e
cada um deles corresponde a um número quântico pricipal, recebendo valores
como(K=1; L=2; M=3; N=4; O=5; P=6; Q=7).
Cada nível tem um número máximo de eletrões a suportar, calculado pela fórmula: nº
e=2n², onde algumas camadas sofrem reajuste devido o número de elementos que
ocupam a TP (118).

 -Nº quântico secundário/azimutal: indica os subníveis ou subcamadas


eletrónicas. São conhecidos vários subníveis, tais como (s,p,d,f,g,h...) mas
atendendo o reajuste sofrido nos níveis, só são utilizados quatro subníveis
(s,p,d,f). Cada subnível tem um nº máximo de eletrões a suportar, calculados
pela fórmula nºe=4l+2. e cada subnível corresponde a um nº quântico
secundário, calculado pela fórmula l= n-1.

Distribuição de subníveis por camadas

1 K: 1s
2 L: 2s 2p
3 M: 3s 3p 3d
4 N: 4s 4p 4d 4f
5 O: 5s 5p 5d 5f
6 P: 6s 6p 6d
7 Q: 7s 7p

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 -Nº quântico magnético(m): são números que indicam os orbitais energêticos,
ou seja, indicam a região onde é máxima a probabilidade de se encontrar o
eletrão mais energêtico. Os orbitais representam-se por diagrama de caixa onde
cada diagrama ou orbital pode ser ocupado no máximo por dois eletrões, e
tomam valores dependentes do número quântico secundário: m= -l à m= +l e
pra indicar o total de orbitais, usa-se m= 2l+1. Cada valor de l corresponde a
uma orbital.

 -Nº quântico spin(s): indica o sentido de rotação do eletrão. Convencionou-se


que o eletrão no sentido horário corresponde à +1/2 com ceta dirigida para
baixo, e no sentido anti-horário -1/2 com ceta dirigida para cima.

Diagrama de Linus Pauling

1s
2s 2p
3s 3p 3d
4s 4p 4d 4f
5s 5p 5d 5f
6s 6p 6d
7s 7p

Princípio de exclusão de Pauling


Pauling, dizia que os dois eletrões que ocupam um mesmo orbital, não podem
apresentar os quatro números quânticos iguais, devendo haver sempre
desemparelhamento no seu sentido de rotação. Pra ele, duas hipôteses eram aceites: o
primeiro eletrão poderia ser de spin negativo ou positivo.

Regra de máxima multiplicidade(Hund)

Discordando a ideia de Pauling, Hund considerou uma só hipôtese, hipôtese essa aceite
actualmente. Hund diz: ao preenchermos os eletrões nos orbitais, começa-se sempre
com o eletrão de spin positivo(ceta para cima), e só depois do último orbital estiver
semi preenchido volta-se no primeiro preenchendo com o eletrão de spin negativo(ceta
para baixo).

Espetro e emissão do átomo de hidrogênio

Espetro de emissão do átomo de hidrogênio: é o conjunto de ondas eletromagnéticas


produzidas quando o eletrão de um átomo pula de níveis. Os espetros são
caracterizados pela frequência e pelo número de vezes que eles aparecem em função
do comprimento. Eles são considerados como fenômenos ondulatórios ou também
como radiações eletromagnéticas que se propagam no espaço.

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t

Comprimento de onda: é a distância entre duas cristas. E a frequência é o número de


ondas que passam por um determinado ponto durante 1 segundo, ela corresponde ao
número de vezes por segundo que a onda se move num ciclo completo de movimento
para cima e para baixo. A distância vertical entre o meio da onda e a crista ou a cava é
chamada de amplitude.
𝜆 = 𝜈. 𝑇 (m) onde 𝜆 comprimento de onda; v velocidade e t=periodo
Velocidade no vacuo v = C(3.108 )
𝑐
𝜆=
𝐹
1 𝑐
𝑇 = 𝐹 F(frequência Hz ou s^-1) 𝜆=𝐹
Crista: é a parte mais alta de uma onda. O tempo decorrente entre a passagem de duas
cristas no mesmo ponto do espaço chama-se período.

O número de vezes que uma onda aparece em função do comprimento de onda é


determinado por:
1 𝑛
𝛾̅ = 𝜆 [m^-1] E em função do tempo é por: 𝛾̅ = 𝑡

Onde n(número de vezes), t(tempo).

Radiação eletromagnética

A radiação electromagnética é a emissão e transmissão de energia na forma de ondas


electromagnéticas. Em 1873, James Clerk Maxwell sugeriu que a luz visível era
constituída por ondas electromagnéticas. De acordo com a teoria de Maxwell, a onda
electromagnética tem uma componente de campo eléctrico e uma componente de
campo magnético. Estas duas componentes têm o mesmo comprimento de onda e a
mesma frequência (e por isso a mesma velocidade) mas propagam-se em planos
perpendiculares entre si.

De acordo com De Broglie, um electrão ligado ao núcleo comporta-se como uma onda
estacionária( aquelas que não se propagam), por exemplo. a corda de uma viola, as
ondas não se propagam ao longo da corda. Alguns pontos da corda(nodos) não se
movem sequer; isto é, a amplitude da onda nesses pontos é nula. Existe um nodo em
cada extremidade e pode haver nodos entre elas.

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Quanto maior for a frequência de vibração, menor o comprimento de onda da onda
estacionária e maior o número de nodos. Só podem existir certos comprimentos de onda
em qualquer dos movimentos permitidos da corda. De Broglie argumentou que se um
electrão se comporta realmente como uma onda no átomo de hidrogénio, o
comprimento da onda tem de se ajustar exactamente à circunferência da órbita. Caso
contrário, a onda iria sendo parcialmente anulada em órbitas sucessivas.
Eventualmente, a amplitude da onda seria reduzida a zero e a onda deixaria de existir.
A relação entre o perímetro(2πr) de uma órbita permitida e o comprimento de onda
(Â) é dada por:

2𝜋𝑟 = 𝑛. 𝑣

onde r é o raio da órbita, v é o comprimento de onda da onda do electrão e n número


quântico principal. O raciocínio de De Broglie conduziu à conclusão de que as ondas
se podem comportar como partículas e as partículas podem exibir propriedades de
ondas. De Broglie deduziu que as propriedades corpusculares e ondulatórias estão
relacionadas através da expressão nO raciocínio de de Broglie conduziu à conclusão
de que as ondas se podem comportar como partículas e as partículas podem exibir
propriedades de ondas. De Broglie deduziu que as propriedades corpusculares e ondulat
órias estão relacionadas através da expressão:

𝜆𝑚. 𝑣 = ℎ → 𝜆. 𝑃 = ℎ
Onde m.v =P=Q= movimento; h(const. de planck)
𝑛2 .𝑎0
r= Onde r= raio; 𝑎0 constante do raio= 0,529Å
𝑍

Equação de Ridberg

Permite determinar o comprimento de onda entre dois níveis ou camadas.


1 1
𝛾̅ = 𝑅𝑍 2 ( 2 − 2 )
𝑛1 𝑛2
R(constante de Ridberg 1,0974.107 𝑚−1) n (niveis de camadas) Z(número atómico)

Energia de ionização.

Para compreender a teoria quântica de Planck, devemos conhecer alguma coisa acerca
da natureza das ondas.

A onda: corresponde a perturbação de um meio. Ela é caracterizada pelo seu


comprimento e altura e pelo número de ondas que passam através de um determinado
ponto durante um segundo.

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Segundo Planck, a energia absorvida ou emitida pela matéria sob a forma de radiação
eletromagnética estava quantizada, isto é, apenas poderia ser absorvida ou emitida em
quantidades discretas(pequenas), a qual Planck chamou de quantun.

E=h.F [joule].

Onde h= constante de Planck (h= 6,63.10−34 j.s (joule×segundo).

Bohr
A teoria de Bohr permite explicar o espectro de riscas do átomo de hidrogénio. A
energia radiante absorvida pelo átomo obriga o electrão a mover-se de um estado para
um estado de maior energia. Inversamente, a energia radiante (na forma de um fotão) é
emitida quando o eletrão se move de um estado de maior energia para um de menor
energia. O movimento quantizado do eletrão de um estado de energia para outro é aná
logo ao movimento de uma bola de ténis subindo ou descendo um conjunto de degraus.
A bola pode estar em qualquer degrau, mas não entre degraus. A sua passagem de um
degrau mais baixo para um mais alto é um processo que requer energia, enquanto que
a passagem de um degrau mais alto para um mais baixo é um processo que liberta
energia. A quantidade de energia envolvida em qualquer tipo de mudança é determinada
pela distância entre os degraus inicial e final. Da mesma forma, a quantidade de energia
necessária para mover o electrão no átomo de Bohr depende da diferença de energia
entre os estados inicial e final. Para aplicar a Equação ao processo de emissão num á
tomo de hidrogénio, vamos supor que o electrão está inicialmente num estado
caracterizado pelo número quântico principal n.
Durante a emissão, o electrão decai para um estado de energia mais baixo caracterizado
pelo número quântico principal 4 (os índices i e f çorrespondem aos estados inicial e
final, respectivamente). Este estado de energia mais baixo pode ser outro estado
excitado ou o estado fundamental. A diferença entre as energias dos estados inicial e
final é:
ℎ. 𝑐. 𝑍 2 . 𝑅
∆𝐸 = 𝐸𝑓 − 𝐸𝑖 𝐸𝑛 = −
𝑛2

Quando libertada. ∆𝐸 = 𝐸𝑖 − 𝐸𝑓 e quando absorvida ∆𝐸 = 𝐸𝑓 − 𝐸𝑖


Quando um fotão é emitido, ni>nt. consequentemente, o termo entre parênteses é
negativo e ∆E é negativo (a energia é transferida para o meio circundante). Quando a
energia é absorvida ni < nf e o termo entre parênteses é positivo, então ∆E é positivo.
cada risca no espectro de emissão corresponde a uma transição particular num átomo
de hidrogénio. Quando estudamos um grande número de átomos de hidrogénio,
observamos todas as transições possíveis e portanto as correspondentes riscas
espectrais. o brilho de uma risca espectral depende de quantos fotões com o mesmo
comprimento de onda são emitidos.

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Os eletrões são mantidos nos átomos dos metais por forças de atração eletrostática(força
de coulomb) que teriam que ser quebradas para os libertar do núcleo. Se a energia do
feixe de luz incidente do metal for exactamente igual a energiabde ligação do eletrão
ao átomo(energia de ionização) isso corresponderá a frequência crítica ou mínima. O
eletrão egectado ficará em repouso fora do átomo. O aumento da frequência da radiação
incidente, teria como consequência que o eletrão após removido ao átomo ganhe uma
determinada energia cinética.

Estado crítico 𝐸𝑟 = h.F

n= ∞
n=3

n=2 1º estado excitado

n=1 estado funamental


𝐸𝑐

Núcleo

𝐸𝑟 = 𝐸𝑐 + 𝐸𝑖 Em repouso v=0
1
𝐸𝑐 = 2 𝑚𝑣 2 (m=massa; v= velocidade)
Séries de riscas do espetro de emissão do átomo de hidrogênio

Séries n= 1 n= 2 Região espetral


Lyman 1 ≥ 2 Ultravioleta
Balmer 2 ≥ 3 Visível e ultravioleta
Pashen 3 ≥ 4 Infravermelho
Brackett 4 ≥ 5 Infravermelho
Pfund 5 ≥ 6 Infravermelho

Os eletrões são ingetados pra o exterior por causa da desistabilidade, mas depois de
ganharem ou perderem, voltam para o núcleo. A força existente entre o núcleo e o
eletrão externo é conhecida como força eletrostática.
𝐾. 𝑞𝑝. 𝑞ē
𝐹𝑢 =
𝑟2

Onde Fu(força eletrostática); qp(carga do protão); qē(carga do ē); K(constante elêtrica


=9.109 𝑁. 𝑚2 ∕ 𝑐 2 e r(raio).

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Capítulo lll: Estudo da tabela periódica
s/ Conceito;
-Divisão da tabela periódica;
-Classificação dos elementos;
-Determinação dos grupos e períodos;
-Natureza dos elementos;
-Propriedades periódicas;
-exercícios.

Tabela periódica: é um documento ou mapa que estabelece a organização dos elementos


químicos de acordo a ordem crescente do número atómico. A TP pode ser ocupada por
18 elementos, mas por enquanto só há 115, eles encontram-se nos três estados de
agregação. O grande mentor da tabela periódica foi o Dimitri Ivanovich Mendeleev.

Divisão da tabela periódica

A tabela periódica está dividida em períodos e grupos.

Períodos: são as sequências horizontas da tp. São conhecidos 7 períodos, e cada um


deles corresponde a uma camada, daí é que o período em que um elemento pertence
indica a sua camada.

Grupos: são as sequências verticas da tabela periódica. São conhecidos 18 grupos ou


famílias, onde 10 pertencem aos elementos transitivos e 8 ao representativos. Os
elementos de um mesmo grupo possuem as mesmas propriedades químicas.

Determinação dos grupos.

O grupo de um elemento químico é determinado em função do número de eletrões da


última camada, com as seguintes condições:

Representativos
• Todos os elementos cuja a distribuição eletrónica termina em "ns", o grupo será o nú
mero de eletrões desse subnível. Caso queiramos representar em números romanos,
devemos acrescer a letra "A"

• Todos os elementos cuja a distribuição eletrónica termina em "ns np", o grupo será a
soma dos eletrões desses subníveis. Caso queiramos representar em números cardinais,
devemos somar mais 10, caso seja em números romanos devemos acrescer a letra "A".

Transitivos
• para os elementos cuja a distribuição eletrónica termina em (n-1)nd ns, depois da
organização o grupo determina-se somando os seus eletrões. Pra representam em nú

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meros romanos, basta acrescer a letra "B".

Obs.: sê a soma dos eletrões for igual à 8, 9, 10 e quisermos representar em números


romanos, devemos considerar que pertence ao grupo VIIIB.
Ex.: Ni

Se a soma for superior à 10 e quisermos representar em numeração romana, subtrai-se


10, o resultado será o grupo em que pertence o elemento.
Ex.: Cu

• Os elementos terminados em "f" apresentam um grupo predefinido, ou seja,


pertencem ao grupo IIIB ou 3

Classificação dos elementos.


Os elementos são classificados em:

Representativos: são todos os elementos cuja a distribuição eletrónica termina com o


subnível "s" ou "p". Apresentam natureza metálica, não metálica e semi metálica.
Todos encontrados na natureza. Na tabela periódica ocupam as extremidades.

Os grupos desses elementos apresentam nomes específicos, resumidos na tabela


abaixo.

Grupuos Nomes dos grupos Config. Eletr.


1 ou IA Metais alcalinos nS1
2 ou IIA Metais alcalinos terrosos 𝑛𝑆 2
13 ou IIIA Família do boro 𝑛𝑆 2 𝑛𝑃
14 ou IVA Família do carbono 𝑛𝑆 2 𝑛𝑃
15 ou VA Família do nitrogénio 𝑛𝑆 2 𝑛𝑃3
16 ou VIA Família calcogénio 𝑛𝑆 2 𝑛𝑃4
17 ou VIIA Halogénios 𝑛𝑆 2 𝑛𝑃5
18 ou VIIIA Gases nobres 𝑛𝑆 2 𝑛𝑃6

Transitivos
São todos os elementos cuja a distribuição eletrónica termina com os subníveis "d" e
"f". São todos metais(naturais e artificiais). Na tabela periódica ocupam o centro. Eles
podem ser subdivididos em transitivos internos e externos.

Transitivos externos: são todos os elementos que pela configuração eletrônica terminam
com o subnível "d"

Transitivos internos: são todos os elementos que na distribuição eletrónica terminam


com o subnível "f".

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Nota: o Urânio(U) é o último elemento natural a preencher a tabela periódica. Os
elementos artificiais que veem antes dele dizem-se cis-urânicos. Os que veem depois
dizem-se trans-urânicos.

A tabela periódica actualmente possui 88 elementos naturais e 27 artificiais.

Natureza dos elementos

Metais: são elementos condutores de calor e da corrente elétrica, apresentam brilho met
álico. No seu estado natural são maioritariamente sólidos (excepto o Hg que é líquido).

Apresentam na última camada (1;2;3 ē). São eletropositivos, por isso nas ligações eles
perdem os eletrões da última camada e transformam-se em catião monovalente, bi e
trivalente. A energia que os metais proporcionam para se transformarem em catiões,
chama-se energia de ionização.

Obs.: conrelação aos metais o hidrogênio e o hélio são uma excepção. Mesmo
apresentando 1;2 ē na última camada não são metais.

Não metais: são elementos que não conduzem calor e nem corrente elétrica. No seu
estado natural são maioritariamente gases( excepto o Bromo que é líquido). Na
distribuição eletrónica apresentam na última camada (5;6;7 ē). São eletropositivos, por
isso nas ligações ganham eletrões e transformam-se em aniões mono, bi e trivalentes.

A energia que os não metais utilizam pra ganhar eletrões chama-se eletroafinidade ou
afinidade eletrónica.

Semi metais: são elementos que nas ligações químicas podem perder ou partilhar
eletrões. Não têm um comportamento fixo, hora comportam-se como metais ou como
não metais. São os elementos que na distribuição eletrónica apresentam 4 ē na última
camada.

Nota: o carbono embora apresente 4 ē na última camada, comporta-se mais como não
metal do que semi metal, por isso nas ligações ele partilha e não perde.

Propriedades periódicas

As propriedades periódicas são aquelas que, à medida que o número atômico aumenta,
assumem valores crescentes ou decrescentes em cada e repetem-se periodicamente.
Mencionam−se como propriedades periódicas:

 Raio atómico: é a metade da distância entre núcleo de dois átomos, ou, é a


distância do núcleo com o eletrão mais externo. Na tabela periódica ele
comporta-se da seguinte forma:

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No grupo: aumenta de cima pra baixo com o aumento do número de camadas;

No período: aumenta da direita pra esquerda, com a redução do número atómico. O


elemento mais eletronegativo é o frâncio(Fr).

 Raio iónico: é medido num átomo no estado excitado. Ele pode ser:

Raio iónico do catião: é medido num átomo que perdeu eletrões. É sempre menor do
que o raio iónico do anião e é sempre menor que o raio atómico;

Raio iónico do anião: é medido num átomo que perdeu eletrões. Esse raio é sempre
maior que o do catião e o atómico. Em geral, quanto maio for o número atómico, menor
é o raio iónico(Z>RI).

 Energia de ionização: é a energia necessária para remover um eletrão dum á


tomo no estado gasoso. A primeira energia de ionização é sempre menor do que
a segunda e sucessivamente.
Quanto menor for o raio atómico, maior será a energia de ionização.

Comportamento na tabela periódica

Nos grupos: aumenta de baixo pra cima com a redução do número de camadas.

No período: aumenta da esquerda pra direita, com o aumento no número atómico.


Quanto maior o número atómico, maior ele será.

 Eletronegatividade: é a capacidade que os átomos possuem de atrair eletrões


pra si. Esta capacidade é maior nos não metais por isso nas ligações tendem a
ganhar eletrões.

Comportamento na tabela periódica

Nos grupos: aumenta de baixo pra cima. Quanto menor o Z maior é a


eletronegatividade.

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No perío: aumenta da esquerda pra direita. O elemento mais eletronegativo é o fluor.

 Eletroafinidade: é a energia libertada quando um átomo no estado gasoso


captura eletrões. Não se aplica a análise ao gases nobres.

Comportamento na tabela periódica.


Nos grupos: aumenta de baixo para cima, com o aumento da eletronegativisade.

Nos períodos: aumenta da esquerda para direira, com o aumento do número atómico.

 Eletropositividade: é a capacidade que os átomos têm de perder ou de doar


eletrões. É característico dos metais, por isso nas ligações tendem a perder os
eletrões.

Comportamento na tabela periódica.

Nos grupos: aumenta de cima pra baixo. Quanto maior o raio atómico, maior é a
eletropositividade.

Nos períodos: aumenta da direita para a esquerda.

 Densidade ou massa específica: é a massa de uma substância dividida pelo


volume que ela ocupa.
𝑚
𝐷=
𝑉

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Comportamento na T.P.

No grupo: a densidade aumenta de cima para baixo.

No período: a densidade aumenta das extremidades para o centro da tabela.

Assim, os elementos de maior densidade estão situados na parte central e inferior da


tabela periódica, sendo o ósmio (Os) o elemento mais denso (22,5 g/cm3).

 Temperatura de fusão (TF) e de ebulição (TE)

Comportamento na T.P
Nos grupos: o ponto de fusão e ebulição para os elementos IA e IIA, aumentam de
baixo pra cima, devido o aumento da densidade. Nos outros grupos aumentam de cima
para baixo.

No período: aumentam das extremidades para o centro, com o aumento da densidade.

Entre os metais, o tungstênio (W) é o que apresenta maior TF: 3 410 ºC. O carbono,
por formar estruturas com grande número de átomos, apresenta TF (3550 ºC) e TE
(4287 ºC) elevados.

 Volume atômico: é a estensão de espaço ocupado por 6,02.1023 átomos, e pode


ser calculado pela equação:
6,02. 1023
𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑎𝑡ó𝑚𝑖𝑐𝑜 =
𝐷𝑆
Comportamento do volume na tabela periódica.

No grupo: o volume atômico aumenta com o aumento do raio atômico

Nos períodos: o volume atômico cresce do centro para as extremidades.

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Capítulo IV: Ligações Químicas
S/ Conceito
- Lei das oitavas ou Regra de Otecto
-Tipos de ligações;
- Alotropia;
- Polaridade;
- Geometria molecular;
- Hibridação.

Ligações Químicas: é a união de dois ou mais átomos, com a finalidade de adquirir


estabilidade eletrónica. Com exceção aos gases nobres que pela sua natureza são todos
estáveis, já os outros são todos instáveis e para adquirir a estabilidade precisam ligar-
se uns com os outros.

Lei das oitavas


Um elemento no seu estado fundamental instável, adquire a estabilidade eletrónica se
apresentar na última camada 8 eletrões.

Excepções á regra do Octeto


Hoje são conhecidos compostos que não obedecem à regra do OCTETO.
 Átomos que ficam estáveis com menos de 8 electrões na camada de valência.
(BeH2,BF3,etc);
 Átomos que ficam estáveis com mais de 8 electrões na camada de valência.
(SF6;PCl5,etc);
 Átomo que fica estável com número impar de electrões na camada de valência
(NO2);
 Compostos dos gases nobres (XeF2,XeF4)
Recentemente foram produzidos vários compostos com os gases nobres. Estes
compostos só ocorrem com gases nobres de átomos grandes, que comportam a camada
expandida de valência

Tipos de ligações.
 Ligações eletrovalentes;
 Ligações intermoleculares.

As ligações eletrovalentes podem ser:


 Ligação iónica: é a ligação que ocorre entre um metal e um não metal. Consiste
na transferência de eletrões de valência do metal para a camada de valência do
não metal. O número de eletrões cedidos pelo metal devem ser capturados pelo
não metal, pelo que tornar-se a carga desse elemento, positivo para o metal e
negativo pra o não metal.

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 Ligação covalente normal: é a ligação que ocorre entre os não metais. Consiste
na partilha de eletrões das camadas de valência. Pode haver partilha de até 4
pares de eletrões, onde cada átomo participa com apenas dois eletrões.

 Ligação covalente coordenativa ou dativa: são ligações que ocorrem quando


já não há possibilidades de partilha de eletrões. Consiste na doação de pares de
eletrões por parte do átomo central para um dos átomos instáveis do elemento a
ele ligado.
Ex.: H2SO4

Classificação das ligações covalentes quanto a partilha de ē.

Quando numa ligação partilha-se um pare de eletrões, diz-se que é ligação covalente
simples e designa-se por "sigma".

Quando numa ligação partilha-se dois pares de eletrões, diz-se que é ligação covalente
dupla e designa-se por "sigma e pi".

Quando numa ligação partilha-se três pares de eletrões, diz-se que é ligação covalente
tipla, onde duas são pi e uma sigma.

 Ligações metálicas: são aquelas que ocorrem estre os metais. Servem para
explicar e esclarecer a existência de ligas metálicas.

Ligas metálicas: são derivados de misturas metálicas. As ligas resultam de um processo


industrial. Algumas ligas metálicas são:

Aço: surge da combinação de Fe + Cr + Sn + C = aço


Bronze: surge da combinação de Cu + Sn.
Latão: combinação de Al + Sn + Cu.

Alotropia: é a forma em que certos elementos apresentam-se na natureza, com o mesmo


número atómico e estruturas diferentes. Os elementos alotrópicos são:

𝐷𝑖𝑎𝑚𝑎𝑛𝑡𝑒
𝑅𝑜𝑚𝑏𝑖𝑐𝑜 𝐵𝑟𝑎𝑛𝑐𝑜
Carbono: { 𝐺𝑟𝑎𝑓𝑖𝑡𝑒 Enxofre: { Fósforo: {
𝑂𝑟𝑡𝑜𝑟𝑟𝑜𝑚𝑏𝑖𝑐𝑜 𝑉𝑒𝑟𝑚𝑒𝑙ℎ𝑜
𝐹𝑢𝑙𝑜𝑟𝑒𝑛𝑜

As ligações intermoleculares são:


 Forças de Van-de-Wars;
 Ligação por ponte de hidrogênio.

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Ligações de ponte de hidrogénio: estas ligações ocorrem também entre moléculas
polares nas quais, nos pólos positivos esta o H e nos pólos negativos o F, O ou o N.
Estes elementos são muito electronegativos, por esta razão as ligações de pontes de
hidrogénio são muito mais fortes que as de Wan-der-Walls.

Ligações de forças de Wan-der-Walls: este tipo de ligação ocorre entre moléculas


polares no estado líquido ou sólido, nestas ligações a componente determinante é a
atracção mútua entre os pólos, isto é, se supormos o sistema + – como a molécula
polar teremos:

 Ião - Dipolo permanente: Atracão entre um ião e uma molécula polar (dipolo);

 Ião - Dipolo induzido: Atracão entre um ião e uma molécula apolar. O ião causa
uma atracão ou repulsão electrónica com a nuvem electrónica da molécula
apolar, causando uma deformação da nuvem electrónica na molécula apolar e
provocando a formação de dipolos (induzidos);

 Dipolo permanente: Atracão entre moléculas polares. Os dipolos atraem-se


pelos polos opostos (positivo-negativo);

 Dipolo permanente: Atracão entre uma molécula polar e uma molécula apolar.
O dipolo causa repulsão electrónica entre seu polo positivo e a nuvem electró
nica da molécula apolar e uma repulsão entre esta nuvem e seu polo negativo.
Isso causa uma deformação da nuvem electrónica na molécula apolar,
provocando a formação de dipolos (induzidos);

 Dipolo induzido: (Forca de dispersão de London): é uma atracão que ocorre


entre moléculas apolares, que quando se aproximam umas das outras, causam
uma repulsão entre suas nuvens electrónicas, que então se deformam, induzindo
a formação de dipolos. Essa forca e mais fraca que a do tipo dipolo permanente.

Apenas os dois tipos abaixo, ou seja, a que se aplica a moléculas polares (dipolo
permanente) e a que se aplica a moléculas apolares (dipolo induzido ou Forcas de
Dispersão de London).

 Dipolo-dipolo ou dipolo permanente – dipolo permanente ou dipolar: ocorre


em moléculas polares. Exemplos: HCl, SO2, PCl3, H2S, HBr, etc.

 Dipolo instantâneo- dipolo induzido ou forcas de London: ocorre em molé


culas apolares. Exemplos: CO2, O2, CH4, I2, SO3, etc.

Em termo de ordem crescente das forcas intermoleculares, temos: Dipolo instantâneo-


dipolo induzido (Forcas de London) < dipolo-dipolo (dipolo permanente) < ligações de
hidrogénio.

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OBS: quanto mais forte for a força de atracão intermolecular, maior será o seu ponto
de ebulição. Ex.: CH4 < HCl < NH3

Ao compararmos duas substâncias com o mesmo tipo de interacção intermolecular, ter


á maior ponto de ebulição a de maior massa molecular. HCl < HBr < HI.

Polaridade

Polo: é o acúmulo de carga elétrica em uma determina região.

As ligações ocorrem entre átomos de igual eletronegatividade, bem como entre átomos
com eletronegatividades diferentes que dão então lugar a formação de polos. Toda
ligação iónica é polar, já as covalentes podem ser polares ou apolares.

Ligação covalente polar: são aquelas que surgem da combinação de átomos de


elementos diferentes.

Ligação covalente apolar: são aquelas que resultam da combinação de átomos do


mesmo elemento.

Polaridade das moléculas.

Determina-se a polaridade das moléculas procedendo da seguinte forma:

I. Se o número de átomos ligantes for igual ao número de núvens eletrónicas, diz-


se que a molécula é apolar.
II. Se o número de átomos ligantes for diferente ao número de núvens eletrónicas,
diz-se que a molécula é polar.
Nota: constituem núvens eletrónicas pares de eletrões ligados ao átomo central e pares
de eletrões do átomo central não ligantes.

Momento dipolar

Momento dipolar: é o momento da força de rotação ou, é o produto da carga pela


distância que separa os dois núcleos.
𝜇𝑑 = 𝑟. 𝑞ē

𝜇𝑑 é o momento dipolar ; r ou d é a distância média entre dois núcleos; 𝑞ē carga do


eletrão(1,6×1019 C)

Nota: na ligação covalente apolar 𝜇𝑑 =0; r=0 porque a distância é muito próxima.

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Número de eletrões de uma molécula

N°ē na m.: é igual a soma de produtos de número atómico com as suas atomicidades.
Se a molécula for poli-atómica ou iónica, devemos adicionar o nox ou a valência ou a
carga se for negativa e subtraímos se ela for positiva.

Número de eletrões na estrutura de Lewis: é igual a soma de produtos dos números de


ē na última camada com as suas atomicidades. Adicionamos a carga se ela for negativa
e subtraímos se ela for positiva.

Ordem de ligação
A ordem de ligação corresponde aos números de ligações covalentes.

e̅ef = e̅L − e̅n

onde e
̅ ef (ē efetivamente ligado), e̅L (ē ligantes) e e̅n ( não ligantes).

Geometria molecular
É a parte das ligações químicas que representa a geometria e os ãngulos das ligações.
Os tipos de geometria são:

 Geometria linear: acontece quando há três núcleos, onde dois deles se


encontram ligados ao central. Apresentam sempre ângulo de 180°.

 Geometria triangular: acontece quando há quatro núcleos, onde três estão


ligados ao núcleo central. Apresentam sempre ângulo de 120°.

 Geometria angular: acontece quando há quatro núcleos, onde três estão ligados
ao núcleo central, mas esse núcleo apresenta pares de eletrões não ligantes. O
seu ângulo é de 120°.

 Geometria tetraédrica: Ocorre quando há 5 núcleos, onde 4 estão ligados ao nú


cleo central. Apresentam ângulo de 90°.

 Geometria piramidal: ocorre quando há 6 núcleos, onde 5 encontram-se ligados


ao central. Possuem ângulo de 120°.

 Geometria octaédrica: acontece quando há 7 núcleos onde 6 estão ligados ao


central. Apresentam entre si ângulo de 109,28°.

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Regras pra determinação da geometria
 Nos compostos que apresentam ligações simples, duplas, tripla ou dativa,
consideram-se todas simples;

 Os pares de eletrões do átomo central que não participam na ligação, são


considerados como simples.

Hibridação

Hibridação: é um instrumento matemático que explica o emparelhamento ou a ligação


dos eletrões desemparelhados do átomo central na última camada.

Tipos de hibridação: sp; sp²; sp³; sp³d; sp³d².

Regras pra a determinação da hibridação


 Todos os eletrões da camada de valência devem estar desemparelhados. Caso
não estejam excita-se o átomo e um dos eletrões emparelhados sofre a promoção
para o orbital mais próximo.

 O número de eletrões desemparelhados no subnível, indica o seu expoente e o


número de eletrões desemparelhados na camada indica o número de eletrões h
íbridos;
 O número de eletrões desemparelhados, indica o número de eletrões ligantes;

 Só participam na hibridação os eletrões da última camada do átomo central.


 Para os eletrões ligantes só deve participar o último subnível.

Nota: quando todos os orbitais do subnível estiverem preenchidos e houver ainda


eletrões emparelhados, devemos excitar pra um outro subnível, mas pertencendo à
mesma camada.

Obs: Todos os compostos em que o nitrogênio participa, não formam hibridação.

A hibridação dos hidrocarbonetos.


Os átomos de carbono que participam bas cadeias dos hidrocarbonetos apresentam os
seguintes tipos de hibridação:
 Se possuir apenas ligações simples, a hibridação é sp³;
 Se possuir apenas ligaçõesduplas, a hibridação é sp²;
 Se possuir ligaçôes triplas, a sua hibridação é sp
No caso de participar em duas ligações( simples,duplas e triplas) considera-se a ligação
maior.

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Capítulo V: Reações químicas.
Conceito;
-classificação das reações
-Determinação do nox.

Reação química: é o fenómeno que dá origem à novas substâncias. Ex.: a combustão


do carbono.

Classificação das reações


Quanto ao tipo:
-Reações de autoxidação-redução(dismutação) são aquelas em que se reduz e se oxida
um mesmo elemento numa molécula.
Ex.: CuCl → CuCl2 + Cu^0

1. Reacções de síntese ou adição: quando duas ou mais substâncias reagem entre si


para formar um único produto de reacção. ‫ ݐ‬A+‫ݐ‬B → C

Reacções típicas:
Oxido ácido + água = Ácido
Óxido básico + água = base
Óxido ácido + óxido básico = sal

2. Reacções de análise ou decomposição: quando uma única substância origina dois ou


mais produtos de reacção. A → B + C

3 Reacções de substituição (troca) simples ou deslocamento: quando uma substância


simples reage com uma composta, produzindo uma nova substância simples e outra
composta. A + BC → AB + C

Existem algumas reacções em que não ocorre a substituição, devido a reactividade


existente para cada átomo. Ela só ocorre se o A for mais reactivo que B.

4- Reações de dupla troca: ocorrem quando duas substâncias compostas reagem,


originando duas novas substâncias compostas.
Ex.: AB + CD → AC + BD

Quanto à natureza, as reacções químicas podem ser:

1. Reacção de Precipitação: ocorre quando duas soluções de substâncias iónicas são


misturadas para formar uma substância iónica sólida denominada precipitado (isto é,
um composto sólido insolúvel formado durante uma reacção química em meio lí
quido). Pb(NO3)2(aq) + 2KI(aq) → 2KNO3(aq) + PbI2(S)↓

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2. Reacção Ácido-Base.
O caráter ácido ou básico das substâncias acaba provocando inúmeras reações tanto na
Química Inorgânica como na Química Orgânica. Os ácidos e as bases são substâncias
que formam soluções aquosas condutoras de eletricidade. Elas reagem facilmente entre
si e têm características opostas; essa oposição constata-se pela mudança de cor dos
indicadores “o que o ácido faz a base desfaz”.

A primeira conceituação mais precisa de ácido e base foi dada por Svante August
Arrhenius.

Ácido de Arrhenius: é todo composto que, em soluçã o aquosa se ioniza,produzindo


como íon positivo apenas o cátion hidrogênio(H^+).
Ex.: HCl → H^+ + Cl^-

Base de Arrhenius: é todo composto que, por dissociação iônica,libera como íon
negativo apenas o hidroxila(OH^-).
Ex.: NaOH → Na^+ + OH^-

Teoria Protônica
A teoria protónica também designada de teoria de Brønsted-Lowry, foi desenvolvida
para descrever o comportamento ácido-base das substâncias.

De acordo com esta teoria, um ácido é uma espécie química capaz de “doar” um
protão (catião hidrogénio) e uma base é uma espécie capaz de aceitar um protão. Isto
significa que, quando uma espécie se comporta como um ácido e cede um protão, tem
de haver uma outra espécie que se comporte como base e aceite o protão. Assim, desta
teoria resulta a equação química genérica seguinte,

ácido (HA) + base (B) → base conjugada (A-) + ácido conjugado (BH+)

em que "base conjugada" representa a espécie química a que um ácido dá origem apó
s perda de um protão e "ácido conjugado" a espécie a que uma base dá origem após o
ganho de um protão.

Há substâncias que podem comportar-se quer como ácidos quer como bases, conforme
a espécie com quem reagem. Estas substâncias designam-se por substâncias anfoté
ricas. Apresentam-se seguidamente alguns exemplos de reacções de ácido-base
segundo a teoria de Brønsted-Lowry:

NH3(aq) + H2O(l) → NH4+(aq) + HO-(aq) ; NH3 é a base e NH4+ o seu ácido


conjugado, H2O é o ácido e HO- a sua base conjugada.

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Ácidos e Bases segundo Lewis

Ácido de Lewis: é toda espécie química capaz de receber pares eletrônicos em ligações
dativas.

Base de Lewis: é toda espécie química capaz de ceder pares eletrônicos para formar
ligações dativas.
Ex.: FeCl3 + Cl2 → FeCl4^- + Cl^+

3. Reacção de dissolução: corre quando uma substância molecular é dissolvida em á


gua formando moléculas no meio aquoso. CH3COOH(l) +agua → CH3COOH(aq)

4. Reacção de dissociação ou de ionização: ocorre quando uma substância é dissolvida


em água formando iões.

4.1 A dissociação ocorre com substâncias iónicas: Na+OH- (s) + agua → Na+(aq) +
OH-(aq)

4.2 A ionização ocorre com substâncias moleculares HCl(g) + agua → H+(aq) + Cl-
(aq)

5- Reações redox: são aquelas em que o nox varia, defindo assim quem sofreu oxidação
e quem redução.

Tipos de reações redox.


- Reações redox intermoleculares: são aquelas em que os elementos que se oxidam e se
reduzem encontram-se em diferentes compostos.
Ex.: HCl + MnO2^-2 → MnCl + Cl^0 + H2O

- Reações redox intramoleculares: são aquelas em que se oxidação e se reduzem


elementos de uma mesma molécula, que necessariamente não têm que ser iguais, e nem
sempre o mesmo nox.
Ex.: KClO3^-2 → KCl^-1 + O2^0

-Reações de autoxidação-redução(dismutação) são aquelas em que se reduz e se oxida


um mesmo elemento numa molécula.
Ex.: CuCl → CuCl2 + Cu^0

Determinação do nox

Nox: é carga real dos elementos adquiridos nas ligações químicas. Há elemento que o
seu nox conside com a sua valência.
Para determinar o nox de um elemento no composto, devemos ter em conta o seguinte:

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a) se o composto for molecular, a soma dos produtos do nox pelos respetivos números
de átomos dos elementos que participam no composto molecular deve ser igual a zero.

b) se o composto for iónico, a soma dos produtos do nox pelos respetivos números de
átomos dos elementos que participam no composto deve ser igual à carga do ião.

Tabela do nox
1- todos os elementos livres, e substãncias simples que não apresentam nox predefinido,
considera-se que é zero.

2- o hidrogênio apresenta sempre nox +1, excepto nos hidretos metálicos que
apresenta-1.
3- o grupo dos metais alcalinos apresenta nox +1;
4- o grupo dos metais alcalinos terrosos apresentam nox +2;
5- os halogênios possuem nox -1;
6- o oxigênio geralmente apresenta nox -2, excepto nos peróxidos e superóxidos que
apresenta respetivamente -1; -1/2.
7- O alumínio e o boro apresentam nox +3;
8- o ferro apresenta nox +2e +3.

Oxidação: é o aumento do nox em relação aos reagentes. Um elemento que sofre


oxidação apresenta perda de eletrões.

Redução: é a diminuição do nox em relação aos reagentes. Um elemento que sofre


redução, ganha eletrões.

Agente oxidante: é o elemento ou o composto que possui o elemento que sofre a


redução.

Agente redutor: é o elemento ou o composto que apresenta o elemento que sofre a


oxidação.

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Capítulo VI: Equações Químicas
/Conceito;
- Tipos de equações;
- Tipos de compostos;
- Acerto de equações;
- Métodos de acertos;
- Exercícios.

Equações químicas: são as representações gráficas das reações química. Na equação


química encontramos reagentes, produtos estado físico das equações e as cetas.
A + B → C + D ; A + B <=> C + D

Tipos de equações
Quanto as reações podem ser:

Reações reversíveis(completa): são as reações nas quais os reagentes são convertidos


em produtos e os produtos em reagentes. Representam-se por dupla ceta(<=>).

Reações irreversíveis: são as reações nas quais os reagentes são convertidos em


produtos, não havendo reação no sentido inverso. Representa-se por uma ceta(→)

Quanto aos tipos de compostos:

Equações moleculares: são aquelas que apresentam compostos moleculares. Ex.:


H2SO4; H2O...

Equações iónicas: são aquelas que apresentam compostos iónicos. Ex.: SO-2.

Tipos de compostos

Compostos moleculares: são aqueles que se encontram no estado neutro.

Compostos iónicos: são aqueles que se encontram carregados.

Acerto de equações
Acerto de equações: consiste no balanceamento dos números de átomos e de cargas
das equações, para fazer cumprir a lei de Antoine Lavoisier " a quantidade química dos
reagentes deve ser igual à dos produtos!", actualmente resumida em dica "na natureza
nada se cria, nada se destroi, mas tudo se transforma"

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São conhecidos 4 métodos pra balancear as equações, nomeadamente:
 Método das tentativas;
 Método algébrico(coeficientes indeterminados);
 Método redox(variação do nox);
 Método do ião eletrão.

Método das tentativas: consiste em tentar o número de vezes que for possível,
alterando os coeficientes estequiométricos que satisfazem a equação. Para melhor
acerto, começa-se por balancear os elementos metálicos, não metálicos( excepto hidrog
ênio e oxigênio), e só depois hidrogênio e oxigênio.

Método algébrico(coeficientes indeterminados): consiste em balancear as equações


moleculares que apresentam mais de dois reagentes e produtos. Substitui-se os
coeficientes estequiométricos por letras do alfabeto latino, cria-se sistema de equações,
onde as letras do alfabeto serão as incógnitas.
Ex.:H2SO4 + Fe2O3 → Fe2(SO4)3 + H2O

O número de equações será sempre menor que o número de incógnitas, por isso, dar-
se-á valor 1 a uma das incógnitas de maneira a igualar o número de equações. Quando
a diferença entre as incógnitas e as equações for de duas incógnitas, devemos atribuir
dois valores a duas variáveis que pertençam a equações diferentes.
Ex.: K2Cr2O + H2S + H2SO4 → Cr(SO4)3 + K2SO4 + S + H2O

Método da variação do nox: consiste em balancear as equações apartir da variação do


nox dos elementos que participam na equação.

Regrad de aplicação.
1- Determinar o nox de todos os elementos da equação.

2- Identificar o elemento ou o composto que possui elemento que sofreu oxidação ou


redução.

3- Separar os elementos ou os compostos que sofreram oxidação ou redução em duas


semi equações;

4- Determinar a variação de nox pela seguinte equação ∆ = |noxP-noxR|×nº de átomo.


A variação de nox da semi equação de redução, multiplicará a semi equação de
oxidação e vice versa.

4.1 A multiplicação da variação do nox pelas semi equações, obedece o seguinte crité
rio:

a) A variação do nox multiplicará os reagentes se haver neles uma substância simples

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ou elemento livre ou nos casos de não houver nenhum deles. E multiplicará os produtos
se houver neles uma substância simples ou elemento livre. ou nos casos de não houver
nenhum deles.

5- Junta-se as semi equações na equação principal e balancea-se o resto da equação pelo


método das tentativas.
6- Verificar a equação se foi ou não balanceada com sucesso.

Método ião eletrão: consiste em balancear as quantidades atómicas e as cargas das


equações iónicas, aplocando os meios ácido ou base.

Regras de aplicação.
1- Determinar o nox de todos os elementos da equação e identificar o elemento ou o
composto que possui elemento que sofreu oxidação ou redução.

2- Separar os elementos ou os compostos que sofreram oxidação ou redução em duas


semi equações;

3- Determinar a variação de nox pela seguinte equação ∆ = |noxP-noxR|×nº de átomo.


A variação de nox da semi equação de redução, multiplicará a semi equação de
oxidação e vice versa.

4- Se a reação ocorrer em meio ácido, adiciona-se H^+ no membro onde há o maior n


úmero de oxigênio e adiciona-se H2O, onde há menor ou ausência de oxigênio.

5- Se a reação ocorrer em meio básico( alcalino), adiciona-se H2O no membro onde h


á mais átomos de oxigênio e OH^- onde há menos ou ausência dele.

6- Adiciona-se o ião-eletrão para balancear as cargas, nas duas semi equações. Na de


redução será nos produtos e na de oxidação será nos reagentes.

7- Junta-se as duas semi equações e simplifica-se os eletrões, o resto é a equação


balanceada.
Nota: no caso de houver dois compostos óxidos, nos produtos e reagentes, o meio a
aplicar no segundo composto dependerá do meio aplicado ao primeiro composto e vice
versa.

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Capítulo VII: Funções inorgânicas
Conceito.
-Tipos de funções inorgânicas;
-Nomenclaturas;
-Ácido e base de Lewis
-Teoria protónica
-Ácido e base Arrhenius
-Propriedades químicas
-Exercícios.

Função química é um conjunto de substâncias com propriedades químicas


semelhantes, denominadas propriedades funcionais.

Funções inorgânicas: representam a composição e estrutura das substâncias que não


provém de matérias orgânicas. São conhecidos 4 tipos de funções inorgânicas, tais
como: óxidos, bases ou hidróxidos, ácidos e sais.

Óxidos
São compostos binários onde o oxigênio encontra-se ligado à um metal ou não metal.
O oxigênio é o mais eletronegativo, por isso apresenta a seguinte estrutura molecular
MxOy. Onde M é metal ou não metal.

Quando o oxigênio está ligado ao fluor, o composto não se considera óxido mas sim
fluoreto. Isso deve-se a alta eletronegatividade que o fluor tem em relação oxigênio.

Os óxidos podem ser:

Óxido básico ou iónico: são os óxidos onde o oxigênio encontra-se ligado à um metal.

Nomenclatura
Regra
Óxido + nome do metal

Para os elementos Fe, Cu, Hg; Zn e Mn, que possuem nox variado, devem ser
mencionados os seus nox em numeração romana, em todas as funções em que elas
participam.

Óxido ácido: são óxidos em que o oxigênio encontra-se ligado a um não metal.

Nomenclatura:
Regra
Prefixo + óxido + prefixo + nome do não metal.

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Os prefixos são: mono, di, tru, tetra, pent, hex, hept, Oct, non, dec.

Peróxidos: são óxidos onde o oxigênio está ligado à um metal alcalino terroso,
participando com dois átomos.

Nomenclatura
Peróxido + nome do elemento.

Superóxidos: são óxidos onde o oxigênio está ligado à um metal alcalino, participando
com dois átomos e carga -1.

Nomenclatura
Superóxio + nome do elemento.

Bases ou hidróxidos
São compostos inorgânicos que dissociam-se libertando anião hidroxila ou oxidrila
(OH^-)

Classificação das bases.

Os hidróxidos são classificados quanto ao número de átomos do anião hidroxila, em:


Monobásico;
Dibásico;
Tribásico;
Polibásico.

Nomenclatura
Regra.
Hidróxido + nome do metal.

Ácidos
São compostos hinorgânicos que se ionizam, libertando catião H^+, tem como forma
molecular HxMyOz ou HxMy.

Classificação

Quanto ao número de átomos de hidrogênio


Monoácidos;
Diácidos;
Triácidos.

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Quanto a presença de oxigênio
Hidrácidos;
Oxiácidos.

Hidrácidos: são os ácidos que não apresentam átomos de oxigênio. Só têm o nome de
ácidos quando em solução aquosa ou no estado líquido. Caso se encontrem no estado
sólido, constituem hidretos não metálicos.

Nomenclatura, enquanto no estado líquido ou aquoso

Ácido + nome do não metal + ídrico

Nomenclatura, enquanto no estado sólido(hidretos)

Nome do não metal + eto + de hidrogênio.

Oxiácidos
São os ácidos que apresentam átomos de oxigênio na sua composição.

Nomenclatura
Ácido + prefixo + nome do elemento central + sufixo.

Para a obtenção dos prefixos e sufixos, leva-se em conta o nox do elementi central de
acordo a seguinte tabela:

Nox Prefixo Sufixo


+1 ; +2 Hipo oso
+3 ; +4 oso
+5; +6 ico
+7 Per ico

O boro e o carbono, apesar de terem o nox +4, não levam o sufixo "oso" mas sim "ico".

Para medir a força dos ácidos e bases, podemos usar o grau de ionização.
Para os hidrácidos:
a = (número de moléculas ionizadas)÷(número de moléculas dissolvidas)
a ≥ 50% ácido forte;
5 < a < 50% ácido semi forte;
a ≤ 5% ácido fraco

Para os oxiácidos:
a = número de oxigênio
a = 2 ; 3 ácido forte;
a = 1 semi forte;
a = 0 ácido fraco

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H2CO3 = ácido fraco (não segue as regras à cima)

Sais
São compostos que dissociam-se libertando catião diferente de H^+ e anião diferente
de OH^-. Os sais podem ser:

Sais normais: são sais que surgem da neutralização total de um catião e anião.

Nomenclatura
Nome do anião + eto + nome do catião

Sais oxigenados ou oxissais


São sais que surgem da neutralização total de um ácido oxigenado.

Nomenclatura
Prefixo + nome do elemento central + sufixo+ nome do metal.

Os prefixos e sufixos são obtidos de acordo a tabela:

Nox Prefixo Sufixo


+1 ; +2 Hipo ito
+3 ; +4 ito
+5; +6 ato
+7 Per ato

Sais hidrogenados ou hidregenossais


São sais que resultam na neutralização parcial de um oxiácido. Apresentam dois catiões
onde um deles é o H^+.

Nomenclatura
Prefixo + hidrogeno + nome do sal oxigenado

Prefixos: mono, di, tri...

Sais hidroxigenados
São sais provenientes da neutralização parcial de um hidróxido. Apresentam dois
aniões, sendo um deles o OH^-

Nomenclatura:
prefixo + hidroxi + nome anião + nome do catião.

Sais hidratados
São sais que apresentam quantidades de água. Os sais hidratados, surgem da
combinação dos outros sais, já estudados.

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Nomenclatura:
Nome do tipo de sal + prefixo + hidratado

Propriedades químicas
1- Reação entre óxido básico e água: quando um óxido bácsico reage com ágau, obtem-
se hidrácido;
Ex.: Na2O + H2O

2- Reação entre óxido básico e ácido: quando os dois reagem, obtem-se sal e água;
Ex.: Na2O + HCl

3- Reação entre óxido ácido com a água: obtem-se ácido.


Ex.: SO3 + H2O

4- Reação entre óxido ácido e hidróxido: quando os dois reagem, obtem-se sal e água.
Ex.: Na2O5 + NaOH

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Capítulo VIII: Compostos de coordenação
S/ Conceito;
-Teoria de coordenação de Werner;
-Coordenada;
-Número de coordenação;
-Tipos de ligantes;
-Nomenclatura;
-Exercícios.

Compostos de coordenação: são moléculas formadas através da interação ácido-base


de Lewis. Esses compostos são também conhecidos por complexos.

A teoria da coordenação de Werner, de 1893, foi a primeira tentativa de explicar a


ligação existente nos complexos de coordenação. Ele concluiu que esses compostos
apresentam dois tipos de valência:

Valência primária: é o número de cargas no íão complexo.


Valência secundária: é o Número de Coordenação do composto.

Outras teorias que explicam as ligações entre o metal e os ligantes que são:

Teoria da ligação de
valência(TLV). O ligante deve ter um par de elétrons Iivres e o metal um orbital vazio.
A teoria permite determinar quais são os orbitais atômicos do metal que são utilizados
para formar as ligações. Prevê o numero de elétrons desemparelhados, porem não
explica a cor dos Complexos e as propriedades magnéticas em função da temperatura.

Quando usamos orbitais 4d externos o complexo será de esfera externa. A energia


desses orbitais é relativamente elevada e o complexo deve ser reativo o lábil

Spin alto; Paramagnético;


Elétrons desemparelhados;
Campo fraco; Spin baixo;
Diamagnético; Elétrons
emparelhados; Campo forte.

Arranjo Geométrico dos orbitais d


Os orbitais d: dxy, dxz, dyz, dz2,
dx2-y2. sendo que dxy, dxz, dyz
tem 4 lobos situados entre os
eixos. E dz2, dx2-y2 possuem 4
lobos situados sobre os eixos.

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Teoria do Campo Cristalino(TCC). Supõe que a atração entre metal central e os ligantes
num complexo é puramente eletrostática. Podem ser do tipo: lon-fon- cargas diferentes
entre metal e ligante lon-dipolo entre metal e ligante(sendo uma molécula neutra).

Na teoria do campo cristalino são feitas as seguintes suposições:


Os ligantes são tratados como cargas pontuais

Não há interação entre os orbitais do metal e dos ligantes.

Todos os orbitais d do metal, tem a mesma energia. A EECC é igual a zero para íons
com configuração d0 e d10, tanto em
campos ligantes fortes como fracos. A EECC também é igual a zero para configurações
d5 em um campo fraco. Todos os demais arranjos apresentam alguma EECC, que
aumenta a estabilidade termodinâmica dos Complexos.

O numero de coordenação dos haletos dos elementos da primeira serie de transição no


estado divalente é igual a 6, as estruturas geométricas são análogas a dos complexos
octaédricos.

Os raios iônicos do Ca2+ e do Zn2+ diminuem continua e gradativamente, por causa


da crescente carga nuclear e da ineficiente blindagem.

A teoria do campo cristalino ignora interações covalentes do


tipo:
Compostos com o metal no estado de oxidação zero, não apresentam nenhuma atração
eletrostática entre o metal e os ligante; A ordem dos ligantes na serie espectroquímica
não pode ser explicada apenas considerando-se as força eletrostáticas; ocorre um
compartilhamento de elétrons.

Fatores que favorecem a formação de um complexo:


a) lons pequenos de carga elevada com orbitais vazios com energias adequadas.

b) A obtenção de uma configuração de gás nobre

c) a formação de complexos simétrico se com elevada EECC (energia de estabilização


do campo cristalino).

Coordenada: é o nome dado ao átomo central

Número de coordenação: é número de pontos aos quais o ligante se liga ao metal.

Ligante: é toda a espécie química que se comporta como base de Lewis na formação
de compostos de coordenação.

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Tipos de ligantes

Os ligantes podem ser classificados conforme o número de átomos ligados ao ião


metálico.

Monodentados: são os ligantes que se coordenam através de um átomo;

Bidentados: são os ligantes que se coordenam através de dois átomos

Tridentados: são os ligantes que se coordenam através de três átomos;

Polidentados: são os ligantes que possuem mais do que três pontos de ligação.

Fórmula Química
As fórmulas químicas dos complexos (catião metálico central e respectivos ligandos)
são escritas dentro de parênteses rectos.
Ex.: [Cr(CN)6]3.

O símbolo químico do metal é escrito em primeiro lugar e as fórmulas químicas dos


ligandos são indicadas a seguir, por ordem alfabética do símbolo ou da forma abreviada.
Para ligandos cujo primeiro símbolo das fórmulas químicas ou formas abreviadas
comece pela mesma letra, são indicados em primeiro lugar aqueles que são constituídos
por apenas uma letra, seguidos dos que são constituídos por duas letras, indicados por
ordem alfabética.

Num composto de coordenação, a ordem de escrita é a mesma dos compostos iónicos:


primeiro escreve-se o catião e posteriormente o anião (se o complexo for neutro, ele é,
simultaneamente, um composto de coordenação, pelo que esta regra não se aplica).

Nomenclatura
Nos nomes dos compostos de coordenação, o nome do anião deve antecer o do catião
e o átomo central é citado após o dos ligantes.

Para referir dois ou mais ligandos monodentados da mesma espécie química devem
utilizar-se os prefixos di, tri, tetra, penta, hexa, e assim sucessivamente. Para os ligandos
polidentados devem utilizar-se os prefixos bis, tris, tetraquis, etc., seguidos do nome do
ligando entre parênteses. Estes últimos prefixos são, excepcionalmente, utilizados em
ligandos monodentados quando o seu nome começa com um dos prefixos di, tri, tetra,
etc. De referir que os prefixos não são considerados para o estabelecimento da ordem
alfabética dos ligandos.

O nome dos ligandos termina com a letra "o" que substitui a terminação "eto" nos aniões
(ex: fluoreto passa a fluoro) ou a terminação "a" nos ligandos neutros (ex:

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etilenodiamina passa a etilenodiamino). Em certos casos, o nome dos ligandos é
alterado face à sua habitual designação (H2O é designado por aquo e NH3 é designado
por amino).

Na designação do catião metálico central, se o complexo resultante for aniónico, é


adicionado o sufixo "ato" ao nome do elemento em latim, se possível (o mercúrio
constitui uma excepção). Além disso, se for necessário especificar o estado de oxidação
do metal, coloca-se entre parênteses logo a seguir ao nome e em numeração romana.

Num composto de coordenação onde o complexo é iónico, primeiro designa-se o anião


e depois o catião. Anião e catião formam pelo menos duas palavras distintas.

Ex.: [CoCl(NH3)5]SO4 designa-se por sulfato de pentaaminoclorocobalto(III).

Nomes de alguns compostos

Cianeto CN- Ciano


Hidrogenoperóxido HO2 Hidrogenoperoxo
Hidrogenossulfeto HS- Mercapto Hidróxido OH- Hidroxo
Metóxido H3CO- Metoxo
Oxalato C2O42- Oxalato
Óxido O2- Oxo
Sulfeto S2- tio

Nome em Português
Chumbo (Pb) Cobre (Cu) Estanho (Sn) Ferro (Fe) Ouro (Au) Prata (Ag)

Nome em Latim
Plumbum, Cuprum, Stannum Ferrum, Aurum, Argentum.

Nome do ânion.
Plumbato; Cuprato; Estanato; Ferrato; Aurato e Argentato

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Capítulo IX: Estequiometria
-Conceito
-Cálculo de massa molar;
-Leis das combinações Químicas;
-Relação entre as quantidades;
-Fórmulas químicas;
-Tipos de estequiometria;
-Exercícios.

Estequiometria: é a parte da química que estuda as quantidades envolvendo equações


químicas.
Ex.: aA + bB -> cC + dD { a, b, c, d são coeficientes estequiométricos.

Cálculo de massa molar.


Massa molar: é a soma dos produtos das massas atómicas relativas pelos respectivos n
úmeros de átomos de cada elemento que participa no composto. A sua unidade é gramas
por mol (g/mol), representa-se por: Mm, M e Pm.
Ex.: Mm(H2SO4)= 1×2+32×1+16×4
Mm (H2SO4)= 92g/mol

Leis das combinações quimicas.

Leis ponderais: relacionam as massas dos participantes de uma reação.


Lei volumétrica: relaciona os volumes dos participantes de uma reação.

leis ponderais:
Lei de Lavoisier: Num sistema fechado, a massa total dos reagentes é igual a massa
total dos produtos.

Lei de Proust: Toda substância apresenta uma proporção constante, em massa, na sua
composiçao, e a proporção na qual as substâncias reagem e se formam é constante.
Podemos calcular a proporção por meio da seguinte relação:

aA + bB → cC + dD
a b c d
= = =
n(A) n(B) n(C) n(D)

Relações quantitativas

Número de Avogadro: é o número de moléculas existentes na molécula-grama de


qualquer substância, representa-se por "Na" sendo ele 6,02.10^23. Todas as entidades
à baixo correspondem a esse valor.

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Átomos= 6,02. 1023 ;
Moléculas= 6,02. 1023
Partículas= 6,02. 1023
Iões= 6,02. 1023

m m.Na
N= n.Na; n= M => N=
m Mm

Onde N= quantidade de partículas; n= número de mols; Na= número de avogadro.

Princípio de avogadro
Volumes iguais de quaisquer gases nas mesmas condições de temperatura e pressão
(CNTP), contem o mesmo número de moléculas. Uma mol de qualquer substância, nas
CNTP, ocupa um volume de 22,4L/mol.

Nas condições ambientes ocupa um volume de 24,5 ou 25L/mol.


Equação de CLAYPERON (equação geral dos gases)

P.V= nRT

Onde P= pressão[atm(1atm=750mmHg), mmHg, bar]; V= volume; n= número de mols;


T= temperatura; R= constante universal dos gases (0,082atm.L/K.mol).
T= t°c+273k

Exercícios.

Determinação das fórmulas químicas.

Fórmula Química: é a representação gráfica de uma só espécie de molécula. uma mol


écula é constituida de átomos, portanto determinar a fórmula é conhecer o número de
átomos. As fórmulas químicas são: impírica ou mínima, molecular e percentual.

Fórmula empírica ou mínima: indica a menor proporção com que os átomos entram
na formação da molécula do composto.

Para determinar a fórmula mínima devemos:


- calcular o número de mol de cada elemento ou dividir as percentagens pelas massas
relativas.
- divir os resultados pelo menor valor encontrado.
-caso os resultados sejam números decimais, multiplica-se por um número de modo a
transformar os decimais em inteiros.
Ex.:

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Fórmula molecular: indica o número exato de átomos que entram na formação da mol
écula do composto.

Para calcular a F.M, torna-se necessário o peso molecular, isto é, o valor do mol.

MmFM
FM= FE × X; x= Onde XEZ.
MmFE

Ao determinar a FM devemos:
- Determinar o peso molecular;
-determinar a fórmula empírica;
-encontrar x
-Multiplicar x por FE.

Nota: o peso molecular de um composto pode ser calculado em função da densidade de


vapor em relação ao hidrogênio pela fórmula Pm=2×dH e em relação ao ar Pm=28,88
×Dar. Conhecendo a massa do gás ou vapor e o seu volume ocupado nas CNTP,
podemos determinar o peso molecular com a fórmula:
m
Pm= 22,4. V

Ex.:

Fórmula percentual: índica a percentagem em massa de cada elemento que constitui a


molécula.

Para a sua determinação aplica-se os conceitos de massa atómica e molecular.


Ex.: Mm(Mg2P2O7)= 24×2+31×2+16×7
Mm (Mg2P2O7)= 220g/mol
Agora vamos determinar a % de cada elemento.
Mg2P2O7. ...........P
220g/mol.............100%
62g/mol...............x
x= 28%

220g/mol.......100% Mg
48g/mol..........y
y= 21,81%

220g/mol .........100% O
112g/mol..........z
z= 50,9%

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Tipos de estequiometria

Pra a resolução de exercícios estequiométricos deve-se ter em conta:


- caso não haja equação é necessário forma-la de acordo o problema;
-caso haja equação no problema deve-se vericar se está balanceada, caso não, balancear.
- interpretar bem o problema;
- interrogar com uma incógnita o que te é pedido.

Nota: os coeficientes estequiométricos da equação, indicam as quantidades teóricas,


já os números dados no problema indicam as quantidades expirmentais ou reais.

Os tipos de estequiometria são:

Estequiometria normal.

Relação mol-mol:
Se o problema te der número de moles, escreva-o na equação química, por baixo do
composto correspondente e para os demais, Escreva as incógnitas.
Ex.:
Dados:
n (H2SO4)= 2 mol.
n (Fe2O3)= ?

3H2SO4+Fe2O3--> Fe2(SO4)3+3H2O
3mol.......1mol........1mol.............3mol
2mol..........x...............y.................z

Depois de cumprir isso aplica-se a relação mol-mol e determina-se o que o problema


pede.

3H2SO4..............Fe2O3
3mol...................1mol
2mol...................x

Relação massa-massa:
Se o problema der massa e pedir massa duma das substâncias, usa-se a relação massa-
massa.
Ex.:
Dados:
m(H2SO4)=?
m(Fe2O3)= 40g
Mm(H2SO4)= 98g/mol

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3H2SO4+Fe2O3--> Fe2(SO4)3+3H2O
3mol.......1mol........1mol.............3mol
x...............40g. .........y...................z
3H2SO4..............Fe2O3
3mol×Mm...................1mol×Mm
x.............................40g

Relação mol-massa:
Se o problema nos dar número de mol e nos pedir a massa, devemos converter o número
de mol dado em massa e a seguir utilizar a relação massa-massa.
Ex.:
n (H2SO4)= 2 mol.
m(Fe2O3)= ?

3H2SO4+Fe2O3--> Fe2(SO4)3+3H2O
3mol.......1mol........1mol.............3mol

n=m/Mm => 2mol=m/98g/mol => m= 196g

3H2SO4..............Fe2O3
3mol×Mm...................1mol×Mm
196g.............................x

Relação massa-mol:
Se o problema der número de massa e pedir número de mol de uma das substâncias,
converte-se a massa em número de mol e em seguida utiliza-se a relação mol-mol
Ex.:
m(H2SO4)= ?
n(Fe2O3)= 40g
Mm(Fe2O3)= 160g/mol

3H2SO4+Fe2O3--> Fe2(SO4)3+3H2O
3mol.......1mol........1mol.............3mol

n=m/Mm => n=40g/160 => n= 0,25 mol

3H2SO4..............Fe2O3
3mol...................1mol
x..................0,25mol.

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Estequiometria envolvendo substância em excesso e limitante

Sempre que o problema dar massa ou mol dos dois reagentes ou dos dois produtos,
devemos identificar qual das duas é a substância limitante e a em excesso.

Substância limitante: é a substância que se encontra em menores quantidades, e é a que


determina as quantidades a utilizar num problema.

Substância em excesso: é a substância que se encontra em maiores quantidades, ela é


imprópria para os cálculos estequiométricos.

Determinação da substância limitante


Dividir as quantidades expermentais ou reais pelas quantidades teóricas ou estequiomé
tricas, tendo em conta o seguinte:
 Se RT(t) > RT(E) => a substância limitante está no numerador.
 Se RT(t) < RT(E) => a substância limitante está no denominador.

RT(E) => relação ou razão de transformação expermental: envolve as quantidades


expermentais.

RT(t) => relação ou razão de transformação teórica: envolve as quantidades teóricas.

Depois de determinar a substância limitante, trabalha-se com ela aplicando a


estequiometria normal, já conhecida.

Nota: a ordem da divisão do RT(t) deve ser mantida na divisão do RT(E).


EX.:
3H2SO4+Fe2O3--> Fe2(SO4)3+3H2O
3mol.......1mol........1mol.............3mol

Dados:
n(H2SO4)= 1,22 mol
n(Fe2O3) =0,63 mol
m(Fe2O3)= ?

Estequiometria envolvendo pureza e impureza

Se o problema der percentagem de pureza, devemos calcular a quantidade contida nos


100% de impureza que correspode a percentagem de pureza dada. Após o resultado,
trabalha-se usando a estequiometria normal.
Ex.:
Dados:
m(H2SO4)= 60g
%pura(H2SO4)= 15%

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100%.............15%
60g................x
x= 9g( puro)
Se o problema der percentagem de impureza, devemos subtrair nos 100% de impureza
a percentagem dada e o resultado sera a lercentagem de pureza. Depois de cumprir-se
isso, trabalha-se como estequiometria normal.
Ex.:
m(KMnO4)= 10g
%( KMnO4)= 5% (impureza).
100%-5%= 95% pureza.

100%............95%
10g...............x
x= 9,5

Nota: a massa calculada pela fórmula m= n.M é sempre pura. E só calcula-se a massa
nessa fórmula se a massa for pura.

Estequiometria envolvendo rendimento

Se o problema estequiométrico der o rendimento, devemos multiplica-lo pelos números


de mols tióricos do produto e trabalhar como se fosse estequiometria normal.

Obs: o rendimento deve-se antepadamente dividir por 100, para retirar da percentagem.

Dados:
η= 30% =>0,3
n(Na2O)= 10mol

H2SO4 + Na2O → Na2SO4 + H2O


1mo.........1mol.......1mol.........1mol
1mol........1mol........1mol×0,3....1mol×0,3

Se o problema pedir rendimento, multiplica-se as quantidades teóricas do produto pelo


símbolo " η " pois ele será a incógnita e procede-se como se fosse estequiometria
normal.

Obs: depois de calcular o 𝜂 deve-se multiplicar por 100% pra ficar expresso em
percentagem.

H2SO4 + Na2O → Na2SO4 + H2O


1mo.........1mol.......1mol.........1mol
1mol........1mol........1mol× η....1mol× η η = .....×100%

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Capítulo X: Gases
Conceito;
- Lei geral dos gases;
- Lei de Dalton;
- Gases coletados sobre um líquido
- Teoria cinética dos gases;
- Lei de Amagat;
- Lei da efusão de Graham;
- exercícios.

Os gases são fluídos com propriedades de expansibilidade e complexibilidade, isto é,


os gases ao contrário de líquidos e sólidos, ocupam volume que depende sensivelmente
da pressão e da temperatura. A relação entre a temperatura, pressão e volume está
resumida na lei geral dos gases, a mais conhecida como equação de Clayperon

PV= nRT

A temperatura na escala Kelvin T= 273º+ºC

Pressão
é a força exercida por um gás sobre as paredes internas do recipiente que o contém.
F
P= A onde f[força(Newton)] e A(área)

Condições normais de temperatura e pressão, CNTP, indica uma temperatura de 273k,


uma pressão de 1 atm e 22,4l/mol.

Lei dos gases


P1.V1 = nRT1 ; P2.V2 = nRT2
P1 . V1 P2 . V2
=
T1 T2

Diante da pressão constante enuncia-se a lei de Charles, mais conhecida como processo
isobárico que reflete o seguinte:

Para uma dada massa de gás à pressão constante, o volume ocupado pelo gás é
diretamente proporcional à temperatura absoluta. Um aumento da temperatura absoluta
acarreta um aumento do volume ocupado pelo gás, de maneira que o quociente seja
constante.
V1 V2
=
T1 T2

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Volume: é a extensão de espaço ocupado por um corpo. À base do volume constante
aplicamos a lei Isocórica ou isovolumétrica( Gay-Lussac) , que refere o seguinte:

Para uma dada massa de gás a volume constante, a pressão exercida pelo gás é
diretamente proporcional à temperatura absoluta. Um aumento da temperatura absoluta
acarreta um aumento da pressão exercida pelo gás, de maneira que o quociente seja
constante P/T= k

P1 P2
=
T1 T2

Temperatura
Diante da temperatura constante enuncia-se o processo exotérmico ou lei de Boyle
Mariotte.

T1 =T2 P1 . V1 = P2 . V2

Densidade de um gás ideal.


A medida que aumenta o volume de uma dada massa de gás, diminui
proporcionalmente a massa por unidade de volume(densidade)

D1 . V1 = D2 . V2

Pressão parcial (lei de dalton)

Pressão parcial: é a pressão exercida por cada um dos componentes de uma mistura
gasosa a um mesmo volume e a uma mesma temperatura.

Se misturarmos volumes iguais dos gases hélio (He) e argônio (Ar), mantidos à mesma
temperatura, poderemos ter a seguinte situação:
A pressão total do sistema corresponde à soma das pressões exercidas por cada um dos
componentes da mistura, ou seja:

PT = PHe + PAr
Generalizando
𝑛𝑖
PT = PA + PB +PC … 𝑃𝑖 =
× 𝑃𝑇
𝑛𝑡
Onde Pi (pressão parcial); ni e nt (números de mol inicia e total respectivamente) e
Pt(pressão total)
𝑉𝑖 𝑚𝑖
𝑃𝑖 = × 𝑃𝑇 𝑃𝑖 = × 𝑃𝑇
𝑉𝑡 𝑚𝑡

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Gases coletados sobre um líquido

Se um gás for coletado sobre um líquido volátil como a água, deve-se fazer uma
correção para a quantidade de vapor da água presente no gás.

Um gás coletado sobre a água, fica saturado com vapor em água, que ocupa o volume
total do gás e exercem uma pressão total do gás.

P = Pt-Pv

P= Pressão do gás; Pt= pressão total e Pv= pressão de vapor da água.

Se um gás for coletado sobre o mercúrio, não será necessário fazer uma correção para
a pressão de vapor do mercúrio, que é dispresível à temperaturas comuns.

Teoria cinética dos gases e peso molecular.

Os movimentos das partículas dentro dos recipientes, são causados pela rapidez das
mesmas, assim, ostentam uma energia cinética.

1
Ec = 2i.n.RT P.V = n.R.T

1
Ec = 2i P.V
Onde i = grau de liberdade; Ec= energia cinética.

Para o gás monoatómico: i = 3 (He)


Para o gás diatómico: i = 5 (O2; N2...)
Para o gás poliatómico: i = 6 (C4H10...)

1
Ec = = 2m𝑣 2 Ec = Ec

1 1 𝑚 1 𝑚 1 𝑅𝑇
n.RT = 2m𝑣 2 ; n= ⇒ RT= 2m𝑣 2 ⇒ 𝑣 = √𝑀𝑚 velocidade quadrá
2 𝑀𝑚 2 𝑀𝑚
tica

Energia cinética de moléculas


1 i.N.RT
Ec = 2i.n.RT ; N=n.Na ⇒ Ec = R/Na = K(constante de Bohzman)
2Na

K = 1,38.10−23 j/k
i.N.T
Ec = 𝐾
2

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Lei de amagat

Numa mistura gasosa podemos considerar que cada um dos gases seria responsável por
uma parte do volume total ou, ainda, por uma certa porcentagem do volume total.
Assim, podemos concluir: Volume parcial:é o volume que um gás ocuparia se sobre ele
estivesse sendo exercida a pressão total da mistura gasosa à mesma temperatura.
Aplicando-se a lei dos gases ideais para uma mistura gasosa, temos:

Pra substância A P𝑉𝑎 =𝑛𝑎 RT


PRA substância B P𝑉𝑏 = 𝑛𝑏 RT

P𝑉𝑎 =𝑛𝑎 RT
P𝑉𝑏 = 𝑛𝑏 RT

𝑃(𝑉𝑎 + 𝑉𝑏 ) = 𝑅𝑇(𝑛𝑎 + 𝑛𝑏 ) PV = Σ.nRT

A relação entre o número de mol de um gás e o número total de mol da mistura é


conhecida por fração molar. A fração molar pode ser obtida de maneira semelhante,
estabelecendo-se relações com as pressões, volumes parciais e porcentagem em
volume.

𝑛 𝑃𝑎 𝑉𝑎
𝑋𝐴 = = = = % 𝑒𝑚 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 100%
∑ 𝑛 𝑃𝑇 𝑉𝑇

Difusão é o termo dado à passagem de uma substância através de outra.

Lei da Difusão de Graham: A velocidade de difusão de um gás através de outro é


inversamente proporcional à raiz quadrada da densidade do gás.

1
𝑣𝑑 =
√𝑑

A lei de difusão de Graham pode ser rearranjada em termos da massa molecular. A uma
dada pressão e temperatura, a densidade e a massa molecular de um gás ideal são
diretamente proporcionais, como é mostrado algebricamente a seguir.

𝑚 𝑚 𝑃
𝑑= 𝑛= 𝑑=
𝑉 𝑀𝑚 𝑅𝑇. 𝑀𝑚

As conclusões anteriores podem ser interpretadas de outra forma: volumes iguais de


dois gases diferentes contêm o mesmo número de moléculas, se forem mantidas as
mesmas condições de pressão e temperatura. Se a massa molecular do primeiro gás for
o dobro do segundo, então a massa da primeira amostra deve ser o dobro da segunda.

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59
Finalmente, visto que duas amostras ocupam o mesmo volume, a densidade do primeiro
gás será o dobro da densidade do segundo gás. Visto que a densidade e a massa
molecular são diretamente proporcionais, podemos ampliar a lei de difusão de Graham.
Lei da

Difusão de Graham (ampliada): A velocidade de difusão de um gás é inversamente


proporcional à raiz quadrada de sua densidade e à raiz quadrada de sua massa
molecular.

1
𝑣𝑑 = (vd= velocidade de difusão; d= densidade)
√𝑑
1
𝑣𝑑 =
√𝑀𝑚

Efusão é a passagem de um gás através de uma abertura de um buraco de agulha ou


orifício. Em 1846, Graham relatou uma segunda generalização conhecida como lei da
efusão de Graham. Essa lei é estendida tanto para a massa molecular como também
para a densidade.

Lei da Efusão de Graham: A velocidade de efusão de um gás através de um dado orifí


cio é inversamente proporcional à raiz quadrada de sua densidade ou de sua massa
molecular.
1
𝑣𝑑 = (vd= velocidade de difusão; d= densidade)
√𝑑
1
𝑣𝑑 =
√𝑀𝑚

As leis de difusão e efusão de Graham podem ser utilizadas para determinar a massa
molecular de um gás desconhecido. A proporcionalidade inversa significa que para dois
gases A e B submetidos à difusão ou efusão:

𝑣𝑎 √𝑀𝑚𝑏
=
𝑣𝑏 √𝑀𝑚𝑎

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60
Capítulo XI: Soluções
-S/ Conceito
-Dispersões;
-Classificação das soluções;
-Coeficiente e curva de solubilidade;
-Sistemas quantitativos;
-Relação entre as unidades de concentração;
-Diluição das soluções;
-Mistura das soluções;
-Exercícios.

Dispersões
Quando adicionamos uma substância A a uma substância B,
a primeira distribui-se no interior da segunda sob a forma de pequenas partículas que
se denominam partículas dispersas. Nesse caso, a substância A chama-se disperso e a
substância B, dispergente ou dispersante. Ao conjunto disperso mais dispersante
chamamos de dispersão. Muitos materiais de uso cotidiano são exemplos de dispersão:
remédios, bebidas, produtos de limpeza, água de abastecimento, o sangue, água do mar,
o ar etc. Elas podem ser classificadas em soluções, suspensões ou colóides, de acordo
com o tamanho das partículas dispersas. Por exemplo, o ar que nos rodeia, quando
isento de partículas de poeira, representa uma
solução gasosa. A maior parte da água da Terra forma soluções
líquidas e as ligas metálicas nos oferecem um bom exemplo de
uma solução sólida.

Suspensões: são misturas heterogêneas, representam sistemas constituídos por uma


fase líquida ou gasosa, na qual está dispersa uma fase sólida. As emulsões representam
sistemas heterogêneos constituídos por duas fases líquidas. Exemplo: óleo em água.

Soluções
São misturas homogênias de duas ou mais substãncias, constituídas por um soluto e
um solvente, em que o solvente é o dispersante e o soluto o disperso. Elas são
classificadas de a acordo a seguintes critérios:

Quanto aos estados de agregação

Quanto a condução de corrente elétrica:


Soluções não eletrolíticas(moleculares): não conduzem corrente elétrica.

Soluções eletrolíticas(iónicas): são condutores de corrente elétrica. São as chamadas


eletrolitos.

Quanto à concentração do soluto na solução:

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Soluções diluídas: quando a concentração do soluto é considerada pequena.
Soluções concentradas: quando concentração do soluto é considerada elevada.

Nota: diz-se concentração a mistura de soluto à solução e diluição a mistura de solvente


à solução.

Coeficiente de solubilidade ou simplesmente solubilidade é a quantidade máxima de


soluto que pode se dissolver em certa quantidade de solvente a uma temperatura, ou
seja, solubilidade será soluto/solvente.‫ݑ‬
𝑚
𝐶𝑠 = 𝑚1 a t°C
2

Quando na solução temos uma quantidade de soluto menor que o máximo permitido
pelo coeficiente de solubilidade a solução será classificada como solução insaturada;
se a quantidade for igual ao máximo permitido pelo coeficiente de solubilidade ela ser
á denominada solução saturada e, se tivermos mais que o permitido pelo coeficiente de
solubilidade a solução será supersaturada.

Regra de solubilidade Uma substância polar tende a se dissolver num solvente polar.
Uma substância apolar tende a se dissolver num solvente apolar. Assim sendo, entende-
se por que muitas substâncias inorgânicas (polares) dissolvem-se na água, que é um
solvente polar. Pelo contrário, as substâncias orgânicas (apolares) dissolvem-se em
solventes orgânicos (também apolares). Essa regra costuma ser abreviada, dizendo-se
que: Semelhante dissolve semelhante. “devido a polaridade das moléculas”

Análise do gráfico

A região I corresponde às soluções insaturadas, ou seja,qualquer ponto dessa região


indica que a massa deissolvida‫ݐ‬ menor que o coeficiente de solubilidade Trata-se
das soluções diluídas e concentradas;

A região II corresponde às soluções supersaturadas, ou seja,qualquer ponto dessa região


indica que a massa dissolvida é maior que o coeficiente de solubilidade.Trata-se das
soluções instáveis;

A curva de solubilidade é a fronteira entre as regiões I e II e qualquer ponto dessa curva


indica que a massa dissolvida é igual ao coeficiente de solubilidade. Trata-se das
soluções saturadas

Sistemas quantitativos

São padrões adoptados para expressar a composição duma solução com base às quantidades de
soluto e de solvente. Entre estes temos:

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Concentração simples(mássica): é a razão entre a massa do soluto e o volume da
solução.
𝑚1
𝐶𝑚 = [g/L]
𝑉𝑠

Concentração molar(molaridade): é a razão entre o número de mol do soluto e o volume


da solução em litros.

𝑛
𝐶𝑀 = 𝑉 [mol/L]
𝑠

Título: é a razão entre a massa do soluto e a massa da solução, ambos na mesma


unidade. O título de uma solução pela definição deve ser sempre:
-um número sem unidade;
- um número positivo, menor que 1.
𝑚
𝑇= 𝑚𝑠 = 𝑚1 + 𝑚2
𝑚𝑠
O título de uma solução pode ser expressa em percentagem, multiplicando-o por 100%.
𝑚
P= T.100% P= 𝑚 .100%
𝑠

Concentração molal(molalidade): é a razão entre o número de moles do soluto e a massa


do solvente (em Kg)

𝑛
𝐶𝑤 = 𝑚 [mol/Kg]
𝑠

Fração molar: é o quociente entre a quantidade de moles do soluto e a quantidade total


de moles da solução(solvente+soluto).

Para o soluto para o solvente


𝑛1 𝑛2
𝑋1 = 𝑋2 =
𝑛1 + 𝑛2 𝑛1 + 𝑛2
Para mais de um soluto
𝑛1
𝑋𝑛 =
𝑛1 + 𝑛2 + 𝑛3
Em percentagem
𝑛1
𝑋1 = × 100%
𝑛1 + 𝑛2
𝑋1 + 𝑋2+𝑋3 … = 1

Densidade absoluta: é a razão entre a massa da solução e o volume da solução.


𝑚𝑠
𝑑= [m(g,kg); Vs(L,ml)]
𝑉𝑠

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Densidade relativa: é a razão entre a massa do soluto e o volume da solução.
𝑚1
𝑑= [m(g,kg); Vs(L,ml)]
𝑉𝑠

Concentração normal(normalidade):
CN= nox.CM

Relação entre as unidades

Concentração mássica e molar.

Concentração molal e porcentagem em massa.

Concentração normal, molar quando tem-se densidade em %.

Concentração mássica e titulação

Concentração mássica e normal.

Nota: as relações serão demonstradas na turma

Cm= CN.Eq

Diluição
Diluir uma substância significa diminuir a sua concentração. O procedimento
geralmente usado é a adição de um solvente à solução. Na diluição de soluções a massa
inicial e final é a mesma, portanto, a concentração inicial Cm, CM, CN irá diminuir
para concentração final, pois o volume inicial aumentou de V1 para V2, então temos a
lei da diluição:

𝐶𝑚1 × 𝑉1 = 𝐶𝑚2 × 𝑉2 ;
𝐶𝑀1 × 𝑉1 = 𝐶𝑀2 × 𝑉2;
𝐶𝑁1 × 𝑉1 = 𝐶𝑀2 × 𝑉2.

Logo, o volume e a concentração são inversamente proporcionais.

Mistura de soluções
No caso de acrescentarmos uma solução à outra, estamos formando uma nova solução
que contém solutos e solventes provenientes de ambas. As quantidades de soluto e
solvente podem apenas se adicionar sem que ocorra qualquer reação entre elas. Mas,
dependendo de suas propriedades, elas podem reagir entre si formando novas
substâncias. Portanto as misturas de soluções podem ser de solutos e solventes:

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• Iguais, mas em proporções diferentes;
Na mistura de soluções iguais que reagem entre si, a massa total do soluto e o volume
da solução final é igual à soma das massas dos solutos e dos volumes das soluções que
foram misturadas.
Lei das misturas

𝑚3 = 𝑚1 × 𝑚2
𝐶𝑚1 × 𝑉1 + 𝐶𝑚2 × 𝑉2 = 𝐶𝑚3 × 𝑉3
𝐶𝑀1 × 𝑉1 + 𝐶𝑀2 × 𝑉2 = 𝐶𝑀3 × 𝑉3
𝐶𝑁1 × 𝑉1 + 𝐶𝑁2 × 𝑉2 = 𝐶𝑁3 × 𝑉3
𝑉1 + 𝑉2 = 𝑉3

• Diferentes, sem ocorrência de reação entre eles;


Para essas misturas, sendo que ocorrem sem reação é seguro afirmar que obtem-se duas
soluções finais, assim como ilustra a leis à baixo:

C1×V1 = C3×V3;
C2×V2 = C3×V3.

OBS: os resultados obtidos dessas equações, serão os reais. Nos casos em que pedem a
concentração de iões, dever-se-á multiplicar os resultados pelos números dos átomos,
para isso torna-se importante a representação das equações.
Ex.:
Dados:
NaCl
V1= 100ml
C1= 70g/l
KCl
V2= 200ml
C2= 40g/l
C3= ?

NaCl + KCl →𝑁𝑎 + + 2𝐾 +1 + 𝐶𝑙2 −1

• Diterentes, ocorrendo reação entre eles.


A mistura de soluções que reagem entre si é muito utilizada na química para se
determinarem as concentrações de soluções. A técnica é conhecida como titulação.

Para as misturas das soluções de solutos diferentes que reagem entre si, devemos
primeiramente representar a equação, a proporção da equação e por fim calcular os nú
meros de mols das respetivas soluções. Se o número de mols dos dois reagentes for
igual, na mistura não existira molaridade dos reagentes, portanto serão zero, já o
produto será diferente de zero pois ele ainda não se formou.

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Ex.:
Dados:
HCl
M1= 0,1M
V1= 150ml
KOH
M2= 0,15M
V2= 100ml
V3= 150 + 100
M3

HCl + KOH→ KCl + H2O


proporção: 1/1.

Nota: partes por milhão(ppm): é uma unidade que indica quantas partes do soluto
existem em um milhão de partes da solução.
𝑚(mg)
ppm= 𝑚
𝑠 (kg)

conceito de equivalente gramas(E)


𝑀𝑚
E= 𝑌

1- para os ácidos: Y corresponde ao número de hidrogênios ionizaveis, sabendo que


nos hidrácidos (HxE) todos os H são ionizáveis, enquanto que nos oxiácidos (HxEyOz)
os H ionizáveis são aqueles que se ligam apenas ao oxigênio.
H2S Y= 2
H2SO4 Y= 2

2- Para as bases: Y corresponde ao número de iões OH em cada fórmula.


NaOH Y= 1
Ca(OH)2 Y= 2

3- Para os sais: Y corresponde à carga total em cada fórmula.


𝐵𝑎+2 𝐶𝑙2 −1 Y= 2

4- Para um elemento químico: Y corresponde a sua valência


𝑂−2 Y= 2

5- Para os agentes oxidantes: Y = númeri de ē perdidos por fórmula.


𝑀𝑛+7 𝑂4 − → 𝑀𝑛+2
Y = 7-2 =5

6- Para os agentes redutores: Y= número de ē perdidos por fórmula.


𝑍𝑛0 → 𝑍𝑛+2
Y= 2-0

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Volumetria

TITULAÇÃO: é o processo no qual uma solução padrão ou solução de referência é


adicionada a uma solução que contém um soluto (que se deseja analisar), até que
complete a reação.

VOLUMETRIA: é um método baseado na determinação do volume de uma solução de


concentração conhecida (titulante), necessário para reagir quantitativamente com um
soluto (titulado).

Titulante é a solução que possui concentração conhecida.

Titulado é a solução que possui concentração desconthecida.

SOLUÇÃO PADRÃO: é aquela cuja concentração é conhecida com grande exatidão.

Os métodos volumétricos podem ser classificados em diretos indiretos:

Método direto ou Titulação direta: a espécie a ser determinada reage diretamente com
a solução padrão.

Titulação Indireta ou Titulação de retorno ou Contratitulação: consiste em adicionar um


excesso, exatamente conhecido, da solução padrão ao analito e depois determinar a
parte desse excesso que não reagiu com uma outra solução padrão.

Requisitos para uma reação química ser usada como base de um método
volumétrico

a) Deve ocorrer uma reação simples, que possa ser expressa por uma equação química.
A substância a ser determinada deverá reagir completamente com o reagente adicionado
em proporções estequiométricas.

b) Deve ser praticamente instantânea ou proceder com grande velocidade. Equilíbrio


seja imediatamente estabelecido a cada adição do titulante.
c) Deve haver a alteração de alguma propriedade física ou química (pH, temperatura,
condutividade) da solução no ponto de equivalência.

d) Deve haver um indicador que provoque mudanças de propriedades físicas (cor ou


formação de precipitado).

Ponto de equivalência ou ponto final teórico.

O fim da titulação deve ser identificado por alguma mudança no sistema que possa ser

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perceptível ao olho humano ou a algum equipamento de medida.

Quantidade de matéria do titulante = Quantidade de matéria do titulado


n titulante = n titulado

●A diferença entre os volumes do ponto de equivalência (VPE) e do ponto final (VPF)


é o ERRO DA TITULAÇÃO.

𝑉𝑝𝑒
Erro da titulação = VPF –𝑉
𝑝𝑒

Indicador – reagente auxiliar, normalmente em baixa concentração, que deverá


provocar uma mudança visual na solução titulada. Quando esta mudança ocorre foi
atingido o Ponto Final da titulação

Tipos de Volumetria

Volumetria por precipitação


Neste tipo de análise volumétrica ocorre a precipitação dos reagentes envolvidos na
reação, as soluções usadas são de sal de prata e sal de bário.

Volumetria por neutralização


A análise neste caso ocorre entre um ácido e uma base. Se for usada uma base como
solução problema, a concentragem da solução é determinada pela adição de um ácido.
Agora, se for um ácido a solução problema, a solução padrão precisa ser básica para
chegar à concentração final.

Volumetria por oxirredução


A análise é realizada através de uma solução redutora e uma solução titulada. Nessa an
álise os íons presentes estão em movimento e provocam a oxidação e redução
simultaneamente.

Volumetria por complexão.

Nota: partes por milhão(ppm): é uma unidade que indica quantas partes do soluto
existem em um milhão de partes da solução. ppm= m soluto(mg) ÷ m solução(kg)

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Capítulo XII: Propriedades coligativas
-Pressão máxima de vapor e a temperatura de ebulição,
-Tonoscopia;
-Ebulioscopia;
-Crioscopia;
-Osmose e pressão osmótica,
-Diagrama de fases;
-Aspectos quantitativos.
Exercícios

As propriedades que dependem do número de partículas de soluto em uma solução, em


vez de sua natureza química especifica, são chamadas propriedades coligativas
A pressão de vapor é uma delas. Vimos que, de acordo com a lei de Raoult, a diluição
de um soluto não volátil à uma substância faz com que sua pressão de vapor seja
diminuida.

Um líquido entra em ebulição(ferve) à temperatura quando a pressão máxima de vapor


é igual à pressão exercida sobre sua superfície, ou seja, à pressão atmosférica.

Se fevermos a água pura à pressão de 1 atm, notaremos que o ponto de ebulição é de


100°C. Entretanto, se fevermos uma solução de água com açúcar, o ponto de ebulição
será superior à 100°C.

Se congelarmos a água à pressão de 1 atm, a temperatura de congelação da água será


de 0°C. Mas se congelarmos uma solução de água com açúcar, a temperatura de
congelação estará à baixo de 0°.

Se vaporizarmos um líquido em um cilindro, ocorrerá um equilíbrio entre a fase lí


quida e fase de vapor.

Portanto, propriedades coligativas. : são os efeitos que um soluto provoca em um


solvente, as propiedades conhecidas são:
• TONOSCOPIA;
• EBULIOSCOPIA;
• Crioscopia;
• Osmose.

Tonoscopia ou tonometria é o estudo da diminuição da pressão máxima de vapor de


um solvente, provocada pela adição de um soluto não-volátil. A pressão de vapor da
solução deve-se exclusivamente à quantidade de solvente na fase de vapor.
Ebulioscopia ou ebuliometria é o estudo da elevação da temperatura de ebulição do
solvente em uma solução. O aumento (variação) da temperatura de ebulição (∆tE) pode
ser justificado pela diminuição da pressão máxima de vapor, que se deve à presença

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das partículas do soluto. Para que ocorra a ebulição da solução, é necessário que ela
seja aquecida até que sua pressão de vapor se iguale à pressão atmosférica.

Crioscopia ou criometria é o estudo da diminuição da temperatura de congelamento


de um solvente em uma solução.

Osmose
é a passagem do solvente de uma solução diluída para outra mais concentrada, por
meio de uma membrana semipermeável.

As propriedades coligativas podem ser calculadas através da seguinte equação:

∆ = K.Cw
Onde ∆= efeito coligativo; K= constante de proporcionalidade; Cw= concentração
molal.

Pressão osmótica (π) é a pressão externa que deve ser aplicada a uma solução para
evitar sua diluição (osmose). A pressão osmótica (π) está relacionada com a
molaridade da solução e com a temperatura na escala Kelvin (T), da seguinte maneira:

π= Cw.R.T R = 0,082 atm L

OBS: quanto maior for a concentração, menor será a pressão de vapor.

Aspectos quantitativos

No século XIX vários cientistas verificaram que a adição de um soluto não-volátil a


um dado solvente provocava diminuição da pressão máxima de vapor. Essa variação
(∆P) é denominada abaixamento absoluto da pressão máxima de vapor

∆P = P2-P1

O abaixamento absoluto da pressão máxima de vapor (∆P) é igual ao produto da


pressão máxima de vapor do solvente (P2) e da fração molar do soluto.

∆P X1
Matematicamente, temos: ∆P =X1 P2 ou ∆P = X1 , em que X1 = X sendo essa
2 1 +X2

relação denominada abaixamento relativo da pressão máxima.

Outra maneira de calcular o efeito tonoscópico é relacionando-o à molalidade da


∆P Mmsolvente
solução: P = Kt.Cw.i , em que Kt= constante tonoscópica Kt=
2 1000 Cw

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A lei de Raoult é válida para:
1-soluções moleculares de soluto não-volátil de concentrações inferiores a 1 mol de
soluto por litro de solução, ou seja, 1 molar.

2. Em soluções aquosas diluídas, a molalidade (W) pode ser considerada igual à


molaridade. Assim, a lei de Raoult também pode ser expressa por:
∆P
= Kt.CM.i
P2

Essas relações matemáticas são válidas para soluções moleculares em que o número de
partículas presentes na solução é igual ao número de partículas dissolvidas. Nas
soluções iônicas, porém, devido ao fenômeno da dissociação ou ionização, o número
de partículas presentes na solução (moléculas e íons) é maior do que o número de part
ículas dissolvidas, o que provoca um aumento no efeito coligativo. Por esse motivo,
nas soluções iônicas devemos introduzir um fator de correção.

Esse fator é representado pela letra "i" e foi proposto pela primeira vez por Van’t Hoff,
que deduziu uma expressão matemática que relaciona o grau de dissociação (α) e o nú
mero de ions produzidos por fórmula de soluto (q) para a determinação do coeficiente
isotónico "i":

i = 1 + α (q – 1) ou α = (i - 1)(q – 1)

Onde q é o número de iões em que se dissocia a molécula no eletrolito

Logo, para soluções iônicas, temos:

∆P
∆P = P1 . X1 . i = Kt.CM.i
P2

Ebulioscopia e crioscopia
A elevação da temperatura de ebulição (∆𝑡𝐸 ) e o abaixamento da temperatura de
congelamento(∆𝑡𝑐 ) são diretamente proporcionais à quantidade de partículas do soluto
por unidade de massa do solvente (molalidade) e não dependem de sua natureza. Além
disso, dependem também das características do solvente. Cada solvente apresenta uma
constante ebulioscópica (𝐾𝐸 ) e uma constante crioscópica (𝐾𝑐 ).

Assim, se relacionarmos o número de partículas do soluto presente em uma solução


com as constantes ebulioscópica e crioscópica do solvente, podemos determinar o ∆𝑡𝐸 e
o ∆𝑡𝑐 da solução:

∆𝑡𝐸 =KE.Cw.i ∆𝑡𝑐 = KC.Cw. I Finalmente para o cálculo da pressão hosm


ótica da solução de um eletrolito utiliza-se: P= i.CM.R.T

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Capítulo XIII: Cinética Química
S/ conceito;
-Velocidade das reações químucas;
-Teoria das colisões;
-Energia de ativaçáão de uma reação;
- Factores que influenciam à velocidade;
- Lei da velocidade;
- Ordem das reações.
-Exercícios.

É a parte da química que estuda a velocidade de uma reação, bem como os factores que
a influenciam.

Velocidade das reações químicas

A velocidade das reações químicas é medida através da quantidade da substância que


intervém na reação ou que se forma durante ela por unidade de tempo e unidade de
volume do sistema para as reações homogênias ou por unidade de superfície de
separação das fases para as reações heterogênias.
∆m ∆n ∆[ ] ∆V
Vm= ± ou ± ou ± ou ±
∆t ∆t ∆t ∆t

O sinal mais corresponde a alteração da concentração da substância que se forma


durante a reação, enquanto o sinal menos, a concentração da substância que intervém
na reação.
aA + bB → cC + dD
∆[A] ∆[B] ∆[C] ∆[D]
Vm= − a.∆t ou Vm = − b.∆t ou Vm = − c.∆t ou Vm = − d.∆t

Teoria das Colisões


Em todas as reações, os átomos que formam os reagentes se rearranjam, originando os
produtos. No entanto, nem todos os choques entre as partículas que compõem os
reagentes dão origem a produtos (choques não-eficazes). Os choques que resultam em
quebra e formação de novas ligações são denominados eficazes ou efetivos. No
momento em que ocorre o choque em uma posição favorável, forma-se uma estrutura
intermediária entre os reagentes e os produtos denominada complexo ativado.

Complexo ativado é o estado intermediário (estado de transição) formado entre


reagentes e produtos, em cuja estrutura existem ligações enfraquecidas (presentes nos
reagentes) e formação de novas ligações (presentes nos produtos). Conforme ilustrado
abaixo: Para que ocorra a formação do complexo ativado, as moléculas dos reagentes
devem apresentar energia suficiente, além da colisão em geometria favorável. Essa

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energia denominamos energia de ativação (Ea).
Energia de ativação de uma reação (Ea) é a menor quantidade de energia necessária
que deve ser fornecida aos reagentes para a formação do complexo ativado e,
consequentemente, para a ocorrência da reação. Ela expressa-se apartir da equação
"Arrhenius"
−Ea
K= Z.P.e RT

Onde e (euler= 2,71), K constante da velocidade Ea energia de ativação, Z número de


choques que tem lugar entre as moléculas por segundo e por unidade de volume; P
factor estereométrico de Arrhenius.

Ex.: A energia de ativação de uma determinada reação, sem catalizador é 75,24kJ/mol,


enquanto que com um catalizador passa a ser 50,14kJ/mol. Em quantas vezes cresce a
velocidade da reação se a temperatura que ela se encontra for de 25°c
R: 2,5.10−4

Quando houver variação de temperatura.

T1 . T2 K2
Ea = 2,303R log
T2 − T1 K1

Ex.: Qual é o valor da energia de ativação da reação cuja velocidade a 300K, é 10 vezes
maior que a 280K
R: 80,3KJ/mol

Factores que influenciam à velocidade

Superfície de contato
Quando um reagente está no estado sólido, a reação ocorrerá na sua superfície. Assim,
quanto mais fragmentado (disperso) for esse reagente, maior será o número de choques,
e maior será a velocidade da reação.

Quanto maior a superfície de contato dos reagentes, maior a velocidade da reação.


Os principais factores que influenciam a velocidade são: temperatura, concentração e
pressão.

Temperatura
A temperatura está ligada à agitação das moléculas. Quanto mais calor, mais agitadas
ficam as moléculas. Se aumenta a temperatura, aumenta a energia cinética das molé
culas (movimento). Se as moléculas se movimentam mais, elas se chocam mais e com
mais energia, diminuindo a energia de ativação e em consequência, aumenta o número
de colisões efetivas e portanto a velocidade da reação também aumenta.

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Regra de Van’t Hoff: um aumento de 10 ºC faz com que a velocidade da reação
dobre ou triplique, em alguns casos.

Catalisadores: são substâncias capazes de acelerar uma reação sem sofrerem alteração
permanente, isto é, não são consumidas durante a reação.

Um catalisador acelera a reação, mas não aumenta seu rendimento, isto é, ele produz a
mesma quantidade de produto, mas num período de tempo menor.

2. O catalisador não altera o ∆H da reação.

3.Um catalisador acelera tanto a reação direta quanto a inversa, pois diminui a energia
de ativação de ambas.

Concentração
A concentração está relacionada à quantidade de soluto e de solvente de uma
substância. Se aumentar a concentração de reagentes, aumenta o número de moléculas
dos reagentes, aumenta o número de colisões e aumenta também a velocidade da
reação. Estando assim associada à Lei Cinética (Lei de Guldber- Waage).

Pressão
A pressão é a razão entre força e área, ou seja, fazer força sobre uma determinada área.
Com o aumento da pressão em um recipiente, diminui o volume e desta forma aumenta
a concentração dos reagentes. As moléculas se chocam mais, aumentando o número de
colísões e portanto, aumenta a velocidade da reação.

Presença de Luz
Algumas reações químicas ocorrem com maior velocidade quando estão na presença
de luz. A luz influencia na velocidade das reações porque é uma energia em forma de
onda eletromagnética que ajuda a quebrar a barreira da energia de ativação.

Inibidores
São substâncias, que ao contrário dos catalisadores, aumentam a energia de ativação e
como consequência diminuem a velocidade da reação química. Pode ser chamado tamb
ém de veneno de catalisador ou anti-catalisador. Antigamente era chamado de
catalisador negativo.

Lei Cinética (Lei de Guldber- Waage).

“A velocidade de reação é proporcional ao produto das concentrações molares dos


reagentes, estando cada concentração elevada a um expoente igual a um valor
determinado experimentalmente”

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Obs.: Esta lei se aplica a velocidade instantânea e não a uma velocidade média. Para
cada reação, k depende somente da temperatura.

A lei de Guldberg e Waage também foi denominada de Lei da Ação das Massas. A etapa
mais lenta é a que comandará a velocidade total.

aA + bB ⇌ cC + dD
𝑚.𝑙2
V = K. [𝐴]𝑎 . [𝐵]𝑏 onde K(constante de velocidade 𝑠.𝑚𝑜𝑙)

Para os gases
V = K. [PA ]a . [PB ]b

Nota: Nas reações heterogênias, a concentração das substâncias que se encontram no


estado sólido, não se alteram durante a reação e por esta razão não são inseridos na
equação da lei das acções das massas.
Ex.: aA(g) + bB(s) ⇌ AB
V= k.[A]a

Meia vida de uma substância reagente:


é o tempo necessário para que metade da quantidade original presente reaja. Ao final
de uma meia vida, 50% dos átomos ou moléculas originais permanecem. A meia vida
está diretamente relacionada com a constante da velocidade para uma reação de
primeira ordem. Através da equação geral:

[𝑀]
ln = − 𝐾𝑡
[𝑀]0

1 t0 ln(0,5) 0,693
50%= 0,5 ⇒ ln(0,5) = −K t 2 ⇒ = ⇒ t=
2 K K
Os mecanismos da reação
As reações químicas não ocorrem em apenas uma etapa, porém em duas ou mais. Cada
etapa é denominada reação elementar e ocorre pelo choque direto das moléculas
participantes.

Ordem das reações


Ordem de uma reação é a soma dos expoentes que aparecem na fórmula da velocidade.
aA + bB ⇌ cC + dD
A= a ; B= b

Ordem global = a+b

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Tipos de ordens
Reação de Ordem Zero
“A reação é de ordem zero ocorre quando a velocidade da reação química é
independente da concentração do reagente. ”

Lei da velocidade integrada para a reação de zero ordem:

[M]= [𝑀]0 -𝐾𝑡

Onde [M]= concentração final; [𝑀]0 = concentração inicial; k = constante de velocidade


e t=tempo

A lei de velocidade de ordem zero para uma reação química significa que a velocidade
da reação é independente da concentração de qualquer reagente.
A lei de velocidade de zero ordem pode ser observada apenas se as concentrações atuais
dos reagentes não puder variar à medida que a reação se desenvolve, o que é incomum,
e estas reações não são encontradas facilmente.

Reação de Primeira Ordem


“Reações de primeira ordem são aquelas nas quais a velocidade da reação química é
proporcional à concentração de um reagente.” A lei da velocidade de primeira ordem
é uma das formas mais comuns da lei da velocidade. sendo ela descrita a seguir:

[𝑀]
ln = − 𝐾𝑡
[𝑀]0

Para qualquer outro tipo de reação que não seja a de primeira ordem, a meia vida não é
constante, porém se altera dependendo da extensão na qual a reação tenha ocorrido.
Devido a isto, meia vida geralmente é usada para descrever apenas reações de primeira
ordem.

Reação de Segunda Ordem


“Reações de segunda ordem são aquelas nas quais a velocidade da reação química é
proporcional ao produto das concentrações de dois reagentes” Para uma reação
envolvendo apenas um tipo de reagente.

1 1
= 𝐾𝑡 +
[𝑀] [𝑀]0

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Capítulo XIV: Equilíbrio químico
-S/ conceito
- Processos reversíveis e irreversíveis;
- Equilíbrio químico molecular;
- Equilíbrio iónico;
- Equilíbrio iónico da água.
- Produto de solubilidade
- Hidrólise
- Energia de ativação do equilíbrio químico
- Soluções tampom
- Exercícios.

Equilíbrio químico: é a igualdade das velocidades das reações reversíveis(V1 = V2 ).

O equilíbrio químico fundamenta-se na lei de Gulberg-Waage ou lei das ações das


massas "a velocidade de uma reação é diretamente proporcional ao produto das
concentrações dos reagentes, a uma temperatura".

O estudo do equilíbrio químico aplica-se às reações reversíveis por nela aparecerem


duas velocidades, quando elas forem iguais, estabelece-se o equilíbrio.

Processos reversíveis: são as reações nas quais os reagentes são convertidos em


produtos e os produtos em reagentes até atingir o equilíbrio. A reação que ocorre da
esquerda pra direita chama-se reação directa, e a que ocorre no sentido inverso
chama-se reação inversa. Representam-se por dupla ceta(⇌)

Processos irreversíveis: são as reações nas quais os reagentes são convertidos em


produtos, não havendo reação no sentido inverso. Representa-se por uma ceta(→)

Equilíbrio molecular
Seja a reação aA + bB ⇌ cC + dD
Onde A,B,C,D são chamados de concentrações.

V1 = 𝐾1 [𝐴]𝑎 . [𝐵]𝑏 reação directa.


V2 = 𝐾2 [𝐶]𝑐 . [𝐷]𝑑 reação inversa.

"A uma temperatura constante, é constante o quociente entre o produto das


concentrações dos produtos, elevados aos respetivos coeficientes estequiométricos,
pelo produto das concentrações dos reagentes, também elevados aos seus respetivos
coeficientes" lei de Gulberg. Logo, o quociente de duas constantes, é outra constante.

V1 = V2

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𝐾1 [𝐴]𝑎 . [𝐵]𝑏 = 𝐾2 [𝐶]𝑐 . [𝐷]𝑑

𝐾1 [𝐶]𝑐 .[𝐷]𝑑 [𝐶]𝑐 .[𝐷]𝑑


= [𝐴]𝑎.[𝐵]𝑏 𝐾𝑐 = [𝐴]𝑎.[𝐵]𝑏
𝐾2
Kc= constante de equilíbrio expressa em concentração molar. Se os dados forem de
pressão, então teremos Kp (constante de equilíbrio em termos de pressão).

[P ]c .[P ]d
K P = [P c ]a .[PD ]b ⇒ K P = K c . (RT)∆n
A B

Onde: ∆n= coeficientes estequiometricos


∆n= (c+𝑑) − (𝑎 + 𝑏)
R=8,31
Nota: quando tem mais de uma fase, na fórmula Kc não entram aquelas encontradas
no estado sólido.

No início da reação a velocidade directa é máxima porque há maior concentração do


reagente. A velocidade da reação inversa é nula porque não há ainda um produto
formado, na medida que a reação se processa, V1 diminui e V2 aumenta.

Gráficos de um sistema de equilíbrio

V1 diminui e V2 aumenta, até se igualarem, neste momento o sistema está atingindo o


equilíbrio.
V1 = V2
V1 > V2
V1 < V2

Características de estado de equilíbrio


O estado de equilíbrio é dinâmico;
O sistema deve ser fechado;
As propriedades macroscópicas(Temperatura , pressão e volume) devem permanecer
constantes;
Responde as perturbações externas.

Deslocamento do equilíbrio
Ni equilíbrio, as velocidades V1 e V2 são iguais e as concentrações das substãncias A,
B, C, D são constantes. Se por algum motivo houver modificação em uma das
velocidades teremos mudanças nas concentrações das substâncias. Esta modificação
em uma das velocidades ocasiona o que denominamos de deslocamento do equilíbrio,
que será no sentido da maior velocidade.

"Quando um sistema em equilíbrio sofre algum tipo de força externa, ele se deslocará
no sentido de minimizar essa perturbação afim de atingir novamente uma situação de

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equilíbrio" Le Chatelier

Catalizadores: são substâncias que permitem que o equilíbrio seja atingido num
tempo. Ou seja, aceleram as reações.

Equilíbrio iónico

Nesse equilíbrio químico observamos os fenómenos de formação de iões em soluções,


podendo chama-los de ionização ou dissociação iónica. Esse sistema de equilíbrio se
estabelece entre as moléculas não ionizadas e os iões resultantes da ionização . Deste
modo, ocorrem dois processos inversos simultâneos, ou seja, os fenómenos da
ionização e o de reagregação dos iões, que recompõe as moléculas.

Para os ácidos a constante de ionização recebe o nome de constante de acidez(Ka) e


para as bases a constante de ionização denomina-se constante de basicidade (Kb).

AB→ [A]+ + [B]−

[A]+ +[B]−
Ki= Ki= constante de ionização
[AB]

AB → [A]+ + [B]−
𝑛0 0 0
−𝑥 𝑥 𝑥
𝑛0 − 𝑥 𝑥 𝑥

n n0 − x
[AB] = = CM ⇒ [AB] =
V V
n= n0 − x

x
[A]+ = [B]− =
V
x
α= n ⇒ x = n0 α
0

n0 −x n0 −n0 α n0 (1−α)
[AB] = ⇒ [AB] = ⇒ [AB] = ⇒ [AB] =CM(1 − α)
V V V

x n0 α
[A]+ = [B]− = ⇒ [A]+ = [B]− = ⇒ [A]+ = [B]− =CMα
V V

[A]+ [B]− CM.α.CM.α CMα2


Ki= [AB]
⇒ Ki = ⇒ Ki =
CM(1−α) 1−α

x= quantidade formada; n= número de mol; α= grau de ionização

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V= volume da solução ; CM= molaridade

Nota: para os ácidos fracos(a<5) considera-se a expressão (1 − α)=1. Ki= CMα2 .


Assim, podemos enunciar a lei de diluição de OSTWALD (a diluição crescente de
uma solução pelo acréscimo de solvente, provoca o aumento do grau de ionização).

Equilíbrio iónico da água

A água é uma substância molecular, porém, fortemente polar, o que condiciona a


ionização de algumas moléculas em H + + OH −

No caso de ionização da água, chama-se produto iónico Kw. Na água, as


concentrações de H^+ e OH são sempre iguais e de valor 10−7mol/l,
independentemente da temperatura, por esse motivo a água é neutra.
H2O ⇌ H + + OH −
Kw= [H].[OH]

Potencial hidrogeniónico(pH) e hidroxiliónico(pOH).


Para facilitar o estudo da acidez dos sistemas, como a concentração dos iões é muito
baixa, SORENSEN, definiu a escala de pH e pOH. Ambos calculados à base da escala
logarítmica.

[H + ]= CM.a ; [H + ]= 10−7

[OH − ]= CM.a; [OH − ]= 10−7

Kw= [H].[OH] = 10−14

1
pH= log [H+] ⇒ pH = − log[H + ] ⇒ [H + ] = 10−pH

[OH − ] = 10−pOH

[H + ]. [OH − ] = 10−14 ⇒ 10−pH . 10−pOH = 10−14 ⇒ pH + pOH=14

pH= − log[H + ]; pOH= − log[OH − ]

Solução ácida
[H + ] > 10−7 mol⁄L ; [OH − ] < 10−7 mol⁄L ou pH < 7 ; pOH > 7

Solução básica
[H + ] < 10−7 mol⁄L ; [OH − ] > 10−7 mol⁄L ou pH > 7 ; pOH < 7

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Produto de solubilidade

Solubilidade: é a tendência de algumas substâncias serem absorvidas por outras,


geralmente líquidas, sem perder suas propriedades.

Numa solução saturada de um eletrolito forte pouco solúvel, estabelece-se um


equilíbrio entre o precipitado do eletrolito e os iões do eletrolito na solução.
AB → 𝐴+ + 𝐵 −

Uma vez que nas soluções dos eletrolitos o estado do iões é determinado pela sua
actividade, a constante do equilíbrio deste último processo, expressa-se através da
seguinte equação:

[𝐴+ ].[𝐵− ]
K= [AB]

O denominador da fração, cuja a sua actividade encontra-se na fase sólida, é uma


grandeza constante de forma que o produto K[AB] à esta temperatura também é uma
grandeza constante. Daqui se pode concluir que o produto das acrividade dos iões
[𝐴+ ] 𝑒 [𝐵 − ] é igualmente constante, recebendo o nome de produto de solubilidade.

K[AB] = Kps =[𝐴+ ]. [𝐵 − ]

Apartir dos valores de Kps, podemos calcular a solubilidafe dos eletrolitos poucos
solúveis na água e nas soluções que contêm outros eletrolitos.

Ex.: A solubilidade de Mg(OH)2 à temperatura de 18°c é 1,7. 10−4. Determine o


produto de solubilidade de Mg(OH)2 à esta temperatura.

Hidrólise

Hidrólise é a decomposição dos íons de uma substância por intermédio dos iões da
água.

Nos compostos da química mineral, são os sais que apresentam com maior frequência
o fenómeno da hidrólise. A hidrólise de um sal é a reação inversa à de salificação

ácido + base → sal + água.

Sal derivado de ácido forte e de base fraca.

Seja BA um sal proveniente de um ácido forte e de uma base fraca (como por
exemplo

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o NH,CI). Sofrerá hidrólise de acordo com a seguinte equaqão:

BA + H2O ⇌ BOH + HA.

Os eletrólitos fortes, em solução aquosa, apresentam elevado


grau de dissociação, tendendo pois para a forma iônica, enquanto que
os eletrólitos fracos se ionizam täo pouco, que a sua tendência é para
a forma molecular. Como os sais, de uma maneira geral, são considerados eletrólitos
fortes, podemos escrever a equação de hidrólise do seguinte modo:

𝐵 + + A− + H2O ⇌ BOH + H + + 𝐴
ou, simplificando

𝐵 + + H2O ⇌ BOH + H +

Devido à presença do ion H + o sal BA apresenta reação ácida,


comportando-se diante dos indicadores como se fôsse um verdadeiro ácido.

Aplicando a lei da acção das massas ao equilíbrio à cima, temos:

[H+ ][BOH]
K= [B]+ [H2O]

Como a hidrólise se processa em presença de um grande excess de água, podemos


considerar a concentração da água [H2O] como praticamente constante, tendo-se assim,
uma outra constante denominada constante de hidrólise Kh.Assim:

[H+ ][BOH]
Kh = K[H2O] = [B]+

[H+ ][BOH]
Kh = [B]+

Podemos calcular a constante de hidrólise do sal (Kh) em função do produto iônico da


água (Kw) e da constante de ionização da base (Kb). Para isso faremos um artificio
que é multiplicar o numerador e o denominador da expressão por [OH]

[H]+ [OH]−
[BOH][H]+ [OH]− [B]+ [OH]−
Kh = [B]+ [OH]−
Kh = [BOH]

A constante de hidrólise de um sal derivado de ácido forte e de base fraca, é igual à


relação entre o produto iónico da água e a costante de ionização da base.

Kw
Kh = Kb

Onde Kh= constante da hidrólise; Kw = produto iónico da água e Kb= constante de


basicidade.

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A expressão dá concentração do ion 𝐻 + :
Da expressão (1) concluímos que [BOH] = [𝐻 + ]

O produto dos dois valores vem a ser o mesmo que o quadrado


de um deles.
Assim:
[H ]2 = Kh. [B − ]

Kw
[H ]= √[B − ]. Kb

Ex.: Calcule [OH] em uma solução de 1M de NaOCN. Ka para HOCN vale 3,3.10−4

Energia de ativação do equilíbrio químico

A dependência da velocidade da reação (ou da constante de velocidade da reação) da


temperatura, pode ser expressa através da equação.

𝑉𝑡 + 10 𝐾𝑡 + 10
𝑉= =
𝑉𝑡 𝐾𝑡

Onde Kt e Vt são a velocidade e a constante de velocidade à temperatura. v=


coeficiente térmico.
O coeficiente térmico da velocidade da reação cujo o valor para a maioria das reações
encontra-se entre 2-4 (regra de Vant Hoff). Em geral se a temperatura altera em ∆T°c
esta última equação transforma-se adquirindo a forma

∆𝑇 𝑉𝑡 + ∆𝑇 𝐾𝑡 + ∆𝑇
𝑉 10 = =
𝑉𝑡 𝐾𝑡

Ex.: O coeficiente térmico da velocidade da reação é 2,8. Quantas vezes cresce a


velocidade da reação quando a temperatura passa de 20°c para 75°c?

Variação de energia de Gibbs em função de Kc.

A Kc da reação química, está ligada à variação estandard de Gibbs, desta reação ∆G°T
através da equação
∆G°T = - 2,3.R.T.Kc

∆G°T = - 2,3.R.T.log K [KJ/mol]. O sinal negativo só é possível no caso de logK>0.

Em geral, para a reação aA + bB ⇋ cC + dD

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[C]c .[D]d
∆G= ∆G° + 2,3.R.T.ln [A]a .[B]b

Soluções tampom

Uma solução diz-se tamponada quando [H + ]ou PH de uma solução não é


apreciavelmente pela adição de pequenas quantidades de ácidos e bases.
A solução terá essa propriedade se ela contiver quantidades relativamente grandes, tanto
de um ácido fraco como de uma base fraca. Se uma pequena quantidade de um ácido
forte for adicionada a esta solução, quase todo o H + adicionado combinar-se-á com uma
quantidade equivalente da base fraca do tampom, formando o ácido conjugado daquela
base fraca.

Assim, o H + da solução permanece quase constante. Se uma pequena quantidade de


uma base forte for adicionada à solução tampom, a maior parte do OH combinar-se-á
com uma quantidade equivalente do ácido tampom, formando a base conjugada daquele
ácido fraco. Desta maneira o H + da solução tampom não é apreciavelmente afetado
pela adição de pequenas quantidades de ácido ou base.

A solução terá [H + ] ou PH desejado pela escolha conveniente da relação entre as


quantidades de ácido e a base conforme a equação:

[ácido]
[H + ] = Ka.
[base conjugada]

[base]
[OH − ] = Kb.
[ácido conjugado].

Ex.: Uma solução é 0,0100M em ácido monocloroacético, HC2H2O2Cl. E também


0,0020M em cloroacetato de sódio, NaC2H2O2Cl. Ka para o ácido monocloroacético
vale 1,36.10−3 . Qual é a concentração de [H] e o PH?

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Capítulo XV: Eletroquímica
S/ conceito;
-Pilhas e baterias;
-Representação de uma pilha;
-Ponte salina;
-Nomenclatura convencional da pilha;
- Potencial estanday;
- Potencial não estanday;
- Eletrólise;
- Leis de Michael Faraday;
- Exercícios

A eletroquímica é a parte da Química que estuda os fenômenos envolvidos na


produção de corrente elétrica a partir da transferência de elétrons em reações redox,
bem como a utilização de corrente elétrica na produção dessas reações. O seu estudo
pode ser dividido em duas partes: pilhas e baterias, e eletrólise.

Pilhas e baterias são dispositivos nos quais uma reação espontânea de oxi-redução
produz corrente elétrica, ou seja, são dispositivos que transformam energia química em
energia elétrica.

Nas reações redox, os eletrões são transferidos do agente redutor para o oxidante, sendo
essa reação conhecida como expontânea. A expontanidade de uma reação redox
depende apenas da natureza e fases dos reagentes e produtos e não da forma espacial
que toma a ocorrência da reação. A evolução da reação redox, pode produzir um fluxo
orientado de cargas, sendo estas chamadas, corrente elétrica.

Nota: Quando a variação ou a diferença do potencial da pilha for E > 0, então a reação
é expontânea. Quando a variação ou a diferença do potencial da pilha for E < 0, a reação
não é expontânea.

Uma célula eletroquímica é um dispositivo que utiliza reações de óxido-redução para


produzir a interconversão de energia química e elétrica. Existem dois tipos de células
eletroquímicas: as células galvânicas, nas quais energia química é convertida em
energia elétrica, e as células eletrolíticas, nas quais energia elétrica é convertida em
energia química.

Para que uma substância seja classificada como um condutor de eletricidade, ela deve
ser capaz de permitir que as cargas elétricas internas movam-se de um ponto ao
outro, com a finalidade de completar um circuito elétrico. Sabemos que a maior parte
dos metais são condutores de eletricidade, por causa do movimento relativamente livre
de seus elétrons através das suas redes metálicas. Esta conduçao é chamada,
simplesmente, de conduçao metálica.

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As reações redox, que ocorrem nos elétrodos são chamadas reações de meia célula,
reações de pilhas ou reações de elétrodos. O elétrodo onde ocorre a oxidação é chamado
ânodo ou polo negativo e o elétrodo onde ocorre redução é chamada câtodo ou polo
positivo.

Representação da pilha.... voltímetro


𝑒̅ corrente

− X Y +
metal
ánodo cátodo

𝑋 +𝑎 𝑌 +𝑎
Ponte salina

A ponte salina é uma membrana ligada entre os elétrodos para garantir a


eletroneutralidade da solução. Nela, os iões movem-se em sentidos opostos

Nomenclatura convencional da pilha.

Uma forma convencional de representar as células eletroquímicas é o diagrama de


pilhas.

Cu+ ⁄Cu+2 ∕∕ Ag + ∕ Ag

Nota:
-O traço vertical ou inclinado( l ou / ) representa as interfases (sólido-aquoso...)

-Os dois traços verticais ou horizontais( ll ou // ) representam a ponte salina.

Potencial padrão dos eletrodos (estanday)

Cálculo da força eletromotris de células eletroquímicas.


Os valores de potencial normal de cada uma das semi-células podem ser usadas no cá
lculo do valor da força eletromotris de uma célula em condições padrão. A força
eletromotris de uma pilha é praticamente igual à diferença de potencial entre os seus el
étrodos em circuito aberto(quando não passa corrente). Logo:

E = E(cátodo) - E (ánodo)

Nota: o elétrodo com maior potencial é o oxidante (sofre redução) e o com menor
potencial é o ánodo(sofre oxidação).

Potencial não estanday do elétrodo

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Se levar à cabo uma reação redox, de forma a que os processos de oxi-redução se
encontrem separados no redutor para o oxidante através de um condutor, os cálculos da
força eletromotris determinar-se-ão com base a difernça entre o potencial de maior valor
e o de menor.

A dependência do potencial do elétrodo em função da concentração das substâncias


que intervém nos processos do elétrodo e da temperatura expressa-se através da
equação de NERNST.

2,3RT [oxid. ]
E = E0 + log
Z. F [red. ]

Onde 𝐸0 = E(cátodo) - E(ânodo)


𝐸0 = potencial inicial; E= potencial final; Z = número de eletrões que intervém no
processo o elétrodo; R= constante dos gases; T = temperatura; F = faraday e [oxi]/[red.]
= produto das concentrações das subst. que interveiem à reação.

Eletrólise
Eletrólise é o processo no qual uma corrente elétrica produz uma reação de ó
xidoredução. Em outras palavras diz-se que é o conjunto de processos que decorrem
quando um sistema constituído por dois elétrodos e uma massa fundida ou uma massa
solução de um eletrólito é sugeita à passagem de uma corrente elétrica constante (Eletr
ólitos são subst. Capazes de conduzir corrente elétrica).

Estudo quantitativo da eletrólise


Este estudo foi feito por MICHAEL FARADAY, que estabeleceu as seguintes leis:

•A massa da substância libertada nos elétrodos, bem como a massa da substância


decomposta é proporcional à carga elétrica que atravessa a solução.

E.I.t VE .I.t
m= V=
F F

Onde E= equivalente grama; I= intensidade (Ampere); t= tempo (s); m= massa; F=


constante de faraday(96500); V= volume; e VE = volume equivalente.

• Quando uma mesma carga elétrica atravessa diversos eletrólitos, as massas das subst.
libertadas, bem como as massas das subst. decomoostas, são proporcionais aos seus
equivalentes químicos.
E1 . I. t E2 . I. t
m1 = m2 =
F F

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E1 . I. t
𝑚1 𝑚1 E1
= F =
𝑚2 E2 . I. t 𝑚2 E 2
F
Equações indispensáveis:
q = I.t; onde q = carga (coulombe)

W = q.U; onde W= trabalho (Kw-h); U tensão(volte)

Carga do eletrão:
q = N. ē onde N= número de partículas(N = n.Na)

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Capítulo XVI: Termoquímica
Conceito;
-Calor específico;
- Quantidade de calor latente;
-Regra de Dulong e Petit;
- 1 lei da termodinâmica;
- Entalpia;
- Pricípios da termodinâmica;
- Exercícios

Termoquímica: é a parte da química que estuda a relação entre a energia química e a


energia térmica.

Calor: é uma forma de energia ou energia em transito. O calor da reação é aquele que
é desprendido ou absorvido numa reação química.

As reações termopositivas são exotérmicas e as termonegativas às endotérmicas. O


calor de reação recebe nomes particulares, conforme a reação. Por exemplo: calor de
formação ou síntese, calor de combustão, calor de dissolução, calor de neutralização,
calor de explosão etc.

As reações química comumente se processam em recipientes abertos. O calor de reação


é, pois desenvolvido à pressão constante, designando-se por Qp. Entretanto, as reações
explosivas se processam em recipientes fechados. A deflagração é feita dentro do cano
de uma arma de fogo e as denotações no interior dos invólocros(granadas, torpedos,
bombas etc.)

Nos cálculos balísticos, emprega-se pois o calor de explosão à volume constante Qv.
Este é maior que o Qp, porquanto numa reação explosiva em recipiente aberto, perde-
se parte do calor que se converte em trabalho mecânico de dilatação dos gase. A equação
que exprime a relação entre Qv e Qp é:
T
Qv = Qp + 0,54.n.T [KCal/mol]
1

Onde n= n. mol; T1 temperatura inicial e T, final

Capacidade calorífica: é a quantidade de calor necessária para aumentar a temperatura


da substância de 1k° . Para calcular a quantidade de calor absorvido ou libertada
durante a reação, é necessário conhecer a capacidade calorífera do interior do calorí
metro, incluíndo a bomba, os seus componentes e a água.

Q = m.c.∆T

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Onde Q= quantidade de calor; m = massa; c= calor específico; ∆T= variação de
temperatura.

Quantidade de calor latente

Imaginemos um recipiente contendo gelo inicialmente a 0°c. Se colocarmos esse


sistema em presença de uma fonte de calor, notaremos que com o passar do tempo, o
gelo se transforma em água líquida(fusão do gelo), mas a temperatura durante a fusão
permanece constante (0°c). Assim, o sistema está recebendo calor da fonte, mas a
temperatura não varia.

Quando o geli derrete, verifica-se que ele deve receber, por grama, 80calorias,
mantendo-se a temperatura constante em 0°c. Essa quantidade (80cal/g) é
denominada calor latente de fusão do gelo: Lf= 80cal/g.

Calor latente "L" de uma mudança de fase: é a quantidade de calor que a substância
recebe ou cede por unidade de massa, durante a transformação, mantendo-se constante
a temperatura.

Para um corpo que recebe calor, a quantidade trocada é positiva(Q>0) e para aquele
que cede, é nagativa(Q<0). Do mesmo modo, o calor latente poderá ser positivo ou
negativo conforme a mudança de estado(fase), ocorrendo com ganho ou perda de calor.

Fusão do gelo à 0°c Lf= 80cal/g


Solidificação de água à 0°c Ls= -80cal/g
Vaporização de água à 100°c Lv= 540 cal/g
Condensação do vapor Lc = -540cal/g

De modo geral, para a massa de um material sofrendo mudança de fase, o calor latente
a quantidade total de calor teocada no processo pode ser calculada pela equação : Q =
m.L

Calorimetria: é a parte da termodinâmica que estuda a transferência de calor entre as


substâncias. O dispositivo pelo qual as substâncias trocam calor chama-se calorímetro.

Q
C = ∆T [J/K°]
C= m.c

C = capacidade calorífica e c= calor específico

Calores específicos:

Latão = 0,092cal/g°c; Prata= 0,056cal/g.°c

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Ouro= 0,032 cal/g°c; Água= 1,00 cal/g°c; Gelo: 0,5 cal/g°c; Vapor de água:
0,48 cal/g°c;

Regra de Dulong e Petit

Está é uma regra aproximada muito util, descoberta primeiramente de modo impírico,
e depois justificada teoricamente. Para muitos sólidos elementares, a capacidade calor
ífica mopar é aproximadamente 6,2 cal/mol.k. Esta aproximação é válida, próximo a
temperatura ambiente, dentro de 6% para a maioria dos epementos do segundo período
6.2cal.mol−1 .k−1
da tabela periódica. Ar= c

Quanto ao calor desenvolvido, as reações químicas classificam-se em:

Processo exotérmico: é aquele que ocorre com a libertação de calor.


A + B → C + CALOR Q<0

Processo endotérmico: é aquele que ocorre com absorção de calor.


A + B → C - CALOR Q>0

1° lei da termodinâmica
A energia interna de um sistema tende a aumentar se acrescermos nele energia na forma
de calor, e a diminuir se removermos nele energia na forma de calor, isso quer dizer que
a energia de um sistema não é realmente perdida, ela é gasta como calor ou como
trabalho.

U=Q+W
Onde U= energia interna do sistema; Q= quantidade de calor e W= trabalho.

Se nenhum trabalho é realizado sobre ou pelo sistema, o aumento da energia do sitema


simplesmente iguala-se à qualquer calor absorvido.
Q=U

Se um trabalho é realizado pelo ou sobre o sistema, mas não há calor absorvido ou


libertado.

U=W não há calor transferido.

A quantidade de calor absorvida durante o processo tem um valor fixo, da primeira lei
Q = U-W. O calor absorvido sob condições de pressão constante é representado de um
modo especial (variação de entalpia, H) Q = H

Entalpia: é o conteúdo energético que uma cada substância apresenta. Ela é


representada pela letra H.

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A entalpia pode ainda ser definida como sendo a soma de sua energia e o produto de
sua pressão pelo seu volume. H = U + P.V, a entalpia é definida desse modo pela
seguinte razão: se um sistema sofre uma transformação de um estado inicial 1 em que
H1 = U1 + P1 × V1

à um estado final 2 em que H2 = U2 + P2 × V2 então a variação de entalpia do sistema


durante a transformação é:
∆H = ∆U + ∆(P.V)

Para qualquer transformação que ocorra à pressão constante


P1 = P2 , então: ∆H = ∆U+ P. ∆V

Buscando a primeira lei da termodinâmica, sabendo que o sistema não pode realizar
outro tipo de W, a não ser o de expansão(PV), temos:
U=Q+W ; W=0 ; H=Q

∆U = Q - P. ∆V → Q = ∆U + P. ∆V
Algumas relações:
Q
H = C.Pm H= n
É praticamente impossível medir os valores Hi e Hf, mas através do calor libertado na
reação, podemos medir o HF − Hi , que será a ∆H do sistema que chamamos de

∆H = HF − Hi

Entalpia padrão
Como já vimos, devido à impossibilidade de determinarmos diretamente a entalpia das
substâncias, trabalhamos com a variação de entalpia (∆H). Porém, a variação de entalpia
de uma reação depende da temperatura, da pressão, do estado físico, do número de mol
e da variedade alotrópica das substâncias envolvidas. Por esse motivo foi criado um
referencial para fazermos comparações: a entalpia padrão.

Dessa maneira, as entalpias serão sempre avaliadas em relação a uma mesma condição
(condição padrão ou estado padrão). O estado padrão de uma substância corresponde à
sua forma mais estável, a 1 atm, a 25 °C.

A entalpia padrão de uma substância é indicada por H°. Por convenção foi
estabelecido que: Toda substância simples, no estado padrão e na sua forma alotrópica
mais estável (mais comum),tem entalpia (H) igual a zero.

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Equação termoquímica

É a equação onde se leva em conta o calor libertado ou absorvido numa reação quí
mica, como também o estado de agregação das substâncias resultantes. A entalpia de
um elemento ou de uma substância varia de acordo com o estado físico, a pressão, a
temperatura e a variedade alotrópica do elemento. Logo, numa equação termoquímica,
devemos indicar:
• a variação de entalpia (∆H);
•os estados físicos de todos os participantes e, também, as variedades alotrópicas, caso
existam;
• a temperatura e a pressão nas quais a reação ocorreu;
• o número de mol dos elementos participantes

Pricípios da termodinâmica

• Princípio de Thonsem(trabalho molecular)


O calor desprendido ou absorvido numa reação química, mede a soma dos trabalhos f
ísicos e químicos nela realizados. A combinação química e a decomposição são
trabalhos químicos, enquanto que as mudanças de estado físico, a dissolução etc.
constituem trabalhos físicos.

• Princípio de Hesse( estado inicial e final)


O calor desprendido ou absorvido numa reação química, depende unicamente dos
estados iniciais e finais, independendo de quaisquer estados intermediários.

É o princípio mais importante da termodinâmica. Permite calcular o valor energético


dos alimentos, bem como o calor de reação difícil medida nos calorímetros. Os
problemas da termoquímica podem ser resolvidos usando a fórmula de Hesse.
Qp = Σq 2 - Σq1

Onde Qp calor de reação à pressão constante; Σq 2 = soma dos calores de formação


dos compostos do segundo membro e Σq1 = soma dos calores de formação dos
compostos do primeiro membro.

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Capítulo XVII: Radioatividade
S/conceito
-Leis da radioatividade;
-Transmutações;
-Cinética das desintegrações radioativas;
-Fissão nuclear;
-Meia vida.
Exercícios

Radioatividade: é a transformação expontânea de um isótopo instável de um elemento


químico, no isótopo do outro elemento. Essa transformação é acompanhada de uma
emissão de partículas elementares ou de núcleos.

Radiações nucleares: são partículas e ondas eletromagnéticas emitidas por um núcleo,


com a finalidade de estabilizar o próprio núcleo.

Um elemento é radioativo quando ele é capaz de emitir radiações. Existem três tipos
de emissões radioativas, denominadas: alfa, beta e gama.

LEIS DA RADIOATIVIDADE

1ªLEI DE SODDY: A EMISSÃO DE PARTÍCULAS ALFAS


O átomo de um elemento radioativo, ao emitir uma partícula alfa, dá origem a um novo
elemento que apresenta número de massa A com 4 unidades a menos e número atômico
Z com 2 unidades a menos.

A radiação alfa é formada por partículas positivas, semelhantes ao núcleo de hélio.

Ax Ax−4
Zx X → 42He + Zx−2 Y

2ªLEI DE FAGAUS: A EMISSÃO DE PARTÍCULAS BETA(β)


Nessa emissão, um neutrão se decompõe, originando um prótão que permanece no nú
cleo, um eletrão uma sub partícula denominada antineutrino. Quando um átomo de um
elemento radioativo R emite uma partícula β(um elétron), dá origem a um novo
elemento S com o mesmo número de massa (A) e com o número atômico (Z) uma
unidade maior.
Ax 0 𝐴𝑥
Zx X → −1β + Zx−1 Y

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Transmutações
Quando um elemento químico emite espontaneamente uma radiação e se transforma
em outro elemento, dizemos que aconteceu uma transmutação natural. Quando as trans-
mutações são obtidas por bombardeamento de núcleos estáveis com partículas α, pró
tons,nêutrons etc., são chamadas transmutações artificiais. A primeira delas foi obtida
por Rutherford.

Cinética das desintegrações radioativas

A velocidade (V) com que ocorre a emissão de partículas (desintegração) é diretamente


proporcional ao número de núcleos radioativos (N), a cada instante considerado.
−dN
V= = K. N
dt

K = constante radioativa característica de cada isótopo e t é o tempo. Esta equação


descreve uma reação de primeira ordem; a desintegração nuclear, portanto, segue uma
cinética de primeira ordem.

Após certo intervalo de tempo, o número de núcleos radioativos de cada isótopo reduz-
se à metade. Esse intervalo de tempo, característico de cada isótopo, é denominado
meia-vida ou período de semidesintegração.

Meia-vida ou período de semidesintegração: é o tempo necessário para que a metade


dos núcleos radioativos se desintegrem,ou seja,para que uma amostra radioativa se
reduza à metade.

m = 2−𝑝 ×m0
t
p= t2
1

m= massa depois da desentegração


m0 = massa inicial
P= período

Desintegração radioativa de primeira ordem

Por meio do cálculo é possível tomar a lei da velocidade de primeira ordem acima e
derivar a relação:

ln N = – kt + lnN0

Onde N, nesse caso, é o número de núcleos pais no tempo t éN0 o número a t = 0. Isto
pode ser escrito como:
N
lnN = −Kt
0

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N
Esta relação útil fornece a fração de núcleos instáveis e , remanescente, depois de
N0

decorrido o tempo, t.

Fissão nuclear
Em 1934, os cientistas italianos Enrico Fermi e Emílio Segrè bombardearam átomos
de urânio com nêutrons, encontrando quatro espécies radioativas como produtos, uma
delas o neptúnio (Z = 93). Os químicos alemães Otto Hahn e Fritz Strassman, repetindo
essa experiência, detectaram, entre os produtos, átomos de bário, o qual apresenta nú
mero atômico pouco maior que a metade do número atômico do urânio. Concluíram
então que o urânio estava sendo dividido, fenômeno que recebeu o nome de fissão
nuclear. Outros experimentos mostraram que a fissão só acontece com o isótopo 235 do
urânio e com grande liberação de energia. A partir de uma determinada quantidade
(massa crítica) desse elemento, a reação ocorre em cadeia, liberando energia num
intervalo de tempo muito pequeno.

Fissão, fusão e energia

Existe uma enorme quantidade de energia que pode ser obtida de um processo nuclear.
De onde esta energia provém e por que ela é tão poderosa? A resposta é dada pela
equação de Einstein, E = 𝑚𝑐 2 baseada na idéia de que a massa pode ser convertida em
energia e vice-versa. ( ou melhor, a massa e a energia são diferentes, mas são
manifestações interconvertíveis.)

Quando um núcleo sofre fissão, ele se divide em dois fragmentos e vários nêutrons. Se
cada um desses nêutrons for capturado por um outro núcleo físsil, o processo continua
e o resultado é uma reação em cadeia de reações, na qual a fissão súbita de muitos nú
cleos e a liberação resultante de enorme quantidade de energia produzem uma explosão
nuclear(acontece nas bombas atómicas).

Nota: a radioatividade natural ocorre com os elementos situados após o chumbo(Ph) na


classificação periódica.

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Capítulo XVIII: Combustão
Conceito;
- Comburente
- Natureza dos combustíveis;
- Combinações gasosas;
- Exercícios;

Combustão é o fenomeno químico resultante da ação redíproca do material combustí


vel e do comburente.

Combustível é todo material susceptível de queimar;

comburente é a substância que alimenta a combustão. O ar atmosférico, por intermédio


do oxigênio que contém, é o comburente por excelência.

Se o comburente é representado por uma única substância, o combustível comumente


se encontra sob as mais variadas formas.

Assim, os combustíveis podem ser minerais ou orgânicos, naturais ou


artificiais. Entre os minerais destacam-se carbono, enxôfre, fósforo, arsênico, hidrogê
nio, alguns metais etc. Alcool, éter, acetona, hi-
drocarbonetos etc. são variedades de combustíveis orgânicos.

Os produdos da combustão dependem da composição do material combustível. Assim:


o C transforma-se em CO2; o H em H2O(v); o S em S02 o P em P2O5; o N desprende-
se na forma de gás ele-
mentar N2 etc.

Quando todo o carbono transforma-se em CO2 a combustão denomina-se completa ou


total. Será incompleta ou parcial quando
parte do carbono transforma-se em CO2 e parte deposita-se sob a
forma de fuligem ou negro de fumo.
Diz-se também que é incompleta, quando entre os produtos da combustão ainda se
encontram gases combustíveis, tais como o CO e o H2.

A finalidade do combustível para fins industriais é a produção


de calor. Por êsse motivo, exigem-se das substâncias requisitos especiais para que sejam
enquadradas entre os combustíveis.

Denomina-se, pois, combustível toda substância que queima em contacto com o ar


produzindo calor, satisfazendo às seguintes condições:

a) queimar lentamente;

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b) existir em abundância na natureza;
c) extração econômica;
d) não produzir gases corrosivos e tóxicos.

Combinações gasosas

Baseiam-se nas leis volumétricas de Gay-Lussac, aplicáveis quando


os reagentes e os produtos da reação são gases ou vapores.

1. Quando dois gases se combinam há uma relação simples


entre seus volumes como também entre o volume do gás resultante
e o de cada componente, nas mesmas condições de temperatura e
pressão.

2. Quando os volumes dos gases que se combinam são iguais, o volume do gás
resultante é a soma dos volumes dos gases componentes. Quando são desiguais dá-se
uma contração de volume.

A contração é dada pela diferença entre a soma dos volumes


dos gases componentes e o volume do gás resultante: C = S- V.

A contração relativa é a fração do volume inicial que diminuiu.


Representa-se por:

𝑆−𝑉
𝐶=
𝑆

Onde S = soma dos volumes dos gases que se combinam; V = volume do gás resultante
e C = contração.

Ex.: Deseja-se obter 400 𝑐𝑚3 de amônia. Qual o volume utilizado


de hidrogênio e nitrogênio, supondo a reação total?
N +3 H → 2 NH

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Referêcias bibliográficas

1- N. Glinka. Problemas e exercícios de química geral [editora Mir Moscovo]

2- Supletivo seriado química (1° volume)

3- GEROMEL, Rosenberg ; LAWRENCE M. Epstein Química geral

4- FELTRE, Ricardo. Química, Volume I,II & III “Química Geral-Físico

5- CHANG, Raymond e GOLDSBY Kenneth A. Química, 11ª Edição.

6- FREITAS, Renato Garcia. Problemas e exercícios de química. 10ª Edição;

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