Você está na página 1de 21

4

ABC DO OPERADOR - MEDIDA DA MASSA ESPECÍFICA E


DA DENSIDADE RELATIVA

pg2de 21
Permitida a reprodução para fins educacionais, desde que citada a fonte
ABC DO OPERADOR - MEDIDA DA MASSA ESPECÍFICA E
DA DENSIDADE RELATIVA

1ª Edição - 1984
2ª Edição - 1986
3ª Edição - 1989
4ª Edição - 1992
5ª Edição - 1997
6ª Edição - 1998
7ª Edição - 2002
8ª Edição - 2005

Ramalho, José Cláudio Pedreira


Da Silva, Luiz Carlos
Ramalho, Jorge J. Pedreira

5731 ABC DO OPERADOR


Módulo 4
Medida da Massa Específica e da
Densidade Relativa

J. CLÁUDIO P.RAMALHO & CIA LTDA


RUA EDÍSTIO PONDÉ, 353—SALA 901/902
STIEP - SALVADOR - BAHIA - BRASIL
CEP: 41760-310

pg3de 21
Permitida a reprodução para fins educacionais, desde que citada a fonte
ABC DO OPERADOR - MEDIDA DA MASSA ESPECÍFICA E
DA DENSIDADE RELATIVA

pg4de 21
Permitida a reprodução para fins educacionais, desde que citada a fonte
ABC DO OPERADOR - MEDIDA DA MASSA ESPECÍFICA E
DA DENSIDADE RELATIVA

PREFÁCIO
Tendo como meta o treinamento dos Operadores, e para conveniência do
usuário, o "ABC DO OPERADOR" foi dividido em módulos trazendo
informações sobre a terminologia utilizada no comércio grossista dos
derivados de petróleo bem como instrumentos, metodologias e recomendações
de segurança.

Esta necessidade surge na medida em que a aferição dos volumes escoados


sempre teve problemas de características próprias, demandando a aplicação
de recursos técnicos específicos para atender às expectativas comerciais.
Embora possa parecer de natureza simples, as determinações quantitativas de
produtos movimentados de um tanque para outro, exigem ao lado de uma série
de operações de medir, um número não muito pequeno de cálculos, o que nos
motivou, como das outras vezes, a fazer uma revisão em todo o texto, tendo
sido reescrito ou acrescentado vários itens nesta Edição. Como seria
impraticável relacionarmos aqui todas as revisões feitas, gostaríamos de
ressaltar a introdução de um módulo específico sobre Teoria das Medidas e o
aprofundamento das noções básicas sobre precisão das medidas.
Esta nova Edição compõe-se dos seguintes módulos:
1. Teoria das Medidas
2. Medição de Altura
3. Medição de Temperatura
4. Medida da Massa Específica e da Densidade Relativa
5. Coleta de Amostra
6. Carregamento de Vagão-Tanque

A estes módulos serão acrescentados novos títulos:


7. Higiene e Segurança
8. Medidores de Linha
9. Transferências: Operações Terrestres
10. Transferências: Operações com Embarcações.

pg5de 21
Permitida a reprodução para fins educacionais, desde que citada a fonte
ABC DO OPERADOR - MEDIDA DA MASSA ESPECÍFICA E
DA DENSIDADE RELATIVA

Podemos aquilatar, e temos convicção da extrema importância do assunto que


ora tratamos pelo fato de que com uma noção razoável de exatidão, poder-se-
ía melhor explicar a origem de frequentes contestações que surgem entre os
interessados (Refinadores e Distribuidores) propiciando meios para
diagnósticos de anomalias, causas de perdas e procedimentos para diminuí-las
ou eliminá-las, evitando prejuízos irrecuperáveis.

Apresentamos também normas, condutas e equipamentos utilizados na


pesagem indireta do petróleo,seus derivados, e os álcoois, quando
armazenados em tanques, cuja aplicação não pode prescindir dos conceitos
aqui especificados.

Assim sendo, o TESIABA, espera que este trabalho seja de utilidade para
todos os Operadores, capacitando-os a aplicar os conceitos transmitidos,
permitindo garantir a qualidade e exatidão dos volumes apurados nas
transações concretizadas.

Reconhecemos que nenhuma sistemática, por si só, pode satisfazer todas as


necessidades, motivo pelo qual sua dedicação e empenho são fundamentais ao
atingimento do nosso objetivo maior "GARANTIA DE QUALIDADE", que em
última análise também se constitui na sua própria garantia de emprego.

Acolheremos críticas, sugestões e no colocamos a disposição assim como nossa


Equipe Gerencial, para esclarecer o que estiver ao nosso alcance.

CLÁUDIO RAMALHO
Gerente Geral

pg6de 21
Permitida a reprodução para fins educacionais, desde que citada a fonte
ABC DO OPERADOR - MEDIDA DA MASSA ESPECÍFICA E
DA DENSIDADE RELATIVA

ÍNDICE
1. GENERALIDADES 9
2. DEFINIÇÕES 10
2.1. MASSA ESPECÍFICA 10
2.2. DENSIDADE RELATIVA 10
2.3. DENSIDADE API 10
2.4. MASSA ESPECÍFICA (NO AR) 11
3. EQUIPAMENTOS 12
3.1. DENSÍMETRO 12
3.1.1. APLICAÇÃO 12
3.1.2. NORMA TÉCNICA 12
3.1.3. CARACTERÍSTICAS/DIMENSÕES 12
3.1.4. ESCALA 12
3.1.5. INSCRIÇÃO 13
3.2. PROVETA 13
3.2.1. APLICAÇÃO 13
3.2.2. CARACTERÍSTICAS 13
3.3. TERMÔMETROS 14
3.3.1. LEITURA DA TEMPERATURA 14
3.4. BANHO DE TEMPERATURA CONSTANTE 14
4. METODOLOGIA 14
4.1. APLICAÇÃO 14
4.2. NORMA TÉCNICA 14
4.3. PROCEDIMENTO 14
4.4. EXPRESSÃO DOS RESULTADOS 17
4.4.1. CÁLCULOS 17
4.4.2. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS 17
5. PRECISÃO DA LEITURA 17
5.1. REPETITIVIDADE 17
5.2. REPRODUTIBILIDADE 18
6. INSPEÇÃO DO EQUIPAMENTO 18
6.1. INSPEÇÃO DE LABORATÓRIO 18
6.2. INSPEÇÃO DE CAMPO 18
6.3. CERTIFICADO DE VERIFICAÇÃO DO INMETRO 18
7. RECOMENDAÇÕES 19

pg7de 21
Permitida a reprodução para fins educacionais, desde que citada a fonte
ABC DO OPERADOR - MEDIDA DA MASSA ESPECÍFICA E
DA DENSIDADE RELATIVA

pg8de 21
Permitida a reprodução para fins educacionais, desde que citada a fonte
ABC DO OPERADOR - MEDIDA DA MASSA ESPECÍFICA E
DA DENSIDADE RELATIVA

1. GENERALIDADES
A cada movimentação de produto devem ser retiradas amostras para fins de
determinação de sua massa específica ou de sua densidade relativa.
Conhecendo-se o valor indicado no densímetro e a temperatura da amostra, é
possível calcular qual é massa específica ou a densidade relativa a 20ºC/4ºC.
Como a mudança de temperatura não altera a massa do produto no interior do
tanque, afetando apenas o volume ocupado pela massa líquida, é possível,
através da nova densidade calculada, obter o fator de correção do volume
conhecido à temperatura ambiente para o volume desse mesmo produto,
referido à temperatura de 20ºC que é a temperatura de referência para efeito de
valorização das operações comerciais.
Alguns fatores podem introduzir imperfeições na determinação da densidade,
como o uso inadequado do equipamento, imperfeições na leitura dos
instrumentos e no cálculo de conversão volumétrica.
As fontes possíveis de erro na determinação de densidade, são as seguintes:
∗ Do próprio instrumento de medida pelo erro absoluto máximo tolerado
para um densímetro de 5 unidades na quarta casa decimal, ou seja,
mais ou menos 0,6/1.000;
∗ De paralaxe (ângulo da leitura do densímetro) em condições favoráveis
este erro é da ordem de 3 unidades na quarta casa decimal, ou seja, de
mais ou menos 0,4/1.000;
∗ Da amostragem do produto contido no tanque;
∗ Da falha de calibração dos instrumentos;
∗ Um erro de leitura de 0,001g/cm3 na determinação da densidade
propaga uma variação percentual de 0,10 a 0,20 no cálculo da massa
de um produto armazenado no interior de um tanque, a depender do
produto;
∗ Não fazer a correção do menisco da densidade observada nos produtos
escuros;
∗ Presença de pequenas bolhas em suspensão, aderidas ao densímetro
dispersas pelo produto;
∗ Tempo insuficiente para que o termômetro alcance a temperatura de
equilíbrio.

pg9de 21
Permitida a reprodução para fins educacionais, desde que citada a fonte
ABC DO OPERADOR - MEDIDA DA MASSA ESPECÍFICA E
DA DENSIDADE RELATIVA

2. DEFINIÇÕES
2.1. MASSA ESPECÍFICA
A NBR nº 7148 da ABNT, define massa específica como a massa de um
líquido por unidade de volume, a uma dada temperatura de referência.
No Brasil, a temperatura de referência para os álcoois e combustíveis líquidos
derivados de petróleo, é 20 ºC. Podemos então definir massa especifica como a
massa do líquido por unidade de volume à temperatura de 20ºC
kg
A unidade de medida padrão para massa específica é a 20ºC.
m3
kg g
Também são usadas as unidades: ou , ambas referidas a 20ºC.
L mL

g
Ex.: Massa específica à 20 ºC = 0,8592 cm 3

2.2. DENSIDADE RELATIVA


Define-se como a relação entre a massa específica de um dado volume de
substância, referida a uma temperatura t1 e a massa específica de igual volume
de água (destilada) referida a uma temperatura t2. Usualmente os derivados de
petróleo têm sua densidade referida a 20ºC e são comparados à densidade da
água a 4ºC.

Ex:Densidade relativa à 20/4ºC = 0,8592, ou


Densidade à 20/4ºC = 0,8592

2.3. DENSIDADE API


É uma forma de expressar a densidade dos produtos de petróleo, determinada
por densímetros graduados diretamente nessa escala. É definida pela expressão:

pg10de 21
Permitida a reprodução para fins educacionais, desde que citada a fonte
ABC DO OPERADOR - MEDIDA DA MASSA ESPECÍFICA E
DA DENSIDADE RELATIVA

141,5
ºAPI = - 131,5
Dens.60/60ºF

Uma vez que a temperatura de referência (60ºF) está implícita na definição, não
há necessariamente obrigatoriedade de expressar o API com a indicação dessa
temperatura.
A notação será:

Ex: ºAPI = 42,7

O termo correspondente em inglês é API GRAVITY.

2.4. MASSA ESPECÍFICA (NO AR)


É a relação entre "peso no ar" (massa não corrigida para o empuxo do ar) ou
"massa aparente" e o volume unitário de uma substância, referido a
determinada temperatura t.
Na prática, é usualmente determinada, por método de pesada (picnômetro) e o
resultado é expresso diretamente como "densidade a t (no ar)" g/cm3 :

Ex:Densidade à 20ºC (no ar), g/cm3 = 0,8257


Densidade à 20ºC/4ºC (no ar) = 0,8257

A “massa específica (no ar)" é freqüentemente referida como "massa específica


aparente".
Quando determinada pelo método de densímetro, a "densidade (no
ar)", é obtida subtraindo-se do valor da densidade encontrada, o
fator de correção do empuxo do ar (usualmente 0,0011 g/mL).

pg11de 21
Permitida a reprodução para fins educacionais, desde que citada a fonte
ABC DO OPERADOR - MEDIDA DA MASSA ESPECÍFICA E
DA DENSIDADE RELATIVA

3. EQUIPAMENTOS
3.1. DENSÍMETRO
3.1.1. APLICAÇÃO
Na determinação da densidade das
amostras obtidas de petróleo e seus
derivados líquidos (PVR de 26 lb/in2
ou menos) a serem analisados.

3.1.2. NORMA TÉCNICA


Os densímetros à temp. de referência
20ºC, devem ser construídos de
acordo com a Portaria 34/62 do
INPM.
Os densímetros recomendados pela
ASTM e BSI, a temp. de referência é
15ºC, 60/60ºF ou ºAPI.

3.1.3.
CARACTERÍSTICAS/DIM
ENSÕES
Fabricado com vidro liso,
transparente, quimicamente inerte, sem defeitos e resistente a temperatura de
até 80ºC.
Forma cilíndrica, diâmetro máximo do bulbo igual a 23 mm, e comprimento
que varia de 330 mm a 360 mm.
O densímetro deve flutuar mantendo seu eixo na posição vertical.
O lastro deve estar imobilizado na parte inferior do corpo do densímetro, e o
material usado para sua fixação deve resistir à temperatura de 80ºC sem
amolecer.
O densímetro não deve ter termômetro em seu interior.

3.1.4. ESCALA
A escala deve ser impressa em papel de boa qualidade, inalterável até 80ºC,
fixada no interior da haste por dispositivo que impeça seu deslocamento.
pg12de 21
Permitida a reprodução para fins educacionais, desde que citada a fonte
ABC DO OPERADOR - MEDIDA DA MASSA ESPECÍFICA E
DA DENSIDADE RELATIVA

A divisão da escala deve ser de 0,050.

As subdivisões da escala devem ser de 0,0005.

Erro em qualquer ponto: menor que 0,0005.

3.1.5. INSCRIÇÃO
Deve ser feita de forma indelével, indicando a finalidade, número, série de
fabricação, marca do fabricante, temperatura de referência e a de água tomada
como base.
Deve-se indicar por D20ºC/4ºC a densidade do produto à 20ºC referida à água a
4ºC tomada como unidade.

3.2. PROVETA
3.2.1. APLICAÇÃO
Para o acondicionamento da amostra utilizada no ensaio de determinação da
densidade.

3.2.2. CARACTERÍSTICAS
Fabricada em vidro liso, transparente, quimicamente inerte e resistente ao calor
e, para facilitar o manuseio, pode ter um bico na borda.
Forma cilíndrica, diâmetro pelo menos 25 mm maior que o diâmetro externo do
densímetro, e altura mínima suficiente para que a altura da coluna de amostra
permita que a extremidade inferior imersa do densímetro fique a pelo menos 25
mm acima do fundo, após completo equilíbrio. Para facilitar o manuseio do
produto, pode ter um bico na borda.
Quando fabricado em vidro, pode conter escala graduada para medição das
quantidades de produtos, na preparação das amostras compostas.
A proveta de plástico deve ser resistente para descolorização ou para ataques
por amostras de óleo e, não pode afetar o produto que está sendo testado. Não
deve se tornar opaca sob prolongada exposição ao sol.

pg13de 21
Permitida a reprodução para fins educacionais, desde que citada a fonte
ABC DO OPERADOR - MEDIDA DA MASSA ESPECÍFICA E
DA DENSIDADE RELATIVA

3.3. TERMÔMETROS
Devem seguir as especificações ASTM E1 ou IP - apêndice A e, as
especificações descritas na tabela abaixo:

ESCALA FAIXA INTERVALO DE ERRO DE ESCALA


GRADUAÇÃO
ºC -1 a +38 0,1 +/- 0,1
ºC -20 a +102 0,2 +/- 0,15

3.3.1. LEITURA DA TEMPERATURA


A temperatura deve ser lida com muita exatidão, uma vez que um
erro de 1ºC na leitura da temperatura do produto no interior da
proveta propaga um erro de cálculo na massa específica a 20ºC da
ordem de 0,07% a 0,12% dependendo da massa específica do
produto.

3.4. BANHO DE TEMPERATURA CONSTANTE


Se requerido, suas dimensões devem ser de forma que, possa acomodar a
proveta com a amostra. Todo o volume da amostra deve permanecer imerso no
banho a temperatura constante e o sistema deve dispor de meios para controlar
a temperatura, capaz de manter a temperatura do banho dentro da faixa de +/-
0,25ºC da temperatura do ensaio, durante todo o tempo do ensaio.

4. METODOLOGIA
4.1. APLICAÇÃO
Na determinação da massa específica e, da densidade relativa do petróleo e seus
derivados líquidos (tendo uma pressão de vapor Reid - PVR de 1,8 kgf/cm2 ou
menor).

4.2. NORMA TÉCNICA


Conforme ABNT NBR Nº. 7148 / 2001 – API CAP. 9.1

4.3. PROCEDIMENTO
∗ Transferir cuidadosamente, sem respingar, a amostra para uma proveta
pg14de 21
Permitida a reprodução para fins educacionais, desde que citada a fonte
ABC DO OPERADOR - MEDIDA DA MASSA ESPECÍFICA E
DA DENSIDADE RELATIVA

limpa.
∗ Α proveta deverá estar aproximadamente à mesma temperatura da amostra,
de modo a evitar a formação de bolhas de ar e reduzir ao mínimo a
evaporação das frações mais leves de amostras muito voláteis.
∗ Remover as bolhas de ar formadas, após terem subido à superfície do
produto, tocando-as levemente com um pedaço de papel absorvente, antes
de inserir o densímetro.
∗ Colocar a proveta contendo a amostra na posição vertical, numa superfície
plana.
∗ O ambiente no qual o ensaio está sendo realizado deve estar livre de
corrente de ar e sua temperatura média não deve variar mais do que 2 ºC ,
durante o tempo necessário para completar o ensaio. Caso contrário torna-
se necessário o uso de um banho a temperatura constante.
∗ Inserir o termômetro apropriado na proveta e agitar a amostra com o
próprio termômetro, para fazer a 1ª determinação de temperatura:
o Manter a coluna de mercúrio totalmente mergulhada.
o Combinar movimentos vertical e rotacional para assegurar
temperatura e densidade uniformes na amostra.
o Esperar o tempo de estabilização da temperatura:
5 minutos para produtos não aquecidos.
15 minutos para produtos aquecidos.
o Efetuar a leitura da temperatura da amostra, com aproximação de
0,1ºC.
o Retirar o termômetro, após a leitura.
Nota: É necessário aquecer produtos muito viscosos, como o óleo
combustível, em banho-maria até uma temperatura tal que permita
suficiente fluidez ao produto para a realização do ensaio.
Normalmente entre 60ºC e 70ºC.
∗ Mergulhar o densímetro cuidadosamente na amostra evitando molhar a
haste acima do nível provável de flutuação.
∗ Em produtos transparentes e com baixa viscosidade, rebaixar o densímetro
no produto cerca de duas divisões na escala e então soltá-lo dando um leve
giro, para que alcance rapidamente o equilíbrio e flutue livremente na
amostra, sem tocar as paredes da proveta.
Nota: A parte da haste do densímetro que flutua acima da superfície do
produto deve permanecer seca (o densímetro não deve mergulhar
desnecessariamente na amostra). A camada de produto eventualmente
aderida a esta parte da haste, quando ela está úmida com o produto,
afeta a exatidão da leitura.
∗ Aguardar o tempo suficiente para que o densímetro estabilize, flutuando

pg15de 21
Permitida a reprodução para fins educacionais, desde que citada a fonte
ABC DO OPERADOR - MEDIDA DA MASSA ESPECÍFICA E
DA DENSIDADE RELATIVA

livremente, e as bolhas de ar atinjam a superfície.


∗ Remover as bolhas de ar com um papel absorvente antes da leitura.
∗ Se a proveta é de material plástico,
dissipar alguma carga elétrica estática
eventualmente acumulada, limpando o
lado de fora da provetacom um pano
úmido (com água).
o Nota: Cargas elétricas estáticas
muitas vezes formam-se em
cilindros plásticos (maus
condutores) e podem evitar que
o densímetro flutue livremente.
∗ Com o densímetro estabilizado flutuando
livremente, fazer a leitura na escala, com
aproximação de 0,0005.
∗ No caso de líquidos transparentes, efetuar
a leitura do densímetro no ponto onde a escala
corta a superfície do produto.
∗ O procedimento de leitura, neste caso,
consiste em iniciar a observação com a
vista abaixo do nível da superfície do
líquido, elevando-a lentamente até aquele
nível. A princípio a superfície é vista
como uma elipse alongada que se vai
estreitando até tornar-se uma linha reta
que corta a escala do densímetro no ponto
procurado.
∗ No caso do líquido opaco, efetuar a leitura com a vista ligeiramente acima
do plano da superfície do líquido, no ponto
da haste do densímetro alcançado pela borda
do menisco formado à sua volta.
∗ Esta leitura requer uma correção de
+0,0007, pois os densímetros são calibrados
para leitura correta ao nível da superfície do
produto.
∗ Imediatamente após a leitura do densímetro,
retirar o densímetro da proveta e introduzir
o termômetro para fins de determinação da
2ª temperatura.
∗ A 2ª temperatura deve ser determinada

pg16de 21
Permitida a reprodução para fins educacionais, desde que citada a fonte
ABC DO OPERADOR - MEDIDA DA MASSA ESPECÍFICA E
DA DENSIDADE RELATIVA

usando-se o mesmo procedimento e critérios adotados na determinação da


1ª temperatura.
∗ Se a diferença entre a 2ª e a 1ª tomada de temperatura for maior do que
0,5 ºC, repetir as leituras do densímetro e da temperatura até que se
estabilize dentro do intervalo de 0,5 ºC.

4.4. EXPRESSÃO DOS RESULTADOS


4.4.1. CÁLCULOS
Quando necessário, fazer as correções das leituras do termômetro (erro
sistemático obtido no relatório de calibração).
Registrar como temperatura do ensaio a média das duas leituras de
temperaturas feitas antes e depois da leitura final do densímetro.
Expressar a média com aproximação de 0,1ºC.
Registrar a leitura final do densímetro com aproximação de 0,0005.
Para amostras de produtos opacos, aplicar a correção do menisco de (+0,0007),
tomando-se como base o intervalo da escala do densímetro utilizado de 0,0005.
Quando a temperatura do ensaio for diferente da temperatura de referência,
corrigir a leitura do densímetro para 20ºC, usando a tabela 1 da publicação
CNP/INPM “Tabelas de correção das densidades e dos volumes dos produtos
de petróleo”, a que se refere a resolução 6/70 do CNP.

4.4.2. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS


Expressar os resultados com 4 (quatro) casas decimais.
Expressar o resultado referente a massa específica em g/mL ou kg/m3, à
temperatura de referência.
Exemplo: massa específica a 20ºC = 0,8765 g/mL ou
massa específica a 20ºC = 876,5 kg/ m3
A expressão do resultado da densidade relativa requer a indicação das duas
temperaturas de referência e não tem unidade de medida.
Exemplo: densidade relativa, 20ºC/4ºC = 0,7850.

5. PRECISÃO DA LEITURA
5.1. REPETITIVIDADE
Para ensaios realizados sob as mesmas condições de medição, com o resultado
da temperatura no intervalo de -2ºC a +25ºC são aceitáveis as seguintes
variações entre ensaios:
pg17de 21
Permitida a reprodução para fins educacionais, desde que citada a fonte
ABC DO OPERADOR - MEDIDA DA MASSA ESPECÍFICA E
DA DENSIDADE RELATIVA

Produtos claros e pouco viscosos: +/- 0,0005 g/mL.


Para produtos opacos: +/- 0,0006 g/mL.

5.2. REPRODUTIBILIDADE
Para ensaios realizados sob condições variadas de medição, com o resultado da
temperatura no intervalo de -2ºC a +24,5ºC são aceitáveis as seguintes
variações entre ensaios:
Produtos claros e pouco viscosos: +/- 0,0012 g/mL.
Para produtos opacos: +/- 0,0015 g/mL.
A precisão não é estabelecida para produtos muito viscosos e/ou para ensaios
efetuados em temperaturas diferentes das acima indicadas.

6. INSPEÇÃO DO EQUIPAMENTO
6.1. INSPEÇÃO DE LABORATÓRIO
Antes de ser usado pela primeira vez e pelo menos uma vez por ano, o
densímetro deve ser calibrado em laboratório do órgão metrológico oficial, ou
laboratório credenciado na Rede Brasileira de Calibração, através de
comparação de suas medidas com a de um densímetro padrão, com a emissão
do respectivo certificado de calibração, em três pontos distintos, em cada terço
da graduação, para verificar a sua exatidão.
O erro absoluto máximo tolerado para qualquer ponto da escala de um
densímetro com o intervalo de 0,0005, será de 0,0005.

6.2. INSPEÇÃO DE CAMPO


Os densímetros devem ser guardados e protegidos numa estante.
Diariamente o Operador deve, antes de usar o densímetro, verificar se o lastro
está fixo no fundo do bulbo, se a haste de vidro está íntegra e, se a escala
apresenta-se legível e bem fixada em sua posição.

6.3. CERTIFICADO DE VERIFICAÇÃO DO


INMETRO
O fabricante da termômetro deve enviar o equipamento ao INMETRO, para
que a sua construção seja verificada de acordo com as especificações da
Portaria Regulamentadora em vigor.
O Certificado de Verificação do INMETRO, e o Certificado de Calibração,
devem ser arquivados no escritório operacional, permanecendo à disposição de
pg18de 21
Permitida a reprodução para fins educacionais, desde que citada a fonte
ABC DO OPERADOR - MEDIDA DA MASSA ESPECÍFICA E
DA DENSIDADE RELATIVA

quem interessar possa, para consulta e auditoria.

7. RECOMENDAÇÕES
* A determinação da massa específica do petróleo e seus derivados líquidos, é
mais exata quando realizada à 20ºC ou próximo desta temperatura de
referência. Os ensaios entretanto podem ser realizados entre -18ºC e +90ºC
desde que a temperatura adotada seja compatível com a natureza da
amostra.
* Quando a leitura no densímetro à temperatura observada for usada para
determinar fatores de correção, esta leitura deverá ser feita a uma
temperatura que não difira de +/-3ºC da temperatura em que foi
determinado o volume do produto no tanque, a menos que tal temperatura,
possa acarretar perdas consideráveis de frações leves durante a
determinação.
* As tabelas para correção de volume e densidade são baseadas nas expansões
médias para grande número de materiais típicos. Como os mesmos
coeficientes foram usados para o preparo das duas tabelas, correções feitas
no mesmo intervalo de temperaturas diminuem os erros decorrentes de
possíveis diferenças entre os coeficientes padrões. Este efeito se torna mais
importante quando as temperaturas se afastam muito de 20ºC.
* Durante o ensaio de determinação da massa específica, o densímetro, na
posição de equilíbrio, deve ficar flutuando com sua extremidade inferior a
pelo menos 2,5 cm acima do fundo da proveta.
* Antes de fazer o ensaio da leitura no densímetro, selecione o densímetro
adequado ao produto que irá ser ensaiado e verifique se o lastro está fixo no
fundo do instrumento, se a haste de vidro está íntegra e se a escala
apresenta-se legível e bem fixada em sua posição.
* O ensaio da leitura no densímetro, deve ser feito em laboratório, em
ambiente protegido de correntes de vento e intempérie. Evite fazer este
ensaio ao tempo, em cima de tanques, de vagões-tanques e caminhões-
tanques, etc.
* Use densímetros que tenham Certificado de Verificação expedido pelo
INMETRO e Certificado de Calibração.
* A Norma NBR 5992/80 do INMETRO prescreve o método para
determinação da massa específica e do teor alcoólico do álcool etílico e suas
misturas com água.
* A Norma NBR 5995/83 da ABNT padroniza os densímetros utilizados na
determinação da massa específica do álcool etílico e suas misturas com
água, à temperatura de 20ºC.
* A Norma ASTM D 1657 prescreve o método para determinação da
pg19de 21
Permitida a reprodução para fins educacionais, desde que citada a fonte
ABC DO OPERADOR - MEDIDA DA MASSA ESPECÍFICA E
DA DENSIDADE RELATIVA

densidade de gás liquefeito de petróleo através do termodensímetro de


pressão.
* A Norma ASTM D 4052 prescreve o método para determinação da
densidade de produtos líquidos através do densímetro digital.
A Norma ASTM D 1298 e o API Cap. 9.1 prescreve o método para a
determinação da densidade de produtos líquidos através de densímetro de
vidro.

pg20de 21
Permitida a reprodução para fins educacionais, desde que citada a fonte
ABC DO OPERADOR - MEDIDA DA MASSA ESPECÍFICA E
DA DENSIDADE RELATIVA

pg21de 21
Permitida a reprodução para fins educacionais, desde que citada a fonte

Você também pode gostar