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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUI

CENTRO DE CIÊNCIAS DA NATUREZA


DEPARTAMENTO DE QUÍMICA
DISCIPLINA: QUÍMICA GERAL EXPERIMENTAL
DOCENTE: Profº. Dr. Adriano Gomes de Castro
Profº. Dr. João Sammy Nery de Sousa

Importância do método científico


Alyxandre Soares Cavalcante Alvarenga / 20229039744
João Felipe Alves Carneiro / 20229044136
Julie Mireya de Sousa Fortunato Freitas / 20229038596
Yasmin Tallita de Souza e Silva / 20229043658

Teresina – PI, Junho de 2023

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................04
2. OBJETIVO ......................................................................................................05
2.1 Objetivo geral .................................................................................................05
2.2 Objetivos específicos ......................................................................................05
3. PARTE EXPERIMENTAL ...............................................................................06
3.1 Materiais e reagentes .....................................................................................06
3.2 Procedimento experimental ............................................................................06
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO .......................................................................08
5. CONCLUSÃO .................................................................................................14
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .....................................................................15
APÊNDICE............................................................................................................16

2
RESUMO

O método científico é um conjunto de princípios e etapas seguidas pelos


cientistas para investigar e compreender o mundo natural, como o experimento de
observação de combustão da vela. Essa análise foi feita através da utilização de velas
com características diferentes e acesas, apoiadas sobre uma bancada e um Béquer
de vidro com líquido colorido, colocando sobre elas um erlenmeyer. Obtendo-se com
a restrição do comburente o fim da combustão. Assim observou-se a necessidade de
uma melhor adequação do método utilizado para obtenção de resultados mais sólidos.

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1. INTRODUÇÃO

O método científico é um conjunto de princípios e etapas seguidas pelos


cientistas para investigar e compreender o mundo natural. É uma abordagem
sistemática que permite a formulação e teste de hipóteses, a obtenção de resultados
confiáveis e a busca de explicações racionais para fenômenos observados
(MOREIRA; OSTERMANN, 1993).
Muitos pesquisadores tentaram definir um único método possível de aplicar
a todas as ciências e ramos do conhecimento, levando assim, ao surgimento de
diferentes correntes de pensamentos. Atualmente, já é possível a combinação de
métodos científicos diferentes, dependendo do objeto de investigação e do tipo de
pesquisa (DIAS; FERNANDES, 2000).
Embora existam variações do método científico, a estrutura básica
geralmente envolve a observação, formulação da pergunta, hipótese, experimentação
e coleta de dados, análise de dados, conclusão e comunicação de resultados.
Ressaltando que o método científico é um processo contínuo e interativo, os
resultados obtidos podem levar a novas hipóteses e perguntas (MARSULO; SILVA,
2005).
As reações de combustão, embora presentes na nossa vida, são pouco
compreendidas, as dificuldades de compreensão, pode estar relacionada ao não
reconhecimento do oxigênio como um dos reagentes, talvez por esse ser um gás
invisível, por muitos acreditado que sem massa, e o entendimento equivocado da
combustão como uma característica intrínseca de uma substância, não como uma
reação entre um combustível e um comburente (GALIAZZI et al, 2005).
O clássico experimento de observação de uma vela acesa e apagada
sempre foi considerado como um procedimento interessante de se trabalhar no ensino
de ciências da natureza, com o objetivo de demonstrar a porcentagem de oxigênio no
ar atmosférico por meio da observação da redução do volume do ar contido em um
erlenmeyer que cobre a vela e provoca seu apagamento (SANTIN FILHO et al, 2010).

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2. OBJETIVOS

2.1 Objetivo geral


- Evidenciar a necessidade da aplicação do método cientifico para o bom
entendimento de um dado fenômeno observável.

2.2 Objetivos específicos


- Estimular observações experimentais e pensamento científico em um
laboratório de química.
- Analisar a combustão da vela a partir do experimento.

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3. PARTE EXPERIMENTAL

3.1 MATERIAIS E REAGENTES

 Balança de precisão, modelo EL-220AB-BI, com capacidade máxima de 220g,


legibilidade de 0,001g e sensibilidade de 0,00001g, localizada sobre uma
bancada de mármore no laboratório 223 do departamento de química – UFPI.
 Régua transparente 30cm, fabricada pela indústria Bandeirante, com a
referência 1041.
 Fósforos Gaboardi, fabricados pela S. A. FÓSFOROS GABOARDI.
 Quatro velas branca de tamanho variado (Vela pequena: 3,1cm, Vela média:
6,0cm, Vela grande: 9,6cm, Vela grande: 9,7cm) da marca Luz da Vida,
produzidas por C.N.P.J 07.776.109/0001-64.
 Uma vela vermelha.
 Condicionador de ar Split – frio da marca Elgin com capacidade de refrigeração
de 30000 Btu/h.
 Cronômetro de um celular.
 Erlenmeyer 250mL.
 Erlenmeyer 500mL
 Béquer 1000mL.
 Pisseta com água.
 Solução de Hidróxido de Sódio 0,1 mol L-1.
 Fenolftaleína 1%.

3.2 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Iniciou-se o teste observando as características das velas, tais como cor,


tamanho das velas e do pavio, medição feita com a utilização de uma régua
transparente de 30cm e peso, descoberto com a utilização de uma balança de
precisão com capacidade máxima de 220g, após toda análise, pegou-se um fósforo
de madeira da marca Gaboardi, e foi acendida a vela teste (vela vermelha).

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Acendeu-se a vela de menor tamanho com auxílio da vela teste, colocou-
se sobre a bancada de mármore a uma altura de 30cm desceu-se um Erlenmeyer de
250mL e cronometrou-se o tempo que levou até que a chama da vela apagasse a
partir do momento em que o Erlenmeyer tocou a bancada, foi anotado o tempo e em
seguida esfriou-se o Erlenmeyer por um minuto no ar-condicionado Split.
Após o resfriamento do Erlenmeyer, foi repetido o mesmo processo com a
vela de tamanho médio e grande, sempre resfriando o Erlenmeyer por um minuto no
ar condicionado Split antes do início de cada teste, sendo que, cada fase foi repetida
três vezes para os diferentes tamanhos de vela do experimento.
Em seguida, pegou-se um Béquer de 1000mL, e após o aquecimento da
base da vela, fixou-se a mesma no centro da parte interna do Béquer, adicionando-se
300mL de NaOH e mais quatro gotas de fenolftaleína a 1% dentro do mesmo, até
obter-se a mudança de coloração da solução para a cor rosa (LABORATÓRIO DE
QUÍMICA, 2018), a vela foi acendida e sobre ela, colocado um Erlenmeyer de 500mL,
cronometrando o tempo que a vela levou para apagar, após isso, foi resfriado o
Erlenmeyer por um minuto no ar condicionado Split e repetiu-se o teste.
Ao finalizar os testes, foi medido o tamanho da vela e do pavio com a
utilização de uma régua de 30cm, e o peso de cada vela, utilizando a balança de
precisão, afim de realizar a verificação da variação no tamanho e peso após a reação
de combustão da parafina.
Para a verificação dos resultados obtidos e posterior análise comparativa
dos mesmos com a literatura, coletou-se toda a parafina que ficou sobre a bancada,
devido a perca durante os testes e pesou-se, para melhor precisão dos resultados.

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4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Para o entendimento dos dados obtidos no laboratório, utilizou-se como


parâmetro para análise dos dados o MANUAL DE PARAFINAS (INFORMAÇÕES
TÉCNICAS) obtido no site da PETROBRAS que traz as seguintes informações
“Parafinas macrocristalinas: são as oriundas de cortes destilados, possuindo faixa de
destilação entre 350 ºC e 540 ºC e compostas com predominância de cadeias
hidrocarbônicas normais parafínicas, contendo de 18 a 40 átomos de carbono, com
massa molar entre 250 kg/kmol e 580 kg/kmol e ponto de fusão entre 43 ºC e 68 ºC,
apresentando cristais grandes e bem definidos”. Assim para fins de entendimento e
cálculo será utilizado como referência o hidrocarboneto TETRACONTANO (C40 H82).
Ao término da primeira parte do procedimento experimental, obteve-se a
variação na massa, a variação no tamanho das velas e dos pavios, bem como o tempo
que as velas permaneceram acesas quando submetidas a uma dada massa de ar
limitada. Esses resultados estão dispostos nas tabelas 1, 2, 3 e 4.
Na segunda parte do procedimento experimental foi realizado uma
experiência semelhante, porém a vela que inicialmente estava fixa sobre a bancada,
agora fora fixada dentro de um Béquer de 1000mL com mais 300 mL de uma solução
de hidróxido de sódio acrescido de 04(quatro) gotas de fenolftaleína. Durante esse
experimento foram obtidos os dados contidos na tabela 5.
Os cálculos seguintes destinam-se a verificação dos dados obtidos frente
a literatura.

Tabela 1 – Variação do tamanho das velas.


Vela Vela pequena Vela média Vela grande
Tamanho inicial 3,1 cm 6,0 cm 9,6 cm
Tamanho final 2,6 cm 5,6 cm 9,1 cm
Variação do Tamanho 0,5 cm 0,4 cm 0,5 cm
Desvio padrão (5×10-2±0,1)cm
Desvio padrão relativo (1×10-1±0,1)cm
Coeficiente de variação 10,09%
Fonte: Autores, 2023

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Tabela 2 – Variação do tamanho do pavio das velas.
Vela Vela pequena Vela média Vela grande
Tamanho inicial 0,4 cm 0,9 cm 1,1 cm
Tamanho final 0,8 cm 0,5 cm 0,7 cm
Variação do Tamanho 0,4 cm 0,4 cm 0,4 cm
Desvio padrão (5,0×10-1±0,1)cm
Desvio padrão relativo (3,5±0,1)cm
Coeficiente de variação 346,4%
Fonte: Autores, 2023

Tabela 3 – Variação da massa das velas.


V ela Vela pequena Vela média Vela grande
Massa inicial 4,380 g 7,166 g 12,010 g
Massa final 3,884 g 7,054 g 12,085 g
Variação do massa 0,496 g 0,112 g 0,075 g
Desvio padrão (2,66×10-1±0,001)g
Desvio padrão relativo (4,48±0,001)g

Coeficiente de variação 448,4%

Fonte: Autores, 2023

Tabela 4 – Duração da combustão para uma dada massa de ar restrita.


Vela Vela pequena Vela média Vela grande
Duração da combustão (s) 10,70 s 8,45 s 9,82 s
Duração da combustão (s) 14,04 s 10,55 s 9,06 s
Duração da combustão (s) 14,48 s 17,06 s 8,00 s
Média Aritmética (s) 13,07 s 12,02 s 8,96 s
Desvio padrão 1,69s 3,66s 7,5×10-1s
Desvio padrão relativo 0,13s 0,30s 0,08s
Coeficiente de variação 12,91% 30,49% 8,33%
Fonte: Autores, 2023

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Tabela 5 – Dados coletados da 2ª parte do experimento.
Vela Dados
Tamanho da vela 9,7 cm
Tamanho inicial do pavio 0,9 cm
Tamanho final do pavio 0,9cm
Massa inicial da vela 12,170g
Massa final da vela 11,696g
Tempo de duração da combustão 12,84 s
Tempo de elevação da coluna de NaOH 28,10 s
Volume de NaOH no Bécker 300 mL
Altura de NaOH no Bécker inicial 4,8 cm
Altura de NaOH no Bécker final 3,3 cm
Altura da coluna de NaOH no Erlenmeyer 10 cm
Fonte: Autores, 2023

Tabela 6 – Relação da média de tempo e quantidade de mol em cada reação.


Vela MA do tempo de combustão Quant. em mol de O2 Quant. em mol de C40H82
Pequena 13,07 s 3,15x10-3 mol 5,21x10-5 mol
Média 12,02 s 3,13x10-3 mol 5,17 x10-5 mol
Grande 8,96 s 3,09x10-3 mol 5,10x10-5 mol
Fonte: Autores, 2023

A realização do experimento tinha como foco principal evidenciar a


necessidade da aplicação do método científico para o bom entendimento de um dado
fenômeno observável. A análise dos resultados obtidas em contraste com os valores
encontrados através dos cálculos (total de parafina que saiu das velas 0,533g, total
em gramas consumido nas reações de combustão 0,0871g, mais o total de parafina
residual 0,374g) gerou a necessidade da elaboração de uma hipótese para justificar
os resultados obtidos em decorrência de algumas distorções percebidas, o que
evidenciou de forma clara que houve erro na aplicação do método cientifico e a
importância de sua meticulosa aplicação para obtenção de resultados substanciais.
Nas tabelas 1 e 2, nota-se o comportamento muito semelhante quanto a
variação do tamanho das velas em decorrência da combustão a que foram
submetidas, observando que, após o experimento, a variação no tamanho das velas
e dos pavios foram praticamente os mesmos (considerando a possibilidade de erro na
medida de 1mm em decorrência do próprio instrumento utilizado para a medição dos
comprimentos). Com isso pode-se entender que a maior variação ocorrida no pavio
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da vela pequena ocorreu pelo menor percurso feito pela parafina e pela maior
proximidade do pico de calor da chama da vela em relação à parafina, visto a mesma
ter um menor comprimento inicial do pavio.
Observou-se também, ao final dessa etapa, que a vela pequena, que
inicialmente tinha um pavio menor que as velas média e grande, ficou ao término do
experimento com o pavio relativamente igual às demais, o que levou a considerar uma
relação bem definida entre espaço percorrido pela parafina, o tempo em que se dá
esse deslocamento através do pavio, a queima do vapor da parafina e a queima do
próprio pavio. Vale ressaltar que os valores do desvio padrão nas tabelas 1 e 2,
precisam ser analisados levando em consideração aspectos já mencionados acima
como limitação no instrumento de medida (para o Dp em relação ao comprimento das
velas) e a diferença nas condições inicias dos pavios (para o Dp em relação ao
comprimento dos pavios).
Seguindo o experimento verificou-se um erro no procedimento de obtenção
da massa final das velas. Na tabela 3, evidenciou-se o erro quanto a forma de
realização do teste, no início foi acesa a vela pequena e fez-se o primeiro teste, que
fora desprezado pelo erro na medição do tempo, então iniciou-se nova medição do
tempo de combustão da vela pequena em ambiente fechado.
Ao término das três medições válidas, retirou-se a vela do local do teste,
mas não foi recolhido o material residual sobre a bancada. O que gerou o erro na
medição da quantidade de parafina que fora consumida na reação de combustão da
vela pequena. Também gerou um erro na medição da massa final das velas média e
grande, pois foram colocadas no mesmo lugar da vela pequena para a realização dos
testes sem a retirada do material residual pertencente ao teste anterior. Assim o
resultado obtido no cálculo do desvio padrão confirma a impossibilidade de utilização
dos dados colhidos quanto a massa das velas. Visto ser impossível durante uma
reação de combustão a parafina adquirir massa quando deveria ter consumido na
reação de combustão.
Verificou-se também ser possível que parte desse erro veio em decorrência
da forma utilizado para acendimento das velas, tendo sido acesas através de uma
vela que servia de energia de ignição para reação, é possível que durante o
acendimento das velas tenha caído parte da parafina líquida da vela de ignição para
a vela teste. O que contribuiria para o erro encontrado na medição das massas. Assim
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é necessário desconsiderar os valores da tabela 3, como referência para o
entendimento do experimento.
Na tabela 4 está relacionado o tempo em que as velas permaneceram
realizando combustão em ambiente fechado. Quanto a vela pequena, a diferença
entre a primeira medição e as duas seguintes atribui-se ao pavio mais curto ao iniciar
o experimento. Na vela média, duas possibilidades de erro são as mais prováveis, erro
na medição do tempo ou erro no resfriamento do erlenmeyer, sendo esse último mais
provável, pois quanto mais frio o ar, menor é o volume que ele ocupa (RUSSEL, 2001).
Com o passar do tempo no laboratório o ar-condicionado foi esfriando a massa de ar
lentamente, o que possibilitaria maior densidade do ar contido no erlenmeyer, bem
como a forma de resfriamento utilizada diretamente no erlenmeyer após cada teste.
O que justificaria a diferença de mais de 6 segundos da segunda para a terceira
medição do tempo no teste da vela média.
Apesar do evidente erro quanto a obtenção da massa da vela grande
(tabela 3) após a combustão, nela obteve-se os melhores indicadores, em média
(quanto a variação do tempo), alcançando-se o menor desvio padrão, o menor desvio
padrão relativo e o menor coeficiente de variação. Observando os dados referentes
ao tempo da vela grande, vê-se a melhor relação nas condições de realização do teste
bem como da melhor aplicação do método ao processo realizado. Com tudo os
resultados obtidos nessa parte do experimento, ainda assim, permanecem muito a
quem de resultados aceitáveis para um experimento laboratorial, evidenciando um
erro sistemático no procedimento aplicado no experimento.
Na segunda parte do experimento evidenciou a relação de equilíbrio
necessária entre pressão interna e externa em qualquer sistema. Ao fixar a vela no
fundo do béquer com 300 ml de NaOH acendeu-se a vela, durante um curto espaço
de tempo ela permaneceu acesa enquanto iniciava-se o experimento. Nesse tempo
fica claro que a vela já estava aquecendo o ar ao seu redor, ao aproximar o erlenmeyer
até que ele alcançasse o NaOH, a vela estava aquecendo o ar, e esse por sua vez
expandindo-se ocupando um maior volume devido a sua maior agitação térmica (Lei
Charles: A pressão constante, o volume ocupado por uma quantidade de gás é
diretamente proporcional a sua temperatura absoluta Kelvin) (RUSSEL, 2001). Com o
confinamento da reação de combustão, assim que o oxigênio disponível fora
completamente consumido, dá-se fim a reação de combustão com o consequente
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resfriamento da massa de ar dentro do erlenmeyer. Assim a medida que a massa de
ar interna resfriava, a pressão externa empurrava a solução contida no béquer para
dentro do erlenmeyer. Essa reação de combustão da parafina C40H82(g) + 60,5 O2(g) →
40 CO2(g) + 41 H2O(g) em ambiente fechado consome o oxigênio gerando CO2, CO, C
(evidenciado pela formação de negro de fumo no fundo do erlenmeyer nas duas
etapas do experimento) e H2O.

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5. CONCLUSÃO

A não adequação dos resultados obtidos no experimento, quando


verificados através de cálculos baseados na literatura, mostram a necessidade de
uma melhor adequação do método utilizado, bem como sua aplicação no
experimento para obtenção de resultados mais sólidos a fim de que fiquem de
acordo com a literatura vigente.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ÁCIDOS E BASES: ph e indicadores – Laboratório de Química – QUI126, 2018.


Disponível em: https://www2.ufjf.br/quimica/files/2015/06/2018-QUI126-AULA-8-
%C3%81CIDOS-E-BASES-pH-E-INDICADORES.pdf – (Acessado em 18/06/2023).
DIAS, Cláudia; FERNANDES, Denise. Pesquisa e método científicos. Publicação
eletrônica. Brasília, v. 3, 2000.
GALIAZZI, Maria do Carmo et al. Uma sugestão de atividade experimental: a velha
vela em questão. 2005.
MARSULO, Marly Aparecida Giraldelli; SILVA, RMG da. Os métodos científicos
como possibilidade de construção de conhecimentos no ensino de ciências. Revista
Electrónica de Enseñanza de las ciencias, v. 4, n. 3, p. 30, 2005.
MOREIRA, Marco Antonio; OSTERMANN, Fernanda. Sobre o ensino do método
científico. Caderno catarinense de ensino de física. Florianópolis. Vol. 10, n. 2
(ago. 1993), p. 108-117, 1993.
PETROBRÁS. Parafinas Petrobras. Disponível em:
https://petrobras.com.br/pt/nossas-atividades/produtos/industriais/parafina/ -
acessado em 27/05/2023).
RUSSEL, J. B., Química Geral, Vol 1, 2ª Edição, Makron Books, 2001
SANTIN FILHO, Ourides; TSUKADA, Vanessa Katsue; DA COSTA CEDRAN, Jaime.
O indutivismo ingênuo nas atividades experimentais iniciais de curso de graduação
em Química: o experimento da vela. História da Ciência e Ensino: construindo
interfaces, v. 2, p. 48-75, 2010.

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APÊNDICE

Dados base: Total de parafina desprendida das velas: 0,533g


Total de resíduo de parafina sobre a bancada: 0,374g
Total de parafina consumida na reação de combustão: 0,0871g
Total de parafina não consumida e não verificável: 0,0719g
Observação: Será considerado erro de ±0,1cm para a medida feita utilizando a régua
descrita na parte de materiais em virtude de ausência do referido dado.
Cálculo para encontrar o desvio padrão:
Equação 1:
Média Aritmética Desvio Padrão
𝑋1+𝑋2+⋯+𝑋𝑛
𝑀𝑎 = Dp= ∑𝑛𝑖=1 √
(𝑋𝑖−𝑀𝑎)
𝑛
𝑛

Desvio padrão relativo: Coeficiente de variação:


𝐷𝑝 𝐷𝑝
𝐷𝑝𝑟 = CV = × 100
𝑀𝑎 𝑀𝑎
Equação 2:
Desvio padrão para o tamanho da vela:
0,5+0,4+0,5
𝑀𝑎 = = 0,46666666666 = (0,5±0,1)cm
3

̅)2 +(0,4−0,46
(0,5−0,46 ̅)2 +(0,5−0,46
̅)2
Dp=√ = 0,04709522 = (5,0×10-2±0,1)cm
3

Equação 3: Equação 4:
Desvio padrão relativo: Coeficiente de variação:
0,04709522 0,04709522
𝐷𝑝𝑟 = = 0,100918328 CV = × 100 = 10,09%
0,46666666 0,46666666
Equação 5:
Desvio padrão para o tamanho do pavio:
0,4−0,4−0,4
𝑀𝑎 = = −0,13333333333 = (-1×10-1±0,1)cm
3

̅)2 +(−0,4−0,13
(0,4−0,13 ̅)2 +(−0,4−0,13
̅)2
Dp=√ = 0,461880215 = (5×10-1±0,1)cm
3

Equação 6: Equação 7:
Desvio padrão relativo: Coeficiente de variação:

16
0,46188021 0,46188021
𝐷𝑝𝑟 = = 3,464101621 CV = × 100 = 346%
0,1333333 0,1333333
Equação 8:
Desvio padrão para variação da massa:
−0,496−0,112+0,075
𝑀𝑎¹ = = −0,059222222 = (5,92×10-2±0,001)g
3

(−0,496+0,059222222)2 +(−0,112+0,059222222)2 +(0,075+0,09222222)2


Dp¹=√ = 0,265566015 = 2,66×
3

10-1±0,001)g
Equação 9: Equação 10:
Desvio padrão relativo: Coeficiente de variação:
0,265566015 0,265566015
𝐷𝑝𝑟 = = 4,484229163 CV = × 100 = 448,4%
0,059222222 0,059222222
Equação 11:
−0,496−0,112
𝑀𝑎² = = −0,304 = (-3,04×10-1±0,001)g
2

(−0,496+0,304)2 +(−0,112+0,304)2
Dp²=√ = 0,192 = (1,92×10-1±0,001)g
2

Equação 12: Equação 13:


Desvio padrão relativo: Coeficiente de variação:
0,192 0,192
𝐷𝑝𝑟 = = 0,631578947 CV = × 100 = 63,6%
0,304 0,304
Equação 14:
Desvio padrão para o tempo de combustão da vela pequena:
10,70+14,04+14,48
𝑀𝑎 = = 13,07333333 = 13,07s
3

̅)2 +(14,04−13,073
(10,70−13,073 ̅)2 +(14,48−13,073
̅)2
Dp=√ = 1,68778619 = 1,69s
3

Equação 15: Equação 16:


Desvio padrão relativo: Coeficiente de variação:
1,68778619 1,68778619
𝐷𝑝𝑟 = = 0,129101442 CV = × 100 = 12,91%
13,0733333 13,0733333
Equação 17:
Desvio padrão para o tempo de combustão da vela média:
8,45+10,55+17,06
𝑀𝑎 = = 12,02s
3

(8,45−12,02)2 +(10,55−12,02)2 +(17,06−12,02)2


Dp=√ ≈ 3,665487689 = 3,66s
3

17
Equação 18: Equação 19:
Desvio padrão relativo: Coeficiente de variação:
3,665487689 3,665487689
𝐷𝑝𝑟 = = 0,304949059 CV = × 100 = 30,49%
12,02 12,02
Equação 20:
Desvio padrão para o tempo de combustão da vela grande:
9,82+9,06+8,00
𝑀𝑎 = = 8,96
3

(9,82−8,96)2 +(9,06−8,96)2 +(8,00−8,96)2


Dp=√ ≈ 0,746368988 = 7,5×10-1s
3

Equação 21: Equação 22:


Desvio padrão relativo: Coeficiente de variação:
0,746368988 0,746368988
𝐷𝑝𝑟 = = 0,08330011 CV = × 100 = 8,33%
8,96 8,96

Análise dos dados:

C40H82(g) + 60,5 O2(g) → 40 CO2(g) + 41 H2O(g)


MM: C40H82=563,096g.mol-1, O2=31,998g.mol-1, CO2=44,009g.mol-1,
H2O=18,015g.mol-1

Obs.: ΔH Os valores de entalpia foram tirados da tabela 3.2, página 150 do livro de
Química Geral Volume I – John B Russel ΔfH°
ΔH = ΔHproduto - ΔHreagentes ΔH = ΔHproduto - ΔHreagentes
ΔfH° C40H82 = -566 KJ. mol-1 ΔH = 40x(CO2)+41x(H2O)–( (C40H82)+60,5x(O2))
ΔfH° O2 = 0 KJ ΔH=40x(-393,5)+ 41 (-241,8) – ((-566) + 60,5x(0))
ΔfH° CO2 = -393,5 KJ. mol-1 ΔH = -25087,8 KJ. mol-1 (Reação Exotérmica)
ΔfH° H2O = -241,8 KJ. mol-1

Para a Vela pequena obteve-se:


1 mol C40H82 ↔ 563,096 g 1 mol C40H82 ↔ -25087,8 KJ. mol-1
X ↔ 0,496 g 8,808x10-4 mol C40H82 ↔ X
X = 8,808x10-4 mol C40H82 X = - 22,09845 KJ
A energia liberada para o ambiente na combustão de 0,496g de
TETRACONTANO foi de 22,09845KJ.
1 mol C40H82 ↔ 60,5 mol O2 1 mol O2 ↔ 31,998 g
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8,808x10-4 mol C40H82 ↔ X 5,329109x10-2 mol O2 ↔ X
X = 5,329109x10-2 mol O2 X = 1,70520832 g O2
A massa de oxigênio necessária para a combustão de 0,496g de
TETRACONTANO foi de 1,70520832g.
Para a vela média obteve-se:
1 mol C40H82 ↔ 563,096 g 1 mol C40H82 ↔ -25087,8 KJ. mol-1
X ↔ 0,112 g 1,989x10-4 mol C40H82 ↔ X
X = 1,989x10-4 mol C40H82 X = - 4,989813459 KJ
A energia liberada para o ambiente na combustão de 0,112g de
TETRACONTANO foi de 4,989813459KJ.
1 mol C40H82 ↔ 60,5mol O2 1 mol O2 ↔ 31,998g
1,989x10-4mol C40H82 ↔ X 1,2033472x10-2mol O2↔ X
X = 1,2033472x10-2mol O2 X = 3,85047037x10-1g O2
A massa de oxigênio necessária para a combustão de 0,112g de TETRACONTANO
foi de 3,85047037x10-1g.
Para a vela grande obteve-se:
Não será possível fazer os mesmos cálculos visto que a massa inicial da vela
grande era de 12,010g e ao final do teste foi verificado a massa e obteve-se o valor
de 12,085g.
Cálculo do volume da vela pequena:
V = volume V = πr2h
h = (3,1cm) altura V = 3,1416x(0,652)3,1
r = (0,65cm) raio da base da vela V = 4,1147106cm3
π = 3,1416
Observação: o cálculo para o volume das velas média e grande terá que levar em
consideração, a área do cone na região do pavio.
Cálculo do volume da vela média:
V = volume V1= πr2h V2 = πr2h.1/3
r = 0,65cm (raio da base da vela) V1= 3,1416x(0,652)x5,0 V2 = 3,1416x(0,652)1,0x1/3
π = 3,1416 V1 = 6,63663cm3 V2 = 0,442442cm3
h = 6,0cm (altura total)
VTotal = V1 + V2
h1 = 5,0 cm (altura do cilindro)
VTotal = 7,079072cm3
h2 = 1,0 cm (altura do cone)
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Cálculo do volume da vela grande:
V = volume
V1= πr2h V2 = πr2h.1/3
r = 0,65cm (raio da base da vela)
V1= 3,1416x(0,652)x8,6 V2 = 3,1416x(0,652)1,0x1/3
π = 3,1416
V1 = 11,40919cm3 V2 = 0,442442cm3
h = 9,6 cm (altura total)
VTotal = V1 + V2
h1 = 8,6 cm (altura do cilindro)
VTotal = 11,851632cm3
h2 = 1,0 cm (altura do cone)
Considerando, para fins de cálculo e para melhor adequação à realidade
encontrada no laboratório, será utilizado as condições ambientes de temperatura e
pressão (CATP), em que a pressão também é de aproximadamente 1atm, mas a
temperatura é de 25°C, e para tais condições o volume molar passa a ser 25L.
Considerando o volume total do erlenmeyer utilizado no experimento de
aproximadamente 380mL ou 380cm3, obteve-se:
Para a vela pequena:
VVP = volume da vela pequena
Voc = volume total disponível para combustão
VE = volume do erlenmeyer
Voc = VE - VVP 2,5x104cm3 ↔ 6,0x1023 moléculas
Voc = 380 - 4,1147106 375,8852894cm3 ↔ X
Voc = 375,8852894cm3 X = 9,021246946x1021 moléculas

Massa de O2 na atmosfera é de aproximadamente 20,95% da massa de ar total.


Número de Avogadro = 6,0x1023 moléculas
Voc = 375,8852894cm3
100% ↔ 9,021246946x1021 moléculas 1 mol ↔ 6,0x1023 moléculas
20,95% ↔ X X ↔ 1,889951235x1021 moléculas
X = 1,889951235x1021 moléculas O2 X = 3,149918725x10-3 mol O2
1 mol de C40H82 ↔ 60,5 mol de O2 1 mol de C40H82 ↔ 563,096g
X ↔ 3,149918725x10-3 mol O2 5,206477232x10-5 mol C40H82 ↔ X
X = 5,206477232x10-5 mol C40H82 X = 2,9317465x10-2g
Para a vela média:
VVM = volume da vela média
Voc = volume total disponível para combustão
VE = volume do erlenmeyer
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Voc = VE - VVM 2,5x104cm3 ↔ 6,0x1023 moléculas
Voc = 380 - 7,079072 372,920928cm3 ↔ X
Voc = 372,920928cm3 X = 8,950102272x1021 moléculas

Massa de O2 na atmosfera é de aproximadamente 20,95% da massa de ar total.


Número de Avogadro = 6,0x1023 moléculas;
Voc = 372,920928cm3
100% ↔ 8,950102272x1021 moléculas 1 mol ↔ 6,0x1023 moléculas
20,95% ↔ X X ↔ 1,875046426x1021 moléculas
X = 1,875046426x1021 moléculas O2 X = 3,125077377x10-3 mol O2

1 mol de C40H82 ↔ 60,5 mol de O2 1 mol de C40H82 ↔ 563,096g


X ↔ 3,125077377x10-3 mol O2 5,165417151x10-5 mol C40H82 ↔ X
X = 5,165417151x10-5 mol C40H82 X = 2,9086257x10-2g

Para a vela grande:


VVG = volume da vela grande
Voc = volume total disponível para combustão
VE = volume do erlenmeyer
Voc = VE - VVG 2,5x104cm3 ↔ 6,0x1023 moléculas
Voc = 380 - 11,851632 368,148368cm3↔ X
Voc = 368,148368cm3 X = 8,835560832x1021 moléculas
Massa de O2 na atmosfera é de aproximadamente 20,95% da massa de ar total.
Número de Avogadro = 6,0x1023 moléculas
Voc = 368,148368cm3

100% ↔ 8,835560832x1021 moléculas 1 mol ↔ 6,0x1023 moléculas


20,95% ↔ X X ↔ 1,851049994x1021 moléculas
X = 1,851049994 x1021 moléculas O2 X = 3,085083324x10-3 mol O2

1 mol de C40H82 ↔ 60,5 mol de O2 1 mol de C40H82 ↔ 563,096g


X ↔ 3,085083324x10-3 mol O2 5,099311279x10-5 mol C40H82 ↔ X
X = 5,099311279x10-5 mol C40H82 X = 2,8714017x10-2g

Formação de negro de fumo no fundo do Erlenmeyer.

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Fonte: Autores, 2023.

Questionário:
1. Qual a finalidade do método científico?
Orientar e conduzir o pesquisador sobre as descobertas científicas, utilizando
métodos e procedimentos confiáveis e reproduzíveis para obtenção de resultados
que possam ser verificados e replicados, observadas as condições em que se deu
o experimento, afim de subsidiar a interpretação e compreensão do fato
observado.
2. Cite as etapas básicas do método científico.
Observação, questionamento, construção de hipóteses, experimentação, análise
de hipóteses e conclusão.
3. Explique o porquê das velas de maior tamanho apagarem primeiro na primeira
parte do experimento.
A chama necessita de oxigênio, quando se colocou o erlenmeyer, a chama
consome o oxigênio que ali existe e se apaga, como as velas eram maiores,
tomavam maior espaço no erlenmeyer, diminuindo a quantidade de oxigênio
disponível para a reação de combustão, fazendo com que a chama apagasse mais
rapidamente.
4. Explique o porquê de a água adentrar ao Erlenmeyer após a vela apagar na
parte 2 do experimento.

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Quando o Erlenmeyer tocou a solução de NaOH, ele promoveu o confinamento da
massa de ar, a vela acesa no ambiente confinado consumiu o oxigênio do
ambiente através da reação de combustão até não haver mais comburente
disponível para a combustão, com isso, o ar dentro do Erlenmeyer iniciou o
processo de resfriamento, o que diminui a agitação da moléculas contidas na
massa de ar promovendo assim sua contração com consequente diminuição da
pressão interna, devido esse fato a maior pressão existente no ambiente externo
empurrou a solução em direção ao interior do Erlenmeyer.

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