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  Manual de Consultoria    
  Planejamento de Coleções 
 
 
 
SÉRGIO PIO BERNARDES

2009
Manual de Consultoria em Planejamento de Coleções
Prof. Sérgio Pio Bernardes

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 04
PERFIL DA ORGANIZAÇÃO E AMBIENTE COMPETITIVO 05
1. ESTRATÉGIAS E PLANOS 10
1.1. FORMULAÇÕES DAS ESTRATÉGIAS 10
1.2. IMPLEMENTAÇÃO DAS ESTRATÉGIAS 11
2. CLIENTES 13
2.1. IMAGEM E CONHECIMENTO DE MERCADO 13
2.2. RELACIONAMENTO COM CLIENTES 14
3. GESTÃO DE DESIGN 16
3.1. CAPACIDADE PRODUTIVA 16
3.2. EXTENSÃO DE MARCA E EXTENSÃO DE LINHA 16
3.3. ANÁLISE DE COLEÇÕES ANTERIORES 16
3.4. ANÁLISE DO CALENDÁRIO DE VENDAS 17
4. PESQUISA EM MODA 18
4.1. PESQUISA DE COMPORTAMENTO 18
4.2. PESQUISA DE MERCADO 18
4.3. PESQUISA DE TENDÊNCIAS 18
4.4. PESQUISA TECNOLÓGICA 19
4.5. PESQUISA DE VOCAÇÕES REGIONAIS 19
4.6. PESQUISA DE TEMA DE COLEÇÃO 19
5. PLANEJAMENTO DA COLEÇÃO 20
5.1. REUNIÃO DE PLANEJAMENTO 20
5.2. CRONOGRAMA DE COLEÇÃO 20
5.3. PARÂMETRO DA COLEÇÃO 20
5.3.1. Mix de Produtos 20
5.3.2. Mix de Moda 20
5.3.3. Tabela de Parâmetro 21
5.4. DIMENSÃO DA COLEÇÃO – MÉTODO SKU 21
5.5. DIMENSÃO DA COLEÇÃO – MÉTODO FATURAMENTO IDEAL 21
5.6. PESQUISA DE TENDÊNCIA 22
5.7. BRIEFING DE COLEÇÃO 22
5.7.1. Leitura Comercial 22
5.7.2. Leitura Estética 22
5.8. CORES 22
5.9. TECIDOS 23
5.9.1. Fibras 23

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5.9.2. Tipos de Tecidos 24


5.9.3. Sobre amostras de tecidos 24
5.9.4. Escolha de Tecidos para uma Coleção 24
5.9.5. Carteira de Tecidos 25
5.10. AVIAMENTOS 25
5.11. ELEMENTOS E PRINCÍPIOS DO DESIGN 25
5.12. ELEMENTOS DE ESTILO 25
5.13. DESENHOS 25
5.13.1. Esboços 25
5.13.2. Desenho de Moda 26
5.13.3. Desenho Técnico 26
5.13.4. Desenho de Estamparia e Bordado 26
5.14. REUNIÃO DE DEFINIÇÃO 26
5.15. MODELAGEM 26
5.16. PROTÓTIPO 26
5.17. REUNIÃO DE APROVAÇÃO 26
5.18. GRADUAÇÃO E ENCAIXE 27
5.19. FICHA TÉCNICA 27
5.20. FORMAÇÃO DE PREÇO E VENDA 27
5.20.1. Importância do Cálculo do Custo 27
5.20.2. Custo Fixo 27
5.20.3. Custo Variável 27
5.20.3.1. Consumo de Matéria-prima 28
5.20.3.2. Consumo de mão-de-obra 28
5.20.4. Despesas de Comercialização 28
5.20.5. Margem de Lucro 28
5.21. MOSTRUÁRIO 28
5.22. LANÇAMENTO E DIVULGAÇÃO 28
5.23. VENDAS 29
5.23.1. Atacado 29
5.23.2. Varejo 29
5.24. PRODUÇÃO 29
5.25. ENTREGAS 29
5.26. REUNIÃO DE FEEDBACK 29
6. RESULTADOS 30
6.1. RESULTADOS ECONÕMICO-FINANCEIROS 30
6.2. RESULTADOS RELATIVOS AOS CLIENTES E AO MERCADO 30
6.3. RESULTADOS RELATIVOS À SOCIEDADE 31
6.4. RESULTADOS REALTIVOS ÀS PESSOAS 31
6.5. RESULTADOS DOS PROCESSOS PRINCIPAIS DO NEGÓCIO 32
GLOSSÁRIO 33
BIBLIOGRAFIA 43
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INTRODUÇÃO

Cada vez mais temos que profissionalizar nossas atividades, fazer


moda no passado lembra-se muito de amadorismos ou de nossas tias fazendo
moda artesanalmente. Moda hoje é uma indústria e, aqueles que não se
atentarem para isso, terão dificuldades em colocar no mercado algo que antes
não seja pesquisado.

É com esse intuito que criamos o Manual de Consultoria –


Planejamento de Coleções, através dele, será possível socializar para
estilistas e designers as variáveis mais importantes para o sucesso profissional
no mundo da moda.

Notarão que deverão dominar várias fases da cadeia produtiva,


mas, mais que isso, PESQUISAR o mercado e as PESSOAS; pois, sem
consumidores não há produtos e, sem entendê-los, poderão correr o risco de
ficarem com os estoques lotados, pois criaram algo sem saber se eles (os
consumidores) gostariam de obter.

Notem que a cada degrau que um profissional de


moda sobe, é necessário mais planejamento, mais estratégia
do que tática. Se você está nesse caminho, tenha certeza que
está em ascensão para ser um EXECUTIVO DA MODA. Nosso
objetivo é contribuir para que possam cada vez mais subir
degraus nessa carreira que tem muito brilho nos palcos, mas,
muito “suor” nos bastidores.

Esse Manual deve ser o seu Roteiro para elaboração


de um Relatório de Consultoria e tornar-se um profissional que
aliou teoria e prática, ou seja, alcançou à práxis no cotidiano
da moda. Ele contempla 5 (cinco) seções que deverão ser
analisadas na empresa enquanto estiver fazendo a coleção
para 2010. Quando encontrar palavras na cor “laranja”
significa que há uma explicação detalhada no final do Manual
na seção Glossário.

Temos certeza, que no final dessa jornada serão


profissionais mais qualificados, mas, uma ação necessária é
que sigam pormenorizadamente o Roteiro, pois assim,
tornarão “Pesquisadores e Consultores da Moda”

Equipe do IBMODA.
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PERFIL DA ORGANIZAÇÃO E AMBIENTE


COMPETITIVO

1. INSTITUIÇÃO, PROPÓSITOS E PORTE DA ORGANIZAÇÃO

1.1. DENOMINAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO.

1.2. FORMA DE ATUAÇÃO.

Capital aberto, capital fechado, autarquia, fundação, instituto,


unidade autônoma etc. No caso de unidade autônoma, informar a
denominação e a forma de atuação da organização controladora no
País e a denominação de eventuais organizações em níveis
intermediários, abaixo da controladora.

1.3. DATA DE INSTITUIÇÃO DA ORGANIZAÇÃO.

Informar pequeno histórico da origem da organização, mencionando


apenas datas e fatos relevantes (fundação, criação, aquisições,
fusões, desmembramentos, incorporações, separações, alteração de
controle acionário, troca do principal executivo etc.).

1.4. DESCRIÇÃO DO NEGÓCIO

Destacando a natureza atual das atividades da organização ou


atividade-fim. Informar o setor de atuação

1.5. INFORMAÇÕES SOBRE O PORTE.

Por exemplo: faturamento, número de clientes e de transações


comerciais, quantidade de instalações, localizações ou outros
volumes pertinentes aos ramos de atuação. Se a organização for
uma unidade autônoma, informar seu relacionamento institucional
com a controladora a que pertence, indicando as porcentagens de
sua força de trabalho e da receita bruta global em relação à
controladora.

2. PRODUTOS E PROCESSOS

2.1. PRINCIPAIS PRODUTOS DA ORGANIZAÇÃO.

2.2. DESCRIÇÃO SUCINTA DOS PROCESSOS PRINCIPAIS DO NEGÓCIO E DE APOIO.


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2.3. PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS, INSTALAÇÕES E TECNOLOGIAS.

Em muitos casos (por exemplo: Unidades Autônomas ou empresas


integrantes de um conglomerado), é comum que algum processo
aplicado seja gerenciado parcial ou totalmente pela organização
maior (por exemplo: pela holding ou casa matriz). Exemplos:
gerenciamento financeiro, marketing, planejamento estratégico e
geração de padrões por área corporativa. Mesmo nessa situação,
quando há envolvimento de terceiros no gerenciamento, os
processos devem ser descritos aqui neste Perfil, e os respectivos
requisitos dos Critérios de Excelência devem ser respondidos. Numa
eventual visita às instalações, poderão ser pedidos esclarecimentos a
todos os envolvidos.

3. SÓCIOS, MANTENEDORES OU INSTITUIDORES

3.1. COMPOSIÇÃO DA SOCIEDADE OU IDENTIFICAÇÃO DOS MEMBROS


INSTITUIDORES DA ORGANIZAÇÃO.

3.2. PRINCIPAIS NECESSIDADES E EXPECTATIVAS DOS SÓCIOS, MANTENEDORES


OU INSTITUIDORES.

4. FORÇA DE TRABALHO
4.1. DENOMINAÇÃO GENÉRICA DA FORÇA DE TRABALHO UTILIZADA
INTERNAMENTE

(colaboradores, funcionários, empregados, servidores ou outro nome


específico).

4.2. COMPOSIÇÃO DA FORÇA DE TRABALHO

(incluindo quantidade de pessoas, percentuais por nível de


escolaridade, de chefia ou gerenciais, e regime jurídico de vínculo
(empregados, servidores, cooperados, empregados de terceiros sob a
coordenação direta da organização, temporários, estagiários,
autônomos, comissionados, sócios ou outro regime).

4.3. PRINCIPAIS NECESSIDADES E EXPECTATIVAS DA FORÇA DE TRABALHO.

4.4. PRINCIPAIS ATIVIDADES EXECUTADAS POR MEMBROS DA FORÇA DE


TRABALHO QUE NÃO SEJAM EMPREGADOS.
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5. CLIENTES E MERCADOS

5.1. PRINCIPAIS MERCADOS NOS RAMOS DE ATUAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO

Se houver, principais segmentos desses mercados em que se


encontram os clientes-alvo. Incluir eventuais delimitações
territoriais, estratégicas ou compulsórias, dos mercados.

5.2. CITAR OS PRINCIPAIS CLIENTES E CLIENTES-ALVO, POR PRODUTO.

No caso de candidaturas de unidades autônomas elegíveis, devem-se


incluir como clientes outras unidades da mesma organização
controladora no País que também sejam beneficiárias significativas
de seus produtos, para qualquer finalidade.

5.3. CITAR AS ORGANIZAÇÕES (DISTRIBUIDORES, REVENDEDORES, ETC.) QUE


SE ENCONTRAM ATUANDO ENTRE A ORGANIZAÇÃO E SEUS CLIENTES.

5.4. PRINCIPAIS NECESSIDADES E EXPECTATIVAS DE CADA TIPO DE CLIENTE E


DE CADA ORGANIZAÇÃO CITADA EM (5.3).

6. FORNECEDORES E INSUMOS

6.1. CITAR OS PRINCIPAIS TIPOS DE FORNECEDORES QUE COMPÕEM A


CADEIA DE SUPRIMENTO DA ORGANIZAÇÃO

Incluindo fornecedores diretos e indiretos, quando pertinente. Citar


os principais produtos, matérias-primas e serviços por eles
fornecidos e os valores aproximados de aquisições de cada tipo. No
caso de fornecedores da mesma organização cujos valores de
aquisição sejam repassados indiretamente, informar o montante
aproximado referente aos mesmos, nem que sejam computados por
meio de valores contábeis provenientes de rateios, taxas ou
operações similares.

6.2. EVENTUAIS PARTICULARIDADES E LIMITAÇÕES NO RELACIONAMENTO


COM FORNECEDORES.

6.3. PRINCIPAIS NECESSIDADES E EXPECTATIVAS DE CADA TIPO DE


FORNECEDOR.
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7. SOCIEDADE

7.1. PRINCIPAIS COMUNIDADES COM AS QUAIS A ORGANIZAÇÃO SE


RELACIONA.

7.2. MENCIONAR OS PRINCIPAIS IMPACTOS NEGATIVOS POTENCIAIS QUE OS


PRODUTOS, PROCESSOS E INSTALAÇÕES DA ORGANIZAÇÃO CAUSAM NAS
COMUNIDADES E NA SOCIEDADE COMO UM TODO, DESDE O PROJETO ATÉ A
DISPOSIÇÃO FINAL.

7.3. DESCREVER OS PASSIVOS AMBIENTAIS DA ORGANIZAÇÃO.

7.3. PRINCIPAIS NECESSIDADES E EXPECTATIVAS DA SOCIEDADE E DAS


COMUNIDADES VIZINHAS EM RELAÇÃO À ORGANIZAÇÃO.

8. PARCEIROS

Citar os principais parceiros. Objetivos comuns associados, as datas


de início das parcerias, as principais competências compartilhadas.
Principais necessidades e expectativas dos parceiros.

9. OUTRAS PARTES INTERESSADAS

Informar se pertinente, a denominação de outras partes


interessadas da organização, incluindo, se pertinentes, os órgãos
reguladores do mercado em que a organização atua. Principais
necessidades e expectativas de outras partes interessadas,
inclusive de órgãos reguladores, se pertinentes.

10. CONCORRÊNCIA E AMBIENTE COMPETITIVO

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10.1. AMBIENTE COMPETITIVO

Informar se há algum tipo de concorrência direta de produtos


similares fornecidos por outras organizações ou concorrência
indireta por meio da aquisição ou fabricação de produtos ou
soluções equivalentes por parte dos clientes em qualquer outra
fonte alternativa, que não seja a própria organização, para alcançar
os mesmos benefícios. Citar as organizações concorrentes e a sua
natureza (pública, privada, nacional ou internacional etc.). Se
organização (atuante em mercado competitivo) da organização e
dos seus principais concorrentes.

Citar os principais fatores que diferenciam a organização perante os


concorrentes.

Principais mudanças que estão ocorrendo no ambiente competitivo


que possam afetar o mercado ou a natureza das atividades.

10.2. DESAFIOS ESTRATÉGICOS

Principais desafios ou barreiras em relação à manutenção, aumento


da competitividade (por exemplo, alteração da missão ou
abrangência de atuação, entrada em novos mercados ou novos
segmentos, mudanças de controle ou de estrutura de gestão,
adequação a novas exigências da sociedade, captação de recursos
para investimento e implementação de estratégias específicas).

Estabelecimento, ampliação ou reconfiguração de parcerias ou


alianças estratégicas.

Estágio da introdução de novas tecnologias importantes, incluindo as


da gestão.

11. ORGANOGRAMA

Apresentar o organograma com os nomes dos responsáveis pelas áreas ou


funções, bem como o número de pessoas alocadas em cada área ou função.
Destacar a estrutura da administração, incluindo conselhos, comitês e órgãos
de controle, se existentes. Citar quem faz parte da Direção. Se a
organização for uma unidade, o organograma deve conter os principais
vínculos com a organização principal e com as demais unidades.

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1. ESTRATÉGIAS E PLANOS:

1.1 FORMULAÇÕES DAS ESTRATÉGIAS - PROCESSOS GERENCIAIS

Este item aborda a implementação de processos gerenciais que contribuem


diretamente para a geração de estratégias consistentes e coerentes e de
um modelo de negócio competitivo.

a) Como é analisado o macroambiente e como são


identificadas e analisadas as características do
setor de atuação da organização e suas
tendências?

Como é analisado o mercado de atuação da


organização e suas tendências?

b) Como é analisado o ambiente interno da


organização?

• Destacar de que forma as competências


essenciais e os ativos intangíveis da
organização são consideradas nessa
análise.

c) Como são avaliadas as alternativas decorrentes das


análises dos ambientes e definidas as estratégias
da organização?

•Destacar de que forma a organização


considera os riscos empresariais nesse
processo e insere o desenvolvimento
sustentável na sua estratégia; •
Apresentar as principais estratégias e
objetivos da organização.

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d) Como é avaliado e definido o modelo de negócio


competitivo em relação às estratégias definidas e
às perspectivas dos mercados e do setor de
atuação da organização?

•Destacar de que forma são identificadas as oportunidades e


tomada a decisão quanto à entrada e saída em negócios e
mercados, desenvolvimento ou retirada do mercado de produtos,
e desenvolvimento de parcerias.

Notas: 1 A expressão “formulação das estratégias” refere-se à


abordagem (formal ou informal) da organização para se preparar
para o futuro. O processo pode utilizar vários tipos diferentes de
previsões, projeções, opções, cenários ou outros métodos para se
criar uma perspectiva do futuro com o propósito de orientar a
tomada de decisão e a alocação dos recursos. 2 A análise do
macroambiente requerida em 2.1b é voltada para os aspectos
conjunturais, de mercado ou do segmento, enquanto que a análise
das características do setor de atuação requerida em 2.1a volta-se
para os aspectos estruturais do ramo. 3 Neste item deve-se
explicitar o envolvimento das diferentes áreas e partes
interessadas em função das peculiaridades dos processos
requeridos.

1.2 IMPLEMENTAÇÃO DAS ESTRATÉGIAS - PROCESSOS GERENCIAIS

Este item aborda a implementação de processos gerenciais que contribuem


diretamente para assegurar o desdobramento, a realização e a atualização
das estratégias da organização.

a) Como são definidos os indicadores para a


avaliação da implementação das estratégias,
estabelecidas as metas de curtos e longos prazos
e definidos os respectivos planos de ação?

•Destacar de que forma as informações comparativas


e os requisitos de partes interessadas são utilizados
para definição de metas; • Apresentar os principais
indicadores, suas metas e respectivos planos de
ação.

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b) Como as metas estabelecidas são desdobradas


para as diversas áreas da organização,
assegurando a coerência entre os indicadores
utilizados na avaliação da implementação das
estratégias e aqueles utilizados na avaliação
do desempenho dos processos?

c) Como os planos de ação são desdobrados para


as diversas áreas da organização, assegurando
a coerência com as estratégias definidas e a
consistência entre os respectivos planos?

• Destacar de que forma os planos de ação


são desdobrados para os parceiros.

d) Como os recursos são alocados para assegurar


a implementação dos principais planos de
ação?

e) Como são comunicadas as estratégias, as


metas e os planos de ação para as pessoas da
força de trabalho e para as demais partes
interessadas, quando pertinente?

f) Como é realizado o monitoramento da


implementação dos planos de ação?

g) Como a organização acompanha os ambientes


internos e externos, incluindo a concorrência,
e revisa as estratégias, as metas e os planos
de ação à luz das mudanças percebidas?

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2.CLIENTES

2.1 IMAGEM E CONHECIMENTO DE MERCADO –

Este item aborda a implementação de processos gerenciais que contribuem


diretamente para entender as necessidades e expectativas dos clientes-
alvo, tornarem produtos e marcas conhecidas e a imagem favorável para
conquistar clientes e mercados.

a) Como o mercado é segmentado?

•Apresentar os critérios adotados para


segmentação.

b) Como são definidos os clientes-alvo nesses


segmentos, considerando, inclusive, os clientes da
concorrência e os clientes e mercados potenciais?

•Apresentar os critérios adotados para


definição de clientes-alvo.

c) Como as necessidades e expectativas dos clientes,


atuais e potenciais, de ex-clientes e de usuários
são identificadas, analisadas, compreendidas e
utilizadas para definição e melhoria dos produtos
e processos da organização?

•Citar os métodos utilizados para


determinar a importância relativa das
necessidades e expectativas identificadas.

d) Como as marcas, os produtos, incluindo os


cuidados necessários ao seu uso e os riscos
envolvidos, e também as ações de melhoria da
organização, são divulgados aos clientes e ao
mercado de forma a criar credibilidade, confiança
e imagem positiva?

•Destacar de que forma é assegurada a


clareza, a autenticidade e o conteúdo
adequado das mensagens divulgadas.

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e) Como são identificados e avaliados os níveis de


conhecimento dos clientes e mercados a respeito
das marcas e dos produtos da organização?

f) Como é avaliada a imagem da organização


perante os clientes e mercados?

• Apresentar os atributos definidos pela


organização para caracterizar sua imagem.

2.2 RELACIONAMENTOS COM CLIENTES -

Este item aborda a implementação de processos


gerenciais que contribuem diretamente para satisfação
dos clientes e sua fidelização aos produtos e marcas.

a) Como são definidos e divulgados os canais de


relacionamento para os clientes, considerando a
segmentação do mercado e o agrupamento de
clientes utilizado?

• Apresentar os principais canais de


relacionamento utilizados.

b) Como são tratadas as solicitações, reclamações ou


sugestões, formais ou informais dos clientes,
visando a assegurar que sejam pronta e
eficazmente atendidas ou solucionadas?

c) Como os resultados da análise das solicitações,


reclamações ou sugestões dos clientes e as ações
implementadas são informados ao cliente e
repassados às outras áreas da organização?

d) Como as transações com os clientes são


acompanhadas, de forma a permitir à
organização gerar soluções rápidas e eficazes,
evitar problemas de relacionamento e atender às
expectativas dos clientes?

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• Destacar de que forma é realizado o


acompanhamento das transações recentes
com novos clientes e novos produtos
entregues.

e) Como são avaliadas e comparadas a


satisfação, a fidelidade e a insatisfação
dos clientes, inclusive em relação aos
clientes dos concorrentes?

f) Como as informações obtidas dos


clientes são analisadas e utilizadas para
intensificar a sua satisfação, torná-los
fiéis e aumentar a probabilidade de que
recomendem a organização e seus
produtos?

g) Como são buscadas e desenvolvidas


parcerias com clientes, distribuidores e
revendedores visando à manutenção ou
aumento da competitividade da
organização?

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3. GESTÃO DO DESIGN

3.1. CAPACIDADE PRODUTIVA

Qual a capacidade produtiva da empresa? Por quais tipos de produtos a


empresa é conhecida no mercado? Quais as metas da empresa quanto ao
faturamento? Qual a capacidade de absorção dos produtos pelo mercado
alvo? A produção industrial é tecnicamente possível? Há aceitabilidade pelo
público alvo? Há capacidade de promover retorno lucrativo do investimento?
Será necessária a contratação de terceiros? Quais são os gargalos?

3.2. EXTENSÃO DE MARCA E EXTENSÃO DE LINHA

Como será a ampliação da linha de produtos? O que o


consumidor espera da marca?Será através da extensão
de linha ou extensão da marca?

3.3. ANÁLISE DE COLEÇÕES ANTERIORES

Quais os artigos produzidos e quais os modelos de maior


sucesso da empresa? Quais itens tiveram melhores saídas
e quais não venderam bem?

Fatores que devem ser levados em consideração: a


oferta era adequada para a época? O modelo
apresentava algum problema? O modelo correspondia a
um modismo de estação? As condições de preços
especiais favoreceram a venda de algum modelo?

Fazer um quadro de desempenho na relação produção


versus vendas. (TREPATOW, 2007: p.71).

Responder as seguintes questões: Qual o principal


modelo do mix de produtos? (%). Qual a previsão de
demanda? Quais os problemas de abastecimento? Quais
os problemas de timing da coleção?

Faça um gráfico de cada modelo. (TREPATOW, 2007:


p.71).

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3.4. ANÁLISE DO CALENDÁRIO DE VENDAS

Quando a coleção vai estar disponível para o mercado? Qual o período de


comercialização de uma coleção? O que o consumidor estará buscando no
período de vendas da coleção?

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4. PESQUISA EM MODA

4.1. PESQUISA DE COMPORTAMENTO

O que move a moda? Quem dita às tendências? Quem são os ídolos atuais de
seus clientes? Com quem seu público-alvo está atualmente identificado?

4.2. PESQUISA DE MERCADO

Quais as estratégias utilizadas pelos concorrentes para


conhecer sua localização e o grau de satisfação de seus
atrair e reter clientes? Quais as estratégias para
clientes? Por quanto à concorrência está
comercializando seus artigos? Quais as atividades que
seus concorrentes conseguem fazer melhor, ou seja,
quais são as vantagens competitivas?

4.3. PESQUISA DE TENDÊNCIAS

Identifique quais os elementos de estilo presentes nas edições de revistas de


moda? Quais os pontos que apareceram com maior freqüência na pesquisa de
tendências? Construa um painel de tendências

Utilizar revistas das edições de março e de setembro que marcam os


lançamentos de novas coleções. As fotografias são muito úteis, pois
possibilitam agrupar essas referências identificadas em painéis de
tendências. Compilar informações para visualizar quais os elementos de
estilo poderá utilizar em sua coleção.

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4.4. PESQUISA TECNOLÓGICA

Qual o maquinário e o potencial do fornecedor?

4.5. PESQUISA DE VOCAÇÕES REGIONAIS

Como a vocação de cada região é utilizada pela indústria da


confecção? Onde os produtos poderão ser confeccionados com
técnicas, custo e acabamento aceitáveis?

4.6. PESQUISA DE TEMA DE COLEÇÃO

Qual a proposta de estilo? Quais os elementos de inspiração


que poderão ser transportados para as roupas?

Fazer uma pesquisa iconográfica e encontre elementos para inserir


na coleção.

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5. PLANEJAMENTO DE COLEÇÃO

5.1. REUNIÃO DE PLANEJAMENTO

Fazer reunião de planejamento para definir: quantidade de peças que a


coleção terá; a distribuição das peças no mix de produtos, tempo de
execução da coleção (cronograma). Tempo de comercialização, capital de
giro e potencial de faturamento.

Esta reunião deve envolver a equipe de criação, o proprietário da


empresa e as direções industrial, comercial e de marketing.

5.2. CRONOGRAMA DE COLEÇÃO

Fazer um cronograma. A elaboração do cronograma responde a pergunta


quando.

5.3. PARÂMETRO DA COLEÇÃO –

5.3.1. Mix de Produtos

Qual o mix de produtos que a empresa já possui? Será


mantido? Reduzido ou ampliado? Quais produtos sugerem
que sejam incluídos ou retirados do mix da empresa?

5.3.2. Mix de Moda

Qual o mix de moda? Quais os produtos básicos? Quais


os produtos fashion? Quais os produtos de vanguarda?
Qual o percentual de produção de cada um dessas
categorias de produtos?

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5.3.3. Tabela de Parâmetro

Construa uma tabela distribuindo a quantidade de peças


que serão produzidas de cada modelo (Mix de Produto)
entre as três categorias do Mix de Moda (básico, fashion
e vanguarda).

Quando dimensionar a coleção é aconselhável observar a demanda


e a margem de lucro que possa ser praticada.

5.4. Dimensão da Coleção - Método SKU

Qual a estratégia de comercialização da empresa? Qual


o tamanho da coleção? Qual o mínimo a ser produzido?
Qual o máximo? Como é realizada a distribuição? É
através de lojas próprias? Qual foi o desempenho de
coleções anteriores?

Se a distribuição é realizada por lojas próprias construa tabelas


conforme o "Método a partir da unidade de estoque - SKU".

5.5. DIMENSÃO DA COLEÇÃO - MÉTODO –


FATURAMENTO MÉDIO IDEAL

Qual é o faturamento da empresa? Esse faturamento é de


pelo menos cinco vezes o valor de seu Custo Fixo? Quais
os lotes ideais por modelo (considerando a capacidade de
enfesto e produção)? Calcule o faturamento desejado.

Analise o custo de cada peça e observe a


concorrência. Identifique quanto o
consumidor estaria disposto a desembolsar
pela peça.

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5.6. PESQUISA DE TENDÊNCIAS

Coletar todo o tipo de informação e materiais que


possam servir de suporte para o desenvolvimento da
coleção.

Os painéis de tendência são importantes


para visualizar os elementos de estilo em
evidência. Devem também ser coletadas
amostras de cores, tecidos e aviamentos.

5.7. BRIEFING DE COLEÇÃO –

5.7.1. Leitura Comercial

Qual a leitura comercial?

Leitura comercial são os mesmos tópicos que já foram abordados na


reunião de planejamento. A diferença aqui é que é uma visão mais
sintética dos elementos abordados na reunião de planejamento.

5.7.2. Leitura Estética

Qual a leitura estética? Quais conceitos irão nortear a coleção? Qual a


atmosfera, qual o espírito da coleção?

5.8. CORES

Qual a cartela de cores da coleção? As cartelas de cores que serão utilizadas


reportam ao tema escolhido para a coleção? Qual o tamanho da cartela de
cores?

A apresentação da cartela de cores


obedece a certas regras para melhor
visualização, deve ser apresentada sobre
fundo branco e deve ser mantido um
intervalo mínimo de 1 cm entre uma
amostra de cor e outra. O tamanho mínimo
para a amostra de cor é de 2x3 cm ou 3 x 2

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cm. A amostra deve ser uniforme em seu


tingimento, ou seja, sem textura, sem
diferença de nuances. Aconselha-se que a
cartela seja sempre comporta por material
de mesma textura, brilho e composição. É
extremamente importante que as cores da
cartela sejam identificadas por códigos ou
por nomes. Ver sistema pantone.

5.9. TECIDOS

Quais as características dos tecidos, suas classificações e


suas propriedades de caimento e adequação? Quais os
tipos de tecidos que serão utilizados na coleção? Faça
os seguintes testes: variação dimensional, solidez de
tingimento, costurabilidade e caimento.

Uma boa fonte para pesquisas sobre fibras


e tecidos é o portal www.fabrics.net. Um
amplo dicionário de nomes e tecidos pode
ser encontradas no site da Teciteca do
professor Alberto Perrone
(http://www.uol.com.br/modabrasil/biblio
teca/teciteca/ e também no livro "Moda
Ilustrada de A a Z de Regina Maria
Catellani.

Ao coletar uma amostra de tecido o designer deve anotar


informações para uso futuro. (As informações mais importantes são:
nome ou referência do tecido; nome do fabricante; composição
)percentual das fibras, para etiquetas de identificação); largura
(dado importante para o cálculo do encaixe); gramatura do tecido;
rendimento (metragem por quilo, principalmente para malhas, pois
estas são comercializadas pelo peso e não pela metragem). (...) O
designer deve solicitar aos fornecedores uma pequena metragem
(em geral 5 metros para tecidos planos ou 1kg para malhas) para
realização de testes. TREPATOW, 2007: p.113/p.127).

5.9.1. Fibras

Uma boa fonte para pesquisas sobre fibras


e tecidos é o portal www.fabrics.net. Um
amplo dicionário de nomes e tecidos pode
ser encontradas no site da Teciteca do
professor Alberto Perrone
(http://www.uol.com.br/modabrasil/biblio

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teca/teciteca/ e também no livro "Moda


Ilustrada de A a Z de Regina Maria
Catellani.

Ao coletar uma amostra de tecido o designer deve anotar


informações para uso futuro. (As informações mais importantes são:
nome ou referência do tecido; nome do fabricante; composição
)percentual das fibras, para etiquetas de identificação); largura
(dado importante para o cálculo do encaixe); gramatura do tecido;
rendimento (metragem por quilo, principalmente para malhas, pois
estas são comercializadas pelo peso e não pela metragem). (...) O
designer deve solicitar aos fornecedores uma pequena metragem
(em geral 5 metros para tecidos planos ou 1kg para malhas) para
realização de testes. TREPATOW, 2007: p.113/p.127).

5.9.2. Tipos de Tecidos

Quais os tipos de tecidos que serão utilizados na Coleção?

Nas páginas 117 a 121 do Livro “Inventando Moda” você poderá


encontrar as definições de vários tipos de tecidos: tecido plano,
malha circular, malha retilínea, rendas, passamanarias e tecidos
não-tecidos. (TREPATOW, 2007: p.117-121).

5.9.3. Sobre Amostras de Tecidos

Quais as a amostras de tecidos foram pesquisadas?

Existem várias formas de organizar amostras de tecidos.


Quando a amostra é um pedaço pequeno, com menos de
10 centímetros quadrados, pode ser colada em uma
agenda ou caderno. Não se esquecer de registrar todas as
informações sobre o tecido, por exemplo: o percentual
de encolhimento, tipo de agulha a serem utilizados na
costura, comportamentos atípicos e cuidados especiais.
(É bom lembrar que apenas a parte superior da amostra
deve ser colada, de forma que seja possível sentir o
toque de caimento do tecido). (TREPATOW, 2007: p.40).

Para o Relatório final da Consultoria é possível fotografar as


amostras ou preparar uma página com as amostras dos tecidos.

5.9.4. Escolha de Tecidos para uma Coleção

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Descrever todos os procedimentos adotados para a escolha de Tecidos,


especificando: teste de variação dimensional, teste de solidez de
tingimento, teste de costurabilidade e o teste de caimento.

Justificar quais foram os fatores decisivos para a escolha do tecido.

5.9.5. Cartela de Tecidos

A cartela de tecidos visa demonstrar os materiais a serem utilizados na


coleção. O tecido deve ser inserido em uma “janela” entre duas lâminas de
papel, com aberturas do mesmo tamanho, de forma que as pontas dos tecidos
não sejam visíveis, evitando que desfiem. . (TREPATOW, 2007: p.117-121).

Construa uma tabela onde sejam cruzadas as informações, para


avaliar se todas as cores propostas na cartela de cores estão sendo
utilizadas nos tecidos escolhidos. Veja exemplo em TREPATOW,
2007: p.127. Sugerimos que o designer inclua nas opções de cores, as
tradicionais e que apresente alguma cor de moda.

5.10. AVIAMENTOS

Identifique e catalogue os aviamentos com uma codificação interna da


empresa. Ver TREPATOW, 2007: p.129.

Construa uma tabela onde possam ser classificados os aviamentos


quanto a sua função e quanto à sua visibilidade na roupa.

5.11. ELEMENTOS E PRINCIPIOS DO DESIGN

Informar quais os elementos do design e os princípios de design foi utilizado


na coleção.

5.12. ELEMENTOS DE ESTILO

Aqui é necessário informar como o Designer utilizou os elementos do design,


ou seja, demonstrar a sua sensibilidade estética.

5.13. DESENHOS

Exemplificar as propostas criativas para a coleção. O designer deve esboçar


pelo menos três propostas para cada peça definida no parâmetro.
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5.13.1. Esboços

Escolher 3 esboços que foram criados e inserir nessa seção. Tire fotos dos
esboços e insira aqui.

5.13.2. Desenho de Moda

Escolher 3 desenhos que foram criados e inserir nessa seção. Tire fotos dos
desenhos e insira aqui.

5.13.3. Desenho Técnico

Escolher 3 desenhos técnicos que foram criados e inserir

No desenho técnico devem estar especificados os tipos e


quantidades de pespontos, o tamanho de aberturas (como bolsos),a
posição e quantidade de botões, o traçado de recortes e pences,
enfim todo tipo de informação que possa ser útil à modelista ou
pilotista (costureira que prepara o protótipo)

5.13.4. Desenho de Estamparia e Bordado

Se for o caso, inserir aqui as informações relativas à estamparia e/ou


bordado.

5.14. REUNIÃO DE DEFINIÇÃO

Inserir um breve comentário de como foi realizada a apresentação da


proposta da coleção.

5.15. MODELAGEM

Descrever e ilustrar qual processo foram utilizados na modelagem: moulage


ou a modelagem plana.

5.16. PROTÓTIPO

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Descrever a discussão realizada pela costureira. Apontar as dificuldades


encontradas ao costurar a peça e também descrever as alterações que a
tornem de produção mais fácil.

5.17. REUNIÃO DE APROVAÇÃO

Descrever como foi a reunião de aprovação, ou seja quais as alterações foram


sugeridas

5.18. GRADUAÇÃO E ENCAIXE

Apresentar a medição do consumo médio de tecidos e aviamentos de cada


peça.

1. Definir em que tamanhos a peça será oferecida ao mercado e


apontar qual a participação de cada tamanho no total das
vendas
2. Proceder à graduação do molde, a partir do tamanho em
que foi desenvolvido o protótipo, para os demais manequins.
Exemplo: P-M-G_GG ou 36-38-40-42
3. Se for utilizado o sistema CAD/CAM inserir a figura de um
molde nesta seção.

5.19. FICHA TÉCNICA

Elaborar a ficha técnica. Especificar as informações dessa ficha e inserir


como “Apêndice do Relatório”. Veja como fazer essa ficha em TREPATOW (2007:
p. 166-171).

5.20. FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA

Explicar aqui, quais as práticas utilizadas para a formação do preço.

5.20.1. Importância do Cálculo do Custo

Explicar como é realizado o cálculo do custo.

Ver exemplo em Trepatow (2007: p.174).

5.20.2. Custo Fixo

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Explicar como é realizado o custo fixo

5.20.3. Custo Variável

Explicar como é realizado o custo variável

5.20.3.1. Consumo de Matéria-Prima

Exemplificar a quantidade exata de matéria consumida em uma peça.

Ver exemplo em Trepatow (2007: p.177).

5.20.3.2. Consumo de mão-de-obra

Exemplificar a despesa de mão-de-obra consumida em uma peça.

Ver exemplo em Trepatow (2007: p.178).

5.20.4. Despesas de Comercialização

Demonstrar as despesas de comercialização

Ver exemplo de planilha em Trepatow (2007: p.181).

5.20.5. Margem de Lucro

Demonstrar a margem de lucro por produto.

Ver exemplo de planilha em Trepatow (2007: p.181).

5.21. MOSTRUÁRIO

Elaborar o mostruário (tirar fotos) e construir uma tabela com todas as


referências da coleção

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Ver exemplo de tabela em Trepatow (2007: p.189).

5.22. LANÇAMENTO E DIVULGAÇÃO

Explicar e demonstrar quais ações serão utilizadas para o lançamento da


coleção.

Detalhar se o lançamento será através de: participação em feiras,


release de imprensa, desfile, catálogo, vitrine, etc...

5.23. VENDAS

Explicar como era o processo de venda de uma forma genérica

5.23.1. Atacado

Detalhar como serão as vendas a atacado.

5.23.2. Varejo

Detalhar como serão as vendas a varejo.

5.24. PRODUÇÃO

Explicar como é realizado o planejamento e controle da produção.

5.25. ENTREGAS

Descrever como é o sistema de entrega.

5.26. REUNIÃO DE FEEDBACK

Descrever que resultados o produto obteve no mercado.

Descrever a avaliação do desempenho de vendas da coleção, a


aprovação de modelos e apontar as metas para a próxima coleção.

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6. RESULTADOS

6.1. RESULTADOS ECONÔMICO-FINANCEIROS

Este item aborda os resultados econômico-financeiros da organização,


incluindo os relativos à estrutura, liquidez, atividade e rentabilidade.

Apresentar os resultados dos principais indicadores relativos à gestão


econômico-financeira, classificando-os segundo os grupos de estrutura,
liquidez, atividade e rentabilidade. Estratificar os resultados por unidades ou
filiais, quando aplicáveis.

• Incluir os níveis de desempenho associados aos principais requisitos


de partes interessadas assim como os níveis de desempenho de
organizações consideradas como referencial comparativo pertinente;
explicar, resumidamente, os resultados apresentados, esclarecendo
eventuais tendências adversas, níveis de desempenho abaixo do
esperado pelas partes interessadas e comparações desfavoráveis.

6.2. RESULTADOS RELATIVOS AOS CLIENTES E AO MERCADO

Este item aborda os resultados relativos aos clientes e aos mercados,


incluindo os referentes à imagem da organização.

Apresentar os resultados dos principais indicadores relativos aos clientes e


aos mercados. Estratificar por grupos de clientes, segmentos de mercado ou
tipos de produtos, quando aplicáveis.

• Incluir os níveis de desempenho associados aos principais requisitos


de partes interessadas, assim como os níveis de desempenho de
concorrentes e de outras organizações consideradas como
referencial comparativo pertinente; explicar, resumidamente, os
resultados apresentados, esclarecendo eventuais tendências
adversas, níveis de desempenho abaixo do esperado pelas partes
interessadas e comparações desfavoráveis.

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6.3. RESULTADOS RELATIVOS À SOCIEDADE

Este item aborda os resultados relativos à sociedade, incluindo os


referentes à responsabilidade socioambiental e ao desenvolvimento social.

Apresentar os resultados dos principais indicadores relativos à sociedade,


incluindo os relativos à responsabilidade socioambiental e ao desenvolvimento
social. Estratificar os resultados por instalações, quando aplicável.

• Incluir os níveis de desempenho associados aos principais requisitos


de partes interessadas, assim como os níveis de desempenho de
outras organizações consideradas como referencial comparativo
pertinente; explicar, resumidamente, os resultados apresentados,
esclarecendo eventuais tendências adversas, níveis de desempenho
abaixo do esperado pelas partes interessadas e comparações
desfavoráveis.

6.4 RESULTADOS RELATIVOS ÀS PESSOAS

Este item aborda os resultados relativos às pessoas, incluindo os referentes


aos sistemas de trabalho, à capacitação e desenvolvimento e à qualidade
de vida.

Apresentar os resultados dos principais indicadores relativos às pessoas,


incluindo os relativos aos sistemas de trabalho, à capacitação e
desenvolvimento e à qualidade de vida. Estratificar os resultados por grupos
de pessoas da força de trabalho, funções na organização e, quando
aplicável, por instalações.

• Incluir os níveis de desempenho associados aos principais requisitos


de partes interessadas, assim como os níveis de desempenho de
organizações consideradas como referencial comparativo pertinente;
explicar, resumidamente, os resultados apresentados, esclarecendo
eventuais tendências adversas, níveis de desempenho abaixo do
esperado pelas partes interessadas e comparações desfavoráveis.

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6.5. RESULTADOS DOS PROCESSOS PRINCIPAIS DO NEGÓCIO E DOS


PROCESSOS DE APOIO

Este item aborda os resultados relativos ao produto e à gestão dos


processos principais do negócio e aos processos de apoio.

Apresentar os resultados dos indicadores relativos ao produto e à gestão dos


processos principais do negócio e dos processos de apoio.

• Incluir os níveis de desempenho associados aos principais


requisitos de partes interessadas assim como os níveis de
desempenho de organizações consideradas como referencial
comparativo pertinente; explicar, resumidamente, os resultados
apresentados, esclarecendo eventuais tendências adversas, níveis de
desempenho abaixo do esperado pelas partes interessadas e
comparações desfavoráveis.

6.6 RESULTADOS RELATIVOS AOS FORNECEDORES

Este item aborda os resultados relativos aos produtos adquiridos e à gestão


do relacionamento com os fornecedores.

Apresentar os resultados dos principais indicadores relativos aos produtos


adquiridos e à gestão de relacionamento com os fornecedores. Estratificar os
resultados por grupos de fornecedores ou tipos de produtos adquiridos,
quando aplicáveis.

• Incluir os níveis de desempenho associados aos principais requisitos


de partes interessadas assim como os níveis de desempenho de
organizações consideradas como referencial comparativo pertinente;
explicar, resumidamente, os resultados apresentados, esclarecendo
eventuais tendências adversas, níveis de desempenho abaixo do
esperado pelas partes interessadas e comparações desfavoráveis.

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GLOSSÁRIO

Administração: “Composta pelos conselheiros e pelos membros da direção. Nota: (1) Nas
sociedades anônimas, seriam os administradores definidos na Lei das S.A. (6.404/76).” (FNQ,
2009: p.45)

Alta-costura: “é confecção artesanal e sob medida e com exclusividade (...) trata-se de


artigos de alto custo e atendem a um mercado restrito de milionárias, celebridades e alta
nobreza.” (TREPATOW, 2007: p.33)

Ativos intangíveis: “Bens e direitos não palpáveis reconhecidos pelas partes


interessadas como ‘patrimônio’ da organização e considerados relevantes para determinar o
seu valor. Exemplos: a marca, os sistemas e processos da organização.” (FNQ, 2009: p.45)

Atributos do produto: “Características importantes do produto que, na percepção do


cliente, podem influir em sua preferência. Exemplos: funcionalidade, disponibilidade, preço e
valor para o cliente.” (FNQ, 2009: p.45)

Aviamentos: “são os materiais utilizados para a confecção de uma roupa além do tecido
base (...) quanto a função os aviamentos podem ser componentes ou decorativos; quanto à
visibilidade podem ser aparentes ou não aparentes” (TREPATOW, 2007: p.128-130)

Briefing: “O termo ‘brief’, do inglês, segundo dicionário Merriam-Webster citado por


Trepatow possui vários significados como: conciso, curto de duração ou extensão, ou forma de
transmitir instruções finais ou informação essencial (...) é um conjunto de instruções que um
aluno de design de moda recebe para desenvolver um projeto de coleção (...) transmite,
através de uma imagem, os principais conceitos de uma coleção (...) é um painel que
concentra de modo claro e sintético o conceito de da coleção e que comunique as cores, os
materiais, as texturas, as linhas, as formas, os volumes e outras informações importantes (...)
Rigueiral citado por Trepatow adota um conceito mais amplo para o termo briefing, incluindo
neste, os aspectos de dimensão da coleção, definição de público alvo, preços estimados,
volume de vendas esperado e condições ambientais (tendências de moda).

Cálculo do Custo: “engloba todas as despesas de fabricação de um produto. Inclui custos


diretamente associados ao produto (matéria-prima, embalagem e mão de obra) e os custos
de funcionamento da empresa (aluguel de instalações, material de escritório, administração)
que são chamados de custos indiretos.” (TREPATOW, 2007: p. 173).

Cadeia de suprimento: “Fluxo de informações e de produtos, que vão do fornecedor ao


cliente, tendo como contrapartida os fluxos financeiros.” (FNQ, 2009: p.45)

Classe mundial: “Expressão utilizada para caracterizar uma organização considerada entre
as melhores do mundo.” (FNQ, 2009: p.45)

Cliente: “Organização ou pessoa que recebe um produto. Exemplos: consumidor, usuário


final, varejista, beneficiário e comprador.” (FNQ, 2009: p.45)

Coleção: Segundo Rech citado por Treptow “coleção é um conjunto de produtos, com
harmonia do ponto de vista estético ou comercial, cuja fabricação e entregas são previstas
para determinadas épocas do ano.” Para Gomes citado por Treptow “coleção é a reunião ou
conjunto de peças de roupas e/ou acessórios que possuam alguma relação entre si.”
(TREPATOW, 2007: p.42-43).

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Concorrente: “É toda aquela empresa que visa o mesmo mercado satisfazendo as mesmas
necessidades.” (TREPATOW, 2007: p.80).

Confeccionista Atacadista: “Realizam as operações de criação, compra de matéria-


prima, modelagem e planejamento de corte, vendas e distribuição. Todavia a etapa de
costura das peças é feita em empresas menores subcontratadas: as facções. (TREPATOW,
2007: p. 39-40).

Confeccionista Fabricante: (produtor vertical). “O confeccionista fabricante é aquele


que coordena todas as operações, como a compra de matéria-prima. Criação ou compra de
desenhos para os modelos, manufatura das peças e venda. (TREPATOW, 2007: p. 39).

Confidencialidade das informações: “Aspecto relacionado à segurança das informações


sobre as garantias necessárias para que somente pessoas autorizadas tenham acesso à
informação.” (FNQ, 2009: p.45)

Cor de moda: “(...) considera-se ‘cor de moda’ aquela que não é tradicional de todas as
estações ou que não costuma figurar naquele tipo de artigo”. (TREPATOW, 2007: p.117-121).

Cores: “A cor é o reflexo da luz sobre um objeto (...) possui três características: a gama,
que se refere ao próprio nome da cor (ex: amarelo, vermelho, azul); o valor ou contraste, que
indica se a cor é clara ou escura (aproxima-se do branco ou do preto); e a intensidade,
indicando se a cor é forte ou apagada”. (TREPATOW, 2007: p.133).

Cronograma: “É uma tabela que cruza atividades e datas (...) responde a pergunta
quando? (...) o cronograma serve para organizar todas as atividades previstas, atribuindo-lhes
datas de execução, de forma que a coleção possa ser concluída até um prazo final estipulado
(...) o cronograma deve ser montado de trás para frente, ou seja, da data final para as
anteriores” (TREPATOW, 2007: p. 96).

Custo Fixo: “O cálculo do custo fixo é realizado através da soma de todas as despesas da
confecção que não estão relacionadas com a produção de vendas (ex: contador, funcionários
de escritório, publicidade, aluguéis – o custo fixo total não deve exceder 20% do faturamento
bruto da empresa.” (TREPATOW, 2007: p. 106).

Custo Variável: “São custos que dependem do volume de produção. Variam de acordo
com a quantidade produzida. Englobam as despesas de matéria prima, não de obra direta,
embalagem e estocagem”. (TREPATOW, 2007: p. 177).

Desenvolvimento sustentável: “Aquele que atende às necessidades do presente sem


comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem às próprias necessidades. A
convergência entre os propósitos econômicos, ecológicos e sociais que privilegiam a
conservação e perenidade dos mesmos constitui a base do desenvolvimento sustentável.”
(FNQ, 2009: p.45)

Desenho Técnico: “Também conhecido como desenho planificado ou desenho de


especificação, o desenho técnico tem por objetivo comunicar as idéias do designer ao setor
de amostras (modelagem e pilotagem). Normalmente é produzido em programas de desenho
assistido por computador na linguagem vetorial”. (TREPATOW, 2007: p 148).

Despesas de comercialização: “As despesas de comercialização são compostas por:


comissão de vendedores/representantes, ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadores e
Serviços) e tributos diversos.” (TREPATOW, 2007: p 179).

Direção: “Grupo de dirigentes responsável pelo desempenho da organização.” (FNQ, 2009:


p.45)
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Disponibilidade da informação: “Garantia de que os usuários autorizados obtenham


acesso à informação sempre que necessário.” (FNQ, 2009: p.45)

Ecoeficiência: “Entrega de bens e serviços com preços competitivos que satisfazem as


necessidades humanas e trazem qualidade de vida, progressivamente reduzindo impactos
ambientais dos bens e serviços através de todo o ciclo de vida para um nível, no mínimo, em
linha com a capacidade estimada da Terra em suportar. Nota: (1) Os sete elementos básicos
nas práticas das organizações que operam de forma ecoeficiente são: Redução da intensidade
de material utilizado nos bens e serviços; Redução da intensidade de energia utilizada nos
bens e serviços; Redução da dispersão de qualquer tipo de material tóxico; Apoio à
reciclagem; Maximização do uso sustentável dos recursos naturais; Extensão da durabilidade
dos produtos; Aumento do nível de bens e serviços” (FNQ, 2009: p.45)

Ecossistema: “Elementos, vivos ou não-vivos, orgânicos ou inorgânicos, que mantêm uma


relação de interdependência contínua e estável para formar um todo unificado que realiza
trocas de matéria e energia, interna e externamente. É considerado como a unidade
ecológica. O conjunto de todos os ecossistemas do planeta forma a biosfera, ou seja, a parte
do planeta que abriga a vida.” (FNQ, 2009: p.45)

Efeito Trickle-down: (gotejamento) “O efeito trickle-down começa no topo da elite


da moda, com um lançamento de alta-costura ou o estilo de uma estrela pop, como Madonna,
por exemplo. As pessoas que estão mais próximas dessas celebridades e formadores de
opinião adotam o mesmo estilo primeiro. Assim que é notado pela imprensa, o estilo passa a
ser divulgado e algumas marcas independentes começam a reproduzi-li. Valorizado pela
exposição da mídia, o estilo também será copiado por redes de loja e marcas que atuam em
mercados mais populares, adaptando materiais para conseguirem fornecer o mesmo estilo a
um preço mais em conta para o mercado de massa. Por último chega-se a produção em larga
escala e acesso ao público em geral. (TREPATOW, 2007:p. 27-28).

Efeito Boubble-up: (ebulição): “O efeito boubble-up faz o caminho contrário,


elevando na escala social um estilo surgido nas ruas, como foi o caso dos estilos punk e
grunge. Um grupo desenvolve um estilo de vestir específico. O mercado de moda atribui um
nome a este estilo e começa a divulgá-lo em revistas e mídia eletrônica. Formadores de
opinião tomam conhecimento do estilo das ruas e adotam versões mais sofisticadas do
mesmo. Por último, versões exclusivas inspiradas no estilo original aparecem no mercado de
artigos de luxo e nas passarelas”. (TREPATOW, 2007: p.28).

Elementos de estilo: “São considerados elementos de estilo de uma estação os pontos


que apareceram com maior freqüência na pesquisa de tendências, como um tipo de tecido,
um comprimento de calça, um desenho de estamparia.” (TREPATOW, 2007: p.83).

Elementos de Design: “Os elementos de design de moda, segundo Jones citado por
Trepatow são: silhueta, a linha, a textura e a cor” (TREPATOW, 2007: p.131).

Eqüidade: “Tratamento justo e igualitário de todos os grupos minoritários, sejam de


capital ou das demais partes interessadas.” (FNQ, 2009: p.45)

Estratégia: “Caminho escolhido para concentrar esforços com o objetivo de tornar real a
visão da organização.” (FNQ, 2009: p.45)

Estrutura de cargos: “Arranjo ordenado de responsabilidades, autonomia e tarefas


atribuídas às pessoas, individualmente ou em grupo. Usualmente, considera a descrição de
cargos, funções e competências requeridas.”

Extensão de linha: Segundo Rigueiral citado por Trepatow a extensão de linha “consiste
em lançar itens adicionais na mesma categoria de produtos, sob o mesmo nome da marca
com novos sabores, formas, cores, ingredientes, tamanhos de embalagem, etc.. Dessa
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maneira podemos concluir que uma coleção de moda é uma linha de artigos (saia, calça,
blusa, casaco) com expansões de linha, pois apresenta mais de uma opção de modelo por
artigo e cada um desses modelos ainda possuiu opções de cores e tamanhos.” (TREPATOW,
2007: p.69).

Extensão da marca: “é o acréscimo de produtos de outras categorias sob a mesma


marca. O processo mais comum de extensão de marca é através de licenciamentos.”
(TREPATOW, 2007: p.68).

Estilo Tradicional: Segundo Pires citado por Trepatow, “os tradicionais são acomodados,
gostam de ler, indiferentes à propaganda, a não ser quando salienta conforto, durabilidade,
preço baixo e garantia. Valorizam a praticidade, conforto, durabilidade e o preço justo.
Indiferentes à etiqueta e à moda, motivados pelas necessidades, não gostam de chamar
atenção.” (TREPATOW, 2007: p.51).

Estilo Fashion: Segundo Pires citado por Trepatow, “fashion é o público que mais
consome. Valoriza a moda, as etiquetas, a juventude; gosta do consumo em geral; é
socialmente ativo; flexível, alerta aos modismos; julga-se sexy e atraente; aceita novidades
com muita facilidade; procura estar em forma. Aprecia modelagem confortável, estilo
contemporâneo e coordenado.” (TREPATOW, 2007: p.51).

Estilo Vanguarda: Segundo Pires citado por Trepatow, “vanguarda é rebelde, particular,
inesperado, inovador, sofisticado, desligado da família, gosta de informação e de sentir-se
diferente. Adota moda própria, valoriza estilos, novidades, peças coordenáveis de forma
insólita. Não é fiel às etiquetas. São pessoas altamente criativas, sem medo de criticas.
Curiosos, pesquisadores, mudam as coisas em todas as áreas. (TREPATOW, 2007: p.51).

Faccionista: “Esses podem ser divididos ainda em dois grupos: o primeiro, apenas realiza
as operações de costura, acabamento e embalagem a partir dos cortes recebidos de
confecções atacadistas (...). O segundo são confecções que possuem uma equipe de criação
que desenvolve modelos de várias marcas – private label -”. (TREPATOW, 2007: p.40).

Ficha Técnica: “é o documento descritivo de uma peça de coleção. É a partir dela que o
setor de custos e o departamento comercial estipularão o preço de venda, que o setor de
planejamento e controle da produção calculará os insumos necessários para a fabricação
conforme os pedidos, e que o setor de compras efetuará a aquisição da matéria-prima
(tecidos e aviamentos)”. (TREPATOW, 2007: p. 165).

Força de trabalho: “Pessoas que compõem uma organização e que contribuem para a
consecução de suas estratégias, objetivos e metas, tais como empregados: em tempo
integral ou parcial, temporários, autônomos e contratados de terceiros que trabalham sob a
coordenação direta da organização.”

Fornecedor: “Organização ou pessoa que fornece um produto. Exemplo: Produtor,


distribuidor, varejista ou comerciante de um produto ou prestador de um serviço ou
informação.” (FNQ, 2009: p.45)

Governança: “Sistema de gestão e controles exercidos na administração da organização.


Compreendem as responsabilidades dos acionistas, proprietários, sócios, conselhos de
administração, diretoria e presidente. Acordos corporativos, estatutos e políticas
documentam os direitos e as responsabilidades de cada parte e descrevem como a
organização será dirigida e controlada para assegurar: a) a prestação de contas aos
acionistas, proprietários e outras partes interessadas; b) transparência nas operações; c)
tratamento justo de todas as partes interessadas. O sistema de governança pode incluir
processos como aprovação dos objetivos estratégicos, avaliação e monitoramento do
desempenho do presidente, planejamento da sucessão, auditoria financeira, estabelecimento
de benefícios e compensações aos executivos, gestão de risco, divulgações e relatos
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financeiros. Assegurar a eficácia da governança é importante para a confiança das partes


interessadas e de toda a sociedade, bem como para a eficácia organizacional.” (FNQ, 2009:
p.45)

Graduação do molde: “Consiste em acrescentar ou diminuir a diferença proporcional às


medidas de um manequim para outro.” (TREPATOW, 2007: p. 161).

Identidade da marca: A identidade segundo Rigueiral citado por Trepatow é a “maneira


como uma empresa busca se identificar e posicionar seus produtos (...) é a mensagem que a
marca projeta de si mesma (...) A identidade da marca vai além do produto. É o
comprometimento do conjunto de elementos envolvidos com a comercialização do produto
(pessoas, serviços, conceitos).” (TREPATOW, 2007: p.59).

Imagem da marca: A identidade segundo Rigueiral citado por Trepatow é a “leitura que o
mercado faz da mensagem que a marca projeta de si mesma é a percepção que o público tem
da identidade (...) a imagem da marca é a associação que o consumidor realiza no
inconsciente.” (TREPATOW, 2007: p.59).

Indicadores: “Também denominados de “indicadores de desempenho”, compreendem os


dados que quantificam as entradas (recursos ou insumos), os processos, as saídas (produtos),
o desempenho de fornecedores e a satisfação das partes interessadas.” (FNQ, 2009: p.45)

Informação comparativa pertinente: “Informação comparativa advinda de uma


organização considerada como um referencial apropriado para efeitos de comparação
considerando as estratégias da própria organização que busca a informação. Nota:
Informações comparativas incluem aquelas advindas de competidores; médias, líderes ou
vice-líderes do mercado ou do setor de atuação e de referenciais de excelência de dentro ou
fora do setor de atuação da organização.” (FNQ, 2009: p.45)

Integridade da informação: “Aspecto relacionado à segurança das informações que


trata da salvaguarda da exatidão e completeza da informação e dos métodos de
processamento. Exemplos de informações passíveis de proteção, em função do perfil da
organização e de seu nível requerido de segurança, são aquelas: • armazenadas em
computadores; • transmitidas por meio de redes; • impressas em meio físico; • enviadas por
fac-símile; • armazenadas em fitas ou discos; • enviadas por correio eletrônico; e • trocadas
em conversas telefônicas.” (FNQ, 2009: p.45)

Inovação: “Obtenção de resultados por meio da implementação de idéias originais em


produtos, serviços, processos operacionais ou de gestão, e no negócio.” (FNQ, 2009: p.45)

Leitura Comercial: “Trata das expectativas de vendas da coleção, avaliando sucessos e


fracassos anteriores e tentando prever volumes e margens de contribuição por linha de
produtos.” (TREPATOW, 2007: p.109).

Leitura Estética: “A leitura estética tem como objetivo comunicar aos envolvidos no
processo quais conceitos irá nortear a coleção. Na linguagem dos profissionais de moda,
representa qual a atmosfera, qual o espírito da coleção.” (TREPATOW, 2007: p.109).

Margem de Lucro por Produto: “é conhecida através da subtração dos custos a partir
do preço de venda.” (TREPATOW, 2007: p 180).

Mercado: “é o grupo de consumidores potenciais para um determinado produto.”


(TREPATOW, 2007: p.49). (...) “Refere-se ao mercado no sentido econômico como o conjunto
de atividades de compra e venda de determinado bem ou serviço, em certa região. Exemplos:
mercado de consumidores, mercado financeiro, mercado de capitais, mercado de trabalho,
mercado de fornecimento, mercado de crédito de carbono (área ambiental).” (FNQ, 2009:
p.46)
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Metas: “Níveis de desempenho pretendidos para determinado período de tempo.” (FNQ,


2009: p.46)

Método a partir da unidade de estoque – SKU (Stock Kepping Unit): Segundo


Rigueiral citado por Trepatow esse método é “bastante funcional para empresas com
distribuição através de lojas próprias, pois prevê o estoque desejado das lojas. A unidade de
Estoque, ou SKU, representa ‘ a menor unidade de estocagem, ou seja, um tamanho/cor de
um item da coleção.”.

Missão: “Razão de ser de uma organização, compreende as necessidades sociais a que ela
atende e o seu foco fundamental de atividades.” (FNQ, 2009: p.46)

Mix de Produtos: “é o nome que se dá a variedade de produtos oferecidos por uma


empresa. Por exemplo, uma confecção de surfwear masculino tem seu mix de produtos
compostos composto por shorts, bermudas, camisetas, regatas, trajes de neoprene, etc..”
(TREPATOW, 2007: p.100).

Mix de Moda: É a distribuição de produtos conforme a categoria de produtos básicos,


fashion e de vanguarda. Veja as seguintes definições: produtos básicos, produtos fashion e
produtos de vanguarda.

Mostruário: “é composto por réplicas dos protótipos aprovados e representa a coleção


como um todo.” Ver exemplo de planilha em Trepatow (2007: p.181).

Modelagem plana: “Na modelagem plana, os modelos são traçados sobre papel,
utilizando uma tabela de medida e cálculos geométricos”. (TREPATOW, 2007: p. 154).

Modelo de negócio: “Concepção estratégica da forma de atuação da organização,


podendo compreender definições como produtos a serem fabricados, local de instalação das
suas unidades, seleção de mercados-alvo e clientes-alvo, escolha de parceiros, forma de
relacionamento com fornecedores e distribuidores e outros aspectos considerados relevantes
para o sucesso do negócio.” (FNQ, 2009: p.46)

Moulage: “é o método característico da alta-costura, mas vem sendo empregada no


desenvolvimento de peças para confecção industrial, através do uso de manequins de prova
(manequim de alfaiate) confeccionados em medidas padronizadas. Sobre o manequim é
ajustado o toile de maneira a obter o caimento indicado no desenho de moda ou desenho
técnico”. (TREPATOW, 2007: p. 154).

Nicho de mercado: “é uma subdivisão de um segmento, geralmente para atender à


necessidades de um grupo de consumidores”. (TREPATOW, 2007: p.50).

Organização: “Companhia, corporação, firma, órgão, instituição, empresa, ou uma


unidade destas, pública ou privada, sociedade anônima, limitada ou com outra forma
estatutária, que tem funções e estruturas administrativas próprias e autônomas, no setor
público ou privado, com ou sem finalidade de lucro, de porte pequeno, médio ou grande.”
(FNQ, 2009: p.46)

Organização do trabalho: “Divisão do trabalho entre unidades, equipes e funções,


permanentes ou temporárias, incluindo a definição das suas atribuições e vínculos.” (FNQ,
2009: p.46)

Padrão de trabalho: “Regras de funcionamento das práticas de gestão. Podem ser


expressas na forma de procedimentos, rotinas de trabalho, normas administrativas,
fluxogramas, comportamentos coletivos ou qualquer meio que permita orientar a execução
das práticas.” (FNQ, 2009: p.46)

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Painel de identidade da marca: “O painel de Identidade da Marca é uma colagem de


figuras relacionadas aos conceitos e valores que a marca projeta para o consumidor e quais os
atributos intangíveis que oferece em seus produtos. O painel tem por objetivo identificar
visualmente a identidade da marca.” (TREPATOW, 2007: p.61).

Painel de tendências: “É um compilado de informações, agrupadas de maneira agradável


e de fácil percepção visual, para auxiliar o designer a identificar tendências para a estação.”
(TREPATOW, 2007: p.83).

Partes interessadas: “Indivíduo ou grupo de indivíduos com interesse comum no


desempenho da organização e no ambiente em que opera. A maioria das organizações
apresenta as seguintes partes interessadas: clientes; força de trabalho; acionistas e
proprietários; fornecedores; e a sociedade. A quantidade e a denominação das partes
interessadas podem variar em função do perfil da organização.” (FNQ, 2009: p.46)

Pesquisa de Comportamento: “Acompanha os hábitos de consumo do público-alvo e


seus interesses atuais, como lugares que está freqüentando, ídolos da música –cinema –
televisão, temas de interesse.” (TREPATOW, 2007: p.78).

Pesquisa de Mercado: “Estilos e preços praticados pela concorrência, produtos paralelos


direcionados ao mesmo público-alvo, novas marcas (futuros concorrentes).” (TREPATOW,
2007: p.78).

Pesquisa de Tendências: ”Identifica temas de inspiração de outros designers,


informações sobre cores, tecidos, aviamentos, elementos de estilo.” (TREPATOW, 2007:
p.78).

Pesquisa Tecnológica: “Acompanha lançamentos de técnicas e maquinários que possam


ser aplicados à confecção. Ex. técnicas de estamparia, tecidos tecnológicos, softwares de
modelagem e corte; sistemas alternativos de produção.” (TREPATOW, 2007: p.78).

Pesquisa de Tema de Coleção: “A partir da inspiração escolhida reúne informações que


possam ser usadas criativamente no desenvolvimento da coleção. Ex: Inspiração Rei Arthur:
pesquisar arquitetura e tapeçaria medieval, armaduras, jóias, indumentária, jogos de
combate, tradições e iconografia druida..” (TREPATOW, 2007: p.78).

Pesquisa de Vocações Regionais: “Visa obter fontes de materiais e técnicas


alternativas, conforme a disponibilidade de insumos ou mão-de-obra. Ex: produção de couro
de látex na Amazônia, trabalho das rendeiras em Florianópolis, etc.” (TREPATOW, 2007:
p.78).

Posicionamento em função do produto: “Quando a empresa opta por posicionar-se


em função do produto, poderá atender a segmentos de mercado diferentes, fabricando
artigos que possuam uma mesma característica de forma ou funcionalidade. Fabricantes de
meias é um exemplo próprio deste tipo de empresas, pois através de produtos distintos
(meias esportivas de algodão, meias social, meias-calça, meias decorada, meias anti-stress)
consegue atingir vários segmentos (feminino e masculino, adulto e infantil). Nesse caso, o
nome da marca está associado ao produto e não ao público que atinge, pois este é sempre
amplo.” (TREPATOW, 2007: p.55-56).

Posicionamento em função da identidade: “Quando uma empresa opta por


estabelecer-se em função da identidade da marca deve estar disposta a grandes
investimentos de divulgação para que seus consumidores conheçam a marca, seus valores, e
com ela se identifiquem. Uma marca forte, com identidade bem definida, tende a expandir
suas linhas de produtos através de licenças.” (TREPATOW, 2007: p.55-56).

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Prática de gestão (ou prática gerencial): “Processo gerencial como efetivamente


implementado pela organização.” (FNQ, 2009: p.46)

Prêt-à-Porter: (pronto para vestir). “Por prêt-à-porter podemos compreender toda a


roupa que não é produzida para um consumidor específico e exclusivo, mas sim um grupo de
consumidores potenciais. Há, todavia, subdivisão de maior ou menor exclusividade de
mercado, com marcas de prêt-à-porter de luxo, com elaboração sofisticada e tiragens
reduzidas, grife, até marcas populares”. (TREPATOW, 2007: p. 33).

Princípios do Design: É a maneira que é utilizada os seguinte elementos: repetição,


gradação, radiação, contraste, harmonia, equilíbrio e proporção. (TREPATOW, 2007: p. 131).

Processo: “Conjunto de atividades inter-relacionadas ou interativas que transformam


insumos (entradas) em produtos (saídas). Notas: (1) Os insumos (entradas) para um processo
são geralmente produtos (saídas) de outro processo. (2) Os processos em uma organização
são geralmente planejados e realizados sob condições controladas para agregar valor.” (FNQ,
2009: p.46)

Processos de agregação de valor: “São os processos por meio dos quais uma
organização gera benefícios para os seus clientes e para o negócio da organização. Os
processos de agregação de valor diferem muito entre as organizações, dependendo de muitos
fatores, os quais incluem a natureza dos produtos, como são produzidos e entregues,
relacionamento com os fornecedores, os clientes e a sociedade, importância da pesquisa e
desenvolvimento, tecnologia, requisitos ambientais e estratégias de crescimento. Nota: (1)
Os processos de agregação de valor usualmente são classificados em processos principais do
negócio e processos de apoio.” (FNQ, 2009: p.46)

Processos principais do negócio: “Processos que agregam valor diretamente para os


clientes. Estão envolvidos na geração do produto e na sua venda e transferência para o
comprador, bem como na assistência após a venda e disposição final. Notas: (1) A
denominação processos principais do negócio é uma adaptação da expressão inglesa primary
activities. 2 Os processos principais do negócio são também conhecidos como processos fim ou
processos primários” (FNQ, 2009: p.46)

Processos de apoio: “Processos que sustentam os processos principais do negócio e a si


mesmos, fornecendo produtos e insumos adquiridos, equipamentos, tecnologia, softwares,
recursos humanos e informações.” (FNQ, 2009: p.46)

Processo gerencial (ou processo de gestão): “Processo de natureza gerencial, não


operacional.” (FNQ, 2009: p.46)

Produto: “Resultado de atividades ou processos. Considerar que: • o termo produto pode


incluir serviços, materiais e equipamentos, informações, ou uma combinação desses
elementos; • um produto pode ser tangível (por exemplo, equipamentos ou materiais) ou
intangível (por exemplo, conhecimento ou conceitos), ou uma combinação dos dois; e • um
produto pode ser intencional (por exemplo, oferta aos clientes) ou não-intencional (por
exemplo, um poluente ou efeitos indesejáveis).” (FNQ, 2009: p.46)

Produtos Básicos: Segundo Pires citado por Trepatow, produtos básicos “são modelos que
estão em quase todas as coleções, peças funcionais que costumam ter venda garantida: Ex:
calça preta, camisa branca, jeans tradicional, t-shirt...pelo menos 10% da coleção deve
concentrar-se nessa categoria de produtos.” (TREPATOW, 2007: p.101).

Produtos Fashion: Segundo Pires citado por Trepatow, produtos fashion “são modelos que
estão comprometidos com as tendências do momento através de formas, cores e
padronagens. Ex: blusa cigana; saia de pontas, estampas de borboletas. São modelos que
deverão ser comercializados durante o período da coleção, pois no futuro não estarão mais
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em moda e não representarão atrativo para o consumidor. Cerca de 70% dos produtos de uma
coleção se enquadram nessa categoria.” (TREPATOW, 2007: p.101).

Produtos de Vanguarda: Segundo Pires citado por Trepatow, produtos de vanguarda


“são peças complementares. Comprometidas com as tendências atuais ou futuras, nem
sempre apresentam características muito comerciais. São as peças ‘mais diferentes’ que
carregarão o ‘espírito da coleção’ e poderão ser usadas em vitrines, fotos e desfiles, pois são
peças de impacto maior, que chamam a atenção do consumidor, ainda que esse opte por um
produto mais simples ou mais em conta.” (TREPATOW, 2007: p.102).

Qualidade: “Totalidade de características de uma entidade (atividade ou processo,


produto), organização, ou uma combinação destes, que lhe confere a capacidade de
satisfazer as necessidades explícitas e implícitas dos clientes e demais partes interessadas.”
(FNQ, 2009: p.46)

Recurso não-renovável: “É um recurso que o homem não pode reproduzir ou fabricar,


como o petróleo e a água.” (FNQ, 2009: p.46)

Recurso renovável: “É um recurso que pode ser reproduzido ou fabricado, como a


madeira.” (FNQ, 2009: p.46)

Referencial de excelência (do inglês “benchmark”): ”Organização, processo,


produto ou resultado considerado o melhor da classe.” (FNQ, 2009: p.46)

Requisito: “Necessidade ou expectativa que é expressa, geralmente, de forma implícita ou


obrigatória. Notas: (1) “Geralmente implícito” significa que é uma prática costumeira ou
usual para a organização, seus clientes e outras partes interessadas, e que a necessidade
ou expectativa sob consideração está implícita. (2) Um qualificador pode ser usado para
distinguir um tipo específico de requisito, como, por exemplo, requisito do produto, requisito
da gestão da qualidade, requisito do cliente. (3) Um requisito especificado é um requisito
declarado, por exemplo, em um documento. (4) Requisitos podem ser gerados por diferentes
partes interessadas.” (FNQ, 2009: p.46)

Risco: “Combinação da probabilidade de ocorrência e da(s) conseqüência(s) de um


determinado evento não desejado.” (FNQ, 2009: p.46)

Risco empresarial: “Risco à consecução dos objetivos de uma organização, à luz das
incertezas do mercado e do setor de atuação da organização, do ambiente macroeconômico
e dos próprios processos da organização. Nota: (1) O risco empresarial pode ser classificado
em função da sua origem ou tipo, como por exemplo, risco de saúde e segurança, risco
ambiental, risco financeiro, risco legal, risco do negócio, risco tecnológico, risco
operacional, risco regulatório, risco externo, risco interno, dentre outros.” (FNQ, 2009:
p.46)

Sensibilidade estética: “Chamamos de sensibilidade estética ao talento em dispor os


elementos do design respeitando ou contrariando seus princípios”. (TREPATOW, 2007: p.134).

Setor de atuação: “O mesmo que ramo de atividade. Exemplos: farmacêutico,


metalurgia, hotelaria, construção civil etc.” (FNQ, 2009: p.46)

Sistema: “Conjunto de elementos com finalidade comum que se relacionam entre si


formando um todo dinâmico.” (FNQ, 2009: p.46)

Sistema PANTONE: “Esse sistema de codificação de cores é adotado mundialmente e


corresponde a uma codificação alfanumérica para cores em tecido ou em papel. Trata-se de
um código de seis dígitos que identifica a posição da cor quanto a sua gama (dois primeiros

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dígitos), sua luminosidade ou quantidade de branco ou preto (terceiro e quarto dígito), e sua
intensidade (dois últimos dígitos.” (TREPATOW, 2007: p.113).

Tecidos: “São constituídos pelo entrelaçamento de fios têxteis, formados por único tipo de
fibra ou pela mistura de fibras. A origem da fibra pode ser natural, artificial, sintética ou não
sintética (...) pode-se dizer que tecido seja um nome genérico que descreve os processos de
entrelaçamento de fios têxteis. Todavia convencionou-se o nome tecido para os artigos
obtidos através de teares planos, com entrelaçamento de fios transversais e horizontais
(trama e urdume). É o chamado tecido plano.” (TREPATOW, 2007: p.113/p.116).

Tema: “É um a história, o argumento, a inspiração de uma coleção. Uma marca de moda é


mais ou menos como uma Escola de Samba: a cada coleção traz um novo samba enredo, uma
nova história a contar, mas mantém as características que são atributos da marca, ou seja, o
seu estilo.” (TREPATOW, 2007: p.87).

Temporalidade: “Por temporalidade entendemos que uma tendência terá um período de


existência limitado, ela não tem a pretensão de durar para sempre. O período de existência
de uma tendência vai do lançamento por grupos considerados de vanguarda até a total
absorção pelo mercado e conseqüente massificação de consumo. Na etapa final de uma
tendência de moda, que pode ter surgido como manifesto social de um determinado grupo,
perde a característica de discurso contestador tornando-se apenas efêmero padrão de vestir”.
(TREPATOW, 2007: p.30).

Tendência de moda: Conforme Garcia citado por Trepatow tendência de moda é “um
conjunto de itens dos vestuários considerados como conceito de bem vestir. A tendência de
moda é caracterizada pela temporalidade e pela massificação”. (TREPATOW, 2007: p.29).

Teste de variação dimensional: “Consiste em riscar um quadrado de 50 cm de lado em


um corte do tecido e submetê-lo a lavação em máquina de lavar roupa doméstica e secadora.
Depois de lavado o quadrado é medido para verificar se houve encolhimento ou esgarçamento
do tecido. Os percentuais de variação dimensional deverão ser considerados no desenvolver
dos moldes.” (TREPATOW, 2007: p. 124-125).

Teste de solidez de tingimento: “É feito costurando um pedaço do tecido em teste a


um tecido branco e realizando a lavação da amostra. O teste visa observar se há migração de
pigmento, ou seja, se o tecido solta tinta a ponto de manchar o outro tecido. Esse teste é
imprescindível quando se pretende confeccionar peças com partes em cores diferentes.”
(TREPATOW, 2007: p.125).

Teste de costurabilidade: “Dizem respeito ao comportamento do tecido nas máquinas


de costura. Tecidos delicados exigirão agulhas de ponta redonda para não rasgar o pano.”.
(TREPATOW, 2007: p.125).

Teste de caimento: “Consiste em confeccionar uma peça ( mesmo que modelo de outras
coleções) para prova, de forma a observar o caimento do tecido, elasticidade, e aspecto em
prova com manquem vivo.” (TREPATOW, 2007: p.125).

Visão: “Estado que a organização deseja atingir no futuro. A explicitação da visão busca
propiciar um direcionamento para a organização.” (FNQ, 2009: p.46)

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BIBLIOGRAFIA

FNQ. Critérios de Excelência - 2009. FNQ – São Paulo: Fundação Nacional de


Qualidade, 2008.

JONES, Sue Jenkyn. Fashion Design: manual do estilista. São Paulo: Cosac
Naify, 2005.

TREPTOW, Doris. Inventando moda: planejamento de coleção. 4.ed.


Brusque, 2007.

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