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LABORATÓRIO
DE QUÍMICA
GERAL
Cássio Luís F. de Oliveira e
Moisés T. Messi
5ª. Revisão
2015
Índice
1. PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS DE UM LABORATÓRIO DE QUÍMICA....... 2
2. PROPRIEDADES GERAIS DA MATÉRIA ............................................................ 7
3. MEDIÇÃO DE MASSA – USO DE BALANÇAS ...................................................11
4. MEDICÃO DE VOLUME E RECIPIENTES VOLUMETRICOS ........................15
5. DENSIDADE - GENERALIDADES ........................................................................21
6. DETERMINAÇÃO DA DENSIDADE DE SÓLIDOS ...........................................23
7. DETERMINAÇÃO DA DENSIDADE DE LÍQUIDOS .........................................28
8. DETERMINAÇÃO DA DENSIDADE DE GASES ................................................31
9. DETERMINAÇÃO DO TEOR DE ETANOL EM GASOLINA............................34
10. FENÔMENOS FÍSICOS E QUÍMICOS ..................................................................37
11. ELETRÓLISE DA ÁGUA E A PRODUÇÃO DE HIDROGÊNIO .......................40
12. A INDÚSTRIA SODA-CLORO – ELETRÓLISE DA SOLUÇÃO AQUOSA DE
CLORETO DE SÓDIO ..............................................................................................43
13. DETERMINAÇÃO DE CALORES DE REAÇÃO E APLICAÇÃO DA LEI DE
HESS ............................................................................................................................46
14. CINÉTICA QUÍMICA – INFLUÊNCIA DA CONCENTRAÇÃO E
TEMPERATURA ......................................................................................................50
15. DETERMINAÇÃO DA TAXA DE CORROSÃO EM UM MATERIAL
METÁLICO ................................................................................................................54
16. POTENCIAL DE ELETRODO E CONSTRUÇÃO DE SÉRIE
ELETROQUÍMICA PRÁTICA ................................................................................58
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PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS DE UM
LABORATÓRIO DE QUÍMICA
1. Introdução
As atividades de laboratório exigem do aluno não apenas o conhecimento
das peças e aparelhos utilizados, mas também o correto emprego de cada um deles.
Nesta aula serão apresentados alguns equipamentos e vidrarias mais
comuns de um laboratório de química. Não são somente estes equipamentos exigidos
em um laboratório, pois existem necessidades específicas que exigem equipamentos
específicos não mostrados nesta aula.
1) Balão de fundo chato. Nele são aquecidos líquidos e realizadas reações com
liberação de gases. Para aquecê-lo, use o tripé com a proteção da tela de amianto
ou então uma chapa de aquecimento.
2) Frasco de Erlenmeyer, ou simplesmente erlenmeyer. Utilizado em titulação,
aquecimento de líquidos, dissolução de substâncias e realização de reações.
Quando aquecê-lo, empregue o tripé com a proteção da tela de amianto, chapa
de aquecimento ou então se necessário em banho-maria.
3) Copo de Becher (Becker), ou apenas béquer. Apropriado para reações,
dissolução de substâncias, precipitações e aquecimento de líquidos. Para levá-lo
ao fogo, use tripé com a proteção da tela de amianto.
4) Funil (a) e funil analítico (b). 0 funil é utilizado para filtração. Para filtrações
mais delicadas (geralmente, em análises quantitativas), emprega-se o funil
analítico, que tem diâmetro pequeno e haste maior. Às vezes, o analítico
apresenta internamente estrias no cone e na haste.
5) Tubo de ensaio. Empregado para reações em pequena escala, principalmente
testes de reação. Com cuidado, pode ser aquecido diretamente na chama do bico
de Bunsen.
6) Condensador. Dispositivo para liquefazer vapores. É utilizado na destilação.
7) Bastão de vidro, baqueta ou bagueta. Haste maciça de vidro com que se
agitam misturas, facilitando reações.
8) Proveta ou cilindro graduado. Mede e transfere volumes de líquido. Não
oferece grande precisão. Nunca deve ser aquecida.
9) Pipeta graduada (a) e pipeta volumétrica (b). A primeira também pode ser
chamada de Sorológica e a segunda de Ostwald-Folin. São utilizadas para medir
com exatidão e transferir pequenos volumes de líquido. A pipeta graduada que
apresenta a graduação de maior volume próximo à boca da pipeta, ela pode ser
denominada de pipeta de Mohr.
10) Bico de Bunsen ou simplesmente Bunsen. É a fonte de aquecimento mais
empregada em laboratório.
3
35) Bomba de vácuo. Equipamento que faz sucção nas filtrações a vácuo.
Antigamente usava-se uma trompa de vácuo, como na fig. 35, que era adaptada
a uma torneira.
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6
7
Antoine Lavoisier
3) Propriedades funcionais
São propriedades comuns a determinados grupos de matéria, identificados
pela função que desempenham. Serão estudados mais tarde. Ex.: ácidos, bases, sais,
óxidos, álcoois, aldeídos, cetonas, etc.
4) Propriedades específicas
São propriedades individuais de cada tipo particular de matéria. Podem ser:
organolépticas, químicas ou físicas.
a)Organolépticas: são propriedades capazes de impressionar os nossos sentidos,
como a cor, que impressiona a visão, o sabor, que impressiona o paladar, o odor que
impressiona o nosso olfato e a fase de agregação da matéria (sólido, líquido, gasoso,
pastoso, pó), que impressiona o tato. Ex.: água pura (incolor, insípida, inodora,
líquida em temperatura ambiente), barra de ferro (brilho metálico, sólido).
b)Químicas: responsáveis pelos tipos de transformação que cada matéria é capaz de
sofrer. Relacionam-se à maneira de reagir de cada substância. Algumas destas
propriedades são os diferentes graus de oxidação dos metais, a capacidade de
queima de certas substâncias (combustíveis), a hidrólise, etc. Ex.: oxidação do ferro,
combustão do etanol (álcool da cana).
c)Físicas: são certos valores encontrados experimentalmente para o
comportamento de cada tipo de matéria quando submetidas a determinadas
condições. Essas condições não alteram a constituição da matéria, por mais diversas
que sejam. As principais propriedades físicas da matéria são:
c.1) Pontos de fusão e solidificação: são as temperaturas nas quais a matéria passa
da fase sólida para a fase líquida e da fase líquida para a sólida respectivamente,
sempre em relação a uma determinada pressão atmosférica. Ex.: água 0 °C; oxigênio
-218,7 °C; fósforo branco 44,1 °C. Ponto de fusão normal: é a temperatura na qual a
9
substância passa da fase sólida para a fase líquida, sob pressão de 1atm. Durante a
fusão propriamente dita, coexistem essas duas fases. Por isso, o ponto de
solidificação normal de uma substância coincide com o seu ponto de fusão normal.
c.2) Pontos de ebulição e condensação: são as temperaturas nas quais a matéria
passa da fase líquida para a fase gasosa e da fase gasosa para a líquida
respectivamente, sempre em relação a uma determinada pressão atmosférica. Ex.:
água 100° C; oxigênio -182,8° C; fósforo branco 280° C. Ponto de ebulição normal: é
a temperatura na qual a substância passa da fase líquida à fase gasosa, sob pressão
de 1 atm. Durante a ebulição propriamente dita, coexistem essas duas fases. Por isso,
o ponto de condensação normal de uma substância coincide com o seu ponto de
ebulição normal.
c.3) Densidade: é a relação entre a massa de um dado material e o volume ocupado
por ele. Ex.: água 1,00 g/mL; ferro 7,87 g/mL.
c.4) Coeficiente de solubilidade: é a quantidade máxima de uma matéria capaz de
se dissolver totalmente em uma porção padrão de outra matéria (100g, 1000g),
numa temperatura determinada.
c.5) Dureza: é a resistência que a matéria apresenta ao ser riscada por outra. Quanto
maior a resistência ao risco mais dura é a matéria. Entre duas espécies de matéria, X
e Y, decidimos qual é a de maior dureza pela capacidade que uma apresenta de riscar
a outra. A espécie de maior dureza, X, risca a de menor dureza, Y. Podemos observar
esse fato, porque sobre a matéria X, mais dura, fica um traço da matéria Y, de menor
dureza.
10
x1000
Tonelada (t)
1000
x1000
Quilograma (kg)
Exemplos de Conversão
2,5 kg 2500 g
1) Quanto corresponde 2,5 kg em g (gramas)?
x1000
350 mg 0,35 g
2) Quanto correspoden 350 mg em g (gramas)?
1000
b) Balança de plataforma
A medição da massa é feita deslocando-se massas conhecidas ao longo do
braço da balança até que se obtenha um equilíbrio entre as massas. Pode haver
balanças de plataforma digitais. A mostrada abaixo é uma balança de plataforma
mecânica.
Semi-analítica
Analítica Microbalança
2. Objetivos
Nesta prática, almeja-se um primeiro contato com balanças e a pesagem
de materiais, fato rotineiro em laboratório químico.
3. Materiais e métodos
3.1) Materiais e reagentes
Serão usados nesta prática: balança semi-analítica ou analítica, balão
volumétrico de 100 mL ou de 50 mL, pipeta plástica, pisseta e água destilada.
3.2) Procedimento
Pegar um balão volumétrico de 50 ou 100 mL, vazio e seco.
Pesar em uma balança semi-analítica a sua massa e anotar.
Encher com água destilada até o menisco usando a pipeta plástica quando
o nível de água estiver próximo ao menisco.
Pesar novamente e, por subtração, determinar a massa de água contida no
balão.
Retirar um pouco de água do balão com a pipeta plástica e descartar o
líquido.
Voltar a encher o balão até o menisco e voltar a pesar.
Repetir o procedimento mais três vezes, sempre anotando a massa do balão
e determinando a massa de água.
4. Atividades
1) Verificar o limite de erro da balança, que corresponde a sua menor divisão,
calculando as variações da massa dentro destes limites e os erros cometidos na
pesagem .
Ex.: Se um objeto tem 0,370g conforme medição numa balança cuja menor divisão é
de 0,001g, a massa desse objeto é um valor entre 0,369g e 0,371g. O erro inerente a
esta medição é de 0,27%.
14
0,370 g 100 %
0,001g x(erro)
2) Nas várias pesagens feitas, a massa de água resultante foram iguais? Explique!
3) Qual o valor mais provável da massa de água dentro do balão?
4) Quais as fontes de incerteza em uma pesagem?
5) Diferencie massa e peso.
6) Sabendo que o soro fisiológico contém cloreto de sódio NaCl, na concentração de
9 g/L, determine a massa desse sal, em miligramas, existente em 5 cm 3 de líquido
para lentes de contato .
7) Faça uma pesquisa detalhada sobre o funcionamento de balanças e quais os
cuidados relacionados com o equipamento e também sobre os procedimentos de
medidas de massa.
8) Converta em gramas as seguintes quantidades:
a) 1500 kg
b) 0,1 kg
c) 10 mg
d) 10 t
e) 2500 mg
15
1 L = 10-6 L = 10-3 mL
1 L = 1.000 cm3 = 1.000 mL
Exemplo
400mL 0,4L
Converter 400 mL em litros (L).
1000
3000L
Converter 3 m3 em litros:
x1000
3m3
Em laboratórios de química existem equipamentos especiais para se
coletar, medir ou então transferir volumes de um dado material, como proveta,
bureta, pipeta e micropipeta, balão volumétrico e seringa. Cada um destes aparelhos
possui uma característica física e forma correta de manuseio.
1.1.2. Pipeta
As pipetas são aparelhos para medidas
mais precisas. Existem dois tipos de
pipeta: as não-graduadas
(volumétricas) e as graduadas. A
volumétrica (figura a) tem apenas um
traço de aferição na parte superior
para indicar sua capacidade. Já a
graduada (figura b) possui uma escala,
que nos permite obter variadas
medidas de volume.
1.1.3. Bureta
Destina-se especificamente a
titulações. É um tubo cilíndrico,
graduado em mL ou 0,01 mL, com uma
torneira controladora de vazão na
extremidade inferior.
Quando graduadas em 0,01
mL, chamam-se "microburetas" e são
utilizadas para medir volumes com
maior precisão. Há também as buretas
automáticas, com dispositivos que
conduzem o líquido automaticamente
para dentro delas; evita-se, assim, a
contaminação do líquido pelo gás
carbônico (CO2) do ar.
Menisco
1.3.3. Pipeta
A pipetagem de uma solução deve ser executada de modo metódico e
cuidadoso. Os passos principais são:
1. Segure a pipeta pela extremidade superior (use o polegar, o indicador e o dedo
médio). Mergulhe a extremidade inferior da pipeta no líquido a ser retirado,
tomando o cuidado de não deixá-la bater contra o fundo do recipiente.
2. Passagem de líquido para um béquer com o uso da pipeta.
3. Faça sucção com o pipetador na parte superior, até notar que o líquido subiu um
pouco acima do traço de aferição. Puxe devagar, para que o líquido não chegue
à boca do pipetador.
4. Eleve a pipeta até que o traço de aferição fique na altura de seus olhos.
5. Com a outra mão, segure o recipiente do qual está sendo retirado o líquido.
Posicione o recipiente de modo que a ponta da pipeta, encoste na parede interna.
6. Ao conseguir aferição, torne a fechar o orifício com o dedo indicador.
7. Enxugue a superfície exterior da pipeta com papel poroso.
8. Leve a pipeta até o recipiente de destino, encoste a ponta na parede interna e
deixe o líquido escorrer.
9. Após a vazão total do líquido, toque a parede interna do recipiente com a
extremidade inferior da pipeta para escoar a última gota. Nunca sopre esse tipo
de pipeta para esgotar o restinho de líquido que sempre sobrará dentro dela.
10. Nas pipetas de escoamento total (aquelas cuja graduação vai até a ponta), sopre
até esgotar-se o último mililitro. Somente esse tipo de pipeta deve ser soprado
para que todo o líquido escoe.
1.3.4. Bureta
1. Monte a bureta no suporte universal.
2. Feche a torneira de controle do escoamento.
3. Com o auxílio do funil, carregue a bureta com a solução a ser utilizada.
4. Coloque um béquer ou um erlenmeyer sob a torneira.
5. Segure a torneira com a mão esquerda; depois, usando os dedos polegar e médio
dessa mão, inicie o escoamento.
6. Retire o ar contido entre a torneira e a extremidade inferior da bureta.
7. Encha a bureta e acerte o menisco com o traço de aferição (zero), que fica Na
parte superior.
8. Se necessário lubrifique a torneira da bureta com vaselina, observando que o
orifício de drenagem não fique obstruído.
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3. Materiais e métodos
Nesta aula serão utilizados os seguintes aparelhos volumétricos: pipetas
volumétricas e graduadas, bureta, proveta, balão volumétrico, béquer, água
destilada, pipetador de borracha e solução de permaganato de potássio diluída.
3.1 procedimento experimental
Faça medidas de 1, 2, 3, 5 e 10 mL de uma solução diluída de permanganato
de potássio nos seguintes aparelhos:
Bureta; proveta; pipeta graduada; pipeta volumétrica.
4. Atividades
1. Desenhe uma pipeta graduada e uma pipeta volumétrica.
2. Cite os erros mais comuns na leitura de volume.
3. Descreva a operação de lavagem de uma pipeta.
4. Converta em litros (L) as seguintes quantidades de volume:
a) 100 mL
b) 10 cm3.
c) 1,32 m3.
d) 1456,00 L
5. Converta em mililitros (mL) as seguintes quantidades:
a) 23 cm3.
b) 1,2 L
c) 0,08 m3.
d) 124 L.
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DENSIDADE - GENERALIDADES
Arquimedes e a descoberta da densidade
Conta-se que Arquimedes
estava entrando numa banheira
enquanto meditava sobre o
problema que o rei lhe havia
apresentado: como distinguir uma
coroa de ouro puro de outra que
contivesse prata. Ao observar a água
que derramava à medida que seu
corpo submergia, descobriu um dos
princípios fundamentais da
hidrostática: a coroa não conteria
outro metal se, ao submergir,
deslocasse uma quantidade de água
equivalente a seu peso em ouro.
Entusiasmado pela descoberta,
correu nu para a rua aos gritos de
heureka, expressão que significa
"achei".
Arquimedes nasceu na cidade-estado grega de Siracusa, na ilha da Sicília,
em 287 a.C. Reinava então Híeron II, com quem Arquimedes era provavelmente
aparentado. Estudou na cidade egípcia de Alexandria, grande centro cultural da
época, e depois voltou a Siracusa, onde permaneceu até a morte. Seus engenhos de
guerra, suas máquinas e as lendas que circulavam sobre suas invenções tornaram-
no conhecido em todo o mundo antigo.
Muitas das descobertas fundamentais para a mecânica foram realizadas por
Arquimedes. Em Sobre o equilíbrio dos planos descreveu o método para determinar
o centro de gravidade dos corpos geométricos e esboçou os princípios da alavanca,
sobre a qual disse a famosa frase: "Dêem-me um ponto de apoio e moverei o mundo".
Arquimedes é considerado o fundador da hidrostática, ramo da física que estuda os
corpos líquidos em repouso, cujos princípios enunciou no livro Tratado dos corpos
flutuantes. Nele formulou o chamado princípio de Arquimedes, segundo o qual um
corpo imerso num líquido sofre a ação de uma força, de baixo para cima, igual ao peso
da quantidade de líquido que desloca.
Os trabalhos matemáticos de Arquimedes foram os que ele mesmo
considerou mais importante. Enunciou a relação entre área e volume dos sólidos
geométricos; estabeleceu a relação entre o comprimento da circunferência e seu
diâmetro (número pi); demonstrou que a área de um segmento de parábola é igual a
4/3 da área de um triângulo com base e altura iguais aos do segmento; e determinou
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Densidade absoluta
A densidade é uma das propriedades que caracterizam a matéria. Devido a
sua importância e ao fato de exercitar um trabalho com unidades e dimensões físicas
é interessante neste momento trabalharmos com esta quantidade.
A densidade absoluta (d) é uma propriedade intensiva da matéria e é dada
pela relação entre duas quantidades extensivas: a massa (m) e o volume ocupado (V)
pela substância:
d
massa
volume
A densidade é geralmente expressa em unidades de massa dada em gramas
Estado Estado
Substância d (g/mL) Substância d (g/mL)
físico físico
Água líquido 0,997 Cloro gás 0,00290
Etanol líquido 0,789 Sal de coz. sólido 2,16
Mercúrio líquido 13,6 Açúcar ref. sólido 1,59
Chumbo sólido 11,3 Ar gás 0,0012
Alumínio sólido 2,70 Zinco sólido 7,1
Ouro sólido 19,3 Ferro sólido 7,9
Madeira balsa sólido 0,12 Diamante sólido 3,5
Nitrogênio gás 0,00131 Leite int. líquido 1,03
Densidade relativa
A densidade relativa de um material é a relação entre a densidade absoluta
desse material e a densidade absoluta de uma substância estabelecida como padrão.
O padrão usualmente escolhido é a densidade absoluta da água, medida a 4oC, que é
igual a 1,000g/mL.
Observe que as densidades mostradas no quadro acima estão estabelecidas
sob uma temperatura e pressão definidas. Isso é necessário porque a densidade é
função da temperatura e da pressão, principalmente no estado gasoso.
23
2. Objetivos
Esta aula tem como objetivo específico a determinação da densidade de
sólidos geométricos pelo uso de balança e paquímetro para determinação do volume.
Como objetivo geral esta aula possui o trabalho com balança e paquímetro e os
fundamentos físicos que norteiam o uso desta quantidade física importante que é a
densidade.
3. Materiais e métodos
Para atingir os objetivos, será necessário o uso de paquímetro para
determinação de dimensões de sólidos geométricos, balança semi-analítica e vários
sólidos geométricos.
Para obter a densidade de um sólido precisamos da sua massa, que será
obtida pela pesagem usando-se de uma balança, e do seu volume. O volume pode ser
obtido calculando as dimensões do sólido (altura, lados, profundidade, raio, etc.) e
que será obtido usando-se de um paquímetro.
O paquímetro é um instrumento usado para medir as dimensões lineares
internas, externas e de profundidade de uma peça. Consiste em uma régua graduada,
com encosto fixo, sobre a qual desliza um cursor.
A figura abaixo mostrada um paquímetro com as várias partes que o
compõe.
24
2 Cilindro
3
26
4. Atividades
1) Descreva um processo que possibilite determinar a densidade do cobre.
2) Porque algumas madeiras flutuam na água e outras não?
3) A temperatura influi na densidade? Em qual das duas quantidades a temperatura
afeta: a massa ou o volume? Justifique!
4) A água quente é mais densa ou menos densa que a água fria? Por quê?
5) Certo material sólido tem densidade a 1,200 g/mL. Esse material deve flutuar ou
afundar na água? Por quê?
6) Se 1,00 x 102 g de mercúrio ocupam um volume de 7,64 cm3, qual será a sua
densidade?
7) Qual a massa em gramas de um cubo de ouro (densidade = 19,32 g/cm3) de arestas
iguais a 2 cm?
8) Calcule a densidade de 374,5 g de cobre considerando que o seu volume é de 41,8
cm2.
9) Qual a massa em gramas de 25,0 mL de mercúrio (d = 13,6 g/cm3).
10) A 25oC, um cubo de ósmio metálico de 1,500 cm de aresta tem massa de 76,31 g.
Calcule a densidade do ósmio nesta temperatura.
11) A densidade do titânio metálico é 4,51 g/cm3 a 25oC. Qual massa de titânio
metálico que desloca 65,8 mL de água a 25oC?
12) Um bastão cilíndrico feito de silício tem 16,8 cm de comprimento e massa de 2,17
kg. A densidade o silício é 2,33 g/cm3. Qual o diâmetro do cilindro?
13) O ouro é misturado à outros metais para aumentar a sua dureza e fabricar jóias.
A) Considerando que uma jóia de ouro pesando 9.85 g tenha um volume de 0,675
cm3 e que a jóia possua somente ouro e prata, cujas densidades são de 19,3 g/cm 3 e
10,5 g/cm3, respectivamente. Supondo ainda que o volume total da jóia seja a soma
dos volumes de ouro e prata que ela contém, calcule a percentagem (em massa) de
ouro e prata nesta jóia. B) A quantidade relativa de ouro em uma liga é geralmente
expressa em unidades de quilates. O ouro puro tem 24 quilates, e a percentagem de
ouro na liga é dada como uma percentagem desse valor. Exemplo: uma liga com 50%
de ouro tem 12 quilates. Dê a pureza em quilates desta jóia?
27
2. Objetivos
O objetivo específico desta aula prática é a determinação da densidade de
alguns líquidos como água e álcool. Como objetivo geral está o uso de aparelhos
volumétricos existentes em laboratório de química além do uso de balança analítica.
3. Materiais e métodos
Na sua bancada deve conter de dois a três balões volumétricos secos, água
destilada, três pipetas plásticas, três béqueres, termômetro. De uso geral deve ser
fornecido uma balança analítica ou semi-analítica.
Como será determinada a densidade de dois ou três líquidos diferentes, o
primeiro procedimento deve ser repetido para o(s) outro(s).
O primeiro passo da prática é pesar um dos balões volumétricos vazio e
seco e anotar no quadro abaixo a sua massa e o volume do balão.
Em seguida, com água, enche-se o balão volumétrico usando diretamente a
pisseta até que o nível de água fique abaixo do menisco do balão. Então deve-se
colocar um pouco de água em um béquer limpo e então, com a pipeta plástica acabar
de completar o nível do líquido até o menisco do balão.
Se for necessário, enxugar o balão volumétrico com papel absorvente de tal
forma que não fique gotas de água para fora do balão.
Se o balão volumétrico foi pesado com a tampa, tampe-o e pese-o
novamente, e anote a massa do balão cheio no quadro abaixo.
Calcule a massa de água dentro do balão fazendo a subtração da massa do
balão cheio a massa do balão vazio.
Meça a temperatura do líquido no balão e anote no quadro.
29
4. Atividades
1) Calcular as densidades dos líquidos preenchendo a tabela abaixo.
Massa
Massa Massa
Volume do
balão de Densidade T
Líquido do balão balão
vazio líquido (g/mL) (oC)
(mL) cheio
(g) (g)
(g)
Água
Álcool
2) A adição de sal à água pura faz com que a sua densidade se altere?
3) A densidade do óleo de soja é aproximadamente 0,8 g/mL. O que ocorre se
adicionarmos óleo à água e óleo ao álcool?
4) Por meio de mistura de água e álcool pode ser ter uma solução com densidade
0,8 g/mL?
5) Se for possível obter esta mistura e a ela for adicionada óleo, o que ocorre com a
mistura?
6) Supondo que a adição de um certo volume de água (V1) a um certo volume de
álcool (V2) se obtenha uma solução de volume final (Vf) que é dado por V1 + V2, qual
deve ser a quantidade de álcool que deve ser adicionado a 1 litro de água para se
obter uma solução de densidade 0,8 g/mL?
7) Supondo o mesmo que no exercício anterior, determine uma expressão geral
para determinar a densidade de uma mistura (dmistura) de dois componentes (A e B)
levando-se em conta a suas densidades quando puros, dA e dB, e seus volumes de
mistura VA e VB.
8) Se misturarmos 50 mL de água com 50 mL de álcool, supondo que o volume da
mistura seja a soma dos volumes dos líquidos puros, qual seria a densidade da
solução?
9) Se em 100 mL de água pura adicionamos 20 g de sal de cozinha,supondo que o
volume não tenha se alterado, qual a densidade que esta solução terá?
10) É sabido que a densidade da água pura varia com a temperatura. Pesquise de que
forma a densidade da água pura varia em função da temperatura e faça uma
representação gráfica da densidade em função da temperatura (variação da
temperatura de 0oC a, pelo menos, 30oC).
11) Pelas suas observações do gráfico obtido na atividade anterior. A água quente
possui maior ou menor densidade que a água fria?
30
12) Ainda com respeito ao gráfico. Qual a temperatura que a densidade da água é
maior?
13) Dê um benefício tecnológico e ambiental do fato da água quente possuir
densidade diferente da água fria.
14) A densidade do gelo (água sólida) é maior ou menor que a densidade da água
líquida? Por que?
15) Um tubo cilíndrico de vidro com 15,0 cm de comprimento, fechado de um lado,
é abastecido com etanol. A massa de etanol necessária para encher o tubo é de
11,86 g. A densidade do etanol é 0,789 g/mL. Calcule o diâmetro interno do tubo em
centímetros.
31
e, como dgás = mgás/V, a equação (4) pode nos resultar numa forma de cálculo da
densidade de um dado gás através da sua massa molar (MM) pela equação 5,
mostrada abaixo.
�á� × �á�
á = = (5)
� ×
2. Objetivos
Determinação da densidade do gás carbônico aprisionado em proveta é o
objetivo específico desta aula. O uso de estequiometria, correlações físicas e o
comportamento dos gases fazem parte do objetivo geral da aula.
3. Materiais e métodos
Neta aula serão usados: proveta de 100 mL, erlenmeyer de 125 mL, rolhas
para o erlenmeyer com furo, tubo de vidro e mangueira, balança semi-analítica, cuba
plástica, água destilada, termômetro e comprimidos antiácido efervescente (tipo
Sonrisal).
3.1. Montagem do aparato
Em uma cuba de plástico encher de água até 2/3 da mesma. Dentro da cuba,
encher uma proveta de 100 mL de água e virá-la dentro da cuba de tal forma que a
boca da proveta fique para baixo, cheia de água e sem ar. Prender com garra e
suporte universal.
Pegar um erlenmeyer de 125 mL, adicionar aproximadamente 100 mL de
água e pesá-lo, anotar a massa (m1).
Cortar ¼ de um comprimido de Sonrisal, pesar e anotar a massa (m2).
A soma de m1 com m2 resulta em mtotal.
Na rolha furada com tubo de vidro, colocar uma mangueira de borracha e
introduzir a extremidade final (oposta à rolha) dentro da proveta (não deixar entrar
ar).
Posicionar o erlenmeyer próximo á rolha, adicionar todo pedaço de Sonrisal
pesado dentro do erlenmeyer e imediatamente arrolhar o erlenmeyer
Esperar que toda reação de desprendimento de CO2 ocorra e que todo gás
tenha sido aprisionado na proveta.
Cuidadosamente, retirar a rolha do erlenmeyer, e pesar o conjunto: água,
erlenmeyer e o que restou da reação de decomposição. Anotar a massa (m3).
A diferença entre a massa mtotal e m3 resulta na massa de gás carbônico
liberada, e a divisão desta massa pelo volume de gás aprisionado na proveta resulta
na densidade do gás carbônico.
A figura abaixo mostra o esquema a ser montado neste experimento
33
4. Atividades
1) Calcular a densidade do gás carbônico em g/mL e compará-la com aquelas dos
sólidos e líquidos.
2) Calcular a densidade do gás carbônico usando a equação dada na introdução e
comparar com a determinada experimentalmente.
3) Qual é a reação de decomposição para gerar gás carbônico?
4) Leia atentamente o rótulo do Sonrisal e dê as quantidades dos compostos
presentes nele.
5) Qual a massa total de um comprimido de Sonrisal? Qual problema ocorreria se
fosse usado todo o comprimido de Sonrisal?
6) Dentro da proveta, após o gás ter sido aprisionado contém somente CO 2? Se não,
qual outro gás poderia estar dentro da proveta?
7) A pressão dentro da proveta é igual à pressão atmosférica. Se este experimento
fosse feito ao nível do mar, mas na mesma temperatura, o volume coletado seria
maior ou menor que o coletado neste experimento? Explique!
8) Estime qual a densidade que o gás teria se a temperatura fosse elevada até 60 oC.
9) Calcule as massas molares dos gases: gás carbônico (CO2), oxigênio (O2),
hidrogênio (H2), hélio (He) e nitrogênio (N2) e, usando a equação 5 do texto, calcule
a densidade destes gases.
Dados: massas atômicas (H = 1 g/mol, O = 16 g/mol. C = 12 g/mol, N = 14 g/mol, He
= 4 g/mol).
Constante universal dos gases em várias unidades: R = 8,314 J/(K.mol) = 0,082
atm.L/(mol.K) = 62,3 mmHg.L/(mol.K)
Conversão de temperatura: T(Kelvin, K) = T(Celsius, oC) + 273,15
34
heptano. Testes de octanagem são feitos em gasolina mesmo que não haja nenhuma
molécula de iso-octano e heptano, mas que equivale a ter frações dos dois. Exemplo,
uma gasolina com octanagem de 95 é como se ela tivesse 95% de iso-octano e 5% de
heptano. A gasolina obtida diretamente da destilação do petróleo (destilação
atmosférica) possui octanagem muito baixa e precisa de adição de agentes
antidetonantes, como o chumbo tetraetila, (CH2CH3))4Pb, que na atualidade não é
mais usado devido à emissão de chumbo ser altamente poluente e o fato do
envenenamento do catalisador. O etanol também pode ser adicionado à gasolina com
papel de aumentar a octanagem e diminuir a emissão de gases como o CO e SO2
(BROWN et al, 2005).
No Brasil a adição de etanol é regulamentada por Lei, e historicamente a
quantidade permitida de etanol adicionada à gasolina tem ficado entre 18% e 24%,
aumentando ou diminuindo conforme o preço e a quantidade dos combustíveis
disponíveis no mercado nacional e internacional.
2. Objetivos
O objetivo geral desta prática é o estudo dos combustíveis fósseis e
renováveis, do meio ambiente e o efeito estufa e da extração líquido-líquido. O
objetivo específico desta prática é a determinação do teor percentual de etanol
adicionado à gasolina vendida em postos de serviço e confrontação com aquela
permitida pela legislação.
3. Materiais e métodos
Serão usados nesta prática, solução aquosa saturada de cloreto de sódio,
amostras de gasolina adquiridas em postos de serviço, provetas de 100 mL ou de 50
ml com tampa.
Atenção, não acender nem ligar qualquer fonte de calor. Não inalar nenhum
dos materiais aqui utilizados. Usar luvas e óculos de proteção. Não descartar
qualquer resíduo na pia, guardar para tratamento.
3.1. Procedimentos
Colocar 25 mL de gasolina na proveta com tampa, com uma precisão de 0,5
mL.
Completar o volume até 50 mL com a solução aquosa de NaCl saturada e
fechar a proveta com a tampa.
Segurando bem a tampa para evitar vazamentos, inverta a proveta
lentamente pelo menos cinco vezes.
Repousa a proveta e mantê-la em repouso até que ocorra completa
separação das fases.
Ler o volume de ambas as fases e denominar de Va a fase aquosa.
4. Atividades
1. Após calcular a percentagem de etanol na gasolina, pesquise e dê qual a quantidade
de etanol permitida pela legislação em vigor na data do experimento.
2. O que é octanagem e qual a sua importância?
3. Foi obtido uma gasolina por mistura de 50 mL cada de duas outras. A primeira
continha octanagem de 80% e a segunda de 90%. Qual a octanagem da mistura?
4. O etanol possui octanagem de 110%, por isso a adição dele à gasolina eleva o índice
de octanas. Se misturarmos 20 mL de etanol a 80 mL de gasolina com octanagem de
70%, qual deverá ser a octanagem final da mistura?
5. O que é o efeito estufa e quais os efeitos que os gases como o CO2, SO2 e SO3,
promovem sobre eles?
6. Existe alguns estudantes que ainda acham que solvente polar dissolve somente
solvente polar e solvente apolar somente apolar. No entanto, o etanol é um solvente
polar e encontra-se dissolvido na gasolina, que é constituída por solventes apolares.
Qual a explicação disso?
7. Qual o motivo pelo qual o etanol contido na gasolina é extraído pela água
adicionada?
8. Por que na água que foi usada para extração do etanol da gasolina, foi adicionado
NaCl?
5. Bibliografia
BRASIL (país), Agência Nacional do Petróleo (ANP), In: Anuário estatístico
brasileiro do petróleo, gás natural e biocombustíveis, disponível em
<http://www.anp.gov.br/?id=548> acesso em 05/09/2012.
BROWN, T. L., LEMAY, H. E., BURSTEN, B. E. Química: a ciência central. Tradução
de Robson Matos. 9. Ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005. Título do original:
Chemistry: The Central Science
37
2. Objetivos
O objetivo específico é verificar, através da prática, as diferenças entre os
fenômenos físicos e os fenômenos químicos. Aprofundar os conhecimentos sobre as
transformações químicas.
3. Materiais e métodos
Serão usados nesta prática: fio de platina, fita de magnésio, açúcar,
dicromato de amônio, iodo sublimado, carbonato de magnésio. Soluções de: acido
clorídrico (6 mol/L), hidróxido de sódio (6 mol/L), bicarbonato de sódio ( 1 mol/L),
nitrato de cobre (1 mol/L), nitrato de chumbo (1 mol/L) e nitrato de ferro III (1
mol/L), ácido sulfúrico P.A.. Pinça metálica, cápsula de porcelana, vidro de relógio,
tubos de ensaio, béquer de 100 mL.
3.1. Procedimento experimental
3.1.1- Aquecimento da platina:
Aquecer o fio de platina no bico de Bunsen por 30s, usando uma pinça para
segurar o fio. Deixar o fio esfriar e anotar as observações possíveis (se alterou algo
ou não).
3.1.2 - Aquecimento do magnésio:
Pegar um pedaço de fita de magnésio com uma pinça metálica e aquecer no
bico de Bunsen até emissão de luz. Anotar o observado.
3.1.3 - Carbonização do açúcar: (capela)
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Fenômeno Físico ou
Estado Inicial Estado Final Modificações
Químico?
A B A+B
A C A+C
A D A+D
A+E
A E
F+B
F B
4. Atividades
1) Definir fenômeno físico e fenômeno químico.
2) Classificar cada experiência como fenômeno físico ou com fenômeno químico.
3) Identificar as reações ocorridas naqueles fenômenos químicos.
4) Esquematizar as aparelhagens utilizadas nas experiências n° 5 e n° 6.
5) Quanto ao iodo indicar:
a) Seu estado físico à temperatura ambiente;
b) a coloração do iodo em cada estado físico;
c) sua fórmula;
d) o fenômeno ocorrido.
6) Classifique os seguintes fenômenos, justificando suas respostas.
- formação de ferrugem;
- queima da gasolina;
- digestão dos alimentos;
- filtração da água;
- fotossíntese.
40
− −
Ânodo: − → (que é instável e se decompõe)
→ + (decomposição do SO4 e evolução de O2 )
+ � → � (regeneração do H2SO4)
Observe que não há consumo de ácido sulfúrico, mas sim da água. O ácido é
somente o meio eletrolítico da solução.
Atualmente, o processo eletrolítico para a produção de hidrogênio é
raramente usado em aplicações industriais já que o hidrogênio pode ser produzido
atualmente mais acessível a partir de combustíveis fósseis.
41
2. Objetivos
Como objetivo específico esta prática tem o estudo quantitativo das Leis da
Eletrólise de uma solução de ácido sulfúrico. Como objetivo geral está o
conhecimento das leis da eletrólise e aplicação em vários casos como,
eletrodeposição e produção de substâncias pela decomposição eletrolítica.
3. Materiais e métodos
Serão necessários para esta prática: uma fonte de corrente contínua com os
respectivos cabos, cronômetro, cuba plástica com eletrodos de platina ou de ouro,
duas provetas de 100 mL, garras e suporte universal, água destilada e solução de
ácido sulfúrico o,1 mol/L e termômetro. O esquema da montagem do experimento
pode ser visto na figura abaixo.
4. Atividades
1) Fazer um esquema por meio de desenho do experimento realizado.
2) Quais os produtos da reação de eletrólise?
3) Por que em um eletrodo o gás gerado foi maior?
4) Determine a quantidade de gás gerado utilizando a lei da eletrólise.
5) Qual a função da fonte de corrente contínua neste experimento?
6) Explique o fundamento da confirmação da presença de hidrogênio e oxigênio em
cada uma das provetas.
7) Determine usando a equação geral dos gases ideais (p.V = n.R.T) a quantidade em
mols e gramas dos gases gerados na eletrólise e compare com aquela esperada pela
Lei de Faraday.
43
2. Objetivos
Esta aula prática tem como objetivo específico a produção de gás cloro e
hidróxido de sódio por meio de eletrólise de solução aquosa de NaCl e como objetivo
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3. Materiais e métodos
As atividades de laboratório estão separadas em preparo de soluções,
montagem da célula eletrolítica e eletrólise da solução aquosa de NaCl.
Para esta prática serão usados: fonte de corrente com dois cabos, uma cuba
plástica com eletrodo de platina (ouro ou grafite), duas provetas de 100 mL, solução
aquosa de cloreto de sódio 0,15 g/mL, solução de fenolftaleína, duas garras de
condensador e dois suportes universais. O esquema utilizado é o mesmo da eletrólise
da água, só que com outra solução eletrolítica.
4. Atividades
1) Quais os produtos obtidos na eletrólise da salmoura?
2) Na indústria, qual a matéria prima para a produção de álcalis e cloro?
3) De onde vem a salmoura usada na produção de soda e cloro.
4) Quais são os principais usos do Cl2 e NaOH?. Por que a demanda de cloro tem
aumentado drasticamente?
5) Qual a função da fonte de corrente usada na eletrólise?
6) Por que a quantidade em volume obtido no ânodo é diferente daquela obtida no
cátodo?
7) Ao acender o fósforo na proveta com Cl2 ocorre também explosão?
45
∆� = ∆� + ∆�
47
Mesmo que uma dada reação tenha n etapas, pela Lei de Hess, a entalpia da
reação é dada pela somatória das entalpias das n etapas.
∆� çã = ∑ ∆��
�=
início
H1
CH4(g) + 2 O2(g)
final
H2 H3
CO2(g) + 2 H2O(l)
intermediário
2. Objetivos
Esta aula prática tem como objetivo específico o estudo de reações químicas
que envolvem a liberação de calor e calcular a entalpia de reação de neutralização.
Como objetivo geral está o estudo da termoquímica e sua associação com produção
de energia pelos combustíveis e alimentos.
3. Materiais e métodos
Para o desenvolvimento desta prática serão necessários calorímetros feitos
com béquer de 250 mL isolados por isopor, termômetros, bastão de vidro, água
destilada, proveta de 200 mL, hidróxido de sódio P.A., ácido clorídrico P.A., balança
semi-analítica, bastão de vidro, solução de hidróxido de sódio e ácido clorídrico 0,5
mol/L, e solução de ácido clorídrico 0,25 mol/L.
4. Atividades
1) O que significa a capacidade calorífica do calorímetro em termos de grandeza? Ou
seja, um calorímetro que possui valor elevado de capacidade calorífica é melhor ou
pior que aquele que possui capacidade calorífica menor?
2) Uma reação exotérmica ocorrendo dentro de um béquer, se você colocar a mão no
béquer sentirá frio ou quente? E se a reação for endotérmica?
3) Defina entalpia e calor.
4) 100 g de água a 100oC foi adicionado a 200 g de água a 40oC. Qual a temperatura
final da mistura?
5) No experimento de dissolução do NaOH foram usadas 2,00 gramas. A entalpia de
dissolução é então proporcional a estes 2,00 g. Se a massa de NaOH fosse o dobro,
qual a entalpia de dissolução esperada?
6) Sabendo que a massa molar do NaOH é 40 g/mol qual a entalpia de dissolução
molar (cal/mol ou kcal/mol).
7) Quando se mediu 100 mL de HCl 0,25 mol/L qual a quantidade em mols de HCl
transferido para o béquer e qual a quantidade em gramas?
8) Quando se mediu 100 mL de NaOH 0,5 mol/L e 100 mL de HCl 0,5 mol/L, quais as
quantidades em mols e gramas que foram transferidos para o calorímetro?
9) Calcule as entalpias molares de cada um dos experimentos.
10) Sabendo que 1 cal = 4,186 J converta as entalpias determinadas em calorias (cal)
para joule (J).
11) Constatar a Lei de Hess dado que em cada um dos experimentos as seguintes
reações ocorreram:
�2
+
1º exp. - � → + − ∆�
2º exp. - � + �+ + − → +
+ − +� ∆�
+ − + − + −
3º. exp, - + � +� + → + +� ∆�
Observe que a reação do 2º experimento (H2) é a soma das reações do 1º e 3º
experimentos, logo, pela Lei de Hess, a entalpia do 2º experimento é a soma daquelas
do experimento 1 e 3 - ∆� = ∆� + ∆� .
50
tempo t.
Algumas reações são tão lentas que precisam de catalisador para tornarem-
se rápidas. É o caso, por exemplo, da reação do CO com o NO existentes no
escapamento dos automóveis. Estes dois gases tóxicos combinam-se para produzir
51
CO2 e N2, bem menos tóxicos. Em condições normais a reação é muito lenta,
necessitando assim de um catalisador.
+ → +
A velocidade da reação poderia ser descrita por qualquer destas equações:
∆[ ] ∆[ ] ∆[ ] ∆[ ]
�=− =− = =
∆� ∆� ∆� ⁄ ∆�
As transformações químicas, mesmo aquelas espontâneas, não
necessariamente são rápidas. Tudo depende da energia de ativação. Uma reação
espontânea com energia de ativação elevada ou não ocorre ou então é muito lenta
para ser observada. É aí que entra o catalisador. Em uma reação catalisada, a energia
de ativação é diminuída, fazendo com que a reação torne-se mais rápida.
Pela lei da ação das massas, pode-se quantificar todos os fatores que afetam
a velocidade de uma reação (concentração dos reagentes, temperatura, presença ou
não de catalisador, etc.). Se levarmos em conta uma reação hipotética entre A e B, a
lei da ação das massas seria escrita assim:
� = .[ ] .[ ]
onde, k é a constante de velocidade onde está a temperatura, energia de ativação e
outros fatores que influenciam na velocidade [A] e [B] são as concentrações dos
reagentes e a e b são os coeficientes estequiométricos da reação.
2. Objetivos
Esta aula prática tem como objetivo específico o estudo da cinética química
da reação do ácido sulfúrico (H2SO4) com o tiossulfato de sódio (Na2S2O3) e a
influência da concentração dos reagentes e da temperatura. Como objetivo geral o
estudo da cinética, equilíbrio químico, e dos fatores que afetam a velocidade das
reações.
3. Materiais e métodos
As atividades de laboratório deverão contar com soluções de ácido sulfúrico
e tiossulfato de sódio 0,3 mol/L, três buretas de 25 mL, dezesseis tubos de ensaio de
tamanhos iguais por grupo, cronômetro, banho de gelo, bico de Bunsen, béquer,
caneta de retroprojetor e água destilada.
As atividades serão feitas em duas etapas: a primeira para verificar a
influência da concentração e a segunda para verificar a influência da temperatura.
3.1) Influência da concentração dos reagentes..
Identificar três buretas de 25 mL e três béqueres de 100 mL com: água,
H2SO4 e Na2S2O3.
Encher as buretas com água, ácido sulfúrico e tiossulfato de sódio, tirar o ar
e zerar as buretas que serão de uso comum.
Numerar com caneta de retroprojetor seis tubos de ensaio e colocar 4 mL
da solução de H2SO4 contida na bureta em cada um dos tubos.
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Tabela 1 – Volume de tiossulfato e água a serem adicionados nos tubos de ensaio e tempo para
turvação da solução após a adição de H2SO4.
VOLUMES (mL)
TUBOS TEMPO(s) ANOTAÇÕES GERAIS
Na2S2O3 H2 O TOTAL
1 6,0 0,0 6,0
2 5,0 1,0 6,0
3 4,0 2,0 6,0
4 3,0 3,0 6,0
5 2,0 4,0 6,0
6 1,0 5,0 6,0
Tabela 2 - Volumes de tiossulfato e água a serem adicionados nos tubos de ensaio, tempo para
turvação da solução após a adição de H2SO4 e temperatura do experimento
VOLUMES EM mL TEMPO TEMPERATURA ANOTAÇÕES
TUBOS
Na2S2O3 H2 O (s) (oC) GERAIS
1 4,0 2,0
2 4,0 2,0
3 4,0 2,0
4 4,0 2,0
Pegar um béquer de 250 mL, colocar água e aquecer em Bico de Bunsen até
temperatura próxima a 80oC. Anotar a temperatura.
Misturar a solução de H2SO4 de um dos tubos de ensaio à solução contida
no tubo 1. Misturar, acionar o cronômetro e mergulhar o tubo na água do béquer
simultaneamente. Anotar o tempo levado para não mais ver o risco longitudinal
através da solução do tubo. Descartar a solução e lavar o tubo.
Resfriar a água do béquer até temperatura próxima a 50oC e repetir o
procedimento anterior.
Após anotar o tempo, resfrie a água do béquer até temperatura ambiente
(ou troque a água) e repita o procedimento anterior.
Fazer o mesmo com água e gelo no béquer.
4. Atividades
1) Fazer um gráfico de velocidade média em função da concentração.
2) Fazer um gráfico de velocidade média em função da temperatura
3) Quais os fatores que afetam a velocidade das reações químicas?
4) Qual a função dos catalisadores e como eles atuam na reação?
5) Pesquise sobre ordens de reação e o que são reações de ordem zero, primeira e
segunda ordem?
6) Pesquise sobre molecularidade das reações. O que são reações monomolecular e
bimolecular? Qual a diferença entre molecularidade e ordem de reação?
7) Qual a correlação entre a rapidez com que um alimento fora da geladeira se
estraga e a cinética química?
8) O que é energia de ativação e qual a interferência de um catalisador nela?
9) A tabela abaixo mostra a variação da massa de peróxido de hidrogênio (água
oxigenada) em função do tempo para a sua decomposição sem catalisador e que
ocorre segundo a reação: 2 H2O2 → 2 H2O + O2
2. Objetivos
Esta aula prática tem como objetivo específico o estudo da corrosão
metálica em diferentes meios (ácido, alcalino, neutro, aerado e não aerado),
determinação da taxa de corrosão. Como objetivo geral está o estudo das reações de
óxido-redução.
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3. Materiais e métodos
Serão usadas nesta prática 2 L de soluções de ácido sulfúrico (1 mol/L),
hidróxido de sódio (1 mol/L) e água destilada. Chapas metálicas retangulares de
comprimento aproximado de 2x10x0,1 cm (ou outro) de ferro, aço ou outro metal de
interesse. Balança analítica, aerador do tipo bomba de aquário se for proceder a
medição em meio aerado. Cronômetro ou outro dispositivo de medição de tempo.
Lixa para metal ou palha de aço para limpeza do metal.
que as chapas ficaram imersas nas soluções, mi, pela diferença entre a massa da
Calcular a massa em miligramas (mg) de material perdido durante o tempo
chapa antes da imersão e depois da imersão: m1 = mi,1 – mf,1, m2 = mi,2 – mf,2, m3 =
mi,3 – mf,3.
Calcular a taxa de corrosão de cada uma das chapas pela expressão:
∆
=
�×
57
4. Atividades
1) Este metal estudado, apresenta maior resistência à corrosão em qual meio?
2) Converta esta a taxa de corrosão do metal em cada meio em: mdd, mih, ipy, mpy e
mmpy (lembre-se que em algumas conversões é necessário a densidade).
3) Usando o quadro 2, classificar este metal nos três (ou mais) meio quanto à
resistência à corrosão.
4) Levando em conta três tubulações cilíndricas, cujas paredes possuem a espessura
iniciar de 20 mm e que dentro delas circulam água, no outro ácido sulfúrico 1 mol/L
e no outro hidróxido de sódio 1 mol/L, quanto tempo durará para que a tubulação
atinja a espessura de 10 mm?
5) Levando em conta o enunciado anterior, se a tubulação tiver que ser trocada
quando a espessura atingir 15 mm, qual o tempo de vida útil de cada uma das
tubulações?
6) Ainda levando em conta os enunciados anteriores. Se pela parede da tubulação
passasse solução por fora e por dentro, qual o tempo necessário para que a espessura
atingisse 10 mm?
7) Tambores de aço com 60 cm de diâmetro interno e 78 cm, são utilizados para
armazenamento de líquido, cujo mdd neste meio é de 22,5. O armazenamento é feito
com os tambores deitados e o líquido ocupa 80% do volume útil. A espessura da parte
cilíndrica é de 1,9 mm e dos tampos 1,7 mm. Sabe-se que o tambor não mais pode ser
usado quando a espessura ficar reduzida a 1,1 mm. Admitindo-se corrosão uniforme.
Qual o tempo de vida útil do tambor? (densidade do aço = 7,8 g/cm3).
8) Classificar quanto à resistência um material metálico que apresenta um mdd de 60
e densidade de 7,2 g/cm3.
58
eletroquímica padrão de redução ou então de oxidação, uma vez que uma é o inverso
da outra. O EPH é montado com um fio ou lâmina de platina, imersa numa solução
ácida (ex. HNO3) de concentração 1 mol/L saturada com gás hidrogênio (H2) pela
passagem contínua deste gás pela solução (borbulhamento). Este eletrodo é
representado por: Pt(s)/H2(g)/H+(aq), como pode ser visto na figura 1.
A montagem da célula eletroquímica para medição do potencial do eletrodo
com relação ao EPH pode ser visto na figura 2. Nesta figura é mostrado a montagem
do eletrodo de zinco, para tal, é necessário uma lâmina de zinco metálico (Zn) imerso
em uma solução aquosa contendo Zn2+ de concentração 1 mol/L, que no caso é obtido
pela solução aquosa de nitrato de zinco (Zn(NO3)2). Este eletrodo, Zn/Zn2+ (1mol/L),
é conectado ao EPH, e por meio de um voltímetro se mede a diferença de potencial
entre o eletrodo de zinco e o EPH.
2. Objetivos
Esta aula prática tem como objetivo geral o estudo da eletroquímica, do
potencial dos eletrodos e a forma de medição destes potenciais. Como objetivo
específico está a construção de uma série eletroquímica prática de alguns metais
puros, ligas e grafite, e estudo sobre proteção contra corrosão.
3. Materiais e métodos
Serão usadas lâminas metálicas de zinco, ferro, cobre, alumínio, aço, aço
inoxidável, magnésio, outros metais que estejam disponíveis e grafite. Multímetros
digitais, solução salina a %. Béqueres de 00 mL. Tubo em U para ponte salina.
3.1) Procedimento
Montar uma célula eletroquímica com os dois béqueres contendo solução salina
e colocar o tubo em “U” como ponte salina.
Com as placas parcialmente imersas na solução fazer leituras dos potenciais das
seguintes células eletroquímicas.
Vamo atribuir um potencial fixo ao Zn (zinco) e medir todos os outros com
relação ao zinco. No caso da montagem das células abaixo o Zn será conectado ao polo
negativo do voltímetro para “forçar” que ele seja lido como sendo
Zn/NaCl(3%)//NaCl(3%)Cu
61
Zn/NaCl(3%)//NaCl(3%)Al
Zn/NaCl(3%)//NaCl(3%)Fe
Zn/NaCl(3%)//NaCl(3%)Inox
Zn/NaCl(3%)//NaCl(3%)Magnésio
Zn/NaCl(3%)//NaCl(3%)Aço
Zn/NaCl(3%)//NaCl(3%)Grafite
4. Atividades
1) Identificar o ânodo e o cátodo o sentido da corrente elétrica e preencher a tabela
abaixo.
Pilha R/S1 M/S2 Ânodo Cátodo E/mV
Zn/NaCl(3%)//NaCl(3%)Cu Zn Cu
Zn/NaCl(3%)//NaCl(3%)Al Zn Al
Zn/NaCl(3%)//NaCl(3%)Fe Zn Fe
Zn/NaCl(3%)//NaCl(3%)Inox Zn Inox
Zn/NaCl(3%)//NaCl(3%)Magnésio Zn Mg
Zn/NaCl(3%)//NaCl(3%)Aço Zn Aço
Zn/NaCl(3%)//NaCl(3%)Grafite Zn Graf.