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Sumário

1. A IMPORTÂNCIA DA ÁREA DE MATERIAIS 4


1.2 PRINCIPAIS ATRIBUIÇÕES 4
1.3 PARA IMPLANTAR MELHORAMENTOS NA ESTRUTURA INDUSTRIAL É NECESSÁRIO: 5
1.4 A ESTRUTURA DO SETOR LOGÍSTICO 6
2. ADMINISTRAÇÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS 6
2.1 CICLO ADM. MATERIAIS 7
2.2.RECEBIMENTO 7
2.3 ARMAZENAMENTO 8
2.4 DISTRIBUIÇÃO 8
3. GERENCIAMENTO DOS ESTOQUES 8
3.1 Filosofias 9
3.2 CUSTOS DE MANUTENÇÃO DO ESTOQUE 9
3.3 Controle dos estoques 10
4- FUNÇÕES E OBJETIVOS DE ESTOQUE 11
4.1 OBJETIVOS E FUNÇÕES 11
4.2 TIPOS DE ESTOQUE: 11
4.3 POLÍTICA DE ESTOQUE 12
5. Princípios Básicos Para O Controle De Estoques 13
5.1 TIPOS DE ESTOQUES DE MATERIAIS: 13
5.2 CUSTOS DE ESTOQUES 14
5.2.1 - CUSTO DE ARMAZENAGEM 14
5.2.2 - CUSTO DO PEDIDO 14
5.2.3 - CUSTOS DE FALTA DE ESTOQUE 15
6. PREVISÃO PARA OS ESTOQUES 16
6.1 TÉCNICAS: 17
6.2 DEMANDA 17
6.3 MÉTODOS P/ APURAR O CONSUMO 18
6.3.1 - MÉTODO DO ÚLTIMO PERÍODO 18
6.3.2 - MÉTODO DA MÉDIA MÓVEL (SIMPLES) 18
6.3.3 - MÉTODO DA MÉDIA MÓVEL PONDERADA 19
6.3.4 - METODO DA CLASSIFICAÇÃO ABC 20
7 . Parâmetros de Ressurgimento 21
7.1 GIRO DE ESTOQUE 23
8. ALMOXARIFADOS E ARMAZENS 24

1
8.1 HISTÓRICO DOS ALMOXARIFADOS PRIMITIVOS 24
8.2 EFICIENCIA E ORGANIZAÇÃO 25
9. JUST-IN-TIME (JIT) 30
9.1 FUNDAMENTOS E CARACTERÍSTICAS 30
9.2 OBJETIVOS DO JUST-IN-TIME 30
10. kanban 32
10.1 REGRAS DO KANBAN 32
10.2 COMO FUNCIONA O SISTEMA 33
11. SCM – SISTEMAS DE GESTÃO DE SUPRIMENTOS 35
11.1 O CONCEITO DE SUPPLY CHAIN MANAGEMENT – SCM 35
12. PLANEJAMENTO DAS NECESSIDADES DE MATERIAIS - MRP 38
12.1 OBJETIVO 38
12.2 METAS DO MRP 38
12.3 IMPLANTAÇÃO DE SISTEMAS ERP 40
12.4 BENEFÍCIOS DA UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS ERP 41
13. DISTRIBUIÇÃO E TRASNPORTES 41
13.1 CENTROS DE DISTRIBUIÇÃO (CD) 41
13.2 Recebimento 42
13.4 MOVIMENTAÇÃO 42
13.5 ARMAZENAGEM 43
14. SEPARAÇÃO E ESPEDIÇÃO 44
14.1 SEPARAÇÃO DE PEDIDOS 44
14.2 EXPEDIÇÃO 45
14.3 CROSSDOCKING 45
14.4 DISTRIBUIÇÃO FÍSICA 46
14.5 MODALIDADES DE DISTRIBUIÇÃO – PARTE I 47
14.6 CANAL DE DISTRIBUIÇÃO 48
14.7 ESTRUTURA DOS CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO 48
15. VAREJO 49
16. ATACADO 50
16.1 ATACADO E VAREJO NO CANAL DE DISTRIBUIÇÃO 51
16.2 EMBALAGEM 51
17. DEPARTAMENTO DE TRANSPORTES 52
17.1 MODAIS DE TRANSPORTE 52
17.2 MODAL AQUAVIÁRIO 53
17.3 MODAL RODOVIÁRIO 53
17.4 MODAL FERROVIÁRIO 54
17.5 MODAL DUTOVIÁRIO 55

2
17.6 Modal aeroviário é o transporte de cargas feito por aeronaves. 55
18. Logística reversa 56
18.1 CUSTOS LOGÍSTICOS – PARTE I 57
18.2 CUSTOS LOGÍSTICOS – PARTE II 57
18.3 GERENCIAMENTO DE CUSTOS 58
18.4 ESTRATÉGIAS PARA REDUÇÃO DE CUSTOS 59
19. Lucratividade direta por produto 60
19.1 ANÁLISE DE LUCRATIVIDADE DO CLIENTE 60
19.2 CUSTEIO TOTAL DE AQUISIÇÃO 61
19.3 VANTAGENS DO CUSTEIO TOTAL DE AQUISIÇÃO 61

3
1. A IMPORTÂNCIA DA ÁREA DE MATERIAIS

A muito tempo o controle de materiais de uma organização é necessário e


muito importante, principalmente por representar uma grande possibilidade de
se evitar gastos desnecessários, investimentos em materiais que ficarão
parados por muito tempo, o que, faz com que os capitais investidos deixem de
ter a possibilidade de outros investimentos, muitas vezes mais necessários ao
desempenho da organização

Está diretamente relacionado com o RAMO DE ATIVIDADE da organização,


seja ela diretamente ligada à materiais e/ou serviços

1.1 RELAÇÕES COM O ORÇAMENTO

Podemos então fazer uma reflexão sobre a incidência dos estoques em


relação ao orçamento da organização, ou seja, quanto os valores (capital)
investidos em estoques representam deste.

Relação com o ORÇAMENTO da organização:

• COMÉRCIO – atinge entre 70% a 85%


• INDUSTRIA – atinge entre 50% a 65%
• SERVIÇOS – atinge entre 10% a 15%

Para gerenciarmos os estoques é necessário termos em mente que isto


envolve três principais áreas, que são: A administração dos Estoques, a
administração de compras e a Administração Física (armazenagem), que
ainda, podemos destacar suas atribuições:

1.2 PRINCIPAIS ATRIBUIÇÕES

4
Tudo o que colocamos até agora está diretamente ligado a área logística,
sendo necessário um olhar muito especial para efetuar seu controle.

1.3 PARA IMPLANTAR MELHORAMENTOS NA ESTRUTURA INDUSTRIAL É


NECESSÁRIO:

• Didinamizar o sistema logístico, é necessário se administrar:

• Suprimentos de materiais e componentes


• Movimentação e controle de produtos
• Apoio à vendas dos produtos finais até a colocação do produto acabado
ao cliente.

 Logo adm. materiais tem impacto direto na lucratividade das empresas e na


qualidade dos produtos, havendo necessidade de gestão, o mais possível,
just-in-time, objetivando redução dos estoques e mantendo os clientes
satisfeitos.

 DE FORMA RESUMIDA PODEMOS CARACTERIZAR AS SEGUINTES


ATIVIDADES LOGÍSTICAS:

 COMPRAS
 PROGRAMAÇÃO DE ENTREGAS P/ FÁBRICA
 TRANSPORTE
 CONTROLE DE ESTOQUE DE MP / COMPONENTES
 ARMAZENAGEM DE MP / COMPONENTES
 PREVISÃO NECESSIDADES DE MATERIAIS
 CONTROLE ESTOQUE NOS CD´S
 PROCESSAMENTO DOS PEDIDOS DOS CLIENTES
 ADMINISTRAÇÃO E PLANEJAMENTO DOS CD´S

 PLANEJAMENTO DE ATENDIMENTO DOS CLIENTES


 ETC...
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1.4 A ESTRUTURA DO SETOR LOGÍSTICO

A estrutura do setor veio se moldando durante o decorrer do tempo,


pois, antes era totalmente ligado ao setor produtivo ou simplesmente era
gerenciado por este, fazendo parte do planejamento da produção
exclusivamente, a seguir apresentamos essas estruturas

A mudança na estrutura logística pela qual se passou trouxe mais


responsabilidade e participação de alguns setores e ainda trouxe uma maior
integração entre estes. Isso fez com que

Fosse necessário a administração dessa cadeia como um todo, o que


podemos chamar de Cadeia de Suprimentos.

2. ADMINISTRAÇÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS

6
 A medida que as empresas tornam suas ações mais focadas num conjunto
restrito e bem definido de tarefas, cresce as compras de materiais e serviços
de fornecedores especialistas. com isso as funções de compras e suprimentos
tem aumentado sua importância.

 Chamamos de rede ou cadeia de suprimentos o fluxo de materiais e


informações que flui desde compras – produção indo até o cliente, mediante
distribuição / serviços de entrega.

O planejamento e o controle pressupõem uma visão integrada através


dos canais de distribuição de materiais e informação, partindo dos
fornecedores de seus fornecedores e indo até os clientes de seus clientes.

Rede global de fornecedores, fábricas, depósitos, distribuidores e


revendedores que adquirem a matéria prima, transformam e entregam o
produto final aos consumidores.

Para que possamos entender melhor este ciclo de materiais, ou seja,


entender a necessidade real de se administrar este ciclo e vermos que essa
administração necessita da integração e compartilhamento de
responsabilidades de vários setores da organização.

2.1 CICLO ADM. MATERIAIS

As necessidades dos clientes internos / externos são avaliadas se


podem ser atendidas pelo estoque ou por compras em caso de produtos
fornecidos por terceiros ou pela produção em caso de produtos fabricados
internamente.

2.2. RECEBIMENTO

Muitos dos problemas enfrentados pelas organizações no


gerenciamento de seus estoques poderiam ser sanadas com ações práticas já
no ato do recebimento dos materiais adquiridos pela organização, as pessoas
envolvidas neste processo devem ter informações suficientes para as tomadas
de decisão em receber ou rejeitar tal materiais.

• envolve as atividades fiscal


• contábil,
• de qualidade,
• verificação das quantidades e registros das entradas nos sistemas de
materiais da empresa.

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2.3 ARMAZENAMENTO

A dificuldade das organizações em terem local específico e preparado


para armazenamento de seus estoques também é um dos problemas
enfrentados pelas mesmas em relação aos estoques.

Como podemos definir armazenamento:

• como atividade especializada que consiste na guarda dos materiais para


que seja possível sua recuperação (sua localização para uso, seja ele:
comercial ou produtivo)

Para tanto é necessário que se mantenha esses materiais:

• com suas características de qualidade


• de fácil localização
• acesso
• movimentação

2.4 DISTRIBUIÇÃO

Este pode ser considerado uma das principais funções da logística, pois, é o
que tem reflexo direto nos clientes ou, que podem ser percebidos com maior
clareza por ele.
Como suas principais características podemos destacar:

• visa entrega dos materiais no ponto certo


• ao menor custo
• no menor prazo
• mantendo com isso, sua qualidade original.

3. GERENCIAMENTO DOS ESTOQUES

A definição de estoque pode-se dizer que é a acumulação armazenada


de recursos materiais em um sistema de transformação. pode-se tbem
descrever que é qualquer recurso armazenado.

Porque existe estoque??

Por existir uma diferença entre o ritmo ou taxa de fornecimento e demanda. se


fosse igual a taxa de fornecimento e demanda, nunca existiria estoque.

Quando a taxa de fornecimento excede a taxa da demanda, o estoque


aumenta,

8
Quando a taxa de demanda excede a taxa de fornecimento, o estoque diminui.

3.1 Filosofias

Há duas filosofias básicas em torno das quais o gerenciamento do estoque é


desenvolvido:

Primeira: Essa abordagem é conhecida como “puxar”, a filosofia vê cada


ponto de estocagem, como, por exemplo, um armazém, como dependente de
todos os outros do grupo. A previsão da demanda e a determinação das
quantidades de reabastecimento são feitas considerando apenas as
circunstâncias locais (roteirização).

Segunda: É a filosofia conhecida como “empurrar”. Quando as decisões


sobre cada estoque são feitas independentemente do sincronismo e do
tamanho do pedido. Uma das vantagens do método de empurrar é que os
estoques podem ser administrados centralmente, com melhor controle geral.

Custos relevantes (custos que são importantes para determinar a política


de estoques)
Três classes de custos são importantes para determinar a política de estoques:
custos de obtenção, custos de manutenção e custos de falta de estoque.

Custos de obtenção (são os custos de aquisição)

Os custos associados com a aquisição de mercadorias para o


reabastecimento de estoques são, em geral, uma força econômica significativa
que determina as quantidades de reposição. Quando um pedido de
reabastecimento de estoque é colocado, incorre em custos relacionados ao
processamento, ao ajuste, á transmissão, ao manuseio e ao pedido de compra.
Em resumo, os custos de obtenção podem incluir:

• O preço ou o custo de manufatura do produto para vários tamanhos de


pedidos;
• O custo de ajustar o processo de produção;
• O custo de processar um pedido internamente;
• O custo de transmitir o pedido para os pontos de suprimento;
• O custo para transportar o pedido;
• O custo de manuseio dos materiais no ponto de recebimento.

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3.2 CUSTOS DE MANUTENÇÃO DO ESTOQUE

Os custos de manutenção de estoques resultam da estocagem dos bens


por um período de tempo e são aproximadamente proporcionais à quantidade
média dos bens mantidos. Esses custos podem ser agrupados em quatro
classes: custos de espaço, de capital, dos serviços de estoque e do risco de
estoque.

 Custos de espaço: são os custos com infra-estrutura. ex: aluguel,


concessionárias, etc.
 Custos de capital: referem-se ao custo do dinheiro investido no estoque.
Pode representar mais do que 80% do custo total do estoque, contudo é o mais
intangível dos elementos dos custos de manutenção.
 Custos de serviços de estoque: o seguro e os impostos são uma parte
dos custos de manutenção de estoques.
 Custo de risco de estoque: os custos associados com a deterioração, o
encolhimento (roubo), os danos ou a obsolescência – aí incluído o vencimento
do prazo de validade – fazem a categoria final dos custos de manutenção.

Custos de falta de estoques (resultam quando a solicitação de um pedido ao


almoxarifado não pode ser atendida, portanto tendo que recorrer a outras
fontes de fornecimento acarretando maior custo de aquisição).

Os custos de falta de estoques ocorrem quando um pedido é colocado mas


não pode ser atendido pelo estoque ao qual o pedido foi alocado. Nessa
situação, é necessário que se atenda a requisição utilizando outras fontes, o
que, certamente, apresentará maior despesa.

3.3 Controle dos estoques

Existem vários métodos para determinar a quantidade a ser estocada,


relativos às várias situações de necessidade de material. Trataremos
resumidamente do mais comum e aplicável à maioria das situações de
armazenagem da PCRJ: as quantidades de compras excedem as
necessidades de estoque a curto prazo, isto é, há necessidade de estocagem
por períodos de tempo mais longos e em vários pontos. É a chamada filosofia
de estoque “empurrado”.
As perguntas a serem feitas são: quanto estoque deve ser mantido nos pontos
de guarda? Para uma rodada de compra, quanto deve ser alocado em cada um
desses pontos? Como deve ser parcelado o excesso de suprimentos entre os
pontos de estocagem?
O método de “empurrar” quantidades nos pontos de estocagem envolve os
seguintes passos:
1. determine, por meio de previsão ou outra forma, as necessidades para o
período entre o agora e a próxima compra.
2. encontre as quantidades atuais mantidas em cada ponto de estocagem.
3. estabeleça o nível de disponibilidade de estoque em cada ponto de
estocagem (quanto o que posso dispor apesar da quantidade do pedido).

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4. calcule o total das necessidades previstas mais as quantidades adicionais
necessárias para cobrir as incertezas na previsão da demanda.
5. determine as necessidades líquidas como a diferença entre as necessidades
totais e as quantidades existentes.
6. parcele o excesso sobre as necessidades líquidas totais entre os pontos de
estocagem na base da taxa de demanda média em cada um deles.
7. some as necessidades líquidas e a proporção de quantidades excedentes
para encontrar a ser alocada a cada ponto de estocagem.

4- FUNÇÕES E OBJETIVOS DE ESTOQUE

4.1 OBJETIVOS E FUNÇÕES

A definição de estoque pode-se dizer que é a acumulação armazenada


de recursos materiais em um sistema de transformação. Pode-se tem
descrever que é qualquer recurso armazenado.

porque existe estoque??


Por existir uma diferença entre o ritmo ou taxa de fornecimento e
demanda. se fosse igual a taxa de fornecimento e demanda, nunca existiria
estoque.

ESTOQUE

Quando a taxa de fornecimento excede a taxa da demanda, o estoque


aumenta,
Quando a taxa de demanda excede a taxa de fornecimento, o estoque diminui.

os grandes esforços são para ter o casamento das taxas fornecimento e


demanda “ just-in-time”.

Funções – maximizar o efeito do equilíbrio entre a demanda e fornecimento


(produção x vendas).

Objetivo – otimizar o investimento em estoque aumentando o uso eficiente dos


meios internos da empresa, minimizando as necessidades de capital investido.

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4.2 TIPOS DE ESTOQUE:

1) estoque isolador – chamado estoque de segurança. seu propósito é


compensar as incertezas entre fornecimento e demanda.

2) estoque de ciclo – um ou mais estágios no processo ou operação não


podem fornecer todos os itens que produzem simultaneamente.
ex.: padaria faz 3 tipos diferentes de pães e que usa o mesmo processo, não
dando para fazer os três ao mesmo tempo.
quando faz um o volume deve suprir os ciclos de produção dos demais.

3) estoque de antecipação – compensar diferenças de ritmo


de fornecimento e demanda em períodos sazonais.
ex.: fazer chocolates somente na pascoa. é produzido ao longo do ano à frente
da demanda e estocado até a necessidade.

4) estoque de canal (de distribuição) – existe porque o material não pode ser
transportado instantaneamente entre o ponto de fornecimento e o ponto de
demanda. estoque em preparação ou em trânsito.

4.3 POLÍTICA DE ESTOQUE

As políticas de estoques estão diretamente ligadas ao planejamento da


organização, ou seja, ligadas ao que a organização deseja, suas metas, seus
objetivos e suas ações desenvolvidas para que as mesmas sejam atingidas.
Com isso podemos dizer que estão políticas estão diretamente ligadas à:

 Metas de empresas quanto a tempo de entrega dos produtos ao


cliente.

 DEFINIÇÃO DO Nº DE DEPÓSITOS E/OU AUMOXARIFADOS E


DA LISTA DE MATERIAIS A SEREM ESTOCADOS NELES.

 Até que nível deverão flutuar os estoques p/ atender uma alta ou


baixa das vendas ou uma alteração de consumo.

 Até que ponto será permitida especulação com estoque, fazendo


compra antecipada com preços mais baixos ou comprando uma
qtde maior para obter descontos.

 Definição da rotatividade dos estoques. Dimensionamento de


estoques depende:

 Capital investido

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 Disponibilidade de estoque
 Custos incorridos
 Consumo ou demanda

RETORNO SOBRE O CAPITAL:

RC= LUCRO / CAPITAL RC = (LUCRO x VENDAS) / (VENDA x CAPITAL)

5. Princípios Básicos Para O Controle De Estoques

Para organizar a gestão de estoques devemos:

O DETERMINAR “ O QUÊ” DEVEM PERMANECER EM ESTOQUE EM Nº DE


ITENS;

 Determinar “quando” se devem reabastecer os estoques. Periodicidade;

 Determinar “quanto” de estoque será necessário para um período


predeterminado;

 Acionar o depto compras p/ aquisição de estoque;

 Receber armazenar e atender os materiais estocados de acordo com as


necessidades;

 Controlar os estoques em termos de qtde e valor


e fornecer informações sobre posição de estoques;

 Manter inventários periódicos p/ avaliação das qtdes e estados dos


materiais estocados;

Identificar e retirar do estoque os itens obsoletos e danificados.

5.1 TIPOS DE ESTOQUES DE MATERIAIS:

Matérias-primas – materiais básicos e necessários para produção do produto


acabado, ou todos os materiais que são agregados ao produto acabado.

Produtos em processo – estoque de todos os materiais que estão sendo


usados no processo fabril

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Produtos acabados – itens já produzidos e prontos para serem vendidos (ainda
não foram vendidos).

Peças de manutenção – itens de reposição em caso de quebra ou manutenção


preventiva. é dado a mesma importância que é dado à matéria-prima, por não
aceite de interrupções no processo por falta de peças de manutenção.

5.2 CUSTOS DE ESTOQUES

Todo armazenamento de materiais gera custos como:


• juros;
• depreciação;
• aluguel;
• equipamentos;
• obsolescência;
• deterioração;
• seguros;
• conservação;
• salários

São agrupados nas modalidades:


• custo de capital – juros, depreciação;
• custo com pessoal;
• custo com edificação;
• custo com manutenção

5.2.1 - CUSTO DE ARMAZENAGEM

Custo relacionado à guarda dos produtos, locação, climatização, iluminação,


etc. É a soma de custos de capital, custosde seguro, custos de
transportes, custos de obsolescência, custos de despesas diversas.

ca = q/2 x c x i x t

q – qtde material em estoque no tempo considerado c – consumo anual


i – taxa de armazenagem, geralmente percentagem do custo unitário t – tempo
considerado de armazenagem

5.2.2 - CUSTO DO PEDIDO

Custo relacionado com o processamento de pedido de compra, envio ao


fornecedor, registrar e receber o pedido

É DADO PELA FUNÇÃO => CP = B X N ONDE:

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CP – CUSTO PEDIDO
B – CUSTO DE UM PEDIDO = CUSTO MÃO DE OBRA + MAERIAL DE
PROCESSAMENTO
+ CUSTOS INDIRETOS
N – Nº DE PEDIDOS EFETUADOS NO PERÍODO DE ANALISE

CURVA CUSTO PEDIDO

5.2.3 - CUSTOS DE FALTA DE ESTOQUE

Custos relacionados a pedido não entregue, ou atraso, erro de gestão, gerando


parada de linha de produção ou perdas de vendas e até clientes insatisfeitos.

Outros custos – custos de desconto de preços, custos de obsolescência,


custos de ineficiência de produção

CT = (C/Q) x B + (P x Q /2) x I

CT – CUSTO TOTAL
C – CONSUMO TOTAL ANUAL
Q – QTDE PÇS COMPRADAS P/ PEDIDO B – CUSTO UNITÁRIO DO
PEDIDO
P – PREÇO UNITÁRIO DA PÇ
I – TAXA DE ARMAZENAGEM ANUAL

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Custo Total Anual
Estocagem
CT=(I*Q/2*P)+
Custo Total (B*C/Q)
Anual Custo Anual
Mínimo de
Manutenção
Estocagem
Armazenagem
CA=I*Q/2*P

Custo Anual
Emissão Pedidos
CP=(C/Q)*B

QTDE
Qo PC

qo – custo total mínimo – qtde econômica de pedido (lote econômico de


compra)

6. PREVISÃO PARA OS ESTOQUES

Introdução

A previsão dos estoques é uma das ações necessárias para o bom andamento
de sua gestão, est5a previsão é quem vai mostrar para a organização a
definição de como agir quanto à:

• definição de quais os materiais devem ser estocados:


• qual a quantidade desses materiais;
• quando são necessários para disponibilizar ao atendimento. podemos
definir então que a previsão de estoques:
• é ponto de partida em todo planejamento de estoque;
• a eficácia dos metodos empregados garantirão sua boa gestão;
• qualidade das hipóteses que usou no estudo.

As informações utilizadas para a realização da previsão dos estoques podem


ser CLASSIFICADAS EM DUAS CATEGORIAS:

• quantitativas:

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Evolução das vendas no passado;
Influência da propaganda;
Variáveis ligadas às vendas – população, renda, etc.

• qualitativas:
Opinião dos gerentes;
Opinião dos vendedores;
Opinião dos compradores;
Pesquisa de mercado

6.1 TÉCNICAS:

• projeção – planejamento: processo lógico descreve as atividades


necessárias para ir do ponto atual até o objetivo definido;

• predição – predileção : evolução baseada em fatores subjetivos e em


opiniões de experientes da equipe de trabalho, sem uma metodologia clara;

• previsão: processo metodológico para determinar os dados futuros com


base estatísticas, matemáticos ou econométricos. são basicamente técnicas de
regressão e correlação.

6.2 DEMANDA

Para uma boa previsão devemos ter informações sobre demandas dos
produtos:

• MÉDIA HORIZONTAL;

• TENDÊNCIA LINEAR E TENDÊNCIA NÃO LINEAR

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• ESTACIONAL – SAZONAL

6.3 MÉTODOS P/ APURAR O CONSUMO

• após entrada pedido – normalmentep/ produtos


com prazo de fornecimento longo – sob encomenda

• métodos estatíscos, previsões através dos valores


históricos – hipótese implícita que “o futuro é continuação do
passado”.

6.3.1 - MÉTODO DO ÚLTIMO PERÍODO

Método simples sem base matemática, que usa para o período seguinte o
ocorrido no período anterior.

6.3.2 - MÉTODO DA MÉDIA MÓVEL (SIMPLES)

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PRÓXIMO PERÍODO É OBTIDO CALCULANDO-SE A MÉDIA DOS
CONSUMOS NOS N’S PERÍODOS ANTERIORES.
PREVISÃO GERADA É MENOR SE A TENDÊNCIA FOR CRESCENTE, BEM
COMO, SERÁ MAIOR SE A TENDÊNCIA FOR DECRESCENTE.

A ESCOLHA DE “N” É ARBITRÁRIA E EXPERIMENTAL. CM = (C1 + C2 + C3


+ ...+ CN ) / N
CM – CONSUMO MÉDIO
C – CONSUMO PERÍODOS ANTERIORES N – Nº PERÍODOS

PARA CONSUMO MÉDIO VARIÁVEL, A CADA NOVO MÊS, ADICIONA-SE O


MESMO À SOMA E DESPREZA-SE O 1º UTILIZADO.

EX.: DADOS 3,7,5,6,4,2,3, UMA MÉDIA MÓVEL PARA 3 PERÍODOS : (3+7+5)


/ 3, (7+5+6) / 3, (5+6+4) / 3, (6+4+2) / 3, (4+2+3) / 3
MÉDIA MÓVEL = 5,6,5,4,3

OUTRO EX. – DADO CONSUMO DE UM PRODUTO NOS ÚLTIMOS 4 ANOS


2006= 66; 2005=63; 2004=60; 2003=72, CALCULAR CONSUMO PREVISTO
P/ 2007 COM N=3

PREV. CONS. 2007 = (60 + 63 + 66) / 3 = 63

6.3.3 - MÉTODO DA MÉDIA MÓVEL PONDERADA

É VARIAÇÃO DO MÉTODO ANTERIOR, ATRIBUINDO PESOS PARA CADA


PERÍODO. OS PESOS SÃO DECRESCENTE DOS VALORES MAIS
RECENTES P/ OS MAIS DISTANTES, E SUA SOMA DEVE TOTALIZAR 1
(100%).

CONSIDERAR OS DADOS DA TABELA ABAIXO E PREVER O MÊS


JANEIRO DO ANO 2 USANDO UMA MÉDIA MÓVEL TRIMESTRAL COM
FATORES 0,7 P/ DEZ. 0,2 P/ NOV. E 0,1 P/ OUTUBRO.

ANO 1

MÊS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
CONSUMO REAL 100 102 101 104 102 101 102 103 103 103 104 103

A PREVISÃO P/ JAN. ANO 2 = 0,7 x 103 + 0,2 x 104 + 0,1 x 103 = 103,2

CALCULANDO P/ O MÊS FEV. ANO 2 COM CONSUMO REAL EM JAN. ANO


2 DE 104, TEMOS:

19
PREV. FEV ANO 2 = 0,7 x 104 + 0,2 x 103 + 0,1 x 104 = 103,8

OUTRO EX.
DADO CONSUMO 2003= 66; 2002=63; 2001=60; 2000=72 COM SEUS
RESPECTIVOS
PESOS 5%, 20%, 25%, 50%, CALCULAR A PREVISÃO PARA 2004 COM N=3

PREV. 2004 = ((66 x 0,05) + (63 x 0,20) + (60 x 0,25)) / (0,05 + 0,20 + 0,25) =
62

temos ainda: média móvel com ajustamento exponencial, método dos mínimos
quadrados, método da regressão linear e ajustamento sazonal

6.3.4 - METODO DA CLASSIFICAÇÃO ABC

A principal característica deste método é definir quais os itens que


devem ter mais atenção do pessoal de estoques, ou seja, quais devem ter
maior controle pois, representam o maior investimento de capital dos materiais
em estoque.

Identificação de itens crítios através da classificação abc


método de divisão de itens em 3 classes - de acordo com sua utilização de
capital

Problema: modelos de estoques demandam tempo e recursos humanos para


gestão

Objetivo: focar a atenção em itens principais em termos de utilização de capital

Iten Códi C.Unitá CMM C.Total Classifica Crescen ABC


s g rio ção te
o
1 1 11,00 100,0 1100,00 0,59 8 C
5 0
2 2 145,00 120,0 17400,0 9,27 7 B
0 0 0
3 3 55,00 130,0 7150,00 3,81 5 C
0 0
4 4 4,50 150,0 675,00 0,36 6 C
0 0
5 5 130,00 127,0 16510,0 8,80 3 A
0 0 0

20
6 6 235,00 175,0 41125,0 21,91 2 A
0 0 0
7 7 520,00 180,0 93600,0 49,87 1 A
0 0 0
8 8 3,80 135,0 513,00 0,27 9 C
0 0
9 9 20,00 480,0 9600,00 5,12 4 B
0 0

Como calcular:

7 . Parâmetros de Ressurgimento

Além da classificação ABC para previsão e controle de estoque temos outros


parâmetros que nos ajudam na gestão do estoque:

a) Consumo Médio Mensal (CMM): é a quantidade média de determinado


material consumida mensalmente. O CMM deve ser calculado com base na
média de consumo de 6 a 12 meses (somam-se os consumos mensais e
divide-se pelo número de meses considerado)

b) Estoque Mínimo (EMin) ou de segurança: é a quantidade mantida em


estoque, para atender ao consumo mensal médio (CMM) (unidades
consumidas no período de um mês), considerando-se o período ou o Tempo de
Reposição (TR) (medido em mês). O EMin varia de acordo com seu Consumo
Médio Mensal (CMM) e o Tempo de Ressuprimento (TR). Pode ser calculado
pela fórmula:

21
EMin = CMM x TR (em
unidades)

c) Tempo de Reposição ou Tempo de Ressuprimento (TR): período


decorrido entre a emissão do pedido e a entrada no estoque, ou seja, da
requisição de compra de material, da licitação, da entrega da Nota de Empenho
ao fornecedor, transporte do material, entrega, conferência e estocagem do
material. O TR é estabelecido pelo órgão que trata da aquisição de materiais e
é calculado pelo número de meses.

d) Ponto de Ressuprimento (PR) : é o nível de estoque que indica o


momento (QUANDO) em que devemos providenciar nova aquisição. A
quantidade em estoque deve garantir o suprimento do material até atingir o
Estoque Mínimo ou de Segurança, que é quando deverá chegar a nova
aquisição.

EMin = CMM x TR (em


unidades)

e) Quantidade de Ressuprimento (QR): corresponde à quantidade que


deverá ser encomendada para reposição dos estoques. É a definição do
QUANTO devemos comprar de cada vez. É calculado pela fórmula:

EMin = CMM x TR (em


unidades)

f) Estoque Máximo (EMax): é a quantidade máxima permitida em estoque.


Teoricamente toda quantidade de ressuprimento somada ao estoque existente,
deve atingir o estoque máximo previsto para aquele item. Pode ser assim
calculado:

EMin = CMM x TR (em


unidades)

22
g) Lote Econômico de Compras (LEC): quando são considerados os fatores
econômicos relacionados aos custos de compra e os custos de estocagem do
material. Pode ser calculado pela förmula:

LEC = √ 2xDxA
ixP
onde:
D = Demanda anual prevista para o item (em unidades)
A = Custo médio da aquisição (pessoal, editais, publicidade, etc) – em R$
i = Taxa do custo da estocagem (percentual) P = Preço do
material (em R$)

7.1 GIRO DE ESTOQUE

Primeiro vamos entender o que é o giro dos estoques. O giro dos estoques é a
quantidade de vezes, em determinado período, que o estoque que a empresa
mantém é vendido. Vamos dar um exemplo bem grosseiro somente para
melhor entender o conceito: O estoque médio de uma loja de dvd's de 400
dvd's e empresa vende 3600 dvd ao ano, portanto o giro de estoques desta
empresa é 3600 dividido por 400 = 9 giros ao ano. Neste caso fica fácil de
calcular, pois a empresa trabalha só com um produto. Mas, como fazemos
quando temos centenas de produtos? Neste caso devemos ter o valor médio
dos estoques a preço de compras e os valores das vendas a preço de
compras. Vejamos o exemplo de firma que tenha um estoque médio a preço de
compra de R$50.000,00 e cujo volume de vendas ao ano seja de
R$700.000,00 a preço de compras. O número de giros do estoque será de
700.000 dividido por 50.000 = 14 giros ao ano.

Logo podemos analisar com isso que quanto menor o giro de estoque maior o
lucro gerado pelo produto, essa técnica é mais precisa quando feita para
estudar o ano, separar esse indicador por departamento ou pela classificação
ABC, de forma a identificar qual produto tem contribuído mais ou menos para a
rentabilidade da empresa, você deve estar se perguntando aonde esse
indicador vai ajudar na gestão de estoques? Com essa analise em mão o
gestor poderá ter uma ferramenta extremamente eficiente para o planejamento
de estoque e para o planejamento de compras pois no

estoque o gestor poderá decidir em que produto ele poderá aplicar mais
investimentos para manter em estoque e quais produtos ele deve reduzir o
investimento e comprar de forma a não manter esse

23
produto em estoque, veja só a lógica, existem dois produtos o produto X e o
produto Y o produto X tem um giro anual de 1,89 e o produto Y gira 3,45 logo o
gestor tomará a seguinte decisão, investir mais no estoque do produto Y e
reduzir a compra do produto X tendo em vista que o Y gira mais vezes do que o
X para que não acabe fazendo com que o produto que tem um giro mais alto
não falte em sua loja e reduzindo o investimento do X para que não acabe
gerando um estoque que depois terá fazer uma demarcação de preços para
aumentar o giro mas de forma ilusória pois a rentabilidade final estará afetada.
PONTO DE ENCOMENDA
Consumo mensal 4000 UNIDADES

- prazo de entrega + tempo do pedido = uma semana.

Você divide 4000/4 = 1000 UNIDADES {Considere o mes com 4 semanas}

Então você conclui que se não houver imprevisto, você pode comprar 4000
comprimidos mensais.

O ponto de encomenda pode ser calculado pela soma do estoque de


segurança + a demanda do período{entrega + tempo de pedido]

Você define por exemplo estoque de segurança 10% do consumo mensal. Este
percentual pode variar de item para item.

10% de 4000 = 400

Se você somar a 1000 que é o consumo previsto para uma semana você
define o ponto de encomenda em 400 + 1000 = 1400.

8. ALMOXARIFADOS E ARMAZENS

8.1 HISTÓRICO DOS ALMOXARIFADOS PRIMITIVOS

• O almoxarifado se constituía em um depósito


• quase sempre o pior e mais inadequado local da empresa, onde os
materiais eram acumulados de qualquer forma, utilizando mão-de-obra
desqualificada.

com o tempo surgiram sistemas de manuseio e de armazenagem bastante


sofisticados, o que acarretou aumento da produtividade, maior segurança nas
operações de controle e rapidez na obtenção das informações.

O termo Almoxarifado é derivado de um vocábulo árabe que significa "


depositar".

24
• Conceituação
Almoxarifado é o local destinado à guarda e conservação de materiais
• recinto coberto ou não, adequado à sua natureza,
• tendo a função de destinar espaços onde permanecerá cada item
aguardando a necessidade do seu uso,
• ficando sua localização, equipamentos e disposição interna
acondicionados à política geral de estoques da empresa.

O almoxarifado deverá:

1. assegurar que o material adequado esteja, na quantidade devida, no


local certo, quando necessário;
2. impedir que haja divergências de inventário e perdas de qualquer
natureza;
3. preservar a qualidade e as quantidades exatas;
4. possuir instalações adequadas e recursos de movimentação e
distribuição suficientes a um atendimento rápido e eficiente;

8.2 EFICIENCIA E ORGANIZAÇÃO

• Eficiência do Almoxarifado

A eficiência de um almoxarifado depende fundamentalmente:

1. da redução das distâncias internas percorridas pela carga e do


consequente aumento do número das viagens de ida e volta;
2. do aumento do tamanho médio das unidades armazenadas;
3. da melhor utilização de sua capacidade volumétrica;

• Organização do Almoxarifado
O organograma funcional do almoxarifado está demonstrado na figura abaixo:
Analisando o organograma funcional de um almoxarifado podemos resumir as
suas principais atribuições:
1. receber para guarda e proteção os materiais adquiridos pela empresa;
2. entregar os materiais mediante requisições autorizadas aos usuários da
empresa;
3. manter atualizados os registros necessários;
Vamos analisar os setores componentes da estrutura funcional do
almoxarifado:

• CONTROLE:

Embora não haja menção na estrutura organizacional do almoxarifado, o


controle deve fazer parte do conjunto de atribuições de cada setor envolvido,
qual seja, recebimento, armazenagem e distribuição.
O controle deve fornecer a qualquer momento as quantidades que se
encontram à disposição em processo de recebimento, as devoluções ao
fornecedor e as compras recebidas e aceitas.

25
• RECEBIMENTO

As atividades de recebimento abrangem desde a recepção do material na


entrega pelo fornecedor até a entrada nos estoques. A função de recebimento
de materiais é módulo de um sistema global integrado com as áreas de
contabilidade, compras e transportes e é caracterizada como uma interface
entre o atendimento do pedido pelo fornecedor e os estoques físico e contábil.
O recebimento compreende quatro fases:
1. 1a fase: Entrada de materiais;
2. 2a fase: Conferência quantitativa;
3. 3a fase: Conferência qualitativa;
4. 4a fase: Regularização
• ARMAZENAGEM

A guarda dos materiais no Almoxarifado obedece a cuidados especiais, que


devem ser definidos no sistema de instalação e no layout adotado,
proporcionando condições físicas que preservem a qualidade dos materiais,
objetivando a ocupação plena do edifício e a ordenação da arrumação.

• DISTRIBUIÇÃO
Os materiais devem ser distribuídos aos interessados
mediante programaçãode pleno conhecimento entre as partes
envolvidas.
• DOCUMENTOS UTILIZADOS
Os seguintes documentos são utilizados no Almoxarifado para atendimento das
diversas rotinas de trabalho:
1. Ficha de controle de estoque (para empresas ainda não
informatizadas) : documento destinado a controlar manualmente o estoque, por
meio da anotação das quantidades de entradas e saídas, visando o seu
ressurgimento;
2. Ficha de Localização (também para empresas ainda não informatizadas)
: documento utilizado para indicar as localizações, através de códigos, onde o
material está guardado;
3. Comunicação de Irregularidades: documento utilizado para esclarecer ao
fornecedor os motivos da devolução, quanto os aspectos qualitativo e
quantitativo;
1. Relatório técnico de inspeção: documento utilizado para definir, sob o
aspecto qualitativo, o aceite ou a recusa do material comprado do fornecedor;
1. Requisição de material: documento utilizado para a retirada de materiais do
almoxarifado;
1. Devolução de material: documento utilizado para devolver ao estoque do
almoxarifado as quantidades de material porventura requisitadas além do
necessário;

PERFIL DO ALMOXARIFE

O material humano escolhido deve possuir alto grau de sentimento de


honestidade, lealdade, confiança e disciplina.

26
RECEBIMENTO

• Conceituação

Recebimento é a atividade intermediária entre as tarefas de compra e


pagamento ao fornecedor, sendo de sua responsabilidade a conferência dos
materiais destinados à empresa.
As atribuições básicas do Recebimento são:
1. coordenar e controlar as atividades de recebimento e devolução de
materiais;
2. analisar a documentação recebida, verificando se a compra está
autorizada;

3. controlar os volumes declarados na Nota Fiscal e no Manifesto de


Transporte com os volumes a serem efetivamente recebidos;
4. proceder a conferência visual, verificando as condições de embalagem
quanto a possíveis avarias na carga transportada e, se for o caso, apontando
as ressalvas de praxe nos respectivos documentos;
5. proceder a conferência quantitativa e qualitativa dos materiais recebidos;
6. decidir pela recusa, aceite ou devolução, conforme o caso;
7. providenciar a regularização da recusa, devolução ou da liberação de
pagamento ao fornecedor;
8. liberar o material desembaraçado para estoque no almoxarifado;
A análise do Fluxo de Recebimento de Materiais permite dividir a função em
quatro fases: 1a fase - entrada de materiais;
2a fase - conferência quantitativa; 3a fase - conferência qualitativa; 4a fase -
regularização;
• 1a fase - Entrada de Materiais:
A recepção dos veículos transportadores efetuada na portaria da empresa
representa o início do processo de Recebimento e tem os seguintes objetivos:
• a recepção dos veículos transportadores;
• a triagem da documentação suporte do recebimento;
• constatação se a compra, objeto da Nota Fiscal em análise, está
autorizada pela empresa;

• constatação se a compra autorizada está no prazo de entrega contratual;


• constatação se o número do documento de compra consta na Nota
Fiscal;
• cadastramento no sistema das informações referentes a compras
autorizadas, para as quais se inicia o processo de recebimento;
• o encaminhamento desses veículos para a descarga;

As compras não autorizadas ou em desacordo com a programação de


entrega devem ser recusadas, transcrevendo-se os motivos no verso da Nota
Fiscal. Outro documento que serve para as operações de análise de avarias e
conferência de volumes é o "Conhecimento de Transporte Rodoviário de

27
Carga", que é emitido quando do recebimento da mercadoria a ser
transportada.
As divergências e irregularidades insanáveis constatadas em relação às
condições de contrato devem motivar a recusa do recebimento, anotando-se no
verso da 1a via da Nota Fiscal as circunstâncias que motivaram a recusa, bem
como nos documentos do transportador. O exame para constatação das
avarias é feito através da análise da disposição das cargas, da observação das
embalagens, quanto a evidências de quebras, umidade e amassados.
Os materiais que passaram por essa primeira etapa devem ser encaminhados
ao Almoxarifado. Para efeito de descarga do material no Almoxarifado, a
recepção é voltada para a conferência de volumes, confrontando-se a Nota
Fiscal com os respectivos registros e controles de compra. Para a descarga do
veículo transportador é necessária a utilização de equipamentos especiais,
quais sejam: paleteias, talhas, empilhadeiras e pontes rolantes.
O cadastramento dos dados necessários ao registro do recebimento do
material compreende a atualização dos seguintes sistemas:
• Sistema de Administração de Materiais e gestão de estoques: dados
necessários à entrada dos materiais em estoque, visando ao seu controle;
• Sistema de Contas a pagar: dados referentes à liberação de pendências
com fornecedores, dados necessários à atualização da posição de
fornecedores;
• Sistema de Compras: dados necessários à atualização de saldos e baixa
dos processos de compras;
• 2a fase - Conferência Quantitativa;
É a atividade que verifica se a quantidade declarada pelo fornecedor na Nota
Fiscal corresponde efetivamente à recebida. A conferência por acusação
também conhecida como " contagem cega " é aquela no qual o conferente
aponta a quantidade recebida, desconhecendo a quantidade faturada

Pelo fornecedor. A confrontação do recebido versus faturado é efetuada a


posteriori por meio do
Regularizador que analisa as distorções e providencia a recontagem.
Dependendo da natureza dos materiais envolvidos, estes podem ser contados
utilizando os seguintes métodos:
• Manual: para o caso de pequenas quantidades;
• Por meio de cálculos: para o caso que envolvem embalagens
padronizadas com grandes quantidades;
• Por meio de balanças contadoras pesadoras: para casos que envolvem
grande quantidade de pequenas peças como parafusos, porcas, arruelas;

• Pesagem: para materiais de maior peso ou volume, a pesagem pode ser


feita através de balanças rodoviárias ou ferroviárias;
• Medição: em geral as medições são feitas por meio de trenas;

• CONFERÊNCIA QUALITATIVA

28
Visa garantir a adequação do material ao fim que se destina. A análise de
qualidade efetuada pela inspeção técnica, por meio da confrontação das
condições contratadas na Autorização de Fornecimento com as consignadas
na Nota Fiscal pelo Fornecedor, visa garantir o recebimento adequado do
material contratado pelo exame dos seguintes itens:
1. Características dimensionais;
2. Características específicas;
3. Restrições de especificação;

• MODALIDADES DE INSPEÇÃO DE MATERIAIS

São selecionadas a depender do tipo de material que se está adquirindo, quais


sejam:
1. Acompanhamento durante a fabricação: torna-se conveniente
acompanhar in loco todas as fases de produção, por questão de segurança
operacional;
2. Inspeção do produto acabado no fornecedor: por interesse do
comprador, a inspeção do
P. A. será feita em cada fornecedor;
3. Inspeção por ocasião do fornecimento: a inspeção será feita pôr ocasião
dos respectivos recebimentos.

• DOCUMENTOS UTILIZADOS NO PROCESSO DE INSPEÇÃO:

1. especificação de compra do material e alternativas aprovadas;


2. desenhos e catálogos técnicos;
3. padrão de inspeção, instrumento que norteia os parâmetros que o
inspetor deve seguir para auxiliá-lo a decidir pela recusa ou aceitação do
material.

• SELEÇÃO DO TIPO DE INSPEÇÃO

A depender da quantidade, a inspeção pode ser total ou por amostragem,


utilizando-se de conceitos estatísticos.
A análise visual tem por finalidade verificar o acabamento do material,
possíveis defeitos, danos à pintura, amassamentos.
A análise dimensional tem por objetivo verificar as dimensões dos materiais,
tais como largura, comprimento, altura, espessura, diâmetros.
Os ensaios específicos para materiais mecânicos e elétricos comprovam a
qualidade, a resistência mecânica, o balanceamento e o desempenho de
materiais e/ou equipamentos.
Testes não destrutivos de ultra-som, radiografia, líquido penetrante, dureza,
rugosidade, hidráulicos, pneumáticos também podem ser realizados a
depender do tipo de material.

• REGULARIZAÇÃO

Caracteriza-se pelo controle do processo de recebimento, pela confirmação da


conferência qualitativa e quantitativa, respectivamente por meio do laudo de

29
inspeção técnica e pela confrontação das quantidades conferidas versus
faturadas.
O processo de Regularização poderá dar origem a uma das seguintes
situações:
1. liberação de pagamento ao fornecedor (material recebido sem
ressalvas);
2. liberação parcial de pagamento ao fornecedor;
3. devolução de material ao fornecedor;
4. reclamação de falta ao fornecedor;

5. entrada do material no estoque;


• Documentos envolvidos na Regularização:
Os procedimentos de Regularização, visando à confrontação dos dados,
objetivando recontagem e aceite ou não de quantidades remetidas em excesso
pelo fornecedor, envolvem os seguintes documentos:
1. nota Fiscal;
2. conhecimento de transporte rodoviário de carga;
3. documento de contagem efetuada;
4. relatório técnico da inspeção;

5. especificação de compra;
6. catálogos técnicos;
7. desenhos;
• Devolução ao Fornecedor
O material em excesso ou com defeito será devolvido ao Fornecedor, dentro de
um prazo de 10 dias a contar da data do recebimento, acompanhado da Nota
Fiscal de Devolução, emitida pela empresa compradora.

9. JUST-IN-TIME (JIT)

A aplicação de algumas técnicas na produção japonesa permitiu reduzir


estoques, em todos os níveis, incrementar a capacidade disponível em grandes
investimentos adicionais, diminuir tempos de fabricação, melhorar a
produtividade e a qualidade dos produtos fabricados, etc. E uma destas
técnicas foi o JIT – Just-In-Time que tem o objetivo de dispor da peça
necessária, na quantidade necessária e no momento necessário, pois para
lucrar necessita-se dispor do inventário para satisfazer as demandas imediatas
da linha de produção. Um exemplo aqui no Brasil é a fábrica da Volkswagen
situada na cidade de Resende no estado do Rio de Janeiro. No mesmo terreno
situam-se as instalações dos fornecedores de peças. Após recebido o pedido,
a VW de imediato solicita aos fornecedores as peças necessárias o que
prontamente é atendido. Nesse caso, todos

30
os processos são realizados em tempo bem menor que em outros métodos de
produção. Também há uma economia no tempo e no custo do transporte entre
o fornecedor e a empresa solicitante.

9.1 FUNDAMENTOS E CARACTERÍSTICAS

O sistema Just-in-time/Kanban freqüentemente é associado a uma política de


redução de estoque de matérias-primas através da sua entrega em intervalos e
lotes menores. Na realidade, o sistema é muito mais abrangente do que essa
característica “externa”. Internamente a fábrica, há mudanças do trabalho e do
sistema de informações. De uma maneira geral, dois são os princípios deste
sistema de produtividade, Just-in-time e controle autônomo dos defeitos. O
Kanban propriamente dito é um sistema de informações para administrar o
Just-in-time.

9.2 OBJETIVOS DO JUST-IN-TIME

•. Flexibilizar a empresa;
•. Produzir somente os produtos necessários;
•. Produzir com qualidade requerida;
• Menor “Lead Time” na concepção de novos produtos;
•. Menos “Lead Time” na manufatura;
• Melhor atendimento ao cliente;
•. Menor perda (maior valor agregado ao produto);
• Maior retorno de investimento;
•. Reduzir estoques em processo, produtos acabados e eventualmente
matérias-primas;
•. Reduzir custos de fabricação;
•. Gerar espaços de Fábrica;
•. Produzir por métodos que permitam o envolvimento das pessoas (moral,
satisfação, desenvolvimento, autocontrole;
•. Reduzir o custo e o tempo de transporte dos produtos entre o fornecedor e a
empresa solicitante.

Existem três ideias básicas sobre as quais se desenvolve o sistema Just In


Time.

A primeira é a integração e otimização de todo o processo de


manufatura. Aqui entra o conceito amplo, total, dado ao valor do produto, ou
seja, tudo o que não agrega valor ao produto é desnecessário e precisa ser
eliminado.

O JIT visa reduzir ou eliminar funções e sistemas desnecessários ao


processo global da manufatura. No processo produtivo, o JIT visa eliminar
atividades como inspeção, retrabalho,

31
Estoque etc. Muitas das funções improdutivas que existem em uma
empresa foram criadas devido à ineficiência ou incapacidade das funções
iniciais. Assim, o conceito de integração e otimização começa na concepção e
projeto de um novo produto.

A segunda ideia é a melhoria contínua (Kaizen). O JIT fomenta o


desenvolvimento de sistemas internos que encorajam a melhoria constante,
não apenas dos processos e procedimentos, mas também do homem, dentro
da empresa. A atitude gerencial postulada pelo JIT é : “nossa missão é a
melhoria contínua”. Isto significa uma mentalidade de trabalho em grupo, de
visão compartilhada, de revalorização do homem, em todos os níveis, dentro
da empresa. Esta mentalidade permite o desenvolvimento das potencialidades
humanas, conseguindo o comprometimento de todos pela descentralização do
poder. O JIT precisa e fomenta o desenvolvimento de uma base de confiança,
obtida pela transparência e honestidade das ações. Isto é fundamental para
ganhar e manter vantagem competitiva.

A terceira ideia básica do JIT é entender e responder às necessidades dos


clientes. Isto significa a responsabilidade de atender o cliente nos requisitos de
qualidade do produto, prazo de entrega e custo. O JIT enxerga o custo do
cliente numa visão maior, isto é, a empresa JIT deve assumir a
responsabilidade de reduzir o custo total do cliente na aquisição e uso do
produto. Desta forma, os fornecedores devem também estar comprometidos
com os mesmos requisitos, já que a empresa fabricante é cliente dos seus
Fornecedores. Clientes e fornecedores formam, então, uma extensão do
processo de manufatura da empresa.

10. kanban

SISTEMA KANBAN: Significa “registro visual”

Kanban ou cartão é um mecanismo onde um posto de trabalho informa a sua


necessidade de mais peças para a seção precedente.

Cartões, bolas coloridas, luzes e sistemas eletrônicos têm sido usados como
sinais kanban.

O fator principal do sistema kanban é a identificação do sistema de produção


“puxada”. Produção referente a um sistema de demanda onde os produtos são
produzidos somente de acordo com a demanda do setor que os usa.

32
10.1 REGRAS DO KANBAN

Regra 1 O Cliente só retira a peça do estoque quando isso for realmente


necessário;

Regra 2 O Fornecedor só pode produzir peças dos quais possui kanbans


de produção e na quantidades definidas neste.

Regra 3 Somente peças boas podem ser colocadas em estoque;

Regra 4 Os cartões devem ficar nas embalagens cheias ou no QUADRO


KANBAN.

10.2 COMO FUNCIONA O SISTEMA

• Para cada peça temos uma seqüência de posições, onde são colocados
os Cartões;
• As posições VAZIAS indicam o estoque disponível (Embalagens Cheias)
e cada cor indica o grau de urgência da reposição;
• Os cartões são colocados do VERDE ao VERMELHO

33
A FAIXA VERDE define o nivelamento da produção.
A FAIXA AMARELA é o tempo de resposta.
A FAIXA VERMELHA é a segurança necessária para que os clientes não
parem de produzir.

O estoque de cada peça é dividido em três faixas, assim como visto.

A Medida em que os CARTÕES chegam ao quadro, são inseridos na faixa


VERDE, depois AMARELA e VERMELHA.

Os CARTÕES que não estão no quadro estão no Estoque acompanhando as


embalagens cheias de peças.

34
Quando o QUADRO está CHEIO de CARTÕES, o estoque está VAZIO e vice-
versa.

Analisando o MOVIMENTO dos CARTÕES, quantas caixas teríamos agora

11. SCM – SISTEMAS DE GESTÃO DE SUPRIMENTOS

Sistemas de Gestão de Suprimentos Objetivo: controlar produtos, peças,


matérias primas, materiais, composição, aquisição e fluxo de materiais por toda
a cadeia produtiva.

Inclui Sistemas: classificação de itens / itens internos da empresa + bibliotecas


de componentes + métodos de uso + fornecedores / inclui cadeia de
suprimentos / recuperação de peças aprovadas, padrões e substitutos
aceitáveis
relatórios de uso dos produtos (componentes) nos produtos / redução de 5 a
20% no custo de criação e manipulação de peças (Gartner Group) / estrutura
de produto = bill of material

Inclui Sistemas de Controle de Supply Chain (Cadeia de Suprimentos)

- procura (procurement): localização de produtos e fornecedores, escolha


de melhores fornecedores
- aquisição (purchase): cotação e processo de compra, recebimento / -
previsão de vendas
- planejamento e controle de produção / - material handling / - inventário / -
distribuição

35
Origem- Contexto atual: Economia contemporânea baseada em ciclos de
vida de produtos curtos, instáveis e muitas vezes imprevisíveis (Obsolescência
veloz);
• Mercados globalizados e dinâmicos; Clientes cada vez mais
exigentes.

Em face da necessidade de reduzir as incertezas e os riscos deste contexto, as


empresas tentam interagir em conjunto com fornecedores, clientes e
concorrentes, através da quebra de fronteiras organizacionais:

SOLUÇÃO: Coordenação da gestão de materiais, da produção e da


distribuição passou a dar respostas mais eficazes aos objetivos de excelência
que os negócios exigiam (Logística Integrada).

SCM – Surge da necessidade de uma integração que vai além das fronteiras
da empresa, englobando neste processo: os seus fornecedores diretos e até
indiretos (fornecedores dos fornecedores diretos), distribuidores, consumidores
e clientes em geral.

11.1 O CONCEITO DE SUPPLY CHAIN MANAGEMENT – SCM

Para melhor entender o conceito de Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos,


ou SCM do inglês, é fundamental entender primeiro o conceito de canal de
distribuição já bastante consolidado e há muito utilizado por marketing.
Instrumento fundamental para a eficiência do processo de comercialização e
distribuição de bens e serviços, o conceito de canal de distribuição pode ser
definido como sendo:

• o conjunto de unidades organizacionais, instituições e agentes, internos


e externos, que executam as funções que dão apoio ao marketing de produtos
e serviços de uma determinada empresa.

Dentre os funções de suporte ao marketing incluem-se:

compras, vendas, informações, transporte, armazenagem estoque,


programação da produção, e financiamento. Qualquer unidade organizacional,
instituição ou agente que execute uma ou mais funções de suporte ao
marketing é considerado um membro do canal de distribuição.

Os diversos membros participantes de um canal de distribuição podem ser


classificados em 2 grupos: membros primários e membros especializados.
Membros primários são aqueles que participam diretamente, assumindo o risco
pela posse do produto, e incluem fabricantes, atacadistas, distribuidores e
varejistas. Membros secundários são aqueles que participam indiretamente,
basicamente através da prestação de serviços aos membros primários, não
assumindo o risco da posse do produto. Exemplos mais comuns são as

36
empresas de transporte, armazenagem, processamento de dados e
prestadores de serviços logísticos integrados.
Em suma, o SCM é uma abordagem sistêmica de razoável complexidade, que
implica em alta interação entre os participantes, exigindo a consideração
simultânea de diversos trade-offs. O SCM vai além das fronteiras
organizacionais e considera tanto os trade-offs internos quanto os inter-
organizacionais, relativamente a quem deve se responsabilizar pelos estoques
e em que estágio do canal as diversas atividades deveriam ser realizadas.

SCM: Representa o esforço da coordenação dos diversos participantes de um


canal de distribuição através da administração compartilhada de processos-
chave de negócios que interligam as diversas unidades organizacionais e
membros do canal, desde o consumidor final até o fornecedor inicial de
matérias-primas.

Conjuga os processos logísticos, que tratam do fluxo de materiais e


informações dentro e fora das empresas, com os relacionamentos que surgem
ao longo da cadeia para assegurar seus melhores resultados em termos de
redução de desperdício e agregação de valor.

A cadeia de suprimentos é um “processo guarda-chuva” debaixo do qual são


criados produtos e entregues aos clientes

A cadeia de suprimentos refere-se à complexa rede de relações que as


organizações mantém com parceiros de comércio de matéria-prima, fabricação
e entrega de produtos.

Uma estratégia de SCM baseia-se no processamento correto do pedido, na


administração do estoque just-in-time e no atendimento do pedido a tempo.

No ritmo de altas expectativas do cliente, mundo em “tempo real” de hoje, o


atendimento não é mais como era. As companhias agilizam-se para encontrar
a correta combinação das cadeias de suprimentos click-andbrick.

Click-and-brick - Termo utilizado para denominar empresas que possuem um


espaço físico de negócio (brick) e presença na Internet (click). Este tipo de
empresa, apesar dos negócios realizados no website, possuem grande
dependência de sua infra-estrutura física de negócios com o cliente.

O SCM requer investimento adequado em tecnologia e em forte atendimento.


Além disso, o
processamento de pedidos e operações de embalagens e remessa devem
estar integrados.

Mas o SCM não é só uma questão de tecnologia, mas uma estratégia de


negócio que cria oportunidades novas e interessantes.

37
Tendências de Investimento na Cadeia de Suprimentos - Atualmente as
companhias são forçadas a ampliar a colaboração da cadeia de suprimentos
através da Internet com parceiros de negócios. Isto acontece porque:

A tendência para a dispersão mundial de instalações de fábricas e distribuição


– aumentou a demanda por produtos customizados para mercados locais;

Imprevisibilidade de canal – Novas tecnologias geram exigência por sofisticada


coordenação de vários canais de distribuição;

Resposta mais que eficiente – A necessidade por entregas mais rápidas e mais
customizadas rompeu políticas tradicionais de gerenciamento de estoque e
escolhas de transporte;

As empresas estão dispostas a aceitar margens mais baixas para manter e


aumentar a participação do mercado.

Principais produtos do SCM - A implantação do conceito de logística integrada


e SCM revela várias características referentes ao aumento da competitividade
de uma empresa:

• Realização de parcerias com fornecedores;


• Sincronização da produção;
• Redução de estoques;
• Reorganização e/ou desativação de armazéns;
• Mudanças na organização do trabalho no chão de fábrica;
• Unificação de atividades de apoio (manutenção, ferramentarias,etc.);
• Melhor nível de atendimento ao cliente;
• Melhoria dos sistemas de informação.

12. PLANEJAMENTO DAS NECESSIDADES DE MATERIAIS -


MRP

O MRP (Planejamento das Necessidades de Materiais) é um sistema de


inventário que consiste em tentar minimizar o investimento em inventário. Em
suma, o conceito de MRP é obter o material certo, no ponto certo, no momento
certo. Tudo isto através de um planejamento das prioridades e a Programação
Mestra de Produção.

Este sistema tem funções de planejamento empresarial, previsão de vendas,


planejamento dos recursos produtivos, planejamento da produção,
planejamento das necessidades de produção, controle e acompanhamento da
fabricação, compras e contabilização dos custos, e criação e manutenção da
infra-estrutura de informação industrial.

38
A criação e manutenção da infra-estrutura de informação industrial passa pelo
cadastro de materiais, estrutura de informação industrial, estrutura do produto
(lista de materiais), saldo de estoques, ordens em aberto, rotinas de processo,
capacidade do centro de trabalho, entre outras.

A grande vantagem da implantação de um sistema de planejamento das


necessidades de materiais é a de permitir ver, “rapidamente”, o impacto de
qualquer replanejamento. Assim pode-se tomar medidas corretivas, sobre o
estoque planejado em excesso, para cancelar ou reprogramar pedidos e
manter os estoques em níveis razoáveis

12.1 OBJETIVO

A administração de materiais deve procurar melhorar continuamente a


rotatividade de estoque, o atendimento ao cliente, a produtividade da mão de
obra, a utilização da capacidade, custo de material, o custo do transporte e o
custo do sistema. Ou seja, atender o cliente da melhor forma, com o menor
investimento em estoque. O objetivo do MRP é superar este desafio.

12.2 METAS DO MRP

De modo geral, a implantação de um sistema MRP visa:

• Diminuir custos de estocagem e movimentação


• Tempo de vida e controle de validade em casos de produtos perecíveis.
Além disto, o produto pode sofrer alterações de modelo, por exemplo.
• Atendimento ao cliente.
• Diminuir a improdutividade. A produtividade pode ser atingida e
afetada por falta de materiais, tempo de preparação, quebra de máquina, hora
extra, variação na equipe, etc.

• Previsibilidade, incluindo a manutenção dos equipamentos, a previsão


de compras e produção.
• Capacidade da instalação para o atendimento, ou seja, a capacidade de
atendimento ao cliente.
• Diminuir o custo de materiais e transporte.
• Diminuição do custo de obtenção

Com o avanço da Tecnologia da Informação as empresas passaram a


utilizar sistemas computacionais para suportar suas atividades. Geralmente,
em cada empresa, vários sistemas foram desenvolvidos para atender aos
requisitos específicos das diversas unidades de negócio, plantas,
departamentos e escritórios. Por exemplo, o departamento de planejamento da
produção utiliza um sistema próprio e o departamento de vendas utiliza outro.
Dessa forma, a informação fica dividida entre diferentes sistemas.

39
Os principais problemas dessa fragmentação da informação são a dificuldade
de obtenção de informações consolidadas e a inconsistência de dados
redundantes armazenados em mais de um sistema. Os sistemas ERP
(Enterprise Resource Planning) solucionam esses problemas ao agregar, em
um só sistema integrado, funcionalidades que suportam as atividades dos
diversos processos de negócio das empresas.
Os sistemas ERP surgiram a partir da evolução dos sistemas MRP
(Material Resource Planning). Neles, foram agregados as funções de
programação mestre da produção, cálculo grosseiro de necessidades de
capacidade, cálculo detalhado de necessidade de capacidade, controle do
chão de fábrica, controle de compras e, mais recentemente, Sales &
Operations Planning. Dessa forma, os sistemas MRP deixaram de atender
apenas as necessidades de informação referentes ao

cálculo da necessidade de materiais, para atender às necessidades de


informação para a tomada de decisão gerencial sobre outros recursos de
manufatura.

O MRP passou, então, a ser chamado de MRP II (Manufacturing


Resource Planning - Planejamento de Recursos de Manufatura).
Com o objetivo de ampliar a abrangência dos produtos vendidos, os
fornecedores de sistemas desenvolveram mais módulos, integrados aos
módulos de manufatura, mas com escopo que ultrapassa os limites da
manufatura. Como exemplo, foram criados os módulos de Gerenciamento dos
Recursos Humanos, Vendas e Distribuição, Finanças e Controladoria, entre
outros. Esses novos sistemas, capazes de suportar as necessidades de
informação para todo o empreendimento, são denominados sistemas ERP.

Estrutura típica dos sistemas ERP


Os sistemas ERP são compostos por uma base de dados única e por módulos
que suportam diversas atividades das empresas. A figura abaixo apresenta
uma estrutura típica de funcionamento de um sistema ERP. Os dados
utilizados por um módulo são armazenados na base de dados central para
serem manipulados por outros módulos.

40
Figura 1 - Estrutura típica de funcionamento de um sistema ERP
(DAVENPORT, 1998)

Os módulos citados na figura acima estão presentes na maioria dos sistemas


ERP. Além deles, alguns sistemas ERP possuem módulos adicionais, tais
como: Gerenciamento da Qualidade, Gerenciamento de Projetos,
Gerenciamento de Manutenção, entre outros.

12.3 IMPLANTAÇÃO DE SISTEMAS ERP

As funcionalidades dos módulos de um sistema ERP representam uma


solução genérica que reflete uma série de considerações sobre a forma que as
empresas operam em geral. Para flexibilizar sua utilização em um maior
número de empresas de diversos segmentos, os sistemas ERP foram
desenvolvidos de forma que a solução genérica possa ser customizada em um
certo grau.

Na implantação de um sistema ERP, a customização é um compromisso


entre os requisitos da empresa e as funcionalidades disponíveis no sistema.
Inicialmente, na maioria das vezes, os processos de negócio das empresas
precisam ser redefinidos para que seus requisitos se aproximem das
funcionalidades do sistema. Então, a primeira medida de customização é a
seleção dos módulos que serão instalados. A característica modular permite
que cada empresa utilize somente os módulos que necessite e possibilita que
módulos adicionais sejam agregados com o tempo. Em seguida, para cada
módulo, são feitos ajustes nas tabelas de configuração para que o sistema se
adeque da melhor forma possível aos novos processos de negócio. Mesmo
com a customização, a solução pode não atender a alguns requisitos

41
específicos das empresas. Nesses casos, as empresas precisam utilizar outros
sistemas complementares ou abandonar seus requisitos específicos e adotar
processos genéricos.

Por esse motivo, a decisão de implantação de um sistema ERP só deve


ser tomada após uma análise detalhada dos processos da empresa e das
funcionalidades dos sistemas ERP. Além disso, é muito importante que as
empresas considerem, desde o início da implantação, os impactos que a
redefinição dos processos e a introdução do sistema terão na estrutura, cultura
e estratégia da organização.

12.4 BENEFÍCIOS DA UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS ERP

A utilização de sistemas ERP otimiza o fluxo de informações e facilita o


acesso aos dados operacionais, favorecendo a adoção de estruturas
organizacionais mais achatadas e flexíveis. Além disso, as informações
tornam-se mais consistentes, possibilitando a tomada de decisão com base em
dados que refletem a realidade da empresa. Um outro benefício da implantação
é a adoção de melhores práticas de negócio, suportadas pelas funcionalidades
dos sistemas, que resultam em ganhos de produtividade e em maior velocidade
de resposta da organização.

13. DISTRIBUIÇÃO E TRASNPORTES

13.1 CENTROS DE DISTRIBUIÇÃO (CD)

Centros de distribuição são unidades que as empresas constroem para


armazenar seus produtos e revende-los para outros clientes, ou despachá-los
para suas filiais.
Os CDs são construídos para que as empresas tenham uma distribuição com
mais eficiência, podendo atender aos clientes de maneira mais rápida.
Vantagens:

• Redução de custos, uma vez que nos CDs encontram mais de uma
empresa, assim sendo os gastos do CD são divididos com todas as empresas
que ali se encontram.

•. Os CDs também têm a flexibilidade de atender aqueles clientes que


precisam de produtos que são perecíveis (como alimentos), ou que tem curto
período de comercialização (como jornais). Realizando o Crossdocking os CDs
suprem esta necessidade dos consumidores. Esta flexibilidade se dá por conta
da alta rotatividade dos produtos nos CDs.
• melhora o tempo de entrega dos produtos.
• reduz custos de transporte e de armazenagem
• disponibiliza maior espaço físico nas lojas, uma vez que os estoques são
centralizados.
Funções básicas de um Centro de Distribuição

• Recebimento

42
• Movimentação
• Armazenagem
• Separação de pedidos
• Expedição

13.2 Recebimento

Nos centros de distribuição cada caminhão possui uma doca, que é como uma
plataforma de ônibus. No momento do recebimento os caminhões encostam-se
a estas docas e, em alguns casos, há necessidade de nivelamento do
caminhão para evitar acidentes, porém não são todos os centros de
distribuição que possuem este mecanismo de nivelamento.
Após encostar o caminhão e o nivelar, executam as fases do recebimento,
conforme descrito a seguir.
• Entrada de materiais: é o início do recebimento, onde os transportadores
são recebidos com as cargas, fazem a regularização necessária para liberar a
carga, e também os devidos lançamentos das Notas fiscais.
• Conferência quantitativa: a quantidade de material descriminada em
Nota Fiscal deve ser igual à quantidade de material recebida, ou seja, nessa
etapa é realizada a contagem dos materiais.
• Conferência qualitativa: é necessário que se verifique a qualidade do,
material está dentro do padrão exigido. Cada empresa determina a quantidade
que deve ser analisada.
• Regularização: esse é o final do processo de recebimento, aqui as
documentações necessárias são finalizadas e feitas em suas

Respectivas conformidades. Nessa etapa é onde liberam o pagamento ao


fornecedor, caso esteja tudo correto.

13.4 MOVIMENTAÇÃO

É feita após o recebimento. Inicia-se desde o momento de descarregamento do


caminhão.
No centro de distribuição existem dois tipos de movimentação: a transferência
e a separação.

Como empilhadeiras.

Transferência: é a movimentação dos produtos do local do recebimento para o


local onde ficará estocado.
Separação: é retirar os materiais do estoque e leva-los para consolidação dos
pedidos.
A movimentação geralmente é feita com força braçal e também com utilização
de equipamentos,

43
A movimentação bem-feita e organizada colabora na agilidade dos processos.
Por exemplo, a definição de rotas, se você for buscar qualquer material, você
deve percorrer um caminho pré-estabelecido.
Estas rotas devem ser definidas da melhor maneira possível, sendo favorável
aos funcionários e também ao centro da distribuição.

13.5 ARMAZENAGEM

Armazenagem nos centros de distribuição é a guarda temporária dos produtos


para, posteriormente, serem vendidos.
A armazenagem deve ser feita de maneira padronizada, para que qualquer um
que for armazenar armazene os produtos no mesmo
Lugar. Evitando também a procura pelo material, pois toda vez que se for
buscá-lo, ele estará no mesmo lugar.
Nos CDs a armazenagem é feita usando o porta-pallets e outros dispositivos de
auxílio na armazenagem. Entre os pallets há um corredor que dá acesso às
mercadorias, para facilitar a movimentação nos centros de distribuição eles
sinalizam o corredor.

Após o recebimento nos centros de distribuição os materiais são movimentados


para armazenagem.
Estoque: engloba todos os bens armazenados para atender as imprevisíveis
demandas do mercado. A qualidade de materiais a se manter em estoque é um
ponto muito importante a se considerar, pois estoques geram custos, o que não
é interessante para nenhuma empresa.
Os estoques devem manter um equilíbrio entre a demanda e a oferta. Pois se
houver muitos materiais estocados o custo se torna elevado, se houver poucos
materiais não conseguimos atender a demanda e suprir a necessidade dos
consumidores.
Um bom gerenciamento de estoque é vital para qualquer empresa, pois ele
permite a redução de custo, o que é um diferencial perante os concorrentes
que não executam esse gerenciamento.

Exercícios

1. Leia o texto abaixo:

Peixe fresco

Os japoneses adoram peixe fresco. Porém, as águas perto do Japão não


produzem muitos peixes há décadas. Assim, para alimentar a sua população,
os japoneses aumentaram o tamanho dos navios pesqueiros e começaram a
pescar mais longe do que nunca. Quanto mais longe os pescadores iam, mais
tempo gastavam para o peixe chegar. Se a viagem de volta levasse mais do
que alguns dias, o peixe já não era mais fresco. E os japoneses não gostavam
do gosto daqueles peixes que já não eram mais frescos.

44
Para resolver este problema, as empresas de pesca instalaram congeladores
em seus barcos. Eles pescavam e congelavam os peixes em alto-mar. Os
congeladores permitiram que os pesqueiros fossem mais longe e ficassem em
alto mar por muito mais tempo.

Entretanto, os japoneses conseguiram notar a diferença entre peixe


fresco e peixe congelado, e, é claro, eles não gostavam do peixe congelado.
Consequentemente não havia venda desses peixes porque os japoneses não
queriam se alimentar com peixes congelados, com isso o preço do peixe
acabou caindo muito.
Então as empresas de pesca instalaram tanques de peixe nos navios
pesqueiros. Eles podiam pescar e enfiar esses peixes nos tanques, como
sardinhas. Depois de certo tempo, os peixes paravam de se debater e não se
moviam mais. Eles chegavam abatidos, porém vivos.

O japonês ainda podia notar a diferença no sabor. Por não se mexerem


por dias, os peixes perdiam o gosto e o frescor. Os japoneses preferiam o
gosto de peixe fresco e não o gosto de peixe apático.
Então, como os japoneses resolveram este problema Como eles conseguiram
trazer ao Japão peixes com gosto de fresco.
Se você estivesse dando consultoria para essa empresa de pesca o que você
recomendaria?

14. SEPARAÇÃO E ESPEDIÇÃO

14.1 SEPARAÇÃO DE PEDIDOS

Separar pedidos é seguir um pedido de algum cliente e buscar os


produtos no armazém para serem entregues.
Esta é a etapa realizada assim que se recebem os pedidos dos clientes.

Nesse momento as empresas que tiverem uma estratégica organização


nos estoques não sairão na frente, pois quanto mais fácil for à localização dos
materiais, mais rápido será o processo e, consequentemente, a entrega.
Este é o momento em que devemos dar baixa nos estoques dos materiais que
estão sendo separados para entrega, quanto mais informatizado for sistema de
controle, mais rápido será o processo.
Há empresas que contam com sistemas completamente informatizados de
separação de pedidos.

Vejamos um exemplo:

45
A Natura tem a separação dos pedidos feita por máquinas. Ao final da
separação de cada pedido emite uma etiqueta com o nome da revendedora e a
lista dos produtos solicitados, para posteriormente serem conferidos, se o
sistema identificar algum erro, esse pedido é enviado para uma área onde será
feita a conferência manual.
A separação de pedidos também pode ter seu tempo reduzido se for
estabelecido rotas, e maneira logicas de armazenagem, por exemplo, se o
produto A sempre é vendido junto com o produto B, não podemos ter o produto
A na primeira prateleira e o B na última.

14.2 EXPEDIÇÃO

Expedição é o momento em que a distribuição dos materiais será feita. É


o momento da entrega. Este é o momento em que os caminhões são
carregados.
Nesta etapa realizam-se as seguintes atividades:

• Conferência do pedido: é preciso muita atenção nesta fase para realizar


uma eficiente conferência, uma vez que se a entrega for feita com produto
errado a empresa terá os gastos com uma nova entrega, que não será paga
pelo cliente.
• Preparação dos documentos de expedição: devem-se preparar os
documentos necessários para liberação da carga. Os documentos mais
comuns são as Notas Fiscais e o Conhecimento de Transporte Rodoviário de
Cargas (CTRC). Se a Nota Fiscal não for emitida corretamente, por exemplo, a
empresa pode enfrentar problemas com o Fisco além das divergências de
estoque.
• Pesagem da carga para determinação do custo de transporte: esta etapa
é simples, porém não menos importante. A carga deve ser pesada em uma
balança aferida, para que não haja cobrança incorreta ao consumidor.
A expedição é a fase final, portanto qualquer erro é prejudicial à imagem da
Empresa, uma vez que os impactos serão sentidos diretamente pelos
consumidores.

É preciso muitos cuidados nesta fase, lembrando que estamos lidando


com os produtos de maior valor na empresa, que não são, simplesmente, os
produtos finais, e sim os produtos vendidos.

A expedição nem sempre é eficaz, pois enfrenta problemas de atrasos


de caminhões, danificações nos produtos que já estão prontos para expedição,
pedidos com quantidades incorretas e outros.

14.3 CROSSDOCKING

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É o processo onde os materiais são enviados a um Centro de Distribuição, para
que seja vendido ao consumidor final com maior velocidade. Ele não é
estocado, ou porque é perecível, ou porque possui alto giro de estoque.
Este processo movimenta o produto do lugar de recepção para o lugar de
expedição.
Ele também é conhecido por sistema de distribuição.

As mercadorias chegam ao Centro de distribuição de acordo com a quantidade


já solicitada pelo cliente, disponibilizando a mercadoria no momento certo e na
quantidade correta.

Vantagens:

• Redução de tempo.
• Redução de custos, uma vez que se eliminam os estoques.
• Redução de espaço físico, pois sem estoques o espaço necessário é
menor.
• Não há falta de produtos aos clientes, uma vez que os abastecimentos
são feitos com maior frequência.
• Simplificação na entrega, agora ela é realizada de uma só vez, com os
mais variados produtos.
Desvantagens:

• Sem um fluxo de informação eficaz a cadeia não caminha corretamente.


• Exige trabalho em equipe dos intermediários.
• Sincronia dos fornecedores, uma vez que enquanto um chega com a
mercadoria, o outro deve estar pronto para leva-la ao local de entrega.

14.4 DISTRIBUIÇÃO FÍSICA

Distribuição física é o ramo da logística que é responsável pela

Estocagem, movimentação e processamento de pedidos de produtos


finais. Ela se preocupa principalmente com os materiais que são adquiridos ou
produzidos para venda.
A distribuição física deve se preocupar com dois mercados: Usuários
finais e intermediários.
Usuários finais são os consumidores que compram os produtos para satisfazer
suas necessidades.
Os intermediários são aqueles que adquirem seus produtos, mas não o
consomem, e sim os processa e revende aos consumidores finais. São todos
aqueles envolvidos que, de alguma forma, colabora para que o produto saia do
produtor e chegue ao consumidor final.
Em um canal de distribuição, a Distribuição se dá desta forma:

Um exemplo: Leite

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Produtor: são os fazendeiros que criam vacas leiteiras e fornecem leite
para algum laticínio.
Intermediário 1: laticínio que coleta o leite dos produtores e processa-o
produzindo o leite UHT, o queijo a manteiga e outros derivados.

Intermediário 2: o intermediário 2 é aquele que compra os produtos do


laticínio e revende, em grandes quantidades a alguns estabelecimentos.
Intermediário 3: este seria o intermediário 3 é aquele que compra os produtos
do laticínio que está disponível nos estabelecimentos, e, posteriormente
revende aos seus clientes.

Consumidor final: são os clientes daquele supermercado ou padaria que


compram e consomem os produtos do laticínio.
Canal de distribuição é aquele que se preocupa para que esse Fluxo de
informações e produtos entre produtor, intermediários e consumidor final seja
eficaz.

14.5 MODALIDADES DE DISTRIBUIÇÃO – PARTE I

Modalidades de distribuição são os tipos de distribuição. Abaixo veremos


quatro modalidades.
• Distribuição extensiva:
É usada quando a empresa pretende alcançar um grande numero de pontos de
vendas. Para isso ela utiliza o canal de distribuição longo. Essa modalidade é
viável somente quando a empresa conta com vários vendedores e possui uma
organização comercial eficiente.
• Vantagem: atinge um numero maior de consumidores.
• Desvantagem: possui um elevado custo para empresa, além de correr
risco de perder o controle sobre a distribuição.
• Distribuição exclusiva:
É quando a distribuição de um produto em determinado território é concedida a
uma única distribuidora, que por sua vez também não pode vender produtos
similares.
Esta modalidade é bastante usada por pequenas e médias empresas, pelo fato
de não possuírem conhecimento do seu público-alvo.
As franquias são exemplos desta modalidade.

Nas franquias tudo é feito perante contrato. O franqueador concede a


uma empresa o direito de usar a sua marca, com a condição de que pague um
valor mensal ou anual, de acordo com o que for estabelecido em contrato. Este
valor chama-se royalties.
• Vantagem: oferece a empresa um maior controle sobre a distribuição da
sua empresa. Impede a venda de produtos similares pelo distribuidor,
deixando-o limitado a sua empresa. Ao passo que isso é uma vantagem ao
fabricante, é uma desvantagem ao distribuidor.
• Desvantagem: falta de informação sobre os consumidores locais. Exige,
altos investimentos para realizar alguns controles, levando as empresas,

48
muitas vezes a transferir estas atividades a um terceiro, se distanciando ainda
mais dos consumidores finais.
• Distribuição seletiva: Ela conta com um numero menor de distribuidores.
Esses distribuidores possuem cotas de vendas, e geralmente possuem
exclusividade de venda em determinado território. Os distribuidores são
escolhidos de acordo com sua localização e posicionamento.
Esta modalidade tem abrangência maior do que a distribuição exclusiva. E
diferente da Distribuição extensiva, ela permite obter um maior controle dos
distribuidores, sem contar que os custos são menores.
• Distribuição Intensiva:
Ela serve de complemento à distribuição extensiva e seletiva quando se
precisa da concentração de esforços e recursos num canal de distribuição em
um determinado momento.

14.6 CANAL DE DISTRIBUIÇÃO

Canal de distribuição é o conjunto de pessoas ou empresas que buscam


facilitar a movimentação dos produtos desde o produtor até o consumidor final.
Entre o produtor e o consumidor final haverá algumas entidades, que se
chamam intermediários.
Os tipos de canais de distribuição são definidos de acordo com o número de
intermediário existente no canal de distribuição.
Tipos de Canais de Distribuição

• Canal direto:
Neste canal o contato do produtor com o consumidor final é direto. Ou seja,
não há intermediários.
Este canal faz com que exista uma maior proximidade entre produtor e
consumidor final, conhecendo o mercado. Porém ele não permite que o
produtor distribua por lugares mais dispersos.
• Canal curto:
Neste canal o produtor vende seu produto diretamente às lojas, que revenderá
aos consumidores finais. Ou seja, aqui há somente um intermediário.

Pode-se dizer que neste canal não há atacadistas, que correspondem ao


Intermediário 1.
Há uma melhor possibilidade de mercado neste canal, porem seus
intermediários, mesmo sendo poucos, podem fazer com que a empresa fique
dependente dele.
• Canal Longo:
Este canal possui os dois intermediários, ou até mais. Ele geralmente é usado
quando se trabalha com produtos que possuem grande consumo e necessitam
de abastecimento frequente. Eles possuem amplo alcance geográfico, porém o
controle de seu canal é mais complexo.

14.7 ESTRUTURA DOS CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO

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A maneira como os canais de distribuição estão organizados, a forma como se
dá o relacionamento entre os intermediários é o que caracteriza a estrutura de
um canal de distribuição.
As estruturas podem ser:

• Sistemas convencionais:
Este sistema ocorre quando o produtor e os intermediários possuem interesses
próprios, objetivos individualizados, onde cada qual almeja seu lucro. Ele
possui uma grande flexibilidade para troca de intermediários.
• Integração vertical:
Nesta estrutura os produtores e intermediários atuam como um todo. O canal é
gerenciado por um único componente, podendo dizer que nesta estrutura a
gestão é centralizada.
• Integração horizontal:
É quando mais de uma empresa realizam uma união, para juntarem recursos
para criação de uma nova empresa, ou mesmo por um vínculo contratual.
• Sistema multicanal:
É o que acontece quando a empresa utiliza mais de um tipo de canal de
distribuição. Ela pode usar o canal de distribuição longo, contando com alguns
intermediários para que seu produto chegue ao consumidor final, e ao mesmo
tempo contar com um canal curto, onde ela mesma efetua a venda de seus
produtos em uma loja dentro da fábrica, por exemplo.

15. VAREJO

Varejo é a venda por retalhos. É a venda em quantidades menores. Por


exemplo, a venda de pacotes de arroz de 2 kg é varejo, já a venda de fardos de
90 kg não, porque é muito difícil um consumidor final consumir 90 kg de arroz.
Podemos definir que varejo é a venda que ocorre em contato com o
consumidor final, ele é direcionado ao cliente final. Geralmente é composto por
lojistas.
A grande maioria dos varejos conta com lojas físicas, porém, vale ressaltar
que, o varejo sem lojas está com alto crescimento, pois ele trabalha com o
marketing direto, obtendo resposta imediata do cliente em relação ao produto
ser vendido.
• Nos exemplos de varejos sem lojas podemos citar a venda de porta em
porta, vendas por catálogos, telemarketing, marketing pela televisão, vendas
on-line.
Com varejo podemos oferecer maior diversidade, uma vez que adquirimos os
produtos dos atacadistas e deixamos em menores quantidades podendo
diversificar.

Considerações sobre varejo

É necessário conhecer algumas peculiaridades do varejo para atingirmos o


sucesso. Vejamos algumas considerações abaixo.

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• O varejo é altamente influenciado pelas tendências do mercado, portanto
antes de entrar no mundo varejista é importante escolher, com muita cautela, o
negócio em que se pretende atuar, para não ser fadado ao fracasso.
• A localização do varejo também é importante. O cliente quer
comodidade. Definir um ponto estratégico, de forma que o seu público alvo
tenha fácil acesso, também é imprescindível para o sucesso do varejo.
• A informatização é um diferencial exigido nos dias de hoje, porém gera
alto custo de implantação. Hoje em dia existem redes de informática que
prestam serviços de informatização a um grupo de empresas. É interessante e
vantajoso unir-se a estas redes, uma vez que os custos de informatização
serão rateados entre os integrantes desta rede.

• Integrar-se com fornecedores e com clientes. A integração com


fornecedores seria a criação de parcerias, a instalação de franquias. Com essa
integração é possível manter melhor controle de estoque.
• A apresentação da loja deverá ser bem-feita, pois a primeira imagem é a
que fica. A disposição dos produtos deve ocorrer de forma estratégica para
induzir o consumidor à compra.
Com o varejo o contato com o cliente é direto o bom atendimento é primordial.
Os vendedores devem estar preparados para isso. Eles devem conhecer os
produtos para ser capazes de indicar algum produto ao cliente, de acordo com
sua necessidade.

16. ATACADO

Atacado é o contrário do varejo. Ele vende em grandes quantidades. Na


maioria das vezes o atacado vende para lojistas, mas pode acontecer também
de venderem produtos para uso industrial, que também seria em grande

Características do atacado:

• O atacado vende mercadorias para revenda


• Ele compra em grandes quantidades, para poder oferecer a opção de
compras menores aos varejistas.
• Os atacadistas se instalam em grandes depósitos, procuram lugares
onde o curso de instalação é menor, enquanto que o varejista se adequa a
necessidade do cliente.
• Eles abrangem uma área maior que o varejista. Pois os varejistas atende
a um determinado público, enquanto que o atacado atende a diversos
varejistas que atenderão diversos públicos.
• Os custos para o atacadista são menores, uma vez que compra em
maiores quantidades oferecem maiores descontos.
Há certa dependência entre os atacadistas e os varejistas, uma vez que os
atacadistas financiam os produtos aos varejistas. Eles compram dos produtores
e revendem aos varejistas, porém os produtores deverão ser pagos,
independente se os varejistas pagar ou não. Em conta partida, os varejistas
dependem de um atacado, pois são eles que oferecem em pequenas

51
quantidades, com isso o atacadista faz com que o processo do varejo seja
viável.

16.1 ATACADO E VAREJO NO CANAL DE DISTRIBUIÇÃO

O varejo e o atacado são os intermediários mais comuns da cadeia. O


atacado seria o primeiro intermediário e o varejista seria o segundo.
A escolha do canal de distribuição deve ser muito bem-feita, porque depois de
escolhido é quase impossível reverter à escolha e mudar de canal.
Diante de tanta concorrência, de tanta exigência para sobreviver no mercado
surge à necessidade da integração, isso ocorre tanto para o varejo quanto para
o atacado. Em meio a essas mudanças, sobrevive aquele que se adaptar com
mais facilidade.
A globalização está obrigando as empresas a reverem seus conceitos de
‘fazer e vender’ para ‘perceber e reagir’. Os clientes estão mais exigentes, eles
querem produtos que satisfaçam suas necessidades, assim sendo as
empresas devem perceber quais são suas necessidades, para então começar
a reagir e produzir.
Com um canal de distribuição, onde há um bom fluxo de comunicação, é
possível captar as necessidades dos clientes e repassar para os produtores,
porém para isso ter resultado positivo é preciso que todos os membros do
canal trabalhem por um único objetivo: a satisfação do cliente.
Esse é o momento em que se deve considerar o canal de distribuição,
lembrando que deve ser integrado, deve haver interdependência.
Quando um canal de distribuição é integrado e bem gerenciado a empresa já
conta com um diferencial, entretanto este gerenciamento é complicado e muito
caro.

16.2 EMBALAGEM

A embalagem pode ser usada como instrumento de marketing, pois uma


embalagem bonita atrai o cliente, podendo também ser usada como
instrumento de proteção ao produto, uma vez que um produto bem embalado
não deteriora antes do tempo.
Existem vários tipos de embalagens que são usadas para proteger o
produto e para auxiliar na armazenagem. Vejamos alguns:
Papelão: é um papel mais grosso, que pode ser liso ou enrugado. Ele possui
três camadas, cada uma com uma função. A Camada Externa serve para dar
proteção. A camada intermediaria que é onde fica o papel mais grosso e
ondulado, possui espaços de ondulações, que ficam com ar, servindo como
isolante térmico, para posteriormente, quando for realizar um transporte,
auxiliar no controle da temperatura do produto transportado. E a camada
interna que tem a função de revestimento.
Plásticos: o plástico é extraído do petróleo. Ele tem capacidade de adaptar-se a
diversas formas. Ela serve para manter a integridade do produto.

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Pallets: também chamado de estrados, são as plataformas onde ficam
as cargas que serão movimentadas com a empilhadeira. Eles podem ser de
madeira ou de plástico. Ele possui entradas que permite o encaixe dos garfos
da empilhadeira. Ele facilita o Transporte dos materiais, deixando o processo
mais ágil.

Para uma empresa usar o pallet ela deve também possuir um filme
estirável, que é o plástico que serve para manter os produtos “amarrados”. Este
filme é considerado um dispositivo que auxilia a embalagem.
Bags: são bolsas grandes, de náilon, que servem para armazenar,
acondicionar e transportar produtos em pó ou liquido. Ele é usado no transporte
de açúcar, farinha de trigo, produtos farmacêuticos e outros.

Tambor: são recipientes cilíndricos, de plástico ou aço, que servem para


armazenar produtos em pó ou líquidos. É muito usado no transporte de
petróleo, que tem como padrão o volume de 200 litros.
Container: é um recipiente de aço ou ferro. Ele geralmente transporta
mercadorias em casos de exportação e importação. Ele pode ser usado junto
aos pallets, pois geralmente as cargas que estão dentro dele estão em pallets.
Transportar carga em container é muito mais rápido e organizado.

17. DEPARTAMENTO DE TRANSPORTES

O transporte é uma das principais funções logísticas, pois além de representar


cerca de 60% das despesas logísticas ele também exerce papel fundamental
nos serviços prestados ao cliente.
A função do transporte, desde antigamente, é disponibilizar produtos corretos,
nos lugares certos, nas quantidades corretas ao menor preço possível. Ou
seja, o transporte é a ferramenta principal para alcance do objetivo da logística.
Por exemplo, se o cliente mora em São Paulo e quer uma calça jeans, a
distribuição da calça jeans não poderá ser feita em Brasília, uma vez que a
demanda está em São Paulo.
O estoque também influencia nos custos de transporte, por conta disso as
áreas da empresa devem ser integradas, pois se o estoque reduzir seus custos
sem pensar na logística, ela sofrerá impacto negativo, mesmo que o estoque
reduza seus custos.
Por exemplo, se o estoque acredita que produzir em lotes menores e com
maior frequência seus custos reduzem, se esquecendo de que assim pode
aumentar os custos da produção, e os de transporte, uma vez que as entregas
serão feitas em menores quantidades e com maior frequência.

17.1 MODAIS DE TRANSPORTE

Modais de Transporte são os tipos de transportes.

O transporte é uma das principais funções da logística, podendo representar


até 60% das despesas logísticas, influenciando no lucro da empresa.

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Cada modal apresenta suas vantagens e desvantagens, por conta disso é
necessário realizar fazer a escolha certa do modal que será usado,
considerando qual será o adequado para o transporte de cada produto e qual
oferecerá melhor custo-benefício.
Os tipos de transportes podem ser classificados como:

• Terrestre: é o transporte feito em terra. Podendo ser os rodoviários,


ferroviários e duto viários.
• Aquaviário: é o transporte que é em agua. Podem ser marítimos e
hidroviários.
• Aéreo: são os transportes feitos nos ares, como os aviões.
Ao transportar uma carga também podemos utilizar mais de um modal de
transporte, quando isso ocorre chamamos de multimodalidade, ou seja,
significa que foi feito um transporte multimodal.

17.2 MODAL AQUAVIÁRIO

Este modal realiza transportesem agua, podendo ser: Fluviais – transporte


feito em rios. Lacustres – transporte feito em lagos. Marítimo – transporte feito
nos mares. O transporte marítimo se divide em:
• Marítimo de longo curso: este transporte é aquele que possui linhas de
navegação longas que ligam o Brasil a outros países distantes. Por exemplo,
se um navio sai do Brasil e vai para o Japão transportando determinada carga.
Este transporte geralmente é feito em container.

• Cabotagem: a cabotagem é o transporte feito por rotas mais curtas.


Existe a Grande Cabotagem que corresponde ao transporte feito entre países
vizinhos. E a Pequena Cabotagem que faz o transporte somente nas costas
brasileiras, atendendo as necessidades dos Portos Nacionais.

Vantagens:

• Maior capacidade de carga


• Transporta qualquer tipo de carga
• Menor custo de transporte
Desvantagens:

• É inviável a curta distância, uma vez que os navios não chegam às


empresas, necessitando do modal rodoviário.
• A maioria das hidrovias não se localiza próximas aos centros comerciais
• Há hidrovias que são desniveladas, necessitando de barragens, que
para serem construídas precisam de licenciamento ambiental.
• Conta também com o problema do congestionamento dos portos

17.3 MODAL RODOVIÁRIO

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O transporte rodoviário é feito em rodovias, por caminhões, carretas e outros.

A maior parte da frota brasileira é de empresas privadas que prestam serviços


de transporte. Há algumas empresas que possuem frota própria, mas hoje em
dia está em pequena quantidade, uma vez que a terceirização está cada vez
mais presente.
A ideia de criar estradas que ligasse o país inteiro partiu das ideias
desenvolvimentistas de Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek, pois naquela
época a evolução do transporte e do automóvel representava a modernidade.
A rede rodoviária brasileira conta com aproximadamente 2 milhões de
quilômetros, lembrando que o transporte de cargas no Brasil é feito, em sua
maioria por rodovias.
Vantagens:

 Propício para curtas e medias distancias, pois ele oferece a


possibilidade da entrega porta a porta.

 Em relação ao modal marítimo e ferroviário, este modal possui mais


rapidez de entrega.
 Não faz grandes exigências com embalagens.

Desvantagens:

 As rodovias possuem limite de peso, que devem ser respeitados,


limitando o transporte das cargas.
 A longa distância seu custo é elevado.
 Comparando com os outros modais, sua capacidade é pequena.

17.4 MODAL FERROVIÁRIO

Este transporte é feito por rodovias, usando trens.

A construção das ferrovias ocorreu em momentos diferentes, ocasionando a


divergência entre os tamanhos das bitolas
(Distância entre a cabeça dos trilhos).

Em Agosto deste ano, a mídia divulgou o programa de concessões de rodovias


e ferrovias, onde serão investidos 133 bilhões de reais para ampliação e
modernização das rodovias e ferrovias.
Vantagens:

 Por ser transportado em trens, possui maior capacidade de carga.


 Possui eficiência quanto aos custos com combustíveis e outros

Desvantagens:

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 Seus custos com manutenção, alimentação de energia, operação dos
terminais de carga e descarga são elevados.
 Existem vagões que possuem finalidades especificas no que diz respeito
à carga que será transportada, podendo transportar ali somente aquele
material.
 Em relação ao tamanho do território brasileiro, a malha ferroviária é
pequena.
 A divergência que há entre as bitolas faz com que as cargas sejam
trocadas de trem, atrasando o processo, aumentando os custos...
 Possui trajeto fixo, havendo pouca flexibilidade.

17.5 MODAL DUTOVIÁRIO

Tipos de dutovias

É o transporte feito em Dutovias são tubulações metálicas construídas


com intuito de realizar o transporte de algum produto.
No interior dos dutos há uma grande pressão, que faz com que os materiais se
locomovam.

Oleodutos: Produtos transportados são, em sua grande maioria,


derivados do petróleo como óleo combustível, gasolina, diesel, álcool,
querosene e outros;
Minerodutos: Empregado no transporte de produtos como minério de ferro e
similares
Gasodutos: É usado no transporte de gás natural;

Polidutos: É usado no transporte de outros produtos como vinho, agua, etc.

Vantagens do transporte dutoviario:

 Confiabilidade
 Rapidez
 Pouco influenciado pela meteorologia.

Desvantagem do transporte dutoviario

Serviços são limitados a alguns produtos, considerando também que há em


pouca quantidade no Brasil.

17.6 Modal aeroviário é o transporte de cargas feito por aeronaves.

Este modal é o moderno, e nosso país possui o segundo maior número de


aeroportos do mundo, ficando atrás somente dos Estados Unidos da América.
Os aviõescargueiros possuem características
Apropriadas para o transporte de cargas. Há muitas pessoas que confundem,
mas os aviões cargueiros não são os mesmos aviões de passageiros.
O numero de extravios em transportes aéreos é muito irrelevante.

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A globalização vem fazendo com que a importância deste modal seja mais
significativa.

Vantagens:

 É o transporte mais rápido.


 Os aeroportos geralmente se localizam próximos aos centros de
produção.
 Segurança e pontualidade na entrega.

Desvantagens:

 Custo elevado
 Capacidade limitada

Melhor do que o passado.

18. Logística reversa

A logística reversa se preocupa com o destino que um produto terá ao


chegar ao final de sua vida útil.
A prática da logística reversa faz com que a empresa reduza alguns custos,
além de ajudá-la a construir uma imagem de responsabilidade ambiental diante
dos seus consumidores.
Podemos dizer que a logística reversa é a logística de trás para frente.
A logística reversa ocorre por dois motivos. Ou pelas regulamentações de
descarte correto de determinados produtos, como agrotóxicos, baterias de
celulares... Ou para agregar valor ao que pode ser seu “lixo”.
Há três fatores que impulsionam a pratica da logística reversa:

1. A consciência e a preocupação com o meio ambiente vêm crescendo na


mente das pessoas.
2. O avanço tecnológico oferece maiores possibilidades e facilidades para
reciclar os materiais.
3. A legislação exige que algunsmateriais tenham
tratamento adequado após o uso.
A logística reversa se utiliza principalmente dos transportes.

Vejamos um exemplo bem claro de logística reversa

As cervejarias, ou mesmo a Coca-Cola, elas possuem bebidas em


garrafas que são retornáveis. Essas garrafas são utilizadas mais de uma vez.
Tendo esse processo eles aproveitam o frete. Pois o caminhão vai cheio com
bebidas para entrega e volta com as garrafas retornáveis, o que seria diferente
sem a logística reversa, o caminhão voltaria vazio.

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Isso significa que a empresa reduz gastos com a embalagem do seu produto,
uma vez que não terá que adquirir novas garrafas, e sim somente higienizá-las.
E o melhor, ele está fazendo um bem para o meio ambiente, pois os vidros
levam tempo indeterminado para se decompor. Tudo isso a empresa faz sem
gerar custos a mais, uma vez que esse frete já está sendo embutidos no custo
das bebidas que foram entregues.

18.1 CUSTOS LOGÍSTICOS – PARTE I

O transporte representa 60% dos custos logísticos, portanto é importante


sabermos quais atividades estão envolvidas neste curso.
Para melhor entendermos os custos, vejamos um conceito importante:

 Lead time: Tempo de fabricação do produto vejamos alguns dos custos


envolvidos no transporte. Carregamento e descarregamento de veículos:
Os custos envolvidos no carregamento e descarregamento estão relacionados
ao:
1. Tempo de espera do veiculo

Muitas vezes o veículo chega ao local, onde o carregamento não acontece de


imediato, fazendo com que o veículo fique esperando. O mesmo acontece com
descarregamento. Para reduzir este tempo a empresa deve manter um
cronograma rígido com a transportadora, alinhando os horários de chegada dos
veículos para carregamento, de maneira que não haja atrasos no carregamento
nem no descarregamento.
2. Tempo de carregamento e descarregamento

Este tempo só pode ser reduzido utilizando a automação, por exemplo, se


utilizando de empilhadeiras. Tendo um almoxarifado bem organizado também
facilita o processo.
3. Veiculo adequado para transporte de cada material:

Isto gera um custo porque os veículos devem obedecer algumas normas. Por
exemplo, há produtos que não podem ser transportados em caminhão comum,
muitos necessitam de caminhão refrigerado. Estes caminhões necessitam de
manutenções, e além de tudo ele não transporta qualquer produto,
encarecendo o processo.
4. Equipe capacitada para desenvolver as atividades do carregamento e
descarregamento.
Para uma empresa ter seu processo ágil ela precisa de pessoas
capacitadas e para isso é necessário um gasto de investimento em treinamento
e capacitação. Este gasto também influencia nos custos logísticos.

18.2 CUSTOS LOGÍSTICOS – PARTE II

Embalagens:

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As embalagens são importantes, pois além de ser a imagem do produto,
ela tem a função de protegê-los de danificações. Cada produto exige um tipo
de embalagem e este custo gerado é acrescido ao transporte.
Gerenciamento de rotas:

I sto é muito importante e poupa muito tempo da empresa. Estas rotas


podem ser definidas no almoxarifado, para que não haja desperdício de tempo
dentro da empresa, e também pode haver rotas nos percursos de entrega.
Existem sistemas operacionais que delimitam as melhores rotas a serem
percorridas. As empresas que possuem roteirização saem à frente, pois além
de economizarem gasto com rotas desnecessárias, entregam mais rápido, uma
vez que fazem o caminho mais curto e rápido.
Parcerias:

As parcerias firmadas com fornecedores trazem grandes vantagens às


empresas.
No Just in time, que é um sistema onde as empresas trabalham com estoque
zero, recebendo mercadorias exatamente no momento do uso, estas parcerias
são imprescindíveis, uma vez que um assume a dependência do outro, assume
a importância que o outro tem.
Nestas parcerias o fornecedor dá dicas e ideias para aprimoramento do
produto, ou mesmo sobre as rotas melhores para serem percorridas, pois
sabem que se a empresa estiver bem, ele também estará.

As parcerias podem poupar tempo, tanto do fornecedor quanto da empresa,


pois ambos não se preocuparão com novos parceiros, uma vez que as
parcerias são firmadas perante contrato, oferecendo segurança aos envolvidos.

18.3 GERENCIAMENTO DE CUSTOS

Para gerenciarmos nossos custos, primeiramente devemos reconhecer


qual a proporção de cada um, reconhecendo o fator que gera maior custo, para
podermos realizar um trabalho de redução.
Uma ferramenta simples que nos demonstra isso é a Custeio ABC (custeio
baseado nas atividades).
A curva ABC trata de uma classificação de acordo com a importância de
cada um, baseado nos custos de cada atividade. Também pode ser usada para
classificar produtos da empresa de acordo com a lucratividade oferecida por
cada produto.
Quando a curva ABC é aplicada e analisada de maneira correta, podem-se
identificar os recursos financeiros investidos, e avaliar se é necessário realizar
reajustes.
O custeio ABC apresenta três classes:

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 Classe A: Nesta classe ficam as atividades mais importantes e que
merecem atenção especial. Lembrando ela representa 80% dos custos.

 Classe B: Nesta classe as atividades são intermediarias entre a classe A


e C, porém também tem sua importância. Sendo que ela representa 15% dos
custos.
 Classe C: Estes compõem o grupo de atividades menos importantes,
justificando assim a pouca atenção direcionada a elas. Considerando que elas
representam 5% da lucratividade.
A curva ABC é montada automaticamente quando se alimenta o sistema com
dados corretos. Ressaltando que cada empresa pode estabelecer suas regras
de acordo com suas necessidades.
Vejamos um exemplo de analise de Curva ABC:

As curvas ABC geralmente possuem um gráfico assim:

Este gráfico permite concluirmos que:

1. A Classe A está em menor quantidade, porem elas são responsáveis


pela maior parte do custo logístico da empresa, confirmando a regra 80- 20,
que mostra que 20% dos fatores correspondem a 80% dos resultados. É o que
acontece nesse gráfico: 20% das atividades mais importantes têm influencia de
80% nos custos totais. Estas atividades não podem faltar na distribuição, são
imprescindíveis.
2. A Classe B está em quantidade media. Elas representam 15% dos
custos da empresa, recebendo a sua devida atenção.
3. A Classe C está em maior quantidade, representando somente 5% dos
custos da empresa.
Utilizando esta ferramenta podemos identificar qual atividade proporciona maior
custo à empresa, analisando para possíveis melhorias.

18.4 ESTRATÉGIAS PARA REDUÇÃO DE CUSTOS

Primeiramente para reduzirmos custos logísticos precisamos conhecê-los.

Na maioria das empresas os custos de mercadoria vendida são os maiores,


seguidos dos custos logísticos. Porem grande parte das empresas agrupa
parte deste custo logístico aos custos de produção e o restante fica disperso
por outras áreas como armazenagem e distribuição, sendo que estes custos
não serão atribuídos ao produto final.
A desvantagem disso é que a empresa não consegue visualizar os custos
logísticos do seu processo, não podendo melhora-lo, pois não visualiza as
deficiências encontradas no processo logístico.
Ocorre também que o custo total do produto fica desconhecido, ou possui
conhecimento superficial.
Conhecer os custos totais dos produtos e todos os demais custos logísticos de
cada processo da empresa é primordial para tomadas precisas de decisões.

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Para definir os custos logísticos segue-se um roteiro.

1. Estabelecimento das atividades que participam dos custos logísticos.


Por exemplo, Armazenagem, transporte, Estoque e outros.
2. Detalhar os custos logísticos de cada atividade. Isso pode ser feito pelo
custo ABC. Com o apoio da área de informática da empresa as informações
ficam disponíveis com maior rapidez aos gestores.
3. Identificar os custos de cada atividade, oferecendo ao gestor uma visão
realista e ampla da situação dos processos logísticos.
Esse processo permite comparar os custos, verificar qual é mais rentável,
verificar os investimentos feitos ao longo do processo e tomar uma decisão
com maior precisão.

19. Lucratividade direta por produto

É um método de custeio que permite identificar os custos incorridos por


produto à medida que se deslocam na cadeia de distribuição.
Ele mostra a lucratividade dos produtos subtraindo da margem de
contribuição os custos diretos atribuídos a cada produto.
Os fornecedores devem conhecer os fatores que influenciam na lucratividade
direta dos seus clientes, pois assim garante sua sobrevivência no mercado
podendo auxiliar o cliente e ajudar a melhorar seu processo, trazendo
benefícios tanto para o cliente quanto para o fornecedor.

A maneira como um produto é entregue pode alterar a lucratividade


direta por produto, como por exemplo, se ele é entregue em caixas, em barras,
em grandes quantidades e outros.
Vejamos o caso do chocolate. O fornecedor entregava o chocolate em barras
de tamanho médio ao seu cliente, observando os processos ele viu que seu
cliente derretia as barras e as moldava em tamanho menor. Depois de tal
observação concluiu que poderia entregar seu chocolate já derretido, em
caminhões tanque. Assim ele não precisaria montar barras, e gastar com
embalagens para entregar, da mesma forma que seu cliente iria eliminar uma
etapa de seu processo, por que já não precisará mais derreter o chocolate, pois
o mesmo já virá derretido.
Este sistema de custeio desconsidera os custos fixos, sendo usada de modo
limitado, porque nunca foi integrada aos distribuidores, pois exige um banco de
dados extenso e que necessita de atualização frequente.

19.1 ANÁLISE DE LUCRATIVIDADE DO CLIENTE

Para realizar esta analise devemos, primeiramente, saber que as


atividades relacionadas aos produtos, são diferentes das relacionadas aos
clientes.

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Geralmente estas analises são feitas nas fases de planejamento de transporte,
manuseio, carregamento e descarga.
Normalmente a análise de lucratividade do cliente vai nos mostrar os clientes
que contribuem de maneira negativa para a lucratividade da empresa.
Nesta analise os fornecedores devem direcionar todos os custos específicos de
seus clientes para contas
Individuais.

Os custos relacionados com os clientes dependem das características


de cada cliente, podendo planejar um relacionamento diferenciado a eles.
O planejamento merece mais atenção quando o cliente utiliza serviços de alto
custo e com boa margem liquida, pois eles influenciam do lucro da empresa. Já
os clientes que utilizam produtos baratos que são rentáveis para empresa
devem ser protegidos, procurando a fidelização para poder aumentar os
negócios com eles, pois eles não oferecem risco ao lucro da empresa.

19.2 CUSTEIO TOTAL DE AQUISIÇÃO

Neste método considera o preço de compra como parte do custo total de


um produto. Geralmente eles usam este método para avaliar seus
fornecedores, verificando quantas vezes houve lotes errados, quantas vezes
tiveram que retornar os materiais observando também os custos associados.
A atividade da aquisição tem três níveis hierárquicos:

 Primeiro nível – nível dos fornecedores

Os custos deste nível são os custos de controle de qualidade deste fornecedor,


salario das equipes que se relacionam com o fornecedor, como por exemplo, a
equipe comercial.
 Segundo nível – nível das ordens

Este nível é quando a empresa dá ordens de compra aos seus fornecedores.


Os custos envolvidos neste nível são os custos de comunicação, de
recebimento, de transporte, e outros.
 Terceiro nível – nível das unidades

Está relacionado às unidades dos produtos em uma ordem especifica.


Isso pode ocorrer quando há falhas na linha de produção, por ter adquirido de
algum fornecedor algum componente defeituoso. Neste nível os custos de
estoque também estão inclusos.

19.3 VANTAGENS DO CUSTEIO TOTAL DE AQUISIÇÃO

O custeio total de aquisição apresenta algumas vantagens. Vejamos:

1. Medidas de desempenho

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Este método permite a realização de avaliações dos fornecedores, além de
medir também os resultados dos esforços de melhoria continua.
2. Suporte as tomadas de decisão

Permite a escolha correta de fornecedores, e faz com que os colaboradores da


área de compras entendam os conflitos gerados na aquisição, oferecendo uma
maneira estruturada para solucionar tais conflitos.
3. Comunicação

Faz com que haja uma melhor comunicação entre as diversas áreas da
empresa. Promove a integração entre as áreas durante o processo de
aquisição.
4. Auxilio a compreensão de dados

Sabendo que o custo total de aquisição não é composto somente pelo preço de
compra, precisamos entender os demais custos que estão envolvidos. E uma
das vantagens deste método é que ele oferece dados que facilitam a
compreensão destes custos envolvidos.
5. Suporte ao processo de melhoria contínua

Faz com que os processos se padronizem. Identifica oportunidades de corte de


custos desnecessários, identifica também onde os fornecedores devem
direcionar seus esforços de melhoria.
Porém a resistência a mudanças, a falta de treinamento e educação da equipe
envolvida pode dificultar a implantação deste método.

Revisão – Parte I

A revisão deverá ser feita em uma aula inteira. Caso conclua todos os
exercícios da revisão e ainda sobrar tempo na aula, refaça os exercícios.
1. Qual o objetivo da logística?

2. O que é logística reversa?

3. Cite duas vantagens do Crossdocking.

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4. Quais são os tipos de dutovias existentes?

5. Qual a relação existente entre atacado e varejo?

6. Cite os tipos de estruturas do canal de distribuição e explique um deles.

7. Quais são as desvantagens do modal rodoviário?

8. Qual a função da embalagem?

9. Quais são os tipos de canais de distribuição? Diferencie-os.

10. O que é Crossdocking?

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11. O que são modais de transporte? E como eles são classificados?

12. Cite as modalidades de distribuição.

13. Como ocorre a distribuição no canal de distribuição?

14. Por que há divergências entre as bitolas das ferrovias?

15. O que é separação de pedidos?

40 - Teste – Logística de distribuição

Você terá que realizar o teste em uma aula inteira, não podendo começar em
uma aula e terminar em outra.
Você deverá ter nota 7 (sete) ou superior para que não haja a necessidade de
realizar outro teste.

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