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PROCEDIMENTO GMAC-ME-001 REV. B


FOLHA:
1 de 15

CONTROLE DE QUALIDADE

TÍTULO:
PROCEDIMENTO PARA INSPEÇÃO POR MEDIÇÃO DE ESPESSURAS POR
ENGENHARIA
ULTRASSOM
PROGRAMA: WORD 2000
ARQUIVO DIGITAL: GMAC-ME-001 REV. B

ÍNDICE DE REVISÕES
REV DESCRIÇÃO E/OU FOLHAS ATINGIDAS

0 EMISSÃO INICIAL
A ALTERAÇÃO DOS ITENS 2, 4, 5, 6, 7, 8, 13, 14, 15, ANEXO-1;
INCLUSÃO DO ANEXO -2.
B ITEM 3

PROCEDIMENTO DE ACORDO COM A NORMA:


ASME SEÇÃO V, EDIÇÃO 2017.

___________________________________
DATA: 25 de Maio de 2018
Ricardo dos Santos Bispo
Inspetor de Ultrassom Nivel-3
SNQC/END no 6050

REV. 0 REV. A REV. B REV. C REV. D REV. E REV. F REV. G REV. H


DATA 20/10/2015 23/05/2018 25/05/2018
PROJETO GMAC GMAC GMAC
EXECUÇÃO Sandro Rissi Ricardo S. Bispo Ricardo S. Bispo

VERIFICAÇÃO Jeldon Luis Farias Gutembergue Mota Gutembergue Mota

APROVAÇÃO Gutembergue Mota Gutembergue Mota Gutembergue Mota


Nº Rev:
PROCEDIMENTO GMAC-ME-001 B
Area ou FOLHA::
Unidade: CONTROLE DE QUALIDADE 2 de 15
Título: SEP:
PROCEDIMENTO PARA INSPEÇÃO POR
MEDIÇÃO DE ESPESSURAS POR ULTRASSOM

ÍNDICE

1. OBJETIVO..............................................................................................................................................................................3

2. NORMAS E DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA.............................................................................................................3

3. MATERIAL E FAIXA DE ESPESSURA A SER MEDIDA..............................................................................................3

4. APARELHOS..........................................................................................................................................................................4

5. TRANSDUTORES / CABEÇOTES.....................................................................................................................................4

6. MÉTODO DE AJUSTE DO SISTEMA DE MEDIÇÃO....................................................................................................5

7. CORREÇÃO DA MEDIÇÃO A QUENTE..........................................................................................................................9

8. CONDIÇÃO SUPERFICIAL E TÉCNICA DE PREPARAÇÃO DE SUPERFÍCIE...................................................10

9. ACOPLANTE........................................................................................................................................................................11

10. REQUISITOS ADICIONAIS...............................................................................................................................................11

11. CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO E ACEITAÇÃO.................................................................................................................12

12. SISTEMÁTICA DE REGISTROS DOS RESULTADOS..............................................................................................12

13. RELATÓRIO DOS REGISTROS DOS RESULTADOS................................................................................................12

14. QUALIFICAÇÃO DO PESSOAL......................................................................................................................................13

15. LIMPEZA FINAL..................................................................................................................................................................13

16. REQUISITOS DE SEGURANÇA E AMBIENTAL.........................................................................................................13

ANEXO-1 RELATORIO...........................................................................................................................................................14

ANEXO-2 RELATORIO...........................................................................................................................................................15

Procedimento de acordo com a Norma ASME V Edição 2017.

Ricardo dos Santos Bispo


Inspetor de Ultrassom N3 SNQC: 6050
Nº Rev:
PROCEDIMENTO GMAC-ME-001 B
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Unidade: CONTROLE DE QUALIDADE 3 de 15
Título: SEP:
PROCEDIMENTO PARA INSPEÇÃO POR
MEDIÇÃO DE ESPESSURAS POR ULTRASSOM

1. OBJETIVO

Este procedimento estabelece e descreve as condições ténicas e exigências mínimas necessária para a execução do
ensaio não destrutivo de medição de espessuras por ultrassom.

Nota: Este Procedimento é de uso exclusivo da empresa GMAC SOLUÇÕES INDUSTRIAIS INSPEÇÕES. A
utilização deste documento em outros projetos deve ser devidamente autorizada em papel timbrado, contendo projeto
e tempo de obra. CNPJ e assinatura do responsável pelas informações

2. NORMAS E DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA

2.1. INTERNACIONAIS:

 ASME Section V – Artigo 23, SE-797, Edição 2017 - Nondestructive Examination.


 ASTM E 797 – Standard Practice for Measuring Thickness by Manual Ultrasonic Pulse-Echo Contact Method.
 BSI BS EN 473 - Edição 2010 – Nondestructive Testing – Qualifiction and Certification of NDT Personnel –
General Principles.
 BSI BS EN 45013 - Edição 1989 – General Criteria for Certification Bodies Operating Certification of Personnel.
 ISO 9712 – Edição 2014 - Nondestructive Testing - Qualification and Certification of Personel.

2.2. NACIONAIS:

 ABENDI NA-001 - Ensaios Não Destrutivos – Qualificação de Pessoal;


 PETROBRAS - N1594 H – Ensaio Não destrutivo – Ultrassom
 PETROBRAS - N-2371 C – Inspeção em Serviço – Medição de Espessuras a Quente.
 ABNT NBR ISSO 15824, Ed. 2012, versão corrigida 2015 – Ensaios não destrutivos Ultrassom – Medição de
espessura

3. MATERIAL E FAIXA DE ESPESSURA A SER MEDIDA

Tabela 1 - Materiais Qualificados


METAL BASE GRUPO DE MATERIAL FAIXA DE ESPESSURAS (mm)
Aço carbono 1 2,0 a 100,0
Aços de baixa liga ¹ 1 2,0 a 100,0
Aço Inoxidável austenítico 2 2,0 a 100,0
Aço carbono com clad de aço
inoxidável austenítico ² 1+2 6,0 a 50,0

(1)
ino Aços com até
inoxidável 6% de elementos de liga.
austenítico

(2) Espessura da peça incluindo a espessura do clad.

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4. APARELHOS

Tabela 2 - Aparelhos Qualificados


FABRICANTE MODELO
GE DM5E DL / DM5E Basic / DM5E Dual Multi
GE DMS GO+ / DMS GO + BASIC
Krautkramer/GE DM2 / DM2B / DM2E / DM4 / DM4 DL / DM4 E
Krautkramer/GE DM5E /DM5E DL
Panametrics / Korko UK 200
Panametrics 26 DL / 26DL Plus / 26MG
Sonatest Sonagage II / CT-Gage
Tecnomedição SME-PII / SME-P TOP
Minolsystem ME-215
Meditec TM 8811
Instrutherm ME 215
Instrutemp ITME - 2220
Highmed HM-1200
Dakota Ultrasonics MX-3 / MMX-6
Mitech MT-150 / MT-160
Siui CTS-30A / CTS-30B
Olympus MG2 XT/ 37DL PLUS / 45MG

5. TRASDUTORES / CABEÇOTES
5.1. Dados Técnicos

Tabela 3 – Transdutores Qualificados por fabricante, modelo, espessura e temperatura.


Diâmetro Frequência Faixa de Faixa de
Fabricante Modelo Tipo Espessura Temperaturas
(mm) (MHz)
(mm) (ºC)
GE-Krautkramer DA-201 Duplo-cristal 12 5 1,2 a 200 10 a 60
GE-Krautkramer DA-301 Duplo-cristal 12 5 1,2 a 200 10 a 60
GE-Krautkramer DA-401 Duplo-cristal 12 5 1,2 a 200 10 a 60
GE-Krautkramer DA-501 EN Duplo-cristal 12 5 1,0 a 200,0 -10 a 70
GE-Krautkramer DA-503 EN Duplo-cristal 16,1 2 5,0 a 300,0 -10 a 70
GE-Krautkramer DA-212 Duplo-cristal 5 5 2,0 a 100,0 10 a 60
GE-Krautkramer DA-312 Duplo-cristal 7,5 10 2,0 a 50,0 10 a 60
GE-Krautkramer DA-512 Duplo-cristal 7,5 7,5 2,5 a 100,0 10 a 70
GE-Krautkramer DA-590 Duplo-cristal 12,7 5 2,5 a 125,0 10 a 540*
GE-Krautkramer HT-400 Duplo-cristal 12,7 5 1,2 a 250,0 10 a 530*
GE-Krautkramer MSEB 4 Duplo-cristal 10 4 4,0 a 100,0 10 a 60
Sonatest SG-1 Duplo-cristal 10 5 2,0 a 100,0 10ª 60
Sonatest CT-5MHz-0,250 Duplo-cristal 6 5 4,0 a 125,0 0 a 60
Sonatest HT 5MHz-1/2” Duplo-cristal 12,7 5 4,0 a 125,0 0 a 180
Tecnomedição TM-510 Duplo-cristal 10 5 2,0 a 100,0 0 a 60
Tecnomedição TM-510 CD Duplo-cristal 10 5 0,6 a 300,0 0 a 60

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Panametrics D-765 Duplo-cristal 12,7 5 2,0 a 100,0 10 a 60


Panametrics D-790 SM Duplo-cristal 11 5 2,0 a 100,0 10 a 400*
Panametrics D-799 Duplo-cristal 11 5 2,0 a 100,0 0 a 60
SIUI TG5-10 Duplo-cristal 10,0 5 4,0 a 125 0 a 60
SIUI TG5-10 L Duplo-cristal 10,0 5 4,0 a 125 0 a 60
SIUI TG5-10 HL Duplo-cristal 10,0 5 4,0 a 125 0 a 180
SIUI 5Z10FG-HJ Duplo-cristal 10,0 5 4,0 a 125 0 a 60
Meditec Meditec Duplo-cristal 8,0 5 2,0 a 100,0 0 a 60
Instrutherm Instrutherm Duplo-cristal 8,0 5 2,0 a 100,0 0 a 60
Instrutemp 3076 Duplo-cristal 8,0 5 2,0 a 100,0 0 a 60
Highmed HM-1200 Duplo-cristal 12,0 5 1,2 a 200,0 0 a 60
Dakota 2,0 a 100,0 0 a 60
MX-3 Duplo-cristal 10,0 5
Ultrasonics

* Pequeno Tempo de contato (conforme recomendações do fabricante)

6. MÉTODO DE CALIBRAÇÃO

6.1. A calibração será efetuada a cada:


 Início de Serviço;
 Uma (01) hora continua de trabalho;
 Reinício de trabalho após cada interrupção;
 Mudança da faixa de espessura calibrada;
 A cada 10 medições a quente;
 Final da Inspeção.

6.1.1. Os itens que devem ser periodicamente calibrados são o medidor de espessura por ultrassom, os cabeçotes e
blocos-padrão.

6.1.2. Os certificados de calibração devem ser emitidos por laboratórios acreditados conforme a ABNT NBR ISO/IEC
17025. Quando não houver laboratório acreditado para a grandeza a ser calibrada, podem ser utilizados laboratórios
rastreados à Rede Brasileira de Calibração (RBC) ou laboratório com seu sistema metrológico nacional ou
internacionalmente reconhecido.

6.1.3. É recomendado que a periodicidade de calibração dos itens do sistema de medição não seja superior a 12
meses. Em todo caso o medidor de espessura por ultrassom deve ser calibrado ao menos a cada 24 meses.

6.1.4. Qualquer reparo ou manutenção no sistema de medição implica necessidade de nova calibração,
independentemente da periodicidade estabelecida.

6.1.5. O bloco padrão será do mesmo material ou grupo do material da peça sob inspeção, com dimensões conforme
figuras 1, 2, 3 e 4. Os degraus podem ser separados individualmente ou agrupados de qualquer outra forma. A
espessura dos degraus será conforme mostrada na tabela 4.

6.1.6. O bloco padrão para medições de espessuras de aços inoxidáveis austeníticos terá apenas os degraus 1 a 7 do
bloco padrão 3 e degraus 1 a 6 do bloco padrão 4.

6.1.7. Para realização em peças cladeadas, deve-se atender todos os requisitos deste procedimento, sendo bloco do
mesmo material e cladeado.

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6.1.8. As espessuras dos degraus do bloco serão calibradas com instrumentos que garantam medição de ±0,05 mm e
o valor real de cada degrau, será marcado nos seus respectivos certificados de calibração.

6.1.9. A tolerância nas espessuras nominais dos blocos deve ser de ± 0,05mm.

6.2. Velocidade do som

6.2.1. O ajuste da velocidade do som, se necessário, deve ser efetuado na espessura aplicável do bloco-padrão, na
temperatura ambiente. O desvio máximo permissível durante o ajuste deve ser de ± 0,1 mm.

6.3. Ajuste do Aparelho

6.3.1. O ajuste do aparelho deve ser feito em espessuras do Bloco-Padrão próximas da espessura a ser medida. O
equipamento é considerado ajustado para medir espessuras numa faixa de 25% da espessura do Bloco-Padrão
escolhido.

6.3.2. Para aparelhos que possuem sistema interno de compensação do “Caminho-V” (“V-Path”) devem ser seguidas
as recomendações do fabricante. Adicionalmente às recomendações do fabricante, deve ser efetuado pelo menos um
ajuste em uma espessura do bloco-padrão maior ou igual que a espessura a ser medida, e deve ser verificado se o
ajuste é mantido para a menor espessura a ser medida.

6.3.3. O ajuste consiste em acoplar o cabeçote na espessura escolhida do Bloco-Padrão e ajustar o aparelho de modo
que seu mostrador digital indique a espessura nominal naquele ponto.

Tabela 4 - Faixa de Espessura para Calibração do Bloco Padrão

FAIXA DE ESPESSURA
NÚMERO DO ESPESSURA DO DEGRAU
BLOCO PADRÃO CALIBRADA
DEGRAU (mm)
(mm)
1 1 2,0 1,5 a 2,5
1 2 3,0 2,2 a 3,7
1 3 4,0 3,0 a 5,0
1 4 6,0 4,5 a 7,5
1 5 10,0 7,5 a 12,5
1 6 15,0 11,2 a 18,7
1 7 20,0 15,0 a 25,0
2 8 32,0 24,0 a 40,0
2 9 50,0 37,5 a 62,5
2 10 80,0 60,0 a 100,0
3 1 2,0 1,5 a 2,5
3 2 3,0 2,2 a 3,7
3 3 4,0 3,0 a 5,0
3 4 6,0 4,5 a 7,5
3 5 10,0 7,5 a 12,5
3 6 15,0 11,2 a 18,7
3 7 20,0 15,0 a 25,0
4 1 6,0 4,5 a 7,5

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4 2 9,0 6,7 a 11,2


4 3 13,0 9,7 a 16,2
4 4 18,0 13,5 a 22,5
4 5 23,0 17,2 a 28,0
4 6 28,0 21,0 a 28,0

Figura 1 - Bloco padrão 1

OBS.: Dimensões em mm.

Figura 2 – Bloco padrão 2

OBS: Dimensões em mm.

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Figura 3 – Bloco padrão 3

OBS.: Dimensões em mm.

Figura 4 – Bloco padrão 4


OBS.: Dimensões em mm.

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6.4. Para medição sobre camada de tintas

6.1. O aparelho deverá ser ajustado para a posição DUAL MULTI. O indicador de acoplamento do aparelho se
iluminará quando a condição satisfatória de medição for atendida. Caso não seja possível obter essa condição, o
instrumento deverá operar na sua posição padrão (desativar o controle dual-multi) e a pintura deverá ser removida.

OBS 1.: Alguns instrumentos de medição, como por exemplo da Sonateste CT Gage, Krautkramer DM4-DL, DM5E
Dual Multi e DM5E DL poderá ser utilizado para realização de medições de espessuras sobre camadas, sendo que a
calibração deverá ser realizada utilizando bloco padrões de 2,0 a 80,0 mm que também possuam camadas próximas a
que serão medidas para calibração do equipamento.

OBS 2.:Para realização e verificação de espessuras destas camadas, deverão ser utilizados medidores de camadas
devidamente calibrados por laboratórios RBC.

OBS 3.: Os mesmos procedimentos de calibração citado nos itens 6.1, 6.2 e 6.3 devem ser empregados sobre os
blocos, que também deverá estar com revestimento seguindo as orientações do procedimento de calibração conforme
item 6.4.

7. CORREÇÃO DA MEDIÇÃO A QUENTE

7.1 Método A

Este Método pode ser aplicado quando se quer obter uma idéia do valor da espessura. Como a velocidade
ultrassônica diminui 1 m/seg/°C com o aumento da temperatura, a espessura aproximada deve ser obtida aplicando-
se a seguinte fórmula:

Onde:

 Ea = espessura aproximada (mm);


 Emq = espessura medida a quente (mm);
 Vsa = velocidade ultrassônica no bloco a temperatura ambiente (m/s);
 ΔT = diferença de temperatura da superfície do bloco e do material inspecionado (°C);
 K = constante de redução da velocidade em função do aumento da temperatura igual a 1 m/seg./°C.

NOTA: O método A deve ser usado somente quando se quer obter o valor aproximado da espessura.

7.2. Método B

Este Método deve ser empregado quando se quer obter valores precisos de medição de espessura.

a) O aparelho deve ser calibrado com o auxílio de dois blocos-padrão idênticos, sendo que um
deve ser mantido na temperatura ambiente e outro na temperatura em que se encontra o
equipamento que terá sua espessura medida;
b) A temperatura do bloco aquecido deverá ser verificada por meio de termômetro calibrado;
c) Calibrar o equipamento na espessura aplicável do bloco à temperatura ambiente e em
seguida efetuar a medição no mesmo degrau na temperatura aquecida;
d) Dividir o valor da medição a frio pelo valor obtido na medição a quente. Este será o fator de
correção;

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e) Na determinação da espessura real, deve-se multiplicar o valor da espessura medida a


quente pelo fator de correção;
f) A calibração deve ser efetuada sempre no início dos serviços e a cada 10 medições.

Nota: No caso de serviços Petrobras aplicar somente o método B.

O aparelho é considerado calibrado para medir espessuras numa faixa de + 25% de espessura do
bloco padrão.

8. CONDIÇÃO SUPERFICIAL E TÉCNICA DE PREPARAÇÃO DA SUPERFÍCIE

8.1. Condição Superficial

As superfícies devem ser lisas, livres de óxido, carepa, tinta, sujeiras e rebarbas, ou qualquer outra substância que
possa afetar o resultado de medição.
Quando necessário, a superfície deverá ser preparada por raspagem, escovamento, lixamento ou esmerilhamento
em uma área mínima de 25 mm de diâmetro.

Para aços inoxidáveis, as ferramentas de preparação da superfície devem ser de aço inoxidável ou revestidas com
este material. Os discos de corte e esmerilhamento devem ter alma de nylon ou similar.

8.2. Superfície com pintura

Para realização de medições sobre camadas de tinta, a superfície deve ser razoavelmente uniforme e livres de
irregularidades superficiais, a tinta deve estar totalmente aderida a peça/equipamento/tubulação a ser ensaiada. Toda
pintura solta ou não aderente deve ser primeiramente removida.

8.3. Técnica de Preparação da Superfície

A superfície deverá ser preparada por esmerilhamento, lixamento ou escovamento, conforme necessário.

Para aços inoxidáveis as ferramentas de preparação da superfície devem ser utilizadas exclusivamente para estes
materiais e atender aos seguintes requisitos:
a) Ser de aço inoxidável ou revestida com esse material;
b) Os discos de corte e esmerilhamento devem ter alma de nylon ou material similar.

OBS 3.: No esmerilhamento da área a ser medida, deverá ser tomado o cuidado para não comprometer a espessura.

8.3.1. Superfície com Pintura

A Superfície deve ser limpa com produto não contaminante, sobre o conhecimento e autorização do cliente.

8.4 Temperatura da Peça

A temperatura da peça deverá estar compreendida entre:

A superfície a ser ensaiada deve estar a uma temperatura entre 0°C e 60°C para toda faixa de espessura, e 2,0 a 35,0
mm para temperaturas maiores que 61°C até 540°C.
A diferença de temperatura entre o bloco de calibração e a superfície de ensaio deve ser, no máximo, de 14°C.

*Ver Item: 9.1 acoplante e Item: 10.4 sequências de execução do ensaio a quente.

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9. ACOPLANTE

9.1. Será utilizado um dos seguintes acoplamtes, a ser selecionado em função da temperatura da peça.

FAIXA DE TEMPERATURA ACOPLANTE


(ºC)
0 a 60 Metil celulose, óleo, água, graxa ou glicerina
-51 a 121 Magnaflux Sonoglide UP (apropriado para aços inoxidáveis austeníticos)
200 a 600 Acoplante Krautkramer ZGM
0 a 220 Graxa Lubrax GAT 1 e 2
-20 a 250 Molykote HP-870 Grease
-10 a 230 Graxa Omnikote Extreme Plus
-45 a 429 Magnaflux Pyrogel
-18 a 371 Magnaflux Sono 600

9.1.2. Os acoplantes a serem utilizados em aços inoxidáveis austeníticos deverão, antes do ensaio, serem analisados
quanto ao teor de contaminantes (cloro e flúor). O teor máximo de halogênios (cloro+Fluor) é de 1%.

9.1.2. O Teor de máximo de cloretos permitidos na água deve ser inferior a 50,0 ppm quando a superfície a ser
ensaiada for de aço inoxidável austenítico.

10. REQUISITOS ADICIONAIS

10.1. Na medição de espessuras em tubulações, a barreira acústica do cabeçote duplo-cristal será posicionada
perpendicular ao eixo longitudinal do tubo.

10.2. Durante a execução do ensaio devem ser realizados no mínimo duas medidas de cada ponto de medição sendo
registrado o de menor valor.

10.3. Quando forem obtidas medidas diferentes com desvio maior do que 0,2mm, a calibração deve ser verificada, e
caso persista a diferença deve ser registrado a de menor valor.

10.4. Sequência de Execução do Ensaio a Quente

(a). Preparar a superfície da peça conforme definido no item 8.


(b). Medir a temperatura da peça e do bloco de calibração através de pirômetro de contato calibrado.
(c). Calibrar o aparelho conforme definido no item 6, com o bloco de calibração na temperatura ambiente, usando o
acoplante para a temperatura ambiente.
(d). Colocar o acoplante específico para a medida a quente sobre a superfície de contato do cabeçote (não aplicar
sobre a peça).
(e). Acoplar o cabeçote na peça por poucos segundos (o mínimo necessário para estabilização e execução da leitura),
resfriando-o em seguida. Obs: o tempo máximo de contato do cabeçote com a superfície de ensaio será de no
máximo 3 segundos.
(f). Para cada local de medição fazer pelo menos duas leituras consecutivas. O desvio máximo entre duas leituras
consecutivas é de 0,2 mm. Repetir a medição até que esta precisão seja obtida.
(g). Corrigir a medida obtida a quente conforme item 7 de acordo com o método (A ou B).
(h). Registrar os valores obtidos conforme itens 12 e 13.

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11. CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO E ACEITAÇÃO

11.1. Os critérios de avaliação deverão ser conforme as normas de projeto, fabricação e/ou montagem aplicada ao
equipamento, tubulação, estrutura, peça dispositivo ou mesmo definida pela engenharia, contratante, gerência ou
comprador.

12. SISTEMÁTICA DE REGISTRO DOS RESULTADOS

12.1. O resultado das medições será registrado de maneira que seja possível correlacionar o relatório com a
localização física do local medido e vice-versa.

12.2. Os relatórios serão acompanhados de um mapa/croqui ou isométricos indicando de forma precisa a localização
das medições.

12.3. Os pontos considerados reprovados serão indicados no equipamento através de marcador industrial ou outra
forma adequada.

12.4. Sempre que a empresa para a qual o ensaio estiver sendo executado tiver uma sistemática definida para registro
de resultados, esta sistemática será utilizada em lugar da definida no item 12 a 12.3.

13. RELATÓRIO DE REGISTRO DE RESULTADOS

13.1. Será emitido um relatório contendo no mínimo:

 Logotipo da Empresa;
 Identificação numérica;
 Identificação da peça, equipamento ou tubulação;
 Identificação do aparelho e cabeçote, incluindo o número de série;
 Número e revisão deste procedimento;
 Acoplante;
 Temperatura da peça e do bloco de calibração;
 Velocidade sônica e espessura do bloco de calibração utilizado;
 Condição superficial;
 Registro das medições;
 Identificação do bloco padrão;
 Norma e/ou valores de referência para interpretação dos resultados, se houver;
 Laudo indicando aceitação ou rejeição ou recomendação de ensaio complementar;
 Data;
 Identificação e assinatura do inspetor responsável.

13.2. O formulário para relatório será conforme anexo 1 e 2, podendo ser substituído por outro que atenda ao
conteúdo mínimo do item 13.1.

Procedimento de acordo com a Norma ASME V Edição 2017.

Ricardo dos Santos Bispo


Inspetor de Ultrassom N3 SNQC: 6050
Nº Rev:
PROCEDIMENTO GMAC-ME-001 B
Area ou FOLHA::
Unidade: CONTROLE DE QUALIDADE 13 de 15
Título: SEP:
PROCEDIMENTO PARA INSPEÇÃO POR
MEDIÇÃO DE ESPESSURAS POR ULTRASSOM

14. QUALIFICAÇÃO DO PESSOAL

Quando for requerida a qualificação do inspetor de acordo com a norma ABENDI NA-001, a execução do ensaio
será feita por inspetor qualificado pelo SNQC / ABENDI como US-N1-ME ou US-N1-L, ou US-N2 por qualquer
subnivel.

Quando for requerida a qualificação do inspetor de acordo com a norma ASNT SNT-TC-1A, o ensaio será executado
por inspetor de ultrassom Nível II ou ultrassom Nível II/ME com exames específicos e práticos. O mesmo deve ser
qualificado e possuir certificado de qualificação por um profissional inspetor de ultrassom Nível III ASNT.

15. LIMPEZA FINAL

O acoplante utilizado não deixa resíduos prejudiciais à peça ou a outro ensaio não destrutivo. Por isso, a limpeza
final somente será realizada se solicitado pela empresa contratante dos serviços. E deve ser feita com panos secos
ou umedecido com solvente.

16. REQUISITOS DE SEGURANÇA E AMBIENTAIS

16.1. Devem ser considerados os aspectos e impactos ambientais e riscos e perigos causados pela atividade de
inspeção em serviço.

16.2. Antes do início dos trabalhos de inspeção dentro das instalações Petrobras, deve ser obtida uma permissão de
trabalho, conforme a norma Petrobras N-2162, onde são definidos os requisitos de segurança para a execução dos
trabalhos de inspeção. Em caso de não-conformidade, comunicar ao órgão gestor da segurança industrial e meio
ambiente.

16.3. O inspetor deve utilizar os EPI’s necessários para execução dos serviços de inspeção, conforme a norma
regulamentadora nº. 6 (NR-6).

16.4. O inspetor deve verificar se os acessos, andaimes e iluminação são suficientes e adequados.

16.5. O órgão de segurança de verificar se os trabalhos de manutenção em paralelo não oferecem riscos à segurança
do inspetor.

Procedimento de acordo com a Norma ASME V Edição 2017.

Ricardo dos Santos Bispo


Inspetor de Ultrassom N3 SNQC: 6050
Nº Rev:
PROCEDIMENTO GMAC-ME-001 B
Area ou FOLHA::
Unidade: CONTROLE DE QUALIDADE 14 de 15
Título: SEP:
PROCEDIMENTO PARA INSPEÇÃO POR
MEDIÇÃO DE ESPESSURAS POR ULTRASSOM

ANEXO 1

Procedimento de acordo com a Norma ASME V Edição 2017.

Ricardo dos Santos Bispo


Inspetor de Ultrassom N3 SNQC: 6050
Nº Rev:
PROCEDIMENTO GMAC-ME-001 B
Area ou FOLHA::
Unidade: CONTROLE DE QUALIDADE 15 de 15
Título: SEP:
PROCEDIMENTO PARA INSPEÇÃO POR
MEDIÇÃO DE ESPESSURAS POR ULTRASSOM

ANEXO 2

Procedimento de acordo com a Norma ASME V Edição 2017.

Ricardo dos Santos Bispo


Inspetor de Ultrassom N3 SNQC: 6050

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