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Conclusão 9
Fontes utilizadas 10
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Introdução
Com este trabalho realizado no âmbito da disciplina de filosofia,
pretendemos explicar o que é a ética, como esta é aplicada, e relacioná-la
com a experimentação científica, abordando algumas questões levantadas
acerca do uso de animais para o benefício do ser humano. Apresentaremos
ainda as perspetivas de dois filósofos e consequentemente os argumentos
usados, contra e a favor do tema, dos mesmos.
Ética
Chama-se ética ao conjunto de padrões e valores morais de um indivíduo
ou um grupo de indivíduos. Na filosofia, a ética é a ciência que estuda os
motivos que constroem e destroem os padrões de comportamento do ser
humano, resultado da convivência da sociedade. Os valores são princípios e
qualidades intrinsecamente desejáveis, que constroem o pensamento e o
comportamento.
Na filosofia clássica, a ética não se resumia apenas aos hábitos ou costumes
socialmente definidos e comuns, mas buscava a fundamentação teórica
para encontrar o melhor modo de viver e conviver, isto é, a busca do
melhor estilo de vida, tanto na vida privada quanto a nível social. A ética
abrange os campos dominados atualmente por: antropologia, psicologia,
sociologia, economia, pedagogia, política, educação física e dietética. Os
filósofos tendem a dividir as teorias éticas em três áreas: metaética, ética
normativa e ética aplicada.
A ética pode ser definida como a ciência que estuda a conduta humana e a
moral é a qualidade desta conduta, quando se justa do ponto de vista do
Bem e do Mal. Ao contrário da lei, nenhum indivíduo pode ser compelido,
pelo Estado ou por outros indivíduos, a cumprir as normas éticas, nem
sofrer qualquer sanção pela desobediência a estas: por outro lado, a lei pode
ser omissa quanto a questões abrangidas no escopo da ética.
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Experimentação Científica
A origem do Método experimental, começou com Roger Bacon (1220-
1292) que foi o primeiro filósofo a defender a experimentação e o
empirismo como fonte de conhecimento. No final do período do
renascimento Bacon aplicava o método indutivo como meio de se produzir
o conhecimento. Este método é um procedimento de pesquisa que coloca
em prática o pensamento ou raciocínio indutivo, este caracteriza-se por ser
abrangente, e parte de premissas cuja verdade sustenta a conclusão, mas
não a garante.
O método experimental entendia
o conhecimento como sendo o
resultado de experimentações
contínuas e do aprofundamento
do conhecimento empírico. Por
outro lado, através do seu
Discurso sobre o método, René
Descartes defendeu o método
dedutivo como aquele que
possibilitaria a aquisição do
conhecimento através da
elaboração lógica de hipóteses e
a busca da sua confirmação ou negação.
Bacon pode ser considerado um dos primeiros a sistematizar o
desenvolvimento da experimentação ao elaborar o método das
coincidências constantes. Stuart Mill, mais tarde, indicou que uns certos
números de combinações podem nos conduzir à causa determinante do
surgimento dos fenômenos. Este elaborou os métodos de exclusão que se
baseiam em regras fundamentais: quando se buscam os antecedentes
comuns diante da causa do fenômeno, método de concordância, e quando
se procura observar os antecedentes comuns nas situações em que ele não
se produz.
Uma contribuição fundamental para o desenvolvimento da ciência moderna
foram os trabalhos de Galileu Galilei (1564-1642), este insistia na
necessidade de elaborar hipóteses e submetê-las a provas experimentais.
Assim, dá os primeiros passos para o método científico moderno.
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Animais como cobaias
Como reconciliamos os fortes sentimentos que muitos de nós temos por
certos animais, como cães e gatos, com a forma que usamos animais nas
nossas próprias vidas? A maioria de nós não se incomoda em usá-los pela
sua carne, leite, ou pele, o problema é que, como humanos, não apenas
usamos os animais desta forma, mas quase sempre provocamos o seu
sofrimento no processo.
Estes são apenas alguns exemplos das condições que os animais vivem à
nossa custa- e não são pouco comuns.
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Perspetiva de Peter Singer
O filósofo australiano Peter Singer utiliza a palavra “Especismo” para
descrever a nossa preferência à nossa própria espécie em vez de outra, na
ausência de diferenças moralmente relevantes.
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devido à sua inteligência, porque seria correto tratar membros de outras
espécies segundo o mesmo raciocínio?
Mas talvez pensem que devemos tratar outros animais da forma que os
tratamos simplesmente porque podemos.
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das pessoas pensam até que é justificável matar outro humano em nome da
autodefesa.
Este argumento não justifica usar animais para coisas desnecessárias, como
testes cosméticos, mas a alimentação é uma necessidade, portanto não
existe qualquer problema em comer animais.
Consideração igualitária de
interesses
De acordo com Singer, deveríamos pensar no tratamento de animais não
humanos em termos de consideração igualitária de interesses, isto quer
dizer que interesses idênticos devem ter o mesmo peso, independentemente
do tipo de ser vivo onde surgem.
Claro, humanos têm vários tipos de interesses que os animais não têm,
alguns de nós interessam-se em ir para a universidade, em votar, em casar,
e os animais não humanos não têm tais interesses, então não temos
obrigação de ajudá-los a fazer tais coisas.
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devem ser considerados no cálculo utilitário. Por isso se o problema for
mesmo de necessidade, se estivermos literalmente a morrer de fome, e a
unica coisa ao redor para comer é um animal, Bentham e Singer
argumentariam que é moralmente justificável comê-los, uma vez que o
sofrimento envolvido em morrer à fome superaria o do animal.
Por isso, ao dizer que razões não importam, e que podemos fazer o que
quisermos, mesmo que as nossas ações sejam inconsistentes, então não
estamos apenas a negar a filosofia, mas também qualquer tipo de discurso
racional. Porque se estas razões não importam neste caso, porque importam
outras razões em qualquer outro caso? Pode ser bastante difícil examinar as
nossas próprias ações, não só quando se trata de animais não humanos, mas
na maioria das áreas da nossa vida.
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Conclusão
Hoje falámos acerca das considerações
morais acerca de animais não humanos,
vimos aquilo que filósofos como Peter
Singer e Carl Cohen têm a dizer sobre a
utilização dos animais para interesses
humanos, incluindo o conceito de
consideração igualitária de interesses. A
conclusão que podemos retirar deste
trabalho é que, em relação à
experimentação científica com animais, é
uma questão que divide opiniões, por um
lado, uma vez que os animais são seres
sencientes, são também moralmente
relevantes, ou seja, devem ser tratados
com o mesmo respeito que os humanos,
por outro lado, não podemos negar que
estes são imprescindíveis para a evolução
do mundo, e que sem eles a ciência estaria num estado bastante rudimentar
comparada à dos tempos atuais.
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Fontes Utilizadas
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