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PROCEDIMENTO - CONCLUIDO

EMPREENDIMENTO: EXECUÇÃO DAS OBRAS DA ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE FOLHA:


ESGOTO CAIEIRAS (1ª ETAPA) 01 de 28
UNIDADE:
ETE CAIEIRAS
COMPANHIA DE SANEAMENTO TÍTULO:
BÁSICO DO ESTADO DE SÃO PPR – PROGRAMA DE PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA
PAULO
CONSÓRCIO ETE CAIEIRAS – 1 ETAPA
CNPJ: 53.666.000.0001-91

Lucas Ramalho Campos


Engenheiro de Segurança do Trabalho
Crea/SE 271.373.582-3

REV. DESCRIÇÃO E/OU FOLHAS ATINGIDAS

00 EMISSÃO INICIAL

REV.0 REV.1 REV.2 REV.3 REV.4 REV.5 REV.6 REV.7


Data: 05/03/2024
Execução: CONSÓRCIO
Verificação:
Aprovação:
AS INFORMAÇÕES DESTE DOCUMENTO SÃO PROPRIEDADE DO CONSÓRCIO ETE CAIEIRAS – 1 ETAPA, SENDO PROIBIDA A UTILIZAÇÃO FORA DA SUA FINALIDADE.
FORMULÁRIO PERTENCENTE À NORMA INTERNA DO CONSÓRCIO ETE CAIEIRAS – 1 ETAPA.
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PROCEDIMENTO - CONCLUÍDO
EMPREENDIMENTO: EXECUÇÃO DAS OBRAS DA ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE FOLHA:
ESGOTO CAIEIRAS (1ª ETAPA) 2 de 28
TÍTULO:
PPR – PROGRAMA DE PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA

SUMÁRIO

1. IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA ........................................................................................................... 4


2. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................ 5
3. OBJETIVOS ............................................................................................................................................ 5
3.1 Objetivos Específicos ........................................................................................................................... 5
4. DEFINIÇÕES .......................................................................................................................................... 6
4.1 Classes de Contaminantes gasosos ................................................................................................... 7
4.2 Efeitos biológicos no organismo humano ......................................................................................... 8
5. RESPONSABILIDADES E ATRIBUIÇÕES ........................................................................................... 9
5.1 Do empregador ...................................................................................................................................... 9
5.2 Dos colaboradores ................................................................................................................................ 9
6. COMO IDENTIFICAR UM BOM RESPIRADOR .................................................................................. 10
7. SELEÇÃO, LIMITAÇÕES E USO DE RESPIRADORES ..................................................................... 10
7.1 Fatores que influem na seleção do respirador ................................................................................ 10
7.2 Seleção do Respirador para Uso Rotineiro ...................................................................................... 11
7.2.1. Uso de respiradores aprovados .......................................................................................... 11
7.2.2. Etapas para identificação do risco ...................................................................................... 11
7.2.3. Etapas para seleção do respirador ..................................................................................... 12
7.3 Seleção do Respirador para uso em atmosferas IPVS .................................................................... 13
7.3.1. Atmosferas IPVS ................................................................................................................. 13
7.3.2. Fatores de proteção atribuídos para EPR .......................................................................... 13
8. OUTROS FATORES QUE AFETAM A SELEÇÃO DE UM RESPIRADOR ........................................ 14
8.1 Problemas de vedação nos respiradores ......................................................................................... 15
8.2 Uso de respiradores em baixas temperaturas ................................................................................. 15
8.3 Uso de respiradores em altas temperaturas .................................................................................... 16
8.4 Inspeção, manutenção e guarda dos respiradores ......................................................................... 16
9. TREINAMENTO .................................................................................................................................... 16
9.1 Treinamento para os colaboradores ................................................................................................. 16
9.2 Registros .............................................................................................................................................. 16
10. PROCEDIMENTOS PARA REALIZAÇÃO DOS “ENSAIOS DE VEDAÇÃO” QUALIFICATIVOS ..... 17
10.1 Ensaios de VEDAÇÃO ........................................................................................................................ 17
10.2 Escolha do Respirador ....................................................................................................................... 18
10.3 Aceitação pelo Usuário ...................................................................................................................... 18
10.4 Critérios aceitáveis para o ensaio de vedação ................................................................................ 18
10.4.1. Questionário de Ensaio de Vedação .................................................................................. 21
10.4.2. Figuras mostrando a forma correta de utilizar o EPR ........................................................ 22
10.4.3. EPR utilizado pelos colaboradores da Empresa ................................................................ 22
11. AVALIÇÃO MÉDICA ............................................................................................................................ 24
11.1 Fatores que devem ser levados em conta ........................................................................................ 24
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11.2 Doenças Respiratórias ....................................................................................................................... 25


12. FORMA DE ACOMPANHAMENTO E AUDITORIAS .......................................................................... 25
13. MANUTENÇÃO DOS DADOS DO PPR ............................................................................................... 26
14. CRONOGRAMA DE TREINAMENTOS ............................................................................................... 26
15. HISTÓRICO DE REVISÕES ................................................................................................................. 27
16. RESPONSÁVEL PELA ELABORAÇÃO DO PPR ............................................................................... 28
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1. IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA

RAZÃO SOCIAL CONSÓRCIO ETE CAIEIRAS – 1 ETAPA

CNPJ 53.666.000/0001-91

Construção de redes de abastecimento de


CNAE: Grau de
ATIVIDADE PRINCIPAL água, coleta de esgoto e construções
42.22-7 Risco: 4
correlatas

ENDEREÇO DO ESCRITÓRIO Rua Padre Nestor Sampaio, 140, Luzia.


CENTRAL Aracaju/Sergipe – CEP 49.045-015 - (79) 3251-9900

ENDEREÇO DO CANTEIRO DE Rodovia Tancredo de Almeida Neves, KM 35,5


OBRAS São Paulo / SP
Contratação semi-integrada para elaboração do projeto executivo e
OBJETO DO CONTRATO execução das Obras da Estação de Tratamento de Esgoto Caieiras,
com vazão de 200 l/s (1ª Etapa), no Extremo Norte RMSP

TELEFONE (79) 3251-9900

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo -


CONTRATANTE SABESP

CNPJ 43.776.517/0001-80

Lucas Ramalho Campos


RESPONSÁVEL (IS) PELA Eng.º Ambiental
ELABORAÇÃO DO PPR Eng.º de Segurança do Trabalho
CREA – 271.373.582-3

lucas.campos@heca.com.br
E – MAIL/TELEFONE (79) 3251-9900/(79) 9 9801-4456
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2. INTRODUÇÃO
Nas muitas atividades de trabalho existem inúmeros e minúsculos contaminantes
que ficam suspensos nos ar. O ar que respiramos é composto por uma combinação
de gases que mantém a vida. O ser humano depende do ar puro que ele respira,
porém quando outras substâncias estão presentes estará sujeito a irritações,
indisposições, problemas de saúde e até mesmo a morte.
A falta do uso de um respirador ou o uso impróprio pode ter efeitos devastadores
na vida ou na saúde do trabalhador.
Selecionar o respirador adequado ao trabalho que você vai realizar é um passo
muito importante, pois, a proteção respiratória é uma das medidas universais de
segurança e visa formar uma barreira de proteção ao trabalhador a fim de reduzir a
sua exposição.
Em consonância com a Portaria número 672, de 08 de Novembro de 2021, emitida
pelo Ministério do Trabalho, estabelece regulamento técnico sobre uso de
equipamentos de proteção respiratória, todo empregador deverá adotar um conjunto
de medidas com a finalidade de adequar a utilização de equipamentos de proteção
respiratória - EPR, quando necessário para complementar as medidas de proteção
eletivas implementadas, ou com a finalidade de garantir uma completa proteção ao
trabalhador contra os riscos existentes nos ambientes de trabalho. A implantação do
PPR é de responsabilidade do empregador.

3. OBJETIVOS
O PPR tem por finalidade adequar a utilização dos equipamentos de proteção
respiratória para garantir uma completa proteção do trabalhador contra os riscos
existentes nos ambientes de trabalho, como também os perigos e danos à saúde.

3.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS


- Estabelecer procedimentos para a seleção e o uso correto dos Equipamentos de
Proteção Respiratória, bem como suas características e limitações;
- Realizar controle eficaz de uso do equipamento adequado para controle das
doenças ocupacionais provocadas pela inalação de ar contaminado com poeiras,
fumos, nevoas, fumaça, gases e vapores, levando-se em conta o tipo de atividade e
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as características individuais de cada colaborador, a fim de garantir a proteção de


cada um contra os riscos existentes no ambiente de trabalho.

4. DEFINIÇÕES
Ar respirável: ar adequado para a respiração, contendo normalmente 21% de
oxigênio em volume.
Atmosfera perigosa: atmosfera que contém um ou mais contaminantes em
concentração superior ao limite de tolerância, ou cujo teor de oxigênio seja inferior a
18% em volume.
Contaminante: substância (normalmente química) ou material perigoso capaz de
causar irritação, ou desconforto.
Atmosfera com deficiência de oxigênio: é definida pelo NIOSH (Instituto
Nacional de Saúde Ocupacional e Segurança dos Estados Unidos) como qualquer
atmosfera com menos de 19,5% de oxigênio ao nível do mar.
IPVS (Imediatamente Perigoso à Vida ou à Saúde): qualquer atmosfera que
apresente risco imediato à vida ou produza imediato efeito debilitante irreversível à
saúde. Um local é considerado IPVS quando:
1. A concentração é conhecida ou se suspeita que esteja acima do limite de
exposição IPVS.
2. É um espaço confinado com teor de oxigênio menor que o normal (21% em
volume), a menos que a causa da redução do teor de oxigênio seja conhecida e
controlada.
3. O teor de oxigênio é menor que 18%, ao nível do mar.
Limite de tolerância: concentração ou intensidade máxima ou mínima,
relacionada com a natureza e o tempo de exposição ao agente, que não causará dano
à saúde do trabalhador durante a sua vida laboral.
Teste de estanqueidade: teste que avalia a capacidade de um respirador
específico em um dado indivíduo.
Higienização: processo de remoção de contaminante dos respiradores e inibição
da ação de agentes causadores de infecções ou doenças.
Semi-máscara: equipamento de proteção respiratória que visa à proteção do
usuário contra inalação de contaminantes, protegendo somente as vias aéreas.
EPR: Equipamento de Proteção Respiratória.
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EPI: Equipamento de Proteção Individual.


Filtro: dispositivo destinado a reter impurezas específicas contidas no ar.
Pressão Positiva: condição em que a pressão na zona próxima ao nariz ou boca
fica positiva em relação ao ambiente externo durante a fase de inalação e/ou durante
o teste.
Pressão Negativa: condição em que a pressão na zona próxima ao nariz ou boca
fica negativa em relação ao ambiente externo durante a fase de inalação, durante o
teste.
Fator de Prevenção Requerida: quociente entre a concentração do contaminante
no ambiente e seu limite e exposição.
Limite de exposição: máxima concentração permitida de um contaminante no ar
à qual um indivíduo pode estar exposto.
Máscara Autônoma: equipamento de proteção respiratória no qual o usuário
carrega seu próprio suprimento de ar respirável, ou oxigênio.
Respirador: equipamento de visa à proteção do usuário contra a inalação de ar
contaminante ou de ar com deficiência de oxigênio.
Inertização: deslocamento da atmosfera existente em um espaço confinado por
um gás inerte, resultando uma atmosfera não combustível e com deficiência de
oxigênio.
Oxigênio Puro: atmosfera contente somente oxigênio (100%).
Programa de Proteção Respiratória: conjunto de medidas práticas e
administrativas necessárias para proteger a saúde do trabalhador pela seleção e uso
correto dos respiradores.
Espaço Confinado: é qualquer área ou ambiente não projetado para ocupação
humana contínua; que possua meios limitados de entrada e saída; cuja ventilaçao
existente é insuficiente para remover contaminantes ou onde possa existir a
deficiência ou enriquecimeto de oxigênio.

4.1 CLASSES DE CONTAMINANTES GASOSOS


Quimicamente os contaminantes gasosos podem ser classificados como:
• Inertes
Não são metabolizados pelo organismo
Ex.: Nitrogênio, Hélio, Argônio, Neônio, Dióxido de Carbono.
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• Ácidos
Podem causar irritações no sistema respiratório e provocar o aparecimento de
edemas pulmonares
Ex.: Dióxido de Enxofre, Gás Sulfídrico, Ácido Clorídrico.
• Alcalinos
Idem aos Ácidos – Ex.: Amônia e Aminas.
• Orgânicos
Podem existir como gases ou vapores de composto líquido orgânico. Ex.: Acetona,
Cloreto de Vinila, Etc.
• Organo - Metálicos
Compostos metálicos combinados a grupos orgânicos.
Ex.: Chumbo Tetraetila e Fósforo Orgânico.

4.2 EFEITOS BIOLÓGICOS NO ORGANISMO HUMANO


Os gases e vapores podem ser classificados segundo a sua ação sobre o
organismo. Dividindo-se em 03 grupos:
• Irritante
Produzem inflamação nos tecidos com que entra em contato direto: pele, olhos, via
respiratória.
Ex.: ácido clorídrico, sulfúrico, amônia, soda cáustica. O ponto de ação dos gases
e vapores irritantes é determinado pela solubilidade.
• Anestésico
A maioria dos solventes pertencem a este grupo, uma propriedade comum a todos
é o efeito anestésico, devido a ação depressiva sobre o sistema nervoso central.
Ex.: clorofórmio, éter; os quais podem provocar perda da sensibilidade,
inconsciência e a morte.
• Asfixiantes
Simples = Nitrogênio.
Químico = “CO“ - Monóxido de carbono.
• Venenos sistêmicos
Podem causar danos aos órgãos e sistemas vitais do corpo humano.
Ex.: vapores metálicos de Mercúrio, Arsênio, etc.
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5. RESPONSABILIDADES E ATRIBUIÇÕES

5.1 DO EMPREGADOR
- Disponibilizar EPR’s quando as medidas de ordem geral ou específica não
oferecerem completa proteção contra os danos à saúde dos empregados;
- Implementar e exigir o uso de respirador nos locais e/ou operações com alguma
possibilidade de contaminação através de via respiratória;
- Providenciar a manutenção e higienização das máscaras, respiradores e
componentes;
- Administrar e atualizar o PPR;
- Inspecionar e testar periodicamente os EPR’s existentes;
- Realizar, nos colaboradores testes periódicos de capacidade de vedação, sempre
que houver mudanças do PPR e/ou modificações nos EPR’s existentes;
- Promover e conduzir o treinamento dos empregados quanto ao uso do EPR
conforme: FORM-HECA-CRH-007 – Formulário de Treinamento.
- Encaminhar os colaboradores para exame médico periódico como RX de tórax e
Espirometria, conforme NR 7 – PCMSO;
- Promover instruções aos colaboradores referentes ao abandono da área de risco
por qualquer motivo de falha, ou mau funcionamento no respirador, que altere a sua
proteção, bem como outras situações que exponha o colaborador ao risco.

5.2 DOS COLABORADORES


- Usar o respirador fornecido de acordo com as instruções e treinamento recebidos;
- Zelar para que o respirador não se danifique ou deforme;
- Caso observe que o respirador não está funcionando bem, deverá deixar
imediatamente a área contaminada e comunicar o defeito ao responsável pela
empresa;
- Conscientizar-se da importância do uso do Equipamento de Proteção
Respiratória;
- Comunicar a área de Saúde Ocupacional, qualquer alteração do seu estado de
saúde que possa influir na sua capacidade de usar o respirador de modo seguro.
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6. COMO IDENTIFICAR UM BOM RESPIRADOR


Para que o respirador seja adequado e garanta uma eficiente proteção respiratória,
devemos considerar as seguintes características:
Eficiência do filtro: a qualidade do elemento filtrante é muito importante para a
adequada proteção respiratória. É muito importante que se faça a escolha do filtro
apropriado para cada situação e contaminante.
Vedação: um respirador que não se ajusta bem à face não dará uma boa vedação,
e não estará protegendo o usuário, uma vez que os contaminantes entrarão pelas
deficiências de vedação.
Tempo de uso: após ter sido selecionado, com base nos riscos existentes no
ambiente de trabalho, o respirador deve ser usado por todo o tempo em que você
permanecer no ambiente contaminado. A exposição a estes ambientes, mesmo que
por curtos períodos pode causar doenças ocupacionais ou até mesmo a morte.

7. SELEÇÃO, LIMITAÇÕES E USO DE RESPIRADORES

7.1 FATORES QUE INFLUEM NA SELEÇÃO DO RESPIRADOR


a) Atividade do usuário
Na seleção de um respirador deve ser levada em conta a atividade do usuário (por
exemplo: se permanece continuamente na área de risco ou não, durante o turno de
trabalho, ou se o trabalho é leve, médio ou pesado e a sua localização na área de
risco.
b) Condições de uso do respirador
É importante considerar o tempo durante de uso do respirador.
Cada respirador tem suas características que o tornam apropriado para uso
rotineiro, não rotineiro, emergências ou resgates.
c) Localização da área de risco
Na seleção deve-se levar em conta a localização da área de risco relativamente a
áreas seguras que possuam ar respirável. Isto permite planejar a fuga na ocorrência
de uma emergência, a entrada de pessoas para a realização dos serviços de
manutenção ou reparos ou para as operações de resgate.
d) Características e limitações dos respiradores
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É muito importante levar em conta, também, as características físicas e funcionais


dos respiradores, bem como as suas limitações.
e) Características da tarefa
As condições do ambiente e o nível de esforço exigido de um usuário de um
respirador podem reduzir drasticamente a vida útil do respirador. Por exemplo: em
casos de extremo esforço, a autonomia de uma máscara autônoma fica reduzida pela
metade.

7.2 SELEÇÃO DO RESPIRADOR PARA USO ROTINEIRO


É de suma importância que o usuário do EPR tenha conhecimento dos riscos
ambientais, utilize o EPI de forma consciente e qualquer alteração ou dúvida sobre o
mesmo, procurar o SESMT do CONSÓRCIO ETE CAIEIRAS – 1 ETAPA.

7.2.1. Uso de respiradores aprovados

Somente devem ser usados respiradores aprovados. Qualquer modificação,


mesmo que pequena, pode afetar de modo significativo o desempenho do respirador.
A seleção de um respirador exige o conhecimento de cada operação, para
determinar os riscos que possam estar presentes e, assim, selecionar o tipo ou a
classe de respirador que proporcione a proteção adequada.

7.2.2. Etapas para identificação do risco

A natureza do risco respiratório deve ser determinada do seguinte modo:


a) determinar o (s) contaminante (s) que possa (m) estar presente (s) no ambiente
de trabalho;
b) verificar a existência de limite de tolerância, ou qualquer outro limite de
exposição, ou estimar a toxidez do (s) contaminante (s) e se existe a concentração
IPVS;
c) verificar Normatizações e/ou Legislação específica para o (s) contaminante (s)
(por exemplo: asbesto, sílica, etc.). Neste caso, a seleção do respirador fica
dependente dessas indicações;
d) se existir o risco potencial de deficiência de oxigênio, medir o teor de oxigênio
no ambiente; e medir ou estimar a concentração do (s) contaminante (s) no ambiente;
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f) determinar o estado físico do contaminante. Se for aerossol, determinar ou


estimar o tamanho da partícula, avaliar se a pressão de vapor da partícula será alta
na máxima temperatura prevista no ambiente de trabalho;
g) verificar se o contaminante presente pode ser absorvido pela pele, produzir
sensibilização da pele, ser irritante ou corrosivo para os olhos ou pele;
h) se o contaminante é vapor ou gás, verificar se é conhecida a concentração de
odor, paladar ou de irritação da pele.

7.2.3. Etapas para seleção do respirador

O respirador apropriado deve ser selecionado conforme o seguinte procedimento:


a) se não for possível determinar qual o contaminante tóxico potencialmente
presente no ambiente, ou a sua concentração, considerar a atmosfera IPVS;
b) se não existir limite de exposição ou valores de orientação disponíveis, e se não
puder ser feita a estimativa da toxidez, considerar a atmosfera IPVS;
c) se existir limite de exposição ou orientação disponível para o contaminante, siga-
a;
d) se a atmosfera for deficiente de oxigênio, o tipo de respirador selecionado
dependerá da pressão parcial de oxigênio, da pressão ambiente e da concentração
dos contaminantes que possam estar presentes;
e) dividir a concentração medida ou estimada de cada contaminante pelo limite de
exposição ou valores de orientação para obter o Fator de Proteção Requerido. Se
mais de uma substância estiver presente considerar os efeitos sinérgicos;
f) se o contaminante for somente gás ou vapor, escolher um respirador com Fator
de Proteção Atribuído maior que o Fator de Proteção Requerido. A concentração do
contaminante no ambiente deve, contudo, ser menor que a concentração máxima de
uso do filtro químico escolhido;
g) se o contaminante for base de tinta, esmalte ou verniz, usar um respirador com
filtro combinado: filtro químico contra vapores orgânicos e filtro mecânico classe P1;
h) se o contaminante for um aerossol mecanicamente gerado (poeiras e névoas),
usar filtro classe P1;
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i) se o contaminante for um aerossol termicamente gerado (fumos metálicos), usar


filtro classe P2.

7.3 SELEÇÃO DO RESPIRADOR PARA USO EM ATMOSFERAS IPVS


A seleção do respirador para IPVS, espaços confinados ou atmosferas com
pressão reduzida deve seguir os passos abaixo.

7.3.1. Atmosferas IPVS

Um local é considerado IPVS quando:


a) a concentração é conhecida ou se suspeita que esteja acima do limite de
exposição IPVS;
b) é um espaço confinado com teor de oxigênio menor que o normal (20,9% em
volume), a menos que a causa da redução do teor de oxigênio seja conhecida e
controlada.
c) o teor de oxigênio é menor que 12,5%, ao nível do mar, ou a pressão atmosférica
do local é menor que 450 mmHg (equivalente a 4.240 m de altitude) ou qualquer
combinação de redução na porcentagem de oxigênio e pressão reduzida, que leve a
uma pressão parcial de oxigênio menor que 95 mmHg.

7.3.2. Fatores de proteção atribuídos para EPR

Quadro 1: Fatores de Proteção Atribuídos Para EPR (1)

TIPO DE COBERTURA DAS VIAS RESPIRATÓRIAS


TIPO DE RESPIRADOR
Peça Semifacial Peça Facial Inteira

Purificador de Ar 10 100

De Adução de Ar:

- Máscara Autônoma (2) (Demanda) 10 100

- Linha de Ar Comprimido (Demanda) 10 100

TIPO DE COBERTURA DAS VIAS RESPIRATÓRIAS


TIPO DE RESPIRADOR Sem
Peça Peça Facial Capuz
Vedação
Semifacial Inteira Capacete
Facial
Purificador de Ar Motorizado 50 1000(3) 1000 25
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De Adução de Ar:

Linha de Ar Comprimido:

- De Demanda com Pressão Positiva 50 1000 - -

- Fluxo Contínuo 50 1000 1000 25


Máscara Autônoma (Circuito Aberto ou
Fechado)
- De Demanda com Pressão Positiva - (4) - -
Fonte: IN nº 1 de 11 de abril de 1994

Notas:
1 – Inclui a peça quarto facial, a peça semifacial filtrante a as peças semifaciais de elastômeros.
2 – A máscara autônoma de demanda não deve ser usada para situações de emergência como
incêndios.
3 – Os fatores de proteção apresentados são de respiradores com filtro P3 ou sorbentes (cartuchos,
químicos pequenos ou grandes). Com filtros classe P2, deve-se usar Fator de Proteção atribuídos
às limitações do filtro.
4 – Em situações de emergência, onde as concentrações dos contaminantes possam ser
estimadas, deve-se usar um fator de proteção atribuído não maior que 10.000.
5 – O fator de proteção atribuído, não é aplicável para respiradores de fuga.

8. OUTROS FATORES QUE AFETAM A SELEÇÃO DE UM RESPIRADOR

a) Pelos faciais
Um respirador com cobertura das vias respiratórias de qualquer tipo seja de
pressão positiva ou negativa, não deve ser usado por pessoas cujos pêlos faciais
(barba, bigode, costeletas ou cabelos) possam interferir no funcionamento das
válvulas, ou prejudicar a vedação na área de contato com o rosto.
b) Necessidade de comunicação
Na escolha de certos tipos de respiradores deve-se levar em conta o nível de ruído
do ambiente e a necessidade de comunicação.
Falar em voz alta pode provocar deslocamento de algumas peças faciais.
c) Visão
Quando o usuário necessitar usar lentes corretivas, óculos de segurança, protetor
facial, óculos de soldador ou outros tipos de proteção ocular ou facial, eles não
deverão prejudicar a vedação.
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Quando a peça facial for inteira ou do tipo que exija selagem perfeita, deverão ser
usados óculos sem tiras ou hastes que passem na área de vedação do respirador,
seja de pressão negativa ou positiva.
Somente é permitido o uso de lentes de contato quando o usuário do respirador
está perfeitamente acostumado ao uso desse tipo de lente.
Com lentes de contato colocadas, o trabalhador deve ensaiar o uso do respirador.

8.1 PROBLEMAS DE VEDAÇÃO NOS RESPIRADORES


- Não devem ser usados gorros ou bonés com abas, que interfiram com a vedação
da peça facial no rosto;
- Os tirantes dos respiradores não devem passar sobre partes duras dos
capacetes;
- O uso de outros equipamentos de proteção individual, como capacetes ou
máscara de soldador não devem interferir na vedação da peça facial.

8.2 USO DE RESPIRADORES EM BAIXAS TEMPERATURAS


O desempenho do respirador pode ficar prejudicado quando este é usado em baixa
temperatura e isso deve ser levado em conta na seleção (lentes ou visores podem
embaçar e o congelamento pode prejudicar a vedação das válvulas).
A máscara autônoma aprovada para operar abaixo de 0° C deve possuir pinça
nasal, mascarilha interna ou outro meio que evite esses inconvenientes. A umidade
do ar comprimido deve estar dentro das especificações (ver NBR-12543), e devem
ser observados outros detalhes:
a) checar todas as conexões que possam ser afetadas pela baixa temperatura;
b) no frio, guardar com cuidado todos os componentes elastoméricos (peça facial,
traqueia, etc.), de modo que não se deformem e prejudiquem a vedação no rosto.
Outros componentes devem manter a elasticidade mesmo em baixa temperatura:
guarnições, gaxetas, diafragmas e anéis oring.
Em temperatura muito baixa, as válvulas do respirador podem congelar abertas ou
fechadas devido à presença de umidade.
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8.3 USO DE RESPIRADORES EM ALTAS TEMPERATURAS


Além de influir no desempenho de um respirador, o calor provoca o "stress" térmico
que é agravado pelo uso desse EPI. Por estas razões, na seleção do respirador
devem-se levar em conta esses fatores, e o médico deve aprovar a escolha.
Pode-se reduzir a contribuição ao "stress" devido ao respirador, usando respirador
leve, de baixa resistência à respiração e com espaço morto o menor possível. O ar
exalado que permanece no espaço morto do respirador é inalado no ciclo seguinte.
Reduzindo o espaço morto, reduz-se o teor de gás carbônico no ar inalado, que é
o maior responsável pelo stress devido ao uso de respirador.

8.4 INSPEÇÃO, MANUTENÇÃO E GUARDA DOS RESPIRADORES


Devem ser realizadas manutenções periódicas nos respiradores para que eles mantenham
sua eficiência original através de inspeções, reparos, limpeza e guarda adequada.

9. TREINAMENTO

9.1 TREINAMENTO PARA OS COLABORADORES


Todos os trabalhadores de áreas ou atividades que requerem o uso de
respiradores deverão ser instruídos sobre suas responsabilidades no Programa de
Proteção Respiratória. Eles devem ser treinados sobre a necessidade, uso, limitações
e cuidados com os respiradores.
- Com a finalidade de garantir o uso de equipamentos de proteção respiratória.
- O treinamento deve ser ministrado por uma pessoa qualificada, conforme a
legislação vigente do MTE devendo ser registrados, por escrito, os nomes das
pessoas que foram treinadas, o conteúdo ministrado e as datas do treinamento
conforme formulário de treinamento FORM-HECA-CRH-007 – Registro de
Treinamento.

9.2 REGISTROS
Deverá ser mantido arquivado pela empresa a lista de controle de treinamento a
qual comprova a realização do mesmo, conforme FORM-HECA-CRH-007.
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10. PROCEDIMENTOS PARA REALIZAÇÃO DOS “ENSAIOS DE VEDAÇÃO”


QUALIFICATIVOS
Os colaboradores que utilizam respirador devem ser submetidos ao ensaio de
vedação.

10.1 ENSAIOS DE VEDAÇÃO


Todo o usuário de respirador deve ser submetido inicialmente a um ensaio
qualitativo de vedação para determinar se o respirador se ajusta bem ao rosto.
Convém observar a diferença entre:

VERIFICAÇÃO DE VEDAÇÃO E ENSAIO DE VEDAÇÃO.

VERIFICAÇÃO DE VEDAÇÃO:
É um ensaio rápido feito pelo próprio usuário antes de entrar na área de risco, ou na própria
área, sem o uso de nenhum agente químico.
ENSAIO DE VEDAÇÃO:
É feito numa sala, fora da área de risco, onde uma pessoa espalha um agente químico ao redor
do rosto do usuário e observa as suas respostas.

Toda vez que o usuário colocar o respirador antes de entrar na área de risco ou
ajustá-lo quando já estiver no local, deve-se verificar a vedação, para garantir que ele
está ajustado corretamente na face.
Essa “verificação de vedação” não substitui os ”ensaios de vedação” qualitativos.
São recomendados dois procedimentos: o de Pressão Positiva e o de Pressão
Negativa:

a) “VERIFICAÇÃO DE VEDAÇÃO” pelo TESTE DE PRESSÃO NEGATIVA:


Este procedimento pode ser usado com os respiradores purificadores de ar ou de
adução de ar, equipados com coberturas das vias respiratórias com contato facial. É
difícil fazer esta verificação nos respiradores sem válvula. As aberturas de entrada de
ar (filtros) são bloqueadas completamente pela palma da mão ou pela colocação de
um selo na entrada do filtro químico de tamanho médio ou grande, ou estrangulando
a traqueia ou a mangueira. O usuário deve inalar suavemente e segurar a respiração.
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Se a peça facial aderir ao rosto, pode-se afirmar que a vedação da peça facial é
satisfatória.

b) “VERIFICAÇÃO DE VEDAÇÃO” PELO TESTE DE PRESSÃO POSITIVA:


Este teste pode ser usado em respiradores com cobertura das vias respiratórias
com contato facial e que contenham válvula de inalação e de exalação. Pode ser difícil
ou impossível realizar ensaios nos que não possuem válvulas. A válvula de exalação,
ou traqueia, ou ambas, são bloqueadas, e o usuário deve exalar suavemente. A
vedação será considerada satisfatória quando o usuário sentir ligeira pressão dentro
da peça facial e não conseguir detectar nenhuma fuga de ar na zona de vedação entre
a peça facial e o rosto. Em alguns respiradores será necessário remover
temporariamente a cobertura da válvula de exalação antes do teste.

10.2 ESCOLHA DO RESPIRADOR


O técnico responsável pelo ensaio deve auxiliar o usuário na escolha do tamanho
e modelo do respirador, seguindo os critérios de indicação pré-determinados pelo
setor segurança.
A colocação e ajuste das correias do respirador devem ser orientados pelo técnico
responsável.

10.3 ACEITAÇÃO PELO USUÁRIO


A aceitação de um modelo de respirador pelo usuário deve ser levado em conta
durante a seleção, uma vez que isso pode determinar o uso correto do mesmo. O
conforto, resistência à respiração, diminuição da visão, dificuldade de comunicação e
peso do respirador, são fatores importantes na aceitação do seu uso.
Se o modelo de respirador testado inicialmente apresentar baixa aceitação pelo
usuário, deve ser realizado o teste em outro modelo ou tamanho como alternativo.

10.4 CRITÉRIOS ACEITÁVEIS PARA O ENSAIO DE VEDAÇÃO


Serão realizados os ensaios qualitativos conforme descritos no item 10, e que
garanta, no mínimo, um fator de vedação 10 (dez) vezes maior que o fator de proteção
atribuído.
a) Frequência
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O ensaio de vedação deve ser realizado para cada usuário de respirador com
cobertura das vias aéreas respiratórias com vedação facial no mínimo uma vez a cada
12 (doze) meses.
b) Repetição do ensaio
O ensaio de vedação deve ser repetido toda vez que o usuário tenha uma alteração
de condição que possa interferir com a vedação facial:
✓ Mudança de 10% ou mais no peso;
✓ Cicatrizes na área de vedação;
✓ Alteração na arcada dentária (perda de dentes, próteses, etc.);
✓ Cirurgia reconstrutiva.
c) Equipamento de proteção
O ensaio deve ser realizado com o colaborador equipado com todos os EPIs que
serão utilizados na realização dos trabalhos e que possam interferir na vedação:
óculos, proteção facial, máscara de soldador etc.
d) Problemas de vedação e alternativas
Se não for possível conseguir vedação satisfatória com um respirador que exija
vedação na face, será determinada uma das alternativas:
✓ Fornecimento ao usuário de um respirador que não exija vedação perfeita
na face (capacete ou capuz), que possua;
✓ Fator de Proteção Atribuído apropriado para o risco previsto;
✓ Transferência do funcionário para outra atividade que não exija o uso de
respirador.
e) Registros dos ensaios de vedação.
Os registros escritos dos ensaios de vedação devem conter as seguintes
informações:
✓ Procedimentos escritos sobre o programa de ensaios de vedação com
determinação dos testes de pressão positiva e negativa;
✓ Tipo de ensaio de vedação adotado;
✓ Nome e matrícula do operador do ensaio;
✓ Identificação completa do respirador ensaiado (modelo, tamanho, fabricante,
fator de proteção do filtro);
✓ Nome e matrícula do funcionário que está sendo testado;
✓ Data do ensaio;
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✓ Resultado do ensaio de vedação, incluindo: aceitação/rejeição, observações


ou dificuldades na colocação do respirador (uso de lentes de contato ou óculos,
cicatrizes, pelos faciais, etc.);
✓ Resultado da avaliação médica: patologias limitantes intercorrentes,
aprovação no teste, impedimentos e/ou contraindicações;
f) Manutenção dos registros
Deve ser mantido por 03 (três) anos, um registro resumido com os resultados dos
testes de vedação, contendo:
- Nome do usuário;
- Data do ensaio;
- Nome do técnico que conduziu o ensaio;
- Respirador selecionado (fabricante, modelo, tamanho, número do CA);
- Substância usada no ensaio de vedação.
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10.4.1. Questionário de Ensaio de Vedação

Nome da substância utilizada para teste:____________________________

REGISTRO DOS RESULTADOS

Nome:__________________________________ Data:_________________
Ensaio de Sensibilidade Condições Especiais
Acetato de isoamila_____________________
Sacarina ____________________________
Fumaça irritante _______________________
Seleção do Respirador Ensaio Qualitativo
1ª Escolha___________________________ PN PP AI S FI
2ª Escolha___________________________ ___ ___ ___ ___ ___
3ª Escolha____________________________
1 – Passou 2 – Falhou 3 – Não Passou

Seleção Final________________________________________
Nome do Instrutor_____________________________________
Assinatura do Empregador/Funcionário____________________

Tamanho Condições Especiais


P – Pequeno PN – Respirador de Pressão Negativa Barba de alguns dias
M – Médio PP – Respirador de Pressão Positiva Barba cerrada
G – Grande AI – Acetato de Isoamila Cicatriz
XG – Extra S – Sacarina Rugas
U – Única FI – Fumaça Irritante Óculos / Outro
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10.4.2. Figuras mostrando a forma correta de utilizar o EPR

Fonte: Fundacentro
ATENÇÃO
Siga sempre os regulamentos da sua empresa quanto à limpeza e guarda dos
respiradores e nunca entre em uma área de risco sem ter inspecionado as condições
do seu equipamento.

10.4.3. EPR utilizado pelos colaboradores da Empresa

O CONSÓRCIO ETE CAIEIRAS – 1 ETAPA fornecerá o EPR aos seus


colaboradores conforme o quadro 2. Todo EPR deverá substituído pelo técnico de
segurança da obra e/ou pessoa devidamente treinada a qualquer momento que seja
necessário, este deverá ser registrado no FORM-01-PR-SMS-016 - Ficha de
Controle de EPI’s do funcionário.
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IMAGEM C.A. DESCRIÇÃO FABRICANTE

Respirador purificador de ar tipo


peça semifacial filtrante para
38.503 partículas classe PFF2, TNT e Delta Plus
poliéster, formato dobrável, com
válvula de exalação.

Respirador purificador de ar tipo


peça semifacial com filtro para
particulados 2091 para proteção
das vias respiratórias contra
4.115 3M do Brasil
poeiras, névoas, fumos,
radionuclídeos e particulados
altamente tóxicos (Classe P3
SL).

Quadro 2: Tipo de EPR


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11. AVALIÇÃO MÉDICA

Os exames médicos ocupacionais seguirão o que preconiza a NR 7- PCMSO


(Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional) do CONSÓRCIO ETE
CAIEIRAS – 1 ETAPA.
Todos os trabalhadores que forem incluídos no programa de proteção respiratória
deverão passar por uma avaliação médica. Esta avaliação deverá ser feita na
admissão do colaborador.
Orientamos que a avaliação médica deve ser realizada também após o ensaio de
vedação, levando em conta os dados do prontuário médico do usuário, entrevista com
o funcionário para pesquisar sintomas e exame clínico, quando necessário, que tem
por objetivo assegurar que o trabalhador se encontre fisicamente e psicologicamente
habilitado a executar suas atividades e utilizar o EPR. As cópias da avaliação e do
questionário médico devem ser arquivadas junto ao prontuário médico do mesmo.
Constará no formulário do ensaio de vedação o registro médico com a aprovação
ou contraindicação do uso de respirador.

11.1 FATORES QUE DEVEM SER LEVADOS EM CONTA


a) Deformidades faciais: a presença de deformidades faciais ósseas ou cicatrizes
extensas pode impedir um ajuste facial adequado do respirador e impedir sua
utilização. O uso de próteses dentárias também deve ser adequado, pois a ausência
de próteses nos maxilares inferior ou superior causa deformidades faciais.
b) Pelos faciais: a barba impede um ajuste facial adequado.
c) Doenças pulmonares: candidatos à utilização de EPR com doenças
pulmonares obstrutivas e restritivas previamente diagnosticadas e sintomáticas não
devem utilizá-los. A presença isolada de sintomas, notadamente a dispneia de
esforços, exige uma avaliação cuidadosa, incluindo avaliação funcional respiratória.
A asma brônquica e bronquite, com crises esporádicas pode não excluir a utilização
de respiradores, com a devida orientação ao usuário.
d) Doenças cardiovasculares: a insuficiência coronariana crônica, as arritmias, e
os usuários com quadro prévio de Infarto agudo do miocárdio não devem utilizar EPR
mecânica com pressão negativa.
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e) Doenças neurológicas: a epilepsia controlada, isto é, na ausência de crises


nos últimos 12 (doze) meses e bom controle farmacológico não contraindicam a
utilização de EPR.
f) Alterações psíquicas: candidatos apresentando claustrofobia não devem
utilizar EPR. A ansiedade pode ser também um fator limitante, dependo de sua
magnitude.

11.2 DOENÇAS RESPIRATÓRIAS


Apesar das defesas naturais, alguns contaminantes conseguem penetrar
profundamente no sistema respiratório e causar algumas doenças, como as
pneumoconioses tais como:
Silicose - É causada por partículas da sílica, muito comum nas indústrias
cerâmicas, minerações, pedreiras e metalúrgicas, provocando uma redução na
capacidade respiratória.
Asbestose - É causada pelas fibras do asbesto (amianto), provocando redução na
capacidade de transferência de oxigênio para o sangue, além de câncer.
Antracose - Também conhecida como "doença do pulmão preto" ou "doença dos
mineiros". É causada pela inalação de partículas de carvão mineral.
Bissinose - É causada principalmente pelas partículas de algodão, comum nas
indústrias têxteis. Provocam redução na capacidade respiratória, febre e tosse
frequente.
Pulmão dos fazendeiros: É provocada pala inalação de partículas dos cereais
(sementes), madeiras ou fenos. Causam um tipo de cicatrização nos pulmões, febre,
calafrios, tosse, dores musculares e redução na capacidade respiratória.
Doenças mais comuns: Bronquites, resfriados crônicos, alergias e sinusites são
também provocadas pela inalação de contaminantes.

12. FORMA DE ACOMPANHAMENTO E AUDITORIAS

Serão realizadas auditorias comportamentais através de preenchimento do RED-


REGISTRO DE DESVIOS.
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13. MANUTENÇÃO DOS DADOS DO PPR

A manutenção dos dados do PPR será feita pelo responsável do cumprimento do


Programa na empresa, em conjunto com o setor de SGI/SMS.

14. CRONOGRAMA DE TREINAMENTOS

CRONOGRAMA DE TREINAMENTOS 2024/2025


Carga
Palestra/Treinamento MAR

AGO
ABR

NOV
OUT
JUN

DEZ

JAN
SET

FEV
JUL
MAI
Horária

Palestra de divulgação e
30 min X
importância do PPR
Palestra sobre Uso,
higienização, conservação e
30 min X X X X
guarda dos EPI’s (proteção
respiratória).
Palestra sobre doenças
respiratórias para todos 30 min X X X X
empregados.

Nota: Pode-se adotar rotatividade dos temas sugeridos ao longo do período até a
finalização da vigência do PPR.
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15. HISTÓRICO DE REVISÕES

Histórico de Revisões

RESUMO DA
REVISÃO DATA ELABORADO APROVADO
ALTERAÇÃO

00 05/03/2024 Emissão inicial LUCAS RAMALHO


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16. RESPONSÁVEL PELA ELABORAÇÃO DO PPR

_________________________
Lucas Ramalho Campos
Engenheiro de Segurança do Trabalho
Crea/SE 271.373.582-3

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