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EXPERIÊNCIAS
DE LABORATÓRIO
em
2011-01
SUMÁRIO
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1- Normas e Técnicas de Segurança em Laboratório
1. Introdução
Atividades profissionais completamente isentas de riscos para a saúde do homem não
existem. Assim, é importante que cada trabalhador conheça os perigos a que está exposto em
uma determinada atividade e que tome as medidas necessárias para evitá-los ou minimizá-los.
Em um laboratório de Química, os riscos mais comuns são aqueles que envolvem o uso do
fogo, da eletricidade, de sistemas com pressões diferentes da atmosférica, do manuseio de
material de vidro e exposição a substâncias químicas nocivas a radiações, tais como, ultravioleta,
infravermelha, microondas, raios X, etc.
A presença de agentes químicos e físicos no ambiente de trabalho oferece riscos, mas o
fato de se trabalhar com estes agentes não implica necessariamente, que tais profissionais
desenvolverão doenças ou sofrerão acidentes.
No caso de agentes químicos, por exemplo, para que eles causem danos à saúde, é
necessário que sua concentração no meio ambiente esteja acima de um determinado valor, limite
de tolerância, e que o tempo de exposição nesta condição seja suficiente para uma ação nociva
ao homem.
A possibilidade de ocorrerem explosões, incêndio, intoxicações ou outros acidentes não
pode ser ignorada, mas pode ser controlada se os profissionais verificarem constantemente as
condições dos materiais e equipamentos utilizados bem como conhecerem as normas de
segurança.
2. Objetivos
Esta aula tem como objetivos discutir as principais regras de segurança e apresentar as
principais vidrarias e equipamentos usados em um laboratório de Química.
3. Normas de Segurança
A ocorrência de acidentes em laboratório, infelizmente, não é tão rara como possa parecer.
Com a finalidade de diminuir a freqüência e a gravidade desses acidentes torna-se absolutamente
imprescindível que durante os trabalhos realizados se observe uma série de normas de
segurança:
1. O laboratório é um lugar de trabalho sério. Trabalhe com atenção, método e calma.
2. Siga rigorosamente as instruções específicas do professor. Experiências não autorizadas são
proibidas.
3. Localize os extintores de incêndio e familiarize-os com o seu uso.
4. Não fume no laboratório.
5. Prepare-se para realizar cada experiência, lendo antes os conceitos referentes ao experimento
e o roteiro da prática.
6. Use um avental (jaleco) apropriado.
7. Evite conversas desnecessárias no laboratório.
8. Nunca deixe frascos contendo solventes inflamáveis próximos à chama.
9. Evite contato de qualquer substância com a pele. Seja particularmente cuidadoso quando
manusear substâncias corrosivas como ácidos e bases concentrados.
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10. Todas as experiências que envolvam a liberação de gases e/ou vapores tóxicos devem ser
realizadas na câmara de exaustão (capela).
11. Sempre que proceder a diluição de um ácido concentrado, adicione-o lentamente, sob
agitação sobre a água, e não o contrário.
12. Ao aquecer um tubo de ensaio contendo qualquer substância, não volte a extremidade aberta
do mesmo para si ou para uma pessoa próxima.
13. Não jogue nenhum material sólido dentro da pia ou nos ralos.
14. Não trabalhe com material imperfeito.
15. Comunique ao seu professor qualquer acidente, pôr menor que seja.
16. Antes de utilizar qualquer reagente, verifique a toxicidade da substância no rótulo do frasco ou
na literatura apropriada.
17. Leia com atenção o rótulo de qualquer frasco de reagentes antes de usá-lo. Leia duas vezes
para ter certeza de que pegou o frasco certo. Algumas fórmulas e nomes químicos podem
diferir apenas de uma letra ou de um número.
18. Quando for testar um produto químico pelo odor, não coloque o frasco sob o nariz. Desloque
com a mão, para a sua direção, os vapores que se desprendem do frasco.
19. Dedique especial atenção a qualquer operação que necessite aquecimento prolongado ou que
desenvolva grande quantidade de energia.
20. Conserve seus equipamentos e mesa limpos. Evite derramar líquido, mas se o fizer, lave
imediatamente o local com bastante água.
21. Ao se retirar do laboratório, verifique se não há torneiras (água ou gás) abertas. Desligue
todos os aparelhos, deixe todo o equipamento limpe e lave as mãos.
22. Se tiver dúvidas, pergunte.
4. Símbolos de Identificação
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5. Funil: utilizado na transferência de líquidos de um frasco para outro ou para efetuar filtrações
simples.
6. Bureta: equipamento calibrado para medida precisa de volume de líquidos. Permite o
escoamento do líquido e é muito utilizada em titulações.
1 2 3 4 5 6
7 8 9a 9b 10 11
12. Cuba de vidro ou cristalizador: recipiente geralmente utilizado para conter misturas
refrigerantes, e finalidades diversas.
13. Dessecador: utilizado no armazenamento de substâncias quando se necessita de uma
atmosfera com baixo teor de umidade. Também pode ser utilizado para manter as substâncias
sob pressão reduzida.
14. Condensador: equipamento destinado à condensação de vapores, em (a) destilação ou (b)
aquecimentos sob refluxo.
15. Funil de separação: equipamento para separar líquidos não miscíveis.
16. Funil de adição: equipamentos para adição de soluções em sistemas fechados.
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12 13ª 13b 14 15
16 17 18 19 20
21 22 23 24
5.3. Material metálico
25.Suporte (a) e garra (b): peças metálicas usadas para montar aparelhagens em geral.
26. Bico de gás (Bunsen): fonte de calor destinado ao aquecimento de materiais não inflamáveis.
27. Tripé: usado como suporte, principalmente de telas e triângulos.
28. Plataforma elevatória: usado para ajustar altura de aparelhagens em geral.
29. Tela de amianto: tela metálica, contendo amianto, utilizada para distribuir uniformemente o
calor, durante o aquecimento de recipientes de vidro à chama de um bico de Bunsen.
30. Triângulo de ferro com porcelana: usado principalmente como suporte em aquecimento de
cadinhos.
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25a 25b 26 27 28 29 30
31 32 33 34 35
36 37
6. Exercícios Pós-Laboratório
1. Os produtos químicos não podem ser armazenados e manipulados aleatoriamente devido às
suas propriedades. Dessa forma, como deve proceder um analista ao manipular os seguintes
produtos químicos e como deve proceder em caso de acidentes com os mesmos?
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(a) Ácido clorídrico;
(b) Hidróxido de sódio;
(c) Acetona (Substância inflamável);
(d) Benzeno (Substância tóxica).
2. Pesquise procedimentos de segurança para as seguintes situações:
a) incêndio a partir de bico de gás (bico de Bunsen)
b) incêndio a partir de curto-circuito em fiação elétrica
c) intoxicação por inalação de gases
d) queimaduras com fogo
7. Referências
A. M. P. Felicíssimo et al. Experiência de Química: técnicas e conceitos básicos. PEQ-Projeto de
Ensino de Química/Coordenador Ernesto Giesbrecht, São Paulo: Editora Moderna, 1979.
F. Cienfuergos. Segurança no Laboratório. Rio de Janeiro: Editora Interciência Ltda, 2001.
D. F. Trindade et al. Química básica experimental. 2ª edição. São Paulo:Ícone, 1998.
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2- Introdução à Química Ambiental
1- Análise Química
As análises químicas são fundamentais porque fornecem informações valiosas tanto para os
estudos quanto para o monitoramento ambiental.
Considera-se um estudo ambiental uma pesquisa cujo objetivo é esclarecer determinada
situação. São exemplos, os estudos destinados a identificar quais são os poluentes lançados em
determinada coleção de água ou qual a origem da acidez da chuva em certa região. Já o
monitoramento ambiental é feito comparando-se os dados obtidos pelas análises químicas com
valores previamente estabelecidos, com a finalidade de verificar se o objeto em estudo está
obedecendo a critérios ou a padrões de qualidade reconhecidos por normas técnicas.
Em uma situação ideal, as análises químicas ambientais deveriam ser realizadas no
ambiente, ou in situ, e em tempo real, com o resultado sendo conhecido tão logo ocorra o
procedimento. Contudo, na maioria dos casos, isto não é possível, sendo necessário a colheita da
amostra e o seu envio ao laboratório. Para um resultado fidedigno, é fundamental que a amostra
retrate o mais próximo possível o meio do qual foi retirada.
Para se fazer uma boa coleta de amostra, é necessário ter muito claro qual é o problema
inicial, ou seja, qual o problema a ser detectado pela análise química que será realizada. A partir
deste conhecimento, o analista deve estabelecer um protocolo com três etapas gerais: 1) como
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proceder à coleta da amostra e ao seu tratamento; 2) qual o método analítico a ser utilizado e 3)
como deverá ser feito o tratamento e a avaliação dos dados obtidos.
Deve-se ter em mente que não é o melhor e mais caro equipamento que irá garantir o
melhor resultado, mas sim o melhor procedimento analítico.
Deve-se levar em conta: o local de onde se irá retirar a amostra, a freqüência da coleta, a
quantidade ideal de amostra, de que forma ela será coletada e como deverá ser acondicionada e
armazenada até chegar ao laboratório.
A quantidade de amostra a ser coletada depende diretamente da sensibilidade do método
analítico que será utilizado e da quantidade do analito que se espera encontrar na matriz. Grandes
volumes de amostras são difíceis de manusear e armazenar, por outro lado, pequenos volumes
podem não ter quantidade suficiente da espécie química a ser determinada, fornecendo
resultados falso negativos.
Deve-se também considerar o tipo de material dos frascos utilizados para a coleta e para o
armazenamento. Por exemplo, não se devem usar frascos metálicos para a coleta de água
destinada à análise de metais, tampouco devem ser utilizados frascos plásticos quando se vai
pesquisar a contaminação por solventes orgânicos.
Alguns analitos podem se decompor sob ação do calor e/ou da luz ou serem degradados por
microrganismos. Amostras com estas características devem ser armazenadas em frascos escuros
em geladeira ou freezer e, se necessário, com a adição de algum conservante.
No caso de amostras destinadas ao monitoramento ambiental, existem protocolos
normatizados pela associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
Geralmente trata-se da coleta em corpos d’água e pode ser feita utilizando-se garrafas de
vidro, plástico ou metal, dependendo do objetivo da análise.
Quando a amostra pode ser coletada próxima à superfície, o processo não oferece grandes
dificuldades. Contudo, como condições de luz, calor, solubilidade de gases e contato com o leito
influem na concentração de alguns compostos, pode ser necessária a coleta em diferentes
profundidades. Neste caso, devem ser usados equipamentos especiais que permitem a abertura
do frasco de coleta somente na profundidade desejada.
Como geralmente trata-se de material não homogêneo, a coleta de amostras sólidas requer
um tratamento especial. Em muitos casos, tal problema é resolvido procedendo-se à coleta em
vários pontos e, a seguir, misturando-se e homogeneizando-se todo o material.
Quando se trata de solo, novamente a profundidade da coleta da amostra pode ser
relevante. A solução é o uso de brocas, trados, tubos metálicos ou não, cavadeiras ou até mesmo
cavar uma trincheira até atingir a profundidade necessária.
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6- Análise de água
A água para ser consumida pelo homem não pode conter substâncias dissolvidas em níveis
tóxicos e nem transportar em suspensão microrganismos patogênicos. A forma de avaliar sua
qualidade é por meio de análises físico-químicas e microbiológicas realizadas por laboratórios
especializados.
A água utilizada na irrigação e na indústria também precisa ser de boa qualidade. Para
irrigação, a água não pode conter sais em excesso para não prejudicar as plantas e o solo e nem
conter substâncias dissolvidas que possam causar danos aos equipamentos. Na indústria,
dependendo de algumas características físico-químicas, a água não submetida a um tratamento
adequado pode ocasionar incrustação e corrosão dos equipamentos, diminuindo sua vida útil ou
até mesmo causando acidentes especialmente em caldeiras.
6.1- Amostragem
As análises de solo são realizadas principalmente para diagnosticar seu grau de fertilidade,
sua capacidade de armazenar água e suas condições físicas, a fim de se avaliar suas
potencialidades e necessidades para um melhor aproveitamento.
Assim, a análise do solo é indispensável para que o produtor tenha conhecimento da riqueza
ou pobreza das suas terras e, como tal, é fundamental para que elas sejam bem manejadas. Esse
fator torna-se imprescindível para o sucesso de empreendimentos agrícolas, pecuários e
florestais.
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A análise química é o método mais utilizado para avaliar a fertilidade do solo, ou seja, qual a
quantidade de nutrientes que o solo será capaz de fornecer às plantas, e determinar qual a
quantidade de adubo que deverá ser aplicado para se ter um bom rendimento da cultura. É
também útil para se verificar se há acidez superficial, que dificulta ou impede o crescimento das
raízes, fazendo com que a cultura aproveite mal o adubo aplicado ou os elementos do próprio
solo.
De forma resumida, as finalidades da análise de solo são:
7.1- Amostragem
A amostragem para a análise do solo é uma das etapas cruciais para a representatividade
dos resultados. Existem diversos tipos de análises e, para cada uma delas, uma forma adequada
de amostragem.
Bibliografia
ANÁLISE QUÍMICA DO SOLO. Disponível em: <http://www.sbrt.ibict.br/>. Acesso em: 4 jan. 2008.
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3 Técnicas de Trabalho com Material Volumétrico
1. Introdução
A Química é uma ciência experimental e um dos procedimentos mais utilizados no
laboratório é a medição. Medir significa determinar com base em uma determinada escala, a
quantidade de uma grandeza. Muitas vezes a prática química não exige medidas precisas, isto é,
quando a medida é qualitativa. No entanto, muitas vezes é necessário saber com exatidão e
precisão a massa ou o volume de uma substância. Para determinarmos a massa, utilizamos
balanças. Para medirmos o volume, utilizamos vários recipientes que nos ajudam a realizar
medidas, com diferentes níveis de precisão.
Muitas vezes o resultado de uma determinada prática depende fundamentalmente do grau
de precisão com que foram realizadas as medidas, por isso é importante que você conheça os
recipientes volumétricos, saiba lidar com eles e esteja ciente dos erros que podem acontecer para
procurar evitá-los.
2. Objetivos
Esta aula tem como objetivos reconhecer os principais recipientes volumétricos, estudar
suas características e especificações de utilidade, as técnicas de limpeza e manipulação.
3. Técnicas de Leitura
A prática de análise volumétrica requer a medida de volumes líquidos com elevada precisão.
Erros nas medidas acarretam em erros nos resultados finais da análise, os quais devem ser
evitados. A não observação dos cuidados necessários à medição conduz a resultados
equivocados, mesmo quando todas as outras regras de operação são realizadas com precisão.
A medida de volumes está sujeita a uma série de erros devidos à ação da tensão superficial
sobre superfícies líquidas, dilatações e contrações provocadas pelas variações de temperatura,
imperfeita calibração dos aparelhos volumétricos e erros de paralaxe.
Medir volumes de líquidos em um recipiente significa comparar a sua superfície com a
escala descrita no recipiente utilizado. Essa superfície é denominada menisco. Os líquidos têm a
propriedade de reduzir ao máximo a sua superfície. Esta propriedade denomina-se tensão
superficial e está relacionada com a força na qual as moléculas de um líquido se atraem
mutuamente. Se no interior de um líquido as forças de atração estão saturadas, na superfície está
compensada só uma parte delas. Por isso as moléculas da superfície sofrem uma atração
recíproca especialmente forte, é como se o líquido estivesse coberto por uma película
autotensora. Essa força que contrai a superfície do líquido é o que chamamos de tensão
superficial e varia para cada líquido, dependendo do caráter da interação intermolecular.
O menisco é a superfície do líquido que estaremos medindo. Para a água, a força de coesão
entre as moléculas é parcialmente superada pelas de adesão entre ela e o vidro, e o menisco é
côncavo, sendo que sua parte inferior (vértice) deverá coincidir com a linha de aferição (Figura
3.1). No mercúrio, ao contrário, as forças de coesão são bastante maiores que as de adesão entre
o mercúrio e o vidro, e o menisco é convexo, sendo considerado para leitura sua parte superior
(Figura 3.2).
Para líquidos que apresentam concavidade e são transparentes ou levemente coloridos, a
parte inferior do menisco deverá coincidir com a linha de aferição (Figura 3.3). Se for fortemente
colorido, isto é, se não for possível verificar o menisco, deve-se considerar sua parte superior
(Figura 3.4).
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Figura 3.1: Superfície côncava Figura 3.2: Superfície convexa
Outra técnica importante é a posição do olho do observador. Este deverá estar sempre no
mesmo nível da marca de aferição do recipiente (Figura 3.5). Se o observador estiver olhando por
cima do menisco, observará um valor superior ao verdadeiro. Se estiver olhando por baixo do
menisco, observará um valor inferior. Estes erros são conhecidos como erros de paralaxe.
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enxaguá-lo várias vezes com água da torneira e depois com jatos de água destilada. Verifica-se a
limpeza, deixando escoar a água. Se a película líquida, inicialmente formada nas paredes, escorre
uniformemente, sem deixar gotículas presas, a superfície está limpa. Qualquer sujeira aderida às
paredes dos recipientes altera o resultado final da medida.
Caso seja necessária limpeza mais drástica, existem soluções especiais, tais como solução
sulfocrômica (dicromato de potássio em ácido sulfúrico concentrado). Esta solução é corrosiva e
exige muito cuidado em seu emprego. Outras soluções utilizadas são a alcoólica de hidróxido de
potássio, mistura álcool e éter; solução básica de permanganato de potássio.
Para a secagem de material volumétrico, pode-se utilizar: secagem comum, por evaporação
à temperatura ambiente; secagem em corrente de ar, por exemplo, ar aspirado por meio de uma
bomba de vácuo.
Uma secagem rápida pode ser obtida após enxaguar o material com álcool ou acetona.
Caso não se disponha de tempo para secar pipetas ou buretas, deve-se enxaguá-las repetidas
vezes com pequenas porções do líquido que será usado para enchê-las. Material volumétrico não
deve ser seco em estufa, nem deve ser aquecido.
5- Materiais
6- Procedimento Experimental
6.1- Comparação entre proveta e béquer: utilizando o bastão de vidro, encha a proveta de 50mL com água
destilada e acerte o traço de aferição. Com cuidado, transfira esse volume para um béquer de 100mL.
Compare o volume final. Anote a sua observação na tabela de resultados.
6.2 Comparação entre proveta e balão volumétrico: utilizando o bastão de vidro, encha a proveta
de 100mL com água destilada e acerte o traço de aferição. Transfira para um balão volumétrico de
100mL, limpo e seco. Compare o volume final. Anote a sua observação na tabela de resultados.
6.3 Comparação entre bureta e béquer: fixe uma bureta de 50mL no suporte universal. Feche a
torneira de controle de escoamento. Coloque um béquer de 100mL embaixo da bureta. Com
auxílio de um béquer de 50mL, encha a bureta com água destilada e observe se há vazamento.
Verifique se há bolhas entre a torneira e a extremidade inferior da bureta. Caso tenha, abra a
torneira rapidamente até removê-la. Em seguida, encha a bureta com água destilada e acerte o
menisco com o traço de aferição (zero), que fica na parte superior. Segure a torneira com a mão
esquerda e usando os dedos polegar e médio dessa mão, inicie o escoamento. Transfira 50mL de
água da bureta, para um béquer de 100mL limpo e seco. Compare o volume final. Anote a sua
observação na tabela de resultados.
6.4 Técnicas de pipetagem: segure uma pipeta graduada de 5 ou 10mL pela extremidade superior
e acople o pipetador de borracha. Retire o ar de dentro do pipetador apertando simultaneamente a
válvula superior e o pipetador. Mergulhe a extremidade inferior da pipeta em um béquer de 50mL
contendo água destilada. Faça a sucção apertando a válvula inferior do pipetador até notar que o
líquido subiu um pouco acima do traço de aferição. Puxe devagar para que o líquido não entre no
pipetador. Para escoar o líquido, utilize a válvula lateral do pipetador. Acerte o zero e transfira
lentamente, de 1 em 1mL, o líquido para um béquer. Repita o procedimento até não mais
encontrar dificuldade em manusear o pipetador.
6.5- Repita os procedimentos executados com as pipetas graduadas, porém agora utilizando uma
pipeta volumétrica.
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Observação: Não se deve pipetar com a boca. Deve-se sempre utilizar o pipetador de borracha
(pêra) acoplado à extremidade superior da pipeta. Os líquidos TÓXICOS, VOLÁTEIS E
CORROSIVOS devem ser pipetados na capela com exaustor ligado.
7- Resultados
8- Questionário
Bibliografia
Albuquerque, E. O. Aulas práticas de química. São Paulo: Editora Moderna, 1994.
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4 Programa de Gerenciamento de Resíduos Químicos (PGRQ) nos
Laboratórios de Química da PUC Goias
1. Introdução
A geração de resíduos químicos em laboratórios de instituições de ensino superior no
Brasil sempre foi um assunto pouco discutido na maioria das Universidades, em especial nos
departamentos de Química a gestão dos resíduos gerados nas suas atividades rotineiras é
inexistente e, devido à falta de um órgão fiscalizador o descarte inadequado é realizado
normalmente.
No atual cenário, aonde vários segmentos da sociedade vêm cada vez mais se
preocupando com a questão ambiental, as Universidades não podem continuar mantendo esta
medida cômoda de simplesmente ignorar sua posição de geradora de resíduos, pois, tal atitude
fere frontalmente o papel que ela própria desempenha quando avalia o impacto causado por
outras unidades geradoras de resíduo fora dos seus limites físicos.
Assim sendo, frente ao papel importante que as universidades desempenham na nossa
sociedade, diante da importância ambiental que estes resíduos podem apresentar e, por uma
questão de coerência e postura, os Laboratórios de Química do Departamento de Matemática,
Química, Física e Engenharia de Alimentos (MAF) da Pontifícia Universidade Católica de
Goiás (PUC Goiás), se posicionam de forma ativa e consciente na implantação do Programa de
Gerenciamento de Resíduos (PGRQ), considerando a importância em preservar o meio ambiente
e proteger a saúde dos cidadãos.
2. Objetivos
Esta aula tem por objetivo apresentar o processo de coleta seletiva, tratamento e
reaproveitamento dos resíduos gerados nas aulas práticas do Laboratório de Química, de acordo
com as normas e legislações vigentes e de forma ecologicamente correta.
3. Meta
Por meio de iniciativas para conscientizar funcionários, docentes, alunos e a comunidade
interna e externa que freqüentam os laboratórios, o PGRQ tem como meta modificar o
comportamento cultural sobre a importância da preservação ambiental, quanto aos resíduos
gerados, segregação e o seu destino final.
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2) A conscientização de todos os usuários do laboratório;
3) O Inventário do passivo e ativo existente na unidade geradora;
4) A Hierarquização das responsabilidades de cada pessoa envolvida no PGRQ.
O compromisso formal dos responsáveis pela Unidade Geradora em programar e manter o
PGRQ é importante, primeiro porque envolve todo o pessoal ligado diretamente às atividades que
geram resíduos. Além disso, devemos considerar que grande parte destas pessoas estará
engajada em alguma atividade adicional pelo menos durante a fase inicial do PGRQ. Um
programa desta natureza sempre demanda recursos financeiros tanto na sua fase inicial, como na
sua manutenção e um levantamento completo dos resíduos vencidos sem utilidade que se
classificam como passivo e os reagentes químicos que são utilizados no dia-a-dia classificados
ativo são importantes, porque permitem que a unidade conheça a si própria quanto à natureza e
qualidade dos resíduos gerados e estocados.
5. Resíduos Químicos
Os resíduos contendo substâncias químicas que podem apresentar risco à saúde pública
ou ao meio ambiente, dependendo de suas características de inflamabilidade, corrosividade,
reatividade e toxicidade são:
1. Produtos hormonais e produtos antimicrobianos; citostáticos; antineoplásicos;
imunossupressores; digitálicos; imunomoduladores; anti-retrovirais, quando descartados
por serviços de saúde, farmácias, drogarias e distribuidores de medicamentos ou
apreendidos e os resíduos e insumos farmacêuticos dos Medicamentos controlados pela
Portaria do Ministério da Saúde (MS) n. 344 de 1998;
2. Resíduos de saneantes, desinfetantes, resíduos contendo metais pesados; reagentes para
laboratório, inclusive os recipientes contaminados por estes;
3. Efluentes de processadores de imagem (reveladores e fixadores);
4. Efluentes dos equipamentos automatizados utilizados em análises clínicas;
5. Demais produtos considerados perigosos pela classificação da NBR 10004 (ABNT, 2004)
aquele tóxicos, corrosivos, inflamáveis e reativos.
7. Resíduos Perfurocortantes
Materiais perfurocortantes ou escarificantes, tais como: Lâminas de barbear, agulhas,
escalpes, ampolas de vidro, brocas, limas endodônticas, pontas diamantadas, lâminas de bisturi,
lancetas; tubos capilares; micropipetas; lâminas e lamínulas; espátulas; e todos os utensílios de
vidro quebrados no laboratório tais como pipetas, tubos de coleta sanguínea, placas de Petri e
outros similares.
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6. Diretrizes para o Gerenciamento de Resíduos Químicos nos Laboratórios de
Química da PUC Goiás
Tanto a seleção quanto o tratamento adequados para cada tipo de resíduo gerado é
fundamental para a minimização do impacto ambiental causado pela atividade desenvolvida nos
Laboratórios de Química da PUC Goiás.
Os resíduos gerados no laboratório se enquadram são Resíduos Químicos, Resíduos
Comuns Recicláveis e Resíduos Perfurocortantes. Portanto, são de suma importância o
conhecimento da legislação e as recomendações para o tratamento e descarte desses.
A legislação que estabelece as diretrizes para a classificação, tratamento e limites para
lançamento na rede pública são as Resoluções do CONAMA e algumas NBRs da ABNT.
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Os demais resíduos sólidos contendo metais pesados podem ser encaminhados a
Aterro de Resíduos Perigosos – Classe I ou serem submetidos a tratamento de acordo com as
orientações do órgão local de meio ambiente, em instalações licenciadas para este fim. Os
resíduos líquidos deste grupo devem seguir orientações específicas dos órgãos ambientais locais.
Os resíduos contendo Mercúrio (Hg) devem ser acondicionados em recipientes sob
selo d’água e encaminhados para recuperação.
Resíduos químicos que não apresentam risco à saúde ou ao meio ambiente, não
necessitam de tratamento, podendo ser submetidos a processo de reutilização, recuperação ou
reciclagem.
Resíduos no estado sólido, quando não submetidos à reutilização, recuperação ou
reciclagem devem ser encaminhados para sistemas de disposição final licenciados.
Resíduos no estado líquido podem ser lançados na rede coletora de esgoto ou em corpo
receptor, desde que atendam respectivamente as diretrizes estabelecidas pelos órgãos
ambientais, gestores de recursos hídricos e de saneamento competentes.
9. Bibliografia
PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS (PGR) da PUC Goiás.
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5 Remoção de corantes têxteis por meio de matrizes adsorventes
1- Introdução
2- Objetivo
O objetivo dessa aula é analisar diversas matrizes com relação à sua capacidade de
adsorver corantes de tecidos.
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2- MATERIAIS
3- PROCEDIMENTO
4- Resultados
5- Questões
1- Pesquise e escreva sobre o papel do chumbo e de outros metais pesados nas tintas e
pigmentos.
NH2 + H+ NH3+
BIBLIOGRAFIA
KUNZ, A. et al. Novas tendências no tratamento de efluentes têxteis. Quím. Nova, v. 25, n. 1, p.
78-82. 2002.
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6 Análise qualitativa de amônia em água
1- Introdução
Amônia ocorre na água quase que exclusivamente sob a forma de íon amônio (NH4+). A
amônia presente na água pode ser proveniente de várias fontes, que inclui resíduos industriais,
chuva após período de seca em áreas industriais e fertilizantes.
Do ponto de vista toxicológico, a amônia não significa um problema, todavia, sua presença
interfere no processo de desinfecção da água por cloreto devido à formação do NCl3 que
apresenta odor desagradável. Além disso, a amônia pode ser oxidada a nitrito e nitrato por
reações bióticas e abióticas e, quando em excesso, pode resultar no aumento de populações de
bactérias (inclusive coliformes), em sistemas de distribuição de água. Outro problema é a amônia
resultante da decomposição de proteínas animais e vegetais. Neste contexto, o amônio serve
como um indicador da poluição bacteriológica da água por coliformes fecais proveniente de lixo
doméstico entre outros. Por isso água potável deve apresentar ausência de amônio.
2- Objetivo
ESTA AULA TEM COMO OBJETIVO VERIFICAR A PRESENÇA DE AMÔNIA EM DIVERSAS AMOSTRAS DE
ÁGUA.
3- Materiais
4- Procedimento
5- QuestõeS
6- BibliografiA
INSTITUTO ADOLFO LUTZ. Normas analíticas do Instituto Adolfo Lutz. Métodos químicos e
físicos para análise de alimentos. v. 1. 2 ed. São Paulo, 1976.
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7 - Medidas e Aplicação de pH
1. Introdução
Duas moléculas de água podem interagir mutuamente para formar um íon hidrônio (H 3O+) e
um íon hidróxido (OH-) pela transferência de um próton de uma molécula para outra, em um
processo denominado de auto-ionização. A existência da auto-ionização da água foi
demonstrada há muitos anos e é fundamental para o modelo do comportamento dos ácidos e
bases em água.
A dissociação da água pode ser escrita como:
H2O + H2O H3O+ + OH-
Ou, de forma mais simplificada:
H2O H+ + OH-
O produto das concentrações dos íons H+ e OH- é chamado de produto iônico da água (Kw).
Kw = [ H+] x [OH-]
Kw varia com a temperatura. A 25ºC, as concentrações dos íons H+ e OH- são iguais a 10-7
mol L-1. Assim, nestas condições, Kw = 10-14. Este valor de Kw é válido tanto para a água pura,
como para uma solução aquosa com espécies dissolvidas. Assim, as soluções aquosas podem
ser classificadas em três tipos distintos quanto às concentrações relativas destes dois íons:
[ H+] = [OH-] Soluções neutras e água pura
[ H+] > [OH-] Soluções ácidas
[ H+] < [OH-] Soluções alcalinas ou básicas
Como as concentrações dos íons H+ e OH- em solução aquosa são freqüentemente números
muito pequenos com os quais é bastante incômodo trabalhar, Soren Sorensen propôs, em 1909,
uma medida mais prática chamada pH. O pH de uma solução é definido como o inverso do
logaritmo decimal da concentração de íons hidrogênio (em mol L-1).
pH = - log [H+]
Como o pH é simplesmente uma forma de exprimir a concentração dos íons H+, as soluções
ácidas, neutras e básicas a 25ºC podem ser identificadas por meio dos seus valores de pH:
24
Quadro 1: Valor de pH de algumas amostras
No laboratório e em campo, o pH de uma solução pode ser medido por meio dos seguintes
procedimentos:
2º) utilizando-se um papel impregnado com uma substância que muda de cor em função da
concentração dos íons H+ presentes no meio (papel indicador de pH). Existem dois tipos de papel
indicador, o de tornassol e o universal. O papel de tornassol é embebido em uma tintura que muda
de cor na presença de ácidos ou bases. Existem também dois tipos de papel de tornassol, o
vermelho e o azul. O papel de tornassol vermelho é utilizado para se verificar se uma solução é
alcalina. Neste caso, o papel vermelho fica azul. Já o papel de tornassol azul muda a cor para
vermelho em meio ácido. O papel indicador universal apresenta uma série de faixas coloridas,
cada uma delas mudando de cor em função do pH do meio. Após ser mergulhada em uma
solução, a fita deve ser comparada com uma carta de cores, geralmente contida na embalagem
do indicador. Esta comparação permite concluir qual o valor do pH da solução.
3º) pela adição de uma substância chamada indicador de pH. Os indicadores de pH são
geralmente, ácidos ou bases orgânicas fracas que modificam a cor quando passam de um meio
ácido para um meio básico, ou vice-versa. Contudo, nem todos os indicadores mudam de cor no
mesmo valor do pH. A escolha do indicador para uma situação particular depende do pH que se
espera encontrar.
25
Genericamente, a dissociação dos indicadores é representada por:
HInd + H2O H3O+ (aq) + Ind-
Forma não dissociada Forma dissociada
2. Objetivos
Determinar o pH de amostras utilizando um pHmetro, diferentes indicadores de pH, papel
indicador universal para medir o pH de diversas amostras.
3. Materiais e Reagentes
A partir do procedimento experimental, selecionar as vidrarias e reagentes necessários
para a execução dos experimentos.
4. Procedimento Experimental
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Determinação do pH com papel indicador (Parte 1)
4. Nos tubos A1, B1 e C1 utilize uma fita de papel indicador universal, meça o pH e anote na
tabela de resultados.
pH Coloração
Amostra
Papel Fenolftaleína Azul de Alaranjado de
Bromotimol Metila
27
13. Verificação da ação tamponante. Num medidor de pH, coloque um béquer com 40mL de
solução tampão pH 10 e em outro medidor de pH coloque um béquer com 40mL de água
destilada. Meça o pH de ambas amostras. Em seguida, adicione 3mL de ácido clorídrico 0,1mol/L
em ambos os béqueres e verifique o pH.
5. Resultados
Amostra pH
Água destilada
hidróxido de sódio 0,1mol/L
ácido clorídrico 0,1mol/L
cloreto de amônio 0,1mol/L
bicarbonato de sódio 0,1mol/L
solução tampão pH10
6. Bibliografias
CANTAROW, A. M. D.; SCHEPARTZ, B. Bioquímica. Rio de Janeiro: Livraria Atheneu. 1992.
KOTZ, J. C.; TREICHEL JR, P. Química e Reações Químicas. v. 1. 3a ed. Rio de Janeiro:
Editora Livros Técnicos e Científicos. 1998.
28
8 – Preparação e Padronização de Solução de Ácido Sulfúrico
1- Introdução
Os reagentes comumente usados para a preparação das soluções padrões ácidas são o
ácido clorídrico e o sulfúrico. Os dois são encontrados no comércio na forma de soluções
concentradas. O HCl apresenta concentração 12mol/L, enquanto que o H2SO4 é cerca de 18
mol/L. Mediante diluição apropriada, pode-se preparar com facilidade qualquer solução com uma
concentração aproximada.
As soluções preferidas são as de ácido clorídrico, pois são estáveis indefinidamente e
podem ser usadas na presença da maior parte dos cátions sem sofrer interferência devida à
formação de sais solúveis. O ácido sulfúrico forma sais insolúveis com os hidróxidos de bário e de
cálcio. Nas titulações de líquidos quentes, ou nas determinações que exigem fervura com excesso
de ácido durante um certo tempo, o ácido sulfúrico padrão é, no entanto, o preferível. O ácido
nítrico é raramente empregado, pois quase sempre contém um pouco de ácido nitroso que tem
uma ação destrutiva sobre muitos indicadores.
Um método adequado para preparar uma solução é obtê-la com concentração aproximada e
em seguida padronizá-la com uma substância alcalina padrão, por exemplo, o tetraborato de sódio
ou o carbonato de sódio anidro. A solução padronizada pode ser utilizada para determinar
alcalinidade de diversas amostras.
3- Objetivo
Preparar e padronizar uma solução de ácido sulfúrico 0,1 mol/L para posterior determinação
de alcalinidade de água.
4- Materiais e reagentes
5- Procedimento Experimental
29
5.1. Preparação da Solução de Ácido Sulfúrico
Cuidado: ácido sulfúrico concentrado é altamente tóxico e corrosivo.
- Utilizando os dados do rótulo (98% H2SO4 M.M. 98 g/mol, e densidade 1,84 g/mL), calcule o
volume do ácido concentrado necessário para preparar 250 mL de solução 0,1 mol/L.
- Meça o volume necessário do ácido e transfira para um balão volumétrico de 250 mL contendo já
cerca de 100 mL de água destilada recém fervida. Agite cuidadosamente o balão e adicione água
até completar o volume. Feche bem o balão e vire-o de ponta-cabeça várias vezes para
homogeneizar a solução.
- Transfira esta solução para um frasco limpo e rotule-o.
5.3. Resultados
6- Questões Pós-Laboratório
1- Calcule a molaridade real da solução de H2SO4, após padronização.
2- Quais os cuidados que um analista deve ter ao preparar uma solução de H2SO4, a partir da
solução do reagente concentrada 98 %?
7- Bibliografia
Vogel, A.I., Análise Química Quantitativa. 5a. ed. Livros Técnicos e Científicos. Rio de Janeiro, p.
238. 1992.
Baccan N., Química analítica quantitativa elementar. Editora Edgard Blucher, Unicamp, São
Paulo, p. 180-181. 1979.
30
8 – Determinação de pH, alcalinidade e acidez da água
1 - INTRODUÇÃO
Somente dois tipos de alcalinidade podem estar presentes simultaneamente numa amostra de
água:
A acidez é determinada pela quantidade de gás carbônico livre na água. A maioria das águas
naturais e dos esgotos domésticos é tamponada por um sistema composto por dióxido de
carbono, CO2, e bicarbonato, HCO3-. O ácido carbônico não é totalmente neutralizado, a não ser
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que o pH seja igual ou superior a 8,2, e não diminuirá o pH a valores abaixo de 4,5. Assim, a
acidez devida ao CO2 está na fixa de 4,5 a 8,2, enquanto que acidez causada por ácidos minerais
fortes, quase sempre devida a esgotos industriais, ocorres geralmente a pH abaixo de 4,5.
2- OBJETIVOS
Esta aula tem como objetivo determinar o pH, alcalinidade e acidez presente na água da
torneira das dependências da Universidade Católica de Goiás, por titulação com solução de ácido
sulfúrico.
3- MATERIAL
Pipeta volumétrica de 50 mL
2 Erlenmeyer 250 mL
bureta 25 mL
pHmetro
bequer 50 mL e 200mL
4- REAGENTES
fenolftaleína
alaranjado de metila
ácido sulfúrico 0,01 mol/L
5- PROCEDIMENTO
5.1- Alcalinidade
Preparar uma solução a 0,01 mol/L de ácido sulfúrico, com 6,0 mL do ácido e diluir em
balão de 1000 mL. Padronizar com carbonato de sódio anidro e calcular o fator de correção.
Diluir a solução anteriormente preparada até obter 0,01 mol/L.
32
Titule com ácido sulfúrico 0,01 mol/L até a coloração amarelo-alaranjada. Anote o volume
gasto ( M).
RESULTADOS ALCALINIDADES
OH- CO32- HCO3-
P=0 Zero Zero M
P<M/2 Zero 2P M - 2P
P=M/2 Zero 2P=M Zero
P>M/2 2P – M 2(M - P) Zero
P=M M Zero Zero
5.2- pH
5.3- Acidez
6- Bibliografia
33
9- Determinações da Dureza da Água
1. Introdução
A utilização do ácido etilenodiaminotetraacético (EDTA) como agente complexante iniciou-se
logo no fim da Segunda Guerra Mundial. Este composto forma complexos estáveis de
estequiometria 1:1 com um grande número de íons metálicos em solução aquosa.
O EDTA pode ser obtido com alta pureza, na forma do ácido propriamente dito ou na forma
do sal dissódico hidratado. As duas formas possuem alto peso molecular, mas o sal dissódico tem
a vantagem de ser mais solúvel em água. Este ácido é fraco e apresenta valores de pK1 = 2,00,
pK2 = 2,66. pK3 = 6,16, pK4 = 10,26. Os valores de pKa mostram que os dois primeiros prótons
são mais facilmente ionizáveis, do que os dois restantes.
Muitos íons metálicos formam complexos estáveis e solúveis em água com o EDTA, por
exemplo, os íons cálcio e magnésio. A soma da concentração destes íons é denominada de índice
da dureza da água, e é um dado muito importante na avaliação da qualidade da água. Outros
cátions que encontram-se associados aos íons cálcio e magnésio, por exemplo, ferro, alumínio,
cobre e zinco, geralmente são mascarados ou precipitados antes da determinação. Assim, águas
brandas são encontradas em solos basálticos, areníferos e graníticos, enquanto que águas que
procedem de solos calcáreos apresentam freqüentemente durezas elevadas.
Devido aos motivos expostos, pode-se deduzir facilmente a necessidade do controle prévio
da dureza da água, a fim de adotar as medidas de correções necessárias, conforme o uso a que
se destina.
Em numerosos processos industriais, tais como fábricas de cervejas, conservas, papel e
celulose, requerem águas brandas. Para o caso de lavanderias as águas ocasionam um elevado
consumo de sabão e resultam em danos para os tecidos. Também é importante considerar que as
águas duras formam crostas em caldeiras de vapor, ocasionando com isso elevadas perdas de
calor e podendo também provocar explosões. Mediante um controle periódico, utilizando-se
titulações com EDTA, é possível garantir maior segurança para estas instalações industriais.
2. Objetivos
Esta aula tem como objetivo preparar as soluções necessárias para determinar o teor de
íons cálcio e magnésio, numa amostra de água da torneira das dependências da Universidade
Católica de Goiás, por volumetria de complexação com EDTA.
PRÍNCIPIO DO MÉTODO
Os íons Ca2+ e Mg2+ de uma solução formam um complexo vermelho-vinho com o indicador
negro de eriocromo-T, em pH 10. Pela adição de EDTA à solução colorida ocorre a formação de
um complexo estável e não dissociado com o EDTA, separando-se assim o indicador.
Quando a quantidade de EDTA adicionada for suficiente para complexar todo o cálcio e
magnésio, a solução vermelho-vinho torna-se azul, indicando o final da reação.
3. MateriaiS
Amostra de água Erlenmeyer de 300 mL (2 por grupo)
Pipeta volumétrica de 50mL Bastão de vidro
Proveta de 50 ou 100mL Suporte universal e garras
Bureta de 50,0 mL Pipeta graduada de 5mL
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4. Reagentes
Solução de EDTA 0,02 mol/L Solução tampão pH 10
EriocromoT Solução de FeSO4
KCN
5. Procedimento Experimental
1- Pipete uma alíquota de 100mL da amostra de água e transfira para um erlenmeyer de 250mL.
Esta análise deverá ser feita em DUPLICATA.
2- Adicione 2mL de solução tampão pH 10 Agite. Verifique o pH.
3- Adicione alguns cristais de KCN (Cuidado VENENO!), para mascarar outros íons como Cu 2+,
Zn2+, Fe3+, que interferem bloqueando o indicador.
4- Adicione uma pequena porção de eriocromoT (indicador), até o aparecimento da cor vermelha.
Evite adicionar muito, pois isto ocasionaria uma mudança de cor gradual no ponto final.
5- Lave a bureta de 50 mL com a solução de EDTA 0,02mol/L. Em seguida zere a bureta e titule
até mudança de cor do indicador (vermelho para azul).
6- Faça os cálculos da dureza da água e expresse os resultados na forma de CaCO3.
7- No final da análise, adicione s olução de Fe(II) para converter os íons cianeto em [Fe(CN) 6]4- e
depois lave bem o erlenmeyer com água corrente.
6. Resultados
% de CaCO3
7. QUESTÕES PÓS-LABORATÓRIO
1- Qual a importância de se determinar a qualidade da água na Indústria Alimentícia?
2- Faça os cálculos da determinação da dureza da água, expressando o resultado em % CaCO3.
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Baccan N., Química analítica quantitativa elementar. Editora Edgard Blucher, Unicamp, São
Paulo, p. 205. 1979.
35
10- Determinações de Oxigênio Consumido
1-Introdução
Para evitar perdas de oxigênio da amostra de água, ele é “fixado” pela reação com o
hidróxido de manganês (II), que se converte rápida e quantitativamente a hidróxido de manganês
(III):
O precipitado marrom obtido dissolve-se por acidificação e oxida o íon iodeto a iodo:
O iodo livre pode então ser determinado por titulação com tiossulfato de sódio.
2 S2O32- + I2 S4O62- + 2 I-
A informação sobre a quantidade do oxigênio consumido (OC) é útil para definir alterações
da qualidade da água a ser tratada e indicar a efetividade do processo do tratamento aplicado,
alem de indicar o desenvolvimento de microrganismo nas unidades de tratamento. Este método se
baseia na reação de oxidação por parte do permanganato de potássio (KMnO4) em meio acido,
neste caso, utiliza-se o acido sulfúrico (H2SO4), em função do íon sulfato não ser afetado pelo
permanganato, que não o consome.
36
O objetivo é oxidar quantitativamente as substâncias oxidáveis nas condições da
determinação. Por esse motivo é necessário adicionar o permanganato em excesso e trabalhar a
quente. A seguir adiciona-se uma solução redutora, neste caso, utiliza-se o oxalato, em
quantidade estequiométrica, ou equivalente a permanganato adicionado previamente.
Logicamente, ocorrerá uma sobra de oxalato equivalente ao permanganato que tenha sido
consumido pelas substâncias oxidáveis contidas na amostra. A sobra ou excesso de oxalato será
titulada com permanganato sendo que, o volume gasto será igual ao consumido pela amostra.
Esta análise pode também ser realizada em meio alcalino bastando alterar o ácido
sulfúrico por bicarbonato de sódio, em nosso caso, a escolha pelo procedimento em meio ácido se
prende ao fato que a matéria orgânica de origem vegetal consome mais oxigênio em meio ácido,
enquanto a matéria orgânica de origem animal consome mais oxigênio em meio alcalino.
REAÇÕES ENVOLVIDAS
Em solução ácida:
2- Objetivos
Esta aula tem como objetivo determinar o OC na água da torneira das dependências da
Universidade Católica de Goiás.
3- Materiais
Bureta de 25 mL
2 erlenmeyers 250 mL
Pipeta volumétrica 50 ou 100 mL
Banho-maria
Béquer 50 mL
Balão volumétrico de 250 mL
4- Reagentes
Solução de KMnO4 0,0025 mol/L
Solução de Na2C2O4 0,0025 mol/L
Solução de ácido sulfúrico 1:3
Água recém fervida para diluição
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5- Procedimento
Prepare 250 mL de solução de KMnO4 0,0025 mol/L a partir de uma solução 0,02 mol/L.
Transfira uma alíquota de amostra para um erlenmeyer de 250 mL. Em seguida adicione 5 mL de
solução de H2SO4 (1:3).
Adicione com o auxílio de uma bureta de 25 mL, o volume exato de 5 mL de solução de
permanganato de potássio 0,0025 mol/L. Aqueça em banho-maria fervente por 10 minutos.
Havendo descoramento da solução, adicione mais 10 mL da solução de permanganato de
potássio 0,0025 mol/L. Repita o procedimento se necessário.
Usando uma bureta de 25 mL, adicione um volume de solução de ácido oxálico 0,0025
mol/L, exatamente igual ao total da solução de permanganato de potássio empregada.
Leve o erlenmeyer ao banho-maria até descorar.
Titule com solução de KMnO4 0,0025 mol/L até a coloração rósea.
O oxigênio consumido pela amostra (mg/L) corresponde exatamente ao número de mL de
permanganato de potássio gasto na titulação.
6- Bibliografia
38
11 - Determinação da condutância e sólidos totais na água
1. Introdução
2. Reagentes e Equipamentos
As amostras de água:
Água de torneira: proveniente do tratamento de água municipal;
Uma amostra desconhecida, preparada em laboratório; e
Uma amostra de água proporcionada pelo estudante, coletada antes de vir ao laboratório.
Béquer de 50 mL (01)
Condutivímetro
3. Procedimento Experimental
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Tabela I – Parâmetros de Qualidade da Água
Condutância Resistência Mg/L Grãos de
específica específica NaCl CaCO3 por
mhos/cm galão
M.cm
0,055 18,240 Nenhum Nenhum
0,056 18,000 0,022 0,002
0,063 16,000 0,025 0,002
0,071 14,000 0,029 0,002
0,083 12,000 0,033 0,002
0,100 10,000 0,040 0,003
0,125 8,000 0,050 0,004
0,167 6,000 0,067 0,005
0,250 4,000 0,100 0,007
0,500 2,000 0,200 0,015
1,000 1,000 0,400 0,029
1,250 0,800 0,500 0,037
1,667 0,600 0,667 0,049
2,500 0,400 1,000 0,073
5,000 0,200 2,000 0,146
10,000 0,100 4,000 0,292
20,000 0,050 8,000 0,585
40,000 0,025 16,000 1,170
80,000 0,0125 32,000 2,340
158,730 0,0063 63,492 4,641
312,500 0,0032 125,000 9,137
625,000 0,0016 250,000 18,273
1.250,000 0,0008 500,000 36,550
2.500,000 0,0004 1.000,000 73,099
5.000,000 0,0002 2.000,000 146,199
10.000,000 0,0001 4.000,000 292,398
1. Introdução
Ainda que alguns contaminantes da água possam ser gases (como amônia dissolvida) ou
líquidos (óleos), a maioria dos contaminantes comuns são sólidos dissolvidos ou suspensos na
água. A água do mar (ainda que não necessariamente poluída) tem um conteúdo total de sólidos
dissolvidos de 35.000 mg/L. Em geral, a água é considerada ser uma água salgada se contém
acima de 3.000 mg/L de sólidos dissolvidos, água salobra se contém entre 500-3.000 mg/L de
sólidos dissolvidos e água fresca se contém menos de 500 mg/L de sólidos dissolvidos.
No presente experimento, nenhuma atenção será dada para determinar a natureza de
qualquer sólido individual suspenso ou dissolvido nas amostras de água. O objetivo é
simplesmente medir a concentração total ou combinada de todos os sólidos, em mg/L. Este
experimento dará ao estudante a oportunidade de comparar os sólidos totais em vários tipos de
água – desde água potável até a água de rios. Também é esperado que o estudante adquira
alguma habilidade em técnicas de laboratório (como o uso adequado de uma balança analítica). A
finalidade deste experimento é realizar uma comparação entre o valor medido no instrumento e
aquele obtido da forma "manual", isto é, com o aquecimento da amostra e determinação da massa
de resíduo no béquer.
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2. Reagentes e Materiais
1. Procedimento Experimental
- Determine a massa do béquer de 150 mL. Utilize a balança analítica e anote a massa com
todas as casas decimais indicadas (isto é, uma precisão de 0,0001g)
Agite bem cada frasco de amostra e transfira, com o uso de uma proveta, exatamente 50 mL da
solução de amostra para o béquer de 150 mL previamente pesado.
- Meça novamente a massa.
- Aqueça o béquer contendo a amostra em uma chapa aquecedora até que entrem em ebulição.
Atenção: a ebulição não deve ser violenta, para evitar que se percam sólidos por
borbulhamento.
- Pouco antes de todo o líquido evaporar-se, reduza a temperatura da chapa, do contrário os
béqueres podem rachar devido ao aquecimento rápido. Deve-se observar a total evaporação de
qualquer traço de água para evitar erros no resultado final.
- Após evaporar completamente a água, coloque os frascos em um dessecador para o
resfriamento. Depois de resfriado, determinar a massa do béquer com o resíduo. A quantidade de
sólidos totais é calculada pela diferença entre as massas do béquer antes e depois do
procedimento.
- Sabendo que o volume de amostra foi de 50 mL, utilize a fórmula abaixo para determinar a
quantidade de sólidos totais , em mg/L. Registre os valores obtidos.
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12 - Determinação de pH no Solo
1- Introdução
2- Objetivos
O objetivo desta aula é determinar o pH de diversas amostras de solo.
3- Materiais
Solução de CaCl2 0,01mol L-1 Béquer de 50mL
Solução tampão de pH 7,0 pHmetro
Solução tampão pH 4,0 Balança semi-analítica
Bastão de vidro
4- Procedimento
4.1- Passe a amostra de terra em peneira de 2mm e deixe secar sobre folhas de jornal, de
preferência à sombra. Transfira a terra fina seca ao ar (TFSA), para um saco plástico
devidamente rotulado (etapa realizada pelos técnicos).
4.2- pH em água
4.2.1- Coloque 20g de TFSA (terra fina seca ao ar) em um béquer de 100mL.
4.2.2- Adicione 50mL de água destilada e agite vigorosamente com bastão de vidro.
42
4.2.3- Deixe a solução em repouso por 30 minutos
4.2.4- Calibre o pHmetro com soluções de pH 7,0 e 4,0.
4.2.5- Faça a leitura do pH da amostra.
4.3- pH em CaCl2 0,01 mol L-1
4.3.1- Repita o procedimento anterior substituindo os 50mL de água por 50mL de solução de
CaCl2 0,01mol L-1.
5- Questões
1- Por que solos muito ácidos são considerados inadequados para o cultivo?
2- O que ocorre com o pH de um solo ao se adicionar CaCO3? Utilize os conceitos de hidrólise
dos sais para justificar este comportamento.
Bibliografia
BLACK, C. A. Methods of soil analysis. Part 2. Madison (WI): American Society of Agronomy,
1965. p .914-932.
DEFELIPO, B.V. e RIBEIRO, A. C. Análise química do solo. Viçosa: Conselho de Extensão, 1981,
p.17.
43
3- Determinação Espectrofotométrica de Fosforo no Solo
1- Introdução
A maioria dos solos do cerrado contém baixo teor de fósforo total e muito baixo de fósforo
disponível para as plantas, enquanto que os solos argilosos apresentam alta capacidade de
retenção do fosfato aplicado (adubos). Solos representativos do cerrado contêm entre 50-350ppm
de fósforo total. A concentração de fósforo na solução do solo é muito baixa, normalmente inferior
a 0,1ppm. O pH da maioria dos solos cultivados encontra-se na faixa de 4 a 5 e,
conseqüentemente, quase todo o fósforo na solução do solo encontra-se na forma de íons H2PO4-
.
2- OBJETIVOS
Esta aula tem como objetivo determinar o teor de fósforo em diversas amostras de solo.
3- Materiais
4- PROCEDIMENTO
44
4.1.2.2- Solução ácida diluída (etapa realizada pelos técnicos): coloque 300mL da solução
ácida concentrada de molibdato de amônio em um balão de 1L e complete o volume com água
destilada.
4.1.2.3- Solução de ácido L- (+)-ascórbico 3%: pese 3,0g de ácido e transfira para um balão
volumétrico de 100mL, complete o volume com água destilada. Alternativamente, o ácido pode ser
adicionado diretamente à amostra contendo o fósforo a ser analisado. Utiliza-se para isto, apenas
uma ponta de espátula fina contendo o ácido.
4.1.3- Solução padrão primário de fósforo (etapa realizada pelos técnicos): dissolva 0,439g de
KH2PO4 previamente seco em estufa em um balão volumétrico de 1L, para se obter 100mg de P L-
1
. Adicione 1mL de H2SO4 concentrado e complete o volume para 1L
4.1.4- Solução padrão secundária de fósforo: com uma pipeta, meça os volumes da solução
padrão primário indicados no quadro 1 e transfira para um balão volumétrico de 50mL. Complete o
volume com água destilada.
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4.3.1- Extração do solo
4.3.1.1- Coloque 5g de terra fina seca ao ar (TFSA) em erlenmeyer de 125mL e adicione 50mL da
solução extratora.
4.3.1.2- Agite por 5 minutos.
4.3.1.3- Deixe em repouso por uma noite.
4.3.1.4- Filtre o sobrenadante (extrato).
5- Questões
1- Explique porque a vidraria destinada à dosagem de fósforo não pode ser lavada com
detergentes comuns.
2- Comente sobre a importância da dosagem de fósforo no solo.
BIBLIOGRAFIA
46