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ABC DO OPERADOR - MEDIÇÃO DE ALTURA

1ª Edição - 1984
2ª Edição - 1986
3ª Edição - 1989
4ª Edição - 1992
5ª Edição - 1997
6ª Edição - 1998
7ª Edição - 2002
8ª Edição - 2005

Ramalho, José Cláudio Pedreira


Da Silva, Luiz Carlos
Ramalho, Jorge J. Pedreira
5731 ABC DO OPERADOR
Módulo 2
Medição de Altura

J. CLÁUDIO P. RAMALHO & CIA LTDA


RUA EDÍSTIO PONDÉ, 353 - SALA 901/902
STIEP - SALVADOR - BAHIA - BRASIL
CEP. 41760-310

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PREFÁCIO

Tendo como meta o treinamento dos Operadores, e para conveniência


do usuário, o "ABC DO OPERADOR" foi dividido em módulos trazendo
informações sobre a terminologia utilizada no comércio grossista dos
derivados de petróleo bem como instrumentos, metodologias e
recomendações de segurança.

Esta necessidade surge na medida em que a aferição dos volumes


escoados sempre teve problemas de características próprias,
demandando a aplicação de recursos técnicos específicos para atender
às expectativas comerciais. Embora possa parecer de natureza simples,
as determinações quantitativas de produtos movimentados de um tanque
para outro, exigem ao lado de uma série de operações de medir, um
número não muito pequeno de cálculos, o que nos motivou, como das
outras vezes, a fazer uma revisão em todo o texto, tendo sido reescrito
ou acrescentado vários itens nesta Edição. Como seria impraticável
relacionarmos aqui todas as revisões feitas, gostaríamos de ressaltar a
introdução de um módulo específico sobre Teoria das Medidas e o
aprofundamento das noções básicas sobre exatidão das medidas. Esta
nova Edição compõe-se dos seguintes módulos:
1. Teoria das Medidas
2. Medição de Altura
3. Medição de Temperatura
4. Medida de massa específica e Densidade relativa
5. Coleta de Amostra
6. Carregamento de Vagão-Tanque
A estes módulos serão acrescentados novos títulos:Higiene e
Segurança, Medidores de Linha, Transferências: Operações Terrestres,
Transferências: Operações com Embarcações.
Podemos aquilatar, e temos convicção da extrema importância do
assunto que ora tratamos pelo fato de que com uma noção razoável de
exatidão, poder-se-ía melhor explicar a origem de frequentes
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contestações que surgem entre os interessados (Refinadores e


Distribuidores) propiciando meios para diagnósticos de anomalias,
causas de perdas e procedimentos para diminuí-las ou eliminá-las,
evitando prejuízos irrecuperáveis.

Apresentamos também normas, condutas e equipamentos utilizados na


pesagem indireta do petróleo, seus derivados, e os álcoois, quando
armazenados em tanques, cuja aplicação não pode prescindir dos
conceitos aqui especificados.

Assim sendo, o TESIABA, espera que este trabalho seja de utilidade


para todos os Operadores, capacitando-os a aplicar os conceitos
transmitidos, permitindo garantir a qualidade e exatidão dos volumes
apurados nas transações concretizadas.

Reconhecemos que nenhuma sistemática, por si só, pode satisfazer


todas as necessidades, motivo pelo qual sua dedicação e empenho são
fundamentais ao atingimento do nosso objetivo maior "GARANTIA DE
QUALIDADE", que em última análise também se constitui na sua
própria garantia de emprego.

Acolheremos críticas, sugestões e no colocamos a disposição assim


como nossa Equipe Gerencial, para esclarecer o que estiver ao nosso
alcance.

CLÁUDIO RAMALHO
Gerente Geral

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ÍNDICE
1. GENERALIDADES 9
2. INSTRUMENTOS 10
2.1. TRENA DE MEDIÇÃO 10
2.1.1. NORMA 10
2.1.2. APLICAÇÃO 10
2.1.3. CARACTERÍSTICAS 10
2.1.4. CERTIFICADO DE VERIFICAÇÃO DO INMETRO 14
2.1.5. CALIBRAÇÃO DA TRENA OFICIAL 14
2.1.6. USO DA TRENA OFICIAL 15
2.2. BARRA DE MEDIÇÃO 17
2.2.1. CALIBRAÇÃO DA BARRA DE MEDIÇÃO 17
2.3. PASTA IDENTIFICADORA 18
2.3.1. TEMPO DE REAÇÃO 18
2.3.2. CORTE 19
2.3.3. MENISCO INVERTIDO 19
3. TANQUES 21
3.1. ASSESSÓRIOS DE TANQUES COM TETO FLUTUANTE 23
3.1.1. PLATAFORMA DE MEDIÇÃO 23
3.1.2. SUPORTE DO TETO 23
3.1.3. TUBO DE MEDIÇÃO 23
3.1.4. ANTI-ROTACIONAL 24
3.1.5. SELO FLUTUANTE 24
3.2. TERMINOLOGIA 24
3.2.1. MESA DE MEDIÇÃO 24
3.2.2. BOCA DE MEDIÇÃO 26
3.2.3. NÍVEL ZERO 26
3.2.4. PONTO DE REFERÊNCIA 26
3.2.5. ALTURA DA REFERÊNCIA 27
3.2.6. ALTURA DE REFERÊNCIA OBSERVADA 27
3.2.7. ZONA CRÍTICA DE FLUTUAÇÃO 27
3.2.8. MEDIÇÃO DIRETA 27
3.2.9. MEDIÇÃO INDIRETA 27
3.2.10. TABELA DE CAPACIDADE DO TANQUE 27
3.2.11. FATOR MILIMÉTRICO 27
3.2.12. ALTURA OPERACIONAL 28
3.2.13. VOLUME OPERACIONAL 28
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3.2.14. VOLUME MORTO (LASTRO) 28


3.2.15. MEDIÇÃO INICIAL 28
3.2.16. MEDIÇÃO FINAL 28
3.2.17. ARQUEAÇÃO 28
4. TABELAS DE CORREÇÃO 29
5. TEMPO DE REPOUSO E VALIDADE DAS MEDIÇÕES
30
6. CENTELHAS 31
6.1. ELETRICIDADE ESTÁTICA 31
6.2. CHOQUE DE METAIS 32
7. METODOLOGIA 33
7.1. MEDIÇÃO DIRETA (Espaço Cheio) 33
NORMA INPM Nº. 33/67 - API CAP. 3.1ª 33
7.1.1. DESCRIÇÃO 33
7.1.2. APLICAÇÃO 34
7.1.3. PROCEDIMENTO 35
7.2. MEDIÇÃO INDIRETA (Espaço vazio) NORMA INPM Nº. 33/67 -
API CAP. 3.1A 38
7.2.1. DESCRIÇÃO 38
7.2.2. APLICAÇÃO 38
7.2.3. PROCEDIMENTO 38
7.3. MEDIÇÃO DE ÁGUA LIVRE 42
7.3.1. DESCRIÇÃO 42
7.3.2. APLICAÇÃO 43
7.3.3. PROCEDIMENTO - MEDIÇÃO DIRETA (Ver Item nº. 7.1.3) 43
7.3.4. PROCESSO ESPECIAL 45
7.4. MEDIÇÃO EM TANQUE COM TETO FLUTUANTE 45
7.4.1. MÉTODO 45
7.4.2. CRITÉRIOS DE CORREÇÃO 46
7.4.3. CÁLCULO DO VOLUME DESLOCADO PELO TETO 48
8. RECOMENDAÇÕES 48
9. EXATIDÃO DAS MEDIDAS 50
9.1. POSSIBILIDADE DE ERRO NAS MEDIÇÕES 52
10. LIMITES DE DIFERENÇA RELATIVA 53
11. MEDIÇÃO AUTOMÁTICA EM TANQUES (ATG) 54
11.1. CALIBRAÇÃO PARA TRANSFERÊNCIA DE CUSTÓDIA 55
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1. GENERALIDADES
A comercialização de derivados de petróleo no atacado,
movimenta quantidades tão grande de produtos que obriga as
Companhias a usar os tanques cilíndricos verticais como meio de
cálculo do volume ou da massa de produtos transferidos.
Embora tenham sido projetados e construídos para armazenar
produtos, os tanques têm uma geometria relativamente simples e
bem definida o que permite calcular com boa exatidão o volume
de produto nele contido, bastando para isso medir, com uma trena
e uma pasta especial, a altura do produto no seu interior. É um
método simples, aplicável tanto aos produtos claros como aos
produtos escuros.
O Operador, responsável pela medição da altura do produto no
interior do tanque, deve conhecer e aplicar corretamente as
metodologias de medição expostas neste manual, efetuando cada
operação de forma padronizada, contribuindo para reduzir a
influência das seguintes condições desfavoráveis que constituem
fontes de erro e impactuam a exatidão das medidas efetuadas:
∗ Incerteza da própria calibração da trena;
∗ Utilização da trena em condições diferentes da de
calibração;
∗ Incerteza de leitura (cerca de 0,5 mm);
∗ Traço impreciso do produto na trena (corte), devido à
capilaridade;
∗ Possível inclinação da trena;
∗ Movimentos ondulatórios na superfície livre do produto;
∗ Deformações possíveis no fundo do tanque na zona em que
deve tocar o prumo da trena, alterando a referência de
nível;
∗ Ausência de marca de referência;
∗ Uso de um método (e/ou trena) na medição inicial e de
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outro método (e/ou trena) na medição final.


2. INSTRUMENTOS
2.1. TRENA DE MEDIÇÃO
2.1.1. NORMA
Portaria INMETRO nº 145 de 30/12/1999.
2.1.2. APLICAÇÃO
Na medição da altura do nível de produto
contido no tanque.
2.1.3. CARACTERÍSTICAS
É constituída dos três elementos descritos a
seguir:

2.1.3.1. SUPORTE
Uma peça fabricada em aço formada de um
cabo ao qual estão ligadas duas hastes
metálicas contendo entre elas um eixo no qual
se fixa uma fita graduada. A este eixo acopla-
se uma manopla e um mecanismo de giro,
com trava, que permite enrolar e acondicionar
a fita graduada quando totalmente recolhida.

2.1.3.2. FITA GRADUADA


Metálica contendo graduação em metros, centímetros, milímetros.
Uma de suas extremidades está ligada ao suporte e a outra
extremidade é dotada de um gancho com mola para permitir a
adaptação do prumo ou da barra de medição.

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2.1.3.3. PRUMO
Normalmente fabricado em material que não produza faísca e
tenha dureza suficiente para resistir ao amassamento pelo contato
com o aço da mesa de medição, geralmente de forma cilíndrica,
milimetrado em toda sua extensão, exceto
a ponta e dotado de um olhal em uma das
extremidades onde se adapta o gancho da
fita graduada.
A função do prumo é tencionar
adequadamente a fita graduada.
As inscrições correspondentes à marca,
modelo, código de aprovação do modelo,
número de série e classe de exatidão
devem ser repetidas no prumo.

MATERIAL:
Cobre, latão e bronze ou qualquer
material não produtor de faísca, co m
dureza para suportar o impacto no

2.1.3.4. ESCALA
O zero da escala da fita deverá corresponder à ponta do prumo
quando este estiver adaptado.
A escala deve ser milimetrada em toda sua extensão.Os traços
relativos aos centímetros e metros inteiros devem ser numerados.
Os traços devem ser retos,uniforme nos espaços e espessuras
claramente visíveis. Os traços de centímetros devem ser maiores
do que os de meios centímetros. A gravação dos números deve
contrastar com a cor da fita.

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2.1.3.5. INSCRIÇÃO
As seguintes inscrições são obrigatórias:
Nome do fabricante;
Identificação da marca e do modelo;
Código de aprovação do modelo;
País de origem;
Comprimento nominal;
Indicação da classe de exatidão I, II, III
(inscrita numa oval ou entre dois traços paralelos unidos
por dois semicírculos);
Temperatura de referencia, quando diferente de 20ºC;
Força de tração quando aplicável;
Inscrição de uso específico, quando for o caso;
Número de série de fabricação
Gravar no prumo o mesmo número de fabricação da trena e a
identificação do Fabricante.

2.1.3.6. CLASSE DE EXATIDÃO


As Trenas são medidas materializadas de comprimento, definidas
no Regulamento Técnico Metrológico aprovado pela portaria do
INMETRO nº 145 de 30/12/1999, e pertencem a uma das três
classes de exatidão designadas pelos índices I, II e III, segundo
suas exatidões.
Para medição em derivados de petróleo utilizam-se as trenas
classe II.
A classe de exatidão define os limites tolerados de erro, para mais
ou para menos, na aprovação do modelo e nas verificações iniciais
das trenas, tanto para o comprimento nominal como para qualquer
distância compreendida entre duas referências quaisquer.

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Os erros tolerados são definidos pela fórmula:

(a + bL) mm,

Onde:
• L é o valor do comprimento considerado
arredondado para o número inteiro de metros, por
excesso;
• “a” e “b” são dois coeficientes cujos valores estão
estabelecidos para cada classe de exatidão na
Tabela 1 (do regulamento), abaixo transcrita:

Classe de exatidão a b
I 0,1 0,1
II 0,3 0,2
III 0,6 0,4
.
Conforme item 5.8.1 da referida portaria, as Trenas em aço com
dispositivo de enrolamento e em um estojo, devem pertencer à
classe de exatidão I ou II.
O item 4.4 do regulamento estabelece que o erro máximo
tolerado, para mais ou para menos, para duas marcas quaisquer
situadas uma sobre o peso tensor ou lastro (prumo) e a outra sobre
a fita em trenas flexíveis com peso tensor ou lastro e dispositivo
de enrolar, da classe I ou II, será de 0,6 mm.
Em outras palavras:
• a diferença entre o valor real de um comprimento medido
com a trena e o valor nominal medido a partir do zero, à
temperatura de 20ºC, não deverá ultrapassar os valores
definidos na tabela abaixo, em função do comprimento da
trena, exceto para valores compreendido entre zero (0 m)
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e um metro e meio (1,5 m), cuja diferença não deve


ultrapassar de 0,6 mm.

EXATIDÃO CLASSE II
COMP. ERRO
NOMINAL MÁXIMO
(m) (mm)
10 2,3
15 3,3
20 4,3
25 5,3
30 6,3
2.1.4. CERTIFICADO DE VERIFICAÇÃO DO
INMETRO
O fabricante da trena deve enviar o equipamento ao INMETRO,
para que a sua construção seja verificada de acordo com as
especificações da Portaria Regulamentadora em vigor.
O INMETRO fornece um Certificado de Verificação para cada
trena inspecionada.
2.1.5. CALIBRAÇÃO DA TRENA OFICIAL
Trena Oficial é aquela adquirida segundo as especificações, que
dispõe do Certificado de Verificação do INMETRO e que é usada
nas medições inicial e final das operações comerciais envolvendo
álcoois, petróleo e seus derivados.
A trena usada nestas condições deve ser calibrada antes de ser
usada pela primeira vez e pelo menos uma vez por ano, em
laboratório através de comparação de suas medidas com a de uma
trena padrão, com Certificado de Calibração expedido pelo órgão
metrológico oficial, ou laboratório credenciado na Rede Brasileira
de Calibração, para verificar a sua exatidão..

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A trena permanecerá em uso comercial enquanto:


As marcas de graduação permanecem legíveis em toda a sua
extensão, e os resultados da calibração contra a trena padrão
permanecerem dentro da tolerância de +/- 2 mm para a trena
de 20 m, e +/- 3 mm para a trena de 30 m.
O Certificado de Verificação do INMETRO, e o Certificado de
Calibração, devem ser arquivados no escritório operacional,
permanecendo à disposição de quem interessar possa, para fins de
consulta e auditoria.
2.1.6. USO DA TRENA OFICIAL
O conjunto fita de aço + prumo, é graduado e calibrado como uma
única peça, por isso devem ser mantidos inseparáveis para
garantir a exatidão das medidas efetuadas.
O ponto inicial a partir do qual se inicia a medição é a ponta do
prumo. A graduação da fita de aço é uma seqüência da graduação
do prumo.
Tipicamente a graduação do prumo inicia-se em 25 mm e vai até
150 mm. A graduação da fita de aço tipicamente inicia-se em 240
mm.O trecho de 0 a 25 mm corresponde à ponta do prumo e o
trecho de 150 mm até 240 mm corresponde à região de engate.
Quando um Operador mede a altura de um produto num tanque, a
exatidão da medida depende diretamente das condições da trena
no exato momento da medição. É preciso garantir que:
A trena esteja esticada na vertical com o seu ponto zero
(ponta do prumo) tocando o nível zero do tanque (mesa
de medição ou fundo do tanque).
O prumo mantenha-se na posição vertical e não tombe
sobre a mesa de medição ou fundo do tanque.
Não haja sujeira ou objetos acidentalmente caídos
(garrafas, saca-amostras, trapos, etc.) sobre a mesa de
medição ou fundo do tanque, falseando o nível zero do
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tanque.
A trena esteja adequadamente tencionada, isto é
mantenha-se sem deformações, torções ou inclinações
em relação à vertical.
Nota: Garante-se estas condições marcando-se na boca de
medição uma distância conhecida, medida a partir da mesa
de medição ou fundo do tanque e reproduzindo esta
medida a cada operação (altura de referência).
Ao transportar a trena, o Operador deve manter o prumo preso,
impedindo que fique balançando na ponta da fita graduada. Este
procedimento prolonga a vida útil da trena uma vez que evita o
desgaste do olhal que fixa o prumo à trena e consequentemente a
introdução de erros na medida.

2.1.6.1. TRENA DE CONTROLE.


Trena cuja graduação permanece em boas condições, porém
apresentam erros superiores à +/- 2 mm até +/- 6 mm e +/- 2 mm
até +/- 6 mm, para as trenas de 20 m e 30 m, respectivamente,
quando comparada contra a trena de referência. Esta trena não
pode ser usada em medição inicial ou medição final com o
objetivo de determinar quantidades comercializadas entre
Empresas. Seu uso é restrito a medições de controle para
acompanhamento de vazão de bombeamento (medições feitas
depois da medição inicial e antes da medição final).
NOTA:
O conjunto suporte + fita de aço de uma trena de controle
retirada de operação deverá ser usado para introduzir
termômetros no seio da massa líquida do produto,
aproveitando-se sua característica metálica para garantir o
aterramento dos equipamentos de medição e evitar acúmulo de
eletricidade estática no equipamento durante a medição.

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2.2. BARRA DE MEDIÇÃO


Consiste em uma barra metálica de seção
quadrangular, com 50 cm de altura, tendo uma
de suas faces milimetrada em toda sua
extensão e dotada de um olhal em uma das
extremidades onde se adapta a fita graduada.
Fabricada nos mesmos materiais dos quais é
fabricado o prumo e pelas mesmas razões. O
erro máximo tolerado no comprimento
graduado da barra de medição é de +/- 0,3
mm.
A barra de medição é usada quando a altura do
líquido (água ou produto) a ser medido estiver
na faixa de 0 a 35 mm ou de 150 mm até 250
mm, uma vez que o conjunto fita graduada +
prumo não apresentam graduação milimetrada
nesses trechos.
2.2.1. CALIBRAÇÃO DA BARRA DE
MEDIÇÃO
A barra de medição usada nas medições das operações comerciais
deve ser calibrada antes de ser usada pela primeira vez e pelo
menos uma vez por ano, em laboratório através de comparação de
suas medidas com a de uma trena padrão, com Certificado de
Calibração expedido pelo órgão metrológico oficial, ou
laboratório credenciado na Rede Brasileira de Calibração, para
verificar a sua exatidão..
O Certificado de Verificação do INMETRO, bem como o
Certificado de Calibração, devem ser arquivados no escritório
operacional, permanecendo à disposição de quem interessar possa,
para fins de consulta e auditoria.

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2.3. PASTA IDENTIFICADORA


Para efetuar a medição da altura de um produto no interior de um
tanque, o Operador posiciona a trena, usando o peso do prumo
para mantê-la tencionada até tocar o nível zero e depois então
efetua a leitura da posição até onde a fita graduada mergulhou no
produto. Esta posição corresponde à marca deixada pelo produto
na fita.
Para garantir as condições ótimas de marcação do produto sobre a
fita graduada e por conseqüência a exatidão da leitura, usa-se
sobre a fita graduada, na região onde espera-se encontrar o nível
do produto, uma pasta especial para cobrir e colorir a superfície da
fita. Ao entrar em contato com o produto esta pasta dissolve-se
deixando uma marca nítida sobre a fita do nível do produto no
interior do tanque.
Existe uma pasta para medir a altura do produto e outra pasta para
medir a altura de água livre. Esta última reage com a água que por
ventura for encontrada no fundo do tanque sem alterar-se pelo
contato com o produto. A prática operacional de campo tem
revelado que no caso de medição da altura dos álcoois obtém-se
melhor resultado usando-se uma mistura de 75% de pasta de
produto e com 25% de pasta d’água aproximadamente. A mistura
pode ser feita pelo Operador diretamente sobre a fita graduada, no
trecho desejado.
Como todo produto químico, a pasta de produto e a pasta de água
têm prazo de validade para a manutenção de suas características
de reação química. Só é permitido o uso de pastas dentro dos
respectivos prazos de validade.
2.3.1. TEMPO DE REAÇÃO
O tempo de reação da pasta identificadora de produto
normalmente é inferior a 5 segundos.
O tempo necessário à reação da pasta identificadora de água com
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o produto depende da natureza do produto de acordo com a


seguinte tabela:
PRODUTO TEMPO

Gasolina, querosene, etc. 5 a 10 segundos

Diesel, óleo lubrificante, 30 a 60 segundos


óleo combustível,
petróleo, etc.
2.3.2. CORTE
Corte é o nome dado à marca produzida sobre a fita graduada
(prumo ou barra de medição) pela dissolução da pasta especial
usada nas medições ao reagir quimicamente com o produto (ou
com a água) .
NOTA: Deve ser passada uma leve camada de pasta sobre a
fita graduada (prumo ou barra de medição), uma vez que não é
a quantidade de pasta que define a exatidão do corte, mas sua
qualidade. O excesso de pasta pode vir até a prejudicar a
exatidão da medida.
2.3.3. MENISCO
INVERTIDO
É a depressão que se forma junto
à fita graduada imediatamente
após a sua introdução num
produto muito viscoso. Este
fenômeno ocorre pela ação da
tensão superficial do produto.
O Operador deve esperar o
produto retornar ao nível correto, em torno da fita graduada para
que “o corte” na pasta identificadora de produto reflita a medida
correta.
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Tensão superficial é o nome dado ao fenômeno físico de


adensamento da superfície de um líquido na sua interface com um
meio gasoso.

2.4. CADERNETA / FICHA


DE MEDIÇÃO
A Caderneta / Ficha de
Medição é o documento de
registro do Operador. Todas as
medições efetuadas no campo
serão registradas nela,
diretamente, sem transcrições.
O seu uso é obrigatório e não é
permitido ao Operador efetuar
registro de medições em
nenhum outro local,
independentemente dos
motivos. Seu preenchimento
deve obedecer às seguintes
regras:
∗ Os registros devem ser
feitos com letra legível, à
tinta (escrito com
caneta), sem emendas,
sem rasuras e sem
ressalvas.
∗ Havendo erros, cancelar a anotação, e fazer novo registro.
∗ As anotações deverão ser feitas na caderneta/ficha de
medição, imediatamente após a leitura. É vedado ao
Operador fazer registros em rascunhos, na mão ou em
qualquer outro local para depois transcrevê-los para a
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caderneta/ficha.
∗ As medições deverão ser conferidas pelas partes ainda em
cima do tanque.
∗ Utilizar o campo de observação para registrar:
Tipo de tanque: de teto fixo ou flutuante, etc.
∗ As anotações deverão ser assinadas pelo preposto do
Tesiaba e do Cliente/Fornecedor.
∗ A cada medida feita, registrar na Caderneta / Ficha de
medição:
∗ Altura de referência
∗ Altura do produto
∗ Altura da água
∗ Nome do produto
∗ Natureza da operação
∗ Localização do tanque
∗ Temperatura e densidade da amostra
∗ Densidade a 20ºC do produto.
∗ Temperatura do produto
∗ Data e hora da medida
∗ Identificação do tanque
∗ Assinatura do Operador
∗ Número da trena
∗ Assinatura do Cliente/Fornecedor

3. TANQUES
Normalmente são estruturas cilíndricas, construídas com chapas
de aço soldadas entre si, com o objetivo de armazenar álcoois,
petróleo e seus derivados. Em seu projeto vários aspectos são
considerados, particularmente:
∗ Capacidade de conservação dos vapores, reduzindo as
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perdas por evaporação.


∗ Condições de resistência aos esforços mecânicos a que
estarão submetidos em sua carga máxima.
∗ Máxima proteção contra explosão e inflamabilidade
Existem vários tipos de
tanques, cada um
projetado para oferecer o
melhor desempenho nas
aplicações específicas.
Neste manual trataremos
dos tanques cilíndricos
verticais de teto fixo com
selo flutuante e os de teto
flutuante .
Normalmente usa-se tanques de teto fixo para armazenar produtos
não voláteis, como, gasóleo, diesel, óleo combustível, lubrificante,
etc.
Um produto é dito volátil quando o seu ponto de fulgor é inferior
a 60ºC, tais como o querosene, gasolina e a maioria dos óleos
crus. No Brasil fabrica-se um óleo Diesel, conhecido como
“Diesel ambiente”, tecnicamente “diesel A”, cujo ponto de fulgor
é inferior a 60ºC. Quando o ponto de fulgor de produtos como os
óleos combustíveis residuais, óleos pesados e óleo diesel,
encontra-se acima dos 60ºC, diz-se que ele é não volátil.
Os tanques de teto flutuante ou teto fixo com selo flutuante são
usados para o armazenamento de gasolina, nafta e petróleo cru.
O teto ou selo flutuante elimina o espaço necessário para a
formação de vapores reduzindo as perdas por evaporação e
contribuindo decisivamente para a segurança do armazenamento,
já que praticamente elimina o contato da superfície líquida com o
oxigênio.
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ABC DO OPERADOR - MEDIÇÃO DE ALTURA

3.1. ASSESSÓRIOS DE TANQUES COM TETO


FLUTUANTE
3.1.1. PLATAFORMA DE MEDIÇÃO
Localiza-se na extremidade das escadas dos tanques de teto
flutuante, onde se encontra instalada a parte superior do tubo de
medição.
3.1.2. SUPORTE
DO TETO
São dispositivos que
sustentam o teto e
impedem que ele
toque diretamente
no fundo do tanque
e danifique os
misturadores,
aquecedores, etc.
Estes dispositivos
operam em duas
posições:
a) De operação, na
qual busca-se
aproveitar ao
máximo a
capacidade
operacional do
tanque colocando o teto na menor distância possível do fundo.
b) De manutenção, onde o teto fica o mais alto possível para
permitir a execução de serviços de limpeza e manutenção.
3.1.3. TUBO DE MEDIÇÃO
Também funciona como dispositivo anti-rotacional do teto
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flutuante, é constituído de um tubo perfurado perifericamente em


toda sua extensão que vai da plataforma de medição até próximo
da mesa de medição, ao longo do seu interior são introduzidos os
instrumentos de medição e amostragem. Existem situações em que
a ferrugem e resíduos de produto podem vedar as perfurações
laterais, obstruindo o livre fluxo do produto em seu interior.
Nestas circunstâncias, a temperatura do produto no seu interior
pode diferir significativamente da real temperatura média da
massa líquida. Por isso havendo diferenças relevantes de
temperatura tomada no tanque expedidor e no tanque recebedor, é
aconselhável tomar a temperatura fora do tubo de medição.
3.1.4. ANTI-ROTACIONAL
É um dispositivo que impede a rotação do teto. Há vários tipos: de
contrapeso e corrente, de guias e de tubo de medição projetado
como anti-rotacional. Esses dispositivos permitem apenas que o
teto se desloque no sentido vertical, impedindo movimentos de
rotação.
3.1.5. SELO FLUTUANTE
Dispositivo empregado no interior de tanques com teto fixo que
armazenam produtos voláteis, reduzindo a formação de vapor do
produto. Trabalha de forma similar aos tetos flutuantes e elimina
algumas de suas desvantagens como o acúmulo de água sobre o
teto por problemas de drenagem.

3.2. TERMINOLOGIA
3.2.1. MESA DE MEDIÇÃO
É um acessório constituído de uma chapa de aço, lisa e
perfeitamente nivelada, soldada no costado interno próximo ao
fundo do tanque, diretamente abaixo da boca de medição, na
vertical do ponto de referência. Sua parte superior define o nível
zero da tabela volumétrica.
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Os tanques cilíndricos verticais são construídos de forma que a


mesa de medição é instalada no menor nível a partir do qual as
características de regularidade geométrica mínima necessária para
garantir a exatidão dos cálculos passam a existir. Por isso pode
existir produto abaixo da mesa de medição e ainda assim o
resultado de uma medida de altura do produto no interior do
tanque ser corretamente colocado como zero.
Esta característica construtiva determina que uma medição de
altura de produto igual à zero significa que o nível de produto no
interior do tanque está abaixo da mesa de medição e não se pode
avaliar seu volume através da medição direta de sua altura.

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3.2.2. BOCA DE MEDIÇÃO


É uma abertura definida, existente no teto do tanque onde se
localiza o ponto de referência, e pelo interior do qual se introduz
os instrumentos de medição e amostragem.
3.2.3. NÍVEL ZERO
É o nível do plano horizontal, correspondente ao nível zero da
tabela volumétrica do tanque.
É a referência horizontal, materializada pela parte superior da
mesa de medição, que estabelece o ponto de contato da
extremidade do prumo da trena, limitando seu deslocamento no
interior do produto.
É em relação ao nível zero que se mede a altura do produto no
interior do tanque.
3.2.4. PONTO DE REFERÊNCIA
É um traço, marca ou plano horizontal, existente na boca de
medição, na vertical do nível zero.
Tem por finalidade demarcar uma distância conhecida até a mesa
de medição, que servirá como referência para atestar que a trena
está sendo usada adequadamente e que as medidas efetuadas estão
dentro da exatidão necessária à comercialização do produto.
O ponto de referência deve estar claramente marcado na boca de
medição. Quando a forma usada pelos construtores do tanque para
marcar o ponto de referência for uma etiqueta ou alguma marca
presa ao tanque, o Operador deve verificar se ela esta bem fixada
e absolutamente imóvel.
O Operador deve examinar as condições físicas da marca que
materializa o ponto de referência na boca de medição, informando
ao seu Supervisor a existência de qualquer não conformidade, tal
como marca ilegível, mobilidade da etiqueta, medida não
coincidente com o valor oficialmente adotado pela Base, etc. para
que se providencie regularizar a situação.
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3.2.5. ALTURA DA REFERÊNCIA


É a distância vertical padrão compreendida entre o ponto de
referência e o fundo do tanque ou da mesa de medição.
Esta distância deve ser marcada no topo do tanque próxima à boca
de medição.
3.2.6. ALTURA DE REFERÊNCIA OBSERVADA
É a distância vertical real medida do fundo do tanque ou da mesa
de medição até o ponto de referência estabelecido.
3.2.7. ZONA CRÍTICA DE FLUTUAÇÃO
É a distância entre o ponto onde a flutuação do teto está em
repouso e o ponto onde o teto está flutuando livremente.
3.2.8. MEDIÇÃO DIRETA
É o método de medida no qual se obtém a distância compreendida
entre o nível zero e a superfície livre do produto (espaço cheio)
marcada diretamente na trena.
3.2.9. MEDIÇÃO INDIRETA
É o método de medida no qual se obtém a distância compreendida
entre o nível zero e a superfície livre do produto indiretamente,
por meio de cálculo. Mede-se a distância compreendida entre o
ponto de referência e a superfície livre do produto (espaço vazio)
e subtrai-se o resultado obtido da altura de referência.
3.2.10. TABELA DE CAPACIDADE DO TANQUE
É a tabela que indica volume de um tanque em função dos vários
níveis de produto medidos a partir da mesa de medição ou ponto
de referência. Tipicamente a tabela volumétrica estabelece qual o
volume de produto no interior do tanque para cada milímetro de
altura.
3.2.11. FATOR MILIMÉTRICO
Fator numérico que fornece o volume de produto armazenado no
tanque para cada milímetro de altura do produto no seu interior. É
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uma constante física que depende diretamente das características


construtivas do tanque.
3.2.12. ALTURA OPERACIONAL
Altura máxima, estabelecida pela experiência operacional da
Empresa proprietária do tanque, que o nível do produto no interior
de um tanque pode atingir, sem comprometer a segurança.
3.2.13. VOLUME OPERACIONAL
Volume máximo de produto, estabelecido pela experiência
operacional, que um tanque pode receber sem comprometer a
segurança. Geralmente 95% do volume total tabelado.
3.2.14. VOLUME MORTO (LASTRO)
Volume não bombeável, situado abaixo da mesa de medição ou
nível zero e por isso impossível de se avaliar por medição de
altura.
3.2.15. MEDIÇÃO INICIAL
É a medição de altura de um produto no interior de um tanque,
feita com objetivos comerciais, antes de se iniciar uma
transferência de estoque - expedir ou receber produto.
3.2.16. MEDIÇÃO FINAL
É a medição de altura de um produto no interior de um tanque,
feita com objetivos comerciais, após se concluir uma transferência
de estoque - expedir ou receber produto.
3.2.17. ARQUEAÇÃO
Determinação do volume contido no interior do tanque.
A arqueação normalmente é feita pelo INMETRO (hoje está
sendo feita pelo IPEM do Amazonas e da Bahia), uma vez que sua
exatidão será fator determinante na apuração das quantidades de
estoque transferidas nas operações comerciais.

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4. TABELAS DE CORREÇÃO
Para corrigir os volumes e densidades dos álcoois, petróleo e seus
derivados para a temperatura de referência 20ºC, na qual são
valorizadas as operações comerciais, é necessário usar fatores de
conversão que estão tabelados por instituições oficiais.
O CNP- Conselho Nacional de Petróleo através da Resolução nº 6
de 1970, aprovou o uso das seguintes tabelas de conversão, para
petróleo e seus derivados em todo o território nacional:

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TABELA I - CONVERSÃO DA DENSIDADE


OBSERVADA PARA A DENSIDADE A 20ºC.
TABELA II - CORREÇÃO DE VOLUME PARA 20ºC.

Tratam-se de tabelas empíricas obtidas pelo modelamento


matemático de uma grande quantidade de dados experimentais.

No caso dos álcoois, usa-se a tabela:

TABELA DE REDUÇÃO DE MASSA ESPECÍFICA


E VOLUME DE MISTURAS DE ÁLCOOL E
ÁGUA.
Esta tabela foi elaborada pelo INPM/MIC e juntamente com os
fatores de correção para volume e densidade estabelece também o
valor da graduação alcoólica correspondente à percentagem de
álcool, em peso, na mistura, isto é o grau ºINPM da mistura em
função da densidade a 20ºC.

5. TEMPO DE REPOUSO E VALIDADE DAS


MEDIÇÕES
(Norma PETROBRAS NDT nº 38 de Março/1996

Repouso: Tempo mínimo necessário para a massa líquida


estabilizar no interior do tanque, após um bombeio, para cessarem
os movimentos ondulatórios do líquido e para decantar a água
contida no produto.
Para obter as condições adequadas à exatidão da medição da
altura do produto no interior do tanque são recomendados
períodos de repouso mínimo que variam na expedição de 30 min a
4h e no recebimento de 1h a 24h a depender do produto a ser
mensurado, conforme tabela abaixo.
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Validade:Validade da medição é o máximo período de tempo


permitido entre uma medição e o início de uma operação
comercial nela baseada, conforme tabela a seguir:

PRODUTO PERÍO DO DE REPOUSO Validade

EXPEDIÇÃO RECEBIMENTO

Gasolina, 30 min 1h 2h
Álcoois e
produtos leves
Diesel, QI e 30 min 1h 4h
QAV-1
Óleo 1h 2h 6h
combustível
Petróleo 2h 24 h 12 h

Lubrificantes 4h 5h 24 h

Notas:
Prazos de validade aplicáveis para sistemas
operacionais que ofereçam garantia de
estanqueidade.

6. CENTELHAS

6.1. ELETRICIDADE ESTÁTICA


Existe um tipo de energia elétrica que se acumula em corpos com
características isolantes, cuja produção se dá tipicamente pelo
atrito. Quando dois corpos isolantes são esfregados, a depender de
suas características físicas, podem acumular quantidades
expressivas de carga elétrica de polaridade contrárias. Enquanto
houver atrito, o acúmulo de cargas elétricas se processa, gerando
grandes diferenças de potencial entre os corpos carregados.
Quando o espaço que os separa ou o espaço que separa cada corpo
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de uma superfície boa condutora de eletricidade para a terra não


consegue mais resistir à tensão elétrica que se estabelece, toda
energia acumulada se descarrega sob a forma de uma centelha.
Este fenômeno representa um risco potencial de acidente nas
operações com álcoois, petróleo e seus derivados, uma vez que
são substâncias com características isolantes.

Uma situação potencialmente geradora de eletricidade estática é o


ato de introduzir equipamento de medição não metálico (com
características isolantes) no interior do tanque. O simples atrito de
uma fita isolante que penetra no tanque com a luva do Operador é
suficiente para gerar o fenômeno.

A forma mais simples e potente de evitar a formação de energia


eletrostática é o aterramento. O aterramento consiste de uma
ligação, feita por um bom condutor de energia elétrica com a terra.
Esta ligação não evita a formação da energia eletrostática mas
garante seu constante escoamento para terra de forma a evitar a
formação de centelha. Como os tanques são construídos de chapas
de aço de grande espessura, para suportar os esforços mecânicos a
que estão submetidos, esta estrutura, por si só já estabelece uma
boa conexão com a terra.
Para evitar acúmulo de energia eletrostática no equipamento de
medição, ele deve ser construído em fita de aço, o prumo deve ser
metálico e o Operador, ao inserir o equipamento no interior do
tanque deve fazer com que a fita de aço esteja em contato com
uma parte fixa (evitar a parte móvel da tampa da boca de
medição) metálica da boca de medição que garanta bom contato
elétrico com a terra.

6.2. CHOQUE DE METAIS


Existem metais como o aço, que ao se chocarem fortemente com
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outros metais do mesmo tipo, podem liberar pequenas partículas


incandescente vistas sob a forma de centelhas.
Por esta razão o prumo, que é a parte removível e de maior massa
do conjunto formado pela trena, deve ser feito de bronze, cobre ou
material semelhante que além de bom condutor de energia elétrica
absorva bem um impacto acidental com o aço do tanque
deformando-se sem gerar centelhas.

7. METODOLOGIA
A metodologia apresentada a seguir sistematiza as ações a serem
desenvolvidas pelo Operador, garantindo a repetitividade e
reprodutibilidade às medições manuais efetuadas, tornando
confiáveis os resultados obtidos independentes da pessoa que a
executa.

7.1. MEDIÇÃO DIRETA (Espaço Cheio)


NORMA INPM Nº. 33/67 - API CAP. 3.1ª
7.1.1. DESCRIÇÃO
A medição da altura do produto no interior do tanque pelo método
direto é feita distendendo-se a trena entre o nível zero do tanque
(mesa de medição) e o ponto de referência (boca de medição),
deixando que a reação da pasta identificadora com produto
marque na fita graduada a altura desejada. Por isso, em toda
operação de medição feita por este método é papel fundamental
do Operador reproduzir a medida da altura de referência. Este é o
único parâmetro disponível para atestar o uso da trena nas
condições adequadas para garantir a exatidão dos resultados.

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7.1.2. APLICAÇÃO
Normalmente usada na medição de produtos claros contidos em
tanques cilíndricos verticais, embora a norma não faça esta
distinção.

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7.1.3. PROCEDIMENTO
a. Obter o valor registrado no certificado de arqueação do
tanque como altura de referência oficial para o tanque que
está sendo medido.
b. Selecionar instrumento que será usado na medida - trena
oficial .
c. Certificar-se de que o tanque está isolado, isto é que todas
as válvulas de saída e drenos estão fechados e lacrados.
d. Subir no tanque com passos normais, sem correr e usando
os seus EPI.
e. Usar o corrimão da escada para sua proteção pessoal.
f. Chegando no topo do tanque, fixar o cinto de segurança no
guarda corpo.
g. Verificar se a boca de medição esta fechada de acordo com
a instrução da Base ou Terminal.
h. Posicionar-se adequadamente, como vento batendo em
suas costas e a boca de medição à sua frente, para abrí-la e
não inalar os gases que dela sairão.
i. Verificar as condições físicas da placa que materializa o
ponto de referência. Deve estar fixa e sem desgaste.
j. Desenrolar lentamente a trena, descendo-a no interior do
tanque, pela boca de medição, até o prumo alcançar uma
posição próxima à mesa de medição. Em torno de 20 cm
antes de tocar a mesa.. Manter a fita em contato com a
chapa metálica da boca de medição sem contudo usar a
placa de referencia como guia.
NOTA:
O Operador deve movimentar a fita da trena (ao
descer e ao subir) encostando-a na boca de medição,
fora da placa de referência para evitar o desgaste da
referência. A fita graduada da trena deve ser colocada
contra a placa de referência apenas no momento da
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leitura da altura do produto no tanque.


k. Encostar a fita da trena na placa de referência e continuar a
sua descida, vagarosamente, até a ponta do prumo tocar a
mesa de medição (ou o fundo do tanque se não existir
mesa).
l. Retirar a trena e verificar a altura aproximada marcada na
fita pelo produto.
m. Enxugar a região do “corte” e aplicar uma leve camada de
pasta identificadora do produto.
n. Introduzir novamente a trena no interior do tanque até a
ponta do prumo tocar a mesa de medição (ou o fundo do
tanque se não existir mesa), conforme descrito nas alíneas
“j” e “k” acima.
NOTA:
Quando efetuando medidas em produtos escuros,
devido a sua viscosidade, deve-se manter o prumo em
contato com a mesa de medição ou fundo do tanque
por um tempo maior, porém não mais do que 5
segundos, a fim de evitar uma leitura menor que a
real, motivada pelo menisco invertido
o. Durante esta operação manter a trena adequadamente
tencionada, a fim de evitar a formação de ondas na
superfície do produto.
p. Conferir o posicionamento da trena em relação ao ponto de
referência.Verificar se a altura de referência encontrada é
igual à altura de referência tabelada ou fornecida pelo
Terminal para ter certeza de que o prumo esteja tocando na
mesa de medição ou fundo do tanque.
q. Levantar a trena antes de começar a enrolar a fita, para
evitar cortes errôneos. Enrolar a fita até o ponto do corte.
NOTA:
Para evitar o desgaste da placa de referência, o
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Operador deve movimentar a fita da trena (ao descer e


ao subir) encostando-a na boca de medição, fora da
placa de referência. A fita graduada da trena deve ser
colocada contra a placa de referência apenas no
momento da leitura da altura do produto no tanque.
r. Ler a altura do ponto onde ocorreu o “corte” na pasta sobre
a fita. Efetuar a leitura com aproximação de 1 mm.
s. Efetuar três leituras consecutivas, que devem situar-se
dentro do intervalo de +/-3 mm, uma das outras. Se duas
das três leituras são iguais, esta leitura deve ser registrada
como a medida da altura, efetuando a leitura com
aproximação de 1 mm. Não havendo coincidência de duas
medidas, deve ser feita a média aritmética das três leituras.
A média deve ser calculada e registrada com aproximação
de 1 mm.
t. Registrar na Caderneta/Ficha de Medição, ainda em cima
do tanque, a altura de referência medida, altura do produto
e o número da trena usada. Os registros devem ser claros,
legíveis, isentos de rasuras ou borrões. Se necessário,
cancele a folha da Caderneta/Ficha onde houve rasuras e,
ainda em cima do tanque, faça novo registro. Jamais anote
medidas em rascunhos para posteriores transcrições.
u. Limpar a fita graduada, retirando a pasta identificadora de
produto com uma flanela.
v. Enrolar a fita da trena completamente.
w. Fechar a boca de medição.Reunir os instrumentos e
recolher as flanelas (usadas e não usadas).
x. Descer normalmente do tanque, sem correr.
Não efetuar medições durante tempestades com relâmpagos.

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7.2. MEDIÇÃO INDIRETA (Espaço vazio)


NORMA INPM Nº. 33/67 - API CAP. 3.1A
7.2.1. DESCRIÇÃO
A medição da altura do produto no interior do tanque pelo método
indireto é feita distendendo-se a trena entre o ponto de referência
(na boca de medição) e o nível superior do produto, deixando que
a reação da pasta identificadora com produto marque no prumo o
ponto de corte. Registra-se o valor encontrado na fita graduada no
plano do ponto de referência. Registra-se o valor marcado pelo
corte da pasta identificadora no prumo. A diferença entre estes
valores corresponde ao espaço vazio, entre o nível do produto e o
ponto de referência. Como a altura de referência é conhecida com
exatidão, e estabelece a distância entre o ponto de referência e o
nível zero do tanque, indiretamente, por meio de cálculo,
subtraindo-se o valor obtido do espaço vazio da altura de
referência, obtêm-se a altura do produto no interior do tanque.
7.2.2. APLICAÇÃO
Normalmente este método é usado na medição de produtos
escuros contidos em tanques cilíndricos verticais, e para medição
de produtos claros e escuros contidos a bordo de navio-tanque,
embora a norma não faça esta distinção.
7.2.3. PROCEDIMENTO
a. Obter o valor registrado no certificado de arqueação do
tanque como altura de referência oficial para o tanque que
está sendo medido.
b. Selecionar instrumento que será usado na medida - trena
oficial.

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c. Certifique-se de que o tanque está isolado, isto é, que todas


as válvulas estão fechadas.
d. Subir no tanque com passos normais, sem correr e usando
os seus EPI.
e. Usar o corrimão da escada para sua proteção pessoal.
f. Fixar o cinto de segurança no guarda corpo, ao chegar no
topo do tanque
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g. Verificar se a boca de medição esta fechada de acordo com


a instrução da Base ou Terminal.
h. Posicionar-se adequadamente, com o vento batendo em
suas costas e a boca de medição à sua frente, para abrí-la e
não inalar os gases que dela sairão.
i. Verificar as condições físicas da placa que materializa o
ponto de referência.
j. Passar a pasta identificadora de produto no prumo.
k. Introduzir lentamente a trena no tanque, descendo-a no
interior pela boca de medição, até o prumo alcançar uma
posição próxima à superfície livre do produto. Em torno de
20 cm antes de tocar o produto. Manter a fita em contato
com a chapa metálica da boca de medição sem contudo
usar a placa de referencia como guia.
NOTA:
O Operador deve movimentar a fita da trena (ao
descer e ao subir) encostando-a na boca de medição,
fora da placa de referência para evitar o desgaste da
referência. A fita graduada da trena deve ser colocada
contra a placa de referência quando a ponta do prumo
estiver próxima 20 cm da superfície do produto.
l. Encostar a fita da trena na placa de referência e continuar a
sua descida, vagarosamente, até o prumo penetrar
aproximadamente a metade de seu comprimento no
interior da massa líquida
NOTA:
Quando efetuando medidas em produtos escuros, devido a
sua viscosidade, deve-se manter o prumo imerso no
produto por um tempo maior, porém não mais do que 5
segundos, a fim de evitar uma leitura menor que a real,
motivada pelo menisco invertido, devido à tensão
superficial.
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m. Efetuar a leitura na fita posicionada junto ao ponto de


referência, com aproximação e 1 mm.
n. Levantar a trena e enrolar a fita.
o. Efetuar a leitura da altura marcada no prumo pelo produto,
com aproximação de 1 mm.
p. Efetuar três leituras consecutivas, que devem situar-se
dentro do intervalo de +/-3 mm, uma das outras. Se duas
das três leituras são iguais, esta leitura deve ser registrada
como a medida da altura, efetuando a leitura com
aproximação de 1 mm. Não havendo coincidência de duas
medidas, deve ser feita a média aritmética das três leituras.
A média deve ser calculada e registrada com aproximação
de 1 mm.
q. Registrar na Caderneta/Ficha de Medição, ainda em cima
do tanque, a medida feita ao nível do ponto de referência, a
altura marcada pelo produto no prumo e o número da trena
usada. Os registros devem ser claros, legíveis, isentos de
rasuras ou borrões. Se necessário, cancele a folha da
Caderneta/Ficha onde houve rasuras e faça novo registro.
r. Limpar o prumo, retirando a pasta identificadora de
produto com uma flanela.
s. Enrolar a fita de aço completamente.
t. Fechar a boca de medição.
u. Reunir os instrumentos.
v. Recolher as flanelas (usadas e não usadas).
w. Calcular o espaço vazio no tanque, subtraindo o valor lido
ao nível do corte no prumo do valor lido na fita graduada
ao nível do ponto de referência.
x. Calcular a altura do nível do produto subtraindo o espaço
vazio da altura de referência tabelada ou fornecida pelo
Terminal.
y. Registrar na Caderneta/Ficha de medição, no campo
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“observação”, a altura do espaço vazio calculada.


z. Registrar na Caderneta/Ficha de medição, no campo
“altura total”, a altura do espaço cheio calculada.
Este método não considera e nem determina a quantidade de água
presente no tanque, que deverá ser obtida por medição direta.

7.3. MEDIÇÃO DE ÁGUA LIVRE


7.3.1. DESCRIÇÃO
O petróleo e seus derivados são mais leves que a água e com ela
não se misturam. Por isso, quando existe água no interior de um
tanque, ela se encontra no nível mais baixo. Se o seu nível estiver
acima da mesa de medição, sua altura pode ser medida pelo
método da medição direta, usando-se a pasta específica para
reação com água e inerte ao produto. Quando porém a quantidade
de água no interior do tanque é tão pequena que seu nível está
abaixo da mesa de medição, seu volume só pode ser medido por
um processo especial no qual se mede a altura do produto com a
água, drena-se a água, e efetua-se uma nova medida da altura do
produto, desta vez sem água no interior do tanque. Calcula-se o
volume equivalente de produto para as duas medidas efetuadas e
sua diferença corresponde ao volume de água que existia no
interior do tanque e dele foi retirado.
OBSERVAÇÃO:
Pode também ser medida a água livre quando acima da mesa de medição,
pelo método da medição indireta, se a altura de referência não for alterada
quando da condição de abertura e fechamento da medição. Se a altura de
referência foi alterada, a medição pelo método direto deve ser usada.

7.3.1.1 DRENAGEM
Drenar é o ato de retirar a água existente no interior do tanque por
meio da abertura da válvula para isto existente. Abre-se a válvula
e monitora-se a saída da água recolhendo, com uma proveta,
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amostras no dreno de saída. Paraliza-se a operação no momento


em que a amostra recolhida não mais contenha água separada do
produto. A inspeção é visual.
7.3.2. APLICAÇÃO
Apuração da quantidade de água livre no interior do tanque,
através da medição direta, com água acima da mesa de medição,
ou do volume, através do processo especial, na condição da água
livre abaixo da mesa de medição.
7.3.3. PROCEDIMENTO - MEDIÇÃO DIRETA
(Ver Item nº. 7.1.3)
a. Aplicar uma leve camada de pasta identificadora de água
em toda a extensão do prumo.
b. Introduzir a trena pela boca de medição do tanque
pressionando levemente a fita contra a chapa metálica para
descarregar a eletricidade estática até que o prumo entre
em contato com a mesa de medição ou fundo do tanque,
sem flexionar a fita.
Notas:
Para produtos como gasolina, querosene e similares
leves, manter o prumo nesta posição no mínimo 10s, a
fim de se obter o ponto de corte adequado.
Medição em Óleos Combustíveis:
Para medição de água livre em tanques de óleos
combustíveis, um recurso usado para tornar
possível a leitura do “corte” é:
* Untar o prumo com óleo lubrificante, após
passar a pasta identificadora.
* Introduzir a trena assim preparada no tanque.
* Retirar trena do tanque.
* Borrifar o prumo com um pouco de gasolina ou
qualquer outro solvente. Evitar contato com a
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pele.
* Ler a altura de corte no prumo.
Observações:
1. O óleo combustível varia em natureza e
temperatura. Pode-se necessitar de 1 a 5min
mantendo o prumo em contato com a mesa de
medição ou fundo do tanque, a fim de se obter o
ponto de corte adequado.
2. Podem ocorrer marcas difusas, na pasta
identificadora de água na área imediatamente
acima do corte. Isso ocorre na medição de
produtos viscosos por causa da existências de
camadas estratificada com água em suspensão.
Quando o Operador observar este fenômeno
acontecer, deve registrar na Caderneta Ficha de
Medição até que nível isso acontece.
c. Conferir o posicionamento da trena em relação ao ponto de
referência e verificar se a altura de referência encontrada é
igual à altura de referência tabelada ou fornecida pelo
Terminal.
d. Registrar na Caderneta/Ficha de Medição a altura marcada
pela água no prumo e o número da trena usada. Os
registros devem ser claros, legíveis, isentos de rasuras ou
borrões. Se necessário, cancele a folha da Caderneta/Ficha
onde houve rasuras e faça novo registro.
Se o nível de água estiver entre 15 e 25 cm, ou abaixo do
início da graduação do prumo, 2 cm, recolher a trena,
trocar o prumo pela barra de medição e reiniciar o
procedimento.
e. Limpar o prumo, retirando a pasta identificadora de água
com um trapo.
f. Enrolar a fita completamente.
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g. Fechar a boca de medição.


h. Reunir os instrumentos.
i. Recolher as flanelas (usadas e não usadas).
j. Descer do tanque normalmente, sem correr.
7.3.4. PROCESSO ESPECIAL
a. Determinar a altura do produto no tanque.
b. Providenciar a drenagem de toda a água contida no tanque
através da abertura do dreno.
c. Determinar a altura do produto no tanque após a
drenagem.
d. Determinar o volume de água, na presença das Cias e da
Refinaria, através da seguinte operação :

volume de água drenado = (volume do produto


no tanque antes da drenagem) - (volume do
produto no tanque depois da drenagem)

7.4. MEDIÇÃO EM TANQUE COM TETO


FLUTUANTE
7.4.1. MÉTODO
Normalmente os tanques com teto flutuante são utilizados para
armazenar produtos voláteis, e a altura do produto no seu interior
é determinada pelo método direto descrito no item nº. 7.1.3.
Como o peso do teto flutuante desloca um determinado volume de
produto, a depender da situação específica de cada operação, pode
se fazer necessário corrigir os valores de volume calculados a
partir das medições efetuadas, para se garantir a exatidão das
medidas e sua correta aplicação.

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7.4.2. CRITÉRIOS DE CORREÇÃO


O Operador deve verificar se a tabela volumétrica do tanque em
operação já foi calculada com as correções aplicáveis,
descontando o volume deslocado pelo peso do teto, na posição
baixa (operação), caso contrário quatro situações básicas poderão
ocorrer, sendo ou não necessário considerar o volume deslocado
pelo teto a saber:
• Não será necessário calcular o volume deslocado pelo teto
quando:
• Iniciar e terminar a operação com o teto em flutuação
plena.
• Iniciar e terminar a operação com o teto em apoio pleno.
• Será necessário calcular o volume deslocado pelo teto quando:
• Iniciar a operação com o teto apoiado e terminar com o
teto flutuando livremente;
Observação: O volume deslocado deverá ser deduzido do
volume final.
• Iniciar a operação com o teto flutuando livremente e
terminar com o teto totalmente. apoiado;
Observação: O volume deslocado deverá ser deduzido do
volume inicial.

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7.4.3. CÁLCULO DO VOLUME DESLOCADO PELO


TETO
O seguinte procedimento é usado para calcular o volume de
produto deslocado à temperatura ambiente:
ÍTEM DES CRIÇÃO SIMBOLOGIA

1 Obter o peso do teto


flutuante no certificado de P
calibração do tanque.
2 Obter a densidade do d20ºC
produto à 20ºC.
3 Dividir o peso do teto pela
densidade do produto a VD (20 C ) =
20ºC, encontrando o P
volume de produto =
d 20 C
deslocado à 20ºC.

4 Obter da tabela II do
CNP, o fator de correção
de volume da temperatura FCV
ambiente para a
temperatura à 20ºC.

5 Dividir o volume
deslocado à 20ºC pelo VD ( amb ) =
fator de correção, e
VD ( 20 C )
encontrar o volume =
deslocado à temperatura FCV
ambiente.
8.
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RECOMENDAÇÕES
∗ Fazer a medição inicial e a medição final:
∗ Usando a mesma trena calibrada.
∗ Na mesma boca de medição.
∗ No mesmo ponto de referência materializado.
∗ Na mesma altura de referência.
∗ Efetuando no mínimo três medições de maneira correta
dentro do intervalo de 3 mm. Se duas das leituras forem
coincidentes, registrá-la com a aprox. de 1 mm. Na
condição de usar as três medidas, efetuar a média
aritmética, e registrar a temperatura média com aprox. de
1 mm.
∗ Os registros devem ser feitos em documento próprio
(Caderneta/Ficha de medição), no momento da medição, onde
além da altura do produto e da água, deverão constar:altura de
referência, nome do produto, tipo de operação. Tendo também
campos para registro da temperatura e densidade da amostra,
densidade relativa à 20ºC / 4ºC, a temperatura do produto, bem
como a data, a hora, a identificação e localização do tanque e a
assinatura do Operador, e do Cliente/Fornecedor.
∗ Usar instrumento certificado, calibrado e em perfeitas
condições operacionais. Não deverão ser usados materiais de
medição deformados, ilegíveis, emendados, com desgaste ou
sem calibração.
∗ Evitar aglomeração de pessoas sobre o teto do tanque durante
as medições.
∗ Manter todas as bocas de medição fechadas quando não em
uso.
∗ Rejeitar qualquer procedimento, instrumento e/ou ação de
medir, que possa por em dúvida a exatidão das medições.
Informar imediatamente ao Supervisor a existência de
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situações irregulares e/ou atípicas.


∗ Evitar que uma operação inicie ou termine com o teto "na zona
crítica de flutuação". Planejar as operações envolvendo tanques
com teto flutuante de forma a minimizar a influência do
volume deslocado pelo teto no resultado das medições.
∗ Remover da parte superior do teto flutuante água ou qualquer
outro material que esteja contribuindo para aumentar seu peso,
antes da medição. Quando isso for impraticável, anotar as
condições deste teto, nas medições iniciais e finais.
Recomenda-se que medições efetuadas nestas condições não
sejam utilizadas para fins comerciais.
∗ A determinação da altura do produto só deverá ser feita após
conseguida a estabilização da massa, ou seja cessarem os
movimentos ondulatórios do líquido e decantada a água. Para
tanto, são recomendados períodos de repouso mínimo
indicados na tabela do item 5.
∗ As trenas utilizadas para medições oficiais (as que serão
utilizadas para efeito comercial) deverão ser identificadas
(numeradas) e deverão estar calibradas. Quando das medições,
esta identificação deverá ser registrada na Caderneta/Ficha de
Medição, de modo que conste a trena que foi utilizada para esta
medição.
∗ Manter controle periódico de calibração das trenas.
∗ Antes de subir no tanque certifique-se de que ele está isolado
(válvulas fechadas).

9. EXATIDÃO DAS MEDIDAS


Apesar das fontes de erros existentes na apuração das quantidades
movimentadas através de medições volumétricas em tanques
armazenadores, expedindo ou recebendo produto, é possível se
obter resultados satisfatórios na prática operacional.
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Para se atingir tal objetivo, necessário se torna que o Operador


seja conhecedor dos equipamentos e seus acessórios, dos
instrumentos de medir e seu manuseio, assim como dominar a
metodologia adequada, evitando a ocorrência de erros grosseiros,
sistemáticos ou não, provenientes quer seja do emprego dos
instrumentos de medir inadequados ou sem calibração (em más
condições), quer seja de métodos imprecisos ou ainda fruto de
desídia por parte do Operador encarregado das medições.
Medidas de volume dos tanques tem os seguintes condicionantes
de limitação quanto à exatidão, indiferentes do equipamento de
medição utilizado:
1) Exatidão da tabela de calibração do tanque, incluindo o
efeito do teto e pressão hidrostática.
2) Movimento do fundo do tanque.
3) Incrustação junto à mesa de medição ou fundo do tanque.
4) Movimento do ponto de referência da medição ou o ponto
de montagem no topo do ATG durante uma transferência
ou devido à expansão térmica. Ambos afetam a medição
indireta.
5) Movimento da mesa de medição ou o ponto de montagem
no fundo do ATG durante uma transferência ou devido à
expansão térmica. Ambos afetam a medição direta.
6) Erros aleatórios na medida do nível, da densidade, e da
temperatura.
7) Expansão do diâmetro do tanque devido à temperatura.
8) Procedimentos operacionais usados na transferência.
Estas limitações podem ter impacto significante em toda a
exatidão da medição manual e de todos os tipos de medição
automática. Estas limitações estão cobertas em detalhe no
Capítulo 3.1A do API.

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Recomenda-se a medição pelo método direto, como descrito no


item nº. 7.1.3, cujos resultados podem ser corrigidos mais
facilmente, em caso de eventuais movimentações do ponto de
referência.
Os resultados de medições efetuadas pelo método indireto são
confiáveis, desde que a altura de referencia se mantenha
inalterada, isto é apresente o mesmo valor durante a medição
inicial e durante a medição final.
Quando se usa o método de medição indireto, deve-se
implementar o controle periódico das alturas de referência,
efetuando-se e registrando a medição da altura de referencia
observada durante medições iniciais e medições finais, de forma a
constatar que não há variação nos valores medidos, para várias
alturas diferentes do produto no tanque. Idealmente, convém
efetuar medições controladas, com a altura do produto variando
anel por anel.

9.1. POSSIBILIDADE DE ERRO NAS MEDIÇÕES


Os Limites superiores dos erros listados na tabela são estimativos
para operações realizadas em condições favoráveis:

Sistemas estanques;
Tanques armazenadores de construção sólida;
Tanques armazenadores fundo regular;
Instrumentos de medir devidamente calibrados;
Instrumentos de medir manuseados por técnicos
habilitados;
Considerando-se as correções de volume para a
temperatura de referência.

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LIMITE SUPERIO R DO ERRO

DISCRIMINAÇÃO RELA TIVO


ABSO-
LUTO TO TAL
% PARC IAL

INSTRUMENTOS
1. Tabela volumétrica do tanque - 0,20
2. Trena de sondagem - 0,02
3. Termômetro 0,25 ºC 0,03
4. Densímetro 0,0005 0,06 0,31
LEIT URA
5. Trena 1 mm 0,03
6. Do termômetro ( correção do 0,25ºC 0,03
volume)

7. Do termômetro ( correção da 0,25ºC 0,03


densidade)
8. Do densímetro 0,0003 0,04 0,13
TOMADAS
9. Da temperatura no tanque 0,5ºC 0,05
10. Da temperatura da amostra 0,25ºC 0,03
11. Da amostra 0,001 0,13 0,21
CORREÇÕES
12. Do volume ( tabela com 3 0,0005 0,05
decimais)
13. Densidade ( tabela com 3 0,0005 0,05 0,10
decimais)
TOTAL GERAL 0,75

10. LIMITES DE DIFERENÇA RELATIVA


Estes limites são os adotados pela Petróleo Brasileiro S.A -
PETROBRAS, e objetiva fornecer indicadores, com base
estatística, para se detectar eventuais anormalidades.
Não poderão ser considerados para condições operacionais
desfavoráveis em decorrência de limitações no sistema de
armazenamento e transferência.
Nas operações envolvendo medições em tanques, tanto na área
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expedidora quanto na recebedora, estes limites não serão


aplicados quando a frequência de transferência for pequena ou
quando o volume transferido for uma fração da quantidade
armazenada; sistemas não-estanques e linha parcialmente
cheia.

MED IÇÕES TANQUE X TANQUE

PRODUTO MENSAL (% ) SEMES TRAL


Gasolina/Nafta -0,10 à + 0,05 -0,05 à +0,05
QI, QA V-1, -0,10 à + 0,05 -0,08 à +0,05
Óleo co mbustível -0,40 à +0,10 -0,30 à +0,05
Álcool -0,20 à +0,10 -0,10 à +0,05
MED IÇÕES EM LINHA X MEDIÇÕES EM TANQUES

PRODUTO MENSAL (% ) SEMES TRAL


Gasolina -0,10 à + 0,05 -0,05 à +0,05
Diesel -0,10 à + 0,02 -0,08 à +0,01
Querosene -0,10 à +0,05 -0,10 à +0,05
Óleo combustível (* ) -0,40 à +0,00 -0,30 à +0,10
Álcool -0,20 à +0,10 -0,10 à +0,10

* Somente quando não houver correção da dilatação do tanque causada pelas


temperaturas elevadas de armazenamento do óleo combustível.

11. MEDIÇÃO AUTOMÁTICA EM TANQUES


(ATG)
O capítulo 3.1B do API, refere-se à prática padrão para medição
de nível de petróleo e seus derivados em tanques cilíndricos
verticais com teto fixo e flutuante, através da medição automática.
A Norma trata em geral sobre medição automática em tanque,
calibração do equipamento para transferência de custódia ou
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controle de inventário, e os requisitos para coleta de dados,


transmissão, e recebimento.
O apêndice trata a operação e instalação da maioria dos
equipamentos ATG comumente usados e do menos comum, ATG
eletrônico.
Segurança e precauções quanto à compatibilidade do material
deve ser tomada quando usando equipamento ATG.
Recomendações do Fabricante no uso e instalação do
equipamento devem ser seguidas.
A norma não cobre o seguinte:
Hidrocarbonetos tendo uma PVR acima de 15 lb/in2.
Medida de peso ou massa com equipamento ATG.
Medida de nível em tanques subterrâneos ou tanques
pressurizados armazenando líquidos.
Conversão do nível do tanque para volume do líquido.
Medida de temperatura, amostragem, densidade, e
sedimento & água (S&W), os quais são tratados nos
capítulos 7-10 do MPMS.

11.1. CALIBRAÇÃO PARA TRANSFERÊNCIA DE


CUSTÓDIA
O propósito da calibração para transferência de custódia, é
garantir que o ATG, como instalado, possa senti e indicar o nível
sobre a faixa de medição tão exatamente como a medição manual
que é devidamente executada.

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