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AEMS

ASSOCIAÇÃO DE ENSINO E CULTURA DE MATO GROSSO DO SUL


FACULDADES INTEGRADAS DE TRÊS LAGOAS
ENGENHARIA QUÍMICA E PRODUÇÃO

ANDRÉ LUIZ
BRUNA DIAS
CARLOS ALEXANDRE
HORÁCIO CAMPELO
LIZA CORREIA

RELATÓRIO DE AULA EXPERIMENTAL: DILATAÇÃO


LINEAR

Relatório de aula experimental apresentado à Profª.


Drª Fabrícia Lunas da disciplina Física II, nas
Faculdades Integradas de Três Lagoas – AEMS.

TRÊS LAGOAS
2019
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.....................................................................................................................1

2. OBJETIVOS...........................................................................................................................1

2.1 Geral..............................................................................................................1

2.2 Específico......................................................................................................1

3. JUSTIFICATIVA DO EXPERIMENTO...............................................................................2

4. MATERIAIS E METODOLOGIA DA PESQUISA..............................................................2

5. REFERENCIAL TEÓRICO...................................................................................................4

6. RESULTADOS.......................................................................................................................5

7. DISCUSSÃO..........................................................................................................................6

8. CONCLUSÃO........................................................................................................................7

9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................................8
1. INTRODUÇÃO

A matéria no estado sólido tem forma própria e volume definido, pois as suas
moléculas estão fortemente ligadas entre si e apresentam um movimento mínimo,
praticamente estacionário. Ao aquecer um sólido aumentamos a agitação molecular,
e isso provoca afastamento das moléculas, resultando em um aumento das
dimensões de corpo. Tal efeito é chamado de dilatação térmica. Como podemos
notar existem espaçamentos nos blocos de concreto das ruas e avenidas, bem
como nos trilhos do trem ou em algumas pontes. Esse espaçamento é necessário
justamente por causa da dilatação que os materiais sofrem.
A dilatação térmica não ocorre somente nos corpos sólidos, mas nos
líquidos e também nos gasosos. Nos corpos sólidos a dilatação pode ser
predominante em apenas uma direção ou em duas. Sendo assim a dilatação térmica
dos sólidos pode ser dividida em dilatação linear, superficial, volumétrica.
Neste relatório transcorreremos sobre a dilatação linear, a qual é o nosso
objeto de estudo.

2. OBJETIVOS

2.1 Geral

Demonstrar como a variação do grau de agitação das moléculas (variação de


temperatura) causa dilatação dos corpos, no caso

2.2 Específico

 Aquecer uma barra metálica de alumínio utilizando-se os equipamentos


laboratoriais adequados e seguindo as boas práticas em laboratório experimental.
 Verificar a variação do comprimento da barra (dilatação linear) utilizando um
dilatômetro calibrado e acoplado à barra.
 Anotar os valores e realizar os cálculos matemáticos a fim de se encontrar o
coeficiente de dilatação linear do experimento e comparar com o valor já tabelado do
material.
3. JUSTIFICATIVA DO EXPERIMENTO

O conhecimento obtido na experimentação em dilatação linear e outros tipos


de dilatação de corpos e fluidos é de fundamental importância para várias atividades
ligadas à engenharia.
Em engenharia civil quando se faz o projeto e a execução de uma ponte que
está sujeita a grandes variações térmicas, ela é construído em vários trechos
separados por juntas de dilatação, que absorvem a dilatação provocada pelas
variações da temperatura ao longo do ano (HALLIDAY et al, 2016).
Em engenharia biomédica os materiais destinados à próteses dentárias
também devem possuir resistência às variações térmicas dos diferentes líquidos e
alimentos ingeridos. Em engenharia aeronáutica o jato supersônico Concorde
quando foi projetado teve seu projeto e materiais pensados para absorver a
dilatação térmica resultante do aumento de temperatura na fuselagem em
decorrência do atrito com o ar (HALLIDAY et al, 2016).
Em engenharia química as variações de volume conforme a temperatura de
produtos químicos participantes de uma reação deve ser levado em conta para uma
se ter um processo com a maior eficiência e segurança possíveis.
Em engenharia de produção a variação de volume de produtos metálicos ou
de líquidos conforme a sua variação de temperatura também deve ser levado em
conta quando se quer fazer uma armazenagem ou transporte adequados.
Muitas são as aplicações do conhecimento sobre dilatação térmica em
processos industriais e outras atividades ligadas à engenharia, sendo o seu devido
conhecimento de fundamental importância.

4. MATERIAIS E METODOLOGIA DA PESQUISA

Materiais utilizados:

 Trena
 Suporte fixador da barra metálica;
 Suporte com pinça;
 Tubo de ensaio, béquer ou erlenmeyer;
 Água;
 Tubo flexível de borracha;
 Barra metálica de alumínio;
 Rolha de látex;
 Dilatômetro (medidor de dilatação)
 Termômetro;
 Tripé com tela de amianto;
 Bico de Bunsen;

Procedimento:

 Meça o comprimento inicial da barra com uma trena.


 Monte o tubo no aparato experimental. A base do contador do dilatômetro
deverá estar apoiada no anel de fixação do tubo.
 Zerar a escala do dilatômetro. Para tanto, desaperte o parafuso lateral do
indicador que fixa a escala, em seguida, girar a escala colocando zero na posição do
ponteiro do indicador.
 Colocar em um tubo de ensaio ou béquer ou erlenmeyer cerca de 200 ml de
água e vedá-la com a rolha. Na rolha montar o termômetro e o flexível que irá
conduzir o vapor até o tubo de alumínio.
 Montar o flexível na ponta do tubo de alumínio, a fim do vapor passar por
dentro da barra oca.
 Utilizando um termômetro, efetue a leitura da temperatura ambiente, que será
a temperatura inicial, e anote o resultado.
 Acenda o bico de Bunsen e posicione o fogo bem próximo do recipiente com
água.
 Observe o deslocamento do ponteiro do dilatômetro. Quando o aquecimento
do tubo estabilizar, anote o valor de deslocamento do ponteiro (isto equivale ao valor
da dilatação) e a temperatura final em que o sistema estabilizou. Calcular o valor do
coeficiente de expansão do tubo com os dados obtidos.
5. REFERENCIAL TEÓRICO

A expansão térmica está presente em situações do dia-a-dia como na


construção da ponte em que atravessamos, quando pegamos um avião em que seu
projeto contemplou o aumento da temperatura da fuselagem, nos projetos dos
prédios e as possíveis variações de temperatura sofridas ao longo do ano e até em
situações corriqueiras como quando utilizamos água quente para aquecer a tampa
de metal de um recipiente de vidro a fim de desatarraxá-lo ou até quando utilizamos
o termômetro em que o aumento da temperatura expande o líquido dentro dele para
que possamos fazer a leitura correta. Todos estes são exemplos de dilatação
térmica (SEARS et al, 2008).
A dilatação linear dos corpos ocorrem em todas as três dimensões de um
determinado corpo, mas o objeto de estudo deste relatório é a dilatação linear, ou
seja, o estudo da expansão térmica de um corpo no sentido do comprimento.
Suponhamos que uma barra possua certo comprimento L0e está em uma
dada temperatura inicial T} rsub {0} ¿ . Quando temos uma variação de temperatura
∆T temos também uma variação de comprimento ∆ L. Quando esta variação de
temperatura não é exacerbada (menor que 100 °C), a variação do comprimento ( ∆ L )
será diretamente proporcional à variação de temperatura ( ∆ T ). Adicionando a
constante de proporcionalidade α (varia para cada material) podemos expressar a
seguinte fórmula para a dilatação linear:
∆ L=L0 . α . Δ T (1)
Em que:
∆ L = Variação do comprimento (m)
L0 = Comprimento inicial (m)
α = Coeficiente de dilatação linear (°C-1 )
Δ T = Variação da temperatura (°C)

Os átomos de um material como uma barra metálica estão separados por


forças interatômicas, sendo que estes átomos têm uma vibração natural em torno de
um ponto de equilíbrio, vibração que se altera conforme se adiciona ou retira energia
da molécula (aumento de temperatura). A dilatação térmica de um sólido acontece
por conta do aumento da temperatura (grau de agitação dos átomos) que faz com
que a amplitude das vibrações aumente, aumentando o espaço interatômico,
gerando a dilatação do material (SEARS et al, 2008).
Este conceito pode ser entendido melhor imaginando-se as forças
interatômicas como molas, que têm maior facilidade em esticar-se do que serem
comprimidas. Conforme adiciona-se calor aos átomos estas molas se esticam,
aumentando as dimensões do material formado por estes átomos, conforme a
imagem a seguir que ilustra a ideia:

(Fonte: SEARS et al,2008)


Figura 1 – Dilatação térmica

6. RESULTADOS

O comprimento inicial ( L0) da barra de alumínio era de 560 mm e a


temperatura inicial (T 0) era de 35 °C. Após alguns minutos de iniciado o experimento
notou-se o início da dilatação linear da barra através do dilatômetro, ao final a
variação da dilatação (∆ L) estabilizou-se em 11 x 10-1 mm , sendo que a temperatura
final estabilizou-se em 89 °C, sendo então a variação de temperatura ( Δ T ) de 54 °C.
A obtenção do coeficiente linear segundo o experimento pode ser obtido aplicando-
se então a equação (1):
∆ L=L0 . α . ΔT
∆L
α=
L0 . ΔT
−1
11 x 10 mm
α=
560 mm .54 ℃
−6 −1
α =36 , 376 x 10 ℃

O valor tabelado de coeficiente linear para o alumínio é de 22 x 10−6 ℃−1. A fim


de comparação podemos utilizar a fórmula do erro relativo percentual:

Er=¿
[ (α t −α exp)
αt ]
.100 (2)

Em que:
Er = Erro relativo
α t = Coeficiente de dilatação linear tabelado

α exp = Coeficiente de dilatação linear do experimento

Aplicando-se então a equação (2), obtemos:

Er=¿
[ (α t −α exp)
αt ]
.100

Er=¿
[ (22 x 10−6 ℃−1 −36 ,376 x 10−6 ℃−1 )
−6
22 x 10 ℃
−1 ]
. 100

Er=65,34 %

O valor de erro relativo obtido então corresponde à 65,34% em comparação


ao valor esperado segundo a tabela.

7. DISCUSSÃO

Durante a realização do experimento encontramos algumas dificuldades como


por exemplo encontrar a devida fixação da barra de alumínio no suporte para o
dilatômetro, o que causou que na primeira tentativa a barra dilata-se mas não
empurrasse o dilatômetro, portanto não obtendo um valor de dilatação linear.
Outra dificuldade foi com o condensado que se forma no interior do tubo
saindo pela outra extremidade, causando poças que oferecem riscos de segurança.
Contornamos a situação colocando um pequeno suporte na extremidade proximal do
suporte a fim de se escorrer o condensado e utilizando papel para absorvê-lo.
O valor do coeficiente linear experimental obtido apresentou uma considerável
diferença do tabelado, fato tal que poderia ser minimizado com sucessivas
repetições do experimento a fim de se chegar em um valor mais aproximado do real.

8. CONCLUSÃO

Tais experimentos como este realizado demonstram sua importância na


aplicação diversa que se tem dos conhecimentos em dilatação térmica dos corpos
nos vários processos industriais e projetos de máquinas, construções e em
processos de obtenção química nos quais este conhecimento pode ser aplicado.
O refino de tal conhecimento pode ser a diferença entre uma ponte perdurar
por centenas de anos ou acabar por se fragilizar em menos de uma década ou até
poucos anos. Pode ser a diferença entre um desastre de um avião que apresentou
uma fragilidade em sua fuselagem devido à expansão térmica de seus materiais ou
viagens seguras. Pode representar também a minimização de perdas em processos
industriais por se conhecer o comportamento da matéria-prima utilizada e do
comportamento de reagentes em processos químicos.
Concluindo, o conhecimento prático da dilatação térmica e em específico da
dilatação linear como a abordada neste trabalho será de fundamental importância na
carreira dos futuros engenheiros que formaram esta formidável equipe de
experimentação científica. Assim como diz o pensador: “A essência do
conhecimento consiste em aplicá-lo, uma vez possuído” (Confúcio).

9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
HALLIDAY, David. RESNICK, Robert. WALKER, Jearl. Fundamentos de Física,
Volume II: Gravitação, Ondas e Termodinâmica, 10ª edição, LTC, Rio de Janeiro,
2016.

SEARS, Francis Weston; ZEMANSKY, Mark Waldo; YOUNG, Hugh D.; FREEDMAN,
Roger A. Física II: Termodinâmica e Ondas, 12ª edição, Pearson, São Paulo,
2008.

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