Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
CENTRO DE TECNOLOGIA
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
JOÃO PESSOA - PB
2022
GABRIEL MUNIZ DE ANDRADE - 20190179291
GESIEL GOMES DUARTE - 20180017280
MARCELO DE SOUZA OLIVEIRA JÚNIOR - 20190142139
PEDRO GALDINO ALVES LEAL BORGES - 20190127517
JOÃO PESSOA - PB
2022
1
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 6
2. PROCEDIMENTO 6
2
LISTA DE FIGURAS
3
LISTA DE TABELAS
4
LISTA DE ABREVIAÇÕES
𝑃 - PESO PRÓPRIO
𝑄 - CARGA VARIÁVEIS
𝐹 - FLECHA ELÁSTICA;
5
1. INTRODUÇÃO
2. PROCEDIMENTO
6
3. DISCRETIZAÇÃO DAS LAJES
7
Figura 2: Detalhamento das Lajes L5, L6 e L12.
Como descrito no relatório anterior, as direções das armaduras das lajes dependem da
relação entre os tamanhos de seus vãos, segundo a fórmula:
𝑙𝑦
λ= 𝑙𝑥
λ ≤ 2 ⇒ Laje armada em duas direções (armação nas direções dos dois vãos da laje).
λ > 2 ⇒ Laje armada em uma direção (armação na direção do menor vão da laje)
8
3.3. VINCULAÇÃO DAS LAJES
Como também foi descrito no relatório anterior, a vinculação das lajes trata do modo
como as lajes se relacionam com seus apoios. No caso das lajes tratadas, foram adotados dois
critérios para essa caracterização:
● Se 2/3 do valor de cada uma das dimensões (vertical e horizontal) da laje cujo apoio
está sendo avaliado, for menor ou igual ao valor de cada uma das dimensões
(respectivamente) da laje vizinha, a laje avaliada será engastada em sua vizinha. Ou
seja:
2
3
· 𝑙𝐴(𝑥,𝑦) ≤ 𝑙𝐵(𝑥,𝑦) ⇒ Laje A está engastada na laje B
● Quando a laje não possuir lajes adjacentes em determinado trecho, ela será
considerada como bi-apoiada naquele trecho (isso inclui os lados onde as lajes que
estão sendo tratadas isoladamente antes se apoiavam em outras).
Com base nesses dois critérios, os apoios de cada uma das lajes puderam ser
caracterizados e, assim, pode-se classificar essas lajes em um dos nove casos de vinculação
descritos em Carvalho, 2014, segundo a figura 2, abaixo:
9
Isso será útil na aplicação dos próximos passos do dimensionamento. Tem-se,
portanto, que as lajes podem ser caracterizadas da seguinte forma, descrita na tabela 4, no
tópico 4, e na figura 3, abaixo:
Figura 4: Vínculos, casos e direções das armaduras das lajes L5, L6 e L12.
10
4. PRÉ-DIMENSIONAMENTO DA ALTURA DAS LAJES
ℎ = 𝑑 + 𝑐 + 1, 5 · ϕ
Sendo:
A altura útil da laje pode ser determinada por meio da seguinte inequação, também
retirada de Carvalho, 2014:
𝑙𝑥
𝑑 ≥ Ψ2·Ψ3
Sendo: 𝑙𝑥 , o comprimento do menor vão da laje; Ψ2, um coeficiente que depende das
vinculações, dimensões e armação das lajes; Ψ3, um coeficiente que depende do tipo de aço
utilizado nas armações. Sendo que, Ψ2 e Ψ3 podem ser determinados por meio das seguintes
tabelas, de acordo com Carvalho, 2014:
11
Tabela 1: Valores de Ψ2 utilizados no pré-dimensionamento das lajes de duas direções.
12
Tabela 3: Valores de Ψ3 para altura das lajes.
13
5. CÁLCULO DAS AÇÕES
O peso próprio (𝑃) de um elemento pode ser determinado a partir de seu peso
específico (γ). Pois essa propriedade indica o quanto pesa um elemento, apresentando uma
determinada densidade padronizada, a cada determinada unidade de volume (𝑉). Portanto,
conhecendo o volume do elemento que será medido, pode-se determinar o peso por meio da
equação:
𝑃 = γ· 𝑉
O material adotado, nesse caso, é o concreto de classe C25. Tem-se, então, que:
γ𝑐𝑜𝑛𝑐. = 25 𝑘𝑁/𝑚³ .
No caso das lajes, que são um elemento estrutural de área, para determinarmos as
cargas que as comprimem (𝑞𝑙𝑎𝑗𝑒) por cada unidade de área, deve-se dividir o peso próprio de
cada laje (𝑃𝑙𝑎𝑗𝑒) pela sua área (𝐴𝑙𝑎𝑗𝑒), tem-se, portanto:
14
○ Nas lajes armadas em duas direções, o peso da parede exerce
influência sobre toda a laje. Sendo assim, deve-se calcular o peso
próprio das paredes e distribuí-lo sobre a área total da laje.
○ Nas lajes armadas em uma direção podem ocorrer duas situações:
■ Parede disposta na direção do menor vão, considera-se então o
peso distribuído em uma faixa de influência limitada por
𝑙𝑥 (𝑚𝑒𝑛𝑜𝑟 𝑣ã𝑜)/2 (parcialmente distribuído);
■ Parede disposta na direção do maior vão, nesse caso, a parede
será considerada uma carga concentrada ao longo de seu
comprimento, dessa maneira o cálculo é feito para faixas de 1
metro de largura.
Algumas das outras cargas que atuam sobre as lajes, segundo a NBR 6120:1980, são:
● Contrapiso:
○ Argamassa de cimento e areia;
○ Espessura: 4 cm;
○ Peso específico: 21 kN/m³.
● Revestimento de piso:
○ Edifícios residenciais e comerciais;
○ Espessura: 5 cm;
○ Carga: 1 kN/m².
● Forro: Não será considerado neste relatório.
𝑟𝑒𝑣𝑒𝑠.
𝑞𝑙𝑎𝑗𝑒 = 21 · 0, 04 + 1 = 1, 84 𝑘𝑁/𝑚²
As cargas permanentes que agem sobre as lajes tratadas, estão registradas na tabela 7,
no tópico 5.3.
Prevalecendo, sempre, a maior das cargas em caso de lajes que abarquem mais de um
ambiente.
15
As cargas variáveis que agem sobre as lajes tratadas, estão registradas na tabela 7, no
tópico 5.3.
Na análise das lajes em estudo, tomaremos o Estado de Limite Serviço (ELS), ou seja:
aquele relacionado “ao conforto do usuário e à durabilidade, aparência e boa utilização das
estruturas, seja em relação aos usuários, seja em relação às máquinas e aos equipamentos
suportados pelas estruturas”, segundo a ABNT NBR 6118:2014. Em concordância com isso,
adota-se a combinação quase permanente como a combinação de cargas que será aplicada,
nesse caso, pois ela avalia as cargas considerando a sua ação ao longo de grande parte da vida
útil da estrutura. Sendo essa combinação, também fundamental para a verificação do estado
limite de deformações excessivas da estrutura. Essa combinação é definida por:
𝑝 = 𝑔 + γ𝑓 · 𝑞
16
Tabela 5: Valores do coeficiente γ𝑓2.
17
6. VERIFICAÇÃO DAS FLECHAS DAS LAJES
Na verificação das flechas a seguir, vale destacar que não foram considerados os
efeitos da fissuração e os efeitos da fluência foram determinados e adicionados ao final dos
cálculos aos efeitos devidos à combinação quase permanente. E, também, outro fator
importante é que as flechas foram determinadas separadamente para a combinação quase
permanente e para somente o valor das cargas variáveis.
18
Considerando, também, para as lajes, apenas 2/3 desses limites, tem-se que:
2 𝑙𝑥 𝑙𝑥
● Combinação quase permanente:
3
· 250
= 375
;
2 𝑙𝑥 𝑙𝑥
● Carga acidental:
3
· 350
= 525
.
Para as lajes em estudo, tem-se que os valores limites para as flechas são conforme
registrado na tabela 9, no tópico 6.3.
A determinação das flechas elásticas das lajes, ou seja, do valor das flechas sem
considerar a fissuração e a fluência, deve-se aplicar a seguinte fórmula, segundo Carvalho,
2014:
4
𝑝·𝑙𝑥 α
𝑓 = 𝐸𝐶𝑆·ℎ³
· 100
Sendo:
● 𝑓 = Flecha elástica;
● 𝑝 = Carga provinda da combinação ou da carga variável somente;
● 𝑙𝑥 = Comprimento do menor vão da laje;
● ℎ = Espessura das lajes;
● 𝐸𝐶𝑆 = Módulo de deformação secante, que, segundo a NBR 6118:2014, pode ser
determinado por meio de (adotando granito e gnaisse como agregado e fck de 25
MPa):
𝐸𝑐𝑖 = α𝐸 · 5600 · 𝑓𝑐𝑘 = 1 · 5600 · 25 = 28000 𝑀𝑃𝑎
𝑓𝑐𝑘 25
α𝑖 = 0, 8 + 0, 2 · 80
≤ 1, 0 → α 𝑖 = 0, 8 + 0, 2 · 80
= 0, 8625
● α = Coeficiente para cálculo de flechas elásticas, que, segundo Carvalho, 2014, pode
ser encontrado, por meio do uso da seguinte tabela 8:
19
Tabela 8: Coeficientes α para cálculo de flechas elásticas em lajes retangulares submetidas a
carregamento uniformemente distribuído.
Os resultados da aplicação dessa fórmula ao caso das lajes em estudo, estão expostos
na tabela 9, no tópico 6.3.
∆ξ
α𝑖 = 1+50·𝑝'
Sendo:
20
● 𝑝' = fator relacionado à área de armadura de compressão, ou seja, no nosso caso, é
igual a zero;
● ∆ξ = Coeficiente relacionado ao tempo de sujeição da estrutura à tensão constante.
→ ∆ξ = ξ(𝑡𝑓) − ξ(𝑡0)
𝑡 0,32
○ ξ(𝑡) = 0, 68 · 0, 966 · 𝑡 , para 𝑡 ≤ 70 𝑚𝑒𝑠𝑒𝑠;
○ ξ(𝑡) = 2, para 𝑡 > 70 𝑚𝑒𝑠𝑒𝑠;
○ ξ(𝑡𝑓) = ξ(∞) = 2 = tempo final;
○ ξ(𝑡0) = tempo inicial, relacionado com a retirada dos escoramentos, a favor
da segurança:
■ No caso do deste projeto, adotam-se 14 dias como o tempo de retirada
dos escoramentos: 𝑡0 = 14/30 = 0, 47.
0,47 0,32
■ Tem-se, então: ξ(0, 47) = 0, 68 · 0, 966 · 0, 47 = 0, 53
1 + α𝑖 = 1 + 1, 47 = 2, 47
Temos, então, a seguinte tabela, onde estão compilados os dados referentes aos
valores limites das flechas, os valores das flechas elásticas de ambos os carregamentos
considerados e os valores das flechas da combinação quase permanente considerando o efeito
da fluência em cada uma das lajes em estudo:
Tabela 9: Valores limites das flechas, flechas elásticas e flechas considerando o efeito da
fluência nas lajes.
Flechas limites
Lajes Flechas atuantes
(m)
Lx Vinculaç Ecs h P/ CQP sem Para
λ Para o Para o Fluênc P/ CQP com
Laje (meno ão da Alfa (kN/ adot. fluência o CV
adot. CQP CV ia fluência (m)
r) (m) laje m²) (m) (m) (m)
0,0122 0,0087 3,3 2415 0,00
L05 4,60 1,20 4 0,15 0,001331 2,47 0,003286
67 62 4 0000 0275
0,0122 0,0087 4,0 2415 0,00
L06 4,60 1,20 3 0,16 0,001338 2,47 0,003305
67 62 2 0000 0273
0,0100 0,0071 5,0 2415 0,00
L12 3,75 1,60 3 0,15 0,000848 2,47 0,002095
00 43 9 0000 0185
Fonte: Autoral, 2022.
21
6.4. DETERMINAÇÃO DE NOVAS ALTURAS PARA AS LAJES
4
3 𝑝·𝑙𝑥·α·(1+α𝑖)
● Para o carregamento quase permanente: ℎ =
𝑚í𝑛 𝐸𝐶𝑆·𝑓𝑙𝑖𝑚·100
4
3 𝑝·𝑙𝑥·α
● Para as cargas variáveis: ℎ =
𝑚í𝑛 𝐸𝐶𝑆·𝑓𝑙𝑖𝑚·100
Laje Flechas limites máximas (m) Fluência h calculada (m) h adotada (m)
Destaca-se também, que foi possível o cálculo da altura útil para cada tipo de
armadura, considerando que a positiva é adotada como igual à 6 cm, enquanto que a negativa
é adotada como igual à 7 cm por ser mais solicitada.
Como foram determinadas novas alturas para as lajes, as cargas atuantes sobre elas
puderam ser recalculadas, levando o novo valor da carga devida ao peso próprio em
consideração. Portanto, é possível o cálculo do carregamento total final da laje, segundo a
combinação, de acordo com Carvalho, 2014:
22
𝑝 = 𝑔 + 𝑞
Assim temos:
Cálculo do carregamento total das lajes L05, L06 e L12 do Pavimento Tipo
q - Carga Paredes Cargas Carregam
Área da Peso da CV
Laje distrib. Comprim Direção Cargas construt. ento total
laje (m²) laje (kN) (kN/m²)
(kN/m²) ento (m) do vão (kN/m²) (kN/m²) (kN/m²)
L05 24,61 92,29 2,50 6,1 Ambas 1,212 1,84 1,50 7,05
L06 23,81 89,28 2,50 6,4 Ambas 1,314 1,84 1,50 7,15
L12 22,13 82,97 2,50 3,75 Menor 0,828 1,84 1,50 6,67
Fonte: Autoral, 2022.
Outro detalhe importante a se destacar é que, como as novas alturas são menores que
as anteriormente verificadas, não é necessário verificar o valor das novas flechas das lajes,
pois serão menores também.
Para o detalhamento das armaduras das lajes ser possível, é necessário que sejam
calculados os momentos fletores que agem sobre elas.
Conforme descrito no relatório anterior, os momentos fletores que agem sobre as lajes
são determinados pelas seguintes fórmulas:
𝑙𝑥²
𝑚𝑥 = µ𝑥 · 𝑝 · 100
𝑙𝑥²
𝑚𝑦 = µ𝑦 · 𝑝 · 100
𝑙𝑥²
𝑥 𝑥 = µ𝑥' · 𝑝 · 100
𝑙𝑥²
𝑥 𝑦 = µ𝑦' · 𝑝 · 100
Sendo:
● 𝑝 = a carga total uniformemente distribuída sobre a laje;
● 𝑙𝑥 = o comprimento do menor vão da laje;
23
● µ𝑥, µ𝑥', µ𝑦 e µ𝑦' → Coeficientes que dependem do valor de λ (no caso de λ > 2,
adotam-se os valores referentes à λ = ∞) e do caso de vinculação da laje, sendo
determinados com auxílio das seguintes tabelas:
Tabela 12: Coeficientes para cálculo dos momentos máximos em lajes retangulares - parte 1.
Tabela 13: Coeficientes para cálculo dos momentos máximos em lajes retangulares - parte 2.
24
Tabela 14: Coeficientes para cálculo dos momentos máximos em lajes retangulares - parte 3.
Tabela 15: Coeficientes para cálculo dos momentos máximos em lajes retangulares - parte 4.
25
Tabela 16: Coeficientes para cálculo dos momentos máximos em lajes retangulares - parte 5.
Tabela 17: Coeficientes para cálculo dos momentos máximos em lajes retangulares - parte 6.
26
Tabela 18: Momentos máximos calculados para as lajes.
Os momentos calculados para cada uma das lajes devem ser compatibilizados entre
cada uma das lajes para que possam ser empregados nos cálculos seguintes, tendo em vista a
consideração de sua ação ao longo de toda a laje e não somente os seus valores extremos. E,
esses momentos, também, devem ser majorados, após a compatibilização, por meio de sua
multiplicação por um coeficiente γ𝑓 = 1, 4, para que os seus valores de projeto possam ser
empregados no cálculo, a favor da segurança.
● Fazer a média aritmética entre os dois maiores valores de cada laje e adotar esse
valor:
𝑀 𝑥𝑚𝑎𝑖𝑜𝑟+𝑥𝑚𝑒𝑛𝑜𝑟
○ 𝑥𝐶 = 2
;
27
𝑀
entre as duas lajes; e, 𝑥 𝐶 = momento compatibilizado por meio do cálculo da
média.
● Multiplicar o maior dos dois momentos por 0,8 e adotar esse valor para o
dimensionamento:
0,8
○ 𝑥 𝐶 = 0, 8 · 𝑥 𝑚𝑎𝑖𝑜𝑟;
0,8
○ Sendo: 𝑥 𝐶 = momento compatibilizado por meio da multiplicação por 0,8.
𝑥 𝑥𝑑 = 1, 4 · 𝑥 𝑥
𝑥 𝑦𝑑= 1, 4 · 𝑥 𝑦
Xx (kN/m) Xy (kN/m)
Xyd
Xx Xxd Xy
(valor
Laje Xx Xx Xx 0,8*Xx compa (valor Xy Xy Xy 0,8*Xy compa
de
maior menor médio maior biliza de maior menor médio maior biliza
projeto
do proj.) do )
L05 14,096 12,966 13,531 11,277 13,531 18,944 11,385 10,831 11,108 9,108 11,108 15,551
L06 14,096 12,966 13,531 11,277 13,531 18,944 - - - - - -
L12 - - - - - - 11,385 10,831 11,108 9,108 11,108 15,551
Fonte: Autoral, 2022.
𝑚𝑎𝑖𝑜𝑟 𝑥𝑚𝑎𝑖𝑜𝑟−𝑥𝐶
𝑚𝐶 = 𝑚𝑚𝑎𝑖𝑜𝑟 + 2
28
𝑚𝑎𝑖𝑜𝑟
Sendo: 𝑚𝐶 = momento positivo compatibilizado na laje de maior momento
negativo; 𝑚𝑚𝑎𝑖𝑜𝑟 = momento positivo na laje de maior momento negativo; e, 𝑥 𝐶 = momento
negativo compatibilizado.
Já, no caso da laje de menor momento negativo, o DMF se desloca para cima, ou seja,
o momento positivo decresce. Porém, não se reduz esse momento, em favor da segurança.
E, como antes, após a compatibilização, calcular os valores de projeto:
𝑚𝑥𝑑 = 1, 4 · 𝑚𝑥
𝑚𝑦𝑑= 1, 4 · 𝑚𝑦
Mx (kN/m) My (kN/m)
Xx Mx Mxd Myd
Laje Xx Xy Xy My
Mx compa compa (valor de My (valor de
maior maior compat. compat.
bilizado bilizado projeto) projeto)
L05 5,610 - - - 7,854 4,163 11,385 11,108 4,301 6,022
L06 6,871 14,096 13,531 7,153 10,015 3,669 - - - 5,137
L12 5,608 - - - 7,851 1,829 - - - 2,560
Fonte: Autoral, 2022.
Segundo Carvalho, 2014, deve-se determinar o menor valor para a distância entre o
centro de gravidade da armadura positiva e a superfície externa da laje para que a laje possa
resistir ao momento fletor que age sobre ela, no contexto do dimensionamento das armaduras.
Essa distância é denominada altura útil mínima (𝑑𝑚𝑖𝑛) e é a conformação que corresponde a
posição da linha neutra que “acarreta o maior momento que a viga é capaz de resistir, ou seja,
o momento aplicado será igual ao momento resistente máximo da seção”.
Esse limite é tratado segundo o estado limite último de ruína, correspondendo ao
limite imposto pela ABNT NBR 6118:2014 de ξ = 𝑥 /𝑑 = 0, 45 para concretos até CA50,
como é o nosso caso. Segundo Carvalho, 2014, tem-se, então:
𝑀𝑑 𝑀𝑑 𝑀𝑑
𝑑𝑚𝑖𝑛 = 𝑏𝑤·𝑓𝑐𝑑·(0,68·ξ−0,272·ξ²)
= 𝑏𝑤·𝑓𝑐𝑑·(0,68·0,45−0,272·0,45²)
= 2, 0 · 𝑏𝑤·𝑓𝑐𝑑
29
Essas alturas foram determinadas para os momentos de projeto positivos e negativos,
tratando da armadura positiva e negativa, respectivamente. Em favor da segurança,
adotaram-se os maiores valores encontrados para as armaduras positivas e negativas,
arredondados para cima, como os valores mínimos para todas as lajes. Tem-se, portanto:
𝑀𝑑
𝐴𝑠 = (𝐾𝑍)·𝑑𝑚𝑖𝑛·𝑓𝑠
30
𝑀𝑑
𝐾𝑀𝐷 = 𝑏𝑤·(𝑑𝑚𝑖𝑛)²·𝑓
𝑐𝑑
Sendo: 𝑏𝑤 e 𝑓𝑐𝑑 também conforme descrito no tópico 7.3. A partir de 𝐾𝑀𝐷, pode-se
encontrar o valor de 𝐾𝑍, com o uso da tabela 21, abaixo:
Tabela 22: Valores para cálculo de armadura longitudinal de seções retangulares para
concreto até a classe C50.
31
Tem, então, para cada uma das lajes em estudo, que:
Laje L5 L6 L12
Moment. Mxd Myd Xxd Xyd Mxd Myd Xxd Xyd Mxd Myd Xxd Xyd
kNm/m 7,8545 6,0220 18,943 15,551 10,014 5,1369 18,944 - 7,8509 2,5601 - 15,551
KMD 0,1759 0,1349 0,2165 0,1777 0,2243 0,1151 0,2165 - 0,1759 0,0573 - 0,1777
KX 0,2913 0,2086 0,3714 0,2913 0,3819 0,1824 0,3714 - 0,2913 0,0836 - 0,0148
KZ 0,8835 0,9166 0,8515 0,8835 0,8473 0,9270 0,8515 - 0,8835 0,9665 - 0,9941
Es (%) 8,5154 10,000 5,9255 8,5154 5,6658 10,000 5,9255 - 8,5154 10,000 - 10,00
As (cm²) 0,0797 0,0589 0,1017 0,0805 0,1059 0,0497 0,1017 - 0,0796 0,0237 - 0,0715
Pontos importantes para a elaboração de uma projeto estrutural e para análise desse
projeto são entre tantos outros: a posição, quantidades de ferros a serem utilizados, a bitola do
mesmo e seu espalhamento, permitindo maior número de detalhes a fim de uma correta
execução no local de obra, afim, assim, de evitar além da execução de armaduras erradas,
com bitolas trocas entre outros, isto é, Uma armação errada, trocando ou deixando de colocar
algumas posições, compromete a peça estrutural que foi dimensionada ou, ainda,
acrescentando posições não previstas, gastará aço de outras posições, o que aumenta o custo.
Além disso, tem o objetivo de padronizar a leitura das peças, como visto na figura 4 e 5.
Ademais, é importante ressaltar que na armadura negativa a linha é representada por
uma tracejado em todo projeto.
32
Figura 5: Leitura do projeto de armação: Armação positiva
33
10. DETALHAMENTO DAS ARMADURAS DAS LAJES
Sendo a taxa mínima de armadura de flexão para seções retangulares obtida na NBR 6118:14:
Portanto, adotamos na área final do aço o maior valor entre o mínimo da NBR
calculado acima de 1,5 cm² e o da Tabela 23 do presente trabalho.
𝑂𝑛𝑑𝑒,
𝐴Ø = á𝑟𝑒𝑎 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑣𝑒𝑟𝑠𝑎𝑙 𝑑𝑎 𝑏𝑖𝑡𝑜𝑙𝑎;
𝐴𝑠 = á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑒 𝑎ç𝑜
34
Dessa maneira, para cada caso, foram definidas bitolas cujos espaçamentos
respeitassem o limite máximo de 20 cm. As bitolas escolhidas foram 6,3 e 10 mm. Os valores
de espaçamento calculados foram arredondados para o número inteiro anterior, a favor da
segurança, para facilitar a execução no local da obra.
35
10.2.2. Comprimento das Barras - Armadura positiva
Para o cálculo do comprimento, no caso em questão das armaduras positivas obtemos
subtraendo do vão efetivo a metade da largura dos apoios (vigas) e somando-se o
comprimento de ancoragem, que é igual ao valor de 10 bitolas. Dessa maneira, os
comprimentos foram calculados pela fórmula:
Dessa forma, calculando o comprimento para cada laje e em cada direção obtemos:
➔ Em L5 - Direção X:
𝐿 = 5, 35 − 2 * 0, 5 * 0, 15 + 2 * 10 * 0, 0063 = 5, 33 𝑚
➔ Em L5 - Direção Y:
𝐿 = 4, 60 − 2 * 0, 5 * 0, 15 + 2 * 10 * 0, 0063 = 4, 58 𝑚
➔ Em L6 - Direção X:
𝐿 = 5, 35 − 2 * 0, 5 * 0, 15 + 2 * 10 * 0, 0063 = 5, 33 𝑚
➔ Em L6 - Direção Y:
𝐿 = 4, 60 − 2 * 0, 5 * 0, 15 + 2 * 10 * 0, 0063 = 4, 58 𝑚
➔ Em L12 - Direção X:
𝐿 = 5, 90 − 2 * 0, 5 * 0, 15 + 2 * 10 * 0, 0063 = 5, 88 𝑚
➔ Em L12 - Direção Y:
𝐿 = 3, 75 − 2 * 0, 5 * 0, 15 + 2 * 10 * 0, 0063 = 3, 73 𝑚
Já no caso das armaduras negativas temos o somatório de três parcelas diferentes que
compõem esse comprimento, são eles:
36
Detalhando cada um, vemos que o comprimento do vão já temos posse desse valor e
retiramos apenas uma porcentagem dele, já no comprimento da ancoragem reto é obtido por:
Ø*𝑓𝑦𝑑
𝐿𝑏 = 4*𝑓𝑏𝑑
𝑓𝑏𝑑 = 𝑛1 * 𝑛2 * 𝑛3 * 𝑓𝑐𝑡𝑑
Onde:
𝑛1 = 2, 25 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎𝑠 𝑑𝑒 𝑎𝑙𝑡𝑎 𝑎𝑑𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎 (𝐶𝐴 50);
3 2
0,21* 𝑓𝑐𝑘 3
0,21* 25
2
𝑓𝑐𝑡𝑑 = 1,4
= 1,4
= 1, 282 𝑀𝑃𝑎
500
10*( 1,15 )
𝐿𝑏 = 4*2,8845
= 376, 83 𝑚𝑚 = 37, 68 𝑐𝑚
𝐿𝑔 = ℎ − 2 * 𝑟𝑒𝑐𝑜𝑏𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡o => 𝐿𝑔 = 10 − 2 * 2, 5 = 5 cm
37
Com todos os dados, foi tabelado o comprimentos das armaduras (+) e (-):
38
11. QUADRO DE VOLUME DE CONCRETO E DE ÁREA DE FÔRMAS DAS
LAJES
39
Já o volume de concreto é igual ao valor do volume das lajes. Ou seja:
𝑙𝑎𝑗𝑒𝑠
𝑉𝑐𝑜𝑛𝑐𝑟𝑒𝑡𝑜 = 𝐴𝑙𝑎𝑗𝑒 · ℎ𝑙𝑎𝑗𝑒
Sendo:
𝑙𝑎𝑗𝑒𝑠
𝑉𝑐𝑜𝑛𝑐𝑟𝑒𝑡𝑜 = Volume de concreto da laje;
𝐴𝑙𝑎𝑗𝑒 = Área da laje;
ℎ𝑙𝑎𝑗𝑒 = Altura dimensionada para a laje.
Dessa forma, para as lajes em estudo neste trabalho, isto é, as lajes escolhida para
análise (L5,L6 e L12) podemos montar a seguinte tabela:
Com os quantitativos, as bitolas e os comprimentos das barras que serão utilizados nas
armaduras das lajes, calculados ao longo do tópico 9, pôde-se montar o seguinte quadro de
ferragens do projeto:
40
Porém, tendo em vista o emprego de um formato mais comercial e resumido para a
exposição desses quantitativos, montou-se, também o seguinte quadro de ferragens, baseado
no peso e bitolas das barras e em seus comprimentos totais, levando em conta também as
possíveis perdas de material (10%):
41