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Mário Pereira
07/08/2019
1. Objectivos Gerais
possível;
simples;
- Desenvolver capacidades e habilidades de manuseamento de materiais e aparelhagens
laboratoriais;
químicos;
• O Laboratório de Química é um lugar especialmente planeado para que seus usuários executem
boa iluminação, fontes acessíveis de água, gás, electricidade, área especial para manipulação de
• Além de toda essa estrutura citada, deve-se relevar também, a importância dos recipientes e
equipamentos.
• São vários os materiais e equipamentos que fazem parte de um laboratório de Química,
manuseamento.
Existem muitos materiais de vidro usados em laboratórios de Química e estes apresentam na sua
Alcalinos: 71 1 17 - - 4 5
- Material barato
- Tem baixo conteúdo alcalino e não contém Mg, Zn,Ca, As, Sb e metais pesados
- Quimicamente inertes
- Devido ao baixo coeficiente de dilatação apresenta uma grande resistência a choques térmicos
- PF relativamente alto.
Vidro Corning Vycor
- Trabalhos especiais
- 96% de sílica
• Os materiais de porcelana são mais resistentes que o vidro, são usados para trabalhos com
• Os materiais de porcelana são muito empregados nos laboratórios em geral, como almofarizes
para trituração de sólidos e o funil de Buchner, este utilizado como filtro à pressão reduzida.
Têm-se ainda os cadinhos, disco para dessecador, tampa para cadinho entre outros materiais de
• Muitos são os materiais de plástico para trabalhos em laboratório de Química, diferenciando na sua
constituição e função.
Materiais metálicos
• Os metais mais usuais são: platina, prata, níquel, ferro, aço inoxidável. Temos os cadinhos, as
cápsulas, os aparelhos de cadinho, os funis, as pinças entre outros materiais feitos por metais e
Tubos de ensaios: tubos fechados em uma das extremidades, utilizados para conter pequenas
A transparência permite a perfeita observação dos fenômenos que ocorrem. Podem ser aquecido
Béquer: É de uso geral em laboratório. Serve para fazer reacções entre soluções, dissolver
substâncias sólidas e efectuar reacções de precipitação. Feitos de vidro Pyrex, resistem bem ao
aquecimento, quando feito sobre a tela de amianto, ao resfriamento e ataque por drogas químicas.
Kitassato: Usado para filtração à pressão reduzida. É utilizado em conjunto com o funil de
Buchner para filtrações à vácuo.
Funil de Buchner: Utilizado em filtrações a vácuo. Pode ser usado com a função de filtro em
conjunto com o Kitassato.
Vidro de relógio: Peça de vidro de forma côncava é usada em análises e evaporações. Não pode
ser directamente aquecida.
Condensador: Tem como finalidade condensar vapores gerados pelo aquecimento de líquidos.
Existem três tipos de condensadores: condensador de Libieg (tubo recto), condensador de Allinh
(bolas) e condensador de Graham (serpentina).
Exsicador: um recipiente grande provido de tampa bem ajustada destinado a manter atmosfera
anidra. Para tal, o compartimento inferior é carregado com agente dessecante, como CaCl2 anidro ou
sílica-gel. Usado para secagem e proteção contra umidade de materiais higroscópicos; cadinhos
quando aquecidos podem ser resfriados em seu interior, para posterior secagem etc...
Balão volumétrico: Possui volume definido e é utilizado para o preparo de soluções em laboratório. Não
se deve armazenar solução em balão volumétrico.
Balão de fundo chato: Utilizado como recipiente para conter líquidos ou soluções, ou mesmo, fazer
reacções com desprendimento de gases. Pode ser aquecido sobre o TRIPÉ com TELA DE AMIANTO.
Cadinho: Geralmente de porcelana é usado para aquecer substâncias a seco e com grande intensidade,
por isto pode ser levado diretamente ao bico de bunsen ou em fornos (mufla) a altas temperaturas.
Tela de amianto: Suporte para as peças serem aquecidas. O amianto é uma fibra natural sintéctica,
largamente utilizado na indústria devido a suas propriedades físico-químicas: Alta resistência
mecânica e a elevadas temperaturas, incombustibilidade, boa qualidade isolante, durabilidade,
flexibilidade, indestrutibilidade, resistente ao ataque de ácidos, álcalis e bactérias. A função do
amianto é distribuir uniformemente o calor recebido pelo bico de Bunsen. É extraído
fundamentalmente de rochas compostas de silicatos hidratados de magnésio, onde apenas de 5 a
10% se encontram em sua forma fibrosa de interesse comercial.
Bureta: Aparelho utilizado em análises volumétricas.
Pipeta graduada: Utilizada para medir pequenos volumes. Mede volumes variáveis. Não
pode ser aquecida.
Pipeta volumétrica: Usada para medir e transferir volume de líquidos. Não pode ser
aquecida, pois possui grande precisão de medida.
Proveta: Serve para medir e transferir volumes de líquidos. Não pode ser aquecida.
Estante ou grade: É usada para suporte de os tubos de ensaio
Garra de condensador: Usada para prender o condensador à haste do suporte ou outras
peças como balões, Erlenmeyers etc.
Pinça de Madeira: Usada para prender o tubos de ensaio durante o aquecimento
Pinça metálica: Usada para manipular objetos aquecidos
Garra dupla: Utilizada para fixar buretas.
Pisseta: Usada para lavagens de materiais ou recipientes através de jatos de
água, álcool ou outros solventes
Limpeza de vidrarias
Toda a vidraria utilizada em uma análise química deve estar perfeitamente limpa antes do uso, pois
Existem vários métodos para o procedimento de limpeza de vidrarias, mas geralmente é lavada
com o auxílio de escovas e solução de detergente neutro, enxaguados com água corrente (torneira)
e posteriormente três vezes com água pura (destilada ou deionizada) secando em um local
Na+, K+, Ca2+, Mg2+, Fe2+, Cl-, SO2-4- e CO2-3, que contaminam ou podem interferir
Biossegurança
Riscos de Trabalho
Equipamentos de Protecção
Procedimentos no Laboratório
Introdução
• Desenvolvem por meio de normas ou obedecendo algum regulamento de modo que haja um
bom funcionamento e também minimizar alguns riscos que põem em causa a saúde e
• Estas normas permitem uma redução ou a minimização de riscos durante as actividades em várias
áreas de trabalho.
• Muitas das normas ou regulamento já se encontram em livros, manuais, instruções entre outros,
dependendo das áreas de trabalho e todo o conjunto faz parte da chamada biossegurança.
Biossegurança
podem comprometer a saúde do homem, dos animais, do meio ambiente ou a qualidade dos
trabalhos desenvolvidos.
• No caso de laboratório de Química
• Os cuidados que devemos ter: para não haver contaminação dos materiais, não contaminar o
gases e os cuidados com o descarte destes materiais fazem parte das regras da Biossegurança.
Riscos de trabalhos
1. Riscos de acidentes
Considera-se risco de acidente qualquer factor que coloque o trabalhador em situação de perigo e
Considera-se risco ergonômico qualquer factor que possa interferir nas características
São exemplos de risco ergonômico: o levantamento e transporte manual de peso, o ritmo excessivo
Consideram-se agentes de risco físico as diversas formas de energia a que possam estar expostos os
trabalhadores.
Tais como: ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas, radiações ionizantes,
penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases
ou vapores, ou que, pela natureza da actividade de exposição, possam ter contacto ou ser absorvido
Exemplos: inalação de gases tóxicos, substâncias radioactivas, contacto de pele com ácidos e bases
fortes etc
5. Riscos Biológicos
Consideram-se agentes de risco biológico as bactérias, fungos, parasitas, vírus, entre outros.
Os agentes de risco biológico podem ser distribuídos em quatro classes de 1 a 4 por ordem
Equipamentos de protecção individual (EPI)
São empregados para proteger o pessoal do contacto com agentes infecciosos, tóxicos ou corrosivos,
em produção.
Equipamentos de protecção colectiva (EPC)
pesquisa desenvolvida.
Causas Possíveis de Acidentes
- Instrução não adequada
- Mau planejamento
- Supervisão incorrecta e/ou despreparada
- Não seguimento das normas
- Prática inadequada
- Manutenção incorrecta
- Mau uso de EPI e/ou EPC
- Material de origem desconhecida
- Layout inadequado
- Jornada excessiva de trabalho.
Classificação de produtos químicos
a) Tóxicos: oferecem um elevado risco de envenenamento por inalação, absorção ou ingestão. Ex: benzeno,
mercúrio, tetracloreto de carbono. Devem ser arrumados separadamente dos reagentes inflamáveis.
b) Corrosivos: destroem os tecidos vivos. Incluem-se nessa categoria a maior parte dos ácidos e das bases.
c) Inflamáveis: entram facilmente em combustão. Ex: acetona, ácido acético, álcool etílico;
d) Explosivos: na sequência de um choque ou impacto, ou expostos ao calor, podem explodir. Ex: peróxido,
perclorato de magnésio, dicromato de amónio etc.
e) Oxidantes: podem iniciar reacções de oxidação. Ex: compostos ricos em oxigênio como, óxidos, peróxidos,
nitratos cloratos, percloratos, cromatos, dicromatos e permanganatos;
f) Reagentes sensíveis à água: reagem facilmente com a água libertando gases e calor – ex: metais alcalinos,
hidretos metálicos. Devem ser acondicionados ao abrigo da humidade;
g) Gases comprimidos: gases não liquefeitos e submetidos à pressão. Devem ser acondicionados fora do
laboratório.
Símbolos de perigo
Alguns procedimentos importantes de segurança em laboratório
- Usar sempre óculos de segurança, bata e avental, de preferência de algodão, longo e de mangas
longas.
- Não usar saias, bermudas ou calçados abertos. Pessoas que tenham cabelos longos devem
- Não fumar, comer ou beber nos laboratórios. Lavar bem as mãos antes de deixar o recinto
- Ao ser indicado para trabalhar em um determinado horário, é imprescindível o conhecimento da
- Antes de usar reagentes que não conhece consultar a bibliografia adequada e informar-se sobre
- Não retornar reagentes aos frascos originais, mesmo que não tenham sido usados. Evitar circular
- Usar sempre luvas de isolamento térmico ao manipular material quente. Nunca pipetar líquidos com
• A medição é uma operação muito antiga e muito importante para a vida dos homens na
Sociedade.
comércio, nas alfaiatarias, nos hospitais, nas fábricas, indústrias e demais outras
actividades.
• Medir é uma forma de descrever o mundo.
• As grandes descobertas científicas, as grandes teorias clássicas foram, e ainda são formuladas
física (mensurando) é determinado como um múltiplo e/ou uma fracção de uma unidade,
por um Sistema de Medição (SM), podendo este último ser composto por vários módulos.
• O Resultado de uma Medição (RM) expressa propriamente o que se pode determinar com segurança
• A magnitude de uma grandeza é expressa pelo produto da unidade de medida por um número.
Exemplo concreto é quando medimos a massa de corpo, dizemos que o corpo tem uma massa de 100
Kg.
• Para determinar o valor numérico de uma grandeza é necessário ter em conta o seguinte:
Principio de medição
Método de medição
Procedimento de medição
Princípio de medição
Temos alguns exemplos de principio de medição: o efeito termoeléctrico utilizado para a medição
medição de outras grandezas que estejam relacionadas por meio de uma função com a
grandeza a medir. Exemplo: medição de comprimento de uma mesa utilizando uma escala
graduada.
• Método de medição indirecta: o valor da grandeza é obtido através da medição de outras
grandezas que estão relacionadas com a grandeza a medir. Exemplo: medição de uma pressão
pneumática recorrendo à medição de altura de uma coluna de liquido que se encontra em equilíbrio
• Método de medição por comparação directa: o valor da grandeza é obtido por comparação
directa com uma grandeza da mesma natureza que tenha um valor conhecido. Exemplo: a medição
•
• Método de medição absoluto: a mensuranda é medida directamente a partir de uma referência de
• Método de medição por zero: o valor da grandeza a medir é determinado por equilíbrio ajustando
uma ou várias grandezas, de valores conhecidos, associados à grandeza por uma relação
conhecida no ponto de equilíbrio. Exemplo: a medição de uma impedância eléctrica com uma ponte
e um indicador de zero.
Procedimentos
• Um procedimento funciona como uma memória de uma actividade, permitindo que se cumpra
determinada sequência sem degradação de como fazer, sem falhas acumuláveis etc.
• Trata-se de um conjunto de operações que descritas com pormenor, sob aspectos teóricos
podem vir acompanhados de erros por mais cuidados que se tenha e por mais que se utilizem
o resultado verdadeiro.
medições.
• Erro: designa o afastamento entre o valor obtido numa medição e o correspondente valor
• Erros Grosseiros: são devidos à falta de atenção, pouco treino ou falta de perícia do operador. Por
exemplo, uma troca de algarismos ao registrar um valor lido. São geralmente fácil de detectar e
eliminar.
• Erros Sistemáticos: são os erros que afectam os resultados sempre no mesmo sentido. Exemplo:
incorrecto posicionamento do “zero” na escala, afectando todas as leituras feitas com esse
instrumento. Devem ser compensados ou corrigidos convenientemente.
• Erros Aleatórios: associados à natural variabilidade dos processos físicos, levando a flutuações nos
valores medidos. São imprevisíveis e devem abordados com métodos estatísticos
• Erro de métodos: referem-se ao método analítico propriamente dito. Ex.: uso inadequado
inexperiência e a falta de cuidado podem ocasionar vários erros como, por exemplo, o
Ex.: peso analítico mal calibrado, vidraria volumétrica mal calibrada, ataque de reagentes
seu valor for superior ao valor que se podia obter na medição ideal. Pelo contrario, se obter um
valor inferior ao ideal, diz-se que o erro é negativo (erro com medição – ou medição “atrasada”).
substância padrão.
• Segundo Almeida et al. (2005), variável reporta-se a características ou atributos que podem
tomar diferentes valores ou categorias, o que se opõe ao conceito de “constante”.
• As variáveis qualitativas (descrevem tipos ou classes) podem ser: dicotômicas (apenas duas
• Uma variável diz-se discreta quando os seus valores podem ser relacionados por uma
• Uma variável diz-se contínua quando os seus valores podem ser relacionados por uma
• Assim, as variáveis discretas assumem valores inteiros e as variáveis contínuas assumem valores
reais.
Escalas de medição
• Segundo Herrero & Cuesta (2005) a estrutura do processo de medição tem quatro níveis: a) a
variável (propriedade que se quer medir – exemplos: inteligência, memória, temperatura); b) o
atributo (o grau ou modalidade em que se manifesta a propriedade medida – exemplos: baixo,
médio, alto); c) o valor (modo de expressar de forma numérica o atributo – exemplo: 1, 2 e 3); e d)
a relação (“ligação” entre os vários valores da variável).
• As variáveis relativamente à escala de medida podem distribuir-se por escalas: nominais, ordinais,
intervalares e proporcionais (ou de razão).
• Escalas nominais: são meramente classificativas, permitindo descrever as variáveis ou
estado civil, sexo, cor dos olhos, código de artigo, código de barras.
• Escalas ordinais: os indivíduos ou as observações distribuem-se segundo uma certa
• Na escala ordinal a variável utilizada para medir uma determinada característica, além de
identificar a pertença a uma classe, também pressupõe que as diferentes classes estão
• A escala intervalar pode ser considerada como um caso particular das escalas métricas, em que
é possível quantificar as distâncias entre as medições, mas não existe um ponto zero natural.
• Exemplos clássicos são as escalas de temperatura, onde não se pode assumir um ponto zero
• Ela é uma quantificação produzida a partir da identificação de um ponto zero que é fixo e