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ABC DO OPERADOR - MEDIDA DE TEMPERATURA

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ABC DO OPERADOR - MEDIDA DE TEMPERATURA

1ª Edição - 1984
2ª Edição - 1986
3ª Edição - 1989
4ª Edição - 1992
5ª Edição - 1997
6ª Edição - 1998
7ª Edição - 1998
8ª Edição - 2002
9ª Edição - 2005

Ramalho, José Cláudio Pedreira


Da Silva, Luiz Carlos
Ramalho, Jorge J. Pedreira

5731 ABC DO OPERADOR


Módulo 3
Medida de Temperatura

J. CLÁUDIO P. RAMALHO & CIA LTDA


RUA EDÍSTIO PONDÉ, 353—SALA 901/902
STIEP - SALVADOR - BAHIA - BRASIL
CEP. 41760-310

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PREFÁCIO
Tendo como meta o treinamento dos operadores, e para conveniência do
usuário, o "ABC DO OPERADOR" foi dividido em módulos trazendo
informações sobre a terminologia utilizada no comércio grossista dos
derivados de petróleo bem como instrumentos, metodologias e
recomendações de segurança.

Esta necessidade surge na medida em que a aferição dos volumes escoados


sempre teve problemas de características próprias, demandando a
aplicação de recursos técnicos específicos para atender às expectativas
comerciais. Embora possa parecer de natureza simples, as determinações
quantitativas de produtos movimentados de um tanque para outro, exigem
ao lado de uma série de operações de medir, um número não muito
pequeno de cálculos, o que nos motivou, como das outras vezes, a fazer
uma revisão em todo o texto, tendo sido reescrito ou acrescentado vários
itens nesta Edição. Como seria impraticável relacionarmos aqui todas as
revisões feitas, gostaríamos de ressaltar a introdução de um módulo
específico sobre Teoria das Medidas e o aprofundamento das noções
básicas sobre exatidão das medidas. Esta nova Edição compõe-se dos
seguintes módulos:
1. Teoria das Medidas
2. Medição de Altura
3. Medição de Temperatura
4. Medida de Massa Específica e Densidade Relativa
5. Coleta de Amostra
6. Carregamento de Vagão-Tanque
A estes módulos serão acrescentados novos títulos: Higiene e Segurança,
Medidores de Linha, Transferências: Operações Terrestres,
Transferências: Operações com Embarcações.
Podemos aquilatar, e temos convicção da extrema importância do assunto
que ora tratamos pelo fato de que com uma noção razoável de precisão,
poder-se-ía melhor explicar a origem de frequentes contestações que
surgem entre os interessados (Refinadores e Distribuidores) propiciando
meios para diagnósticos de anomalias, causas de perdas e procedimentos
para diminuí-las ou eliminá-las, evitando prejuízos irrecuperáveis.

Apresentamos também normas, condutas e equipamentos utilizados na


pesagem indireta do petróleo e seus derivados, quando armazenados em

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tanques, cuja aplicação não pode prescindir dos conceitos aqui


especificados.

Assim sendo, o TESIABA, espera que este trabalho seja de utilidade para
todos os operadores, capacitando-os a aplicar os conceitos transmitidos,
permitindo garantir a qualidade e exatidão dos volumes apurados nas
transações concretizadas.

Reconhecemos que nenhuma sistemática, por si só, pode satisfazer todas as


necessidades, motivo pelo qual sua dedicação e empenho são fundamentais
ao atingimento do nosso objetivo maior "GARANTIA DE QUALIDADE",
que em última análise também se constitui na sua própria garantia de
emprego.

Acolheremos críticas, sugestões e no colocamos a disposição assim como


nossa Equipe Gerencial, para esclarecer o que estiver ao nosso alcance.

CLÁUDIO RAMALHO
Gerente Geral

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ÍNDICE
1. GENERALIDADES 9
2. INSTRUMENTOS 10
2.1. PORTA-TERMÔMETRO 10
2.1.1. APLICAÇÃO 10
2.1.2. CARACTERÍSTICAS 11
2.2.TERMÔMETRO 12
2.2.1. APLICAÇÃO 12
2.2.2. NORMA 12
2.2.3. PRESCRIÇÕES TÉCNICAS 12
3. INSPEÇÃO DE TERMÔMETROS 14
3.1. INSPEÇÃO DE LABORATÓRIO 14
3.2. INSPEÇÃO DE CAMPO 14
3.3. CERTIFICADO DE VERIFICAÇÃO DO INMETRO 14
4. METODOLOGIA 15
4.1. APLICAÇÃO 15
4.2. NORMA 15
4.3. PROCEDIMENTO 15
4.4. NÚMERO MÍNIMO DE TOMADAS 17
4.5. TEMPO MÍNIMO DE IMERSÃO RECOMENDADO - NORMA
API CAPÍTULO 7 19
4.6. RECOMENDAÇÕES 19
4.6.1. TANQUES AQUECIDOS 21
5. PROTEÇÃO AMBIENTAL 21
6. TERMÔMETRO ELETRÔNICO PORTÁTIL 21

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1. GENERALIDADES
O volume ocupado pelos álcoois, petróleo e seus derivados no interior dos
tanques sofre forte influência da temperatura. A faixa de variação do
coeficiente de dilatação térmica do petróleo e seus derivados é de 0,06% a
0,30% por grau Celsius. Isto significa que uma variação de 10ºC na
temperatura pode provocar variações de até 3% no volume ocupado pelo
produto no interior do tanque.
Dilatação térmica é o fenômeno de mudança do volume ocupado por um
corpo em decorrência da variação de sua temperatura. O percentual (%) de
variação de volume para cada 1ºC de variação na temperatura é chamado de
coeficiente de Dilatação.
É de fundamental importância conhecer esta característica física dos
produtos tanto no que diz respeito à segurança nas operações como no que
diz respeito à correta avaliação das quantidades comercializadas entre
companhias, com a respectiva valorização.
Para viabilizar o comércio de álcoois, petróleo e seus derivados,
convencionou-se valorizar todas as operações comerciais e estabelecer os
preços com os volumes referidos à temperatura de 20ºC. Essa é a
temperatura padrão, sobre a qual são feitas todas as transações de compra e
venda na indústria do petróleo em todo Território Nacional, controlar as
sobras e faltas, determinar com exatidão os volumes recebidos,
armazenados e transportados.
Por isso ao se medir a altura de produto num tanque, com a finalidade de
determinar o volume nele contido, tem-se que também medir a temperatura
na qual o produto se encontra armazenado. A operação de tomada desta
temperatura, é portanto um fator de limite da exatidão com que poderão ser
calculados os valores representativos dos volumes corrigidos para a
temperatura de referência.
A massa líquida armazenada no interior do tanque apresenta uma
distribuição de temperatura variável com a altura na qual é feita a medida,
devido a fatores como: condições do tanque; condições atmosféricas;
estratificação de produto e características de bombeio, razão pela qual, são
tomadas temperaturas em diferentes pontos, de modo que a média
aritmética dessas tomadas possam representar a temperatura média do
produto como um todo.

As temperaturas são determinadas pela imersão do termômetro no líquido.


As causas de incertezas nas determinações da temperatura do produto para
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efeito de correção dos volumes, são as seguintes:


- Erro instrumental (dependendo do termômetro utilizado);
- Erro de leitura do instrumento (divisão da escala,
habilidade do Operador, erro de paralaxe);
- Imprecisão das tomadas de temperatura no interior da
massa líquida.

A tomada de temperatura representa a maior fonte de incerteza no


processo de medição, em virtude da distribuição não uniforme da
temperatura na massa líquida, podendo o valor encontrado, diferir
bastante da temperatura média real do produto armazenado.
No caso, por exemplo, de produtos aquecidos (óleos combustíveis) o
problema é mais grave, porque eles estratificam em camadas, podendo
apresentar diferenças de
temperatura da ordem de 10ºC em pontos distintos da massa líquida.
Outro aspecto a ser observado é o da utilização de boca de medição próxima
ao costado do tanque para imersão do termômetro. Se a zona de imersão
estiver submetida à ação do sol, por exemplo, a temperatura observada será
mais elevada, e o valor do resultado da tomada de temperatura se afastará
significativamente do real.
A tomada de temperatura através de uma abertura no centro do tanque, irá
prover uma medição mais representativa, tendo em vista que é a área menos
afetada pelos fatores externos, os quais podem influenciar a chapa do
tanque.

2. INSTRUMENTOS
2.1. PORTA-TERMÔMETRO
2.1.1. APLICAÇÃO
Serve para proteger o termômetro e permite uma melhor exatidão na
tomada de temperatura, pois o bulbo do termômetro permanece em contato
com uma porção de produto , que fica retida na cuba , mesmo depois do
conjunto ser retirado da massa líquida.

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2.1.2. CARACTERÍSTICAS
O porta-termômetro deve ser confeccionado em madeira dura ou metal que
não produza centelha por fricção. A cuba deve ser feita apenas de metal
com capacidade mínima de (110 +/- 10) mL.
O porta-termômetro deve ser identificado com o numero de série.
O termômetro deve ser fixado no porta-termômetro de modo que a parte
inferior do bulbo se posicione no mínimo 25 mm acima do fundo da cuba e
seu corpo seja fixado a no máximo 35 mm da parede frontal.

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2.2.TERMÔMETRO
2.2.1. APLICAÇÃO
Determinação da temperatura de petróleo e seus derivados líquidos não
pressurizados por imersão total num determinado ponto de massa líquida,
quando armazenados em tanques ou transportados em caminhões-tanques.

2.2.2. NORMA
Os termômetros serão construídos observando a portaria
INMETRO nº 071 de 28 de abril de 2003.

2.2.3. PRESCRIÇÕES TÉCNICAS


2.2.3.1. MATERIAL
O corpo do termômetro deve ser de vidro transparente,
quimicamente inerte e termorresistente, com fundo opaco
(branco leitoso ou amarelo) de seção transversal circular ou
triangular. A substância termométrica usada deve ser o
mercúrio e o enchimento do termômetro acima da coluna de
mercúrio deve ser feito com gás inerte e seco.
Admite-se outro tipo de líquido como substância termométrica
desde que possua estabilidade de temperatura equivalente à do
mercúrio.

2.2.3.2. FORMA
O termômetro de escala interna deve ser reto, de seção circular
e imersão total.
O termômetro de escala externa deve ser reto, de seção
circular ou triangular e imersão total.

2.2.3.3. FINALIDADE DO TERMÔMETRO


TIPO USO
I Produtos não aquecidos
II Produtos aquecidos
III Embarcações
IV Asfalto

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2.2.3.4. INSCRIÇÃO
O termômetro deve trazer gravado ou impresso, de forma clara e sem
ambigüidade, as seguintes inscrições sobre a plaqueta porta-escala:
a) O símbolo da unidade de medida (ºC), gravada na
parte superior direita da numeração da escala;
b) Indicação de imersão total;
c) Indicação do País de origem;
d) Nome ou marca do fabricante;
e) Número individual e ano de fabricação do
instrumento;
f) Número da portaria de aprovação do modelo
ou a marca de aprovação do modelo
contendo o logotipo do INMETRO.
2.2.3.5. TIPOS

TIPO I II
PRODUTOS NÃO PRODUTOS
AQUECIDOS AQUECIDOS

Existem ainda o termômetro Tipo III usado para embarcações com escala
de 0ºC a 80ºC (valor de uma divisão: 0,5ºC) e o Tipo IV usado para asfalto
com escala de +90ºC à +260ºC (valor de uma divisão: 1ºC);
Nota: Os termômetros usados na medição de temperatura de álcool
etílico (etanol) e suas misturas com água, são construídos obedecendo às
portarias do INMETRO nº 245 de 17 de outubro de 2000 e nº 3 de 10 de
janeiro de 2002.
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3. INSPEÇÃO DE TERMÔMETROS
(Ref. API Cap 7 e INMETRO Portarias nº. 245 / 2000 e nº. 3 /
2002).

3.1. INSPEÇÃO DE LABORATÓRIO


Antes de ser usado pela primeira vez e, pelo menos uma vez no ano após o
uso inicial, as medições obtidas com o termômetro devem ser comparadas
com as medições obtidas usando um termômetro certificado pelo
INMETRO e calibrado por um laboratório pertencente à Rede Brasileira de
Calibração (RBC)
A comparação deve ser feita em três ou mais pontos (temperaturas
diferentes), para verificar se as temperaturas medidas encontram-se dentro
da exatidão requerida. Isto é, um erro não superior a 0,2ºC ou a 0,5ºC, de
acordo com a resolução do equipamento.
Normalmente os pontos de verificação usado estão em pontos situados a
10%, 50% e 90% da faixa de temperatura na qual se espera usar o
termômetro.

3.2. INSPEÇÃO DE CAMPO


Os termômetros devem ser guardados e protegidos numa estante que
possibilite uma imediata comparação das temperaturas registradas em cada
instrumento. Cada estante deve suportar no mínimo 3 termômetros.
Diariamente o Operador deve, antes de usar os termômetros fazer uma
leitura comparativa dos registros de todos os instrumentos da estante.
Após a utilização do termômetro, a comparação deve ser feita,
deixando-o pelo menos 30 minutos em observação antes de fazer a
próxima leitura.
Qualquer termômetro que apresente uma diferença de leitura superior
a 0,2ºC ou a 0,5ºC (de acordo com a resolução do equipamento) contra
dois outros termômetros em uso, deverá ser retirado de operação.

3.3. CERTIFICADO DE VERIFICAÇÃO DO


INMETRO
O Fabricante do termômetro deve enviar o equipamento ao INMETRO,
para que a sua construção seja verificada de acordo com as especificações
da Portaria Regulamentadora em vigor.
O Certificado de Verificação do INMETRO, bem como o Certificado de
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Calibração, devem ser arquivados no escritório operacional, permanecendo


à disposição de quem interessar possa, para consulta e auditoria.

4. METODOLOGIA
4.1. APLICAÇÃO
Na determinação da temperatura média do líquido, necessário para calcular
o seu volume à temperatura padrão.

4.2. NORMA
Portaria nº 15/67 do INPM
API CAP. 7

4.3. PROCEDIMENTO
Examine o termômetro antes de sua utilização.
Verifique:
∗ A concordância das med idas de todos os termô metros
disponíveis no rack.
∗ Se a co luna de mercúrio está inteira.
∗ Se a escala graduada oferece boas condições de
leitura
∗ As condições de limpeza. Verificando se não há
formação de u ma camada de óleo em volta do bulbo.
∗ O tipo do termô metro em relação ao produto.

∗ Tomar as temperaturas, imediatamente após medir o nível do produto;


∗ O equipamento de tomada de temperatura deve ser introduzido no
interior do tanque, através da boca de medição, preferencialmente
conectado ao gancho existente na extremidade livre de uma trena
retirada de serviço, pressionando a fita contra a superfície metálica do
tanque para evitar acúmulo de energia elétrica estática no equipamento.
∗ Quando a temperatura do produto diferir de +/-10ºC da temperatura
ambiente, convém levar a temperatura do termômetro a um valor
próximo à do produto armazenado antes de introduzí-lo no tanque. Para
isso, imergir o termômetro duas ou mais vezes, esvaziando a cuba
depois de cada imersão.
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∗ Baixar o conjunto porta-termômetro + termômetro, através da boca de


medição até o nível necessário.
∗ Deixar o conjunto imerso o tempo indicado na tabela do item 4.5, para
a estabilização da temperatura.
∗ Retirar o conjunto e verificar se a cuba está completamente cheia. Caso
não esteja reiniciar o processo de medida.
∗ Proceder a leitura rapidamente. A cuba deve estar protegida pelas
paredes internas da boca de medição, a fim proteger a escala
termométrica contra o vento e condições atmosféricas.
∗ Fazer a leitura com aproximação de 0,2ºC ou 0,5ºC, de acordo com a
resolução do equipamento.
∗ Ao fazer a leitura o observador deve estar posicionado de modo que a
linha de visada esteja perpendicular à haste do termômetro, para evitar
erro de paralaxe.

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4.4. NÚMERO MÍNIMO DE TOMADAS


(Conforme INPM nº 15/67)
SITUAÇÃO QUANTIDADE DES CRIÇÃO
DE TOMADAS

Altura do produto 3 1m abaixo da


acima de 5m superfície
No meio da massa
líquida
1m acima do fundo
Altura do produto 2* 1m abaixo da
entre 3m e 5m. superfície
1m acima do fundo
Altura do produto 1 no meio da massa.
abaixo de 3m

*caso a diferença entre a maior e a menor temperatura exceda 1,5ºC,


deverão também ser tomadas as temperaturas nos níveis intermediários.
Conforme o API Cap. 7, o número mínimo de tomadas de temperatura em
tanques de terra e em tanques de embarcação é:
∗ 3 (três) para o nível de produto acima de 3 m (terço superior,
meio e terço inferior);
∗ 1 (uma) para o nível de produto igual ou inferior a 3 m (no
meio do produto).
OBS. O tempo mínimo de imersão em cada nível, para a
temperatura do conjunto porta-termômetro + termômetro alcançar o
equilíbrio com a temperatura da massa de produto a ser medida,
conforme o API cap. 7, deve atender aos valores indicados na tabela
4.5.
A temperatura média deve ser determinada para cada tanque.
Para tanque com capacidade menor do que 795 m3 e sem estratificação da
temperatura, obter a temperatura no meio da massa líquida.
O volume total de produto na embarcação, deve ser corrigido para a
temperatura à 20ºC tanque à tanque, através da temperatura média
determinada em cada tanque.

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4.5. TEMPO MÍNIMO DE IMERSÃO


RECOMENDADO - NORMA API CAPÍTULO 7
DENS. 20ºC/4ºC TEMPO (min.)
Menor que 0,7755 10

De 0,7799 à 0,8212 15

De 0,8260 à 0,8724 20

De 0,8778 à 0,9302 35

Acima de 0,9302 60

Obs.: Tempo de imersão se o diferencial de temperatura entre o líquido e o


termômetro (antes de introduzí-lo no tanque) é menor que 2,5ºC.
Segundo a Portaria do INPM nº 15/67, o tempo mínimo de imersão do
termômetro para a tomada de temperatura é de 5 minutos para produtos
claros (gasolina, óleo diesel, QAV-1, QI) e 15 minutos para produtos
escuros (óleo combustível).

4.6. RECOMENDAÇÕES
∗ Para garantir a exatidão das medidas o Operador deve:
Usar termômetros Certificados e Calibrados.
Os termômetros devem ser mantidos em local abrigado, numa estante
especial, que contenha no mínimo três termômetros dispostos em
linha de tal maneira que possam ser fácil e rapidamente comparados
entre si.
O termômetro que apresentar variação superficial de +/- 0,2ºC ou
+/- 0,5ºC, conforme a divisão da escala, em comparação a, no
mínimo, outros dois termômetros, deverá ser retirado de uso.
A boca de medição através da qual devem ser retiradas as
temperaturas, deve estar localizada pelo menos à 30 cm ou mais do
costado do tanque, a fim de evitar efeitos de aquecimento ou
resfriamento.
∗ As tomadas de temperaturas deverão ser feitas através de uma única
boca de medição, exceto:
Quando faces opostas do tanque estão expostas a condições
climáticas diferentes (vento ou sol).
Quando o tanque recebe grande quantidade de líquido a temperatura
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bastante diferente da apresentada pelo produto já armazenado.


Quando houver suspeita de variações apreciáveis de temperatura no
seio da massa líquida.
∗ A atenção é fundamental em qualquer tomada de temperatura:
Um erro de 0,5ºC (meio grau ) na tomada de temperatura
propaga um erro que varia entre 0,03 % e 0,09 % no
volume calculado e corrigido para 20ºC, dependendo do
produto.

∗ Os termômetros são instrumentos de precisão, delicados e por isso


devem ser examinados com freqüência e manuseados com cuidado.
∗ Após a utilização em óleo lubrificante, óleo combustível, asfalto e
outros produtos viscosos, o conjunto porta-termômetro + termômetro
deve ser totalmente lavado com querosene ou aguarrás e secado com
um pano limpo.
∗ A temperatura de um líquido armazenado em tanques pode variar
dependendo da sua altura no interior do tanque e da proximidade com
as paredes do tanque.
∗ Caso seja preciso tomar duas ou mais temperaturas (ou séries de
temperaturas) em níveis diferentes, deve-se:
a) Fazer a média das leituras.
b) Aproximar para 0,5ºC mais próximo.
c) Registrar o resultado como a temperatura representativa do
volume total do líquido.
d) Em alguns casos, particularmente na existência de grandes
diferenciais de temperatura, poderá ser necessário calcular a
média ponderada.
∗ O Operador que executar as tomadas de temperatura, não deverá
efetuar o cálculo das médias dos valores obtidos.
∗ Retire de uso um termômetro que tenha perdido uma quantidade
substancial de pigmentos pretos da impressão de sua escala, em virtude
da maior dificuldade em se obter leituras.
∗ Nunca usar um termômetro com a coluna termométrica segregada.
∗ O valor obtido em cada tomada de temperatura deverá ser registrado na
ficha de medição, imediatamente após a leitura do termômetro.
∗ As anotações registradas deverão ser aceitas pelas partes interessadas, e
validadas pela assinatura na ficha de medição antes de descer do tanque
onde foi feita a tomada de temperatura.
∗ O Operador deve indicar claramente na ficha de medição, o nº. do
tanque, a posição da boca de medição e o nível em que cada tomada de
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temperatura foi efetuada.


∗ Quando for tomada várias temperaturas em níveis diferentes, efetuar
a operação de cima para baixo, tomando inicialmente a temperatura do
nível mais elevado de forma a evitar que entre água na cuba
proveniente do nível mais baixo.

4.6.1. TANQUES AQUECIDOS


∗ No caso de tanques com serpentina de aquecimento, certifique-se se o
vapor foi fechado, pelo menos, uma hora antes da obtenção das
medidas de temperatura;
∗ Se o líquido solidificar à temperatura ambiente, aqueça-o até liquefazê-
lo completamente, feche o vapor, deixe que a temperatura se nivele por,
pelo menos, duas horas antes de obter medida de temperatura.

5. PROTEÇÃO AMBIENTAL
Termômetros cuja coluna termométrica seja de mercúrio, quando retirados
de operação, não devem ser descartados de maneira convencional, de sorte a
não expor o meio ambiente ao contaminante "mercúrio".
Devem ser entregues ao Supervisor da área para o adequado descarte.

6. TERMÔMETRO ELETRÔNICO
PORTÁTIL
É possível, mediante acordo prévio entre as partes, adotar-se o termômetro
eletrônico, intrinsecamente seguro, projetado e construído para trabalhar
com álcoois, petróleo e seus derivados.
São equipamentos precisos, seguros e de leitura rápida. Entretanto, por se
tratar de uma indicação eletrônica, lida em visor por método indireto, o
termômetro eletrônico deve ser diariamente comparado contra um
termômetro manual padrão de referência.
Antes de ser usado pela primeira vez e pelo menos uma vez por ano, o
termômetro deve ser calibrado em laboratório através de comparação de
suas medidas com a de um termômetro padrão, com certificado de
calibração expedido pelo órgão metrológico oficial, ou laboratório
credenciado na Rede Brasileira de Calibração, em três ou mais temperaturas
para assegurar a exatidão do termômetro.
Um dos pontos de calibração, deve estar na faixa de temperatura na qual o
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termômetro vai ser usado.


Se a temperatura do termômetro eletrônico em relação à temperatura do
termômetro manual padrão situar-se fora do intervalo de +/- 0,5ºC, ele deve
ser recalibrado. Caso não se consiga recalibrá-lo dentro desta tolerância,
deve-se retirar o termômetro de uso e usar outro instrumento para a medida.

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