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COLÉGIO NAVAL

2024

AULA 00
Geometria Plana I
Prof. Victor So
Prof. Victor So

Sumário
APRESENTAÇÃO 5

METODOLOGIA DO CURSO 6

INTRODUÇÃO 7

1. GEOMETRIA EUCLIDIANA PLANA 8

1.1. NOÇÕES PRIMITIVAS 8


1.1.1. PONTO 8
1.1.2. RETA 8
1.1.3. PLANO 8

1.2. POSTULADOS 9
1.2.1. POSTULADO DA EXISTÊNCIA 9
1.2.2. POSTULADO DA DETERMINAÇÃO 10
1.2.3. POSTULADO DA INCLUSÃO 11
1.2.4. POSTULADO DA SEPARAÇÃO 11
1.2.5. POSTULADOS DE EUCLIDES 12

1.3. DEFINIÇÕES 15
1.3.1. RETAS CONCORRENTES 15
1.3.2. RETAS PARALELAS 15
1.3.3. RETAS REVERSAS 16

2. SEGMENTO DE RETA 17

2.1. CLASSIFICAÇÃO DOS SEGMENTOS 17


2.1.1. CONGRUENTES 17
2.1.2. COLINEARES 18
2.1.3. CONSECUTIVOS 18
2.1.4. ADJACENTES 19
2.1.5. COMENSURÁVEIS 19
2.1.6. INCOMENSURÁVEIS 19

2.2. PONTO MÉDIO DE UM SEGMENTO 20

2.3. RAZÃO DE SECÇÃO DE UM SEGMENTO 21


2.3.1. INTERNA 21
2.3.2. EXTERNA 22

2.4. DIVISÃO HARMÔNICA 22


2.4.1. DEFINIÇÃO 22
2.4.2. PROPRIEDADES 23
2.4.3. DISTÂNCIA ENTRE OS CONJUGADOS HARMÔNICOS 25
2.4.4. MÉDIA HARMÔNICA 26
2.4.5. DIVISÃO EM MÉDIA E EXTREMA RAZÃO 26

2.5. SEGMENTO ORIENTADO 29

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2.6. RAZÃO DE SECÇÃO DE SEGMENTOS ORIENTADOS 30

3. ÂNGULOS 35

3.1. REGIÃO CONVEXA E REGIÃO CÔNCAVA 35

3.2. DEFINIÇÃO DE ÂNGULO 36

3.3. CLASSIFICAÇÃO DOS ÂNGULOS 37


3.3.1. ÂNGULO ADJACENTE 37
3.3.2. ÂNGULO CONSECUTIVO 37
3.3.3. ÂNGULOS OPOSTOS PELO VÉRTICE 39
3.3.4. ÂNGULO RETO, AGUDO, OBTUSO E RASO 40
3.3.5. ÂNGULO COMPLEMENTAR, SUPLEMENTAR, REPLEMENTAR E EXPLEMENTAR 41

3.4. Unidades usuais de medidas 41


3.4.1. Grau 42
3.4.2. Grado 43
3.4.3. Radiano 43

3.5. BISSETRIZ 45
3.5.1. DEFINIÇÃO 45
3.5.2. UNICIDADE DA BISSETRIZ 46

4. TRIÂNGULOS 55

4.1. DEFINIÇÃO 55

4.2. CLASSIFICAÇÃO DOS TRIÂNGULOS 56


4.2.1. QUANTO AOS LADOS 56
4.2.2. QUANTO AOS ÂNGULOS 57
4.2.3. SÍNTESE DE CLAIRAUT 58

4.3. CEVIANAS NOTÁVEIS 58


4.3.1. ALTURA 59
4.3.2. MEDIANA 59
4.3.3. BISSETRIZES INTERNA E EXTERNA 60

4.4. CONDIÇÃO DE EXISTÊNCIA DO TRIÂNGULO 60

4.5. CONGRUÊNCIA DE TRIÂNGULOS 61


4.5.1. POSTULADO 𝑳𝑨𝑳 (LADO-ÂNGULO-LADO) 61
4.5.2. TEOREMA 𝑨𝑳𝑨 (ÂNGULO-LADO-ÂNGULO) 61
4.5.3. TEOREMA 𝑳𝑳𝑳 (LADO-LADO-LADO) 62
4.5.4. TEOREMA 𝑳𝑨𝑨𝟎 (LADO-ÂNGULO ADJACENTE-ÂNGULO OPOSTO) 62

4.6. CONSEQUÊNCIA DO POSTULADO 𝑳𝑨𝑳 63


4.6.1. TRIÂNGULO ISÓSCELES 63
4.6.2. TEOREMA DO ÂNGULO EXTERNO 64
4.6.3. DESIGUALDADES NO TRIÂNGULO 65

4.7. ÂNGULOS DE RETAS PARALELAS 68

4.8. TEOREMA ANGULAR DE TALES 70

4.9. RELAÇÕES MÉTRICAS NO TRIÂNGULO RETÂNGULO 73

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5. Razões Trigonométricas no Triângulo Retângulo 89

5.1. Relação Fundamental 92

5.2. Ângulos Complementares 92

5.3. Ângulos Notáveis 94

5. QUESTÕES NÍVEL 1 98

GABARITO 122

RESOLUÇÃO 124

6. QUESTÕES NÍVEL 2 187

GABARITO 189

RESOLUÇÃO 189

7. QUESTÕES NÍVEL 3 193

GABARITO 208

RESOLUÇÃO 209

8.CONSIDERAÇÕES FINAIS DA AULA 252

9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 252

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APRESENTAÇÃO
Olá, aluno(a)! Seja bem-vindo(a) ao nosso curso!
Antes de mais nada, gostaria de me apresentar. Meu nome é Victor So Taa Rhan, fui
aprovado nos vestibulares da AFA, do ITA e do IME no ano de 2011. Obtive o 3° lugar no ranking
geral do IME com uma média de 9,20 em matemática e gabaritei a prova objetiva de matemática
do ITA. Atualmente, sou graduado em Engenharia da Computação pelo ITA.
Esse curso foi escrito usando a engenharia reversa. Resolvi diversas questões das provas
antigas e, com base nelas, a teoria foi criada. Você verá que o material é completo e não será
necessário consultar fontes externas para aprender o conteúdo. Mas, mesmo assim, para
conseguir ter um bom desempenho na prova e alcançar a sua aprovação, você terá que se dedicar
e resolver uma quantidade enorme de questões, pois é isso que fará você conseguir assimilar bem
o conhecimento.
Minha sugestão para ter um bom proveito no curso é que você faça suas anotações e
escreva as principais fórmulas e propriedades matemáticas em um caderno. Quando for resolver
as listas de questões, você pode consultar esse caderno sempre que tiver dúvidas. Por exemplo,
você pode acabar não se lembrando da fórmula de Heron quando encontrar uma questão
cobrando esse assunto, então, nesse caso, basta consultar seu resumo e copiar a fórmula. Com o
tempo e prática, essa fórmula será memorizada!
A minha missão é ver o seu nome na lista dos aprovados! Conte comigo nessa jornada!
Qualquer dúvida, crítica ou sugestão, entre em contato pelo fórum de dúvidas do
Estratégia ou se preferir:

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METODOLOGIA DO CURSO
Este curso apresentará toda a base da matemática para que você consiga resolver a
integralidade das questões do Colégio Naval. Não será necessário consultar outras fontes
externas. Ao longo do curso, resolveremos diversos exercícios e com isso você será capaz de
aprender como as questões do Colégio Naval são cobradas no vestibular. Você terá que se dedicar
se quiser passar nesses concursos, então estude bastante e treine a maior quantidade de
exercícios possível!
Para os alunos que já possuem uma base sobre a matéria, vocês podem pular direto para
a lista de questões. Surgindo alguma dúvida, vocês poderão ver a resolução do exercício e/ou
consultar a teoria para sanar suas dúvidas.
Ao longo da teoria resolveremos alguns exercícios para fixação e veremos na prática como
o assunto pode ser cobrado na prova.

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INTRODUÇÃO
Olá,
Vamos iniciar o estudo da Geometria Plana. Nessa aula, veremos alguns conceitos
primitivos como o que é um ponto, reta e plano. Estudaremos os principais postulados da
geometria plana, segmentos de reta, razões de secção e razão harmônicas. Também estudaremos
ângulos e um pouco de triângulos.
Essa aula é uma introdução à Geometria Plana e, por esse motivo, não haverá muitas
questões de concursos anteriores.
Nesse curso, tentei deixar os comentários das questões bem detalhados, então, se você
for um aluno avançado ou intermediário, apenas confira o gabarito e tente resolver todas as
questões dessa aula. Lembre-se! O importante é ganhar velocidade na hora da prova, então, tente
resolver a maior quantidade de exercícios possível e não perca tempo verificando questões que
você já sabe! Caso você seja um aluno iniciante, você pode conferir o passo a passo das resoluções
e aprender com elas. Sem mais delongas, vamos começar!

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1. GEOMETRIA EUCLIDIANA PLANA


A geometria euclidiana, também conhecida como geometria plana, é a parte da
matemática que estuda a construção e propriedades de figuras planas como triângulos,
circunferência, quadriláteros etc.
Antes de iniciar, devemos aprender as noções primitivas de ponto, reta e plano e os
postulados que relacionam esses entes geométricos.

1.1. NOÇÕES PRIMITIVAS


As noções primitivas são apresentadas sem definição. Vejamos:

1.1.1. PONTO
Representamos o ponto por letras maiúsculas do alfabeto: 𝐴, 𝐵, 𝐶, 𝐷, 𝐸, … Devemos
entender o ponto como a menor parte dos entes geométricos. Ele é adimensional.

1.1.2. RETA
Usamos as letras minúsculas do alfabeto para representar uma reta: 𝑎, 𝑏, 𝑐, 𝑑, … A reta é o
ente geométrico cujas extremidades não possuem limites, ela é contínua em ambos os lados. Por
esse motivo, podemos usar setas para indicar a continuidade da reta nos dois sentidos. No
̅̅̅̅ é um segmento de reta.
exemplo abaixo, temos as retas 𝑟, 𝑠, 𝑡. No caso da reta 𝑡, 𝐴𝐵

1.1.3. PLANO
Usualmente, representamos o plano com letras minúsculas gregas: 𝛼, 𝛽, 𝛾, … Assim como
a reta, ele deve ser entendido como um plano ilimitado sem bordas que o limite.

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1.2. POSTULADOS
Postulados, também conhecido como axiomas, são proposições primitivas que dispensam
demonstrações. Elas são aceitas como verdades incontestáveis. Vamos estudá-las.

1.2.1. POSTULADO DA EXISTÊNCIA


Numa reta, existem infinitos pontos dentro e fora dela.
Num plano, existem infinitos pontos.
Vejamos alguns exemplos:

Nesse caso, os pontos 𝐴, 𝐵, 𝐶 estão localizados dentro da reta 𝑟 e os pontos 𝐷, 𝐸, 𝐹 estão


fora dela. Simbolicamente, podemos dizer que:
𝐴, 𝐵, 𝐶 ∈ 𝑟
𝐷, 𝐸, 𝐹 ∉ 𝑟

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𝐴, 𝐵, 𝐶, 𝐷, 𝐸 ∈ 𝛼
No plano 𝛼, temos infinitos pontos.

1.2.2. POSTULADO DA DETERMINAÇÃO


Dois pontos distintos determinam uma única reta que passa por eles.
Três pontos não colineares determinam um único plano que passa por eles.
Exemplos:

Se 𝐴 ≠ 𝐵, ∃𝑟 tal que 𝑟 = ⃡𝐴𝐵 .


Os pontos 𝐴, 𝐵 determinam uma única reta 𝑟.

Se 𝐴, 𝐵, 𝐶 são não colineares, então ∃𝛼 tal que 𝛼 = (𝐴, 𝐵, 𝐶 ).


Nesse caso, temos 3 pontos não colineares, isto é, não pertencentes a uma mesma reta.
Elas determinam um único plano 𝛼.
Vejamos o caso de 3 pontos colineares:

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3 pontos colineares não determinam um único plano, já que podemos ter vários planos
passando por eles.

1.2.3. POSTULADO DA INCLUSÃO


Se uma reta tem dois pontos distintos num plano, então ela está contida no plano.
Exemplo:

Se 𝐴 ≠ 𝐵 ∈ 𝛼, então 𝑟 = ⃡𝐴𝐵 ⇒ 𝑟 ⊂ 𝛼.

1.2.4. POSTULADO DA SEPARAÇÃO


Toda reta 𝒓 de um plano 𝜶 separa-o em dois semiplanos 𝜶𝟏 e 𝜶𝟐 e a origem dos semiplanos é
a reta dada.
Exemplo:

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Perceba que 𝑟 divide o plano em dois semiplanos: 𝛼1 e 𝛼2 .

1.2.5. POSTULADOS DE EUCLIDES


Os postulados de Euclides são divididos em cinco:

Postulado I: Dados dois pontos distintos, existe uma única reta que os une.
Postulado II: Qualquer segmento de reta pode ser prolongado a uma reta.
Postulado III: Dados um ponto qualquer e uma distância qualquer, pode-se construir
uma circunferência cujo centro é o ponto dado e o raio é a distância dada.
Postulado IV: Todos os ângulos retos são iguais.
Postulado V: Se uma reta, interceptando duas outras, forma ângulos internos de um
mesmo lado cuja soma é menor do que dois ângulos retos, então estas duas retas, se
prolongadas indefinidamente, se encontram no lado onde estão os ângulos cuja soma
é menor do que dois ângulos retos.

Comentários:

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Postulado I: Esse postulado é semelhante ao postulado da determinação.


Postulado II: Se prolongarmos infinitamente um segmento de reta, podemos obter uma
reta:

Postulado III:

Postulado IV:

Postulado V: Vamos interpretar o texto e desenhar o que está escrito.


“Se uma reta, interceptando duas outras, forma ângulos internos de um mesmo lado cuja
soma é menor do que dois ângulos retos...”
De acordo com essa parte do texto, temos a seguinte figura:

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A reta 𝑡 intercepta as retas 𝑟 e 𝑠.


O lado cuja soma é menor do que dois ângulos retos (180°), no exemplo acima, é o lado
esquerdo, veja:

Perceba que 𝛼 + 𝛽 < 180°. Assim, o prolongamento das retas se encontrará no lado onde
a soma desses ângulos é menor que 180°. O prolongamento das retas 𝑟 e 𝑠 se encontram no
ponto 𝑃:

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Esse postulado é conhecido como Postulado das Paralelas. Segundo o matemático Playfair,
temos um axioma equivalente ao quinto postulado de Euclides:
Dado um ponto 𝑃 que não está contido numa reta 𝑟, existe uma única reta 𝑠 no plano de
𝑃 e 𝑟 tal que 𝑠 contém 𝑃 e 𝑠 ∩ 𝑟 = ∅.
Esse axioma diz que existe uma única reta 𝑠 paralela à reta 𝑟 que passa pelo ponto 𝑃 fora de 𝑟.

1.3. DEFINIÇÕES

1.3.1. RETAS CONCORRENTES


Duas retas distintas são concorrentes se, e somente se, elas têm um único ponto comum.

𝑟∩𝑠 =𝑃

1.3.2. RETAS PARALELAS


Se as retas 𝑟 e 𝑠 são paralelas e distintas entre si, então 𝑟 ∩ 𝑠 = ∅. Simbolicamente, 𝑟//𝑠
representa que a reta 𝑟 é paralela à reta 𝑠. Temos duas possibilidades para 𝑟//𝑠:

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1) 𝑟 e 𝑠 são coincidentes:

2) 𝑟 e 𝑠 são distintas:

1.3.3. RETAS REVERSAS


Duas retas são reversas se, e somente se, não pertencem a um mesmo plano.

(𝑟 e 𝑠 são reversas) ⇔ (∄𝛼 tal que 𝑟, 𝑠 ⊂ 𝛼 e 𝑟 ∩ 𝑠 = ∅)


Perceba que retas reversas não se interceptam e não podem ser paralelas entre si.

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2. SEGMENTO DE RETA
Vimos que um segmento de reta é uma parte de uma reta e que a reta é infinita por
definição. Vamos estudar as notações usuais para os diferentes tipos de retas:
Reta ⃡𝐴𝐵 :

Segmento de reta ̅̅̅̅


𝐴𝐵 :

Semirreta 𝐴𝐵 :

Semirreta 𝐵𝐴:

Usualmente, representamos a medida do segmento ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ) ou simplesmente


𝐴𝐵 por 𝑚𝑒𝑑(𝐴𝐵
𝐴𝐵.

2.1. CLASSIFICAÇÃO DOS SEGMENTOS

2.1.1. CONGRUENTES
Dois segmentos de reta são congruentes quando eles possuem as mesmas medidas.
Usamos o símbolo ≡ para indicar a congruência.
Exemplo:
̅̅̅̅ ≡ 𝐶𝐷
𝐴𝐵 ̅̅̅̅

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2.1.2. COLINEARES
Dois segmentos de reta são colineares quando eles pertencem a uma mesma reta suporte.
Exemplo:

2.1.3. CONSECUTIVOS
Dois segmentos de reta são consecutivos quando eles possuem uma extremidade comum.
Exemplo:
̅̅̅̅
𝐴𝐵 e ̅̅̅̅
𝐵𝐶 são consecutivos

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2.1.4. ADJACENTES
Dois segmentos de reta são adjacentes quando são colineares e consecutivos e possuem
apenas uma extremidade comum.
Exemplo:

̅̅̅̅ e 𝐵𝐶
𝐴𝐵 ̅̅̅̅ são adjacentes, pois possuem apenas o ponto 𝐵 comum:
̅̅̅̅
𝐴𝐵 ∩ ̅̅̅̅
𝐵𝐶 = {𝐵}

𝑀𝑁 e 𝑁𝑃 não são adjacentes, pois possuem mais de uma extremidade em comum:


̅̅̅̅̅ ∩ 𝑁𝑃
𝑀𝑁 ̅̅̅̅ = 𝑁𝑃
̅̅̅̅

2.1.5. COMENSURÁVEIS
Dizemos que os segmentos 𝐴𝐵 ̅̅̅̅ e 𝐶𝐷
̅̅̅̅ são comensuráveis se, e somente se, existe uma
unidade de segmento 𝑢 ∈ ℝ+ tal que ̅̅̅̅

𝐴𝐵 = 𝑛 ∙ 𝑢 e ̅̅̅̅
𝐶𝐷 = 𝑚 ∙ 𝑢 com 𝑚, 𝑛 ∈ ℕ∗ . De modo mais
simples, comensurável significa que algo pode ser medido. Assim, se 𝐴𝐵 é comensurável,
podemos escrevê-lo como um múltiplo natural de uma unidade de segmento.
Também podemos dizer que os segmentos ̅̅̅̅𝐴𝐵 e ̅̅̅̅
𝐶𝐷 são comensuráveis quando a razão
entre eles for um número racional. Assim, temos:
̅̅̅̅
𝐴𝐵 𝑛 ∙ 𝑢 𝑛
= = ∈ ℚ∗+
̅̅̅̅
𝐶𝐷 𝑚 ∙ 𝑢 𝑚

2.1.6. INCOMENSURÁVEIS
Quando não pudermos medir os segmentos, dizemos que eles são incomensuráveis.
Podemos tomar a diagonal e o lado de um quadrado como exemplo:

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Como o triângulo 𝐴𝐵𝐶 é retângulo, podemos aplicar o Teorema de Pitágoras para


encontrar o valor da diagonal:
𝑑 2 = 12 + 12 ⇒ 𝑑 = √2
Assim, fazendo a razão entre a diagonal e o lado do quadrado, temos:
̅̅̅̅
𝐴𝐶 √2
= = √2 ∉ ℚ∗+
̅̅̅̅
𝐴𝐵 1
Logo, como a razão entre a diagonal e o lado do quadrado não é um número racional,
dizemos que o lado do quadrado não é comensurável com sua diagonal.

2.2. PONTO MÉDIO DE UM SEGMENTO


Um ponto 𝑀 é chamado de ponto médio de um segmento ̅̅̅̅
𝐴𝐵 quando ̅̅̅̅̅
𝐴𝑀 ≡ ̅̅̅̅̅
𝑀𝐵 e 𝑀 está
entre 𝐴 e 𝐵.

Vamos provar a unicidade do ponto médio do segmento ̅̅̅̅


𝐴𝐵 :
Supondo que o ponto médio não é único, podemos ter os pontos médios 𝑀 e 𝑁 distintos
tal que:
̅̅̅̅̅ 𝑀𝐵 e ̅̅̅̅
𝐴𝑀 ≡ ̅̅̅̅̅ 𝐴𝑁 ≡ ̅̅̅̅
𝑁𝐵
Temos dois casos:
Caso 1)

𝑀 está entre 𝐴 e 𝑁, então ̅̅̅̅


𝐴𝑁 > ̅̅̅̅̅
𝐴𝑀

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̅̅̅̅̅ > 𝑁𝐵
𝑁 está entre 𝑀 e 𝐵, então 𝑀𝐵 ̅̅̅̅
⇒ ̅̅̅̅
𝐴𝑁 > ̅̅̅̅̅
𝐴𝑀 ≡ ̅̅̅̅̅
𝑀𝐵 > ̅̅̅̅
𝑁𝐵
̅̅̅̅ > 𝑁𝐵
⇒ 𝐴𝑁 ̅̅̅̅
Absurdo! Pois, pela hipótese ̅̅̅̅
𝐴𝑁 ≡ ̅̅̅̅
𝑁𝐵 .
Caso 2)

𝑁 está entre 𝐴 e 𝑀, então ̅̅̅̅̅


𝐴𝑀 > ̅̅̅̅
𝐴𝑁
̅̅̅̅ > 𝑀𝐵
𝑀 está entre 𝑁 e 𝐵, então 𝑁𝐵 ̅̅̅̅̅
⇒ ̅̅̅̅̅
𝐴𝑀 > ̅̅̅̅
𝐴𝑁 ≡ ̅̅̅̅
𝑁𝐵 > ̅̅̅̅̅
𝑀𝐵
̅̅̅̅̅ > 𝑀𝐵
⇒ 𝐴𝑀 ̅̅̅̅̅
Absurdo! Pois, pela hipótese ̅̅̅̅̅
𝐴𝑀 ≡ ̅̅̅̅̅
𝑀𝐵 .
̅̅̅̅ é único.
Portanto, o ponto médio do segmento 𝐴𝐵

2.3. RAZÃO DE SECÇÃO DE UM SEGMENTO

2.3.1. INTERNA
̅̅̅̅ internamente na razão 𝑘 quando:
Dizemos que 𝑀 divide o segmento 𝐴𝐵
𝐴𝑀
=𝑘
𝑀𝐵

Perceba que 𝑀 ∈ ̅̅̅̅


𝐴𝐵 e 𝐴𝑀 + 𝑀𝐵 = 𝐴𝐵. ̅̅̅̅̅
𝐴𝑀 e ̅̅̅̅̅
𝑀𝐵 são chamados de segmentos aditivos.
Exemplo:

𝐴𝑀 2 1
= =
𝑀𝐵 4 2

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2.3.2. EXTERNA
Dizemos que 𝑁 divide o segmento 𝐴𝐵 externamente na razão 𝑘 quando:
𝐴𝑁
=𝑘
𝑁𝐵

Nesse caso, 𝑁 ∉ ̅̅̅̅


𝐴𝐵 , 𝑁 ∈ ⃡𝐴𝐵 e |𝐴𝑁 − 𝑁𝐵| = 𝐴𝐵. ̅̅̅̅
𝐴𝑁 e ̅̅̅̅
𝑁𝐵 são segmentos subtrativos.
Exemplo:

𝐴𝑁 6
= =3
𝑁𝐵 2

2.4. DIVISÃO HARMÔNICA

2.4.1. DEFINIÇÃO
Os pontos 𝑀 e 𝑁 dividem harmonicamente o segmento ̅̅̅̅
𝐴𝐵 na razão 𝑘 quando:
𝐴𝑀 𝐴𝑁
= = 𝑘 (𝑘 ∈ ℝ + )
𝑀𝐵 𝑁𝐵

Esses pontos são chamados de conjugados harmônicos de ̅̅̅̅


𝐴𝐵 na razão 𝑘.
Para cada valor de 𝑘, temos as seguintes situações:

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2.4.2. PROPRIEDADES
2 1 1
𝑷𝟏) = − ,𝑘 < 1
𝐴𝐵 𝐴𝑀 𝐴𝑁
2 1 1
𝑷𝟐) = + ,𝑘 > 1
𝐴𝐵 𝐴𝑀 𝐴𝑁
̅̅̅̅, então: 𝑂𝐴2 = 𝑂𝑀 ∙ 𝑂𝑁
𝑷𝟑) Se 𝑂 é o ponto médio de 𝐴𝐵
Demonstrações:
2 1 1
𝑷𝟏) = − ,𝑘 < 1
𝐴𝐵 𝐴𝑀 𝐴𝑁
Para 𝑘 < 1, temos a seguinte situação:

Pela definição de divisão harmônica:


𝐴𝑀 𝐴𝑁
=
𝑀𝐵 𝑁𝐵
𝐴𝑀 𝐴𝑁
=
𝐴𝐵 − 𝐴𝑀 𝐴𝑁 + 𝐴𝐵
𝐴𝑀 (𝐴𝑁 + 𝐴𝐵 ) = 𝐴𝑁(𝐴𝐵 − 𝐴𝑀)
𝐴𝑀 ∙ 𝐴𝑁 + 𝐴𝑀 ∙ 𝐴𝐵 = 𝐴𝑁 ∙ 𝐴𝐵 − 𝐴𝑁 ∙ 𝐴𝑀
2𝐴𝑀 ∙ 𝐴𝑁 = 𝐴𝑁 ∙ 𝐴𝐵 − 𝐴𝑀 ∙ 𝐴𝐵
Dividindo a equação acima por 𝐴𝑀 ∙ 𝐴𝑁 ∙ 𝐴𝐵:
2𝐴𝑀 ∙ 𝐴𝑁 𝐴𝑁 ∙ 𝐴𝐵 𝐴𝑀 ∙ 𝐴𝐵
= −
𝐴𝑀 ∙ 𝐴𝑁 ∙ 𝐴𝐵 𝐴𝑀 ∙ 𝐴𝑁 ∙ 𝐴𝐵 𝐴𝑀 ∙ 𝐴𝑁 ∙ 𝐴𝐵
𝟐 𝟏 𝟏
= −
𝑨𝑩 𝑨𝑴 𝑨𝑵

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2 1 1
𝑷𝟐) = + ,𝑘 > 1
𝐴𝐵 𝐴𝑀 𝐴𝑁
Para 𝑘 > 1:

𝐴𝑀 𝐴𝑁
=
𝑀𝐵 𝑁𝐵
𝐴𝑀 𝐴𝑁
=
𝐴𝐵 − 𝐴𝑀 𝐴𝑁 − 𝐴𝐵
𝐴𝑀 (𝐴𝑁 − 𝐴𝐵 ) = 𝐴𝑁(𝐴𝐵 − 𝐴𝑀)
𝐴𝑀 ∙ 𝐴𝑁 − 𝐴𝑀 ∙ 𝐴𝐵 = 𝐴𝑁 ∙ 𝐴𝐵 − 𝐴𝑁 ∙ 𝐴𝑀
2𝐴𝑀 ∙ 𝐴𝑁 = 𝐴𝑁 ∙ 𝐴𝐵 + 𝐴𝑀 ∙ 𝐴𝐵
Dividindo a equação acima por 𝐴𝑀 ∙ 𝐴𝑁 ∙ 𝐴𝐵:
𝟐 𝟏 𝟏
= +
𝑨𝑩 𝑨𝑴 𝑨𝑵

𝑷𝟑) Se 𝐶 é o ponto médio de ̅̅̅̅


𝐴𝐵, então: 𝐶𝐴2 = 𝐶𝑀 ∙ 𝐶𝑁
Se 𝐶 é o ponto médio de ̅̅̅̅
𝐴𝐵 , então:

Pela definição de divisão harmônica:


𝐴𝑀 𝐴𝑁
=
𝑀𝐵 𝑁𝐵
𝐶𝐴 + 𝐶𝑀 𝐶𝑁 + 𝐶𝐴
=
𝐶𝐵 − 𝐶𝑀 𝐶𝑁 − 𝐶𝐵
̅̅̅̅ , temos 𝐶𝐵 = 𝐶𝐴, substituindo na equação:
Como 𝐶 é o ponto médio do segmento 𝐴𝐵
𝐶𝐴 + 𝐶𝑀 𝐶𝑁 + 𝐶𝐴
=
𝐶𝐴 − 𝐶𝑀 𝐶𝑁 − 𝐶𝐴
(𝐶𝐴 + 𝐶𝑀)(𝐶𝑁 − 𝐶𝐴) = (𝐶𝑁 + 𝐶𝐴)(𝐶𝐴 − 𝐶𝑀)
𝐶𝐴 ∙ 𝐶𝑁 − 𝐶𝐴2 + 𝐶𝑀 ∙ 𝐶𝑁 − 𝐶𝐴 ∙ 𝐶𝑀 = 𝐶𝐴 ∙ 𝐶𝑁 − 𝐶𝑀 ∙ 𝐶𝑁 + 𝐶𝐴2 − 𝐶𝐴 ∙ 𝐶𝑀
2𝐶𝐴2 = 2𝐶𝑀 ∙ 𝐶𝑁
𝑪𝑨𝟐 = 𝑪𝑴 ∙ 𝑪𝑵

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2.4.3. DISTÂNCIA ENTRE OS CONJUGADOS HARMÔNICOS


Podemos calcular a distância entre os conjugados harmônicos se forem dados a medida de
𝐴𝐵 e a razão 𝑘.
Vamos analisar a situação para 𝑘 > 1.

Dados 𝐴𝐵 = 𝑎 e a razão harmônica 𝑘, temos:


𝐴𝑀 𝐴𝑁
= =𝑘
𝑀𝐵 𝑁𝐵
𝐴𝑀 𝑎 − 𝑥 𝑎 − 𝑥 𝑎
= ⇒ = 𝑘 ⇒ 𝑎 − 𝑥 = 𝑘𝑥 ⇒ 𝑥 =
𝑀𝐵 𝑥 𝑥 𝑘+1
𝐴𝑁 𝑎 + 𝑦 𝑎 + 𝑦 𝑎
= ⇒ = 𝑘 ⇒ 𝑎 + 𝑦 = 𝑘𝑦 ⇒ 𝑦 =
𝑁𝐵 𝑦 𝑦 𝑘−1
A distância entre os conjugados harmônicos é dada por:
𝑎 𝑎 2𝑎𝑘
𝑀𝑁 = 𝑥 + 𝑦 = + = 2
𝑘+1 𝑘−1 𝑘 −1
𝟐𝒂𝒌
𝑴𝑵 =
𝒌𝟐 − 𝟏
Para 0 < 𝑘 < 1:

𝐴𝑀 𝑎 − 𝑥 𝑎
= = 𝑘 ⇒ 𝑎 − 𝑥 = 𝑥𝑘 ⇒ 𝑥 =
𝑀𝐵 𝑥 1+𝑘
𝐴𝑁 𝑦 𝑎𝑘
= = 𝑘 ⇒ 𝑦 = 𝑎𝑘 + 𝑘𝑦 ⇒ 𝑦 =
𝑁𝐵 𝑎 + 𝑦 1−𝑘
Calculando a distância entre os conjugados harmônicos:

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𝑎𝑘 𝑎 (𝑎𝑘 (1 + 𝑘 ) + 𝑎(1 − 𝑘 2 ) − 𝑎(1 − 𝑘 ))


𝑀𝑁 = 𝑦 + 𝑎 − 𝑥 = +𝑎− =
1−𝑘 1+𝑘 1 − 𝑘2
𝟐𝒂𝒌
𝑴𝑵 =
𝟏 − 𝒌𝟐
Portanto, para qualquer valor de 𝑘, temos:
𝟐𝒂𝒌
𝑴𝑵 =
|𝒌𝟐 − 𝟏|

2.4.4. MÉDIA HARMÔNICA


Dados 𝐴𝑀 e 𝐴𝑁, podemos escrever 𝐴𝐵 como a média harmônica de 𝐴𝑀 e 𝐴𝑁.
Para 𝑘 > 1:

𝐴𝑀 𝐴𝑁
=
𝑀𝐵 𝑁𝐵
𝐴𝑀 𝐴𝑁
=
𝐴𝐵 − 𝐴𝑀 𝐴𝑁 − 𝐴𝐵
𝐴𝑀 ∙ 𝐴𝑁 − 𝐴𝐵 ∙ 𝐴𝑀 = 𝐴𝐵 ∙ 𝐴𝑁 − 𝐴𝑀 ∙ 𝐴𝑁
𝐴𝐵 (𝐴𝑀 + 𝐴𝑁) = 2𝐴𝑀 ∙ 𝐴𝑁
2𝐴𝑀 ∙ 𝐴𝑁
𝐴𝐵 =
𝐴𝑀 + 𝐴𝑁
Portanto:
𝟐
𝑨𝑩 =
𝟏 𝟏
+
𝑨𝑵 𝑨𝑴
Essa fórmula é válida apenas para o caso 𝑘 > 1.

2.4.5. DIVISÃO EM MÉDIA E EXTREMA RAZÃO


Dado o ponto 𝑋, dizemos que 𝑋 divide o segmento 𝐴𝐵 em média e extrema razão quando
satisfaz a seguinte relação:

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 26


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𝐴𝐵 𝐴𝑋
= =𝜑
𝐴𝑋 𝑋𝐵
𝜑, lê-se “phi”, é conhecido como a razão áurea ou número de ouro. Vamos calcular seu
valor. Temos a seguinte figura:

𝐴𝐵 𝐴𝑋
=
𝐴𝑋 𝑋𝐵
𝑎+𝑏 𝑎
=
𝑎 𝑏
2 2
𝑎 − 𝑎𝑏 − 𝑏 = 0 (𝐼)
A razão áurea é dada por:
𝐴𝑋 𝑎
𝜑= =
𝑋𝐵 𝑏
Então, dividindo a equação (𝐼) por 𝑏2 , temos:
𝑎 2 𝑎
( ) − −1=0
𝑏 𝑏
Substituindo 𝜑 = 𝑎/𝑏:
𝜑2 − 𝜑 − 1 = 0
Para encontrar o valor da razão, devemos calcular as raízes da equação. Lembrando que a
razão sempre é um número não negativo, temos:
1 ± √5 1 − √5 1 + √5
𝜑= = 𝑜𝑢
2 2 2
Como 𝜑 > 0, temos:
√5 + 1
𝜑= ≅ 1,618
2

Você sabia que podemos calcular a razão áurea usando um retângulo e um triângulo?
Eles são conhecidos como retângulo áureo e triângulo áureo. Vejamos:

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 27


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Para o retângulo áureo, temos a seguinte figura:

Pela figura, vemos que o polígono 𝐴𝐸𝐹𝐷 é um quadrado de lado 𝑎. 𝐸𝐹 foi construído
de tal forma que os retângulos 𝐴𝐵𝐶𝐷 e 𝐸𝐵𝐶𝐹 sejam semelhantes (os lados são
proporcionais na mesma ordem), então:
𝐴𝐵𝐶𝐷~𝐸𝐵𝐶𝐹
𝐴𝐵 𝐵𝐶
=
𝐴𝐷 𝐵𝐸
𝑎+𝑏 𝑎
=
𝑎 𝑏
𝑎2 − 𝑎𝑏 − 𝑏2 = 0
Já calculamos as raízes dessa equação, resolvendo-a, encontramos a razão áurea:
𝑎 √5 + 1
𝜑= =
𝑏 2
Para o triângulo áureo:

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 28


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𝐴𝐷 é a bissetriz do ângulo 𝐵Â𝐶. Os triângulos 𝐴𝐵𝐶 e 𝐴𝐵𝐷 são isósceles. Como eles
possuem os mesmos ângulos internos, podemos usar a propriedade da semelhança de
triângulos:
Δ𝐴𝐵𝐶~Δ𝐴𝐵𝐷
𝐴𝐶 𝐴𝐵
=
𝐴𝐵 𝐵𝐷
𝑎 𝑏
=
𝑏 𝑎−𝑏
𝑎2 − 𝑎𝑏 − 𝑏2 = 0
𝑎 √5 + 1
⇒𝜑= =
𝑏 2

2.5. SEGMENTO ORIENTADO


Quando fixamos o sentido de percurso de uma reta, considerado positivo e indicado por
uma seta, obtemos uma reta orientada. Vejamos um exemplo:

A reta 𝑟 é orientada. O segmento ̅̅̅̅


𝐴𝐵 ⊂ 𝑟 é um segmento orientado cuja direção é a mesma
de 𝑟 e o sentido vai de 𝐴 para 𝐵.
Para indicar a medida de um segmento orientado ̅̅̅̅
𝐴𝐵 , usamos a notação:
̅̅̅̅| = 𝑚𝑒𝑑(𝐴𝐵
|𝐴𝐵 ̅̅̅̅)
Exemplo:

̅̅̅̅
𝐴𝐶 + ̅̅̅̅
𝐵𝐶 = 2 + (−3) = −1
̅̅̅̅
𝐴𝐶 + ̅̅̅̅
𝐶𝐵 = 2 + 3 = 5 = ̅̅̅̅
𝐴𝐵
̅̅̅̅ + 𝐵𝐴
𝐴𝐵 ̅̅̅̅ = 5 + (−5) = 0
Perceba que o segmento orientado ̅̅̅̅𝐴𝐵 possui sentido de 𝐴 para 𝐵 e o segmento orientado
̅̅̅̅
𝐵𝐴 possui sentido de 𝐵 para 𝐴. Quando o sentido é contrário ao sentido de percurso da reta,
devemos colocar o sinal negativo na medida do segmento.

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 29


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2.6. RAZÃO DE SECÇÃO DE SEGMENTOS ORIENTADOS


Quando usamos segmentos orientados, a ordem com que os segmentos são apresentados
importa no cálculo da razão. Vejamos alguns exemplos:

𝐴𝐵 5 5
𝑘= = =−
𝐵𝐶 −3 3

𝐴𝐵 −5 5
𝑘= = =−
𝐵𝐶 3 3

Exercícios de Fixação
1. Determine 𝒙 para que os pontos abaixo formem uma divisão harmônica.

Resolução:
Se os pontos formam uma divisão harmônica, temos:
𝐴𝑀 𝐴𝑁
=
𝑀𝐵 𝑁𝐵
2𝑥 2𝑥 + 2 + 4𝑥
=
2 4𝑥
6𝑥 + 2
𝑥=
4𝑥
2
2𝑥 − 3𝑥 − 1 = 0
3 ± √17
𝑥=
4

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 30


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Como a razão de segmentação deve ser um número positivo, obtemos:


3 + √17
𝑥=
4
𝟑+√𝟏𝟕
Gabarito: 𝒙 =
𝟒
̅̅̅̅ de 𝟒𝟎 𝒄𝒎 na razão 𝟒. Calcule 𝑴𝑵.
2. Os conjugados harmônicos 𝑴 e 𝑵 dividem o segmento 𝑨𝑩
Resolução:
Como a razão é 𝑘 = 4 > 1, podemos usar a seguinte fórmula para distância entre os
conjugados harmônicos:
2𝑎𝑘
𝑀𝑁 =
𝑘2 − 1
Pelo enunciado 𝑎 = ̅̅̅̅
𝐴𝐵 = 40:
2(40)(4)
𝑀𝑁 =
42 − 1
320 64
𝑀𝑁 = =
15 3
Gabarito: 𝑴𝑵 = 𝟔𝟒/𝟑
𝑨𝑴 𝑨𝑵
3. Os pontos 𝑨, 𝑴, 𝑩 e 𝑵 de uma reta formam uma divisão harmônica de razão 𝑴𝑩 = 𝑵𝑩 = 𝒌,
com 𝒌 > 𝟏. Se 𝑪 é o ponto médio de 𝑴𝑵, a razão 𝑪𝑨/𝑪𝑩 vale:
a) 𝑘
b) 2𝑘
c) 𝑘 2
d) 𝑘 2 − 1
e) Nenhuma das anteriores.
Resolução:
Do enunciado, temos a seguinte figura:

Calculando o valor de 𝑥:
𝐴𝑀 𝑎 − 𝑥 𝑎
= = 𝑘 ⇒ 𝑎 − 𝑥 = 𝑘𝑥 ⇒ 𝑥 =
𝑀𝐵 𝑥 𝑘+1
Vimos que a distância entre os conjugados harmônicos é dada por:

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 31


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2𝑎𝑘
𝑀𝑁 =
𝑘2 − 1
Como 𝐶 é o ponto médio de 𝑀𝑁, temos:
𝑎𝑘
𝐶𝑀 = 𝐶𝑁 =
𝑘2 − 1
Queremos calcular a razão 𝐶𝐴/𝐶𝐵:
𝐶𝐴 𝐴𝐵 + 𝐶𝐵
=
𝐶𝐵 𝐶𝐵
𝐶𝐵 = 𝐶𝑀 − 𝑥
𝑎𝑘 𝑎
𝐶𝐵 = −
𝑘2−1 𝑘+1
𝑎𝑘 − 𝑎(𝑘 − 1)
𝐶𝐵 =
𝑘2 − 1
𝑎
𝐶𝐵 = 2
𝑘 −1
𝑎
𝐶𝐴 𝑎 + 𝑘 2 − 1
= 𝑎
𝐶𝐵 2
𝑘 −1
( 𝑘 2 − 1 + 1)
𝐶𝐴 𝑘2 − 1
=
𝐶𝐵 1
( 2 )
𝑘 −1
𝐶𝐴
= 𝑘2
𝐶𝐵
Gabarito: “c”
4. Demonstre a unicidade do ponto médio de um segmento ̅̅̅̅
𝑨𝑩.
Resolução:
Como vimos na aula teórica:
Supondo que o ponto médio não é único, podemos ter os pontos médios 𝑀 e 𝑁 distintos
tal que:
̅̅̅̅̅ 𝑀𝐵 e ̅̅̅̅
𝐴𝑀 ≡ ̅̅̅̅̅ 𝐴𝑁 ≡ ̅̅̅̅
𝑁𝐵
Temos dois casos:
Caso 1)

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 32


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̅̅̅̅ > 𝐴𝑀
𝑀 está entre 𝐴 e 𝑁, então 𝐴𝑁 ̅̅̅̅̅
𝑁 está entre 𝑀 e 𝐵, então ̅̅̅̅̅
𝑀𝐵 > ̅̅̅̅
𝑁𝐵
̅̅̅̅ > 𝐴𝑀
⇒ 𝐴𝑁 ̅̅̅̅̅ ≡ 𝑀𝐵
̅̅̅̅̅ > 𝑁𝐵
̅̅̅̅
⇒ ̅̅̅̅
𝐴𝑁 > ̅̅̅̅
𝑁𝐵
̅̅̅̅ ≡ 𝑁𝐵
Absurdo! Pois, pela hipótese 𝐴𝑁 ̅̅̅̅.
Caso 2)

̅̅̅̅̅ > 𝐴𝑁
𝑁 está entre 𝐴 e 𝑀, então 𝐴𝑀 ̅̅̅̅
𝑀 está entre 𝑁 e 𝐵, então ̅̅̅̅
𝑁𝐵 > ̅̅̅̅̅
𝑀𝐵
⇒ ̅̅̅̅̅
𝐴𝑀 > ̅̅̅̅
𝐴𝑁 ≡ ̅̅̅̅
𝑁𝐵 > ̅̅̅̅̅
𝑀𝐵
⇒ ̅̅̅̅̅
𝐴𝑀 > ̅̅̅̅̅
𝑀𝐵
̅̅̅̅̅ ≡ 𝑀𝐵
Absurdo! Pois, pela hipótese 𝐴𝑀 ̅̅̅̅̅.
Portanto, o ponto médio do segmento ̅̅̅̅
𝐴𝐵 é único.
Gabarito: Demonstração
5. 𝑨, 𝑩 𝐞 𝑪 são três pontos distintos de uma reta. Se 𝑨𝑩 = 𝟑𝑩𝑪 e 𝑨𝑪 = 𝟑𝟐 𝒄𝒎, determine as
medidas dos segmentos ̅̅̅̅
𝑨𝑩 e ̅̅̅̅
𝑩𝑪.
Resolução:

O enunciado afirma que 𝐴𝐶 = 32, então:


𝐴𝐶 = 3𝑥 + 𝑥 = 4𝑥 = 32
𝑥=8
⇒ 𝐴𝐵 = 3𝑥 = 24
⇒ 𝐵𝐶 = 𝑥 = 8
Gabarito: 𝑨𝑩 = 𝟐𝟒 e 𝑩𝑪 = 𝟖
6. 𝑷, 𝑸 e 𝑹 são pontos colineares, determine 𝑷𝑹, sendo 𝑷𝑸 = 𝟐𝟎 𝒄𝒎 e 𝑸𝑹 = 𝟏𝟐 𝒄𝒎.
Resolução:
Temos duas possibilidades:
1)

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 33


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𝑃𝑅 = 20 + 12 = 32
2)

𝑃𝑅 = 20 − 12 = 8
Gabarito: 𝑷𝑹 = 𝟑𝟐 𝒐𝒖 𝟖
7. ̅̅̅̅
𝑨𝑩 e ̅̅̅̅
𝑩𝑪 são segmentos adjacentes, cujos pontos médios são 𝑴 e 𝑵, respectivamente.
Demonstrar que 𝑀𝑁 = 1/2(𝐴𝐵 + 𝐵𝐶 ).
Resolução:
Como ̅̅̅̅
𝐴𝐵 e ̅̅̅̅
𝐵𝐶 são segmento adjacentes, temos a seguinte figura:

De acordo com a figura:


𝑀𝑁 = 𝐵𝑀 + 𝐵𝑁
1
𝐵𝑀 = 𝐴𝐵
2
1
𝐵𝑁 = 𝐵𝐶
2
1 1
𝑀𝑁 = 𝐴𝐵 + 𝐵𝐶
2 2
1
⇒ 𝑀𝑁 = (𝐴𝐵 + 𝐵𝐶 )
2
Gabarito: Demonstração
8. 𝑴 é o ponto médio de um segmento ̅̅̅̅
𝑨𝑩 e 𝑪 é um ponto da reta ⃡𝑨𝑩 externo ao segmento
̅̅̅̅. Demonstrar que 𝑴𝑪 = 𝟏/𝟐(𝑪𝑨 + 𝑪𝑩).
𝑨𝑩
Resolução:

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 34


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𝑀𝐶 = 𝑀𝐵 + 𝐶𝐵
De acordo com a figura:
𝐶𝐴 = 𝐶𝐵 + 𝐴𝐵
𝐴𝐵 = 2𝑀𝐵
𝐶𝐴 − 𝐶𝐵
𝐶𝐴 = 𝐶𝐵 + 2𝑀𝐵 ⇒ 𝑀𝐵 =
2
𝐶𝐴 − 𝐶𝐵
𝑀𝐶 = + 𝐶𝐵
2
1
⇒ 𝑀𝐶 = (𝐶𝐴 + 𝐶𝐵)
2
Gabarito: Demonstração

3. ÂNGULOS

3.1. REGIÃO CONVEXA E REGIÃO CÔNCAVA


Um conjunto de pontos é convexo se, e somente se, para todo par de pontos 𝐴 e 𝐵 do
conjunto, o segmento ̅̅̅̅
𝐴𝐵 está inteiramente contida no conjunto. Caso contrário, esse conjunto
de pontos é côncavo.
Exemplos:

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 35


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Perceba que para os conjuntos 𝑅1 e 𝑅2 , todos os pontos 𝐴 e 𝐵 dentro desses conjuntos


estão inteiramente contidos no conjunto. Isso não ocorre para os conjuntos 𝑅3 e 𝑅4 . Logo, os
conjuntos 𝑅1 e 𝑅2 são convexos e os conjuntos 𝑅3 e 𝑅4 são côncavos.
Usando símbolos matemáticos:
𝑹 é 𝒄𝒐𝒏𝒗𝒆𝒙𝒂 ⇔ (∀𝑨, 𝑩 ∈ 𝑹 𝒆 𝑨 ≠ 𝑩 → ̅̅̅̅
𝑨𝑩 ⊂ 𝑹)
̅̅̅̅ ⊄ 𝑹)
𝑹 é 𝒄ô𝒏𝒄𝒂𝒗𝒂 ⇔ (∃𝑨, 𝑩 ∈ 𝑹 𝒆 𝑨 ≠ 𝑩 → 𝑨𝑩

3.2. DEFINIÇÃO DE ÂNGULO


Chamamos de ângulo a figura formada por duas semirretas não colineares de mesma
origem.

O ponto 𝑂 é o vértice do ângulo e as semirretas 𝑂𝐴 e 𝑂𝐵 são os lados do ângulo.


Perceba que, caso as semirretas não sejam opostas, o ângulo determina duas regiões
angulares, um convexo e um côncavo. A região interna do ângulo 𝑅1 é convexa e a região externa
𝑅2 é côncava. 𝛼 é a notação usada para representar o ângulo da região convexa e 𝛽 é o ângulo da
região côncava. Também podemos usar a notação 𝛼 = 𝐴Ô𝐵 = Ô.

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 36


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3.3. CLASSIFICAÇÃO DOS ÂNGULOS

3.3.1. ÂNGULO ADJACENTE


Dois ângulos são adjacentes se, e somente se, possuem o mesmo vértice, um lado comum
e não tem pontos internos comuns.
Exemplos:

𝐴Ô𝐵 e 𝐵Ô𝐶 são adjacentes

𝐴Ô𝐵 e 𝐴Ô𝐶 não são adjacentes, pois 𝐴Ô𝐵 possui pontos internos comuns com 𝐴Ô𝐶

3.3.2. ÂNGULO CONSECUTIVO


Dois ângulos são consecutivos se, e somente se, um lado de um deles coincide com o lado
do outro.
Exemplos:

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 37


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𝐴Ô𝐵 e 𝐵Ô𝐶 são consecutivos, pois possuem o lado 𝑂𝐵 em comum

𝐴Ô𝐷 e 𝐵Ô𝐶 não são consecutivos, pois não possuem lado em comum

𝐴Ô𝐶 e 𝐴Ô𝐵 são consecutivos, pois possuem o lado 𝑂𝐴 em comum

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 38


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3.3.3. ÂNGULOS OPOSTOS PELO VÉRTICE


Dois ângulos são opostos pelo vértice quando os lados de um deles são as semirretas
opostas dos lados do outro. Consequentemente, esses ângulos são iguais.
Exemplos:

𝐴Ô𝐵 e 𝐶Ô𝐷 são opostos pelo vértice


Como 𝑂𝐷 é o oposto de 𝑂𝐵 e 𝑂𝐶 é o oposto de 𝑂𝐴, temos 𝐴Ô𝐵 + 𝐴Ô𝐷 = 180° e 𝐶Ô𝐷 +
𝐴Ô𝐷 = 180°, logo 𝐴Ô𝐵 = 𝐶Ô𝐷.

𝐴Ô𝐵 e 𝐶Ô𝐷 não são opostos pelo vértice, pois o lado 𝑂𝐷 não é a semirreta oposta de 𝑂𝐵

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 39


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3.3.4. ÂNGULO RETO, AGUDO, OBTUSO E RASO

Ângulo agudo é todo ângulo menor do que 90°.


Ângulo obtuso é todo ângulo maior do que 90°.
Ângulo reto é todo ângulo igual a 90°.
Ângulo raso é todo ângulo igual a 180°.

Tipo de Ângulo Condição

Agudo < 90°

Obtuso > 90°

Reto = 90°

Raso = 180°

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 40


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3.3.5. ÂNGULO COMPLEMENTAR, SUPLEMENTAR, REPLEMENTAR E


EXPLEMENTAR

Classificação para 𝜶 e 𝜷 Condição

Complementar 𝛼 + 𝛽 = 90°

Suplementar 𝛼 + 𝛽 = 180°

Replementar 𝛼 + 𝛽 = 360°

Explementar 𝛼 − 𝛽 = 180°

3.4. Unidades usuais de medidas


Atualmente, temos três unidades de medidas mais famosos: grau, grado e radiano. Vamos
estudar cada um deles:

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 41


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3.4.1. Grau
Um grau (1°) é a unidade de medida determinada pela divisão de uma circunferência em
360 partes iguais. Assim, se dividimos uma circunferência no meio, cada arco que obtemos terá a
medida de 180°.

O grau pode ser subdividido em duas outras:


Definimos um minuto por 1′ e ele equivale a 1/60 do ângulo de um grau.
Um segundo é representado por 1′′ e equivale a 1/60 do ângulo de um minuto.
Dessa forma, temos as seguintes relações:
1° 1′
1′ = 𝑒 1′′ =
60 60

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 42


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1° = 60′ (60 𝑚𝑖𝑛𝑢𝑡𝑜𝑠)

1′ = 60′′ (60 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑛𝑑𝑜𝑠)


As medidas acima são conhecidas como sistema sexagesimal.

3.4.2. Grado
Um grado (1 𝑔𝑟) é a unidade de medida determinada pela divisão da circunferência em
400 partes iguais. Dessa forma, se dividimos a circunferência no meio, cada arco terá a medida de
200 𝑔𝑟.

3.4.3. Radiano
Um radiano (1 𝑟𝑎𝑑) é a unidade de medida igual ao comprimento do raio da
circunferência. O comprimento total de uma circunferência é dado por:
𝐶 = 2𝜋𝑟
Onde 𝑟 é o raio da circunferência e 𝐶 é o seu comprimento total.
𝜋, lê-se “pi”, e seu valor numérico é aproximadamente:
𝜋 ≅ 3,14
Então, usando a fórmula:
̂
𝒄𝒐𝒎𝒑𝒓𝒊𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐 𝒅𝒆 𝑨𝑩
̂ =
𝑨𝑩
𝒄𝒐𝒎𝒑𝒓𝒊𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐 𝒅𝒂 𝒖𝒏𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 43


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̂ como o arco de uma volta completa na circunferência, temos:


E tomando 𝐴𝐵
2𝜋𝑟
̂ =
𝐴𝐵 = 2𝜋
𝑟
Assim, o arco de uma volta completa corresponde a 2𝜋 𝑟𝑎𝑑.

Veja o exemplo:
̂ mede 10 cm e o raio da circunferência mede 5 cm. Calcule
1) Um arco de circunferência 𝐴𝐵
a medida do arco em radianos:
Temos a seguinte figura:

Vamos usar a fórmula da medida do arco:

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 44


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𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝐴𝐵̂
̂ =
𝐴𝐵
𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑟𝑎𝑖𝑜
10 𝑐𝑚
𝐴𝑂̂𝐵 = = 2 𝑟𝑎𝑑
5 𝑐𝑚
Vimos os três principais tipos de medidas usadas para os ângulos. Podemos estabelecer a
seguinte equivalência entre elas:
2𝜋 𝑟𝑎𝑑 = 360° = 400 𝑔𝑟
A tabela abaixo esquematiza essas relações:

Grau Grado Radiano

360° 400𝑔𝑟 2𝜋 𝑟𝑎𝑑

180° 200𝑔𝑟 𝜋 𝑟𝑎𝑑

3.5. BISSETRIZ

3.5.1. DEFINIÇÃO
Uma semirreta 𝑂𝐶 interna ao ângulo 𝐴Ô𝐵 é bissetriz de 𝐴Ô𝐵 se, e somente se, 𝐴Ô𝐶 ≡
𝐵Ô𝐶. Na prática, a bissetriz é a semirreta localizada internamente na metade do ângulo.
Exemplo:

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 45


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3.5.2. UNICIDADE DA BISSETRIZ


Vamos demonstrar a unicidade da bissetriz. Suponha que 𝑂𝐶 e 𝑂𝐷 sejam semirretas
distintas e bissetrizes do ângulo 𝐴Ô𝐵. Então, temos pela definição:

𝐴Ô𝐶 = 𝐵Ô𝐶
𝐴Ô𝐷 = 𝐵Ô𝐷 ⇒ 𝐴Ô𝐶 + 𝐶Ô𝐷 = 𝐵Ô𝐶 − 𝐶Ô𝐷
Como 𝐴Ô𝐶 = 𝐵Ô𝐶, temos:
𝐴Ô𝐶 + 𝐶Ô𝐷 = 𝐵Ô𝐶 − 𝐶Ô𝐷
𝐶Ô𝐷 = −𝐶Ô𝐷
𝐶Ô𝐷 = 0
⇒ 𝑂𝐶 = 𝑂𝐷
Absurdo! Pois, por hipótese 𝑂𝐶 e 𝑂𝐷 são distintos!
Portanto, a bissetriz é única.

Exercícios de Fixação
9. Demonstre que dois ângulos opostos pelo vértice são congruentes.
Resolução:

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 46


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𝐴Ô𝐵 e 𝐶Ô𝐷 são opostos pelo vértice


Como 𝑂𝐷 é o oposto de 𝑂𝐵 e 𝑂𝐶 é o oposto de 𝑂𝐴, temos 𝐴Ô𝐵 + 𝐴Ô𝐷 = 180° e
𝐶Ô𝐷 + 𝐴Ô𝐷 = 180°, logo 𝐴Ô𝐵 = 𝐶Ô𝐷.
Gabarito: Demonstração
10. Determine o complemento, suplemento e replemento do ângulo de 𝟑𝟕°𝟑𝟐′𝟏𝟓′′.
Resolução:
Esse ângulo está no sistema sexagesimal.
Seja 𝛼, 𝛽 e 𝛾 o complemento, suplemento e replemento do ângulo dado,
respectivamente.
Dessa forma, temos:
𝛼 = 90° − 37°32′15′′
Escrevendo 90° no sistema sexagesimal:
𝛼 = 89°59′ 60′′ − 37°32′ 15′′
𝛼 = 52°27′ 45′′
Calculando o suplemento:
𝛽 = 180° − 37°32′15′′
𝛽 = 179°59′ 60′′ − 37°32′15′′
𝛽 = 142°27′ 45′′
Calculando o replemento:
𝛾 = 360° − 37°32′15′′
𝛾 = 359°59′ 60′′ − 37°32′15′′
𝛾 = 322°27′ 45′′
Gabarito: 𝑪𝒐𝒎𝒑𝒍𝒆𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐 = 𝟓𝟐°𝟐𝟕′ 𝟒𝟓′′ , 𝒔𝒖𝒑𝒍𝒆𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐 = 𝟏𝟒𝟐°𝟐𝟕′ 𝟒𝟓′′ 𝒆 𝒓𝒆𝒑𝒍𝒆𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐 =
𝟑𝟐𝟐°𝟐𝟕′ 𝟒𝟓′′

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 47


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11. Determine a medida sexagesimal do suplemento do complemento do ângulo de 𝟐𝟖, 𝟕𝟓 𝒈𝒓.


Resolução:
Inicialmente, vamos converter o ângulo de grado para graus:
28,75 𝑔𝑟 − 𝑥
200 𝑔𝑟 − 180°
180
𝑥= ∙ 28,75°
200
𝑥 = 25,875°
Escrevendo 𝑥 no sistema sexagesimal:
1° − 60′
0,875° − 𝑦
𝑦 = 60 ∙ 0,875′ = 52,5′
1′ − 60′′
0,5′ − 𝑧
𝑧 = 60 ∙ 0,5′′ = 30′′
⇒ 𝑥 = 25°52′30′′
Seja 𝛼, o complemento de 𝑥, então:
𝛼 = 90° − 25°52′ 30′′
𝛼 = 89°59′ 60′′ − 25°52′ 30′′
𝛼 = 64°7′ 30′′
Seja 𝛽, o suplemento de 𝛼:
𝛽 = 180° − 64°7′ 30′′
𝛽 = 179°59′ 60′′ − 64°7′ 30′′
𝛽 = 115°52′ 30′′
Gabarito: 𝟏𝟏𝟓°𝟓𝟐′ 𝟑𝟎′′
12. Determine o menor ângulo formado pelos ponteiros de um relógio às 𝟓𝒉 𝟏𝟎𝒎𝒊𝒏.
Resolução:
Temos a seguinte situação:

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 48


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O ponteiro das horas percorre 30° quando completa 1 hora e o ponteiro dos minutos
percorre 360° quando o ponteiro das horas completa 1 hora. Então, quando o ponteiro das
360
horas percorre 1°, o ponteiro dos minutos percorrerá ( ) ° = 12°.
30

𝜃 é o ângulo que o ponteiro das horas percorre quando o ponteiro dos minutos percorre
60°.
Usando uma regra de três, temos:
ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠 − 𝑚𝑖𝑛𝑢𝑡𝑜𝑠
1° − 12°
𝜃 − 60°
60
𝜃=( ) ° = 5°
12
O menor ângulo formado pelos ponteiros do relógio é dado por:
𝜃 + 90° = 95°
Gabarito: 𝟗𝟓°
13. Determine o menor ângulo formado pelos ponteiros de um relógio às 4h 42min.
Resolução:
Temos a seguinte situação:

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 49


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𝛼 é o ângulo do ponteiro dos minutos. Usando a regra de três para calcular 𝛼:


𝑚𝑖𝑛𝑢𝑡𝑜𝑠 − 𝑔𝑟𝑎𝑢𝑠
60 − 360°
42 − 𝛼
42
𝛼 = 360 ∙
60
𝛼 = 252°
Para calcular 𝜃, podemos usar novamente a regra de três:
ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠 − 𝑚𝑖𝑛𝑢𝑡𝑜𝑠
30° − 360°
𝜃 − 252°
30
𝜃= ∙ 252
360
𝜃 = 21°
O menor ângulo formado pelos ponteiros do relógio às 4ℎ42𝑚𝑖𝑛 é dado por:
𝛼 − 𝜃 − 120° = 252° − 21° − 120° = 111°
Gabarito: 𝟏𝟏𝟏°
14. 𝑶𝑿 e 𝑶𝒀 são as bissetrizes de dois ângulos adjacentes, 𝑨Ô𝑩 e 𝑩Ô𝑪 ambos agudos, e tais que
𝑨Ô𝑩 − 𝑩Ô𝑪 = 𝟑𝟔°. 𝑶𝒁 é a bissetriz do ângulo 𝑿Ô𝒀, calcular o ângulo 𝑩Ô𝒁.

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 50


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Resolução:
Supondo que 𝑂𝑋 seja bissetriz de 𝐴Ô𝐵 e 𝑂𝑌, bissetriz de 𝐵Ô𝐶, temos:
(Poderia ser o contrário, com 𝑂𝑋 , bissetriz de 𝐵Ô𝐶 e 𝑂𝑌, bissetriz de 𝐴Ô𝐵. O resultado
seria o mesmo.)

Sejam 𝛼 e 𝛽 os ângulos de 𝐴Ô𝑋 e 𝐵Ô𝑌, respectivamente. Assim, temos:


𝐴Ô𝑋 = 𝐵Ô𝑋 = 𝛼
𝐵Ô𝑌 = 𝐶Ô𝑌 = 𝛽
De acordo com o enunciado:
𝐴Ô𝐵 − 𝐵Ô𝐶 = 36° ⇒ 2𝛼 − 2𝛽 = 36° ⇒ 𝛼 − 𝛽 = 18°
Queremos calcular 𝐵Ô𝑍. Como 𝑂𝑍 é bissetriz de 𝑋Ô𝑌:
𝑋Ô𝑍 = 𝛼 − 𝑥 (𝐼)
𝑋Ô𝑍 = 𝑌Ô𝑍 = 𝛽 + 𝑥 (𝐼𝐼)
Fazendo (𝐼) − (𝐼𝐼):
0=𝛼−𝑥−𝛽−𝑥
𝛼−𝛽
𝑥=
2

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 51


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18°
𝑥=
2
∴ 𝑥 = 9°
Gabarito: 𝑩Ô𝒁 = 𝟗°
15. As bissetrizes de dois ângulos consecutivos formam um ângulo de 𝟑𝟖°. Um dos ângulos mede
𝟒𝟏°. Calcular o outro ângulo.
Resolução:
Como são ângulos consecutivos, temos duas possibilidades:
1) Um dos ângulos é interno ao outro:

Nesse caso, temos:


𝑋Ô𝑌 = 𝑋Ô𝐶 + 𝑌Ô𝐶
38° = 𝛼 − 2𝑥 + 𝑥
𝛼 − 𝑥 = 38°
Se 𝐴Ô𝐵 for o ângulo dado:
2𝛼 = 41° ⇒ 𝛼 = 20,5°
𝛼 − 𝑥 = 38° ⇒ 𝑥 = 𝛼 − 38° ⇒ 𝑥 = −17,5°
Como 𝑥 é negativo, essa situação não é possível.
Se 𝐵Ô𝐶 for o ângulo dado:
2𝑥 = 41° ⇒ 𝑥 = 20,5°

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 52


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𝛼 − 𝑥 = 38° ⇒ 𝛼 = 𝑥 + 38° ⇒ 𝛼 = 58,5°


Dessa forma, o outro ângulo é dado por:
𝐴Ô𝐵 = 2𝛼 = 117°
2) Os ângulos são adjacentes:

Supondo que um dos ângulos seja 𝐴Ô𝐵, temos:


2𝛼 = 41° ⇒ 𝛼 = 20,5°
𝛼 + 𝛽 = 38° ⇒ 𝛽 = 17,5°
Assim, o outro ângulo é dado por:
2𝛽 = 35°
Gabarito: 𝟑𝟓° 𝒐𝒖 𝟏𝟏𝟕°
16. Quatro semirretas 𝑶𝑨, 𝑶𝑩, 𝑶𝑪 e 𝑶𝑫 forma os ângulos adjacentes 𝑨Ô𝑩, 𝑩Ô𝑪, 𝑪Ô𝑫 e 𝑫Ô𝑨,
respectivamente proporcionais aos números 𝟏, 𝟐, 𝟒 e 𝟓. Determine o ângulo formado pelas
bissetrizes de 𝑨Ô𝑩 e 𝑪Ô𝑫.
Resolução:
Temos a seguinte figura:

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 53


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Queremos calcular o ângulo 𝑋Ô𝑌. Definindo 𝐴Ô𝐵 = 𝛼, temos:


𝐴Ô𝐵 = 𝛼
𝐵Ô𝐶 = 2𝛼
𝐶Ô𝐷 = 4𝛼
𝐷Ô𝐴 = 5𝛼
A soma desses ângulos resulta no ângulo de 360°. Então:
𝛼 + 2𝛼 + 4𝛼 + 5𝛼 = 360°
12𝛼 = 360°
𝛼 = 30°
𝑋Ô𝑌 é dado por:
𝑋Ô𝑌 = 𝑋Ô𝐵 + 𝐵Ô𝐶 + 𝐶Ô𝑌
𝛼 4𝛼
𝑋Ô𝑌 = + 2𝛼 +
2 2
9𝛼
𝑋Ô𝑌 =
2
9
𝑋Ô𝑌 = ∙ 30° = 135°
2

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Gabarito: 𝟏𝟑𝟓°
17. Do vértice de um ângulo traçam-se as semirretas perpendiculares aos seus lados. Demonstrar
que o ângulo formado por essas semirretas e o ângulo dado são suplementares.
Resolução:
Supondo genericamente a seguinte situação:

Podemos ver pela figura que:


𝛼 + 𝛽 + 90° + 90° = 360°
𝛼 + 𝛽 = 180°
∴ 𝛼 e 𝛽 são suplementares
Gabarito: Demonstração

4. TRIÂNGULOS

4.1. DEFINIÇÃO
Dados três pontos 𝐴, 𝐵 e 𝐶 não colineares, os segmentos ̅̅̅̅
𝐴𝐵 , ̅̅̅̅
𝐵𝐶 e ̅̅̅̅
𝐴𝐶 definem o triângulo
𝐴𝐵𝐶.

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 55


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Dizemos que 𝐴, 𝐵 e 𝐶 são os vértices do triângulo e os segmentos formados por esses


pontos são os lados do triângulo.

𝑎, 𝑏 e 𝑐 são os lados opostos dos ângulos 𝐴̂, 𝐵̂ e 𝐶̂ , respectivamente.

4.2. CLASSIFICAÇÃO DOS TRIÂNGULOS

4.2.1. QUANTO AOS LADOS


Um triângulo é classificado em:
Equilátero se, e somente se, todos os seus lados são congruentes.
Isósceles se, e somente se, possui dois lados congruentes.
Escaleno se, e somente se, nenhum lado é congruente.

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 56


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4.2.2. QUANTO AOS ÂNGULOS


Um triângulo é classificado em:
Retângulo se, e somente se, possui um ângulo reto.
Acutângulo se, e somente se, todos os ângulos internos são agudos.
Obtusângulo se, e somente se, possui um ângulo obtuso.

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 57


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4.2.3. SÍNTESE DE CLAIRAUT


Seja um triângulo qualquer de lados 𝑎, 𝑏 e 𝑐, sendo 𝑎 o maior lado, podemos classificar o
triângulo de acordo com as seguintes condições:

Condição Tipo de triângulo

𝑎2 < 𝑏2 + 𝑐 2 Acutângulo

𝑎2 = 𝑏2 + 𝑐 2 Retângulo

𝑎2 > 𝑏2 + 𝑐 2 Obtusângulo

4.3. CEVIANAS NOTÁVEIS


Definimos como ceviana qualquer reta que passa pelo vértice do triângulo. Vamos estudar
as principais:

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 58


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4.3.1. ALTURA
Usualmente, usamos a letra ℎ para denotar a altura de um triângulo. Ela é um segmento
que passa pelo vértice do triângulo e forma um ângulo reto com o lado oposto desse vértice.

̅̅̅̅
𝐴𝐻 é a altura do vértice 𝐴.

4.3.2. MEDIANA
A mediana de um triângulo é o segmento que passa pelo vértice e pelo ponto médio do
lado oposto ao vértice.
Na figura abaixo, ̅̅̅̅̅
𝐴𝑀 é a mediana do vértice 𝐴.

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 59


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4.3.3. BISSETRIZES INTERNA E EXTERNA


A bissetriz interna de um triângulo é o segmento que divide o ângulo interno em dois
ângulos congruentes. A bissetriz externa é o segmento que divide o ângulo externo em dois
ângulos congruentes.

̅̅̅̅̅𝑖 é a bissetriz interna do Δ𝐴𝐵𝐶 e ̅̅̅̅̅


𝐴𝐵 𝐴𝐵𝑒 é sua bissetriz externa.

4.4. CONDIÇÃO DE EXISTÊNCIA DO TRIÂNGULO


Na geometria plana, temos o postulado da distância mínima que afirma:
“A menor distância entre dois pontos é uma reta”.
Por esse postulado, podemos estudar a condição de existência do triângulo.
Assim, para um triângulo 𝐴𝐵𝐶, temos:

𝑎 <𝑏+𝑐

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 60


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𝑏 <𝑎+𝑐 ⇒𝑏−𝑐 <𝑎


𝑐 <𝑎+𝑏 ⇒𝑐−𝑏 <𝑎
|𝒃 − 𝒄| < 𝒂 < 𝒃 + 𝒄
Essa desigualdade é conhecida como desigualdade triangular.

4.5. CONGRUÊNCIA DE TRIÂNGULOS


Podemos afirmar que dois ou mais triângulos são congruentes se, e somente se, todos os
lados e ângulos internos deles forem congruentes na mesma ordem.
Um postulado que consegue garantir a congruência de triângulos é o LAL, esse postulado
gera outros teoremas que também provam a congruência de triângulos. Não veremos a
demonstração dos teoremas, pois o que nos interessa é saber como aplicá-los.

4.5.1. POSTULADO 𝑳𝑨𝑳 (LADO-ÂNGULO-LADO)


Esse postulado diz que se dois triângulos tiverem dois lados e o ângulo entre esses lados
congruentes, podemos afirmar que esses triângulos são congruentes.

 ≡ Â′
𝐴𝐵 ≡ ̅̅̅̅̅̅
{̅̅̅̅ 𝐴′𝐵′ ⇒ Δ𝐴𝐵𝐶 ≡ Δ𝐴′𝐵′𝐶′
𝐴𝐶 ≡ ̅̅̅̅̅
̅̅̅̅ 𝐴′𝐶′

4.5.2. TEOREMA 𝑨𝑳𝑨 (ÂNGULO-LADO-ÂNGULO)


Se o lado e os ângulos adjacentes de dois triângulos forem congruentes ordenadamente,
podemos afirmar que os triângulos são congruentes.

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 61


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 ≡ Â′
̅̅̅̅ ≡ ̅̅̅̅̅̅
{𝐴𝐵 𝐴′𝐵′ ⇒ Δ𝐴𝐵𝐶 ≡ Δ𝐴′𝐵′𝐶′
̂
𝐵̂ ≡ 𝐵′

4.5.3. TEOREMA 𝑳𝑳𝑳 (LADO-LADO-LADO)


Se os três lados de dois triângulos são ordenadamente congruentes, esses triângulos são
congruentes.

𝐴𝐶 ≡ ̅̅̅̅̅
̅̅̅̅ 𝐴′𝐶′
{̅̅̅̅ ̅̅̅̅̅̅
𝐴𝐵 ≡ 𝐴′𝐵′ ⇒ Δ𝐴𝐵𝐶 ≡ Δ𝐴′𝐵′𝐶′
𝐵𝐶 ≡ ̅̅̅̅̅̅
̅̅̅̅ 𝐵′𝐶′

4.5.4. TEOREMA 𝑳𝑨𝑨𝟎 (LADO-ÂNGULO ADJACENTE-ÂNGULO


OPOSTO)
Se dois triângulos tiverem o lado, ângulo adjacente e ângulo oposto desse lado
congruentes, então esses triângulos são congruentes.

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 62


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 ≡ Â′
̂ ⇒ Δ𝐴𝐵𝐶 ≡ Δ𝐴′𝐵′𝐶′
{ 𝐵̂ ≡ 𝐵′
𝐵𝐶 ≡ ̅̅̅̅̅̅
̅̅̅̅ 𝐵′𝐶′

4.6. CONSEQUÊNCIA DO POSTULADO 𝑳𝑨𝑳

4.6.1. TRIÂNGULO ISÓSCELES


Sabemos que um triângulo 𝐴𝐵𝐶 é isósceles se, e somente se, possui dois lados iguais.
Seja Δ𝐴𝐵𝐶 isósceles com 𝐴𝐵 = 𝐴𝐶. Traçando-se a bissetriz no vértice 𝐴, temos:

Como 𝐴𝐷 é a bissetriz do vértice 𝐴, temos 𝐵Â𝐷 = 𝐶Â𝐷.


Usando o postulado 𝐿𝐴𝐿, sabemos que Δ𝐴𝐵𝐷 ≡ Δ𝐴𝐶𝐷. Então, os elementos
correspondentes são congruentes:
Δ𝐴𝐵𝐷 ≡ Δ𝐴𝐶𝐷
𝐴𝐵 = 𝐴𝐶 ⇒ 𝐵𝐷 = 𝐶𝐷 ⇒ ̅̅̅̅
𝐴𝐷 é mediana
⇒ 𝐵̂ ≡ 𝐶̂
𝐴𝐷 ̂ 𝐶 = 𝜃 ⇒ 𝜃 + 𝜃 = 180° ⇒ 𝜃 = 90° ⇒ ̅̅̅̅
̂ 𝐵 = 𝐴𝐷 𝐴𝐷 é altura
Como ̅̅̅̅
𝐴𝐷 é mediana e altura ao mesmo tempo, temos por definição que ̅̅̅̅
𝐴𝐷 é mediatriz
̅̅̅̅
do triângulo 𝐴𝐵𝐶. Perceba que todos os pontos da mediatriz do segmento 𝐵𝐶 são equidistantes
das extremidades 𝐵 e 𝐶. Então, se não soubéssemos que o triângulo 𝐴𝐵𝐶 era isósceles, pelo fato
do segmento 𝐴𝐷 ser mediatriz, poderíamos afirmar que ele é isósceles. Isso pode ser provado
pelo postulado 𝐿𝐴𝐿:

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 63


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𝐵𝐷 ≡ 𝐷𝐶
̂ 𝐴 ≡ 𝐶𝐷
{𝐵𝐷 ̂ 𝐴 ⇒ Δ𝐵𝐷𝐴 ≡ Δ𝐶𝐷𝐴 ⇒ 𝐴𝐵 = 𝐴𝐶
𝐷𝐴 ≡ 𝐷𝐴

4.6.2. TEOREMA DO ÂNGULO EXTERNO


O Teorema do Ângulo Externo diz que:
Um ângulo externo de um triângulo é maior do que qualquer um dos ângulos internos não
adjacente.

𝛾′ > 𝛼
𝛾′ > 𝛽
Demonstração:
Seja 𝑀 o ponto médio do lado 𝐴𝐶 e 𝐷 o ponto tal que 𝐵𝑀 = 𝑀𝐷 e 𝐵, 𝑀 e 𝐷 são colineares.

Temos:
𝐴𝑀 = 𝑀𝐶
𝐵𝑀 = 𝑀𝐷
Como 𝐴𝑀̂ 𝐵 e 𝐶𝑀
̂ 𝐷 são ângulos opostos pelo vértice temos que 𝐴𝑀
̂ 𝐵 = 𝐶𝑀
̂ 𝐷. Então,
usando o postulado 𝐿𝐴𝐿, podemos afirmar que Δ𝐵𝐴𝑀 ≡ Δ𝐷𝐶𝑀 e consequentemente 𝐵𝐴̂𝑀 =
𝐷𝐶̂ 𝑀.

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 64


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𝛼 é ângulo interno a 𝛾′, logo 𝛾 ′ > 𝛼.


Analogamente, tomando-se o ponto médio de 𝐵𝐶, podemos provar que 𝛾 ′ > 𝛽.

4.6.3. DESIGUALDADES NO TRIÂNGULO


Dado o triângulo 𝐴𝐵𝐶 abaixo, temos:

𝒂>𝒃>𝒄⇔𝜶>𝜷>𝜸
Podemos afirmar que o maior ângulo possui o maior lado oposto.
Demonstração:
Vamos provar a ida:
𝑎>𝑏>𝑐⇒𝛼>𝛽>𝛾
Se 𝑎 > 𝑏 > 𝑐, podemos traçar o segmento ̅̅̅̅
𝐴𝐷 tal que Δ𝐴𝐷𝐶 seja isósceles com 𝐴𝐶 = 𝐷𝐶:

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 65


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Como 𝐷Â𝐶 é ângulo interno a 𝐵Â𝐶, temos 𝛼 > 𝜃.


̂ 𝐶 é ângulo externo ao triângulo 𝐴𝐵𝐷, então pelo teorema do ângulo externo temos
𝐴𝐷
𝜃 > 𝛽.
Assim, encontramos:
𝛼>𝜃>𝛽⇒𝛼>𝛽
Agora, vamos provar que 𝛽 > 𝛾. Como 𝑏 > 𝑐, podemos traçar ̅̅̅̅
𝐴𝐷 tal que 𝐴𝐵 = 𝐴𝐷 = 𝑐:

Como 𝐴𝐷𝐵 é externo ao Δ𝐴𝐷𝐶, temos 𝛽 > 𝛾.


Portanto:
𝑎>𝑏>𝑐⇒𝛼>𝛽>𝛾
Para a volta, temos:

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 66


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𝛼>𝛽>𝛾⇒𝑎>𝑏>𝑐
Por hipótese, temos 𝛼 > 𝛽. Vamos traçar ̅̅̅̅
𝐴𝐷 tal que:

Como Δ𝐴𝐵𝐷 é isósceles, temos 𝐴𝐷 = 𝐵𝐷 = 𝑥. Usando a desigualdade triangular no


Δ𝐴𝐷𝐶:
𝑏 < 𝑥 + (𝑎 − 𝑥 )
⇒𝑏<𝑎
Pela hipótese, também podemos afirmar que 𝛽 > 𝛾 e traçar ̅̅̅̅
𝐴𝐷 dessa forma:

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 67


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Δ𝐵𝐷𝐶 é isósceles ⇒ 𝐵𝐷 = 𝐶𝐷 = 𝑥 ⇒ 𝐴𝐷 = 𝑥 − 𝑐
Usando a desigualdade triangular no Δ𝐴𝐷𝐶:
|𝑥 − 𝑐 − 𝑥| < 𝑏
⇒𝑐<𝑏
Portanto:
𝛼>𝛽>𝛾⇒𝑎>𝑏>𝑐

4.7. ÂNGULOS DE RETAS PARALELAS


Sejam as retas 𝑟, 𝑠, 𝑡 dadas tal que 𝑟//𝑠 e 𝑡 cruza as outras duas. Os ângulos formados pelo
cruzamento de 𝑡 com 𝑟 e 𝑠 possuem uma relação entre eles, veja:

Os ângulos 𝛼1 , 𝛼2 , 𝛼3 , 𝛼4 são congruentes e os ângulos 𝛽1 , 𝛽2 , 𝛽3 , 𝛽4 são congruentes.


𝛼1 ≡ 𝛼2 ≡ 𝛼3 ≡ 𝛼4
𝛽1 ≡ 𝛽2 ≡ 𝛽3 ≡ 𝛽4
Esses ângulos recebem as seguintes denominações:

Classificações Par de ângulos

𝛼2 𝑒 𝛼3
Alternos internos
𝛽2 𝑒 𝛽3

𝛼1 𝑒 𝛼4
Alternos externos
𝛽1 𝑒 𝛽4

Colaterais internos 𝛼2 𝑒 𝛽3

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 68


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𝛽2 𝑒 𝛼3

𝛼1 𝑒 𝛽4
Colaterais externos
𝛼4 𝑒 𝛽1

Demonstração:

Queremos provar:
𝛼 ≡ 𝛽 ⇔ 𝑟//𝑠
Vamos provar a ida:
𝛼 ≡ 𝛽 ⇒ 𝑟//𝑠
Suponha que 𝑟 não seja paralela a 𝑠, então pelo Postulado 𝑉 de Euclides temos que 𝑟 e 𝑠
se interceptam em um ponto 𝑃. Temos dois casos possíveis:
1)

O ângulo 𝛼 é externo ao triângulo 𝐴𝐵𝑃. Pelo teorema do ângulo externo, temos 𝛼 > 𝛽.
2)

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 69


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O ângulo 𝛽 é externo ao triângulo 𝐴𝐵𝑃. Pelo teorema do ângulo externo, temos 𝛽 > 𝛼.
Absurdo! Pois, por hipótese temos 𝛼 ≡ 𝛽. Logo, 𝛼 ≡ 𝛽 ⇒ 𝑟//𝑠.
Agora, vamos provar a volta:
𝑟//𝑠 ⇒ 𝛼 ≡ 𝛽
Suponha que exista uma reta 𝑟′ tal que 𝛼 ≡ 𝛼′.

Como 𝛼 ≡ 𝛼′, temos 𝑟′//𝑠. Então, as retas 𝑟 e 𝑟′ são paralelas à reta 𝑠. Pelo quinto
postulado de Euclides, temos 𝑟 ≡ 𝑟′, logo 𝛼 ′ ≡ 𝛽. Portanto, 𝛼 ≡ 𝛽.

4.8. TEOREMA ANGULAR DE TALES


I) A soma dos ângulos internos de um triângulo é igual a 180°.

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 70


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𝜶 + 𝜷 + 𝜸 = 𝟏𝟖𝟎°
II) O ângulo externo de um triângulo é igual à soma dos dois ângulos internos não
adjacentes a ele.

𝜽=𝜶+𝜷
Demonstração:
I) A soma dos ângulos internos de um triângulo é igual a 180°.
Traçando-se as retas 𝑟 e 𝑠 tal que ̅̅̅̅
𝐵𝐶 ⊂ 𝑠, 𝐴 ⊂ 𝑟 e 𝑟//𝑠.

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 71


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𝛼, 𝛽′ e 𝛾′ são elementos de um ângulo raso, então 𝛼 + 𝛽′ + 𝛾 ′ = 180°.


Como 𝑟//𝑠, temos 𝛽 ≡ 𝛽′ e 𝛾 ≡ 𝛾′. Portanto:
𝛼 + 𝛽 + 𝛾 = 180°
II) O ângulo externo de um triângulo é igual à soma dos dois ângulos internos não
adjacentes a ele.

Podemos ver que 𝛾 + 𝜃 = 180° ⇒ 𝛾 = 180° − 𝜃.


Pelo Teorema I, sabemos que 𝛼 + 𝛽 + 𝛾 = 180°.
Substituindo o valor de 𝛾 na equação acima, temos:
𝛼 + 𝛽 + (180° − 𝜃) = 180°
∴𝜃 =𝛼+𝛽

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 72


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4.9. RELAÇÕES MÉTRICAS NO TRIÂNGULO RETÂNGULO

Relações métricas no triângulo retângulo

(𝐼) 𝑏2 = 𝑎𝑛

(𝐼𝐼) 𝑐 2 = 𝑎𝑚

(𝐼𝐼𝐼) ℎ2 = 𝑚𝑛

(𝐼𝑉) 𝑏𝑐 = 𝑎ℎ

(𝑉) 𝑏ℎ = 𝑐𝑛

(𝑉𝐼) 𝑐ℎ = 𝑏𝑚

(𝑉𝐼𝐼) Pitágoras 𝑎2 = 𝑏2 + 𝑐 2

1 1 1
(𝑉𝐼𝐼𝐼) = +
ℎ2 𝑏 2 𝑐 2

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Demonstração:

Podemos ver que os triângulos 𝐴𝐵𝐶, 𝐷𝐵𝐴, 𝐷𝐴𝐶 são semelhantes. Assim, temos:
𝑎 𝑐
= ⇒ 𝑏𝑐 = 𝑎ℎ
𝑏 ℎ
𝑎 𝑐
Δ𝐴𝐵𝐶~Δ𝐷𝐵𝐴 ⇒ = ⇒ 𝑐 2 = 𝑎𝑚
𝑐 𝑚
𝑏 ℎ
{ 𝑐 = 𝑚 ⇒ 𝑐ℎ = 𝑏𝑚
𝑎 𝑏
= ⇒ 𝑏2 = 𝑎𝑛
𝑏 𝑛
𝑎 𝑏
Δ𝐴𝐵𝐶~Δ𝐷𝐴𝐶 ⇒ = ⇒ 𝑏𝑐 = 𝑎ℎ
𝑐 ℎ
𝑏 𝑛
{ 𝑐 = ℎ ⇒ 𝑏ℎ = 𝑐𝑛
𝑐 𝑏
= ⇒ 𝑏ℎ = 𝑐𝑛
ℎ 𝑛
𝑐 𝑏
Δ𝐷𝐵𝐴~Δ𝐷𝐴𝐶 ⇒ = ⇒ 𝑐ℎ = 𝑏𝑚
𝑚 ℎ
𝑚 ℎ 2
{ ℎ = 𝑛 ⇒ ℎ = 𝑚𝑛

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 74


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*Na próxima aula, veremos com mais detalhes os critérios de semelhança. Saiba que
quando os ângulos internos de dois triângulos são congruentes, podemos afirmar que ambos são
semelhantes.
1 1 1
Já estudamos o Teorema de Pitágoras, podemos usá-la para provar = + 2:
ℎ2 𝑏2 𝑐
2 2
1 1 𝑐 +𝑏
2
+ 2= 2 2
𝑏 𝑐 𝑏 𝑐
Usando o Teorema de Pitágoras, temos:
1 1 𝑎2
+ =
𝑏2 𝑐 2 𝑏2 𝑐 2
Pela relação (𝐼𝑉):
𝑏𝑐 = 𝑎ℎ
𝑏 2 𝑐 2 = 𝑎 2 ℎ2
Substituindo na equação:
1 1 𝑎2
+ =
𝑏 2 𝑐 2 𝑎 2 ℎ2
Portanto:
1 1 1
+ =
𝑏 2 𝑐 2 ℎ2

Exercícios de Fixação
18. Sabendo-se que 𝒓//𝒔//𝒕, calcule 𝒙.

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 75


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Resolução:
Usando a propriedades dos ângulos de retas paralelas e ângulos opostos pelo vértice,
temos:

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 76


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Pela figura, podemos ver que:


127° − 𝑥 = 35°
𝑥 = 92°
Gabarito: 𝟗𝟐°
19. Dada a figura abaixo e sabendo que 𝒓//𝒔, demonstre que 𝒙 = 𝜶 + 𝜷.

Resolução:
Podemos traçar a reta 𝑡 tal que 𝑡//𝑠//𝑟:

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 77


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Usando a propriedade dos ângulos opostos pelo vértice:

Podemos ver pela figura que:


𝑥 =𝛼+𝛽
Gabarito: Demonstração
20. Sabendo que 𝒓//𝒔. Determine o valor de 𝒙.

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 78


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Resolução:

Escrevendo os ângulos correspondentes na figura, temos:

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 79


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Somando os ângulos, temos:


2𝑥 + 3𝑥 + 100° = 360°
5𝑥 = 260°
𝑥 = 52°
Gabarito: 𝟓𝟐°
21. Determine 𝒙 e 𝒚:
a)

b)

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 80


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Resolução:
a)

Usando as relações métricas do triângulo retângulo, temos:


𝑥𝑦 = 3 ∙ 4
Pelo Teorema de Pitágoras:
𝑥 2 = 32 + 42 ⇒ 𝑥 = 5
Substituindo 𝑥 na equação:
5𝑦 = 12 ⇒ 𝑦 = 12/5
b)

Δ𝐴𝐵𝐷 é retângulo
Usando o Teorema de Pitágoras no Δ𝐴𝐵𝐷:
82 = 𝑥 2 + 𝑦 2 ⇒ 𝑥 2 + 𝑦 2 = 64 (𝐼)

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 81


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Δ𝐴𝐵𝐷~Δ𝐵𝐷𝐶
𝑥 𝑦
= ⇒ 𝑦 2 = 12𝑥 (𝐼𝐼)
𝑦 12

Substituindo (𝐼𝐼) em (𝐼):


𝑥 2 + 12𝑥 − 64 = 0
𝑥 = (−6 ± √100) = −16 𝑜𝑢 4
Como 𝑥 > 0, temos 𝑥 = 4.
Substituindo 𝑥 em (𝐼𝐼):
𝑦 2 = 12 ∙ 4
𝑦 = 4√3
Gabarito: a) 𝒙 = 𝟓 𝒆 𝒚 = 𝟏𝟐/𝟓 b) 𝒙 = 𝟒 𝒆 𝒚 = 𝟒√𝟑
22. Determine 𝒙:
a)

b)

Resolução:
a)

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 82


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Fazendo 𝐴𝐷 = 𝑦 e aplicando o teorema de Pitágoras nos triângulos 𝐴𝐵𝐷 e 𝐴𝐷𝐶:


32 = 𝑥 2 + 𝑦 2 (𝐼)
62 = 𝑦 2 + (𝑥 + 4)2 (𝐼𝐼)
Subtraindo (𝐼𝐼) − (𝐼):
36 − 9 = (𝑥 + 4)2 − 𝑥 2
27 = (𝑥 + 4 − 𝑥)(𝑥 + 4 + 𝑥)
27
= 2𝑥 + 4
4
27 11
𝑥= −2=
8 8

b)

Fazendo 𝐴𝐷 = 𝑦 e aplicando o teorema de Pitágoras:


Δ𝐴𝐵𝐷:
2
(2√5) = 𝑥 2 + 𝑦 2 (𝐼)
Δ𝐵𝐷𝐶:
52 = 𝑥 2 + (5 − 𝑦)2 (𝐼𝐼)
Subtraindo (𝐼𝐼) − (𝐼):
25 − 20 = (5 − 𝑦)2 − 𝑦 2
5 = (5 − 𝑦 − 𝑦)(5 − 𝑦 + 𝑦)

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 83


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1 = 5 − 2𝑦
2𝑦 = 4
𝑦=2
Substituindo 𝑦 em (𝐼):
20 = 𝑥 2 + 22
𝑥 2 = 16
𝑥=4
Gabarito: a) 𝒙 = 𝟏𝟏/𝟖 b) 𝒙 = 𝟒
23. O 𝚫𝑨𝑩𝑪 é retângulo em 𝑩 e 𝑪𝑫 = 𝟐 ∙ 𝑩𝑫. Calcule 𝒙.

Resolução:
Fazendo 𝐴𝐵 = 𝑏 e 𝐵𝐷 = 𝑎, temos 𝐶𝐷 = 2𝑎. Perceba que os triângulos 𝐴𝐵𝐷 e 𝐴𝐵𝐶 são
semelhantes, pois possuem todos os ângulos internos congruentes:

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 84


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Assim, calculando as razões entre os triângulos:


Δ𝐴𝐵𝐷~Δ𝐶𝐵𝐴
𝐵𝐷 𝐴𝐵
=
𝐴𝐵 𝐵𝐶
𝑎 𝑏
=
𝑏 3𝑎

𝑏2 = 3𝑎2
𝑏 = √3𝑎
O ângulo 𝑥 é dado por:
𝑎 𝑎 √3
𝑡𝑔𝑥 = = =
𝑏 √3𝑎 3

𝑥 = 30°
Gabarito: 𝒙 = 𝟑𝟎°
̅̅̅̅.
24. Na figura a seguir temos 𝑨𝑴 = 𝑴𝑩. Calcule a medida de 𝑨𝑩

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 85


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Resolução:

Sabendo que a soma dos ângulos internos de um triângulo é 180°, temos:


𝜃 + 𝛼 = 90° (𝐼)
𝛽 + 𝛾 = 90° (𝐼𝐼)
̂ um ângulo raso:
Sendo 𝑀
𝛼 + 𝛽 + 90° = 180°
𝛼 + 𝛽 = 90° (𝐼𝐼𝐼)
Fazendo (𝐼𝐼𝐼) − (𝐼𝐼):
𝛼−𝛾 =0⇒𝛼 =𝛾
Fazendo (𝐼𝐼𝐼) − (𝐼):

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 86


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𝛽−𝜃 =0⇒𝛽 =𝜃

Os triângulos 𝐴𝐶𝑀 e 𝐵𝑀𝐷 são semelhantes, logo:


𝑎 𝑀𝐵
=
𝐴𝑀 𝑏

𝑎𝑏 = 𝑀𝐵 ∙ 𝐴𝑀
Como 𝐴𝑀 = 𝑀𝐵 = 𝑥, temos:
𝑥 2 = 𝑎𝑏 ⇒ 𝑥 = √𝑎𝑏
Assim, a medida de ̅̅̅̅
𝐴𝐵 é dada por:
𝐴𝐵 = 2𝑥 = 2√𝑎𝑏
Gabarito: 𝑨𝑩 = 𝟐√𝒂𝒃
25. Na figura abaixo temos 𝑴𝑩̂ 𝑪 = 𝑩𝑨
̂ 𝑪, 𝑨𝑩 = 𝟑, 𝑩𝑪 = 𝟐 e 𝑨𝑪 = 𝟒. Calcule as medidas dos
̅̅̅̅̅ e ̅̅̅̅̅
segmentos 𝑴𝑪 𝑴𝑩.

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 87


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Resolução:

Os triângulos 𝐵𝑀𝐶 e 𝐴𝐵𝐶 são semelhantes, pois todos os ângulos internos são
congruentes:

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 88


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Fazendo a semelhança dos triângulos:


Δ𝐴𝐵𝐶~Δ𝐵𝑀𝐶
𝐴𝐵 𝐵𝑀
=
𝐴𝐶 𝐵𝐶
3 𝑦
=
4 2
3
𝑦=
2
𝐴𝐶 𝐵𝐶
=
𝐵𝐶 𝑀𝐶
4 2
=
2 𝑥

𝑥=1
Gabarito: 𝑴𝑪 = 𝟏 e 𝑴𝑩 = 𝟑/𝟐

5. Razões Trigonométricas no Triângulo Retângulo


Um triângulo é classificado como triângulo retângulo quando um de seus ângulos for igual
a 90°:

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 89


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No triângulo retângulo, chamamos de hipotenusa o lado 𝐵𝐶 e de catetos os lados 𝐴𝐵 e


𝐴𝐶.
Na trigonometria temos as razões trigonométricas seno, cosseno e tangente. Além dessas,
temos as razões secante, cossecante e cotangente. Elas são dadas por:
𝑐𝑎𝑡𝑒𝑡𝑜 𝑜𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜 𝐴𝐶 𝑏
𝑠𝑒𝑛𝛼 = = =
ℎ𝑖𝑝𝑜𝑡𝑒𝑛𝑢𝑠𝑎 𝐵𝐶 𝑎
𝑐𝑎𝑡𝑒𝑡𝑜 𝑎𝑑𝑗𝑎𝑐𝑒𝑛𝑡𝑒 𝐴𝐵 𝑐
𝑐𝑜𝑠𝛼 = = =
ℎ𝑖𝑝𝑜𝑡𝑒𝑛𝑢𝑠𝑎 𝐵𝐶 𝑎
𝑐𝑎𝑡𝑒𝑡𝑜 𝑜𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜 𝐴𝐶 𝑏
𝑡𝑔𝛼 = = =
𝑐𝑎𝑡𝑒𝑡𝑜 𝑎𝑑𝑗𝑎𝑐𝑒𝑛𝑡𝑒 𝐴𝐵 𝑐
1 𝑎
𝑠𝑒𝑐𝛼 = =
𝑐𝑜𝑠𝛼 𝑐
1 𝑎
𝑐𝑜𝑠𝑠𝑒𝑐𝛼 = =
𝑠𝑒𝑛𝛼 𝑏
1 𝑐
𝑐𝑜𝑡𝑔𝛼 = =
𝑡𝑔𝛼 𝑏
Perceba que também podemos escrever tangente como:
𝑏
𝑏 𝑎 𝑠𝑒𝑛𝛼
𝑡𝑔𝛼 = = 𝑐 =
𝑐 𝑐𝑜𝑠𝛼
𝑎
𝒔𝒆𝒏𝜶
𝒕𝒈𝜶 =
𝒄𝒐𝒔𝜶
Para a cotangente, temos:
𝑐
𝑐 𝑎 𝑐𝑜𝑠𝛼
𝑐𝑜𝑡𝑔𝛼 = = =
𝑏 𝑏 𝑠𝑒𝑛𝛼
𝑎

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 90


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𝒄𝒐𝒔𝜶
𝒄𝒐𝒕𝒈𝜶 =
𝒔𝒆𝒏𝜶

Ainda, das relações do triângulo retângulo, temos o Teorema de Pitágoras:


𝒂𝟐 = 𝒃𝟐 + 𝒄𝟐
O Teorema de Pitágoras afirma que o quadrado da hipotenusa é igual à soma dos
quadrados dos catetos.
Demonstração:
Considere o seguinte triângulo ABC:

Note que os triângulos ABC, ABD, CAD são semelhantes:

Assim, podemos escrever a seguinte razão de proporção entre os triângulos semelhantes:


𝑎 𝑏
𝐴𝐵𝐶~𝐴𝐷𝐶 ⇒ = ⇒ 𝑏2 = 𝑎𝑛
𝑏 𝑛
𝑎 𝑐
𝐴𝐵𝐶~𝐴𝐵𝐷 ⇒ = ⇒ 𝑐 2 = 𝑎𝑚
𝑐 𝑚
Somando essas duas relações, temos:

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 91


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𝑏2 + 𝑐 2 = 𝑎𝑛 + 𝑎𝑚
𝑏 2 + 𝑐 2 = 𝑎 (𝑛 + 𝑚 )
Como 𝑚 + 𝑛 = 𝑎, substituindo na equação, obtemos:
𝑏2 + 𝑐 2 = 𝑎2

5.1. Relação Fundamental


Dado o seguinte triângulo retângulo, temos:

𝑏
𝑠𝑒𝑛𝛼 = ⇒ 𝑏 = 𝑎 𝑠𝑒𝑛𝛼
𝑎
𝑐
𝑐𝑜𝑠𝛼 = ⇒ 𝑐 = 𝑎 𝑐𝑜𝑠𝛼
𝑎
Usando o Teorema de Pitágoras, encontramos a relação fundamental entre seno e
cosseno:
𝑎2 = 𝑏2 + 𝑐 2
𝑎2 = (𝑎𝑠𝑒𝑛𝛼 )2 + (𝑎𝑐𝑜𝑠𝛼 )2
𝑎2 = 𝑎2 𝑠𝑒𝑛2 𝛼 + 𝑎2 cos2 𝛼
𝒔𝒆𝒏𝟐 𝜶 + 𝐜𝐨𝐬𝟐 𝜶 = 𝟏

5.2. Ângulos Complementares


Das relações do triângulo, temos:

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 92


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𝐴̂ + 𝐵̂ + 𝐶̂ = 𝜋
Na figura, 𝐴̂ = 𝜋/2. Substituindo na equação acima:
𝜋
+ 𝐵̂ + 𝐶̂ = 𝜋
2
𝜋
𝐵̂ + 𝐶̂ =
2
⇒𝑩 ̂ 𝐞𝑪̂ são complementares
Dessa relação, temos as seguintes consequências:
𝑏 𝑏
𝑠𝑒𝑛𝛼 = 𝑒 𝑐𝑜𝑠𝛽 =
𝑎 𝑎
⇒ 𝑠𝑒𝑛𝛼 = 𝑐𝑜𝑠𝛽
𝑐 𝑐
𝑠𝑒𝑛𝛽 = 𝑒 𝑐𝑜𝑠𝛼 =
𝑎 𝑎
⇒ 𝑠𝑒𝑛𝛽 = 𝑐𝑜𝑠𝛼
𝑏 𝑏
𝑡𝑔𝛼 = 𝑒 𝑐𝑜𝑡𝑔𝛽 =
𝑐 𝑐
1
⇒ 𝑡𝑔𝛼 = 𝑐𝑜𝑡𝑔𝛽 =
𝑡𝑔𝛽
𝑐 𝑐
𝑡𝑔𝛽 = 𝑒 𝑐𝑜𝑡𝑔𝛼 =
𝑏 𝑏
1
⇒ 𝑡𝑔𝛽 = 𝑐𝑜𝑡𝑔𝛼 =
𝑡𝑔𝛼

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 93


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𝝅
𝜶+𝜷 =
𝟐

𝑠𝑒𝑛𝛼 = 𝑐𝑜𝑠𝛽

𝑠𝑒𝑛𝛽 = 𝑐𝑜𝑠𝛼

1
𝑡𝑔𝛼 =
𝑡𝑔𝛽

1
𝑡𝑔𝛽 =
𝑡𝑔𝛼

5.3. Ângulos Notáveis


Os ângulos 𝜋/6, 𝜋/4 e 𝜋/3 são considerados ângulos notáveis. Vamos calcular o valor do
seno, cosseno e tangente desses ângulos.
1) 𝜋/4:
Considere o seguinte triângulo isósceles:

Através do Teorema de Pitágoras, podemos escrever:


𝑎2 = 𝑏2 + 𝑏2
𝑎2 = 2𝑏2
𝑎 = √2𝑏
Usando a definição de seno, cosseno e tangente, obtemos:

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 94


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𝜋 𝑏 𝑏 √2
𝑠𝑒𝑛 ( ) = = =
4 𝑎 √2𝑏 2
𝜋 𝑏 𝑏 √2
𝑐𝑜𝑠 ( ) = = =
4 𝑎 √2𝑏 2
𝜋 𝑏
𝑡𝑔 ( ) = = 1
4 𝑏

2) 𝜋/6 e 𝜋/3:
Agora, considere o triângulo equilátero:

Usando o Teorema de Pitágoras no triângulo ABD, temos:


𝑎 2
𝑎 2 = ℎ2 + ( )
2
2
3𝑎
ℎ2 =
4
√3
ℎ= 𝑎
2
Calculando o valor do seno, cosseno e tangente dos ângulos 𝜋/6 e 𝜋/3:
𝜋 ℎ √3
𝑠𝑒𝑛 ( ) = =
3 𝑎 2
𝑎
𝜋 1
cos ( ) = 2 =
3 𝑎 2

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 95


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𝜋 ℎ
𝑡𝑔 ( ) = 𝑎 = √3
3
2
𝑎
𝜋 1
𝑠𝑒𝑛 ( ) = 2 =
6 𝑎 2
𝜋 ℎ √3
cos ( ) = =
6 𝑎 2
𝑎 𝑎
𝜋 √3
𝑡𝑔 ( ) = = 2 =
2
6 ℎ √3 3
𝑎
2
Podemos construir a tabela dos ângulos notáveis:

𝝅 𝝅 𝝅
𝟔 𝟒 𝟑

1 √2 √3
Seno
2 2 2

√3 √2 1
Cosseno
2 2 2

√3
Tangente 1 √3
3

Exercícios de Fixação
26. Dados os triângulos abaixo, calcule o valor dos lados que faltam:
a)

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 96


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b)

Resolução:
a) Conhecemos o valor do 𝑠𝑒𝑛(𝜋/4), podemos calcular o valor dos catetos usando a
seguinte razão:
𝜋 𝐴𝐵 𝜋
𝑠𝑒𝑛 ( ) = ⇒ 𝐴𝐵 = 2𝑠𝑒𝑛 ( )
4 2 4
2√2
𝐴𝐵 = = √2
2

b) Basta aplicar o Teorema de Pitágoras:


𝐴𝐶 2 = 42 + 32
𝐴𝐶 = √25 = 5
Gabarito: a) 𝑨𝑩 = √𝟐 b) 𝑨𝑪 = 𝟓

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 97


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5. QUESTÕES NÍVEL 1
1. (ESA/2015)

Em um triângulo retângulo de lados 𝟗 𝒎, 𝟏𝟐 𝒎 e 𝟏𝟓 𝒎, a altura relativa ao maior lado será:

a) 𝟕, 𝟐 𝒎

b) 𝟕, 𝟖 𝒎

c) 𝟖, 𝟔 𝒎

d) 𝟗, 𝟐 𝒎

e) 𝟗, 𝟔 𝒎

2. (ESA/2015)
Num triângulo retângulo cujos catetos medem √𝟖 e √𝟗, a hipotenusa mede

a) √𝟏𝟎

b) √𝟏𝟏

c) √𝟏𝟑

d) √𝟏𝟕

e) √𝟏𝟗

3. (ESA/2006)

O ângulo convexo formado pelos ponteiros de um relógio às 14h25min é igual a:

a) 𝟖𝟔°𝟑𝟎′

b) 𝟒𝟔°𝟑𝟎′

c) 𝟕𝟕°𝟑𝟎′

d) 𝟖𝟗°𝟔𝟎′

e) 𝟏𝟐°𝟑𝟎′

4. (ESA/2005)

Chama-se passo a distância entre dois sulcos consecutivos de um parafuso. Ao dar-se uma volta
completa (𝜶 = 𝟑𝟔𝟎°) em uma chave que o aperta, o parafuso penetra 1 passo no corpo onde está

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 98


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preso. Na situação ao lado, para apertar completamente o parafuso até que sua cabeça encoste na
superfície “s” deve-se girar o parafuso, em graus

a) 468°

b) 1872°
c) 1440°

d) 117°

e) 1989°

5. (EEAR/2018)

O complemento do suplemento do ângulo de 𝟏𝟏𝟐° mede

a) 𝟏𝟖°
b) 𝟐𝟖°

c) 𝟏𝟐°

d) 𝟐𝟐°

6. (EEAR/2017)

Se 𝑨𝑩𝑪 é um triângulo, o valor de 𝜶 é

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 99


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a) 𝟏𝟎°

b) 𝟏𝟓°
c) 𝟐𝟎°

d) 𝟐𝟓°

7. (EEAR/2017)

No quadrilátero 𝑨𝑩𝑪𝑫, o valor de 𝒚 − 𝒙 é igual a

a) 𝟐𝒙

b) 𝟐𝒚
𝒙
c) 𝟐
𝒚
d) 𝟐

8. (EEAR/2016)

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 100


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̂e𝑩
Os ângulos 𝑨 ̂ são congruentes. Sendo 𝑨
̂ = 𝟐𝒙 + 𝟏𝟓° e 𝑩
̂ = 𝟓𝒙 − 𝟗°. Assinale a alternativa que
representa, corretamente, o valor de 𝒙.

a) 𝟐°

b) 𝟖°

c) 𝟏𝟐°

d) 𝟐𝟒°

9. (EEAR/2016)

Sabe-se que a hipotenusa de um triângulo retângulo tem 𝟓√𝟓 cm de comprimento e a soma dos
catetos é igual a 15 cm. As medidas, em cm, dos catetos são

a) 6 e 9
b) 2 e 13

c) 3 e 12

d) 5 e 10

10. (EEAR/2016)

Uma escada é apoiada em uma parede perpendicular ao solo, que por sua vez é plano. A base da
escada, ou seja, seu contato com o chão, dista 10m da parede. O apoio dessa escada com a parede
está a uma altura de 𝟏𝟎√𝟑m do solo. Isto posto, o ângulo entre a escada e o solo é de

a) 𝟔𝟎°

b) 𝟒𝟓°

c) 𝟑𝟎°

d) 𝟏𝟓°

11. (EEAR/2016)

Um triângulo ABC de base 𝑩𝑪 = (𝒙 + 𝟐) tem seus lados AB e AC medindo, respectivamente,


(𝟑𝒙 − 𝟒) 𝒆 (𝒙 + 𝟖). Sendo este triângulo isósceles, a medida da base BC é

a) 𝟒
b) 𝟔

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 101


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c) 𝟖

d) 𝟏𝟎

12. (EEAR/2015)
̂
𝒔𝒆𝒏 𝑩
Em um triângulo ABC, retângulo em C, a razão ̂
é igual a
𝐜𝐨𝐬 𝑨
𝑨𝑪
a) 𝑩𝑪
𝑨𝑩
b) 𝑨𝑪

c) 𝟏

d) 𝟐

13. (EEAR/2015)

Seja 𝑨𝑩𝑪 um triângulo isósceles de base 𝑩𝑪 = (𝒙 + 𝟑)𝒄𝒎, com 𝑨𝑩 = (𝒙 + 𝟒)𝒄𝒎 e 𝑨𝑪 =


(𝟑𝒙 − 𝟏𝟎)𝒄𝒎. A base de 𝑨𝑩𝑪 mede cm.

a) 𝟒

b) 𝟔

c) 𝟖

d) 𝟏𝟎

14. (EEAR/2013)

Em um triângulo retângulo, a hipotenusa é o dobro de um cateto. O ângulo oposto a esse cateto


mede

a) 𝟐𝟎°

b) 𝟑𝟎°

c) 𝟒𝟓°

d) 𝟔𝟎°

15. (EEAR/2012)
̂ 𝒊 é 68° e do ângulo externo 𝑺
Num triângulo 𝜟𝑹𝑺𝑻 a medida do ângulo interno 𝑹 ̂𝒆 é 105° Então o
ângulo interno T mede:

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 102


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a) 𝟓𝟐°

b) 𝟒𝟓°

c) 𝟑𝟕°

d) 𝟑𝟎°

16. (EEAR/2012)

Considerando as medidas indicadas no triângulo, o valor de 𝒔𝒆𝒏(𝟒𝟐°) + 𝒔𝒆𝒏(𝟒𝟖°) é

a) 1,41

b) 1,67

c) 1,74

d) 1,85

17. (EEAR/2011)

Em um triângulo retângulo, um dos catetos mede 4 cm, e o ângulo que lhe é adjacente mede 𝟔𝟎°.
A hipotenusa desse triângulo, em cm, mede

a) 6

b) 7

c) 8

d) 9

18. (EEAR/2010)

Na figura, AH é altura do triângulo ABC.

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 103


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Assim, o valor de x é:

a) 𝟐𝟎°

b) 𝟏𝟓°

c) 𝟏𝟎°

d) 𝟓°

19. (EEAR/2009)

Na figura, ̅̅̅̅
𝑩𝑪 = 𝟐 𝒄𝒎.

Assim, a medida de ̅̅̅̅


𝑨𝑩, em cm, é
a) 𝟐√𝟑

b) 𝟒√𝟐

c) 𝟓√𝟐

d) 𝟑√𝟑

20. (EEAR/2008)

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 104


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Um triângulo 𝜟𝑨𝑩𝑪 tem dois lados congruentes que formam entre si um ângulo de 𝟒𝟐°. Um dos
outros dois ângulos internos desse triângulo medem

a) 𝟑𝟗°

b) 𝟒𝟖°

c) 𝟓𝟖°

d) 𝟔𝟗°

21. (EEAR/2008)

O triângulo cujos lados medem 𝟔𝒄𝒎, 𝟕𝒄𝒎 𝒆 𝟏𝟎𝒄𝒎 é classificado como

a) equilátero e retângulo.
b) escaleno e acutângulo.

c) isósceles e acutângulo.

d) escaleno e obtusângulo.

22. (EEAR/2008)

Na figura, 𝑨𝑩 = 𝑨𝑪 e 𝑩𝑪 = 𝑪𝑴. O valor de x é:

a) 𝟓𝟎°

b) 𝟒𝟓°

c) 𝟒𝟐°

d) 𝟑𝟖°

23. (EEAR/2008)
̂ ) = 𝟏 ⋅ 𝒔𝒆𝒏(𝑪
Em um triângulo ABC, retângulo em A, a hipotenusa mede 𝟓 𝒅𝒎 e 𝒔𝒆𝒏(𝑩 ̂ ). Nessas
𝟐
condições, o maior cateto mede, em dm,

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 105


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a) 𝟑

b) 𝟒

c) √𝟓

d) 𝟐√𝟓

24. (EEAR/2006)

Em um triângulo 𝑨𝑩𝑪, o ângulo externo de vértice A mede 𝟏𝟏𝟔°. Se a diferença entre as medidas
dos ângulos internos 𝑩 e 𝑪 é 𝟑𝟎°, então o maior ângulo interno do triângulo mede:

a) 𝟕𝟓°.

b) 𝟕𝟑°.
c) 𝟕𝟎°.

d) 𝟔𝟖°.

25. (EEAR/2006)

Sejam as relações métricas no triângulo ABC:

I – 𝒃𝟐 = 𝒂 ⋅ 𝒙
̂
II – 𝒂𝟐 = 𝒃𝟐 + 𝒄𝟐 − 𝟐 ⋅ 𝒃 ⋅ 𝒄 ⋅ 𝒄𝒐𝒔 𝑨

III – 𝒉 = 𝒙 ⋅ 𝒚
𝟏 𝟏 𝟏
IV – 𝒉𝟐 = 𝒃𝟐 + 𝒄𝟐

Se o triângulo ABC é retângulo em A, então o número de relações verdadeiras acima é


a) 1

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 106


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b) 2

c) 3

d) 4

26. (EEAR/2005)

Em um triângulo retângulo, o quadrado da medida da hipotenusa é igual ao dobro do produto das


medidas dos catetos. Um dos ângulos agudos desse triângulo mede

a) 𝟏𝟓°

b) 𝟑𝟎°

c) 𝟒𝟓°
d) 𝟔𝟎°

27. (EEAR/2005)

Num triângulo retângulo, a hipotenusa mede 20m, e um dos catetos, 10m. A medida da projeção
deste cateto sobre a hipotenusa, em metros, é igual a

a) 5

b) 6

c) 7

d) 8

28. (EEAR/2004)

Na figura, ̅̅̅̅
𝑬𝑫 ∥ ̅̅̅̅ ̂ 𝑩) = 𝟖𝟎° e 𝒎𝒆𝒅(𝑪𝑩
𝑩𝑪 , 𝒎𝒆𝒅(𝑬𝑨 ̂ 𝑨) = 𝟑𝟓°. Assim, a medida de 𝑫𝑬
̂𝑨 é

a) 𝟏𝟎𝟎°.

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 107


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b) 𝟏𝟏𝟎°.

c) 𝟏𝟏𝟓°.

d) 𝟏𝟐𝟎°.

29. (EEAR/2004)

A figura 𝑨𝑩𝑪𝑫 é um quadrado, e 𝑨𝑩𝑬 é um triângulo equilátero.

̂ 𝑪 é:
Nessas condições, a medida do ângulo 𝑬𝑫

a) 𝟓°

b) 𝟏𝟎°

c) 𝟏𝟓°

d) 𝟐𝟎°

30. (EEAR/2004)
̂ 𝑩 é:
Se 𝑨𝑩𝑪𝑫 é um quadrado e 𝑩𝑬𝑪 é um triângulo equilátero, então a medida do ângulo 𝑬𝑨

a) 𝟕𝟓°

b) 𝟔𝟎°

c) 𝟑𝟎°
d) 𝟖𝟓°

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 108


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31. (EEAR/2004)

O perímetro de um triângulo retângulo é 30 cm. Se a soma das medidas dos catetos é 17 cm, e a
soma das medidas da hipotenusa e do cateto menor é 18 cm, então a medida, em cm, do cateto
maior é

a) 8

b) 9

c) 12

d) 15

32. (EEAR/2004)
Na figura, são retângulos em E e em C, respectivamente, os triângulos AEP e ACB. Se 𝒙 = 𝟑𝟎°, então
̅̅̅̅, em cm, é
a medida de 𝑷𝑬

a) 𝟏𝟎

b) 𝟓√𝟑

c) 𝟏𝟎√𝟑
𝟐𝟎√𝟑
d) 𝟑

33. (EEAR/2004)

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 109


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O círculo da figura tem centro O e raio r.

𝟓𝒓
Sabendo-se que ̅̅̅̅
𝑷𝑸 equivale a 𝟏𝟐 e é tangente ao círculo no ponto P, o valor de 𝒔𝒆𝒏 𝜶 é
𝟓
a) 𝟏𝟐
𝟓
b) 𝟏𝟑
𝟏𝟐
c) 𝟏𝟑

d) 𝟎, 𝟒𝟖

34. (EEAR/2004)

Num triângulo retângulo, o menor cateto mede 1,5 cm, e a medida da projeção do maior cateto
sobre a hipotenusa é 1,6 cm. O valor da secante do maior ângulo agudo desse triângulo é
𝟒
a) 𝟑
𝟓
b) 𝟑
𝟒
c) 𝟓
𝟕
d) 𝟓

35. (EEAR/2003)

Considere:

I. Um triângulo isósceles 𝑷𝑹𝑸, de base 𝑷𝑸 e altura 𝑹𝑯.

II. Dois pontos 𝑻 e 𝑺 sobre 𝑹𝑯, de tal modo que o triângulo 𝑷𝑻𝑸 seja eqüilátero e o triângulo 𝑷𝑺𝑸
seja retângulo em S.

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 110


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̂ ê
Considerando somente os ângulos internos dos triângulos, se somarmos as medidas de 𝑹 𝑺,
̂ . Sendo assim, a medida do ângulo 𝑻𝑷
obteremos o dobro da medida de 𝑻 ̂ 𝑹 é:

a) 𝟓°

b) 𝟏𝟓°

c) 𝟑𝟎°

d) 𝟒𝟓°

36. (EEAR/2003)

Na figura, 𝑨𝑩 = 𝑨𝑪, M é o ponto de encontro das bissetrizes dos ângulos do triângulo ABC e o
ângulo 𝑩𝑴̂ 𝑪 é o triplo do ângulo 𝑨
̂ , então a medida de 𝑨
̂ é:

a) 𝟏𝟓°

b) 𝟏𝟖°

c) 𝟐𝟒°

d) 𝟑𝟔°

37. (EEAR/2003)
̂ 𝑭 = 𝟑𝟖° e 𝑬𝑭
Um triângulo 𝜟𝑫𝑬𝑭 tem 𝑫𝑬 ̂ 𝑫 = 𝟕𝟒°. O ângulo que a bissetriz DG forma com a
altura DH mede:

a) 𝟏𝟖°

b) 𝟐𝟎°

c) 𝟐𝟔°𝟑𝟎′

d) 𝟑𝟒°

38. (EEAR/2003)
Na figura, x − y é igual a

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 111


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a) 𝟏𝟓°

b) 𝟐𝟎°

c) 𝟑𝟎°

d) 𝟑𝟓°

39. (EEAR/2003)
De acordo com os dados nos triângulos retângulos CAB e CAD, é correto afirmar que

a) 𝒙 = 𝒚

b) 𝒙 = 𝟑𝒚

c) 𝒙 = 𝟐𝒚
𝟑𝒚
d) 𝒙 = 𝟐

40. (EEAR/2003)

Nesta figura, as retas 𝒓 e 𝒔 são paralelas entre si.

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 112


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Os valores de 𝒙, 𝒚 e 𝒛 são, respectivamente

a) 𝟐𝟑°𝟒𝟓′ , 𝟖𝟓° e 𝟗𝟓°.

b) 𝟐𝟓°, 𝟗𝟎° e 𝟗𝟎°.

c) 𝟐𝟑°𝟕′ 𝟏𝟓′′, 𝟗𝟓° e 𝟖𝟓°.

d) 𝟐𝟔°𝟏𝟓′ , 𝟖𝟓° e 𝟗𝟓°.

41. (EEAR/2003)

Observando as figuras abaixo, o valor, em graus, de 𝒙 – 𝒚 é

a) 𝟐𝟓

b) 𝟐𝟎

c) 𝟏𝟓

d) 𝟏𝟎

42. (EEAR/2003)
Na figura, 𝒓 ∥ 𝒔 e 𝒕 ⊥ 𝒖.

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 113


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O valor de 𝒂 − 𝒃 é

a) 𝟏𝟎𝟎°

b) 𝟗𝟎°

c) 𝟖𝟎°

d) 𝟕𝟎°

43. (EEAR/2003)

Seja 𝜶 um ângulo agudo. Se somarmos a medida de um ângulo reto à medida de 𝜶 e, em seguida,


subtrairmos dessa soma a medida do suplemento de 𝜶, obteremos sempre a medida de um ângulo

a) nulo, qualquer que seja a medida de 𝜶.

b) reto, qualquer que seja a medida de 𝜶.

c) agudo, desde que 𝟒𝟓° < 𝜶 < 𝟗𝟎°.

d) raso, desde que 𝜶 < 𝟒𝟓°.

44. (EEAR/2002)
̂ . Se 𝑨
Na figura, 𝑩𝑵 é a bissetriz do ângulo 𝑩 ̂ = 𝟓𝟎° e 𝑪
̂ = 𝟑𝟎°, então a medida 𝒙 do ângulo 𝑯𝑩
̂𝑵
é

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 114


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a) 𝟓°

b) 𝟏𝟎°

c) 𝟏𝟓°

d) 𝟐𝟎°

45. (EEAR/2002)

Os números 𝟐𝒙 + 𝟏𝟎°, 𝟑𝒙, 𝟑𝒙 − 𝟐𝟎° são medidas em graus dos ângulos de um triângulo. Esse
triângulo pode ser classificado em

a) acutângulo.

b) equiângulo.

c) retângulo.

d) obtusângulo.

46. (EEAR/2002)

A soma das medidas dos ângulos internos 𝑨, 𝑩, 𝑪, 𝑫 e 𝑬 da figura é

a) 𝟏𝟐𝟎°

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 115


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b) 𝟏𝟖𝟎°

c) 𝟑𝟔𝟎°

d) 𝟓𝟒𝟎°

47. (EEAR/2002)

É falso afirmar:
̂ é um ângulo raso, então 𝑶𝑨 e 𝑶𝑩 são semirretas opostas.
a) Se 𝑨𝑶𝑩
̂ é um ângulo nulo, então 𝑶𝑨 e 𝑶𝑩 são semirretas opostas.
b) Se 𝑨𝑶𝑩

c) Dois ângulos adjacentes, cujos lados não comuns são semirretas opostas, somam 𝟏𝟖𝟎°.

d) Dois ângulos adjacentes são sempre consecutivos.

48. (EEAR/2002)

Duas retas paralelas são cortadas por uma transversal, de modo que a soma dos ângulos agudos
formados vale 𝟏𝟒𝟒°. Então a diferença entre as medidas de um ângulo obtuso e de um agudo é

a) 𝟖𝟓°

b) 𝟗𝟐°

c) 𝟏𝟎𝟖°

d) 𝟏𝟏𝟔°

49. (EEAR/2002)

Duas réguas de madeira, AB e CD, com 8 cm cada uma estão ligadas em suas extremidades por dois
fios, formando o retângulo ABCD (fig. 1). Mantendo-se fixa a régua AB e girando-se 𝟏𝟖𝟎° a régua CD
em torno do seu ponto médio, sem alterar os comprimentos dos fios, obtêm-se dois triângulos
congruentes AIB e CID (fig.2).

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 116


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A distância, em cm, entre as duas réguas, nessa nova posição (fig.2) é

a) 𝟓√𝟑

b) 𝟓√𝟐
c) 5

d) 6

50. (EEAR/2002)

Os lados congruentes de um triângulo isósceles medem 50 cm cada. Se a medida da altura equivale


𝟏𝟐
a 𝟕 da medida da base, então a medida da base, em cm, é

a) 14

b) 25

c) 28

d) 50

51. (EEAR/2002)
̅̅̅̅ mede 1, 5 cm e a altura traçada sobre a hipotenusa
Num triângulo ABC retângulo em A, o cateto 𝑨𝑪
determina o segmento ̅̅̅̅̅
𝑯𝑩 que mede 1, 6 cm. O valor da secante do ângulo interno C é
𝟒
a) 𝟑
𝟓
b) 𝟒
𝟒
c) 𝟓
𝟓
d) 𝟑

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 117


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52. (EEAR/2001)

Na figura, ̅̅̅̅
𝑨𝑫 = 𝟐 𝒄𝒎 e ̅̅̅̅
𝑨𝑩 = 𝟒 𝒄𝒎. O valor de 𝒄𝒐𝒔 𝜶 no triângulo ABC é

𝟏
a) 𝟐
√𝟑
b) 𝟑
√𝟑
c) 𝟐
√𝟑
d) − 𝟐

53. (EEAR/2001)
̂ ) = 𝟏 𝒔𝒆𝒏(𝑪
Em um triângulo retângulo a hipotenusa mede 𝟓 𝒄𝒎 e o 𝒔𝒆𝒏(𝑩 ̂ ). O maior cateto mede,
𝟐
em cm:

a) √𝟑

b) √𝟓

c) 𝟐√𝟑

d) 𝟐√𝟓

54. (EEAR/2001)

Se os ângulos internos de um triângulo estão em PA (progressão aritmética) e o menor deles é a


metade do maior, então o valor do maior ângulo, em graus, é:

a) 𝟖𝟎
b) 𝟗𝟎

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 118


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c) 𝟏𝟎𝟎

d) 𝟏𝟐𝟎

55. (EEAR/2001)

Se na figura, 𝑨𝑩 = 𝑨𝑪 e 𝑩𝑪 = 𝑪𝑫 = 𝑫𝑨, então o valor do ângulo 𝜶, em graus, é:

a) 𝟑𝟎

b) 𝟑𝟔

c) 𝟒𝟓

d) 𝟔𝟎

56. (EEAR/2000)

Na figura 𝑩𝑨//𝑬𝑭. A medida de 𝑿 é:

a) 𝟏𝟎𝟓°

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 119


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b) 𝟏𝟎𝟔°

c) 𝟏𝟎𝟕°

d) 𝟏𝟎𝟖°

57. (CN/2012)

Observe a figura a seguir.

Na figura acima, sabe-se que 𝒌 > 𝟑𝟔°. Qual é o menor valor natural da soma 𝒙 + 𝒚 + 𝒛 + 𝒕, sabendo
que tal soma deixa resto 4, quando dividida por 5, e resto 11, quando dividida por 12?

a) 479°

b) 539°

c) 599°

d) 659°

e) 719°

58. (CN/2005)

Num triângulo ABC, AB = AC, o ponto D interno ao lado AC é determinado de modo que DC = BC.
Prolonga-se o lado BC (no sentido de B para C) até o ponto E de modo que CE = BC. Se o ângulo 𝑨𝑩𝑫
mede 12°, qual a medida, em graus, do ângulo BAC?

a) 100

b) 88

c) 76
d) 54

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 120


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e) 44

59. (CN/2003)

Num triângulo acutângulo isósceles ABC, o segmento BP, P interno ao segmento AC, forma com o
lado BA um ângulo de 15°. Quanto mede o maior ângulo de PBC, sabendo que os triângulos ABP e
ABC são semelhantes?

a) 65,5°

b) 82,5°

c) 97,5°

d) 135°

e) 150°

60. (CN/1999)

O número de triângulos que podemos construir com lados medindo 5, 8 e 𝒙, 𝒙 ∈ ℕ∗ , de tal forma
que seu ortocentro seja interno ao triângulo é:

a) 3

b) 4

c) 5

d) 6

e) 7

61. (CN/1999)

Dados os casos clássicos de congruência de triângulos A.L.A., L.A.L., L.L.L. e L.A.Ao onde L = lado, A =
ângulo e Ao = ângulo oposto ao lado dado, complete corretamente as lacunas das sentenças abaixo
e assinale a alternativa correta.

I. Para se mostrar que a mediatriz de um segmento AB é o lugar geométrico dos pontos do plano
equidistantes dos extremos A e B, usa-se o caso ____ de congruência de triângulos.

II. Para se mostrar que a bissetriz de um ângulo AÊC tem seus pontos equidistantes dos lados BA e
BC desse ângulo, sem usar o teorema da soma dos ângulos internos de um triângulo, usa-se o caso
____ de congruência de triângulos.
a) L.A.L. / A.L.A.

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 121


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b) L.A.L. / L.A.Ao.

c) L.L.L. / L.A.Ao.

d) L.A.Ao. / L.A.L.

e) A.L.A. / L.L.L.

62. (CN/1998)

Uma cidade B encontra-se 600 km a leste de uma cidade A; e uma cidade C encontra-se 500km ao
norte da mesma cidade A. Um ônibus parte de B, com velocidade constante em linha reta e na
direção da cidade A. No mesmo instante e com velocidade constante igual à do ônibus, um carro,
também em linha reta, parte de C para interceptá-lo. Aproximadamente a quantos quilômetros de
A, o carro alcançará o ônibus?

a) 92

b) 94

c) 96

d) 98

e) 100

63. (CN/2023)

O relógio analógico de um camarote da Fragata Liberal foi acertado exatamente às 18 horas. Qual
será o menor ângulo entre os ponteiros desse relógio, quando o ponteiro menor tiver percorrido
um ângulo de 𝟑𝟔°?

a) 𝟕𝟐°

b) 𝟗𝟎°

c) 𝟏𝟎𝟖°

d) 𝟏𝟐𝟔°

e) 𝟏𝟒𝟒°

GABARITO
1. a
2. d

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 122


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3. c
4. b
5. d
6. b
7. c
8. b
9. d
10. a
11. c
12. c
13. d
14. b
15. c
16. a
17. c
18. c
19. b
20. d
21. d
22. d
23. d
24. b
25. c
26. c
27. a
28. c
29. c
30. a
31. c
32. a
33. b
34. b
35. b
36. d
37. a
38. c
39. c
40. a
41. b

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 123


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42. b
43. c
44. b
45. a
46. b
47. b
48. c
49. d
50. c
51. d
52. d
53. d
54. a
55. b
56. b
57. c
58. e
59. c
60. a
61. b
62. a
63. e

RESOLUÇÃO
1. (ESA/2015)

Em um triângulo retângulo de lados 𝟗 𝒎, 𝟏𝟐 𝒎 e 𝟏𝟓 𝒎, a altura relativa ao maior lado será:

a) 𝟕, 𝟐 𝒎

b) 𝟕, 𝟖 𝒎

c) 𝟖, 𝟔 𝒎

d) 𝟗, 𝟐 𝒎

e) 𝟗, 𝟔 𝒎
Comentário:

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 124


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Observe que ∆𝐻𝐵𝐴 e ∆𝐴𝐵𝐶 são triângulos retângulos e que, além disso, 𝐻𝐵̂ 𝐴 = 𝐴𝐵̂ 𝐶. Portanto,
temos que ∆𝐻𝐵𝐴 ~ ∆𝐴𝐵𝐶. Logo, valem as relações:

𝐻𝐵 𝐵𝐴 𝑥 9 27
= ⇒ = ∴𝑥= .
𝐴𝐵 𝐵𝐶 9 15 5
Usando o teorema de Pitágoras no ∆𝐻𝐵𝐴, temos:

2 2 2 2
27 2 2
3 2 2
4 2 4 36
ℎ = 9 − 𝑥 = 9 − ( ) = 9 ⋅ [1 − ( ) ] = 9 ⋅ ( ) ⇒ ℎ = 9 ⋅ = ∴ ℎ = 7,2 𝑚.
5 5 5 5 5

Gabarito: “a”.

2. (ESA/2015)

Num triângulo retângulo cujos catetos medem √𝟖 e √𝟗, a hipotenusa mede

a) √𝟏𝟎
b) √𝟏𝟏

c) √𝟏𝟑

d) √𝟏𝟕

e) √𝟏𝟗
Comentário:
2 2
Teorema de Pitágoras. 𝑎2 = 𝑏 2 + 𝑐 2 = √8 + √9 = 8 + 9 = 17 ∴ 𝑎 = √17.

Gabarito: “d”.

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3. (ESA/2006)

O ângulo convexo formado pelos ponteiros de um relógio às 14h25min é igual a:

a) 𝟖𝟔°𝟑𝟎′

b) 𝟒𝟔°𝟑𝟎′

c) 𝟕𝟕°𝟑𝟎′

d) 𝟖𝟗°𝟔𝟎′

e) 𝟏𝟐°𝟑𝟎′
Comentários

Vamos definir o 0° na posição 12 do relógio. Se pensamos, às 14h o ponteiro das horas estará
na posição 60° e o ponteiro dos minutos estará na posição 0°. Entretanto, às 14h25, terá se
passado 25/60 = 5/12 de uma hora. Assim, como em uma hora o ponteiro das horas gira:

360°
= 30°
12
Então, passados 5/12 de uma hora, o ponteiro das horas terá girado de:

5 25°
⋅ 30° =
12 2
Então sua nova posição será 60° + 25°/2 = 72,5°.

Agora, pensando no ponteiro dos minutos, sabemos que em uma hora ele gira 360°. Portanto,
em 5/12 de uma hora, ele terá girado:

5
⋅ 360° = 150°
12
E essa é sua posição final (14h25).

Portanto, o ângulo convexo entre estes (menor que 180°) é:

150° − 72,5° = 77,5° = 77°30′

Gabarito: “c”.

4. (ESA/2005)

Chama-se passo a distância entre dois sulcos consecutivos de um parafuso. Ao dar-se uma volta
completa (𝜶 = 𝟑𝟔𝟎°) em uma chave que o aperta, o parafuso penetra 1 passo no corpo onde está
preso. Na situação ao lado, para apertar completamente o parafuso até que sua cabeça encoste na
superfície “s” deve-se girar o parafuso, em graus

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 126


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a) 468°

b) 1872°

c) 1440°
d) 117°

e) 1989°
Comentários

Se precisamos que o parafuso entre ℎ = 1,3 𝑐𝑚 então precisamos fazer a regra de 3, pois
sabemos que 360° faz com que o parafuso entre 0,25 cm.

360° 𝛼 130
= ⇒𝛼= ⋅ 360° ⇒ 𝛼 = 1872°
0,25 1,3 25

Gabarito: “b”.

5. (EEAR/2018)

O complemento do suplemento do ângulo de 𝟏𝟏𝟐° mede

a) 𝟏𝟖°

b) 𝟐𝟖°

c) 𝟏𝟐°

d) 𝟐𝟐°
Comentário:

suplemento de 112° = 180° − 112° = 68°.

complemento de 68° = 90° − 68° = 22°.

Gabarito: “d”.

6. (EEAR/2017)

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 127


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Se 𝑨𝑩𝑪 é um triângulo, o valor de 𝜶 é

a) 𝟏𝟎°
b) 𝟏𝟓°

c) 𝟐𝟎°

d) 𝟐𝟓°
Comentários

Com base na seguinte figura presente no enunciado, temos

Perceba no triângulo 𝛥𝐴𝐵𝐶 e a primeira relação:

3𝛼 + 𝐵̂ + 40° = 180°

3𝛼 + 𝐵̂ = 140°

No triângulo 𝛥𝐴𝐵𝐸 obtemos a segunda relação:

𝛼 + 𝐵̂ + 70° = 180°

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 128


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𝛼 + 𝐵̂ = 110°

Subtraindo a segunda relação da primeira temos:

3𝛼 + 𝐵̂ − (𝛼 + 𝐵̂ ) = 140° − 110°
2𝛼 = 30°
𝛼 = 15°

Gabarito: “b”.

7. (EEAR/2017)

No quadrilátero 𝑨𝑩𝑪𝑫, o valor de 𝒚 − 𝒙 é igual a

a) 𝟐𝒙

b) 𝟐𝒚
𝒙
c) 𝟐
𝒚
d) 𝟐
Comentários

Com base na seguinte figura presente no enunciado, temos

No triângulo 𝛥𝐵𝐷𝐶:

60° + 70° + 𝑥 = 180°

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 129


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𝑥 = 50°

No triângulo 𝛥𝐴𝐵𝐷 temos:

𝑦 + 𝑦 + 𝑥 − 20° = 180°

2𝑦 + 50° − 20° = 180°


2𝑦 = 150°

𝑦 = 75°

Temos, portanto, que 𝑦 − 𝑥 = 75° − 50° = 25°

50° 𝑥
𝑦 − 𝑥 = 25° = =
2 2
Gabarito: “c”.

8. (EEAR/2016)
̂e𝑩
Os ângulos 𝑨 ̂ são congruentes. Sendo 𝑨
̂ = 𝟐𝒙 + 𝟏𝟓° e 𝑩
̂ = 𝟓𝒙 − 𝟗°. Assinale a alternativa que
representa, corretamente, o valor de 𝒙.

a) 𝟐°

b) 𝟖°

c) 𝟏𝟐°

d) 𝟐𝟒°
Comentário:

𝐴̂ e 𝐵̂ congruentes ⇒ 𝐴̂ = 𝐵̂ ⇒ 2𝑥 + 15° = 5𝑥 − 9° ⇒ 3𝑥 = 24° ∴ 𝑥 = 8°

Gabarito: “b”.

9. (EEAR/2016)

Sabe-se que a hipotenusa de um triângulo retângulo tem 𝟓√𝟓 cm de comprimento e a soma dos
catetos é igual a 15 cm. As medidas, em cm, dos catetos são

a) 6 e 9

b) 2 e 13

c) 3 e 12

d) 5 e 10
Comentários

De acordo com o enunciado, temos a seguinte figura:

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 130


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Pelo enunciado temos:

𝑚 + 𝑛 = 15

𝑚 = 15 − 𝑛 𝑒𝑞. 1

Utilizando o Teorema de Pitágoras:


2
𝑚2 + 𝑛2 = (5√5) = 125 𝑒𝑞. 2

Substituindo a eq. 1 em eq. 2, obtemos:

(15 − 𝑛)2 + 𝑛2 = 125

(225 − 30𝑛 + 𝑛2 ) + 𝑛2 = 125

2 ⋅ 𝑛2 − 30 ⋅ 𝑛 + 100 = 0

Simplificando:

𝑛2 − 15𝑛 + 50 = 0

Aplicando o método de Bhaskara para resolver a equação de segundo grau em função de n:

−(−15) ± √(−15)2 − 4 ⋅ (1) ⋅ (50)


𝑛=
2 ⋅ (1)

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 131


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⇒ 𝑛 = 10 𝑜𝑢 𝑛 = 5

Substituindo os valores de n em eq. 1, obtemos:

Se n = 10:

𝑚 = 15 − (10) = 5 𝑚=5

Se n = 5:

𝑚 = 15 − (5) = 10

𝑚 = 10

Conclusão, os valores dos catetos são 5 e 10

Gabarito: “d”.

10. (EEAR/2016)

Uma escada é apoiada em uma parede perpendicular ao solo, que por sua vez é plano. A base da
escada, ou seja, seu contato com o chão, dista 10m da parede. O apoio dessa escada com a parede
está a uma altura de 𝟏𝟎√𝟑m do solo. Isto posto, o ângulo entre a escada e o solo é de

a) 𝟔𝟎°

b) 𝟒𝟓°

c) 𝟑𝟎°

d) 𝟏𝟓°
Comentários

De acordo com o enunciado, temos a seguinte figura:

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 132


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Observemos o valor de 𝑡𝑔(𝛼)

𝑐𝑎𝑡𝑒𝑡𝑜 𝑜𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜
𝑡𝑔(𝛼) =
𝑐𝑎𝑡𝑒𝑡𝑜 𝑎𝑑𝑗𝑎𝑐𝑒𝑛𝑡𝑒

10√3
⇒ 𝑡𝑔(𝛼) = = √3
10

Temos que 𝑡𝑔(𝛼) = √3 e, segundo a tabela de ângulos, o ângulo cuja tangente vale √3 vale 60°

⇒ 𝛼 = 60°

Gabarito: “a”.

11. (EEAR/2016)

Um triângulo ABC de base 𝑩𝑪 = (𝒙 + 𝟐) tem seus lados AB e AC medindo, respectivamente,


(𝟑𝒙 − 𝟒) 𝒆 (𝒙 + 𝟖). Sendo este triângulo isósceles, a medida da base BC é

a) 𝟒

b) 𝟔

c) 𝟖

d) 𝟏𝟎
Comentários

De acordo com o enunciado temos a seguinte figura:

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 133


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Sabemos que 𝐴𝐵 = 𝐴𝐶, logo:

𝐴𝐵 = 𝐴𝐶
3𝑥 − 4 = 𝑥 + 8
2𝑥 = 12
𝑥=6

Portanto temos:

𝐵𝐶 = 2 + 6 = 8

Gabarito: “c”.

12. (EEAR/2015)
̂
𝒔𝒆𝒏 𝑩
Em um triângulo ABC, retângulo em C, a razão ̂
é igual a
𝐜𝐨𝐬 𝑨
𝑨𝑪
a) 𝑩𝑪
𝑨𝑩
b) 𝑨𝑪

c) 𝟏

d) 𝟐
Comentários

De acordo com o enunciado, temos a seguinte figura:

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 134


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Aplicando diretamente a definição de seno e cosseno em um triângulo retângulo, obtemos:

𝑠𝑒𝑛 𝐵̂ 𝑏⁄𝑐 𝑏 𝑐
= = ⋅ =1
cos 𝐴̂ 𝑏⁄𝑐 𝑐 𝑏

Gabarito: “c”.

13. (EEAR/2015)

Seja 𝑨𝑩𝑪 um triângulo isósceles de base 𝑩𝑪 = (𝒙 + 𝟑)𝒄𝒎, com 𝑨𝑩 = (𝒙 + 𝟒)𝒄𝒎 e 𝑨𝑪 =


(𝟑𝒙 − 𝟏𝟎)𝒄𝒎. A base de 𝑨𝑩𝑪 mede cm.

a) 𝟒

b) 𝟔

c) 𝟖

d) 𝟏𝟎
Comentários

De acordo com o enunciado temos a seguinte figura:

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 135


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Sabemos que 𝐴𝐵 = 𝐴𝐶, logo:

𝐴𝐵 = 𝐴𝐶
𝑥 + 4 = 3𝑥 − 10
14 = 2𝑥
𝑥=7

Portanto, temos:

𝐵𝐶 = 3 + 7 = 10

Gabarito: “d”.

14. (EEAR/2013)

Em um triângulo retângulo, a hipotenusa é o dobro de um cateto. O ângulo oposto a esse cateto


mede

a) 𝟐𝟎°

b) 𝟑𝟎°

c) 𝟒𝟓°

d) 𝟔𝟎°
Comentários

De acordo com o enunciado, temos a seguinte figura:

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 136


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Calculemos o 𝑠𝑒𝑛(𝜃)

𝑐𝑎𝑡𝑒𝑡𝑜 𝑜𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜 𝑚 1
𝑠𝑒𝑛(𝜃) = = =
ℎ𝑖𝑝𝑜𝑡𝑒𝑛𝑢𝑠𝑎 2𝑚 2
1 1
𝑠𝑒𝑛(𝜃) = 2, sabemos que o ângulo cujo seno vale 2 é o ângulo de 30°

Gabarito: “b”.

15. (EEAR/2012)
̂ 𝒊 é 68° e do ângulo externo 𝑺
Num triângulo 𝜟𝑹𝑺𝑻 a medida do ângulo interno 𝑹 ̂𝒆 é 105° Então o
ângulo interno T mede:

a) 𝟓𝟐°

b) 𝟒𝟓°

c) 𝟑𝟕°

d) 𝟑𝟎°
Comentários

De acordo com o enunciado, temos a seguinte figura:

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 137


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̂𝒆 é suplementar ao ângulo interno ̂


Sabemos que o ângulo externo 𝑺 𝑺𝒊 , logo:

̂𝒆 + ̂
𝑺 𝑺𝒊 = 𝟏𝟖𝟎°

𝟏𝟎𝟓° + ̂
𝑺𝒊 = 𝟏𝟖𝟎°

̂𝒊 = 𝟕𝟓°
𝑺

A soma dos ângulos internos de qualquer triângulo é sempre 𝟏𝟖𝟎°, portanto:

̂𝒊 + ̂
𝑹 ̂ 𝒊 = 𝟏𝟖𝟎°
𝑺𝒊 + 𝑻

̂ 𝒊 = 𝟏𝟖𝟎°
𝟔𝟖° + 𝟕𝟓° + 𝑻

̂ 𝒊 = 𝟑𝟕°
𝑻

Gabarito: “c”.

16. (EEAR/2012)

Considerando as medidas indicadas no triângulo, o valor de 𝒔𝒆𝒏(𝟒𝟐°) + 𝒔𝒆𝒏(𝟒𝟖°) é

a) 1,41

b) 1,67
c) 1,74

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 138


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d) 1,85
Comentários

Utilizando o Teorema De Pitágoras, obtemos:

̅̅̅̅)2
(10)2 = (6,7)2 + (𝐴𝐵

̅̅̅̅ )2 = (10)2 − (6,7)2 = 55,11


⇒ (𝐴𝐵

̅̅̅̅ = √55,11 ≈ 7,4


⇒ 𝐴𝐵

Agora, calculando o valor dos senos a partir da definição, obtemos:

̅̅̅̅
𝐴𝐶 ̅̅̅̅𝐴𝐵
𝑠𝑒𝑛(42°) + 𝑠𝑒𝑛(48°) = +
̅̅̅̅
𝐵𝐶 𝐵𝐶 ̅̅̅̅

6,7 7,4
= + = 0,67 + 0,74 = 1,41
10 10
𝑠𝑒𝑛(42°) + 𝑠𝑒𝑛(48°) = 1,41

Gabarito: “a”.

17. (EEAR/2011)

Em um triângulo retângulo, um dos catetos mede 4 cm, e o ângulo que lhe é adjacente mede 𝟔𝟎°.
A hipotenusa desse triângulo, em cm, mede

a) 6

b) 7
c) 8

d) 9
Comentários

De acordo com o enunciado, temos a seguinte figura:

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 139


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Utilizando a definição de cosseno:

𝑐𝑎𝑡𝑒𝑡𝑜 𝑎𝑑𝑗𝑎𝑐𝑒𝑛𝑡𝑒
cos(60°) =
ℎ𝑖𝑝𝑜𝑡𝑒𝑛𝑢𝑠𝑎

4 1
⇒ cos(60°) = =
𝑥 2
⇒ 𝑥 =4⋅2 =8

𝑥 = 8 𝑐𝑚

Gabarito: “c”.

18. (EEAR/2010)

Na figura, AH é altura do triângulo ABC.

Assim, o valor de x é:

a) 𝟐𝟎°

b) 𝟏𝟓°

c) 𝟏𝟎°

d) 𝟓°
Comentários

De acordo com figura do enunciado a seguir:

̂𝑨 é suplementar a soma dos ângulos do 𝜟𝑩𝑺𝑨:


Sabemos que o ângulo interno 𝑩𝑺

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 140


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̂𝑨 + 𝟑𝟎° + 𝟓𝟎° = 𝟏𝟖𝟎°


𝑩𝑺

̂𝑨 = 𝟏𝟎𝟎°
𝑩𝑺

̂𝑯 é suplementar ao ângulo 𝑩𝑺
Sabemos que o ângulo interno 𝑨𝑺 ̂𝑨:

̂𝑨 + 𝑨𝑺
𝑩𝑺 ̂𝑯 = 𝟏𝟖𝟎°

̂𝑯 = 𝟏𝟖𝟎°
𝟏𝟎𝟎° + 𝑨𝑺

̂𝑯 = 𝟖𝟎°
𝑨𝑺

O triângulo 𝜟𝑨𝑺𝑯 é retângulo, portanto, pela soma dos ângulos internos, temos:

̂𝑯 + 𝟗𝟎° = 𝟏𝟖𝟎°
𝒙 + 𝑨𝑺

𝒙 + 𝟖𝟎° + 𝟗𝟎° = 𝟏𝟖𝟎°

𝒙 = 𝟏𝟎°

Gabarito: “c”.

19. (EEAR/2009)
̅̅̅̅ = 𝟐 𝒄𝒎.
Na figura, 𝑩𝑪

̅̅̅̅, em cm, é
Assim, a medida de 𝑨𝑩
a) 𝟐√𝟑

b) 𝟒√𝟐

c) 𝟓√𝟐

d) 𝟑√𝟑
Comentários

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 141


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Considere o triângulo BCD isoladamente. Aplicando a definição de seno no triângulo retângulo


̂ 𝐶, obtemos:
relativo ao ângulo 𝐵𝐷

̅̅̅̅
1 𝐵𝐶 2
𝑠𝑒𝑛(30°) = = =
̅̅̅̅
2 𝐵𝐷 𝐵𝐷 ̅̅̅̅

⇒ ̅̅̅̅
𝐵𝐷 = 4 𝑐𝑚

Agora considere o triângulo ABD isoladamente. Aplicando a definição de cosseno no triângulo


retângulo relativo ao ângulo 𝐴𝐵̂ 𝐷, obtemos:

√2 𝐵𝐷̅̅̅̅ 4
𝑐𝑜𝑠(45°) = = =
2 ̅̅̅̅
𝐴𝐵 ̅̅̅̅𝐴𝐵
4⋅2
⇒ ̅̅̅̅ =
𝐴𝐵 = 4√2
√2
Gabarito: “b”

20. (EEAR/2008)

Um triângulo 𝜟𝑨𝑩𝑪 tem dois lados congruentes que formam entre si um ângulo de 𝟒𝟐°. Um dos
outros dois ângulos internos desse triângulo medem

a) 𝟑𝟗°

b) 𝟒𝟖°

c) 𝟓𝟖°

d) 𝟔𝟗°
Comentários

De acordo com o enunciado, temos a seguinte figura:

Como ̅̅̅̅
𝐴𝐵 e ̅̅̅̅
𝐴𝐶 são congruentes e se trata de um triângulo, então caracteriza-se um triângulo
isósceles, logo os ângulos 𝐵̂ e 𝐶̂ são congruentes.

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 142


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Sendo 𝐵̂ e 𝐶̂ congruentes, temos:

𝐵̂ = 𝐶̂ ⟹ 𝐵̂ + 𝐶̂ + 42° = 180°

2𝐵̂ = 180° − 42° = 138°


𝐵̂ = 𝐶̂ = 69°

Gabarito: “d”.

21. (EEAR/2008)

O triângulo cujos lados medem 𝟔𝒄𝒎, 𝟕𝒄𝒎 𝒆 𝟏𝟎𝒄𝒎 é classificado como

a) equilátero e retângulo.

b) escaleno e acutângulo.

c) isósceles e acutângulo.

d) escaleno e obtusângulo.
Comentários

Do enunciado temos a informação da medida dos lados do triângulo.

Perceba que todos os lados têm valores diferentes entre si, logo é um triângulo escaleno.

⟹ Todos os lados diferentes = Triângulo escaleno


Analisando a situação dos ângulos, sendo 𝑎 e 𝑏 os dois menores lados e 𝑐 o maior lado, temos
da Síntese de Clairaut:

𝑆𝑒 𝑎2 + 𝑏 2 < 𝑐 2 ⟹ 𝑜𝑏𝑡𝑢𝑠â𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜
{
𝑆𝑒 𝑎2 + 𝑏 2 > 𝑐 2 ⟹ 𝑎𝑐𝑢𝑡â𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜

Portanto, sabendo que 62 + 72 = 85 < 102 , temos que o triângulo é um obtusângulo.

Gabarito: “d”.

22. (EEAR/2008)

Na figura, 𝑨𝑩 = 𝑨𝑪 e 𝑩𝑪 = 𝑪𝑴. O valor de x é:

a) 𝟓𝟎°

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 143


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b) 𝟒𝟓°

c) 𝟒𝟐°

d) 𝟑𝟖°
Comentários

Do enunciado tem-se que 𝐴𝐵 = 𝐴𝐶 indica que o triângulo 𝛥𝐴𝐵𝐶 é isósceles de base BC,
logo, os ângulos 𝐵̂ e 𝐶̂ são iguais.

𝐵̂ = 𝐶̂

Do triângulo 𝛥𝐴𝐵𝐶 temos a seguinte relação:

 + 𝐵̂ + 𝐶̂ = 180°

38° + 𝐶̂ + 𝐶̂ = 180°

2𝐶̂ = 142°
𝐶 = 𝐵̂ = 71°
̂

Ainda, do enunciado, tem-se que 𝐵𝐶 = 𝐶𝑀 indica que o triângulo 𝛥𝐵𝑀𝐶 também é


isósceles de base BM, logo:

𝐵̂ = 𝐵𝑀
̂ 𝐶 = 71°

Do triângulo 𝛥𝐵𝑀𝐶:

̂ 𝐶 + 𝐵̂ + 𝑥 = 180°
𝐵𝑀

̂ + 𝑥 = 180°
71° + 71°

𝑥 = 38°

Gabarito: “d”.

23. (EEAR/2008)
̂ ) = 𝟏 ⋅ 𝒔𝒆𝒏(𝑪
Em um triângulo ABC, retângulo em A, a hipotenusa mede 𝟓 𝒅𝒎 e 𝒔𝒆𝒏(𝑩 ̂ ). Nessas
𝟐
condições, o maior cateto mede, em dm,

a) 𝟑

b) 𝟒

c) √𝟓

d) 𝟐√𝟓
Comentários

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 144


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De acordo com o enunciado, temos a seguinte figura:

Obs: O maior cateto é oposto ao maior ângulo e como já existe um ângulo reto, podemos concluir
que o maior ângulo entre 𝐵̂ e 𝐶̂ é o ângulo com o maior valor de seno. E dada a igualdade
fornecida no enunciado, o maior seno é o seno de 𝐶̂ . Portanto o maior cateto é o cateto 𝐴𝐵
̅̅̅̅ .
Também sabemos que, devido ao triângulo ser retângulo:

𝑠𝑒𝑛(𝐵̂ ) = 𝑐𝑜𝑠(𝐶̂ )

Utilizando a identidade trigonométrica

cos2 𝐶̂ + sen2 𝐶̂ = 1

⇒ sen2 𝐵̂ + sen2 𝐶̂ = 1
2
1
⇒ ( ⋅ 𝑠𝑒𝑛(𝐶̂ )) + sen2 𝐶̂ = 1
2

1
⇒ ⋅ sen2 𝐶̂ + sen2 𝐶̂ = 1
4
5
⇒ ⋅ sen2 𝐶̂ = 1
4
4
⇒ sen2 𝐶̂ =
5

2√5
𝑠𝑒𝑛 𝐶̂ =
5

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 145


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Aplicando agora a definição de seno para descobrir a medida de ̅̅̅̅


𝐴𝐵

̅̅̅̅
𝐴𝐵
𝑠𝑒𝑛 𝐶̂ =
̅̅̅̅
𝐵𝐶
̅̅̅̅
𝐴𝐵 2√5
𝑠𝑒𝑛 𝐶̂ = =
5 5

⇒ ̅̅̅̅ = 2√5
𝐴𝐵

Gabarito: “d”

24. (EEAR/2006)

Em um triângulo 𝑨𝑩𝑪, o ângulo externo de vértice A mede 𝟏𝟏𝟔°. Se a diferença entre as medidas
dos ângulos internos 𝑩 e 𝑪 é 𝟑𝟎°, então o maior ângulo interno do triângulo mede:

a) 𝟕𝟓°.

b) 𝟕𝟑°.

c) 𝟕𝟎°.

d) 𝟔𝟖°.
Comentários

De acordo com o enunciado tem-se a seguinte figura:

No triângulo 𝛥𝐴𝐵𝐶 temos a seguinte relação dos ângulos internos:

𝐴𝑖 + 𝐵𝑖 + 𝐶𝑖 = 180° 𝐸𝑞. 1

No vértice 𝐴 temos:

𝐴𝑖 + 𝐴𝑒 = 180° 𝐸𝑞. 2

Subtraindo 𝐸𝑞. 1 da 𝐸𝑞. 2, temos:

𝐵𝑖 + 𝐶𝑖 − 𝐴𝑒 = 0°

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 146


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𝐵𝑖 + 𝐶𝑖 = 𝐴𝑒

𝐵𝑖 + 𝐶𝑖 = 116°

Logo temos do enunciado que:

𝐵𝑖 − 𝐶𝑖 = 30°

Portanto do sistema a seguir:

𝐵𝑖 + 𝐶𝑖 = 116° 𝐵 = 73°
{ ⟹{ 𝑖
𝐵𝑖 − 𝐶𝑖 = 30° 𝐶𝑖 = 43°

Da 𝐸𝑞. 2 temos que 𝐴𝑖 = 180° − 116° = 64°

Assim o maior ângulo é o 𝐵𝑖 = 73°

Gabarito: “b”.

25. (EEAR/2006)

Sejam as relações métricas no triângulo ABC:

I – 𝒃𝟐 = 𝒂 ⋅ 𝒙
̂
II – 𝒂𝟐 = 𝒃𝟐 + 𝒄𝟐 − 𝟐 ⋅ 𝒃 ⋅ 𝒄 ⋅ 𝒄𝒐𝒔 𝑨

III – 𝒉 = 𝒙 ⋅ 𝒚
𝟏 𝟏 𝟏
IV – 𝒉𝟐 = 𝒃𝟐 + 𝒄𝟐

Se o triângulo ABC é retângulo em A, então o número de relações verdadeiras acima é

a) 1

b) 2
c) 3

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 147


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d) 4
Comentários

I – VERDADEIRA

Por Pitágoras: 𝑏 2 = 𝑎2 − 𝑐 2 e 𝑐 2 = ℎ2 + 𝑦 2

Então, 𝑏 2 = 𝑎2 − ℎ2 − 𝑦 2 ⇒ 𝑏 2 = 𝑎2 − ℎ2 − (𝑎 − 𝑥)2

⇒ 𝑏 2 = 𝑎 2 − ℎ2 − 𝑎 2 + 2 ⋅ 𝑎 ⋅ 𝑥 − 𝑥 2

𝑏 2 = 2 ⋅ 𝑎 ⋅ 𝑥 − (𝑥 2 + ℎ2 )

𝑏2 = 2 ⋅ 𝑎 ⋅ 𝑥 − 𝑏2

2𝑏 2 = 2 ⋅ 𝑎 ⋅ 𝑥

𝑏2 = 𝑎 ⋅ 𝑥

Analogamente, 𝑐 2 = 𝑎 ⋅ 𝑦

II – VERDADEIRA. Aplicação direta da Lei dos Cossenos

III – FALSO

De Pitágoras, obtemos:

ℎ2 = 𝑏 2 − 𝑥 2
{ ⇒ 2 ⋅ ℎ2 = 𝑏 2 + 𝑐 2 − 𝑥 2 − 𝑦 2
ℎ2 = 𝑐 2 − 𝑦 2

2 ⋅ ℎ2 = 𝑎2 − 𝑥 2 − 𝑦 2 = (𝑥 + 𝑦)2 − 𝑥 2 − 𝑦 2

2 ⋅ ℎ2 = 𝑥 2 + 2 ⋅ 𝑥 ⋅ 𝑦 + 𝑦 2 − 𝑥 2 − 𝑦 2 = 2 ⋅ 𝑥 ⋅ 𝑦

ℎ2 = 𝑥 ⋅ 𝑦

IV – VERDADEIRO

Utilizando as relações anteriores, 𝑏 2 = 𝑎 ⋅ 𝑥, 𝑐2 = 𝑎 ⋅ 𝑦 e ℎ2 = 𝑥 ⋅ 𝑦, obtemos:

1 1 𝑎2 𝑎2 𝑎2 𝑏2 + 𝑐 2
= = = = = =
ℎ2 𝑥 ⋅ 𝑦 𝑎2 ⋅ 𝑥 ⋅ 𝑦 (𝑎 ⋅ 𝑥) ⋅ (𝑎 ⋅ 𝑦) (𝑏 2 ) ⋅ (𝑐 2 ) (𝑏 2 ) ⋅ (𝑐 2 )

1 𝑏2 𝑐2 1 1
2
= 2 2
+ 2 2
= 2 + 2
ℎ (𝑏 ) ⋅ (𝑐 ) (𝑏 ) ⋅ (𝑐 ) (𝑐 ) (𝑏 )

1 1 1
= +
ℎ2 𝑏 2 𝑐 2
Gabarito: “c”

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26. (EEAR/2005)

Em um triângulo retângulo, o quadrado da medida da hipotenusa é igual ao dobro do produto das


medidas dos catetos. Um dos ângulos agudos desse triângulo mede

a) 𝟏𝟓°

b) 𝟑𝟎°

c) 𝟒𝟓°

d) 𝟔𝟎°
Comentários

De acordo com o enunciado, temos a seguinte figura:

ℎ2 = 2 ⋅ m ⋅ n

De Pitágoras ℎ2 = 𝑚2 + 𝑛2 = 2 ⋅ m ⋅ n

⇒ 𝑚 2 + 𝑛2 − 2 ⋅ m ⋅ n = 0

𝑚2 + 𝑛2 − 2 ⋅ m ⋅ n = (𝑚 − 𝑛)2 = 0 ⇒ 𝑚 = 𝑛

Logo, trata-se de um triângulo retângulo cujas medidas dos catetos são iguais. Portanto, temos
um triângulo isósceles. Logo, o menor ângulo vale 45°.

Gabarito: “c”

27. (EEAR/2005)

Num triângulo retângulo, a hipotenusa mede 20m, e um dos catetos, 10m. A medida da projeção
deste cateto sobre a hipotenusa, em metros, é igual a
a) 5

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 149


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b) 6

c) 7

d) 8
Comentários

Podemos usar a seguinte relação,

𝑏2 = 𝑎 ⋅ 𝑥 e 𝑐2 = 𝑎 ⋅ 𝑦

Tendo isso em vista:

102 = 20 ⋅ 𝑚 = 100

⇒ 𝑚=5

Gabarito: “a”

28. (EEAR/2004)

Na figura, ̅̅̅̅
𝑬𝑫 ∥ ̅̅̅̅ ̂ 𝑩) = 𝟖𝟎° e 𝒎𝒆𝒅(𝑪𝑩
𝑩𝑪 , 𝒎𝒆𝒅(𝑬𝑨 ̂ 𝑨) = 𝟑𝟓°. Assim, a medida de 𝑫𝑬
̂𝑨 é

a) 𝟏𝟎𝟎°.

b) 𝟏𝟏𝟎°.
c) 𝟏𝟏𝟓°.

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 150


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d) 𝟏𝟐𝟎°.
Comentário:

Prolonga-se o segmento 𝐴𝐸 até o ponto 𝐹 sobre o segmento 𝐵𝐶. Pelo teorema do ângulo externo
no ∆𝐴𝐵𝐹, 𝑚𝑒𝑑(𝐴𝐹̂ 𝐶) = 𝑚𝑒𝑑(𝐹𝐵̂ 𝐴) + 𝑚𝑒𝑑(𝐹𝐴̂𝐵) = 𝑚𝑒𝑑(𝐶𝐵̂ 𝐴) + 𝑚𝑒𝑑(𝐸𝐴̂𝐵) = 35° +
80° ⇒

⇒ 𝑚𝑒𝑑(𝐴𝐹̂ 𝐶) = 115°. Perceba que, como ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ e 𝐴𝐹


𝐸𝐷 ∥ 𝐵𝐶 ⃡ é uma transversal, temos que os
ângulos 𝐷𝐸̂ 𝐴 e 𝐴𝐹̂ 𝐶 são correspondentes. Logo, 𝑚𝑒𝑑(𝐷𝐸̂ 𝐴) = 𝑚𝑒𝑑(𝐴𝐹̂ 𝐶) = 115°

Gabarito: “c”.

29. (EEAR/2004)

A figura 𝑨𝑩𝑪𝑫 é um quadrado, e 𝑨𝑩𝑬 é um triângulo equilátero.

̂ 𝑪 é:
Nessas condições, a medida do ângulo 𝑬𝑫

a) 𝟓°

b) 𝟏𝟎°

c) 𝟏𝟓°

d) 𝟐𝟎°
Comentários

Usaremos do fato de que todos os lados do triângulo e do quadrado são iguais, logo, temos
as relações:

≫ 𝐸𝐵 = 𝐵𝐶 ⟹ 𝛥𝐸𝐵𝐶 é 𝑖𝑠ó𝑠𝑐𝑒𝑙𝑒𝑠

≫ 𝐴𝐸 = 𝐴𝐷 ⟹ 𝛥𝐸𝐴𝐷 é 𝑖𝑠ó𝑠𝑐𝑒𝑙𝑒𝑠

≫ 𝛥𝐸𝐵𝐶~𝛥𝐸𝐴𝐷 ⟹ 𝐸𝐷 = 𝐸𝐶 ⟹ 𝛥𝐸𝐷𝐶 é 𝑖𝑠ó𝑠𝑐𝑒𝑙𝑒𝑠

Assim, temos a seguinte figura:

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 151


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Perceba pelo triângulo 𝛥𝐵𝐸𝐶:

30° + 𝛼 + 𝛼 = 180°
2𝛼 = 150°
𝛼 = 75°

Sabendo que o ângulo 𝐵𝐶̂ 𝐷 = 90°, temos:

𝛼 + 𝛽 = 90°
𝛽 + 75° = 90°
𝛽 = 15°

̂ 𝐶 = 15°
Como 𝛽 = 𝐸𝐷

Gabarito: “c”.

30. (EEAR/2004)
̂ 𝑩 é:
Se 𝑨𝑩𝑪𝑫 é um quadrado e 𝑩𝑬𝑪 é um triângulo equilátero, então a medida do ângulo 𝑬𝑨

a) 𝟕𝟓°

b) 𝟔𝟎°
c) 𝟑𝟎°

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 152


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d) 𝟖𝟓°
Comentários

Usaremos do fato de que todos os lados do triângulo e do quadrado são iguais, logo, temos
as relações:

≫ 𝐸𝐶 = 𝐷𝐶 ⟹ 𝛥𝐸𝐷𝐶 é 𝑖𝑠ó𝑠𝑐𝑒𝑙𝑒𝑠

Assim, temos a seguinte figura:

Perceba pelo triângulo 𝛥𝐷𝐸𝐶:

30° + 𝛼 + 𝛼 = 180°
2𝛼 = 150°
𝛼 = 75°

̂ 𝐸 = 𝐸𝐴̂𝐵 = 75°.
Logo, 𝛼 = 𝐶𝐷

Gabarito: “a”.

31. (EEAR/2004)

O perímetro de um triângulo retângulo é 30 cm. Se a soma das medidas dos catetos é 17 cm, e a
soma das medidas da hipotenusa e do cateto menor é 18 cm, então a medida, em cm, do cateto
maior é

a) 8

b) 9

c) 12

d) 15
Comentários

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Seja m o cateto maior, n o cateto menor e h a hipotenusa.

Vamos representar as equações dadas no enunciado.

𝑚 + 𝑛 + ℎ = 30 𝑒𝑞. 1
{ 𝑚 + 𝑛 = 17 𝑒𝑞. 2
ℎ + 𝑛 = 18 𝑒𝑞. 3

Substituindo a equação eq.2 em eq.1, obtemos:

17 + ℎ = 30

⇒ ℎ = 13 𝑐𝑚 eq.4

Substituindo a equação eq.4 em eq.3, obtemos:

13 + 𝑛 = 18

⇒ 𝑛 = 5 𝑐𝑚 eq.5

Substituindo a equação eq.4 e eq.5 em eq.1, obtemos:

𝑚 + 5 + 13 = 30

⇒ 𝑚 = 12 𝑐𝑚

Obs: fizemos um método para descobrir todas as medidas, entretanto, poderíamos ter apenas
substituído a eq.3 em eq.1 e obtido o valor do maior cateto diretamente.

𝑚 + 18 = 30

⇒ 𝑚 = 12 𝑐𝑚

Gabarito: “c”

32. (EEAR/2004)

Na figura, são retângulos em E e em C, respectivamente, os triângulos AEP e ACB. Se 𝒙 = 𝟑𝟎°, então


̅̅̅̅, em cm, é
a medida de 𝑷𝑬

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 154


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a) 𝟏𝟎
b) 𝟓√𝟑

c) 𝟏𝟎√𝟑
𝟐𝟎√𝟑
d) 𝟑

Comentários

̂ 𝑪 = 𝒙 = 𝟑𝟎°, então 𝑩𝑨
Se 𝑨𝑩 ̂ 𝑪 = 𝟏𝟖𝟎° − 𝟗𝟎° − 𝟑𝟎° = 𝟔𝟎°. Mas 𝑩𝑨̂ 𝑪 = 𝑬𝑨
̂ 𝑷 + 𝑷𝑨
̂ 𝑪, logo,
𝑷𝑨̂ 𝑪 = 𝑩𝑨̂ 𝑪 − 𝑬𝑨
̂ 𝑷 = 𝟔𝟎° − 𝟑𝟎° = 𝟑𝟎°

̅̅̅̅ 𝟏𝟎√𝟑 √𝟑
𝑨𝑪
̂ 𝑪) = 𝐜𝐨𝐬(𝟑𝟎°) =
𝒄𝒐𝒔(𝑷𝑨 = =
̅̅̅̅
𝑨𝑷 ̅̅̅̅
𝑨𝑷 𝟐

⇒ ̅̅̅̅
𝑨𝑷 = 𝟐𝟎 𝒄𝒎

̅̅̅̅ 𝑬𝑷
𝑬𝑷 ̅̅̅̅ 𝟏
̂ 𝑷) = 𝐬𝐞𝐧(𝟑𝟎°) =
𝒔𝒆𝒏(𝑬𝑨 = =
̅̅̅̅
𝑨𝑷 ̅̅̅̅𝟐𝟎 𝟐
⇒ ̅̅̅̅
𝑬𝑷 = 𝟏𝟎 𝒄𝒎

Gabarito: “a”

33. (EEAR/2004)

O círculo da figura tem centro O e raio r.

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 155


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𝟓𝒓
Sabendo-se que ̅̅̅̅
𝑷𝑸 equivale a 𝟏𝟐 e é tangente ao círculo no ponto P, o valor de 𝒔𝒆𝒏 𝜶 é
𝟓
a) 𝟏𝟐
𝟓
b) 𝟏𝟑
𝟏𝟐
c) 𝟏𝟑

d) 𝟎, 𝟒𝟖
Comentários

Sabemos que como 𝑷𝑸 ̅̅̅̅ é tangente à circunferência em P, então o seguimento 𝑷𝑸 ̅̅̅̅ é


perpendicular ao seguimento 𝑶𝑷̅̅̅̅, sendo 𝑶 o centro da circunferência. Então, o triângulo OPQ
constitui um triângulo retângulo em P.
𝟏𝟑𝒓
̅̅̅̅̅ =
Aplicando o Teorema de Pitágoras, obtemos que 𝑶𝑸 𝟏𝟐

𝟓𝒓
̅̅̅̅
𝑷𝑸 𝟓
𝒔𝒆𝒏 (𝜶) = = 𝟏𝟐 =
̅̅̅̅̅
𝑶𝑸 𝟏𝟑𝒓 𝟏𝟑
𝟏𝟐
Gabarito: “b”

34. (EEAR/2004)

Num triângulo retângulo, o menor cateto mede 1,5 cm, e a medida da projeção do maior cateto
sobre a hipotenusa é 1,6 cm. O valor da secante do maior ângulo agudo desse triângulo é
𝟒
a) 𝟑
𝟓
b) 𝟑
𝟒
c) 𝟓

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 156


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𝟕
d) 𝟓
Comentários

De acordo com o enunciado, temos a seguinte figura:

̅̅̅̅
𝑨𝑩𝟐 = ̅̅̅̅̅
𝑩𝑫 ⋅ ̅̅̅̅
𝑩𝑪

𝟏, 𝟓𝟐 = 𝒙 ⋅ (𝟏, 𝟔 + 𝒙)

𝟐, 𝟐𝟓 = 𝟏, 𝟔𝒙 + 𝒙𝟐

⇒ 𝒙𝟐 + 𝟏, 𝟔𝒙 − 𝟐, 𝟐𝟓 = 𝟎

Resolvendo a equação de segundo grau pelo método de Bhaskara:

𝒙 = −𝟐, 𝟓 (𝒏ã𝒐 𝒄𝒐𝒏𝒗é𝒎) ou 𝒙 = 𝟎, 𝟗

O maior ângulo, é oposto ao maior lado, pode-se ver isso pela Lei Dos Senos.

Calculando a secante:

̅̅̅̅
𝑩𝑪
̂ 𝑪) =
𝐬𝐞𝐜(𝑨𝑩
̅̅̅̅
𝑨𝑩
(𝟏, 𝟔 + 𝟎, 𝟗)
̂ 𝑪) =
𝐬𝐞𝐜(𝑨𝑩
𝟏, 𝟓
𝟓
̂ 𝑪) =
𝐬𝐞𝐜(𝑨𝑩
𝟑
Gabarito: “b”

35. (EEAR/2003)

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 157


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Considere:

I. Um triângulo isósceles 𝑷𝑹𝑸, de base 𝑷𝑸 e altura 𝑹𝑯.

II. Dois pontos 𝑻 e 𝑺 sobre 𝑹𝑯, de tal modo que o triângulo 𝑷𝑻𝑸 seja eqüilátero e o triângulo 𝑷𝑺𝑸
seja retângulo em S.
̂ e𝑺
Considerando somente os ângulos internos dos triângulos, se somarmos as medidas de 𝑹 ̂,
̂ . Sendo assim, a medida do ângulo 𝑻𝑷
obteremos o dobro da medida de 𝑻 ̂ 𝑹 é:

a) 𝟓°

b) 𝟏𝟓°

c) 𝟑𝟎°

d) 𝟒𝟓°
Comentários

De acordo com o enunciado, temos a seguinte figura:

De acordo com o enunciado, temos a relação:

𝑅̂ + 𝑆̂
= 𝑇̂
2

Sabemos que o triângulo 𝛥𝑃𝑇𝑄 é equilátero, logo 𝑇̂ = 60° e também que o triângulo 𝛥𝑃𝑆𝑄
é isósceles com o ângulo 𝑆̂ = 90°.

Portanto, temos:

90° + 𝑅̂
60° =
2
120° = 90° + 𝑅̂
30° = 𝑅̂

Como o ângulo 𝑅 = 30°, temos que no triângulo isósceles 𝛥𝑃𝑄𝑅 os ângulos:

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 158


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150°
𝑃̂ = 𝑄̂ = = 75°
2

Para o ângulo 𝑅𝑃̂ 𝑇, temos:

𝑅𝑃̂ 𝑇 + 𝑇𝑃̂𝑄 = 𝑃̂
𝑅𝑃̂𝑇 + 60° = 75°
𝑅𝑃̂ 𝑇 = 15°

Gabarito: “b”.

36. (EEAR/2003)

Na figura, 𝑨𝑩 = 𝑨𝑪, M é o ponto de encontro das bissetrizes dos ângulos do triângulo ABC e o
ângulo 𝑩𝑴̂ 𝑪 é o triplo do ângulo 𝑨
̂ , então a medida de 𝑨
̂ é:

a) 𝟏𝟓°

b) 𝟏𝟖°

c) 𝟐𝟒°

d) 𝟑𝟔°
Comentários

De acordo com o enunciado temos que:

̂ 𝐶 = 3𝐴̂
𝐵𝑀

Temos, respectivamente, pelos triângulos 𝛥𝐴𝐵𝐶 e 𝛥𝐵𝑀𝐶 que:

𝐴̂ + 𝐵̂ + 𝐶̂ = 180°
𝐵̂ 𝐶̂
+ + 𝐵𝑀 ̂ 𝐶 = 180°
2 2
Com essas relações, subtraindo a metade da segunda pela primeira, chegamos em:

𝐴̂
̂𝐶 −
𝐵𝑀 = 90°
2

𝐴̂ 5
3𝐴̂ − = 𝐴̂ = 90°
2 2
𝐴̂ = 36°

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 159


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Gabarito: “d”.

37. (EEAR/2003)
̂ 𝑭 = 𝟑𝟖° e 𝑬𝑭
Um triângulo 𝜟𝑫𝑬𝑭 tem 𝑫𝑬 ̂ 𝑫 = 𝟕𝟒°. O ângulo que a bissetriz DG forma com a
altura DH mede:

a) 𝟏𝟖°

b) 𝟐𝟎°

c) 𝟐𝟔°𝟑𝟎′

d) 𝟑𝟒°
Comentários

De acordo com o enunciado, temos a seguinte figura:

No triângulo 𝛥𝐹𝐷𝐻:

̂ 𝐻 = 90° − 74°
𝐹𝐷
̂ 𝐻 = 16°
𝐹𝐷
No triângulo 𝛥𝐹𝐷𝐸:

𝐷 = 180° − 74° − 38°


𝐷 = 68°

Portanto, temos a seguinte relação:

̂ 𝐺 = 𝐹𝐷
𝐻𝐷 ̂ 𝐺 − 𝐹𝐷
̂𝐻
̂
𝐻𝐷𝐺 = 34° − 16°
̂ 𝐺 = 18°
𝐻𝐷

Gabarito: “a”.

38. (EEAR/2003)
Na figura, x − y é igual a

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 160


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a) 𝟏𝟓°

b) 𝟐𝟎°

c) 𝟑𝟎°

d) 𝟑𝟓°
Comentários

Trata-se de um triângulo retângulo, perceba que a hipotenusa tem o dobro da medida de um


cateto. Então, aplicando a definição de seno para o ângulo y, percebe-se que ele vale 𝟑𝟎°.

√𝟓 𝟏
𝒔𝒆𝒏(𝒚) = = = 𝒔𝒆𝒏(𝟑𝟎°)
𝟐√𝟓 𝟐

E pela propriedade da soma dos ângulos internos de um triângulo, percebe-se que o valor de 𝒙 +
𝒚 = 𝟗𝟎°. Então, 𝒙 = 𝟔𝟎°. E, por fim

𝒙 − 𝒚 = 𝟔𝟎° − 𝟑𝟎° = 𝟑𝟎°

Gabarito: “c”

39. (EEAR/2003)

De acordo com os dados nos triângulos retângulos CAB e CAD, é correto afirmar que

a) 𝒙 = 𝒚
b) 𝒙 = 𝟑𝒚

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 161


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c) 𝒙 = 𝟐𝒚
𝟑𝒚
d) 𝒙 = 𝟐

Comentários

Aplicando a definição de tangente de um ângulo, obtemos:

̅̅̅̅
𝑨𝑪 ̅̅̅̅
𝑨𝑪 √𝟑
𝒕𝒈(𝟑𝟎°) = = = √𝟑
̅̅̅̅
𝑨𝑩 𝒙 + 𝒚 𝟑 ̅̅̅̅
𝑨𝑪 = ⋅ (𝒙 + 𝒚)
⇒ { 𝟑 ⇒ 𝒙 + 𝒚 = 𝟑𝒚
̅̅̅̅
𝑨𝑪 𝑨𝑪 ̅̅̅̅
𝒕𝒈(𝟔𝟎°) = = = √𝟑 ̅̅̅̅
𝑨𝑪 = √𝟑 ⋅ 𝒚
{ ̅̅̅̅
𝑨𝑫 𝒚

⇒ 𝒙 = 𝟐𝒚

Gabarito: “c”

40. (EEAR/2003)

Nesta figura, as retas 𝒓 e 𝒔 são paralelas entre si.

Os valores de 𝒙, 𝒚 e 𝒛 são, respectivamente

a) 𝟐𝟑°𝟒𝟓′ , 𝟖𝟓° e 𝟗𝟓°.

b) 𝟐𝟓°, 𝟗𝟎° e 𝟗𝟎°.

c) 𝟐𝟑°𝟕′ 𝟏𝟓′′, 𝟗𝟓° e 𝟖𝟓°.

d) 𝟐𝟔°𝟏𝟓′ , 𝟖𝟓° e 𝟗𝟓°.


Comentário:

Temos duas paralelas cortadas por uma transversal, logo:

Como 85° e 𝑧 formam um ângulo raso, temos 85° + 𝑧 = 180° ∴ 𝑧 = 95°.

Como 𝑦 é alterno externo com 85°, 𝑦 = 85°.

Como (𝑥 + (3𝑥 − 10°)) é oposto pelo vértice com 𝑦 = 85°, temos que 4𝑥 − 10° = 85°

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 162


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95° 3
∴𝑥= = 23,75° = 23° + ⋅ 60′ = 23°45′
4 4
Gabarito: “a”.

41. (EEAR/2003)

Observando as figuras abaixo, o valor, em graus, de 𝒙 – 𝒚 é

a) 𝟐𝟓

b) 𝟐𝟎

c) 𝟏𝟓

d) 𝟏𝟎
Comentário:

Passe pelo vértice do ângulo de 65° uma paralela a 𝑟, e chame-a de 𝑟1. Da mesma forma, passe
uma paralela a 𝑟 pelo vértice de 𝑥, e chame-a de 𝑟2 . Sejam 𝑎1 , 𝑎2 , as partes do ângulo de 65° à
esquerda e à direita de 𝑟1, respectivamente. Da mesma forma, sejam 𝑥1 , 𝑥2 as partes do ângulo
𝑥 à esquerda e à direita de 𝑟2 . Como temos retas paralelas cortadas por transversais, deduz-se
que:

𝑎1 é alterno interno com 30° ⇒ 𝑎1 = 30°

𝑎2 é alterno interno com 𝑥1 ⇒ 𝑎2 = 𝑥1

𝑥2 é alterno interno com 40° ⇒ 𝑥2 = 40°

𝑎1 e 𝑎2 compõem o ângulo de 65° ⇒ 𝑎1 + 𝑎2 = 65°

𝑥1 e 𝑥2 compõem o ângulo de 𝑥 ⇒ 𝑥1 + 𝑥2 = 𝑥

Logo, temos que 𝑥 = 𝑥1 + 𝑥2 = 𝑎2 + 40° = (65° − 𝑎1 ) + 40° = (65° − 30° + 40°)

∴ 𝑥 = 75°

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 163


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De modo geral, aplicando o mesmo procedimento, podemos concluir que a soma dos ângulos
que “olham” para cima é igual à soma dos que “olham” para baixo. Poderíamos, assim, ter
calculado o valor de 𝑥 de maneira mais rápida: 30° + 𝑥 = 65° + 40° ∴ 𝑥 = 75°.

Para calcular o valor de 𝑦, percebemos primeiro que o suplementar do ângulo de 150° é um


ângulo interno do triângulo e vale 180° − 150° = 30°. Pelo teorema do ângulo externo, temos
que 𝑦 = 25° + 30° = 55°.

Portanto,

𝑥 − 𝑦 = 75° − 55° = 20°

Gabarito: “b”.

42. (EEAR/2003)

Na figura, 𝒓 ∥ 𝒔 e 𝒕 ⊥ 𝒖.

O valor de 𝒂 − 𝒃 é

a) 𝟏𝟎𝟎°

b) 𝟗𝟎°
c) 𝟖𝟎°

d) 𝟕𝟎°
Comentário:

Sejam 𝐴, 𝐵, 𝐶, 𝐷 𝑒 𝐸 os pontos de interseção dos pares de retas (𝑟, 𝑡), (𝑟, 𝑢), (𝑡, 𝑢), (𝑠, 𝑢) e (𝑠, 𝑡),
respectivamente. Como o maior ângulo entre 𝑢 e 𝑟 vale 𝑎, temos que o menor, 𝐴𝐵̂ 𝐶, vale 180° −
𝑎. Como 𝑡 ⊥ 𝑢, temos que o ângulo 𝐴𝐶̂ 𝐵 entre as retas 𝑡 e 𝑢 vale 90°. Portanto, para que a soma
dos ângulos internos do triângulo ∆𝐴𝐵𝐶 seja de 180°, devemos ter 𝐵𝐴̂𝐶 = 𝑎 − 90°. Como, 𝑏, na
figura, e 𝐵𝐴̂𝐶 são ângulos correspondentes, temos que 𝑏 = 𝑎 − 90°, donde 𝑎 − 𝑏 = 90°.

Gabarito: “b”.

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43. (EEAR/2003)

Seja 𝜶 um ângulo agudo. Se somarmos a medida de um ângulo reto à medida de 𝜶 e, em seguida,


subtrairmos dessa soma a medida do suplemento de 𝜶, obteremos sempre a medida de um ângulo

a) nulo, qualquer que seja a medida de 𝜶.

b) reto, qualquer que seja a medida de 𝜶.

c) agudo, desde que 𝟒𝟓° < 𝜶 < 𝟗𝟎°.

d) raso, desde que 𝜶 < 𝟒𝟓°.


Comentário:

ângulo reto = 90°

ângulo reto + 𝛼 = 90° + 𝛼

suplemento de 𝛼 = 180° − 𝛼

𝛽 ≔ ângulo reto + 𝛼 − suplemento de 𝛼 = (90° + 𝛼) − (180° − 𝛼) = 2𝛼 − 90°

Se tivermos 45° < 𝛼 < 90°, então 0 < 𝛽 = 2𝛼 − 90° < 90°, isto é, obteremos um ângulo 𝛽
agudo.

Logo, é possível obter ângulos tanto não-nulos quanto não-rasos, variando o valor de 𝛼 no
intervalo 45° < 𝛼 < 90°. Além disso, se 𝛼 < 45°, então 𝛽 < 0. Portanto, a alternativa “c” é a
única correta.

Gabarito: “c”.

44. (EEAR/2002)
̂ . Se 𝑨
Na figura, 𝑩𝑵 é a bissetriz do ângulo 𝑩 ̂ = 𝟓𝟎° e 𝑪
̂ = 𝟑𝟎°, então a medida 𝒙 do ângulo 𝑯𝑩
̂𝑵
é

a) 𝟓°
b) 𝟏𝟎°

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 165


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c) 𝟏𝟓°

d) 𝟐𝟎°
Comentário:

Como ∆𝐴𝐵𝐻 é retângulo em 𝐻, temos 𝐴𝐵̂ 𝐻 = 90° − 𝐻𝐴̂𝐵 = 90° − 50° = 40°.

Sendo 𝐵𝑁 uma bissetriz, temos 𝐶𝐵̂ 𝑁 = 𝐴𝐵̂ 𝑁 = 𝐴𝐵̂ 𝐻 + 𝐻𝐵̂ 𝑁 = 40° + 𝑥.

Logo 𝐴𝐵̂ 𝐶 = 𝐴𝐵̂ 𝑁 + 𝐶𝐵̂ 𝑁 = 2 ⋅ (40° + 𝑥) = 80° + 2𝑥.

Sendo a soma dos ângulos internos de ∆𝐴𝐵𝐶 igual a 180°, segue que

180° = 50° + (80° + 2𝑥) + 30° ∴ 𝑥 = 10°.

Gabarito: “b”.

45. (EEAR/2002)

Os números 𝟐𝒙 + 𝟏𝟎°, 𝟑𝒙, 𝟑𝒙 − 𝟐𝟎° são medidas em graus dos ângulos de um triângulo. Esse
triângulo pode ser classificado em

a) acutângulo.

b) equiângulo.

c) retângulo.

d) obtusângulo.
Comentário:
190°
A soma deve dar 180° = (2𝑥 + 10°) + 3𝑥 + (3𝑥 − 20°) = 8𝑥 − 10° ∴ 𝑥 = = 23,75°
8

Logo, os ângulos são 2𝑥 + 10° = 57,5°, 3𝑥 = 71,25°, 3𝑥 − 20° = 51,25°. Portanto, como todos
os ângulos são menores que 90°, isto é, são agudos, o triângulo é acutângulo.

Gabarito: “a”.

46. (EEAR/2002)

A soma das medidas dos ângulos internos 𝑨, 𝑩, 𝑪, 𝑫 e 𝑬 da figura é

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 166


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a) 𝟏𝟐𝟎°

b) 𝟏𝟖𝟎°

c) 𝟑𝟔𝟎°

d) 𝟓𝟒𝟎°
Comentário:

Sejam 𝐴′ , 𝐵 ′ , 𝐶 ′ , 𝐷′ , 𝐸′ os vértices do pentágono, sendo 𝐴′ oposto a 𝐴, 𝐵 ′ oposto a 𝐵 e assim por


diante. Temos:

̂ 𝐶 = 𝐴̂ + 𝐶̂ + 𝐴𝐵′
180° = 𝐵′𝐴̂𝐶 + 𝐵′𝐶̂ 𝐴 + 𝐴𝐵′ ̂ 𝐶.

̂ 𝐶 = 𝐵 ′ 𝐸̂ 𝐶 ′ + 𝐵′𝐶
Pelo teorema do ângulo externo, 𝐴𝐵′ ̂′ 𝐸 = 𝐸̂ + 𝐵′𝐶
̂′ 𝐸.

̂′ 𝐸 = 𝐶′𝐵̂𝐷 + 𝐶′𝐷
Novamente pelo teorema do ângulo externo, 𝐵′𝐶 ̂ 𝐵 = 𝐵̂ + 𝐷
̂.

̂ 𝐶 = 𝐴̂ + 𝐶̂ + (𝐸̂ + 𝐵′𝐶
Portanto, 180° = 𝐴̂ + 𝐶̂ + 𝐴𝐵′ ̂′ 𝐸) = 𝐴̂ + 𝐶̂ + 𝐸̂ + 𝐵̂ + 𝐷
̂

Gabarito: “b”.

47. (EEAR/2002)

É falso afirmar:
̂ é um ângulo raso, então 𝑶𝑨 e 𝑶𝑩 são semirretas opostas.
a) Se 𝑨𝑶𝑩
̂ é um ângulo nulo, então 𝑶𝑨 e 𝑶𝑩 são semirretas opostas.
b) Se 𝑨𝑶𝑩

c) Dois ângulos adjacentes, cujos lados não comuns são semirretas opostas, somam 𝟏𝟖𝟎°.

d) Dois ângulos adjacentes são sempre consecutivos.


Comentário:

a)

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 167


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̂ é raso, e as retas 𝑂𝐴 e 𝑂𝐵 são semirretas opostas, de fato. (Verdadeiro)


O ângulo 𝐴𝑂𝐵

c)

Os ângulos 𝛼 e 𝛽 são adjacentes e os lados não comuns são semirretas opostas.

Então, 𝛼 + 𝛽 = 180°, isto é, 𝛼 e 𝛽 são ângulos suplementares. (Verdadeiro)

d) Ângulos adjacentes são ângulos que tem um lado em comum mas não compartilham a região
interna ao ângulo. Ângulos consecutivos são ângulos tais que um está logo depois do outro. Logo,
as definições são equivalentes. (Verdadeiro).

b) Um ângulo nulo é tal que 𝑂𝐴 = 𝑂𝐵, isto é, as semirretas que definem suas arestas são iguais.
Portanto, elas não são opostas (Falso).

Gabarito: “b”.

48. (EEAR/2002)

Duas retas paralelas são cortadas por uma transversal, de modo que a soma dos ângulos agudos
formados vale 𝟏𝟒𝟒°. Então a diferença entre as medidas de um ângulo obtuso e de um agudo é

a) 𝟖𝟓°

b) 𝟗𝟐°

c) 𝟏𝟎𝟖°

d) 𝟏𝟏𝟔°
Comentário:

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 168


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Quando a transversal não é perpendicular às paralelas, são formados oito ângulos, sendo quatro
agudos congruentes e quatro obtusos congruentes. Seja 𝑥 o valor de um desses agudos. Então,
o suplementar, 𝑦 = 180° − 𝑥, é o valor de um dos obtusos. Temos:

𝟒𝒙 = 𝟏𝟒𝟒° ⇒ 𝒙 = 𝟑𝟔° ⇒ 𝒚 = 𝟏𝟒𝟒° ∴ 𝒚 − 𝒙 = 𝟏𝟎𝟖°


Gabarito: “c”.

49. (EEAR/2002)

Duas réguas de madeira, AB e CD, com 8 cm cada uma estão ligadas em suas extremidades por dois
fios, formando o retângulo ABCD (fig. 1). Mantendo-se fixa a régua AB e girando-se 𝟏𝟖𝟎° a régua CD
em torno do seu ponto médio, sem alterar os comprimentos dos fios, obtêm-se dois triângulos
congruentes AIB e CID (fig.2).

A distância, em cm, entre as duas réguas, nessa nova posição (fig.2) é

a) 𝟓√𝟑

b) 𝟓√𝟐

c) 5

d) 6
Comentários

Perceba que o lado BC agora se tornou uma hipotenusa do triângulo BDC.

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 169


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Aplicando o Teorema De Pitágoras:

̅̅̅̅̅
𝑩𝑫𝟐 = ̅̅̅̅
𝑩𝑪𝟐 − ̅̅̅̅
𝑪𝑫𝟐

̅̅̅̅̅𝟐 = 𝟏𝟎𝟐 − 𝟖𝟐
𝑩𝑫

̅̅̅̅̅
𝑩𝑫𝟐 = 𝟏𝟎𝟎 − 𝟔𝟒

̅̅̅̅̅
𝑩𝑫𝟐 = 𝟑𝟔

̅̅̅̅̅ = 𝟔
𝑩𝑫

Gabarito: “d”

50. (EEAR/2002)

Os lados congruentes de um triângulo isósceles medem 50 cm cada. Se a medida da altura equivale


𝟏𝟐
a 𝟕 da medida da base, então a medida da base, em cm, é

a) 14

b) 25

c) 28

d) 50
Comentários

De acordo com o enunciado:

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 170


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𝟏𝟐
̅̅̅̅
𝑨𝑫 = ⋅ ̅̅̅̅
𝑩𝑪
𝟕
𝟏𝟐 𝟐𝟒
𝒉= ⋅ 𝟐𝒃 = ⋅𝒃
𝟕 𝟕
Aplicando o Teorema De Pitágoras no triângulo ACD, obtemos:
𝟐
𝟐𝟒
( ⋅ 𝒃) + (𝒃)𝟐 = 𝟓𝟎𝟐
𝟕
𝟔𝟐𝟓 𝟐
𝒃 = 𝟐𝟓𝟎𝟎
𝟒𝟗
𝒃 = 𝟏𝟒

̅̅̅̅ = 𝟐 ⋅ 𝟏𝟒 = 𝟐𝟖 𝒄𝒎
𝑩𝑪

Gabarito: “c”

51. (EEAR/2002)
̅̅̅̅ mede 1, 5 cm e a altura traçada sobre a hipotenusa
Num triângulo ABC retângulo em A, o cateto 𝑨𝑪
determina o segmento ̅̅̅̅̅
𝑯𝑩 que mede 1, 6 cm. O valor da secante do ângulo interno C é
𝟒
a)
𝟑
𝟓
b) 𝟒
𝟒
c) 𝟓
𝟓
d) 𝟑
Comentários

De acordo com o enunciado, temos a seguinte figura:

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 171


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̅̅̅̅𝟐 = 𝑪𝑫
𝑨𝑪 ̅̅̅̅ ⋅ 𝑩𝑪
̅̅̅̅

𝟏, 𝟓𝟐 = 𝒙 ⋅ (𝟏, 𝟔 + 𝒙)

𝟐, 𝟐𝟓 = 𝟏, 𝟔𝒙 + 𝒙𝟐

⇒ 𝒙𝟐 + 𝟏, 𝟔𝒙 − 𝟐, 𝟐𝟓 = 𝟎

Resolvendo a equação de segundo grau pelo método de Bhaskara:

𝒙 = −𝟐, 𝟓 (𝒏ã𝒐 𝒄𝒐𝒏𝒗é𝒎) ou 𝒙 = 𝟎, 𝟗

Calculando a secante:

̅̅̅̅
𝑩𝑪
̂ 𝑩) =
𝐬𝐞𝐜(𝑨𝑪
̅̅̅̅
𝑨𝑪
(𝟏, 𝟔 + 𝟎, 𝟗)
̂ 𝑩) =
𝐬𝐞𝐜(𝑨𝑪
𝟏, 𝟓
𝟓
̂ 𝑩) =
𝐬𝐞𝐜(𝑨𝑪
𝟑
Gabarito: “d”

52. (EEAR/2001)

Na figura, ̅̅̅̅
𝑨𝑫 = 𝟐 𝒄𝒎 e ̅̅̅̅
𝑨𝑩 = 𝟒 𝒄𝒎. O valor de 𝒄𝒐𝒔 𝜶 no triângulo ABC é

𝟏
a) 𝟐
√𝟑
b) 𝟑
√𝟑
c) 𝟐
√𝟑
d) − 𝟐

Comentários

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 172


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̂ 𝑫, obtemos:
Aplicando o conceito de seno no ângulo 𝑨𝑩

̅̅̅̅
𝑨𝑫 𝟐 𝟏
̂ 𝑫) =
𝒔𝒆𝒏(𝑨𝑩 = = ⇒ ̂ 𝑫 = 𝟑𝟎°
𝑨𝑩
̅̅̅̅ 𝟒 𝟐
𝑨𝑩
̂ 𝑫 = 𝟏𝟖𝟎°
Mas, 𝜶 + 𝑨𝑩 ⇒ 𝜶 = 𝟏𝟓𝟎°

Aplicando os conceitos de relações entre ângulos no ciclo trigonométrico, obtemos:

√𝟑
𝐜𝐨𝐬(𝜶) = 𝐜𝐨𝐬(𝟏𝟓𝟎°) = 𝐜𝐨𝐬(𝟏𝟖𝟎° − 𝟑𝟎°) = − 𝐜𝐨𝐬(𝟑𝟎°) = −
𝟐
Gabarito: “d”

53. (EEAR/2001)
̂ ) = 𝟏 𝒔𝒆𝒏(𝑪
Em um triângulo retângulo a hipotenusa mede 𝟓 𝒄𝒎 e o 𝒔𝒆𝒏(𝑩 ̂ ). O maior cateto mede,
𝟐
em cm:

a) √𝟑

b) √𝟓

c) 𝟐√𝟑

d) 𝟐√𝟓
Comentários

De acordo com o enunciado, temos duas situações possíveis, uma é dada por um triângulo
retângulo em A e outra para um triângulo retângulo em C:

Primeira solução: triângulo retângulo em C

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 173


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𝟏
̂ ) = 𝒔𝒆𝒏(𝟗𝟎°) = 𝟏 ⇒
𝒔𝒆𝒏(𝑪 ̂) =
𝒔𝒆𝒏 (𝑩 ⇒ 𝑩 = 𝟑𝟎°
𝟐
𝟓 𝟓√𝟑
Pela definição de seno e cosseno do ângulo de 𝟑𝟎°, chegamos que 𝑨𝑪 = 𝟐 𝒆 𝑩𝑪 = , Logo o
𝟐
𝟓√𝟑
maior cateto mede . E percebemos que não há alternativa.
𝟐

Segunda solução: triângulo retângulo em A

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 174


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Obs: O maior cateto é oposto ao maior ângulo e como já existe um ângulo reto, podemos concluir
que o maior ângulo entre 𝑩 ̂ e𝑪 ̂ é o ângulo com o maior valor de seno. E dada a igualdade
fornecida no enunciado, o maior seno é o seno de 𝑪 ̂ . Portanto o maior cateto é o cateto ̅̅̅̅
𝑨𝑩.
Também sabemos que, devido ao triângulo ser retângulo:

̂ ) = 𝒄𝒐𝒔(𝑪
𝒔𝒆𝒏(𝑩 ̂)

Utilizando a identidade trigonométrica

̂ + 𝐬𝐞𝐧𝟐 𝑪
𝐜𝐨𝐬 𝟐 𝑪 ̂ =𝟏

⇒ ̂ + 𝐬𝐞𝐧𝟐 𝑪
𝐬𝐞𝐧𝟐 𝑩 ̂=𝟏

𝟐
𝟏
⇒ ̂ )) + 𝐬𝐞𝐧𝟐 𝑪
( ⋅ 𝒔𝒆𝒏(𝑪 ̂=𝟏
𝟐

𝟏
⇒ ̂ + 𝐬𝐞𝐧𝟐 𝑪
⋅ 𝐬𝐞𝐧𝟐 𝑪 ̂=𝟏
𝟒
𝟓
⇒ ̂=𝟏
⋅ 𝐬𝐞𝐧𝟐 𝑪
𝟒
𝟒
⇒ ̂=
𝐬𝐞𝐧𝟐 𝑪
𝟓

𝟐√𝟓
̂=
𝒔𝒆𝒏 𝑪
𝟓
Aplicando agora a definição de seno para descobrir a medida de ̅̅̅̅
𝑨𝑩

̅̅̅̅
𝑨𝑩
̂=
𝒔𝒆𝒏 𝑪
̅̅̅̅
𝑩𝑪
̅̅̅̅ 𝟐√𝟓
𝑨𝑩
̂=
𝒔𝒆𝒏 𝑪 =
𝟓 𝟓

⇒ ̅̅̅̅ = 𝟐√𝟓
𝑨𝑩

Gabarito: “d”

54. (EEAR/2001)

Se os ângulos internos de um triângulo estão em PA (progressão aritmética) e o menor deles é a


metade do maior, então o valor do maior ângulo, em graus, é:

a) 𝟖𝟎

b) 𝟗𝟎
c) 𝟏𝟎𝟎

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 175


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d) 𝟏𝟐𝟎
Comentário:

Os ângulos são 𝑥 − 𝑟, 𝑥, 𝑥 + 𝑟. Como a soma dos ângulos deve ser 180°, obtemos:

3𝑥 = 180° ∴ 𝑥 = 60°.

Como o menor é a metade do maior, obtemos:

60° + 𝑟
60° − 𝑟 = ∴ 𝑟 = 20°.
2
Logo os ângulos são 40°, 60°, 80° e o maior deles é 80°.

Gabarito: “a”.

55. (EEAR/2001)

Se na figura, 𝑨𝑩 = 𝑨𝑪 e 𝑩𝑪 = 𝑪𝑫 = 𝑫𝑨, então o valor do ângulo 𝜶, em graus, é:

a) 𝟑𝟎

b) 𝟑𝟔

c) 𝟒𝟓

d) 𝟔𝟎
Comentário:

De 𝐶𝐷 = 𝐷𝐴 concluímos que 𝐴𝐶̂ 𝐷 = 𝛼 pois ∆𝐴𝐶𝐷 é isósceles de base 𝐴𝐶. Logo, pelo teorema
do ângulo externo, 𝐵𝐷̂ 𝐶 = 𝐴𝐶̂ 𝐷 + 𝐷𝐴̂𝐶 = 2𝛼. De 𝐵𝐶 = 𝐶𝐷 concluímos que 𝐷𝐵̂ 𝐶 = 2𝛼, pois
∆𝐷𝐵𝐶 é isósceles de base 𝐵𝐷. Finalmente, como 𝐴𝐵 = 𝐴𝐶, temos que 𝐴𝐶̂ 𝐵 = 𝐴𝐵̂ 𝐶 = 2𝛼.
Portanto, olhando para o triângulo ∆𝐴𝐵𝐶, a soma dos ângulos internos é:

180° = 𝛼 + 2𝛼 + 2𝛼 = 5𝛼 ∴ 𝛼 = 36°.

Gabarito: “b”.

56. (EEAR/2000)
Na figura 𝑩𝑨//𝑬𝑭. A medida de 𝑿 é:

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 176


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a) 𝟏𝟎𝟓°

b) 𝟏𝟎𝟔°

c) 𝟏𝟎𝟕°

d) 𝟏𝟎𝟖°
Comentário:

Prolongue a transversal 𝐶𝑋, de modo que 𝑀 seja a interseção do prolongamento com 𝐴𝐵, e 𝑁 a
interseção com 𝐸𝐹.

̂ 𝐶 = 𝐵𝐶̂ 𝐷 − 𝐶𝐵̂ 𝑀 = 96° − 42° = 54°


Pelo teorema do ângulo externo no ∆𝐵𝑀𝐶, 𝐵𝑀

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 177


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̂ 𝐶 e 𝐸𝑁
Por 𝐴𝐵//𝐸𝐹, 𝐵𝑀 ̂ 𝐷 são alternos internos. Logo, 𝐸𝑁
̂ 𝐷 = 54°.

̂ 𝑀 = 𝐷𝐸̂ 𝑁 + 𝐸𝑁
Novamente pelo teorema do ângulo externo no ∆𝐸𝑁𝐷, 𝐸𝐷 ̂ 𝐷 = 52° + 54° =
106°.

∴ 𝑋 = 106°.

Gabarito: “b”.
57. (CN/2012)

Observe a figura a seguir.

Na figura acima, sabe-se que 𝒌 > 𝟑𝟔°. Qual é o menor valor natural da soma 𝒙 + 𝒚 + 𝒛 + 𝒕, sabendo
que tal soma deixa resto 4, quando dividida por 5, e resto 11, quando dividida por 12?

a) 479°

b) 539°
c) 599°

d) 659°

e) 719°
Comentários
Observe a figura abaixo:

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 178


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Do quadrilátero destacado, temos a seguinte relação:


180 − 3𝑘 + 180 − 2𝑘 + 𝑥 + 𝑦 − 180 + 𝑡 + 𝑧 − 180 = 360°
Ou seja:
𝑥 + 𝑦 + 𝑧 + 𝑡 = 360 + 5𝑘
Do enunciado, temos que 𝑘 > 36°, logo:
𝑥 + 𝑦 + 𝑧 + 𝑡 > 360 + 5 ∙ 36 = 540
Essa soma deve deixar resto 4 na divisão por 5 e resto 11 na divisão por 12. Ou seja, deve
ser do tipo:
5𝑛 − 1 𝑒 12𝑚 − 1
Ao mesmo tempo. Disso, segue:
5𝑛 − 1 = 12𝑚 − 1 ⇒ 5𝑛 = 12𝑚
Isto é, 𝑛 é múltiplo de 12 e 𝑚 é múltiplo de 5. Uma forma de atender às duas condições ao
mesmo tempo é, portanto:
541
𝑥 + 𝑦 + 𝑧 + 𝑡 = 60𝑝 − 1 > 540 ⇒ 𝑝 > ≈ 9,016
60
Como 𝑝 é natural, segue que 𝑝 é no mínimo 10, do que segue a soma mínima:
𝑥 + 𝑦 + 𝑧 + 𝑡 = 60 ∙ 10 − 1 = 599°
Gabarito: “c”.

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 179


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58. (CN/2005)

Num triângulo ABC, AB = AC, o ponto D interno ao lado AC é determinado de modo que DC = BC.
Prolonga-se o lado BC (no sentido de B para C) até o ponto E de modo que CE = BC. Se o ângulo 𝑨𝑩𝑫
mede 12°, qual a medida, em graus, do ângulo BAC?

a) 100

b) 88

c) 76

d) 54

e) 44
Comentários
O ponto 𝐸 não será utilizado, de modo que o esboço da situação é o que segue:

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 180


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Como o Δ𝐴𝐵𝐶 é isósceles, temos que 𝐵𝐶̂ 𝐴 = 12° + 𝛽.


Como o Δ𝐵𝐶𝐷 é isósceles, temos:
𝐷𝐵̂𝐶 = 𝐵𝐷
̂𝐶
Daí, olhando para o Δ𝐵𝐶𝐷:
168°
𝛽 + 12° + 𝛽 + 𝛽 = 180° ⇒ 𝛽 = = 56°
3
Por fim, temos que:
̂ 𝐶 = 12° + 𝐵𝐴̂𝐶 ⇒ 56° = 12° + 𝐵𝐴̂𝐶 ⇒ 𝐵𝐴̂𝐶 = 44°
𝐵𝐷
Gabarito: “e”.
59. (CN/2003)

Num triângulo acutângulo isósceles ABC, o segmento BP, P interno ao segmento AC, forma com o
lado BA um ângulo de 15°. Quanto mede o maior ângulo de PBC, sabendo que os triângulos ABP e
ABC são semelhantes?

a) 65,5°

b) 82,5°

c) 97,5°

d) 135°

e) 150°
Comentários
Como o triângulo 𝐴𝐵𝐶 é isósceles e acutângulo e o triângulo 𝐴𝐵𝑃 é semelhante ao 𝐴𝐵𝐶,
temos que a disposição dos vértices deve ser a seguir:

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 181


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Com 𝐶𝐴 = 𝐶𝐵.
165°
Veja que, com isso, 𝐶𝐴𝐵 = . O maior ângulo do triângulo 𝑃𝐶𝐵 é, portanto, o ângulo
2
165° 195°
𝐴𝑃̂𝐵 = + 15° = = 97,5°
2 2

Já que 𝐴𝑃̂𝐵 é externo ao Δ𝑃𝐵𝐴.


Qualquer outra disposição dos vértices implicaria em um triângulo 𝐴𝐵𝐶 não acutângulo.
Gabarito: “c”.
60. (CN/1999)

O número de triângulos que podemos construir com lados medindo 5, 8 e 𝒙, 𝒙 ∈ ℕ∗ , de tal forma
que seu ortocentro seja interno ao triângulo é:

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 182


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a) 3

b) 4

c) 5

d) 6

e) 7
Comentários
O primeiro passo é usar a desigualdade triangular:
8<𝑥+5⇒3<𝑥
𝑥 < 8 + 5 ⇒ 𝑥 < 13
Ou seja:
3 < 𝑥 < 13
Para que o ortocentro seja interno ao triângulo ele deve ser acutângulo.
Disso, temos que considerar duas possibilidades, pois para aplicar a síntese de Clairaut
devemos saber qual é o maior lado:
1ª: 𝑥 ≥ 8
Da síntese de Clairaut podemos afirmar:
𝑥 2 < 82 + 52 = 89 ⇒ 𝑥 < √89
Ou seja, 8 ≤ 𝑥 < √89. Disso, temos duas possibilidades: 𝑥 = 8 𝑜𝑢 𝑥 = 9.
2ª: 𝑥 < 8
O maior lado é 8, usando a síntese de Clairaut:
82 < 𝑥 2 + 52 ⇒ 39 < 𝑥 2 ⇒ 𝑥 > √39
Ou seja, √39 < 𝑥 < 8. Disso, temos 𝑥 = 7.
Assim, temos 3 triângulos possíveis.
Gabarito: “a”.
61. (CN/1999)

Dados os casos clássicos de congruência de triângulos A.L.A., L.A.L., L.L.L. e L.A.A o onde L = lado, A =
ângulo e Ao = ângulo oposto ao lado dado, complete corretamente as lacunas das sentenças abaixo
e assinale a alternativa correta.

I. Para se mostrar que a mediatriz de um segmento AB é o lugar geométrico dos pontos do plano
equidistantes dos extremos A e B, usa-se o caso ____ de congruência de triângulos.

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 183


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̂ 𝑪 tem seus pontos equidistantes dos lados BA e


II. Para se mostrar que a bissetriz de um ângulo 𝑨𝑩
BC desse ângulo, sem usar o teorema da soma dos ângulos internos de um triângulo, usa-se o caso
____ de congruência de triângulos.

a) L.A.L. / A.L.A.

b) L.A.L. / L.A.Ao.

c) L.L.L. / L.A.Ao.

d) L.A.Ao. / L.A.L.

e) A.L.A. / L.L.L.
Comentários
Vamos analisar cada situação separadamente:
Situação I:

Como 𝐶𝑀 é mediatriz, temos que 𝐴𝑀 = 𝑀𝐵. Assim os triângulos 𝐴𝑀𝐶 𝑒 𝐶𝑀𝐵 são
̂ 𝐶 = 𝐶𝑀
congruentes pelo caso 𝐿𝐴𝐿, já que 𝐴𝑀 ̂ 𝐵.
Situação II:
Observe a figura abaixo:

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 184


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Observe que os ângulos 𝐶𝐹̂ 𝐷 𝑒 𝐶𝐸̂ 𝐷, opostos ao lado 𝐶𝐷, são iguais. Disso, temos que o
caso de congruência entre Δ𝐶𝐸𝐷 𝑒 Δ𝐶𝐷𝐹 é o 𝐿𝐴𝐴𝑜 .
Gabarito: “b”.
62. (CN/1998)

Uma cidade B encontra-se 600 km a leste de uma cidade A; e uma cidade C encontra-se 500km ao
norte da mesma cidade A. Um ônibus parte de B, com velocidade constante em linha reta e na
direção da cidade A. No mesmo instante e com velocidade constante igual à do ônibus, um carro,
também em linha reta, parte de C para interceptá-lo. Aproximadamente a quantos quilômetros de
A, o carro alcançará o ônibus?

a) 92

b) 94

c) 96

d) 98

e) 100
Comentários
As trajetórias podem ser representadas como na figura abaixo:

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 185


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As distâncias percorridas até o encontro são iguais, já que possuem a mesma velocidade.
Aplicando o teorema de Pitágoras ao Δ𝐴𝐷𝐶:
1525
5002 + (600 − 𝑥)2 = 𝑥 2 ⇒ 𝑥 =
3
1525 275
Queremos 𝐴𝐷 = 600 − 𝑥 = 600 − = ≈ 91,66 𝑘𝑚.
3 3

Gabarito: “a”.
63. (CN/2023)
O relógio analógico de um camarote da Fragata Liberal foi acertado exatamente às 18 horas. Qual
será o menor ângulo entre os ponteiros desse relógio, quando o ponteiro menor tiver percorrido
um ângulo de 𝟑𝟔°?

a) 𝟕𝟐°

b) 𝟗𝟎°

c) 𝟏𝟎𝟖°

d) 𝟏𝟐𝟔°

e) 𝟏𝟒𝟒°
Comentários

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 186


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Quando o ponteiro das horas move 36°, ele completará 1 hora e andará mais 6°, fazendo
com que o ponteiro dos minutos caminhe 𝜃. Usando uma regra de três:
𝐻−𝑀
30° − 360°
6° − 𝜃
30°𝜃 = (360°)(6°)
𝜃 = 72°
O ângulo formado entre os ponteiros é dado por:
180° − 𝜃 + 36° = 216° − 72° = 144°
Gabarito: E

6. QUESTÕES NÍVEL 2

64. (EFOMM/2018)

Num triângulo ABC, as bissetrizes dos ângulos externos do vértice 𝑩 e 𝑪 formam um ângulo de
medida 𝟓𝟎°. Calcule o ângulo interno do vértice 𝑨.

a) 𝟏𝟏𝟎°

b) 𝟗𝟎°
c) 𝟖𝟎°

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 187


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d) 𝟓𝟎°

e) 𝟐𝟎°

65. (EFOMM/2016)

Determine o perímetro do triângulo 𝑨𝑩𝑫, em cm, representado na figura abaixo:

a) 𝟓√𝟑 + 𝟓
b) 𝟓(𝟐 + √𝟐)(√𝟑 + 𝟏)

c) 𝟐𝟎 + 𝟒√𝟓

d) 𝟒𝟓

e) 𝟓𝟎

66. (EFOMM/2010)

Um triângulo isósceles 𝑨𝑩𝑪, com lados 𝑨𝑩 = 𝑨𝑪 e base 𝑩𝑪, possui a medida da altura relativa à
base igual a medida da base acrescida de dois metros. Sabendo que o perímetro do triângulo é igual
a 𝟑𝟔 metros, pode-se afirmar que sua base mede

a) 8 metros.

b) 9 metros.

c) 10 metros.

d) 11 metros.

e) 12 metros.

67. (EFOMM/2005)

Determine a medida do ângulo interno 𝑨 no triângulo 𝑨𝑩𝑪 da figura abaixo, sabendo-se que, ̅̅̅̅̅
𝑩𝑫 é
̅̅̅̅ a bissetriz do ângulo externo 𝑪.
a bissetriz do ângulo interno 𝑩, e 𝑪𝑫

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 188


Prof. Victor So

a) 𝟔𝟎°

b) 𝟖𝟎°

c) 𝟏𝟎𝟎°

d) 𝟏𝟏𝟎°

e) 𝟏𝟐𝟎°

GABARITO

64. c
65. b
66. c
67. c

RESOLUÇÃO
64. (EFOMM/2018)

Num triângulo ABC, as bissetrizes dos ângulos externos do vértice 𝑩 e 𝑪 formam um ângulo de
medida 𝟓𝟎°. Calcule o ângulo interno do vértice 𝑨.

a) 𝟏𝟏𝟎°

b) 𝟗𝟎°

c) 𝟖𝟎°

d) 𝟓𝟎°

e) 𝟐𝟎°
Comentários

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 189


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Do enunciado, temos a seguinte figura:

Do triângulo BCD:
𝛽 + 𝛾 = 130° (𝐼)
Além disso, no triângulo ABC, temos:
𝛼 + (180° − 2𝛾) + (180° − 2𝛽) = 180°
𝛼 + 180° − 2(𝛽 + 𝛾 ) = 0
Substituindo a relação (𝐼) na equação acima:
𝛼 + 180° − 2 ⋅ (130°) = 0
𝛼 − 80° = 0
∴ 𝛼 = 80°
Gabarito: “c”.
65. (EFOMM/2016)

Determine o perímetro do triângulo 𝑨𝑩𝑫, em cm, representado na figura abaixo:

a) 𝟓√𝟑 + 𝟓
b) 𝟓(𝟐 + √𝟐)(√𝟑 + 𝟏)

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 190


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c) 𝟐𝟎 + 𝟒√𝟓

d) 𝟒𝟓

e) 𝟓𝟎
Comentários
No triângulo retângulo ABD, temos:
𝑦 2 = 𝑥 2 + 𝑥 2 ⇒ 𝑦 2 = 2𝑥 2 ⇒ 𝑦 = 𝑥√2
Além disso, no triângulo retângulo ACD temos:
𝑥 1 𝑥 10
tg 30° = ⇒ = ⇒ 𝑥 + 10 = 𝑥√3 ⇒ 𝑥(√3 − 1) = 10 ⇒ 𝑥 =
𝑥 + 10 √3 𝑥 + 10 √3 − 1
⇒ 𝑥 = 5(√3 + 1) 𝑐𝑚
Logo, o perímetro do Δ𝐴𝐵𝐷 é:
2𝑝𝐴𝐵𝐷 = 2𝑥 + 𝑦 = 2𝑥 + 𝑥√2 = 𝑥(2 + √2) = 5(√3 + 1)(2 + √2)
Gabarito: “b”.
66. (EFOMM/2010)

Um triângulo isósceles 𝑨𝑩𝑪, com lados 𝑨𝑩 = 𝑨𝑪 e base 𝑩𝑪, possui a medida da altura relativa à
base igual a medida da base acrescida de dois metros. Sabendo que o perímetro do triângulo é igual
a 𝟑𝟔 metros, pode-se afirmar que sua base mede

a) 8 metros.

b) 9 metros.

c) 10 metros.

d) 11 metros.

e) 12 metros.
Comentários

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 191


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Do perímetro, temos:
2𝑏 + 𝑎 = 36
Da relação de Pitágoras:
𝑎 2
ℎ² + ) = 𝑏2
(
2
Além disso, com base no enunciado, temos:
ℎ =𝑎+2
Assim,
𝑎2 𝑎 2
(𝑎 + 2 )2 + = (18 − )
4 2
𝑎2
4(𝑎2 + 4𝑎 + 4) + 𝑎2 = 4 (324 − 18𝑎 + )
4
4𝑎2 + 16𝑎 + 4 ⋅ 4 + 𝑎2 = 4 ⋅ 324 − 72𝑎 + 𝑎2
4𝑎2 + 88𝑎 − 4 ⋅ 320 = 0
𝑎2 + 22𝑎 − 320 = 0
Resolvendo:
𝑎 = −11 ± √441 = −11 ± 21
𝑎 = 10 𝑜𝑢 𝑎 = −32
Como 𝑎 > 0, devemos ter 𝑎 = 10𝑚.
Gabarito: “c”.
67. (EFOMM/2005)

Determine a medida do ângulo interno 𝑨 no triângulo 𝑨𝑩𝑪 da figura abaixo, sabendo-se que, ̅̅̅̅̅
𝑩𝑫 é
̅̅̅̅ a bissetriz do ângulo externo 𝑪.
a bissetriz do ângulo interno 𝑩, e 𝑪𝑫

a) 𝟔𝟎°
b) 𝟖𝟎°

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 192


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c) 𝟏𝟎𝟎°

d) 𝟏𝟏𝟎°

e) 𝟏𝟐𝟎°
Comentários

Da figura, temos:
𝛥𝐵𝐷𝐶: (180° − 𝛽) + 50° + 𝛼 = 180° ⇒ 𝛽 − 𝛼 = 50°
𝑥
𝛥𝐴𝐵𝐶: 𝑥 + 2𝛼 + (180° − 2𝛽) = 180° ⇒ 𝑥 = 2(𝛽 − 𝛼 ) ⇒ 𝛽 − 𝛼 =
2
𝑥
= 50° ∴ 𝑥 = 100°
2
Gabarito: “c”.

7. QUESTÕES NÍVEL 3
68. (Desafio - Triângulo Russo)
̂ = 𝟐𝟎°, 𝑫Â𝑪 = 𝟔𝟎° e 𝑨𝑪
Sabendo que o triângulo 𝑨𝑩𝑪 é isósceles com 𝑨𝑩 = 𝑩𝑪. Se 𝑩 ̂ 𝑬 = 𝟓𝟎°,
calcule 𝒙.

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 193


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69. (Elementos da Matemática Volume 2)


̂ = 𝟏𝟐𝟎°; M e N são pontos do lado BC tais que 𝑴𝑩 = 𝑨𝑩 e 𝑵𝑪 = 𝑨𝑪.
ABC é um triângulo no qual 𝑨
̂ 𝑵.
Calcular o ângulo 𝑴𝑨

70. (Portugal – 98)

Na figura seguinte, 𝑨𝑫 = 𝑩𝑪.

̂ 𝑪?
Quanto mede o ângulo 𝑫𝑨

71. (ITA/2011)
Seja 𝐴𝐵𝐶 um triângulo retângulo cujos catetos ̅̅̅̅ 𝐴𝐵 e ̅̅̅̅
𝐵𝐶 medem 8 cm e 6 cm,
̅̅̅̅ e o triângulo 𝐴𝐷𝐶 e isósceles, a medida do
respectivamente. Se 𝐷 é um ponto sobre 𝐴𝐵
̅̅̅̅ , em cm, é igual a
segmento 𝐴𝐷

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 194


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a) 3/4
b) 15/6
c) 15/4
d) 25/4
e) 25/2

72. (ITA/2008)
Considere o triângulo 𝐴𝐵𝐶 isósceles em que o ângulo distinto dos demais, 𝐵𝐴̂𝐶, mede 40°.
Sobre o lado ̅̅̅̅
𝐴𝐵 , tome o ponto 𝐸 tal que 𝐴𝐶̂ 𝐸 = 15°. Sobre o lado ̅̅̅̅
𝐴𝐶 , tome o ponto 𝐷 tal
̂ ̂
que 𝐷𝐵𝐶 = 35°. Então, o ângulo 𝐸𝐷 𝐵 vale
a) 35°
b) 45°
c) 55°
d) 75°
e) 85°

73. (ITA/1984)
Sejam as afirmações:
I. Por um ponto passa uma única reta;
II. Um ponto e uma reta determinam um plano;
III. Se dois pontos de uma reta pertencem a um plano então a reta está contida nesse plano;
IV. Por um ponto situado fora de uma reta, existe uma reta paralela à reta dada.
Podemos garantir que:
a) Apenas III é verdadeira.
b) I e II são falsas.
c) Apenas I é falsa.
d) Apenas II e III são verdadeiras.
e) Apenas II e IV são verdadeiras.

74. (ITA/1978)
Quais as sentenças falsas nos itens abaixo?
I. Se dois planos são secantes, todas as retas de um deles sempre interceptam o outro plano;

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 195


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II. Se em dois planos, num deles existem duas retas distintas paralelas ao outro plano, os
planos são sempre paralelos;
III. Em dois planos paralelos, todas as retas de um são paralelas ao outro plano;
IV. Se uma reta é paralela a um plano, em tal plano existe uma infinidade de retas paralelas
àquela reta;
V. Se uma reta é paralela a um plano, será paralela a todas as retas do plano.
a) I; II; III
b) I; II; V
c) I; III; IV
d) II; III; IV
e) N.D.A

75. (ITA/1987)
Qual das afirmações abaixo é verdadeira?
a) Três pontos, distintos dois a dois, determinam um plano.
b) Um ponto e uma reta determinam um plano.
c) Se dois planos distintos têm um ponto em comum, tal ponto é único.
d) Se uma reta é paralela a um plano e não está contida neste plano, então ela é paralela a
qualquer reta desse plano.
e) Se 𝛼 é o plano determinado por duas retas concorrentes r e s, então toda reta m desse
plano, que é paralela a r, não será paralela à reta s.

76. (ITA/Modificada/2013)
Das afirmações:
I. Duas retas coplanares são concorrentes;
II. Duas retas que não têm ponto em comum são reversas;
III. Dadas duas retas reversas, existem dois, e apenas dois, planos paralelos, cada um
contendo uma das retas;
É (são) verdadeira(s) apenas:
a) III
b) I e III
c) II e III

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 196


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d) Apenas I
e) Apenas I e II

77. (ITA/2011)
Entre duas superposições consecutivas dos ponteiros das horas e dos minutos de um relógio,
o ponteiro dos minutos varre um ângulo cuja medida, em radianos, é igual a:
23𝜋
a)
11
13𝜋
b)
6
24𝜋
c)
11
25𝜋
d)
11
7𝜋
e)
3

78. (Estratégia Militares)


𝑴𝑨 𝟕
Os pontos A, M, B e N de uma reta formam uma divisão harmônica de razão 𝑴𝑩 = 𝟑. Se 𝑨𝑩 = 𝟒𝟎,
𝑴𝑵 mede:

a) 24

b) 38

c) 40
d) 42

e) 45

79. (Estratégia Militares)


Os pontos A, M, B e N de uma reta formam uma divisão harmônica. Se 𝑨𝑩 = 𝟕 e 𝑴𝑵 = 𝟐𝟒, a razão
𝑴𝑨
é igual a:
𝑴𝑩

a) 𝟐
𝟑
b) 𝟐
𝟒
c) 𝟑
𝟓
d) 𝟑

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 197


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𝟑
e) 𝟓

80. (Estratégia Militares)


Os pontos P e Q pertencem ao interior do segmento 𝑨𝑩 e estão de um mesmo lado de seu ponto
𝟐 𝟑
médio. P divide 𝑨𝑩 na razão 𝟑 e Q divide 𝑨𝑩 na razão 𝟒. Se 𝑷𝑸 = 𝟐, 𝑨𝑩 mede

a) 50

b) 60

c) 70

d) 80

e) 40

81. (Estratégia Militares)


𝑴𝑨 𝑵𝑨
Os pontos A, M, B e N de uma reta formam uma divisão harmônica de razão 𝑴𝑩 = 𝑵𝑩 = 𝒌. Se J é o
𝑱𝑨
ponto médio de 𝑴𝑵, a razão 𝑱𝑩 vale:

a) 𝒌

b) 𝟐𝒌

c) 𝒌𝟐

d) 𝒌𝟐 − 𝟏
e) 𝒌𝟐 + 𝟏

82. (Estratégia Militares)


Na figura, as retas 𝑳𝟏 e 𝑳𝟐 são paralelas. O valor de 𝒙, em graus, é igual a:

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 198


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a) 𝟓

b) 𝟔

c) 𝟕

d) 𝟖

e) 𝟗

83. (Estratégia Militares)

Os pontos M, N e P pertencem respectivamente aos lados AB, BC e AC do triângulo ABC. Sabe-se


̂ 𝑷 = 𝒂, 𝑴𝑵
que AB = AC e que PM = PN. Sendo 𝑨𝑴 ̂ 𝑩 = 𝒃 𝒆 𝑵𝑷
̂ 𝑪 = 𝒄, uma relação entre esses três
ângulos é:

a) 𝒂 + 𝒃 + 𝒄 = 𝟏𝟖𝟎 °

b) 𝟐𝒂 = 𝒃 + 𝒄

c) 𝟐𝒃 = 𝒂 + 𝒄

d) 𝟐𝒄 = 𝒂 + 𝒃

e) 𝒂 + 𝒄 − 𝒃 = 𝟗𝟎°

84. (Estratégia Militares)

Seja o triângulo isósceles ABC de vértice A. Sabendo que os segmentos BC, CD, DE, EF e FA são
congruentes, o ângulo do vértice A do triângulo é igual a:

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 199


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a) 𝟏𝟎°

b) 𝟏𝟓°

c) 𝟏𝟖°

d) 𝟐𝟎°

e) 𝟐𝟐, 𝟓°

85. (Estratégia Militares)


̂ = 𝟔𝟔∘ e 𝑪
No triângulo ABC, 𝑩 ̂ = 𝟑𝟖∘ . As alturas AD e BE cortam-se em H e o ponto M é médio de
HA. O ângulo 𝑴𝑬̂ 𝑫 mede:

a) 54°

b) 58°

c) 62°

d) 68°

e) 72°

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 200


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86. (EPCAr 2004)

Considere as retas 𝒓 e 𝒔 (𝒓 ∥ 𝒔) e os ângulos 𝒆̂, 𝒊̂ e 𝒂


̂ da figura abaixo

Pode-se afirmar que

a) e + i + a = 270°

b) e + i + a = 180°

c) e + i = a
d) e + i + a = 90°

87. (Estratégia Militares)

Na figura, as retas 𝑳𝟏 e 𝑳𝟐 são paralelas. O valor de 𝒙 é igual a:


L1 L2

100
170
x
70
160

30

a) 100°

b) 110°

c) 120°

d) 130°

e) 140°

88. (Estratégia Militares)


̂, 𝑩
Na figura abaixo os segmentos de reta r e s são paralelos. Então a soma dos ângulos 𝑨 ̂, 𝑪
̂, 𝑫
̂, 𝑬
̂e
̂ será de quantos graus?
𝑭

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 201


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a) 60°

b) 90°

c) 120°

d) 180°

e) 360°

89. (Estratégia Militares)


̂ =60º, 2) AM = AP, 3) BM = BQ, 4) MP = MQ. O ângulo
Da figura abaixo sabe-se que: 1) Â = 80º e 𝑩
̂ mede:
𝜶

a) 10°

b) 12°

c) 15°

d) 20°

e) NRA

90. (Estratégia Militares)

Na figura sabe-se que 𝑨𝑩 = 𝑨𝑪 e 𝑪𝑫 = 𝟖 𝒎, então o comprimento 𝑩𝑪 vale:

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 202


Prof. Victor So

a) 4 m

b) 2√𝟐 m

c) 4√𝟐 m

d) 8 m

e) 8√𝟐 m

91. (Estratégia Militares)


̂ 𝑴 = 𝟏𝟓∘ e 𝑨𝑴
No triângulo ABC da figura, M é o ponto médio de BC. Se 𝑨𝑩 ̂ 𝑪 = 𝟑𝟎∘ , a medida do
ângulo 𝑩𝑪̂ 𝑨 é:

a) 15°

b) 30°

c) 45°

d) 60°

e) 75°

92. (Estratégia Militares)

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 203


Prof. Victor So

Seja um triângulo ABC, onde as alturas AP, BQ e CR se interceptam no ponto H interno ao triângulo.
Sabendo-se que H é o ponto médio de AP e que CH é o dobro de HR, pode-se afirmar que a medida
do ângulo 𝑨𝑩̂ 𝑪 é:

̂ 𝑹.
a) O triplo da medida de 𝑨𝑪
̂ 𝑷.
b) O dobro da medida de 𝑪𝑨
̂ 𝑪.
c) Um terço da medida de 𝑨𝑯
̂ 𝑪.
d) Metade da medida de 𝑩𝑨
̂ 𝑯.
e) O dobro da medida de 𝑨𝑩

93. (CMRJ 2011)

Os triângulos ABC e ABD da figura são isósceles com 𝑨𝑩 = 𝑨𝑪 = 𝑩𝑫. Seja E o ponto de interseção
̂e 𝑫
de BD com AC. Se BD é perpendicular a AC, então a soma dos ângulos 𝑪 ̂ vale

a) 115°

b) 120°

c) 130°

d) 135°

e) 140°

94. (Estratégia Militares)

No quadrilátero ABCD, AB = 5, BC = 17, CD = 5, DA = 9, e a medida de BD é um número inteiro. A


medida de BD é:

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 204


Prof. Victor So

a) 11

b) 12

c) 13

d) 14

e) 15

95. (CN 1997)

Quantos triângulos obtusângulos existem, cujos lados são expressos por números inteiros
consecutivos?

a) um.

b) dois.

c) três.

d) quatro.

e) cinco.

96. (CN 1996)

Sejam os triângulos ABC e MPQ, tais que:


̂ 𝑸 = 𝑨𝑪
I - 𝑴𝑷 ̂ 𝑩 = 𝟗𝟎º

̂ 𝑴 = 𝟕𝟎º
II - 𝑷𝑸
̂ 𝑪 = 𝟓𝟎º
III - 𝑩𝑨

IV - 𝑨𝑪 = 𝑴𝑷

Se 𝑷𝑸 = 𝒙 e 𝑩𝑪 = 𝒚, então 𝑨𝑩 é igual a:

a) x + y

b) √𝒙𝟐 + 𝒚²
𝟐𝒙𝒚
c) (𝒙+𝒚)²
𝟐√𝒙𝒚
d) 𝒙+𝒚

e) 2x+y

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 205


Prof. Victor So

97. (ITA 2008)

Considere o triângulo ABC isósceles em que o ângulo distinto dos demais, BÂC, mede 40º. Sobre o
lado 𝑨𝑩, tome o ponto E tal que 𝑨𝑪̂ 𝑬 = 𝟏𝟓º. Sobre o lado 𝑨𝑪, tome o ponto D tal que 𝑫𝑩
̂ 𝑪 = 𝟑𝟓∘ .
Então, o ângulo 𝑬𝑫̂ 𝑩 vale:

a) 35°

b) 45°

c) 55°

d) 75°

e) 85°

98. (Estratégia Militares)

Na figura, calcule x.

a) 110°

b) 120°

c) 135°

d) 145°

e) 150°

99. (Estratégia Militares)

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 206


Prof. Victor So

No triângulo 𝑨𝑩𝑪, 𝑨𝑩 = 𝟐𝟎, 𝑨𝑪 = 𝟐𝟏 e 𝑩𝑪 = 𝟐𝟗. Os pontos 𝑫 e 𝑬 sobre o lado 𝑩𝑪 são tais que
̂ 𝑬, em graus, é igual a:
𝑩𝑫 = 𝟖 e 𝑬𝑪 = 𝟗. A medida do ângulo 𝑫𝑨

a) 30

b) 40

c) 45

d) 60

e) 75

100. (Estratégia Militares)


̂ 𝑪 = 𝟖𝟎∘ . Sabendo que 𝑷𝑩
O triângulo𝑨𝑩𝑪 abaixo é isósceles com 𝑨𝑩 = 𝑨𝑪 e 𝑩𝑨 ̂ 𝑪 = 𝟏𝟎∘ e 𝑷𝑪
̂𝑩 =
̂ 𝑩 é:
𝟑𝟎∘ , o valor de 𝑨𝑷

a) 60°
b) 65°

c) 70°

d) 75°

e) 80°

101. (Estratégia Militares)

Seja ABCD um quadrilátero, |𝑨𝑫| = |𝑩𝑪|, 𝑨̂+𝑩̂ = 𝟏𝟐𝟎∘ e seja P um ponto exterior ao quadrilátero
tal que P e A estão em lados opostos do segmento DC e o triângulo DPC é equilátero. Prove que o
triângulo APB também é equilátero.

102. (Estratégia Militares)

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 207


Prof. Victor So

Em um triângulo 𝑨𝑩𝑪, tem-se 𝑨𝑩 = 𝑩𝑪 e 𝑩 ̂ = 𝟐𝟎∘ . Sobre 𝑨𝑩 toma-se o ponto 𝑴 tal que 𝑴𝑪


̂𝑨 =
̂ 𝑪 = 𝟓𝟎∘ . O ângulo 𝑵𝑴
𝟔𝟎∘ e sobre 𝑩𝑪, o ponto 𝑵 tal que 𝑵𝑨 ̂ 𝑪 mede:

a) 10°

b) 20°

c) 30°

d) 40°

e) 50°

GABARITO
68. 𝒙 = 𝟑𝟎°
69. 𝟑𝟎°
70. 𝟏𝟎𝟎°
71. d
72. d
73. b
74. b
75. e
76. a
77. c
78. D
79. C
80. C
81. C
82. D
83. C
84. D
85. C
86. A
87. B
88. D
89. A
90. D
91. E
92. C
93. D
94. C

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 208


Prof. Victor So

95. A
96. A
97. D
98. D
99. C
100. C
101. Demonstração
102. C

RESOLUÇÃO
68. (Desafio - Triângulo Russo)
̂ = 𝟐𝟎°, 𝑫Â𝑪 = 𝟔𝟎° e 𝑨𝑪
Sabendo que o triângulo 𝑨𝑩𝑪 é isósceles com 𝑨𝑩 = 𝑩𝑪. Se 𝑩 ̂ 𝑬 = 𝟓𝟎°,
calcule 𝒙.

Comentários
Essa é uma questão clássica de geometria conhecida como triângulo russo. O segredo
nessa questão é traçar um segmento de tal forma que gere triângulos isósceles. Como 𝐴𝐵𝐶 é
isósceles, temos:
𝐵Â𝐶 = 𝐵𝐶̂ 𝐴 = 𝛼
2𝛼 + 20° = 180°
𝛼 = 80°
Vamos construir o segmento ̅̅̅̅
𝐴𝐹 tal que 𝐹Â𝐶 = 20°:

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 209


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Sabendo que a soma dos ângulos internos de um triângulo é 180°, então para os triângulos
𝐴𝐸𝐶, 𝐴𝐷𝐶 e 𝐴𝐹𝐶, temos:
Δ𝐴𝐸𝐶 ⇒ 𝐴Ê𝐶 + 50° + 80° = 180° ⇒ 𝐴Ê𝐶 = 50°
̂ 𝐶 + 60° + 80° = 180° ⇒ 𝐴𝐷
Δ𝐴𝐷𝐶 ⇒ 𝐴𝐷 ̂ 𝐶 = 40°
Δ𝐴𝐹𝐶 ⇒ 𝐴𝐹̂ 𝐶 + 80° + 20° = 180° ⇒ 𝐴𝐹̂ 𝐶 = 80°

Perceba que:
Δ𝐴𝐹𝐶 é isósceles, então 𝐴𝐹 = 𝐴𝐶

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 210


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Δ𝐴𝐸𝐶 é isósceles, então 𝐴𝐸 = 𝐴𝐶


Δ𝐴𝐹𝐷 é isósceles, então 𝐴𝐹 = 𝐹𝐷

Note o ângulo 𝐸Â𝐹 = 60°, vamos construir o triângulo 𝐴𝐹𝐸:

Δ𝐴𝐹𝐸 é isósceles, então 𝐴Ê𝐹 = 𝐴𝐹̂ 𝐸


Como 𝐸Â𝐹 = 60° é o vértice do triângulo, temos que Δ𝐴𝐹𝐸 é equilátero com 𝐴Ê𝐹 =
𝐴𝐹̂ 𝐸 = 60°. Então, 𝐴𝐸 = 𝐴𝐹 = 𝐸𝐹.

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 211


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̂𝐸
Δ𝐸𝐹𝐷 é isósceles, então 𝐹Ê𝐷 = 𝐹𝐷
Calculando 𝐸𝐹̂ 𝐷:
𝐸𝐹̂ 𝐷 + 60° + 80° = 180° ⇒ 𝐸𝐹̂ 𝐷 = 40°

Calculando os ângulos da base do Δ𝐸𝐹𝐷:


̂ 𝐸 = 𝑥 + 40°
𝐹Ê𝐷 = 𝐹𝐷

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 212


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𝑥 + 40° + 𝑥 + 40° + 40° = 180°


2𝑥 = 60°
∴ 𝑥 = 30°
Gabarito: 𝒙 = 𝟑𝟎°
69. (Elementos da Matemática Volume 2)
̂ = 𝟏𝟐𝟎°; M e N são pontos do lado BC tais que 𝑴𝑩 = 𝑨𝑩 e 𝑵𝑪 = 𝑨𝑪.
ABC é um triângulo no qual 𝑨
̂ 𝑵.
Calcular o ângulo 𝑴𝑨
Comentários

Seja 𝛼 e 𝛽 os ângulos da base 𝑀𝑁 do triângulo 𝐴𝑀𝑁.


Como 𝑀𝐵 = 𝐴𝐵, o Δ𝐴𝐵𝑀 é isósceles de base 𝐴𝑀, logo 𝐵𝐴̂𝑀 = 𝐴𝑀
̂ 𝐵 = 𝛼. Assim, temos
que 𝐴𝐵̂𝑁 = 180 − 2𝛼. Analogamente, Δ𝐴𝐶𝑁 é isósceles de base 𝐴𝑁 (pois 𝑁𝐶 = 𝐴𝐶). Desse
modo, 𝐶𝑁̂ 𝐴 = 𝐶𝐴̂𝑁 = 𝛽 ⇒ 𝐴𝐶̂ 𝑁 = 180° − 2𝛽.
Do enunciado, temos que 𝐵𝐴̂𝐶 = 120°. Logo, podemos escrever que:
180° − 2𝛼 + 180° − 2𝛽 + 120° = 180°
⇒ 𝛼 + 𝛽 = 150°
𝑀𝐴̂𝑁 = 180° − ( 𝛼 + 𝛽)
𝑀𝐴̂𝑁 = 30°
Gabarito: 𝟑𝟎°
70. (Portugal – 98)

Na figura seguinte, 𝑨𝑫 = 𝑩𝑪.

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 213


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̂ 𝑪?
Quanto mede o ângulo 𝑫𝑨
Comentários
Da questão, podemos perceber que 𝐶𝐴̂𝐵 = 180° − 70° − 55° = 55°.
Logo, o triângulo 𝛥𝐴𝐵𝐶 é isósceles com 𝐴𝐶 = 𝐶𝐵. Porém pelo enunciado temos 𝐴𝐷 =
̂ 𝐶 = 40°. Portanto:
𝐵𝐶 o que implica que 𝐴𝐷 = 𝐴𝐶. Assim, Δ𝐴𝐷𝐶 é isósceles com 𝐴𝐷
𝐷𝐴̂𝐶 = 180° − 40° − 40° = 100°
Gabarito: 𝟏𝟎𝟎°
71. (ITA/2011)
Seja 𝐴𝐵𝐶 um triângulo retângulo cujos catetos ̅̅̅̅
𝐴𝐵 e ̅̅̅̅
𝐵𝐶 medem 8 cm e 6 cm,
̅̅̅̅
respectivamente. Se 𝐷 é um ponto sobre 𝐴𝐵 e o triângulo 𝐴𝐷𝐶 e isósceles, a medida do
segmento ̅̅̅̅
𝐴𝐷 , em cm, é igual a
a) 3/4
b) 15/6
c) 15/4
d) 25/4
e) 25/2
Comentários
De acordo com o enunciado, temos a seguinte figura:

Como o Δ𝐵𝐷𝐶 é retângulo, podemos aplicar o teorema de Pitágoras:


𝑥 2 = (8 − 𝑥 ) 2 + 62
𝑥 2 = 𝑥 2 − 16𝑥 + 64 + 36
16𝑥 = 100

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 214


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25
𝑥=
4
Gabarito: “d”.
72. (ITA/2008)
Considere o triângulo 𝐴𝐵𝐶 isósceles em que o ângulo distinto dos demais, 𝐵𝐴̂𝐶, mede 40°.
Sobre o lado ̅̅̅̅
𝐴𝐵 , tome o ponto 𝐸 tal que 𝐴𝐶̂ 𝐸 = 15°. Sobre o lado ̅̅̅̅
𝐴𝐶 , tome o ponto 𝐷 tal
̂ ̂
que 𝐷𝐵𝐶 = 35°. Então, o ângulo 𝐸𝐷 𝐵 vale
a) 35°
b) 45°
c) 55°
d) 75°
e) 85°
Comentários
De acordo com o enunciado do problema, temos:

Como Δ𝐴𝐵𝐶 é isósceles, temos 𝐴𝐵̂𝐶 = 𝐴𝐶̂ 𝐵 = 𝛽. Desse modo:


40° + 𝛽 + 𝛽 = 180°
2𝛽 = 140°
𝛽 = 70°
⇒ 𝐵𝐶̂ 𝐸 = 55°
⇒ 𝐸𝐵̂𝐷 = 35°

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 215


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Pelo Δ𝐵𝐹𝐶:
35° + 55° + 𝐵𝐹̂ 𝐶 = 180°
𝐵𝐹̂ 𝐶 = 90° ⇒ Δ𝐵𝐹𝐶 é retângulo
𝐵𝐹̂ 𝐸 = 90° ⇒ 𝐵𝐸̂ 𝐹 = 55°
Então, 𝐵𝐸𝐶 é isósceles.
Δ𝐵𝐹𝐸~Δ𝐵𝐹𝐶 ⇒ 𝐶𝐹 = 𝐹𝐸
Como 𝐸𝐹̂ 𝐷 e 𝐵𝐹̂ 𝐶 são opostos pelo vértice, temos que 𝐸𝐹̂ 𝐷 = 90°.

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 216


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𝐷𝐹 é altura e mediana do triângulo 𝐷𝐸𝐶, logo 𝐷𝐹 é mediatriz e Δ𝐷𝐸𝐶 é isósceles. Então,


𝐷𝐸̂ 𝐶 = 𝐷𝐶̂ 𝐸 = 15°.
Portanto, pelo Δ𝐷𝐹𝐸:
15° + 90° + 𝛼 = 180°
𝛼 = 75°
Gabarito: “d”.
73. (ITA/1984)
Sejam as afirmações:
I. Por um ponto passa uma única reta;
II. Um ponto e uma reta determinam um plano;
III. Se dois pontos de uma reta pertencem a um plano então a reta está contida nesse plano;
IV. Por um ponto situado fora de uma reta, existe uma reta paralela à reta dada.
Podemos garantir que:
a) Apenas III é verdadeira.
b) I e II são falsas.
c) Apenas I é falsa.
d) Apenas II e III são verdadeiras.
e) Apenas II e IV são verdadeiras.
Comentários
I. Falso. Por um ponto passam infinitas retas.
II. Falso. Podemos pensar no postulado da determinação, em que três pontos não
colineares determinam um plano. Se tomarmos dois pontos, os quais determinam uma reta,
teremos uma reta e um ponto determinando um único plano. Porém na questão não fica claro se
são três pontos colineares ou não, o que torna o item falso.
III. Verdadeiro. Pelo postulado da inclusão.
IV. Verdadeiro. Pelo postulado das paralelas, temos que, por um ponto P externo à uma
reta r dada, existe uma única reta s, paralela à r, passando por P.
Gabarito: “b”.
74. (ITA/1978)
Quais as sentenças falsas nos itens abaixo?
I. Se dois planos são secantes, todas as retas de um deles sempre interceptam o outro plano;
II. Se em dois planos, num deles existem duas retas distintas paralelas ao outro plano, os
planos são sempre paralelos;

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 217


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III. Em dois planos paralelos, todas as retas de um são paralelas ao outro plano;
IV. Se uma reta é paralela a um plano, em tal plano existe uma infinidade de retas paralelas
àquela reta;
V. Se uma reta é paralela a um plano, será paralela a todas as retas do plano.
a) I; II; III
b) I; II; V
c) I; III; IV
d) II; III; IV
e) N.D.A
Comentários
I. Falso. Existem retas em um plano que são paralelas ao outro plano. Podemos escolher
uma reta de um plano paralela à reta formada pela intersecção dos planos dados e garantir que
essa reta será paralela ao outro plano, pois é paralela a uma reta contida nesse outro plano. Sendo
assim, nem todas as retas de um plano intersectam o outro.
II. Falso. Vamos supor que existam dois planos secantes 𝑆1 e 𝑆2 . Podemos pegar duas retas,
r e s, paralelas e distintas do plano 𝑆1 , que são paralelas à reta gerada pela intersecção desses
planos. Nesse caso, as retas r e s serão paralelas ao plano 𝑆2 , o que torna a afirmação falsa.
III. Verdadeiro. No caso de dois planos paralelos e distintos, temos que toda reta de um
será paralela ao outro, uma vez que não existirá intersecção entre essas retas e o plano.
IV. Verdadeiro. Existem infinitas retas paralelas e distintas em um plano. Escolhendo-se
essas retas de forma que sejam paralelas à reta externa ao plano dado, temos que, se uma reta é
paralela a um plano, ela será paralela a uma infinidade de retas desse plano.
V. Falso. Podemos tomar retas do plano que são perpendiculares à reta.
Gabarito: “b”.
75. (ITA/1987)
Qual das afirmações abaixo é verdadeira?
a) Três pontos, distintos dois a dois, determinam um plano.
b) Um ponto e uma reta determinam um plano.
c) Se dois planos distintos têm um ponto em comum, tal ponto é único.
d) Se uma reta é paralela a um plano e não está contida neste plano, então ela é paralela a
qualquer reta desse plano.
e) Se 𝛼 é o plano determinado por duas retas concorrentes r e s, então toda reta m desse
plano, que é paralela a r, não será paralela à reta s.
Comentários

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 218


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a) Falso. Pegadinha! Três pontos não colineares determinam um plano.


b) Falso. De novo, pegadinha! Uma reta e um ponto fora dela determinam um plano.
c) Falso. Dois planos distintos com um ponto em comum são secantes e, portanto, a
intersecção entre eles será uma reta.
d) Falso. A reta fora e a reta no plano podem ser reversas.
e) Verdadeiro. Tomemos o ponto de intersecção das retas r e s. Tomemos agora uma reta
m paralela à r. Pelo postulado das paralelas, só existe uma reta passando pelo ponto de
intersecção das retas que é paralela à m que, por definição, é a reta r. Logo, o item é verdadeiro.
Gabarito: “e”.
76. (ITA/Modificada/2013)
Das afirmações:
I. Duas retas coplanares são concorrentes;
II. Duas retas que não têm ponto em comum são reversas;
III. Dadas duas retas reversas, existem dois, e apenas dois, planos paralelos, cada um
contendo uma das retas;
É (são) verdadeira(s) apenas:
a) III
b) I e III
c) II e III
d) Apenas I
e) Apenas I e II
Comentários
I. Falso. Elas podem ser paralelas.
II. Falso. Retas paralelas também não possuem ponto em comum.
III. Verdadeiro. Sejam 𝑟 e 𝑠 retas reversas. Da definição de retas reversas, não existe um
plano que contenha essas duas retas e, portanto, elas não podem ser coplanares. Seja 𝑠′ a reta
que passa por 𝑠 e é paralela à 𝑟; e 𝑟′ a reta que passa por 𝑟 e é paralela a 𝑠. 𝑠 e 𝑠′ são concorrentes
e, portanto, determinam um plano 𝑆. Como 𝑠′ é paralela à 𝑟, o plano 𝑆 também será paralelo a 𝑟.
Analogamente, para 𝑟 e 𝑟′, essas retas determinam um plano 𝑅 que é paralelo à 𝑠. Assim, sendo
𝑅 o plano que contém 𝑟; e 𝑆 o plano que contém 𝑠, então 𝑅 e 𝑆 são paralelos entre si e são únicos.
Gabarito: “a”.
77. (ITA/2011)
Entre duas superposições consecutivas dos ponteiros das horas e dos minutos de um relógio,
o ponteiro dos minutos varre um ângulo cuja medida, em radianos, é igual a:

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 219


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23𝜋
a)
11
13𝜋
b)
6
24𝜋
c)
11
25𝜋
d)
11
7𝜋
e)
3

Comentários
Para resolver esse problema, vamos supor que a posição do primeiro encontro do ponteiro
das horas com o ponteiro dos minutos ocorre em 12 horas.

Agora, devemos achar o ângulo que o ponteiro dos minutos percorre até encontrar o
ponteiro das horas no segundo encontro.

Primeiro, o ponteiro dos minutos percorre 2𝜋 𝑟𝑎𝑑 até voltar à posição inicial. Nesse
período, o ponteiro das horas percorre 𝜃. A partir daí, até o encontro, o ponteiro dos minutos
percorrerá 𝜃 + 𝑥 e o das horas, 𝑥. Dessa forma, podemos montar uma regra de três.
𝜋
2𝜋 −
6
𝜃 + 𝑥 − 𝑥
𝜋
2𝜋 𝑥 = ( 𝜃 + 𝑥 ).
6
Mas quando o ponteiro dos minutos percorre 2𝜋 𝑟𝑎𝑑, o ponteiro das horas percorrerá
𝜋/6 𝑟𝑎𝑑, logo θ = 𝜋/6 e, portanto,
𝜋 𝜋
2𝜋 𝑥 = ( 𝜃 + 𝑥 ). ⇒ 12𝜋𝑥 = ( + 𝑥) 𝜋 ⇒ 12𝑥 ⋅ 6 = 𝜋 + 6𝑥 ⇒ 66𝑥 = 𝜋
6 6

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 220


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𝜋
𝑥=
66
Então, o ângulo varrido pelo ponteiro dos minutos é:
π π 24𝜋
𝑆 = 2π + + =
6 66 11
Gabarito: “c”.
78. (Estratégia Militares)
𝑴𝑨 𝟕
Os pontos A, M, B e N de uma reta formam uma divisão harmônica de razão 𝑴𝑩 = 𝟑. Se 𝑨𝑩 = 𝟒𝟎,
𝑴𝑵 mede:

a) 24

b) 38

c) 40

d) 42

e) 45
Comentários
Temos a figura abaixo:

Veja que
̅̅̅̅̅
𝑀𝐴 ̅̅̅̅ ̅̅̅̅̅ 40 − 𝑀𝐵
𝐴𝐵 − 𝑀𝐵 ̅̅̅̅̅ 7
= = = ⇒ 3(40 − ̅̅̅̅̅
𝑀𝐵 ) = 7𝑀𝐵̅̅̅̅̅
̅̅̅̅̅
𝑀𝐵 ̅̅̅̅̅
𝑀𝐵 ̅̅̅̅̅
𝑀𝐵 3
120 7 12 ⋅ 7
̅̅̅̅̅ = 7𝑀𝐵
⇒ 120 − 3𝑀𝐵 ̅̅̅̅̅ ⇒ 10𝑀𝐵
̅̅̅̅̅ = 120 ⇒ 𝑀𝐵 ̅̅̅̅̅ = ̅̅̅̅̅ = 𝑀𝐵
= 12 ⇒ 𝐴𝑀 ̅̅̅̅̅ ⋅ = = 28
10 3 3
Além disso, percebemos que M e N são conjugados harmônicos e também vale a razão:
̅̅̅̅
𝐴𝑁 7 ̅̅̅̅ 𝐴𝐵 + ̅̅̅̅
𝐵𝑁 40 + ̅̅̅̅ 𝐵𝑁 7
= ⇒ = = ⇒ 3(40 + 𝐵𝑁 ̅̅̅̅) = 7𝐵𝑁
̅̅̅̅
̅̅̅̅
𝐵𝑁 3 ̅̅̅̅
𝐵𝑁 ̅̅̅̅
𝐵𝑁 3
120
̅̅̅̅ = 7BN
⇒ 120 + 3BN ̅̅̅̅ ⇒ 4BN
̅̅̅̅ = 120 ⇒ BN
̅̅̅̅ = = 30
4
7
⇒ ̅̅̅̅
𝐴𝑁 = 30 ⋅ = 10 ⋅ 7 = 70
3
Perceba, por fim, que

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 221


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̅̅̅̅̅ = 𝑀𝐵
𝑀𝑁 ̅̅̅̅̅ + 𝐵𝑁
̅̅̅̅ = 12 + 30 = 42
Gabarito: D
79. (Estratégia Militares)
Os pontos A, M, B e N de uma reta formam uma divisão harmônica. Se 𝑨𝑩 = 𝟕 e 𝑴𝑵 = 𝟐𝟒, a razão
𝑴𝑨
é igual a:
𝑴𝑩

a) 𝟐
𝟑
b) 𝟐
𝟒
c) 𝟑
𝟓
d) 𝟑
𝟑
e) 𝟓

Comentários
Temos a figura:

Como se trata de uma divisão harmônica, temos que


̅̅̅̅̅ 𝐴𝑁
𝐴𝑀 ̅̅̅̅ 𝐴𝐵
̅̅̅̅ − 𝐵𝑀 ̅̅̅̅ + 𝐵𝑁
̅̅̅̅̅ 𝐴𝐵 ̅̅̅̅ 7 − 𝐵𝑀
̅̅̅̅̅ 7 + 𝐵𝑁
̅̅̅̅
= ⇒ = ⇒ =
̅̅̅̅̅
𝐵𝑀 ̅̅̅̅ 𝐵𝑁 ̅̅̅̅̅
𝐵𝑀 ̅̅̅̅
𝐵𝑁 ̅̅̅̅̅
𝐵𝑀 ̅̅̅̅
𝐵𝑁

⇒ ̅̅̅̅
𝐵𝑁(7 − ̅̅̅̅̅
𝐵𝑀 ) = ̅̅̅̅̅
𝐵𝑀(7 + ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ − ̅̅̅̅
𝐵𝑁) ⇒ 7𝐵𝑁 𝐵𝑁 ⋅ ̅̅̅̅̅ ̅̅̅̅̅ + ̅̅̅̅̅
𝐵𝑀 = 7𝐵𝑀 𝐵𝑀 ⋅ ̅̅̅̅
𝐵𝑁
̅̅̅̅̅ = 24, ou seja,
Sabemos que 𝑀𝑁
̅̅̅̅̅
𝐵𝑀 = ̅̅̅̅̅
𝑀𝑁 − ̅̅̅̅
𝐵𝑁 = 24 − ̅̅̅̅
𝐵𝑁 ⇒ 7𝐵𝑁 ̅̅̅̅ − ̅̅̅̅
𝐵𝑁(24 − ̅̅̅̅
𝐵𝑁) = 7(24 − ̅̅̅̅
𝐵𝑁) + (24 − ̅̅̅̅
𝐵𝑁 ) ⋅ ̅̅̅̅
𝐵𝑁
̅̅̅̅ − 24𝐵𝑁
⇒ 7𝐵𝑁 ̅̅̅̅ + 𝐵𝑁
̅̅̅̅ 2 = 168 − 7𝐵𝑁
̅̅̅̅ + 24𝐵𝑁
̅̅̅̅ − 𝐵𝑁
̅̅̅̅ 2
̅̅̅̅ 2 + ̅̅̅̅
⇒ 2𝐵𝑁 ̅̅̅̅ 2 − 34𝐵𝑁
𝐵𝑁 (7 − 24 + 7 − 24) − 168 = 0 ⇒ 2𝐵𝑁 ̅̅̅̅ − 168 = 0
̅̅̅̅ = 𝑥 ⇒ 2𝑥 2 − 34𝑥 − 168 = 0 ⇒ 𝑥 2 − 17𝑥 − 84 = 0
𝐵𝑁
Resolvendo a equação do segundo grau em x, encontramos o delta:
∆= (−17)2 − 4 ⋅ 1 ⋅ (−84) = 289 + 336 = 625 = 252
Assim, as soluções em x são:
−(−17) ± √625 17 ± 25
𝑥= =
2⋅1 2

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 222


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Como x é positivo, segue que apenas a raiz positiva serve. Dessa forma,
17 + 25 42
𝑥 = ̅̅̅̅
𝐵𝑁 = = = 21
2 2
Dessa forma, temos que
̅̅̅̅
𝐴𝑁 = ̅̅̅̅
𝐴𝐵 + ̅̅̅̅
𝐵𝑁 = 7 + 21 = 28
Por fim, queremos a razão:
̅̅̅̅̅
𝑀𝐴 ̅̅̅̅ 𝐴𝑁 28 4
= = =
̅̅̅̅̅
𝑀𝐵 ̅̅̅̅ 𝐵𝑁 21 3
Gabarito: C
80. (Estratégia Militares)
Os pontos P e Q pertencem ao interior do segmento 𝑨𝑩 e estão de um mesmo lado de seu ponto
𝟐 𝟑
médio. P divide 𝑨𝑩 na razão 𝟑 e Q divide 𝑨𝑩 na razão 𝟒. Se 𝑷𝑸 = 𝟐, 𝑨𝑩 mede

a) 50

b) 60

c) 70

d) 80

e) 40
Comentários
Temos a figura abaixo:

Sabemos que
̅̅̅̅ 2
𝐴𝑃 ̅̅̅̅
3𝐴𝑃 ̅̅̅̅ 5𝐴𝑃
3𝐴𝑃 ̅̅̅̅ ̅̅̅̅
2𝐴𝐵
= ⇒ ̅̅̅̅
𝐵𝑃 = ; ̅̅̅̅
𝐴𝐵 = ̅̅̅̅ 𝐵𝑃 = ̅̅̅̅
𝐴𝑃 + ̅̅̅̅ 𝐴𝑃 + = ⇒ ̅̅̅̅
𝐴𝑃 =
̅̅̅̅ 3
𝐵𝑃 2 2 2 5
̅̅̅̅
𝐴𝑄 3 ̅̅̅̅
4𝐴𝑄 ̅̅̅̅ 7𝐴𝑄
4𝐴𝑄 ̅̅̅̅ ̅̅̅̅
3𝐴𝐵
̅̅̅̅ =
= ⇒ 𝐵𝑄 ̅̅̅̅ = 𝐴𝑄
; 𝐴𝐵 ̅̅̅̅ + 𝐵𝑄
̅̅̅̅ = 𝐴𝑄
̅̅̅̅ + = ̅̅̅̅ =
⇒ 𝐴𝑄
̅̅̅̅
𝐵𝑄 4 3 3 3 7
Dessa forma, temos que
̅̅̅̅ 2𝐴𝐵
3𝐴𝐵 ̅̅̅̅ 15𝐴𝐵 ̅̅̅̅ − 14𝐴𝐵
̅̅̅̅ 𝐴𝐵
̅̅̅̅
̅̅̅̅
𝑃𝑄 = ̅̅̅̅
𝐴𝑄 − ̅̅̅̅
𝐴𝑃 = − = =
7 5 35 35
̅̅̅̅
𝐴𝐵
̅̅̅̅
𝑃𝑄 = 2 ⇒ ̅̅̅̅ = 35 ⋅ 2 = 70
= 2 ⇒ 𝐴𝐵
35

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 223


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Gabarito: C
81. (Estratégia Militares)
𝑴𝑨 𝑵𝑨
Os pontos A, M, B e N de uma reta formam uma divisão harmônica de razão 𝑴𝑩 = 𝑵𝑩 = 𝒌. Se J é o
𝑱𝑨
ponto médio de 𝑴𝑵, a razão 𝑱𝑩 vale:

a) 𝒌

b) 𝟐𝒌

c) 𝒌𝟐

d) 𝒌𝟐 − 𝟏

e) 𝒌𝟐 + 𝟏
Comentários
Como trata-se de um conjugado harmônico, podemos tomar, sem perda de generalidade,
k>1. Veja que estamos considerando J entre B e N (caso B estivesse entre J e N seria análogo):

Veja que
̅̅̅̅
𝐴𝐵
̅̅̅̅̅ = 𝑘𝑀𝐵
𝑀𝐴 ̅̅̅̅ = 𝑀𝐴
̅̅̅̅̅ ; 𝐴𝐵 ̅̅̅̅̅ + 𝑀𝐵
̅̅̅̅̅ = 𝑘𝑀𝐵
̅̅̅̅̅ + 𝑀𝐵
̅̅̅̅̅ = (𝑘 + 1)𝑀𝐵
̅̅̅̅̅ ⇒ 𝑀𝐵
̅̅̅̅̅ =
𝑘+1
𝑘
̅̅̅̅̅ = 𝐴𝐵
⇒ 𝑀𝐴 ̅̅̅̅ ⋅
𝑘+1
Também temos que
̅̅̅̅
𝐴𝐵
̅̅̅̅ ̅̅̅̅; ̅̅̅̅
𝑁𝐴 = 𝑘𝑁𝐵 𝐴𝐵 = ̅̅̅̅
𝑁𝐴 − ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ − ̅̅̅̅
𝑁𝐵 = 𝑘𝑁𝐵 𝑁𝐵 = (𝑘 − 1)̅̅̅̅
𝑁𝐵 ⇒ ̅̅̅̅
𝑁𝐵 =
𝑘−1
𝑘
⇒ ̅̅̅̅
𝐴𝑁 = ̅̅̅̅
𝐴𝐵 ⋅
𝑘−1
Assim,
𝑘 𝑘
̅̅̅̅ − 𝐴𝑀
̅̅̅̅̅ = 𝐴𝑁
𝑀𝑁 ̅̅̅̅̅ = 𝐴𝐵
̅̅̅̅ ⋅
̅̅̅̅ ⋅
− 𝐴𝐵
𝑘−1 𝑘+1
𝑘 𝑘 𝑘 (𝑘 + 1) − 𝑘 (𝑘 − 1) 𝑘2 + 𝑘 − 𝑘2 + 𝑘
̅̅̅̅̅ ̅̅̅̅
𝑀𝑁 = 𝐴𝐵 ( − ̅̅̅̅
) = 𝐴𝐵 ( ̅̅̅̅
) = 𝐴𝐵 ( )
𝑘−1 𝑘+1 (𝑘 − 1)(𝑘 + 1) 𝑘2 − 1
2𝑘 ̅̅̅̅̅
𝑀𝑁 𝑘
𝑀𝑁 = ̅̅̅̅
̅̅̅̅̅ 𝐴𝐵 ⋅ 2
⇒ ̅̅̅̅
𝐽𝑀 = = ̅̅̅̅
𝐴𝐵 ⋅ 2
𝑘 −1 2 𝑘 −1
Dessa forma,

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 224


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𝑘 𝑘 𝑘 (𝑘 − 1) 𝑘
̅̅̅
𝐽𝐴 = ̅̅̅̅̅ 𝐽𝑀 = ̅̅̅̅
𝐴𝑀 + ̅̅̅̅ 𝐴𝐵 ⋅ + ̅̅̅̅
𝐴𝐵 ⋅ 2 = ̅̅̅̅
𝐴𝐵 ( 2 + 2 )
𝑘+1 𝑘 −1 𝑘 −1 𝑘 −1
𝑘2 − 𝑘 + 𝑘 𝑘2
⇒ ̅̅̅
𝐽𝐴 = ̅̅̅̅
𝐴𝐵 ( ̅̅̅̅
) = 𝐴𝐵 ⋅ 2
𝑘2 − 1 𝑘 −1
Além disso,
𝑘2 𝑘2
𝐽𝐵 = ̅̅̅
̅̅̅ 𝐽𝐴 − ̅̅̅̅
𝐴𝐵 = ̅̅̅̅
𝐴𝐵 ⋅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅
− 𝐴𝐵 = 𝐴𝐵 ( 2 − 1)
𝑘2 − 1 𝑘 −1
𝑘2 − 𝑘2 + 1 1
𝐽𝐵 = ̅̅̅̅
⇒ ̅̅̅ 𝐴𝐵 ⋅ = ̅̅̅̅
𝐴𝐵 ⋅
𝑘2 − 1 𝑘2 − 1
Assim,

̅̅̅̅ 𝑘2
̅̅̅
𝐽𝐴 𝐴𝐵 ⋅
= 𝑘2 − 1 = 𝑘2
̅̅̅
𝐽𝐵 ̅̅̅̅ 1
𝐴𝐵 ⋅ 2
𝑘 −1
Gabarito: C
82. (Estratégia Militares)

Na figura, as retas 𝑳𝟏 e 𝑳𝟐 são paralelas. O valor de 𝒙, em graus, é igual a:

a) 𝟓

b) 𝟔

c) 𝟕

d) 𝟖

e) 𝟗
Comentários:
Inicialmente, devemos traçar uma reta paralela à L1 e L2 que passe pelo ângulo de 152 °

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 225


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Logo, pela propriedade dos ângulos alternos internos temos que


8𝑥 + 11𝑥 + 152
𝑥=8
Gabarito: D
83. (Estratégia Militares)

Os pontos M, N e P pertencem respectivamente aos lados AB, BC e AC do triângulo ABC. Sabe-se


̂ 𝑷 = 𝒂, 𝑴𝑵
que AB = AC e que PM = PN. Sendo 𝑨𝑴 ̂ 𝑩 = 𝒃 𝒆 𝑵𝑷
̂ 𝑪 = 𝒄, uma relação entre esses três
ângulos é:

a) 𝒂 + 𝒃 + 𝒄 = 𝟏𝟖𝟎 °
b) 𝟐𝒂 = 𝒃 + 𝒄

c) 𝟐𝒃 = 𝒂 + 𝒄

d) 𝟐𝒄 = 𝒂 + 𝒃

e) 𝒂 + 𝒄 − 𝒃 = 𝟗𝟎°
Comentários:
Desenhando a figura, temos

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 226


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Para encontrar a relação entre os ângulos a, b e c, utilizaremos o teorema do ângulo


externo
Assim
No triângulo MBN, temos que
𝑎+𝑘 =𝑥+𝑏
𝑘−𝑥 =𝑏−𝑎
No triângulo PNC, temos que
𝑘+𝑏 =𝑐+𝑥
𝑘−𝑥 =𝑐−𝑏
Assim, igualando as 2 equações acima temos que
𝑏−𝑎 =𝑐−𝑏
𝑎 + 𝑐 = 2𝑏

Gabarito: C
84. (Estratégia Militares)

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 227


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Seja o triângulo isósceles ABC de vértice A. Sabendo que os segmentos BC, CD, DE, EF e FA são
congruentes, o ângulo do vértice A do triângulo é igual a:

a) 𝟏𝟎°

b) 𝟏𝟓°

c) 𝟏𝟖°

d) 𝟐𝟎°

e) 𝟐𝟐, 𝟓°
Comentários:
Desenhando o problema da figura temos

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 228


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No triângulo AEF, como 𝐴𝐹 = 𝐸𝐹, 𝑡𝑒𝑚𝑜𝑠 𝑞𝑢𝑒


∠𝐹𝐴𝐸 = ∠𝐹𝐸𝐴 = 𝑥
No triângulo EFD, pelo teorema do ângulo externo, temos que
∠𝐸𝐹𝐷 = ∠𝐸𝐷𝐹 = 𝑥 + 𝑥 = 2𝑥
Note que, no ponto E
∠𝐴𝐸𝐹 + ∠𝐹𝐸𝐷 + ∠𝐷𝐸𝐶 = 180°
𝑥 + (180 − 4𝑥) + ∠𝐷𝐸𝐶 = 180°
Como 𝐷𝐸 = 𝐷𝐶, 𝑡𝑎𝑚𝑏é𝑚 𝑡𝑒𝑚𝑜𝑠 𝑞𝑢𝑒
∠𝐷𝐸𝐶 = ∠𝐷𝐶𝐸 = 3𝑥
Analogamente, no ponto D, temos que
2𝑥 + (180 − 6𝑥) + ∠𝐶𝐷𝐵 = 180°
Como 𝐶𝐷 = 𝐶𝐵, 𝑡𝑎𝑚𝑏é𝑚 𝑡𝑒𝑚𝑜𝑠 𝑞𝑢𝑒
∠𝐶𝐷𝐵 = ∠𝐶𝐵𝐷 = 4𝑥
Assim, no triângulo ABC, temos que
𝑥 + 4𝑥 + 4𝑥 = 180

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 229


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9𝑥 = 180
𝑥 = 20°
Gabarito: D
85. (Estratégia Militares)
̂ = 𝟔𝟔∘ e 𝑪
No triângulo ABC, 𝑩 ̂ = 𝟑𝟖∘ . As alturas AD e BE cortam-se em H e o ponto M é médio de
HA. O ângulo 𝑴𝑬̂ 𝑫 mede:

a) 54°

b) 58°

c) 62°

d) 68°

e) 72°
Comentários
Desenhando o problema, temos:

Como os ângulos BEA e BDA são retos, temos que os triângulos ABE e ABD são inscritos
numa circunferência com diâmetro igual a hipotenusa AB. Dessa forma, temos da propriedade do
arco capaz:
𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐷𝐸𝐵 = 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐵𝐴𝐷 = 90° − 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐴𝐵𝐶
𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐷𝐸𝐵 = 90° − 66°
𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐷𝐸𝐵 = 24°

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 230


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𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐸𝐷𝐴 = 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐴𝐵𝐸 = 66° − (90° − 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐴𝐶𝐵)


𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐸𝐷𝐴 = 66° − (90° − 38°)
𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐸𝐷𝐴 = 14°
Como o ângulo AHE é exterior ao triângulo EHD:
𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐸𝐻𝐴 = 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐻𝐸𝐷 + 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐸𝐷𝐻
𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐸𝐻𝐴 = 24° + 14°
𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐸𝐻𝐴 = 38°
Note que o triângulo EAH é retângulo e M é ponto médio da hipotenusa AH, logo podemos
afirmar que AH é diâmetro de uma circunferência circunscrita ao triângulo e EM=MH=MA. Como
o triângulo EMH é isósceles:
𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐸𝐻𝐴 = 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝑀𝐸𝐻
𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝑀𝐸𝐻 = 38°
Portanto, temos que:
𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝑀𝐸𝐷 = 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝑀𝐸𝐻 + 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐷𝐸𝐵
𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝑀𝐸𝐷 = 38° + 24°
𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝑀𝐸𝐷 = 62°
Gabarito: C
86. (EPCAr 2004)

Considere as retas 𝒓 e 𝒔 (𝒓 ∥ 𝒔) e os ângulos 𝒆̂, 𝒊̂ e 𝒂


̂ da figura abaixo

Pode-se afirmar que

a) e + i + a = 270°

b) e + i + a = 180°

c) e + i = a

d) e + i + a = 90°
Comentários
Desenhando o problema, temos:

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 231


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̂ 𝐴 = 𝑎.
D é obtido prolongando-se FC até a reta s, logo 𝐹𝐷
Com isso, note que a soma dos ângulos internos do quadrilátero AEFD é igual a 360°, pois
é a união de dois triângulos (perceba que podemos traçar FA e ter Δ𝐹𝐷𝐴 e Δ𝐹𝐸𝐴) e sabemos que
a soma dos ângulos internos de um triângulo é 180°, logo somando-se os ângulos internos do
quadrilátero FEAD:

𝑎 + 𝑒 + 𝑖 + 90° = 360°
𝑎 + 𝑒 + 𝑖 = 270°
Gabarito: A
87. (Estratégia Militares)

Na figura, as retas 𝑳𝟏 e 𝑳𝟐 são paralelas. O valor de 𝒙 é igual a:


L1 L2

100
170
x
70
160

30

a) 100°

b) 110°

c) 120°
d) 130°

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 232


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e) 140°
Comentários
Desenhando o problema após arrumar os ângulos com ângulos externos a triangulo,
temos:

Pelo teorema dos bicos, temos:


20° + 𝑥 + 30° = 80° + 80°
𝑥 = 110°
Gabarito: B
88. (Estratégia Militares)
̂, 𝑩
Na figura abaixo os segmentos de reta r e s são paralelos. Então a soma dos ângulos 𝑨 ̂, 𝑪
̂, 𝑫
̂, 𝑬
̂e
̂ será de quantos graus?
𝑭

a) 60°

b) 90°

c) 120°
d) 180°

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 233


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e) 360°
Comentários
Desenhando o problema após arrumar os ângulos com ângulos externos a triangulo,
temos:

Pelo teorema dos bicos, temos:


𝐸 + 𝐹 + 𝐶 + 𝐷 = 180° − 𝐴 − 𝐵
𝐴 + 𝐵 + 𝐶 + 𝐷 + 𝐸 + 𝐹 = 180°
Gabarito: D
89. (Estratégia Militares)
̂ =60º, 2) AM = AP, 3) BM = BQ, 4) MP = MQ. O ângulo
Da figura abaixo sabe-se que: 1) Â = 80º e 𝑩
̂ mede:
𝜶

a) 10°
b) 12°

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 234


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c) 15°

d) 20°

e) NRA
Comentários
Do enunciado, temos que o triângulo APM é isósceles e, com isso:
180° − 80°
𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐴𝑃𝑀 = 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝑃𝑀𝐴 =
2
𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐴𝑃𝑀 = 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝑃𝑀𝐴 = 50°
Assim como, o triângulo BMQ é isósceles e, portanto:
60°
𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝑄𝑀𝐵 = 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐵𝑄𝑀 =
2
𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝑄𝑀𝐵 = 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐵𝑄𝑀 = 30°
Somado a isso, temos que o triângulo PMQ é isósceles e, dessa forma:
180° − 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝑃𝑀𝑄
𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝑃𝑀𝑄 = 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝑃𝑄𝑀 =
2
180° − (180° − 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝑃𝑀𝐴 − 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝑄𝑀𝐵)
𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝑃𝑀𝑄 = 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝑃𝑄𝑀 =
2
𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝑃𝑀𝐴 + 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝑄𝑀𝐵
𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝑃𝑀𝑄 = 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝑃𝑄𝑀 =
2
50° + 30°
𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝑃𝑀𝑄 = 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝑃𝑄𝑀 =
2
𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝑃𝑀𝑄 = 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝑃𝑄𝑀 = 40°
Pelo ângulo externo do triangulo, temos que:
𝛼 + 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐵 = 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐵𝑄𝑀 + 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝑃𝑄𝑀
𝛼 + 60° = 30° + 40°
𝛼 = 10°

Gabarito: A
90. (Estratégia Militares)

Na figura sabe-se que 𝑨𝑩 = 𝑨𝑪 e 𝑪𝑫 = 𝟖 𝒎, então o comprimento 𝑩𝑪 vale:

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 235


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a) 4 m

b) 2√𝟐 m

c) 4√𝟐 m

d) 8 m

e) 8√𝟐 m
Comentários
Do enunciado, temos que o triângulo ABC é isósceles e, com isso:
180° − 40°
𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐴𝐵𝐶 = 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐴𝐶𝐵 =
2
𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐴𝐵𝐶 = 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐴𝐶𝐵 = 70°
Sendo assim, calculando o ângulo BDC:
𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐵𝐷𝐶 = 180° − 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐴𝐵𝐶 − 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐷𝐶𝐵
𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐵𝐷𝐶 = 180° − 70° − 40°
𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐵𝐷𝐶 = 70°
Logo, o triangulo BCD é isósceles e, portanto:
̅̅̅̅
𝐶𝐷 = ̅̅̅̅
𝐵𝐶
̅̅̅̅
𝐵𝐶 = 8 𝑚
Gabarito: D
91. (Estratégia Militares)
̂ 𝑴 = 𝟏𝟓∘ e 𝑨𝑴
No triângulo ABC da figura, M é o ponto médio de BC. Se 𝑨𝑩 ̂ 𝑪 = 𝟑𝟎∘ , a medida do
ângulo 𝑩𝑪̂ 𝑨 é:

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 236


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a) 15°

b) 30°

c) 45°

d) 60°

e) 75°
Comentários
Do enunciado, temos que o ângulo AMC é ângulo externo do triângulo ABM e, com isso:
𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐴𝑀𝐶 = 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐴𝐵𝑀 + 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐵𝐴𝑀
30° = 15° + 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐵𝐴𝑀
𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐵𝐴𝑀 = 15°
Com isso, temos que o triangulo ABM é isóscele e AM = BM=MC. Sendo assim, o triangulo
AMC é isósceles:
𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐴𝑀𝐶 + 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐴𝐶𝑀 + 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐶𝐴𝑀 = 180°
30° + 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐴𝐶𝑀 + 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐴𝐶𝑀 = 180°
2 . 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐴𝐶𝑀 = 150°
150°
𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐴𝐶𝑀 =
2
𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐴𝐶𝑀 = 75°
Gabarito: E
92. (Estratégia Militares)

Seja um triângulo ABC, onde as alturas AP, BQ e CR se interceptam no ponto H interno ao triângulo.
Sabendo-se que H é o ponto médio de AP e que CH é o dobro de HR, pode-se afirmar que a medida
do ângulo 𝑨𝑩̂ 𝑪 é:

̂ 𝑹.
a) O triplo da medida de 𝑨𝑪
̂ 𝑷.
b) O dobro da medida de 𝑪𝑨
̂ 𝑪.
c) Um terço da medida de 𝑨𝑯
̂ 𝑪.
d) Metade da medida de 𝑩𝑨

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 237


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̂ 𝑯.
e) O dobro da medida de 𝑨𝑩
Comentários
Desenhando o problema, temos:

Com isso, temos que:


𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐴𝐵𝐶 + 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐴𝑃𝐵 + 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐵𝐴𝑃 = 180°
𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐴𝐵𝐶 + 90° + 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐵𝐴𝑃 = 180°
𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐴𝐵𝐶 + 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐵𝐴𝑃 = 00°

𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐴𝐻𝑅 + 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐴𝑅𝐻 + 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐵𝐴𝑃 = 180°


𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐴𝐻𝑅 + 90° + 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐵𝐴𝑃 = 180°
𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐴𝐻𝑅 + 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐵𝐴𝑃 = 90°
Sendo assim, temos que:
𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐴𝐵𝐶 = 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐴𝐻𝑅
Da figura, temos que:
𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐴𝐵𝐶 = 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐴𝐻𝑅 = 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝑃𝐻𝐶
Portanto:
𝐶𝑜𝑠 (𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐴𝐻𝑅) = 𝐶𝑜𝑠(𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝑃𝐻𝐶)
𝑅𝐻 𝑃𝐻
=
𝐴𝐻 𝐶𝐻
𝑅𝐻 𝐴𝐻
=
𝐴𝐻 2 . 𝑅𝐻
2 . 𝑅𝐻² = 𝐴𝐻²

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 238


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𝑅𝐻 √2
= = 𝐶𝑜𝑠 (𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐴𝐻𝑅 ) = 𝐶𝑜𝑠 (𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐴𝐵𝐶)
𝐴𝐻 2
𝐶𝑜𝑠 (𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐴𝐻𝑅 ) = 𝐶𝑜𝑠 (𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐴𝐵𝐶 ) = 𝐶𝑜𝑠(45°)
𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐴𝐵𝐶 = 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐴𝐻𝑅 = 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝑃𝐻𝐶 = 45°
Dessa forma, temos que:
𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝑃𝐻𝐶 + 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐴𝐻𝐶 = 180°
𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐴𝐻𝐶 = 180° − 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝑃𝐻𝐶
𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐴𝐻𝐶 = 180° − 45°
𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐴𝐻𝐶 = 135°
Portanto, temos que:
1
𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐴𝐵𝐶 = . 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐴𝐻𝐶
3

Gabarito: C
93. (CMRJ 2011)

Os triângulos ABC e ABD da figura são isósceles com 𝑨𝑩 = 𝑨𝑪 = 𝑩𝑫. Seja E o ponto de interseção
̂e 𝑫
de BD com AC. Se BD é perpendicular a AC, então a soma dos ângulos 𝑪 ̂ vale

a) 115°

b) 120°

c) 130°

d) 135°

e) 140°
Comentários
Da figura, temos que:

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 239


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𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐸𝐵𝐶 = 90° − 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐵𝐶𝐸


Como o triângulo ABC é isósceles:
𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐴𝐵𝐷 = 2 . 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐴𝐶𝐵 − 90°
Com isso, temos que:
𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐵𝐴𝐶 = 180° − 2 . 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐴𝐶𝐵
E:
𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐸𝐴𝐷 = 90° − 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐴𝐷𝐵
Somado a isso, temos:
𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐵𝐷𝐴 = 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐸𝐴𝐷 + 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐶𝐴𝐵
𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐵𝐷𝐴 = 90° − 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐴𝐷𝐵 + 180° − 2 . 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐴𝐶𝐵
2. (𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐵𝐷𝐴 + 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐴𝐶𝐵) = 270°
𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐵𝐷𝐴 + 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐴𝐶𝐵 = 135°
Gabarito: D
94. (Estratégia Militares)

No quadrilátero ABCD, AB = 5, BC = 17, CD = 5, DA = 9, e a medida de BD é um número inteiro. A


medida de BD é:

a) 11

b) 12

c) 13

d) 14

e) 15
Comentários
Da desigualdade triangular, temos que:
- Triângulo BCD:
̅̅̅̅
𝐵𝐶 + ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ > ̅̅̅̅
𝐶𝐷 > 𝐵𝐷 𝐵𝐶 − ̅̅̅̅
𝐶𝐷
̅̅̅̅ > 17 − 5
17 + 5 > 𝐵𝐷
̅̅̅̅ > 12
22 > 𝐵𝐷

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 240


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- Triângulo ABD:
̅̅̅̅
𝐷𝐴 + ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ > ̅̅̅̅
𝐴𝐵 > 𝐵𝐷 𝐷𝐴 − ̅̅̅̅
𝐴𝐵
̅̅̅̅ > 9 − 5
9 + 5 > 𝐵𝐷
̅̅̅̅ > 4
14 > 𝐵𝐷
Das desigualdades e sabendo que a medida de BD é um número inteiro:
̅̅̅̅ = 13
𝐵𝐷
Gabarito: C
95. (CN 1997)

Quantos triângulos obtusângulos existem, cujos lados são expressos por números inteiros
consecutivos?

a) um.

b) dois.

c) três.

d) quatro.

e) cinco.
Comentários
Da desigualdade do triangulo obtuso:
𝑎2 > 𝑏2 + 𝑐²
(𝑛 + 1)2 > 𝑛2 + (𝑛 − 1)2
𝑛2 + 2 . 𝑛 + 1 > 𝑛2 + 𝑛2 − 2 . 𝑛 + 1
2 . 𝑛 > 𝑛2 − 2 . 𝑛
0 > 𝑛2 − 4 . 𝑛
0 > 𝑛 . (𝑛 − 4)
Com isso, temos os seguintes valores de n:
𝑛 = 1 𝑜𝑢 𝑛 = 2 𝑜𝑢 𝑛 = 3
Contudo, n=1 não faz sentido para o problema.
Da desigualdade triangular:
2+1>3>2−1
3>3>1
Logo, absurdo!
3+2>4>3−2

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 241


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5>4>1
A desigualdade é atendida!
Sendo assim, só é possível formar um triangulo com as características do problema.
Gabarito: A
96. (CN 1996)

Sejam os triângulos ABC e MPQ, tais que:


̂ 𝑸 = 𝑨𝑪
I - 𝑴𝑷 ̂ 𝑩 = 𝟗𝟎º

̂ 𝑴 = 𝟕𝟎º
II - 𝑷𝑸
̂ 𝑪 = 𝟓𝟎º
III - 𝑩𝑨

IV - 𝑨𝑪 = 𝑴𝑷

Se 𝑷𝑸 = 𝒙 e 𝑩𝑪 = 𝒚, então 𝑨𝑩 é igual a:

a) x + y

b) √𝒙𝟐 + 𝒚²
𝟐𝒙𝒚
c) (𝒙+𝒚)²
𝟐√𝒙𝒚
d)
𝒙+𝒚

e) 2x+y
Comentários
Como o lado AC = MP, podemos desenhar o problema onde A é coincidente com M e C é
coincidente com P:

Note que 𝐵𝐴̂𝐶 = 50° ⇒ 𝐴𝐵̂𝐶 = 40°.

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 242


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Dessa forma, temos que:


𝑄𝐴̂𝐵 = 180° − 70° − 40° = 70°
O triângulo ABQ é isósceles e, com isso:
̅̅̅̅
𝐴𝐵 = ̅̅̅̅
𝐵𝐶 + ̅̅̅̅
𝑄𝐶
̅̅̅̅ = 𝑦 + 𝑥
𝐴𝐵
Gabarito: A
97. (ITA 2008)

Considere o triângulo ABC isósceles em que o ângulo distinto dos demais, BÂC, mede 40º. Sobre o
lado 𝑨𝑩, tome o ponto E tal que 𝑨𝑪̂ 𝑬 = 𝟏𝟓º. Sobre o lado 𝑨𝑪, tome o ponto D tal que 𝑫𝑩
̂ 𝑪 = 𝟑𝟓∘ .
Então, o ângulo 𝑬𝑫̂ 𝑩 vale:

a) 35°

b) 45°

c) 55°

d) 75°

e) 85°
Comentários
Desenhando o problema, temos:

Da figura, temos que:


𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐸𝐶𝐵 = 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐵𝐸𝐶

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 243


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Analisando os ângulos, temos que o segmento BD é perpendicular ao segmento CE e como


o triângulo BCE é isósceles, temos que o ponto F é ponto médio do lado CE. Dessa forma, temos
que o triângulo CDF é congruente ao triangulo DEF, já que possuem o lado FE igual ao lado CF, o
lado DF pertence aos dois triângulos e o ângulo DFC é igual ao ângulo DFE. Portanto:
𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐸𝐷𝐵 = 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐵𝐷𝐶
𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐸𝐷𝐵 = 180° − 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐷𝐵𝐶 − 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐷𝐶𝐵
𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐸𝐷𝐵 = 180° − 35° − 70°
𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐸𝐷𝐵 = 75°

Gabarito: D
98. (Estratégia Militares)

Na figura, calcule x.

a) 110°

b) 120°

c) 135°

d) 145°

e) 150°
Comentários
Da figura do problema, temos as seguintes relações:
2𝑎 + 𝑑 = 2𝑏 + 𝑐 = 100°
100° + 180° − 3𝑐 − 𝑑 + 180° − 𝑐 − 3𝑑 = 180°
𝑎 + 𝑏 + 180° − 𝑥 = 100°

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 244


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Da 2ª equação, temos:
100° − 3𝑐 − 𝑑 + 180° − 𝑐 − 3𝑑 = 0
4𝑐 + 4𝑑 = 280°
𝑐 + 𝑑 = 70°
Na primeira equação, temos que
𝑑 = 100° − 2𝑎 𝑒 𝑐 = 100° − 2𝑏
Dessa forma, temos:
𝑐 + 𝑑 = 70°
100° − 2𝑏 + 100° − 2𝑎 = 70°
2𝑎 + 2𝑏 = 130°
𝑎 + 𝑏 = 65°
Na 3ª equação, temos:
𝑎 + 𝑏 + 180° − 𝑥 = 100°
65° + 180° − 𝑥 = 100°
65° + 180° − 100° = 𝑥
𝑥 = 145°
Gabarito: D
99. (Estratégia Militares)

No triângulo 𝑨𝑩𝑪, 𝑨𝑩 = 𝟐𝟎, 𝑨𝑪 = 𝟐𝟏 e 𝑩𝑪 = 𝟐𝟗. Os pontos 𝑫 e 𝑬 sobre o lado 𝑩𝑪 são tais que
̂ 𝑬, em graus, é igual a:
𝑩𝑫 = 𝟖 e 𝑬𝑪 = 𝟗. A medida do ângulo 𝑫𝑨
a) 30

b) 40

c) 45

d) 60

e) 75
Comentários
Desenhando o problema, temos:

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 245


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Da figura, temos que o triângulo ABE e o triângulo ACD são isósceles e, portanto:
180° − 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐵𝐶𝐴
𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐴𝐷𝐶 =
2
𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐵𝐶𝐴
𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐴𝐷𝐶 = 90° −
2

180° − 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐴𝐵𝐸


𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐴𝐸𝐵 =
2
180° − (90° − 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐵𝐶𝐴)
𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐴𝐸𝐵 =
2
180° − 90° + 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐵𝐶𝐴
𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐴𝐸𝐵 =
2
90° + 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐵𝐶𝐴
𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐴𝐸𝐵 =
2
𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐵𝐶𝐴
𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐴𝐸𝐵 = 45° +
2
Do triângulo ADE, temos:
𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐷𝐴𝐸 = 180° − 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐴𝐸𝐵 − 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐴𝐷𝐶
𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐵𝐶𝐴 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐵𝐶𝐴
𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐷𝐴𝐸 = 180° − (45° + ) − (90° − )
2 2
𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐵𝐶𝐴 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐵𝐶𝐴
𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐷𝐴𝐸 = 180° − 45° − − 90° +
2 2

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 246


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𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐷𝐴𝐸 = 180° − 45° − 90°


𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐷𝐴𝐸 = 180° − 135°
𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐷𝐴𝐸 = 45°

Gabarito: C
100.(Estratégia Militares)
̂ 𝑪 = 𝟖𝟎∘ . Sabendo que 𝑷𝑩
O triângulo𝑨𝑩𝑪 abaixo é isósceles com 𝑨𝑩 = 𝑨𝑪 e 𝑩𝑨 ̂ 𝑪 = 𝟏𝟎∘ e 𝑷𝑪
̂𝑩 =
̂ 𝑩 é:
𝟑𝟎∘ , o valor de 𝑨𝑷

a) 60°

b) 65°

c) 70°

d) 75°
e) 80°
Comentários
Desenhando o problema, temos que:

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 247


Prof. Victor So

Traçando um segmento BE com ângulo de 30° em relação à BC e prolongando o segmento


PC, temos que eles irão se encontrar na mediatriz AD do triângulo ABM, pois temos que o
triângulo BDE é congruente ao triângulo CDE. Sendo assim, temos que os ângulos BED e CED são
iguais a 60° e como EBP é igual a 20°, temos que o ângulo EPB é igual a 40°.
Da figura, temos que os triângulos AEB e PEB são congruentes pela relação LAL. Com isso, temos
que AE é igual a EP e, consequentemente, o triângulo AEP é isósceles. Como o ângulo AEP é igual
a 120°, temos que o ângulo APE é igual a 30°. Portanto:
𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐴𝑃𝐵 = 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐴𝑃𝐸 + 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐸𝑃𝐵
𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐴𝑃𝐵 = 30° + 40°
𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐴𝑃𝐵 = 70°
Gabarito: C
101.(Estratégia Militares)
Seja ABCD um quadrilátero, |𝑨𝑫| = |𝑩𝑪|, 𝑨̂+𝑩̂ = 𝟏𝟐𝟎∘ e seja P um ponto exterior ao quadrilátero
tal que P e A estão em lados opostos do segmento DC e o triângulo DPC é equilátero. Prove que o
triângulo APB também é equilátero.
Comentários
Desenhando o problema, temos que:

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 248


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Da figura, temos que:


𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐴𝐷𝑃 = 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐶𝐷𝑃 + 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐴𝐷𝐶
𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐴𝐷𝑃 = 60° + 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐴𝐷𝐶

𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝑃𝐶𝐵 = 360° − 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐷𝐶𝑃 − 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐵𝐶𝐷


𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝑃𝐶𝐵 = 360° − 60° − (360° − 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐴𝐷𝐶 − 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐵𝐴𝐷 − 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐴𝐵𝐶)
𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝑃𝐶𝐵 = 300° − (360° − 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐴𝐷𝐶 − 120°)
𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝑃𝐶𝐵 = 300° − 360° + 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐴𝐷𝐶 + 120°
𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝑃𝐶𝐵 = 120° − 60° + 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐴𝐷𝐶
𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝑃𝐶𝐵 = 60° + 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐴𝐷𝐶
Como os lados PD e PC são iguais e os lados AD e BC também são iguais, temos que o
triângulo ADP é congruente ao triângulo BCP. Consequentemente, AP é igual a BP.
Calculando o valor do ângulo APB:
𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐴𝑃𝐵 = 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐴𝑃𝐶 + 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐵𝑃𝐶
Como, da congruência:
𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐵𝑃𝐶 = 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐴𝑃𝐷
Temos que:
𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐴𝑃𝐵 = 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐴𝑃𝐶 + 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐴𝑃𝐷
𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐴𝑃𝐵 = 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐶𝑃𝐷

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 249


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𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐴𝑃𝐵 = 60°


Com isso, provamos que o triângulo ABP é equilátero.
Gabarito: Demonstração
102.(Estratégia Militares)

Em um triângulo 𝑨𝑩𝑪, tem-se 𝑨𝑩 = 𝑩𝑪 e 𝑩 ̂ = 𝟐𝟎∘ . Sobre 𝑨𝑩 toma-se o ponto 𝑴 tal que 𝑴𝑪


̂𝑨 =
̂ 𝑪 = 𝟓𝟎∘ . O ângulo 𝑵𝑴
𝟔𝟎∘ e sobre 𝑩𝑪, o ponto 𝑵 tal que 𝑵𝑨 ̂ 𝑪 mede:

a) 10°

b) 20°

c) 30°

d) 40°

e) 50°
Comentários
Desenhando o problema, temos que:

Traçando no problema o segmento CD que faz 20° com o lado AC, temos que o ângulo ADC
é 80° e, portanto, o triângulo ACD é isósceles e AC = CD. Além disso, temos que o ângulo ANC é
igual a 50° e, portanto, o triângulo ACN é isósceles e AC = NC. Como o ângulo DCN é 60°, temos
que o triângulo CDN é equilátero. Calculando o ângulo AMC, vemos que ele é igual a 40° e,

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 250


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consequentemente, o triângulo CDM é isósceles e CD = DM. Com isso, temos que os lados em
verde são iguais:

Dessa forma, podemos calcular o ângulo MDN a partir do vértice D:


𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝑀𝐷𝑁 = 180° − 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐶𝐷𝑁 − 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐴𝐷𝐶
𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝑀𝐷𝑁 = 180° − 60° − 80°
𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝑀𝐷𝑁 = 40°
Como o triangulo DMN é isósceles, temos que:
180° − 40°
𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐷𝑀𝑁 =
2
140°
𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐷𝑀𝑁 = = 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐴𝑀𝐶 + 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝑁𝑀𝐶
2
70° = 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝐴𝑀𝐶 + 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝑁𝑀𝐶
70° = 40° + 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝑁𝑀𝐶
𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝑁𝑀𝐶 = 30°
Gabarito: C

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 251


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8.CONSIDERAÇÕES FINAIS DA AULA


Chegamos ao final da aula inicial de Geometria Plana. O importante nessa aula é aprender
bem os capítulos de ângulos e triângulos. Pois, o conteúdo desses capítulos pode potencialmente
cair na sua prova.
Não é necessário decorar as relações métricas no triângulo retângulo, mas você deve saber
deduzir aquelas fórmulas.
Na próxima aula, continuaremos o assunto de Geometria Plana e veremos tópicos mais
avançados e que podem nos ajudar a resolver as questões dos concursos.
Quaisquer dúvidas, críticas e sugestões entre em contato! Será um prazer atendê-lo!

9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] Dolce, Osvaldo. Pompeo, José Nicolau. Fundamentos de matemática elementar, 9: geometria
plana. 9. ed. Atual, 2013. 456p.
[2] Morgado, Augusto César. Wagner, Eduardo. Jorge, Miguel. Geometria I. 5 ed. Livraria Francisco
Alves Editora, 1990. 151p.
[3] Morgado, Augusto César. Wagner, Eduardo. Jorge, Miguel. Geometria II. 1 ed. FC & Z Livros,
2002. 296p.

AULA 00 – GEOMETRIA PLANA I 252

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