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PROCEDIMENTO - CONCLUÍDO

EMPREENDIMENTO: EXECUÇÃO DAS OBRAS DA ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO FOLHA:


CAIEIRAS (1ª ETAPA) 01 de 19
UNIDADE:
ETE CAIEIRAS
COMPANHIA DE SANEAMENTO TÍTULO:
BÁSICO DO ESTADO DE SÃO PCA – PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA
PAULO
CONSÓRCIO ETE CAIEIRAS – 1 ETAPA
CNPJ: 53.666.000/0001-91

Lucas Ramalho Campos


Engenheiro de Segurança do Trabalho
Crea/SE 271.373.582-3
REV. DESCRIÇÃO E/OU FOLHAS ATINGIDAS

00 EMISSÃO INICIAL

REV.0 REV.1 REV.2 REV.3 REV.4 REV.5 REV.6 REV.7


Data: 05/03/2024
Execução: CONSÓRCIO
Verificação:
Aprovação:
AS INFORMAÇÕES DESTE DOCUMENTO SÃO PROPRIEDADE DO CONSÓRCIO ETE CAIEIRAS – 1 ETAPA, SENDO PROIBIDA A UTILIZAÇÃO FORA DA SUA FINALIDADE.
FORMULÁRIO PERTENCENTE À NORMA INTERNA DO CONSÓRCIO ETE CAIEIRAS – 1 ETAPA
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PROCEDIMENTO- CONCLUÍDO
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TÍTULO:
PCA – PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA

SUMÁRIO

1. IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA ........................................................................................................... 3


2. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................ 4
3. PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA ..................................................................................... 4
3.1 OBJETIVOS ............................................................................................................................................ 4
3.2 ETAPAS DO PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA ............................................................... 5
3.3 RECONHECER E AVALIAR OS RISCOS PARA AUDIÇÃO DO TRABALHADOR ............................. 6
3.4 GERENCIAMENTO AUDIOMÉTRICO DO TRABALHADOR ................................................................ 6
3.5 MEDIDAS DE PROTEÇÃO COLETIVA (ENGENHARIA, ADMINISTRATIVAS) .................................. 6
3.6 AVALIAÇÃO DE EXPOSIÇÃO AO RUÍDO ........................................................................................... 7
3.6.1. Metodologia para acompanhamento de Ruído ........................................................................... 7
3.6.2 Limites de Tolerância – Ruído Contínuo ou Intermitente ............................................................. 7
3.7 MEDIDAS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL ............................................................................................... 8
3.8 AUDITORIA X CONFORTO DO PROTETOR AURICULAR ................................................................. 9
4. RECOMENDAÇÕES .............................................................................................................................. 9
5. GERENCIAMENTO DOS DADOS ....................................................................................................... 10
5.1 AVALIAÇÃO DO PROGRAMA ............................................................................................................ 10
5.2 INFORMAÇÕES TÉCNICO-CIENTÍFICAS DA PAIR .......................................................................... 10
5.2.1. Características Principais da PAIR ........................................................................................... 10
6. AVALIAÇÃO AUDIOLÓGICA DO TRABALHADOR EXPOSTO AO RUÍDO ..................................... 12
6.1 GERENCIAMENTO DO MONITORAMENTO AUDIOMÉTRICO ......................................................... 13
6.2 INTERPRETAÇÃO AUDIOMÉTRICA .................................................................................................. 13
6.3 CONDUTAS NA PERDA AUDITIVA INDUZIDA PELO RUÍDO .......................................................... 13
7. RECOMENDAÇÕES PARA AVALIAR OS PREJUÍZOS OCASIONADOS PELA PAIR .................... 14
7.1 MÉTODO DE ACOMPANHAMENTO E REGISTRO DAS AÇÕES ..................................................... 15
7.2 MANUTENÇÃO DOS DADOS DO PCA .............................................................................................. 15
8. CRONOGRAMA DE TREINAMENTO .................................................................................................. 15
9. ESTUDO DE RESULTADOS QUANTITATIVOS ................................................................................. 16
10. RESPONSÁVEL PELA ELABORAÇÃO DO PCA ............................................................................... 18
11. HISTÓRICO DE REVISÕES ................................................................................................................. 19
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PCA – PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA

1. IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA

RAZÃO SOCIAL CONSÓRCIO ETE CAIEIRAS – 1 ETAPA

CNPJ 53.666.000/0001-91

Construção de redes de abastecimento de


CNAE: Grau de
ATIVIDADE PRINCIPAL água, coleta de esgoto e construções
42.22-7 Risco: 4
correlatas

ENDEREÇO DO ESCRITÓRIO Rua Padre Nestor Sampaio, 140, Luzia.


CENTRAL Aracaju/Sergipe – CEP 49.045-015 - (79) 3251-9900

ENDEREÇO DO CANTEIRO DE Rodovia Tancredo de Almeida Neves, KM 35,5


OBRAS São Paulo / SP
Contratação semi-integrada para elaboração do projeto executivo e
OBJETO DO CONTRATO execução das Obras da Estação de Tratamento de Esgoto Caieiras,
com vazão de 200 l/s (1ª Etapa), no Extremo Norte RMSP

TELEFONE (79) 3251-9900

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo -


CONTRATANTE SABESP

CNPJ 43.776.517/0001-80

Lucas Ramalho Campos


RESPONSÁVEL (IS) PELA Eng.º Ambiental
ELABORAÇÃO DO PCA Eng.º de Segurança do Trabalho
CREA – 271.373.582-3

lucas.campos@heca.com.br
E – MAIL/TELEFONE (79) 3251-9900/(79) 9 9801-4456
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2. INTRODUÇÃO
O ruído é um risco físico frequente no meio industrial, podendo causar danos à
saúde humana, quando este não possui controle na fonte produtora, na trajetória ou
nos colaboradores expostos ao ruído, os efeitos danosos ao organismo só serão
percebidos a longo prazo de forma bastante lenta e irreversível. A surdez ocupacional
é uma doença ocasionada pela exposição ao ruído podendo afetar o homem
simultaneamente, nos planos físico, psicológico e social.
A perda auditiva causada por este agente além de ser lenta, é de progressão
gradual e irreversível, podendo assim causar outros efeitos ao organismo tais quais:
Lesão do órgão auditivo, perturbação na comunicação, dor de cabeça (cefaléia),
fadiga, disfunção hormonal, hipertensão arterial, irritação, estresse, zumbido,
impotência sexual etc.
O risco da lesão auditiva poderá aumentar conforme o nível de pressão sonora e/ou
duração da exposição, depende também das características do ruído e
susceptibilidade individual. A implantação do PCA é de responsabilidade do
empregador, com a implantação do PCA o CONSÓRCIO ETE CAIEIRAS – 1 ETAPA
terá claramente definidos os casos de perdas auditivas e as relações com as
condições ambientais, além de poder planejar investimento e controle para futuras
melhorias das condições de trabalho e saúde de seus colaboradores.

3. PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA


O PCA – Programa de Conservação Auditiva é um conjunto de ações que tem por
objetivo prevenir ou estabilizar perdas auditivas ocupacionais. Por se tratar de um
conjunto de ações coordenadas, o PCA é um programa contínuo e dinâmico de
implantação de rotinas de controle.

3.1 OBJETIVOS
- Melhorar a qualidade de vida do trabalhador evitando a surdez e reduzindo os
efeitos extra auditivos causados pela exposição a níveis de pressão sonora elevada
e outros agentes de risco para a audição;
- Monitorar a exposição dos empregados expostos a Nível de Pressão Sonora e
orientação das medidas de proteção à saúde auditiva individual e coletiva;
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- Identificar os empregados com patologias de orelhas e audição não relacionadas


ao trabalho, os encaminhá-los para tratamentos adequados;
- Diagnosticar precocemente os casos de PAIR – Perda Auditiva Induzida por
Ruído, estabelecendo medidas eficazes preservando a saúde dos trabalhadores;
- Reduzir o custo da insalubridade com comprovação científica;
- Reduzir do custo com reclamatória trabalhista.

3.2 ETAPAS DO PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA


a) Educação
- Informar a todos sobre os efeitos danosos do ruído;
- Informar claramente o que o PCA deseja realizar;
- Descrever como a perda auditiva ocorre e como a proteção deve ocorrer;
- Definir os benefícios para o colaborador e para a empresa.

b) Levantamento das áreas de ruído


- Deve-se realizar um estudo em toda área produtiva, com o objetivo de identificar
os locais ruidosos e grupos homogêneos de exposição.

c) Medidas de Engenharia e/ou Administrativas


c.1) Administrativas:
- Não comprar equipamentos que aumentem o NPS;
- Manter gerenciamento de Manutenção preventiva dos equipamentos ruidosos;
- Não submeter os colaboradores a doses diárias de ruído superior ao tolerável
permitido, aproveitando-os em outros setores menos ruidosos;
- Efetuar a proteção coletiva contra o ruído, atuando na fonte e no meio.
c.2) Engenharia:
- Efetuar a proteção coletiva contra o ruído, atuando na fonte e no meio.

d) Testes Audiométricos
Os colaboradores devem realizar Audiometrias conforme a periodicidade do
PCMSO e/ou a critério médico. Os achados audiométricos devem ser fornecidos aos
colaboradores. Todo empregado deve ser informado quanto o resultado da sua
avaliação audiométrica.
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f) Fluxograma de Avaliação do NPS


A Figura 1 mostra as etapas de avaliações do NPS com o objetivo de eliminar e/ou
reduzir o ruído.
Figura 1 – Fluxograma do PCA

3.3 RECONHECER E AVALIAR OS RISCOS PARA AUDIÇÃO DO TRABALHADOR


➢ Identificar e avaliar todos os riscos que possam afetar a audição para
conhecimento de: Níveis elevados de pressão sonora, produtos químicos,
vibrações e outros, levando-se em conta as possibilidades de interações
entre estes agentes.
➢ A caracterização da exposição só será possível por meio de avaliação
individual ou coletiva e por função.

3.4 GERENCIAMENTO AUDIOMÉTRICO DO TRABALHADOR


Com o objetivo de identificar alterações de perdas auditivas ocupacionais ou não,
a empresa deve padronizar procedimentos de acompanhamento e controle dos
resultados audiométricos, de acordo com o PCMSO.

3.5 MEDIDAS DE PROTEÇÃO COLETIVA (ENGENHARIA, ADMINISTRATIVAS)


Uma vez identificados e avaliados os agentes de risco ambientais no PGR em
vigência, sugere-se a seguinte hierarquia de ações diante das possibilidades da
empresa:
1º Controle da emissão na fonte principal de exposição ou risco;
2º Controle da propagação do agente no ambiente de trabalho;
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3º Controles administrativos.
Nota 1: É importante que a empresa não se restrinja a medições pontuais dos NPS
– Níveis de Pressão Sonora, mas adote a dosimetria para complementar o
monitoramento coletivo.
“Dose: Parâmetro utilizado para caracterização da exposição ocupacional ao ruído,
expresso em porcentagem de energia sonora, tendo por referência o valor máximo
da energia sonora diária admitida, definida com base em parâmetros pré-
estabelecidos” (NHO 01, 2001).

3.6 AVALIAÇÃO DE EXPOSIÇÃO AO RUÍDO


O CONSÓRCIO ETE CAIEIRAS – 1 ETAPA irá realizar avaliação de ruído
(pontual) para evidenciar o NPS dos GHE do PGR.

3.6.1. Metodologia para acompanhamento de Ruído


Medição em decibéis (dB) com o instrumento operando no circuito de
compensação "A" e circuito de resposta lenta (SLOW) / Portaria n.º 3214/78 do MTE
– NR/15 – anexo n.º 1, item 2.

3.6.2 Limites de Tolerância – Ruído Contínuo ou Intermitente


Segundo a Lei 6514 – Portaria 3214/78, Norma Regulamentadora NR-15 – Anexo
1, são definidos tempos máximos de exposição de acordo com o nível de ruído em
dB (A). Tabela – 01:
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Tabela: 01 – Limite de Tolerância para ruído contínuo ou intermitente

Fonte: www.mte.gov.br/ NR – 15

3.7 MEDIDAS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL


O CONSÓRCIO ETE CAIEIRAS – 1 ETAPA fornecerá aos seus colaboradores os
seguintes protetores auditivos, e serão registrados conforme FORM-01-PR-SMS-005
– Ficha de Controle de EPI.
Quadro 01: Tipos de EPI’s
IMAGEM DESCRIÇÃO FABRICANTE C.A. NRRsf
Protetor auditivo de
segurança, tipo plug de
três flanges,
confeccionado em
Plastcor 18.190 14dB(A)
copolímero na cor
amarela.
Atóxico/antialérgico,
com cordão
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Protetor auditivo
constituído por duas
conchas de ABS nas
cores amarela ou
vermelha, montadas
em uma haste de
poliacetal na cor preta
em forma de arco
adaptável à cabeça
humana e fixadas nas Plastcor 41.194 24dB(A)
conchas através de um
arame de metal e pinos
de ABS. As conchas
são recobertas por
almofadas externas
(laminado de PVC e
espuma) e
internamente
almofadas (espuma).

Obs.: É de suma importância que ao adquirir novo EPI, seja observado o NRRsf.

• Os protetores auditivos poderão sofrer alterações de marcas e tipos.


Ao usuário de protetor auricular deve-se dar a oportunidade de escolha, dentre os
equipamentos aprovados, daquele que maior conforto lhe oferecer.
A obrigatoriedade do uso de protetores auriculares nos locais estabelecidos deverá
ser respeitada, independente do tempo de permanência nestes locais.
Os colaboradores deverão manter seus protetores auriculares limpos e, quando
não utilizados, acondicionados em local apropriado. Os plugs deverão ser lavados
com água e sabão neutro frequentemente.
Protetores tipo plug, uso individual, deverão ser trocados de acordo com a
necessidade.

3.8 AUDITORIA X CONFORTO DO PROTETOR AURICULAR


Avaliar o conforto oferecido pelo protetor é de suma importância, uma vez que as
chances do trabalhador não utilizá-lo aumentam se o protetor for desconfortável.
O CONSÓRCIO ETE CAIEIRAS – 1 ETAPA deverá fazer auditoria
comportamental em relação ao uso do protetor auricular.

4. RECOMENDAÇÕES
Em consonância com a NR-6, no item 6.6.1 Cabe ao empregador quanto ao EPI:
a) adquirir o adequado ao risco de cada atividade;
b) exigir seu uso;
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c) fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional competente em matéria de


segurança e saúde no trabalho;
d) orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação;
e) substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado; f) responsabilizar-se pela
higienização e manutenção periódica; e, g) comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada. h)
registrar o seu fornecimento ao trabalhador, podendo ser adotados livros, fichas ou sistema eletrônico.

Em consonância com a NR-6, no item 6.7.1 Cabe ao empregado quanto ao EPI:


a) usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina;
b) responsabilizar-se pela guarda e conservação;
c) comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso; e,
d) cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado.

5. GERENCIAMENTO DOS DADOS


Através da “Sistematização” dos dados obtidos, de modo a subsidiar ações de
planejamento e controle do PCA da empresa durante a sua vigência. A administração
poderá apoiar e oferecer os recursos necessários para o bom andamento do PCA,
incluindo-se pausas previstas e locais silenciosos para repousos auditivos daqueles
que estão expostos aos ruídos, e controlar o tempo de exposição dos empregados
durante toda a jornada laboral.

5.1 AVALIAÇÃO DO PROGRAMA


Sendo o objetivo primordial de qualquer PCA evitar ou reduzir a ocorrência de
perdas auditivas ocupacionais, esta etapa deve priorizar os seguintes aspectos:
1. Avaliar a abrangência e a qualidade dos componentes do programa;
2. Avaliar os resultados dos exames audiométricos individual e setorialmente
na empresa.

5.2 INFORMAÇÕES TÉCNICO-CIENTÍFICAS DA PAIR


A perda auditiva induzida pelo ruído (PAIR) relacionada ao trabalho,
diferentemente do trauma acústico, é uma diminuição gradual da acuidade auditiva,
decorrente da exposição continuada a elevados níveis de pressão sonora.

5.2.1. Características Principais da PAIR


A PAIR é sempre neurossensorial em razão do dano causado as células do órgão
de Corti.
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Uma vez instalada, a PAIR é irreversível e, quase sempre, similar bilateralmente.


Raramente leva à perda auditiva profunda, pois não ultrapassa os 40 dB NA nas
frequências baixas e médias e os 75 dB NA nas frequências altas.
Manifesta-se primeira e predominantemente nas frequências de 6, 4 e 3 kHz e,
com agravamento da lesão, estende-se às frequências de 8, 2, 1, 0,5 e 0,25 kHz, as
quais levam mais tempo para serem comprometidas.
Tratando-se de uma doença predominantemente coclear, o portador da PAIR
relacionada ao trabalho pode apresentar intolerância sons intensos, zumbidos, além
de ter comprometida a inteligibilidade da fala, em prejuízo do processo de
comunicação.
Uma vez cessada a exposição ao ruído não deverá haver progressão da PAIR.
A PAIR relacionada ao trabalho é, principalmente, influenciada pelos seguintes
fatores: características físicas do ruído (tipo, espectro e nível de pressão sonora),
tempo de exposição e susceptibilidade individual.
A PAIR relacionada ao trabalho geralmente atinge o nível máximo para as
frequências de 3, 4 e 6 kHz nos primeiros 10 a 15 anos de exposição, sob condições
estáveis de ruído. Com o passar do tempo, a progressão da lesão torna-se mais lenta.
A PAIR relacionada ao trabalho não torna o ouvido mais sensível a futuras
exposições.
O diagnóstico nosológico de PAIR relacionada ao trabalho só pode ser
estabelecido por meio de um conjunto de procedimentos que envolvam anamnese
clínica e ocupacional, exame físico, avaliação audiológica e, se necessário, exames
complementares.
A PAIR relacionada ao trabalho pode ser agravada pela exposição simultânea a
outros agentes, como por exemplo produtos químicos e vibrações.
A PAIR relacionada ao trabalho é uma doença passível de prevenção e pode
acarretar ao trabalhador alterações funcionais e psicossociais capazes de
comprometer sua qualidade de vida.
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6. AVALIAÇÃO AUDIOLÓGICA DO TRABALHADOR EXPOSTO AO RUÍDO


A audiometria tonal e vocal, exame obrigatório por lei, é um dos métodos que
compõem a avaliação audiológica do indivíduo.
Este método é subjetivo, e como tal, pode sofrer variações relacionadas ao
trabalhador, examinador, ambiente e/ou equipamento.
Para reduzir os efeitos destas variações e aumentar a confiabilidade dos resultados
recomenda-se a observação dos seguintes requisitos:
a) Repouso auditivo do trabalhador de no mínimo 14 horas;
b) Exame realizado por profissional legalmente habilitado – fonoaudiólogo ou
médico otorrinolaringologista;
c) Identificação do trabalhador com documento oficial que contenha fotografia;
d) Anamnese clínica e ocupacional;
e) Inspeção visual do meato acústico externo no momento do exame;
f) Ambiente para a realização do exame segundo a norma ISO 8253-1;
g) Calibração acústica anual do audiômetro, pela INMETRO;
h) Verificação subjetiva do audiômetro precedendo a realização dos exames
solicitados;
i) Orientação ao trabalhador quanto a finalidade e a sistemática do exame;
j) Via aérea: Frequências de 250, 500, 1000, 2000, 3000, 4000, 6000 e 8000 Hz;
k) Via óssea, quando necessária: Frequências de 500, 1000, 2000, 3000 e 4000
Hz;
l) Limiar de Reconhecimento de Fala (SRT) e o cálculo da discriminação vocal
devem ser realizados a critério do examinador;
m) Periodicidade deverá ser no mínimo: Pré-admissional, seis meses após a
admissão, anualmente e demissional;
n) A ficha de registro Audiométrico deve conter no mínimo: nome, idade,
identificação do examinado, data do exame, nome, assinatura e registro profissional
do examinador, equipamento utilizado, data da calibração acústica, traçado
audiométrico, tempo declarado de repouso auditivo, achados da inspeção visual do
meato acústico externo e outras observações pertinentes.
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6.1 GERENCIAMENTO DO MONITORAMENTO AUDIOMÉTRICO


Consistirá na monitoração audiométrica do trabalhador do CONSÓRCIO ETE
CAIEIRAS – 1 ETAPA, com o objetivo de acompanhar a evolução dos limiares
auditivos.
Para cumprir este objetivo, a determinação dos limiares tonais poderá ser realizada
somente por via aérea e óssea.

6.2 INTERPRETAÇÃO AUDIOMÉTRICA


O valor de 25 dB constitui o limite aceitável na área de saúde ocupacional.
Na comparação com o exame de referência, é considerada mudança significativa
de limiares auditivos, os critérios recomendados pelo SBO em 1993, ou seja:
“Diferenças entre as médias aritméticas que atingirem 10 dB, ou mais, no grupo de
frequências de 500, 1000 e 2000 Hz, ou no grupo de 3000, 4000 e 6000 Hz. As pioras
em frequências isoladas só serão consideradas significativas quando atingirem 15 dB
ou mais”.

6.3 CONDUTAS NA PERDA AUDITIVA INDUZIDA PELO RUÍDO


Relativas ao exame audiométrico admissional:
- Na presença de exames anteriores:
✓ Considerar de baixo risco à admissão, o trabalhador portador de PAIR com
limiares auditivos comprovadamente estabilizados, sem sintomatologia clínica;
✓ Considerar de alto risco a admissão do trabalhador para postos ou ambientes de
trabalho ruidosos se o mesmo apresentar progressão dos limiares auditivos.
- Na presença ou ausência de exames anteriores:
✓ Considerar de alto risco a admissão do trabalhador para postos ou ambientes de
trabalho ruidosos quando este apresentar anacusia unilateral, mesmo que a audição
contralateral esteja normal;
✓ Considerar de alto risco a admissão do trabalhador com perda auditiva neuro-
sensorial causada por agente etiológico que não o ruído que comprometa as
frequências de 500, 1000, e 2000 kHz;
✓ Considerar de alto risco a admissão do trabalhador com PAIR em empresas nas
quais não esteja implantado um Programa de Controle Auditivo (PCA).
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- Relativas ao exame audiométrico periódico:


✓ Uma vez constatada a PAIR e seu agravamento (clínico e/ou audiométrico), deve-
se:
• Controlar a exposição ao risco por meio da adoção de medidas de proteção
coletiva e individual;
• Afastar da exposição ao risco o trabalhador com PAIR em progressão na empresa
em que não esteja implantado um PCA.
- Relativas ao trabalhador:
Todo o trabalhador que apresenta uma PAIR relacionada ao trabalho deve ser
incluído imediatamente nos registros do PCA que contenha, no mínimo,
esclarecimentos sobre:
✓ O fato ocorrido com sua audição;
✓ Os potenciais danos causados pelo ruído;
✓ O mecanismo de instalação e agravamento das perdas auditivas;
✓ Os mecanismos de proteção ao tipo de ruído a que está exposto;
✓ Os direitos e deveres dos trabalhadores que trabalham sob estas condições;
✓ O uso de protetores auditivos;
✓ Encaminhamentos necessários para cada caso.

7. RECOMENDAÇÕES PARA AVALIAR OS PREJUÍZOS OCASIONADOS PELA


PAIR
Visto que a PAIR pode acarretar ao trabalhador importantes alterações as quais
interferem na sua qualidade de vida, ressalta-se que:
✓ O audiograma, por si só, não é indicativo dos prejuízos ocasionados pela
exposição a níveis de pressão sonora elevados;
✓ A perda auditiva, por si só, não é indicativa de inaptidão para o trabalho e que
porcentagens ou graus de perda auditiva não refletem os prejuízos ocasionados pela
exposição a níveis de pressão sonora elevados;
As recomendações referentes à avaliação dos prejuízos pela PAIR valorizarão:
1- Na história clínica do trabalhador, a idade, a queixa de perda auditiva, a
dificuldade de compreender a fala em ambientes acusticamente desfavoráveis, o
desconforto para sons intensos e a presença de zumbidos;
2- Outros testes audiológicos além da audiometria tonal liminar;
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3- O desenvolvimento e a utilização de métodos que permitam avaliar os problemas


de comunicação vivenciados pelo trabalhador acometido de PAIR, ou seja, testes de
fala em presença de ruído e questionários de autoavaliação, que possam fornecer
informações sobre as implicações psicossociais da PAIR do ponto de vista de seu
portador.

7.1 MÉTODO DE ACOMPANHAMENTO E REGISTRO DAS AÇÕES


Serão realizados acompanhamentos através do RED-REGISTRO DE DESVIO.

7.2 MANUTENÇÃO DOS DADOS DO PCA


A manutenção dos dados do PCA será feita pelo responsável do cumprimento do
Programa na empresa, em conjunto com o setor de SGI/SMS.

8. CRONOGRAMA DE TREINAMENTO

CRONOGRAMA DE IMPLANTAÇÃO
DAS MEDIDAS 2024/2025
METAS RESPONSAVEL TEMPO
MAR

AGO
ABR

NOV
OUT
JUN

DEZ

JAN
SET

FEV
JUL
MAI

Palestra sobre a importância


Técnico de
do PCA e apresentação do
Segurança /Eng. 30 min X
Programa e apresentação de
De Segurança
EPIs para proteção auditiva

Uso, higienização,
conservação e guarda dos Técnico de
EPI’s para todos empregados Segurança /Eng. 30 min X X X
e doenças auditivas para De Segurança
todos os colaboradores.

Palestra comportamental ao Técnico de


tocante do uso de Protetores Segurança /Eng. 30 min X X X
Auditivos De Segurança
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9. ESTUDO DE RESULTADOS QUANTITATIVOS


Os dados/resultados de ruído ocupacional colhidos através do LIPE/LTCAT
deverão ser lançados na planilha abaixo para gestão de análise.
ESTIMATIVA DE ELABORAÇÃO
2024/2025
METAS RESPONSAVEL PREVIS
ÃO

MAR

AGO
ABR

JUN

SET
JUL
MAI

OU
ELABORAÇÃO DE LIPE-
LAUDO DE 90 DIAS
INSALUBRIDADE E Técnico de APÓS
PERICULOSIDADE/LTCAT- Segurança /Eng. INICIO X
LAUDO TÉCNICO DAS De Segurança DA
CONDIÇÕES AMBIENTAIS OBRA
DO TRABALHO
REV: 00
PROCEDIMENTO- CONCLUÍDO
EMPREENDIMENTO: EXECUÇÃO DAS OBRAS DA ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE FOLHA:
ESGOTO CAIEIRAS (1ª ETAPA) 17 de 19
TÍTULO:
PCA – PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA

ANEXO 01

TABELA 01- RESULTADOS QUANTITATIVOS DE RUÍDO


RESULTADO DA TIPO DE FONTE:
ITEM DATA FUNÇÃO OBSERVAÇÃO
AVALIAÇÃO EPI LTCAT/LIPE
REV: 00
PROCEDIMENTO- CONCLUÍDO
EMPREENDIMENTO: EXECUÇÃO DAS OBRAS DA ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE FOLHA:
ESGOTO CAIEIRAS (1ª ETAPA) 18 de 19
TÍTULO:
PCA – PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA

10. RESPONSÁVEL PELA ELABORAÇÃO DO PCA

_________________________
Lucas Ramalho Campos
Engenheiro de Segurança do Trabalho
Crea/SE 271.373.582-3
REV: 00
PROCEDIMENTO- CONCLUÍDO
EMPREENDIMENTO: EXECUÇÃO DAS OBRAS DA ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE FOLHA:
ESGOTO CAIEIRAS (1ª ETAPA) 19 de 19
TÍTULO:
PCA – PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA

11. HISTÓRICO DE REVISÕES

Histórico de Revisões

RESUMO DA
REVISÃO DATA ALTERAÇÃO ELABORADO APROVADO

00 05/03/2024 Emissão inicial LUCAS


RAMALHO

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