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PROCEDIMENTO GMAC-LP-001 REV. 0


ÁREA: FOLHA:
1 de 22
CONTROLE DE QUALIDADE

TÍTULO:

ENGENHARIA PROCEDIMENTO PARA INSPEÇÃO POR LÍQUIDO PENETRANTE

PROGRAMA: WORD 2000


ARQUIVO DIGITAL: GMAC-LP-001 REV. 0

ÍNDICE DE REVISÕES
REV DESCRIÇÃO E/OU FOLHAS ATINGIDAS

0 EMISSÃO INICIAL

PROCEDIMENTO QUALIFICADO E DE ACORDO COM AS


REGRAS DAS NORMAS AWS D1.1, N-1596, ASME B 31.3 E
ASME V.

___________________________________
DATA: 20 de Outubro de 2015
Marcelo Medeiros Borchert
SNQC/END Nível 3 no 08267 (LP,PM,ES,TP)

REV. 0 REV. A REV. B REV. C REV. D REV. E REV. F REV. G REV. H


DATA 20/10/2015
PROJETO GMAC SNQC Nível 3 no 014 (ER,US,LP,EV)
EXECUÇÃO Marcelo Borchert

VERIFICAÇÃO Jeldon Luis Farias

APROVAÇÃO Gutembergue Mota


Nº Rev:
PROCEDIMENTO GMAC-LP-001 REV. 0 0
Área ou FOLHA::
Unidade: CONTROLE DE QUALIDADE 2 de 22
Título: SEP:
PROCEDIMENTO PARA INSPEÇÃO POR
LÍQUIDO PENETRANTE

ÍNDICE

1 OBJETIVO 3
2 CAMPO DE APLICAÇÃO 3
3 DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA 3
4 GLOSSÁRIO E DEFINIÇÕES 4
5 RESPONSABILIDADES 4
6 PROCEDIMENTO 4
6.1 Material a Ser Ensaiado 4
6.2 Materiais Penetrantes / Nível de Sensibilidade 5
6.3 Preparação da Superfície 6
6.4 Modo e Tempo de Secagem na Limpeza Prévia da Superfície 7
6.5 Modo de Aplicação do Líquido Penetrante e Tempo de Penetração 7
6.6 Faixa de Temperatura da Superfície e dos Materiais Penetrantes 7
6.7 Modo de Remoção do Excesso de Líquido Penetrante 7
6.8 Modo e Tempo de Secagem antes da Aplicação do Revelador 8
6.9 Modo e Tempo Máximo para Aplicação do Revelador 8
6.10 Requisitos Adicionais 8
6.11 Limpeza Final 9
6.12 Critérios de Aceitação de Descontinuidades 9
6.13 Sistemática de Registro de Resultados 13
6.14 Qualificação de Pessoal 14
7 REQUISITOS DE SEGURANÇA E AMBIENTAIS 14
8 VALIDADE DESTE PROCEDIMENTO 16
9 ANEXOS 16

PROCEDIMENTO QUALIFICADO E DE ACORDO COM AS REGRAS DAS NORMAS AWS D1.1, N-1596, ASME B 31.3 E ASME V.

DATA: 20 de Outubro de 2015


Marcelo Medeiros Borchert
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SNQC Nível 3 no 014 (ER,US,LP,EV)


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1. OBJETIVO

Este procedimento estabelece as condições técnicas para a realização de ensaio por


líquido penetrante em juntas soldadas em estruturas, tanques, equipamentos e
tubulações de acordo com as recomendações das normas AWS D1.1, ASME Seção l e
Vlll, ASME B31.1, ASME B31.3, ASME Seção V e API 650.

2. CAMPO DE APLICAÇÃO

Todos os setores envolvidos com as atividades de inspeção.

3. DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA

 AWS D1.1:2010 - Structural Welding Code - Steel;


 ASME BPVC B31.3:2013 - Process Piping;
 ASME BPVC B31.1:2013 - Power Piping;
 ASME BPVC Section V:2013 - Nondestructive Examination;
 ASME Section I:2013 - Rules for Construction of Power Boilers
 ASME Section VIII Div.1:2013 - Rules for Construction of Pressure Vessels;
 ASTM E-165:2012 - Standard Practice for Liquid Penetrant Examination for
General Industry;
 ABENDI NA-001 Rev.17 - Qualificação e Certificação de Pessoal em Ensaios
Não Destrutivos;
 API 650:2007 – Welded Steel Tanks for Oil Storage
 PETROBRAS N-1596 Rev. H - Ensaio Não Destrutivo – Líquido Penetrante;
 PETROBRAS N-2370 Rev. D - Materiais Penetrantes – Recebimento de
Líquido Penetrante
 ABNT NBR NM 327:2011 - Ensaios Não Destrutivos - Líquido Penetrante -
Terminologia;
 ABNT NBR NM 334:2012 - Ensaios Não Destrutivos - Líquidos Penetrantes -
Detecção de descontinuidades;
 ABNT NBR NM ISO 9712:2007 - Ensaios Não Destrutivos - Qualificação e
Certificação de Pessoal;
 ABNT NBR ISO IEC 17025:2005 - Requisitos Gerais para a Competência de
Laboratórios de Ensaio e Calibração;
 Portaria no3214, 08/06/78 - Norma Regulamentadora no6 (NR-6) -
Equipamentos de Proteção Individual.

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4. GLOSSÁRIO E DEFINIÇÕES

 AWS - American Welding Society;


 ASME - American Society of Mechanical Engineers;
 API - American Petroleum Institute;
 ASTM - American Society for Testing and Materials

5. RESPONSABILIDADES

Produção: Realizar as atividades em conformidade com os limites e critérios descritos


neste procedimento.

Inspetores, engenheiros, técnicos e demais envolvidos nas atividades de


inspeção: Realizar as inspeções em conformidade com os requisitos deste
procedimento.

Qualidade (Gerente, Coordenadores e Supervisores): Prover as condições


necessárias para a realização das inspeções (instrumentos adequados e calibrados,
acessórios de inspeção, metodologia para acesso aos procedimentos atualizados e
treinamentos).

6. PROCEDIMENTO

6.1. Material a Ser Ensaiado

6.1.1 Material
a) Aço carbono e aço carbono baixa liga
b) Aços inoxidáveis ferríticos, martensíticos e austeníticos
c) Ligas de níquel

6.1.2 Processo de Fabricação


a) Laminado
b) Fundido
c) Forjado
d) Soldado

6.2 Materiais Penetrantes/ Nível de Sensibilidade

6.2.1 Os líquidos penetrantes utilizados na execução do ensaio devem ser do Tipo II,
colorido visível com luz branca, natural ou artificial, e dos métodos A (lavável a água) e

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C (removível por solvente), conforme classificação das normas ASTM-E 165 e N-1596.
Os reveladores utilizados devem ser da forma “d” (em suspensão em solvente).
6.2.2 Os seguintes produtos penetrantes devem ser utilizados no ensaio:

MARCA
1.1 - PENETRANTE REMOVEDOR REVELADOR FAMÍLIA
COMERCIAL

METAL-CHEK VP-30 Água D-70 II-A-d


E-59 /
METAL-CHEK VP-31 R501-NF / D-70 II-C-d
TMC-10
ITW-MAGNAFLUX SKL-WP Água SKD-S2 II-A-d
ITW-MAGNAFLUX SKL-SP SKC-S SKD-S2 II-C-d
SERV-CHEK VP-40 SR-60 SD 31 II-C-d
SERV-CHEK VP-42 Água SD 31 II-A-d

Nota: A sensibilidade atingida na qualificação do procedimento para os materiais


penetrantes listados acima é a de Nível 2 da Tabela 2 da norma Petrobras N-2370.

6.2.3 Não é permitida a mistura de produtos de diferentes famílias, tipos ou fabricantes


(penetrante, removedor e revelador).

6.2.4 Todos os materiais penetrantes a serem utilizados no ensaio de aços inoxidáveis


austeníticos e ligas a base de níquel devem estar livres de contaminantes como cloretos,
fluoretos e enxofre em conformidade com os valores limites definidos no parágrafo T-641
e Apêndice II do artigo 6 do código ASME Seção V e N-2370. Os produtos adquiridos
devem vir acompanhados de certificado de análise química quanto ao teor de
contaminantes, quando estes requisitos forem aplicáveis.

Nota: Para o sistema lavável a água, o teor máximo de cloretos permitido na água deve
ser inferior a 50 ppm quando a superfície a ser ensaiada for de aços inoxidáveis
austeníticos.
6.2.5 Todos os produtos penetrantes devem ter indicação nas embalagens do número
de lote de fabricação e datas de fabricação e de validade, em conformidade com o item
4.1, Tabela 1 da norma Petrobras N-2370.

6.2.6 Os líquidos penetrantes e removedores podem ser embalados em aerossol ou a


granel, enquanto que os reveladores devem ser embalados somente em aerossol.

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6.3 Preparação da Superfície

6.3.1 A superfície a ser ensaiada e todas as áreas adjacentes, dentro 25 mm, devem
estar secas e livres de sujeira, óleo, graxa, oxidação ou qualquer impureza que possa
interferir na sensibilidade do ensaio. Quando necessário, as superfícies podem ser
preparadas por escovamento manual ou automático, por esmerilhamento com discos de
corte ou lixamento.

Nota: recomenda-se evitar o uso de escova rotativa, priorizando o ensaio da superfície


bruta de solda apenas com o uso de escova manual.

6.3.2 Não é permitida a limpeza empregando jato de areia, granalha ou outros meios
que possam deformar as descontinuidades superficiais. Quando as peças sofrerem
jateamento no seu processamento anterior, as superfícies devem ser esmerilhadas ou
lixadas antes do ensaio por líquido penetrante.

6.3.3 Na preparação da superfície de aços inoxidáveis austeníticos e ligas de níquel as


ferramentas utilizadas devem ser de uso exclusivo para estes materiais e atender os
seguintes requisitos:

a) ser de aço inoxidável austenítico ou revestidas com este material;


b) os discos de corte e esmerilhamento devem ter alma de náilon ou similar.

6.3.4 Limpeza Prévia

Após a preparação mecânica, a superfície deve sofrer uma limpeza prévia com papel
toalha ou trapos, que não soltem fiapos, umedecidos com os removedores (solventes)
indicados na tabela do item 6.2.2.

Nota: Estes produtos devem atender os requisitos do item 6.2.4 (contaminantes) quando
forem utilizados na limpeza prévia de aços inoxidáveis austeníticos e ligas de níquel.

6. 4 Modo e Tempo de Secagem na Limpeza Prévia da Superfície

A superfície a ser ensaiada deve secar por evaporação normal, após a aplicação dos
solventes para a limpeza prévia, por pelo menos 5 minutos antes da aplicação do
penetrante.

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6.5. Modo de Aplicação do Líquido Penetrante e Tempo de Penetração

6.5.1 O penetrante deve ser aplicado por aerossol ou pincelamento, após a secagem
total da superfície.

6.5.2 A camada de líquido penetrante aplicada à superfície deve ser homogênea,


cobrir toda a área de ensaio prevista, e ser mantida úmida durante todo o tempo de
penetração.

6.5.3 O tempo de penetração não deve ser inferior a 10 minutos e nem superior a 60
minutos.

6.5.4 Se ocorrer, em qualquer instante, a secagem do líquido penetrante sobre a


superfície da peça, o ensaio deve ser refeito desde seu início (item 6.3).

6.6. Faixa de Temperatura da Superfície e dos Materiais Penetrantes

A temperatura da superfície de ensaio e do líquido penetrante deve estar na faixa de 10


C (50 F) a 52C (125o F). Em caso de necessidade é permitido o aquecimento ou
resfriamento localizado da peça, desde que a mesma permaneça nesta faixa de
temperatura durante o ensaio. A temperatura deve ser avaliada por meio de termômetro
de contato ou óptico por infravermelho com mira Laser, devidamente calibrados. Os
materiais penetrantes devem ser armazenados em ambientes com temperatura inferior a
40C e fora do alcance direto de raios solares.

6.7. Modo de Remoção do Excesso de Líquido Penetrante

6.7.1 Para o caso de líquido penetrante removível com água, o excesso de penetrante
deve ser removido por pulverização de água, onde a pressão não deve exceder a 345
kPa (50 psi ou 3,45 kgf/cm2) e a temperatura não deve ser superior a 43C (110 F),
nem inferior a 10 C (50 F).

6.7.2 Para o caso de líquido penetrante removível com removedor, o excesso de


penetrante deve ser removido com panos limpos e secos, que não deixem fiapos,
repetindo-se a operação até que todo excesso tenha sido removido. A remoção deve ser
finalizada com panos limpos, levemente umedecidos com os removedores indicados na
tabela do item 6.2. É totalmente proibida a lavagem da superfície com o removedor.

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6.8. Modo e Tempo de Secagem antes da Aplicação do Revelador

6.8.1 Para o caso de líquido penetrante removível com água, a superfície deve estar
seca para a aplicação do revelador. Esta secagem pode ser feita com a utilização de
panos limpos e secos, que não deixem fiapos ou pela circulação de ar quente, desde
que a temperatura da superfície não exceda a temperatura máxima de 52C (125o F).

6.8.2 Para o caso de líquido penetrante removível com removedor, a superfície deve
secar por evaporação natural ou pela circulação de ar quente. Para a evaporação
natural deve ser aguardado um período mínimo de 5 minutos.

6.9. Modo e Tempo Máximo para Aplicação do Revelador

6.9.1 O revelador deve ser aplicado por aerossol numa camada fina e uniforme. A
secagem deve ser por evaporação natural.

6.9.2 O revelador deve ser aplicado tão logo seja possível após a remoção do
penetrante e tempo de secagem. O tempo máximo para aplicação do revelador, após
completado o tempo mínimo de secagem, não deve ser superior a 30 minutos.

6.9.3 O recipiente do revelador deve ser periodicamente agitado de modo a assegurar a


homogeneidade do produto garantindo a manutenção das partículas sólidas em
suspensão.

6.10. Requisitos Adicionais

6.10.1 O ensaio deve ser executado com iluminação adequada para evitar que haja
perda de sensibilidade.A intensidade mínima de luz branca na superfície de ensaio é de
1000 lux, o que equivale à iluminação de uma lâmpada incandescente de 100 Watts a
250 mm de distância da superfície. Esta luminosidade deve ser demonstrada uma vez
para o tipo de equipamento de iluminação utilizado, documentada e arquivada. O
luxímetro utilizado nesta verificação deve ser calibrado pelo menos uma vez ao ano.

6.10.2 De forma a evitar que a difusão excessiva do líquido penetrante no revelador


dificulte a interpretação do tipo e tamanho real das descontinuidades, uma
interpretação inicial deve ser efetuada imediatamente após a aplicação do revelador.

6.10.3 A interpretação final do ensaio deve ser efetuada entre 10 e 60 minutos, após a
secagem do revelador.

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6.10.4 Se a superfície de ensaio for muito grande, de modo que impossibilite o


atendimento dos períodos prescritos nos itens 6.9.2 e 6.10.3, o ensaio deve ser feito
em incrementos apropriados.

6.10.5 Áreas contendo pigmentação que possam mascarar descontinuidades, não


devem ser aceitas e, por conseguinte, devem ser limpas e reexaminadas.

6.10.6 Deve ser efetuada e registrada a inspeção de recebimento de cada lote de


material penetrante conforme Anexo III de forma a verificar se a sensibilidade do ensaio
está sendo mantida, utilizando-se para isso a mesma sistemática prevista na
qualificação do procedimento de ensaio conforme item 5.2.3 da norma Petrobras N-
1596. Somente devem ser aceitos materiais penetrantes que atendam aos requisitos da
norma N-2370.

6.11. Limpeza Final

Se a limpeza final for necessária, poderá ser feita com a aplicação dos solventes
especificados no item 6.3.4. levando-se em consideração o prescrito no item 6.2.4,
quando aplicável.

6.12. Critérios de Aceitação de Descontinuidades

Os critérios de aceitação devem ser definidos nos documentos de projeto ou nos planos
de inspeção. Quando não especificado, os critérios da Norma AWS D1.1 para soldas de
Estruturas Metálicas, ASME V para equipamentos, Norma API 650 para Tanques de
Armazenamento, ASME Seção I para Caldeiras e os do ASME B31.3 para soldas de
tubulação de processo, como descritos a seguir, devem ser utilizados:

6.12.1 AWS D1.1- Soldas Estruturais

Soldas que são submetidas ao ensaio por líquido penetrante, em adição ao ensaio
visual, devem ser avaliadas com base nos critérios aplicáveis do ensaio visual
definidos no Anexo I, em conformidade com o parágrafo 6.10 e Tabela 6.1 da AWS
D1.1.

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6.12.2 ASME B31.3 - Soldas de Tubulação de Processo

O único critério de aceitação definido para o ensaio de líquido penetrante é que não
são admitidas trincas para qualquer condição ou categoria de serviço de fluido
aplicável. Qualquer outra indicação como porosidades, falta de fusão e penetração,
mordeduras, concavidades e inclusões de escórias superficiais devem ser avaliadas
previamente pelo inspetor de ensaio visual de soldagem de acordo com os requisitos
da tabela 341.3.2 da norma ASME B31.3.

6.12.3 ASME B31.1 – Soldas de Tubulação de Força

As seguintes descontinuidades não são permitidas:


a) Trincas
b) Falta de fusão
c) Porosidade superficial com dimensão maior que 5,0 mm ou 4 ou mais poros
separados por 2,0 mm ou menos de borda a borda,
d) Falta de penetração (quando a superfície interna é facilmente acessível)
e) Indicações lineares maiores que 5,0 mm
f) Dez ou mais indicações arredondadas em qualquer superfície de 3870 mm² (6 pol²),
com a maior dimensão da área não excedendo 150 mm, considerada na orientação
mais desfavorável em comparação com as indicações que estão sendo avaliadas.

6.12.4 ASME V DIV. 1 AP. 8 - Soldas de Vasos de Pressão e Caldeiras

As indicações são formadas pelo manchamento provocado pela ação do Líquido


Penetrante. Entretanto, nem todas as indicações são necessariamente provenientes de
imperfeições. A rugosidade superficial excessiva, limpeza da superfície inadequada, etc.
podem produzir indicações similares.

Uma indicação relevante é a evidência de uma imperfeição mecânica.

a) Indicações lineares são aquelas cujo comprimento é maior que três vezes a largura;
b) Uma indicação arredondada é aquela de formato circular ou elíptico cujo comprimento
é igual ou menor que três vezes a largura;
c) Quaisquer indicações questionáveis devem ser reensaiadas para determinar se são
ou não relevantes.
Indicações cujas maiores dimensões são maiores que 1,5 mm (1/16”) devem ser
consideradas relevantes.

As seguintes indicações relevantes não são aceitáveis:

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a) Quaisquer trincas ou indicações lineares;


b) Indicações arredondadas com dimensões maiores que 5,0 mm (3/16”)
c) Quatro ou mais indicações arredondadas alinhadas e separadas por 1,5 mm (1/16”)
ou menos, de borda a borda.

6.12.5 API 650 - Soldas de Tanques de Armazenamento

Os ensaios por Líquido Penetrante devem ser avaliados de acordo com as


recomendações e critério de aceitação da Norma ASME Seção Vlll, Divisão 1,
Apêndice 8. Ver item 6.12.4 acima.

6.12.6 ASME Seção l - Caldeiras

Os ensaios por Líquido Penetrante devem ser avaliados de acordo com as


recomendações e critério de aceitação da Norma ASME Seção Vlll, Divisão 1,
Apêndice 8. Ver item 6.12.4 acima.

6.12.3.1 Requisitos Referentes a Reparos

Imperfeições inaceitáveis devem ser reparadas e reexaminadas afim de se assegurar


que foram removidas e que para removê-las não foi ultrapassada alguma tolerância
dimensional do material. Quando uma imperfeição for reparada e uma recuperação
com solda, posterior, não é necessária, a cavidade deve ter sua superfície suavizada,
a fim de se evitar entalhes, cantos vivos ou fendas. Onde houver necessidade de
recuperação com solda a área deve ser limpa e soldada seguindo-se um
procedimento de soldagem qualificado.

6.13. Sistemática de Registro de Resultados

6.13.1 Os resultados de ensaio devem ser registrados por meio de um sistema de


identificação e rastreabilidade que permita correlacionar o local ensaiado com o
relatório de ensaio e vice-versa.

6.13.2 Os resultados de ensaio devem ser registrados em um relatório de ensaio


contendo no mínimo as seguintes informações:

 Logotipo da empresa executante;


 Identificação numérica;
 Identificação da peça, equipamento ou tubulação;
 Número e revisão deste procedimento;

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 Material e espessura
 Temperatura do ensaio
 Materiais penetrantes utilizados;
 Equipamento de iluminação
 Registro dos resultados;
 Normas/e ou valores de referência para interpretação dos resultados;
 Laudo indicando a aceitação, rejeição ou recomendação de ensaio complementar;
 Data da inspeção e emissão do relatório;
 Identificação e assinatura do inspetor/operador responsável;
 Número do lote do material penetrante;

6.13.3 O formulário para o relatório pode ser conforme o apresentado no Anexo II ou


outro equivalente que contenha todas as informações acima.

6.14 Qualificação de Pessoal

Para serviços executados no Brasil, a qualificação e certificação do pessoal para o


ensaio por líquido penetrante devem ser pelo SNQC da ABENDI como LP-N2-G ou
LP-N1-G conforme normas NA-001 e ABNT NBR NM ISO 9712:2007.

7. REQUISITOS DE SEGURANÇA E AMBIENTAIS

Devem ser considerados os aspectos e impactos ambientais, riscos e perigos causados


pela atividade de inspeção em serviço.
Nas áreas de produção é obrigatória a utilização dos EPI’s, sendo considerados de uso
obrigatório por todos os colaboradores os seguintes:

 Capacete com a jugular bem ajustada.


 Óculos de segurança.
 Protetor auricular.
 Botina de segurança.

Os demais EPI’s deverão ser utilizados pelos colaboradores de acordo com suas
funções e com as atividades a serem desenvolvidas, sendo terminantemente proibida a
realização de qualquer atividade sem a sua respectiva utilização.

Como as atividades são realizadas nas áreas de produção o colaborador deverá fazer
uso do Protetor Auricular devido a exposição a ruídos, garantindo que não haverá perda
auditiva, fadiga, insônia e zumbidos.

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LÍQUIDO PENETRANTE

Para a utilização de equipamentos manuais os profissionais envolvidos devem atentar


para o uso do avental de raspa, blusa de raspa, luvas de vaqueta ou de raspa, máscara
de proteção facial e respirador descartável tipo PFF-1.

Em caso de limpeza com o uso de hidrocarbonetos, além dos EPI’s já citados, se faz
necessário o uso de luvas de nitrílicas, além de máscara semi-facial para vapores
orgânicos.

A área especificada para a realização dos trabalhos deve estar delimitada e identificada,
o ambiente deve estar organizado e limpo.

Inspeções realizadas em altura ou em espaço confinado deverão ser realizadas por


profissionais previamente treinados e capacitados devendo o inspetor verificar se os
acessos, andaimes e iluminação são suficientes e adequados.

Antes do início de qualquer inspeção, deve ser obtida uma Permissão de Trabalho.
Verificar se os trabalhos em paralelo não oferecem riscos à segurança dos envolvidos
na inspeção.

No uso de ferramentas rotativas manuais deve haver um cuidado especial para evitar
choque elétrico, devendo-se fazer uma verificação nas condições dos cabos elétricos
antes do início das atividades. As ferramentas rotativas devem ter sido inspecionadas
previamente e identificada pelo porte da etiqueta com a cor do trimestre.

Durante o uso de ferramentas que possam gerar fagulha, fazer uso de anteparas e
manter distante da frente de trabalho os produtos líquidos inflamáveis.

Ao utilizar produtos químicos, os mesmos devem ser armazenados na área apropriada


(Almoxarifado de Produtos Químicos); os colaboradores devem ter conhecimento da
FISPQ dos produtos utilizados, mantendo cópia em sua frente de serviço.

Os produtos químicos devem ser mantidos em sua embalagem original. Caso exista a
necessidade de fracioná-lo, a embalagem deve ser estanque (resistente e com tampa) e
identificada com o nome do produto.

O colaborador deve prever mecanismo de contenção de vazamento na utilização de


produtos químicos: bacias de contenção, kit de mitigação na área próxima a sua
atividade, estopas, etc. Especialmente quando for realizar inspeção em área aberta, sem
piso impermeável deve ser mantido material para a proteção do solo (bacia de
contenção ou lona).

PROCEDIMENTO QUALIFICADO E DE ACORDO COM AS REGRAS DAS NORMAS AWS D1.1, N-1596, ASME B 31.3 E ASME V.

DATA: 20 de Outubro de 2015


Marcelo Medeiros Borchert
SNQC/END Nível 3 no 08267 (LP,PM,ES,TP)

SNQC Nível 3 no 014 (ER,US,LP,EV)


Nº Rev:
PROCEDIMENTO GMAC-LP-001 REV. 0 0
Área ou FOLHA::
Unidade: CONTROLE DE QUALIDADE 14 de 22
Título: SEP:
PROCEDIMENTO PARA INSPEÇÃO POR
LÍQUIDO PENETRANTE

Os resíduos contaminados por produtos químicos (estopas, panos, EPI’s) devem ser
descartados no coletor para resíduo perigoso na frente de serviço.

Os colaboradores devem segregar os resíduos conforme os coletores distribuídos na


área em conformidade com o PDRE.

8. VALIDADE DESTE PROCEDIMENTO

A utilização deste procedimento é restrita e válida somente para utilização conforme


descrito nos objetivos deste procedimento (ver item 1 do procedimento).

Quaisquer divergências entre o conteúdo deste procedimento e as normas e requisitos


contratuais, prevalecerão as normas e requisitos contratuais.

9. ANEXOS

PROCEDIMENTO QUALIFICADO E DE ACORDO COM AS REGRAS DAS NORMAS AWS D1.1, N-1596, ASME B 31.3 E ASME V.

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Nº Rev:
PROCEDIMENTO GMAC-LP-001 REV. 0 0
Área ou FOLHA::
Unidade: CONTROLE DE QUALIDADE 15 de 22
Título: SEP:
PROCEDIMENTO PARA INSPEÇÃO POR
LÍQUIDO PENETRANTE

ANEXO I: CRITÉRIO DE ACEITAÇÃO AWS D1.1

Conexões Conexões Conexões


não tubulares tubulares
Categoria das descontinuidades e critério de inspeção Não tubulares carregadas
carregadas ciclicamente (todas as
estaticamente cargas)

(1) Trincas não são aceitáveis


X X X
A solda não pode ter trincas, independente do tamanho ou localização

(2) Fusão Solda / Metal Base


Tem que existir fusão completa entre as camadas adjacentes do metal de X X X
solda e entre o metal de solda e o metal base.

(3) Porosidade (piping porosity-pin hole)


(A) Soldas em chanfro de penetração total em juntas de topo transversal a
direção da resistência à tração computada não podem ter porosidade tubular
visível. Para todos os outros tipos de soldas de chanfro e para soldas de filete,
a soma da porosidade tubular visível de 1/32 in. (1 mm) ou maior em diâmetro X NA NA
não deve exceder 3/8 in. (10 mm) em qualquer 1 in. linear de solda e não deve
exceder 3/4 in. (20 mm) em quaisquer 12 in. (300 mm) de comprimento de
solda.

(B) A freqüência da porosidade tubular visível em soldas de filete não deve


exceder a uma em cada 4 in. (100 mm) de comprimento de solda e o diâmetro
máximo não deve exceder 3/32 in. (2,5 mm). Exceção: para soldas de filete
conectando reforços à alma, a soma dos diâmetros da porosidade tubular não NA X X
deve exceder 3/8 in. (10 mm) em qualquer 1 in. linear de solda e não deve
exceder 3/4 in. (20 mm) em quaisquer 12 in. (300 mm) de comprimento de
solda.

(C) Juntas de chanfro de penetração total em juntas de topo transversal à


direção da resistência à tração computada não podem ter porosidade tubular
visível. Para todos os outros tipos de soldas de chanfro a freqüência da
porosidade tubular visível não deve exceder uma em cada 4 in. (100 mm) de NA X X
comprimento de solda e o diâmetro máximo não deve exceder 3/32 in. (2,5
mm).
Nota: Um X indica aplicabilidade para o tipo de conexão; NA indica requisito não aplicável

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Área ou FOLHA::
Unidade: CONTROLE DE QUALIDADE 16 de 22
Título: SEP:
PROCEDIMENTO PARA INSPEÇÃO POR
LÍQUIDO PENETRANTE

ANEXO II: RELATÓRIO DE ENSAIO POR LÍQUIDO PENETRANTE

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PROCEDIMENTO GMAC-LP-001 REV. 0 0
Área ou FOLHA::
Unidade: CONTROLE DE QUALIDADE 17 de 22
Título: SEP:
PROCEDIMENTO PARA INSPEÇÃO POR
LÍQUIDO PENETRANTE

ANEXO III - RECEBIMENTO DE MATERIAIS PENETRANTES

1. Objetivo

Esta instrução estabelece as condições técnicas para o exame de recebimento de


produtos penetrantes conforme norma Petrobras N-1596.

2. Normas de Referência

 Norma PETROBRAS N-1596 H - Ensaio Não Destrutivo - Líquido Penetrante


 Norma PETROBRAS N-2370 D- Líquido Penetrante - Recebimento
 ASME Boiler and Pressure Vessel Code - Section V – Ed. 2010/A11a
 ISO 3452-3:1998 - Non-Destructive Testing - Penetrant Testing - Part 3: Reference
Test Blocks
 ABNT NBR 14725 - Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos -
FISPQ

3. Definições

3.1- Materiais Penetrantes

São considerados Materiais Penetrantes, os seguintes produtos utilizados nos ensaios


por Líquido Penetrante:
 Líquido Penetrante;
 Líquido Revelador;
 Líquido Removedor;
 Emulsificador;
 Solvente.

4. Exame de Recebimento

Todo novo lote de material penetrante deve ser verificado no recebimento, como
segue:

4.1 Avaliar se as embalagens não apresentam qualquer tipo de avaria ou sinais


visíveis de alteração nas informações do rótulo.

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Unidade: CONTROLE DE QUALIDADE 18 de 22
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PROCEDIMENTO PARA INSPEÇÃO POR
LÍQUIDO PENETRANTE

4.2 Avaliar se o rótulo das embalagens contém todas as informações solicitadas na


norma Petrobras N-2370 conforme tabela do Anexo III-1.

4.3 Avaliar os certificados de materiais penetrantes solicitados na norma Petrobras N-


2370.

4.4 Efetuar teste de sensibilidade do material recebido em uma temperatura dentro da


faixa qualificada no procedimento, de forma a verificar se a sensibilidade do
ensaio, definida no procedimento, está sendo mantida. Neste teste, a execução
do ensaio deve ser de acordo com os parâmetros descritos no procedimento e
itens abaixo:

4.4.1 A sensibilidade do ensaio deve ser determinada para o conjunto de materiais


penetrantes, pela execução do ensaio em um bloco comparador descrito na
norma ISO 3452-3, e o nível de sensibilidade deve ser classificado conforme
a Tabela 1 a seguir:

Tabela 1: Sensibilidade Requerida

Família de Produtos Fluorescentes (Tipo I)

Sensibilidade Elevada Detecção de 100% das indicações do padrão


Nível 2 de 10 µm

Família de Produtos Coloridos (Tipo II)

Sensibilidade Elevada Detecção de 100% das indicações do padrão


Nível 2 de 30 µm

4.4.2 Para a determinação da sensibilidade, uma amostra do lote deve ser


aplicada em uma das partes do bloco comparador e o resultado comparado
com o obtido na outra parte do bloco, utilizando-se uma amostra de
referência. O resultado é aceito quando apresentar uma sensibilidade igual
ou superior a amostra de referência.

4.4.3 Na ausência de uma amostra de referência, deve-se utilizar um padrão


fotográfico de sensibilidade igual ou superior, o qual deve ser comparado
com o resultado do lote ensaiado. O resultado é aceito quando a quantidade
de indicações for igual ou superior a apresentada no padrão fotográfico.

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4.4.4 O teste de sensibilidade deve ser aplicado em uma temperatura dentro da


faixa qualificada;

4.4.5 Durante a execução do teste de sensibilidade, o bloco comparador e todos


os materiais penetrantes especificados devem ter suas temperaturas
uniformizadas no valor definido no teste de sensibilidade.

4.4.6 Quando a temperatura for maior do que 40 °C, apenas o bloco comparador
deve ser uniformizado à temperatura definida.

4.4.7 Devem ser tomados cuidados especiais com relação à limpeza dos blocos
comparadores, com o objetivo de manter a confiabilidade no sistema de
testes. Para isso é indispensável que os blocos comparadores sejam
mantidos submersos em acetona, álcool ou solvente.

5. Documentação dos Materiais Penetrantes

Na aquisição dos materiais penetrantes deve ser fornecida pelo fabricante ficha de
informações de segurança de produtos químicos, conforme norma ABNT NBR 14725,
com informações detalhadas de segurança e toxidez dos produtos, explicitando os
hidrocarbonetos aromáticos e solventes clorados utilizados e o certificado de análise
química do teor de contaminantes.

6. Registro dos Resultados do Exame de Recebimento

6.1 Deve ser emitido um relatório de recebimento contendo no mínimo as seguintes


informações:
a) nome do emitente (unidade da PETROBRAS ou firma executante);
b) identificação numérica;
c) tipo de bloco de referência utilizado;
d) número e revisão do procedimento;
e) materiais penetrantes utilizados;
f) laudo indicando aceitação ou rejeição;
g) data do ensaio;
h) identificação e assinatura do inspetor/operador responsável;

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i) número do lote de material penetrante examinado;


j) número do lote de material penetrante de comparação (de desempenho
conhecido e satisfatório);
k) temperatura do ensaio.

6.2 Os resultados do exame de recebimento devem ser registrados no formulário


mostrado no Anexo III-2 ou outro equivalente que contenha todas as informações
acima.

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ANEXO III-1: RÓTULOS DAS EMBALAGENS

Informações Penetrante Removedor Emulsificante Revelador Solvente


Número do lote x x x x x
Data de fabricação x x x x x
Prazo de validade x x x x x
Código do produto x x x x x
Normas aplicáveis x x x x x
Instruções de segurança e toxidez x x x x x
Tipo de penetrante quanto à x
iluminação e remoção
Tipo de emulsificador x
Tempo de emulsificação x
Tipo de revelador x
Conteúdo mínimo em gramas do x x x x x
produto sem o propelente
Instruções de uso do produto x x x x x
Condições de armazenamento x x x x x
Características de flamabilidade x x x x x
Propelente utilizado x x x x x
Fabricante do produto x x x x x
Concentração do pó do revelador em x
relação ao veículo, em g/l
Composição básica x x x x x
Temperatura de aplicação x x x x x
Restrições de uso quanto a x x x x x
contaminantes
Nível de sensibilidade x

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ANEXO III-2 – RELATÓRIO DE RECEBIMENTO

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