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UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA

PRÓ-REITORIA DE ENSINO
COLÉGIO DE APLICAÇÃO – COLUNI

EXPERIMENTOS DE QUÍMICA
TÉCNICAS GERAIS DE LABORATÓRIO - QUÍMICA

1ª Série do Ensino Médio

Aluno (a): ______________________________________ N°. _________ Turma: ______

Reformulação 2023:
Prof Emerich Michel de Sousa e Profª Odilaine Inácio de Carvalho Damasceno
COLÉGIO DE APLICAÇÃO – COLUNI 1ª SÉRIE 2023
TÉCNICAS GERAIS DE LABORATÓRIO – QUÍMICA

SUMÁRIO
Página
Modelo para Relatório 2
01 - Normas de Segurança 3
02 - Utensílios e vidrarias de laboratório 4
03 - Vidrarias e medidas de volume 7
04 - Densidade 12
05 - Teste da chama 16
06 - Fenômenos químicos e fenômenos físicos 19
07 - Densidade de sólidos 23
08 - Densidade de líquidos e de soluções líquidas 27
09 - Separação dos componentes de uma mistura 31
10 - Destilação e decantação de líquidos 35
11 - Cromatografia de papel 39
12 - Investigando solubilidade e misturas 41
13 - Geometria molecular 44
14 - Construção de moléculas com software 47

15 - Determinação da quantidade de álcool na gasolina 50


16 - O que é e como funciona um detergente 53
17 - Quantidade de matéria 58
18 - Teoria da Dissociação Eletrolítica 62
19 - Reações de ácidos 66
20 - Metais alcalinos e alcalinos terrosos 68
21 - Identificação de soluções ácidas, básicas e neutras 71
22 - Óxidos 74
23 - Reações de dupla troca 77
24 - Reação de oxidação-redução (redox) 80
25 - Determinação da água de hidratação do sulfato de cobre II 83
26 - Lixo x Resíduos 87
Referências Bibliográficas 89
Tabela Periódica 90

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MODELO PARA RELATÓRIO

TÍTULO DO EXPERIMENTO

1 - Introdução: deve conter informações teóricas sobre o assunto.

2 - Objetivos: descrito de modo simples e objetivo e de preferência na forma de itens que


devem relacionar as etapas de realização do experimento.

3 - Materiais e Reagentes: lista dos materiais e reagentes usados.

4 - Procedimento: procedimento utilizado em cada etapa do processo deverá ser


especificado através de subtítulos.

5 - Resultados e Discussão: A apresentação dos resultados deverá seguir a seqüência


da abordagem usada nos objetivos e procedimento experimental. As questões
propostas devem ser respondidas.

6 - Conclusão: é apropriado elaborar a conclusão de modo claro e sucinto. Os resultados


devem ser relacionados aos objetivos propostos como também à teoria, ou mesmo
conclusões próprias, desde que haja embasamento técnico científico para isto.

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1ª AULA
NORMAS DE SEGURANÇA
Laboratório - labor (trabalho), oratorium (lugar de reflexão)

Objetivo: Analisar e reconhecer as normas de segurança prioritárias para um


desempenho eficiente no laboratório de química.

1. Faça apenas os experimentos indicados nesta apostila, trabalhe com


ATENÇÃO, MÉTODO, PRUDÊNCIA e CALMA.
2. Use obrigatoriamente o jaleco para sua segurança e proteção.
3. Se algum ácido ou qualquer outro produto químico for derramado, lave o local
imediatamente com bastante água e enxugue.
4. Não deixe que reagentes entrem em contato com a pele.
5. Nunca prove e nem ingira reagentes químicos.
6. Se for necessário cheirar uma substância não tóxica, NÃO coloque o
rosto diretamente sobre o recipiente. Em vez disso, com sua mão, traga
um pouco de vapor para você.
7. Não deixe vidros ou metais aquecidos em lugares que possam ser
tocados inadvertidamente.
8. Tenha cuidado com materiais inflamáveis. Qualquer incêndio deve ser abafado
imediatamente com uma toalha.
9. Qualquer acidente, por menor que seja, deve ser comunicado imediatamente ao
professor.
10. Coloque todos os resíduos gerados nos frascos para isso destinados. Nunca jogue nas
pias fósforos, papel de filtro ou qualquer sólido ainda que ligeiramente solúvel.
11. Leia com atenção o rótulo de qualquer frasco de reagente antes de usá-lo.
12. Nunca torne a colocar no frasco uma substância não usada.
13. Conserve limpos seu equipamento e sua mesa. Evite derramar
líquidos, mas se o fizer, lave e enxugue imediatamente o local.
14. Nunca traga alimentos para o laboratório.
15. Ao aquecer substâncias em tubo de ensaio, dirija a abertura deste
para o lado em que não haja nenhum colega.
16. Quando diluir ácido com água, sempre junte o ácido à água, com
cuidado.
17. Não misture substâncias por conta própria, mas somente de acordo
com as instruções do professor.
18. Lave bem as mãos antes de deixar o laboratório.
19. A limpeza das vidrarias e a organização do laboratório são de
responsabilidades dos grupos, e devem ser feitas logo após o término de cada aula.
20. Prenda o cabelo, use calçados fechados que protejam os pés e calça comprida.

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2ª AULA
UTENSÍLIOS E VIDRARIA DE LABORATÓRIO

Objetivo: Identificar as principais vidrarias e utensílios de um laboratório de Química


Introdução: A execução de um experimento requer, entre outros cuidados, o
conhecimento do material a ser utilizado.
Os utensílios comumente usados em um laboratório de Química são
constituídos basicamente de vidro, porcelana, polietileno e/ou madeira. O
emprego e manuseio adequados são indispensáveis para evitar não só
perda ou danos nos instrumentos, como também acidentes pessoais.
Procedimento: Observar, manusear e desenhar o material correspondente às descrições
abaixo.

1 - Frasco para reagentes sólidos: conter


substâncias sólidas. Devem permanecer
tampados, logo após a sua utilização, para se
evitar que o reagente absorva água ou seja
contaminado.

2 - Espátula: Serve para transferência de


substâncias sólidas dos respectivos frascos. Pode
ser de aço inoxidável, porcelana, madeira, etc.

3 - Vidro de relógio: Usado para evaporações,


tampa de frascos e pesagem de substâncias
sólidas.

4 - Frasco para reagentes líquidos: conter


reagentes ou substâncias líquidas. Ao manuseá-lo,
deve-se proteger o rótulo com a própria mão.

5 - Béquer: Usado no preparo de soluções,


aquecimento de líquidos, armazenamento de
reagentes durante uma reação, pesagem de
sólidos, etc. O vidro pyrex é resistente a
temperaturas elevadas, mas não resiste a
variações bruscas de temperatura ou choques.

6 - Bastão de vidro ou baqueta: Usado para


agitar e dissolver soluções, transferência de
líquidos na filtração.

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7 - Tubo de ensaio: Fazer reações testes,


aquecimento de pequenos volumes de líquidos.

8 - Estante para tubo de ensaio: Serve como


suporte para tubos de ensaio.

9 - Pinça de madeira: Usada para prender tubos


de ensaio durante o aquecimento.

10 - Pisseta: Armazenamento de água destilada,


lavagens de outros recipientes.

11 - Funil de vidro liso e funil de vidro raiado:


Usado em filtrações de laboratório e em
transferências de líquidos. Haste longa: maior
rapidez de filtração; haste curta: menor rapidez.

12 - Funil de separação (decantação): Usado na


separação de misturas de líquidos imiscíveis ou
para fazer decantações.

13 - Erlenmeyer: Conter volumes durante uma


reação, líquidos sujeitos a pequenos
aquecimentos, líquidos voláteis à temperatura
ambiente. É também utilizado para recolher
destilados e nos processos de titulação.

14 - Kitassato: Utilizado para filtração a vácuo.

15 - Haste universal: Usado em filtrações,


titulações, para sustentação de peças tais como
anel ou argola, garra metálica, etc.

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16 - Garra metálica: Sustentação de peças, tais


como bureta, termômetro, funil de separação,
condensador, etc.

17 - Cadinho de porcelana: Usado em secagens,


evaporações, aquecimentos e calcinações. Suporta
altas temperaturas. Existem também cadinhos de
níquel e platina.

18 - Pinça para cadinhos (Tenaz): Serve para


manipulação de objetos aquecidos, especialmente
cadinhos.

19 - Almofariz e pistilo: Serve para reduzir a pó


as substâncias sólidas, o que se faz por trituração.

20 - Balão de destilação: Usado em destilações,


com o auxílio de suportes e garras. Possui ou não
saída lateral.

21 - Condensador: Utilizado para condensação


dos vapores que desprendem de líquidos em
ebulição. Existem três tipos: a) condensador reto;
b) de bolas e c) de serpentina.

22 - Destilador: Equipamento utilizado para a


destilação de água em laboratório. Permite a
obtenção de grandes quantidades de água
destilada.

23 - Capela: Compartimento envidraçado, fechado,


composto por um exaustor, com a função de
proteger o laboratório de gases tóxicos em
determinadas reações químicas ou manipulação de
substâncias.

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3ª AULA
VIDRARIAS E MEDIDAS DE VOLUME

Objetivo: Conhecer os principais recipientes volumétricos de um laboratório de Química


e efetuar diferentes medições de volume, com materiais de medidas precisas e
grosseiras. Comparar os volumes obtidos e concluir sobre a precisão das medidas.

Introdução: A medida correta de volumes é fundamental para o sucesso do trabalho no


laboratório de química.
Em trabalhos de laboratório, as medidas de volume aproximadas são efetuadas, na quase
totalidade dos casos, com provetas graduadas; as medidas de modo muito grosseiro com
béqueres com escala; e as medidas volumétricas – que são chamadas precisas – são
realizadas com aparelhos volumétricos.
Para efetuar as medidas volumétricas são empregados aparelhos classificados e
calibrados para dar escoamento a determinados volumes (pipeta graduada e bureta) e
calibrados para conter um único volume (pipeta volumétrica e balão volumétrico).
A medida de volume do líquido é feita, comparando o nível do mesmo, com os traços
marcados na parede do recipiente. A leitura do nível para líquidos transparentes deve ser
feita na parte inferior do menisco, estando a linha de visão do operador perpendicular à
escala graduada, para evitar erro de paralaxe.

Figura 1 – Ilustração da leitura de líquidos em aparelhos volumétricos. (a) bureta, (b)


balão volumétrico.

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Técnicas de uso de aparelhos volumétricos

Proveta
a) Utilizar na forma vertical e para aferição elevar o menisco até a altura dos olhos;
b) Para esvaziar o líquido, entorná-lo vagarosamente (pode-se usar um bastão de vidro
para o bom escoamento, evitando-se que haja respingos) e permanecer com a proveta
na posição inclinada até o completo escoamento.

Pipeta
a) Segure a pipeta pela extremidade superior (use o polegar, o indicador e o dedo
médio);
b) Acople um pipetador automático à extremidade superior da pipeta, segurando com as
duas mãos próximas à extremidade para que esta não se quebre;
c) Mergulhe a ponta da pipeta no líquido a ser medido, tomando o cuidado de não deixá-
la bater contra o fundo do recipiente;
d) Aspire um volume inicial sem se preocupar com a quantidade exata (um pouco além
do volume desejado). Cuide para que o líquido não entre dentro do pipetador;
e) Retire a pipeta do frasco e escoe o líquido até que o menisco atinja a marca que
define o volume;
f) Enxugue a parte externa da pipeta com papel absorvente;
g) Leve a pipeta até o recipiente de destino encoste a ponta na parede interna e deixe o
líquido escorrer.

i. Pipetas com esgotamento parcial: contém na parte superior uma faixa estreita
que as diferencia das pipetas de escoamento total; o pipetador automático deve ser
comprimido de modo a deixar o líquido escoar.
ii. ii) Pipetas com escoamento total: contêm duas faixas na parte superior,
indicando que as mesmas são calibradas para liberar sua capacidade total; o
pipetador automático deve ser girado até o esgotamento completo do líquido.

Bureta
a) Fixar a bureta, limpa e vazia, num suporte na posição vertical;
b) Colocar um béquer ou um erlenmeyer sob a torneira; e lavar a bureta duas vezes com
porções de 5 mL do líquido em questão, adicionados por meio de um funil e deixados
escoar completamente antes da adição seguinte;
c) Fechar a torneira e encher a bureta até um pouco acima do zero da escala e remover
o funil;
d) Segurar a torneira com a mão esquerda e com o auxílio dos dedos polegar, médio e
indicador, abrir a torneira para expulsar todo o ar contido entre a mesma e a
extremidade inferior da bureta e encher esta região. Encher a bureta novamente, se
necessário, e acertar o menisco com o traço de aferição que fica na parte superior da
mesma.

Balão Volumétrico
a) Trabalhar com o mesmo na posição vertical;
b) Fazer uso de um funil para colocar o líquido no balão, o que será feito em etapas,
sendo que a cada uma deve-se agitar (homogeneizar) a solução. Isto se consegue
através de movimentos circulares lentos com o balão; uma das mãos deverá segurar o
gargalo (a tampa do balão) e a outra, a parte inferior do mesmo;
c) Colocar o balão sobre a bancada e acertar o menisco com o traço de aferição. Utilize
um conta-gotas, se necessário.

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TÉCNICAS GERAIS DE LABORATÓRIO – QUÍMICA

Material: Erlenmeyer (125 mL), béquer (100 mL), provetas (25, e 50 mL), pipeta
volumétrica (10 mL), bureta (25 mL), pipeta de Pateur, pisseta.

Procedimento A: 1) Ligar a balança.


2) Colocar o erlenmeyer na balança e tarar.
3) Adicionar água com a pisseta até completar 35 g; conferir o
volume obtido e anotar.
2) Transferir o conteúdo do erlenmeyer para um béquer
(100 mL); conferir o volume obtido e anotar.
3) Transferir o conteúdo do béquer para uma proveta (100 mL);
conferir o volume obtido e anotar.

Erlenmeyer Béquer Proveta

Volume lido (mL)

Procedimento B: 1) Colocar uma proveta de 25 mL na balança e tarar.


2) Colocar água em um béquer.
3) Mergulhar a ponta da pipeta volumétrica (10 mL) na água;
utilizar o pipetador para elevar a água acima do nível de
marcação.
4) Levantar a pipeta e escoar o líquido até que o menisco atinja
a marca que define o volume;
5) Transferir o conteúdo da pipeta para a proveta; conferir a
massa e o volume obtidos e anotar.

Volume lido (mL)


Massa de água (g)
Pipeta Proveta

Procedimento C: 1) Colocar uma proveta de 50 mL na balança e tarar.


2) Com a torneira da bureta (25 mL) fechada, adicionar água
acima da marca do zero.
3) Escoar a água até que o menisco atinja a marca do zero.
4) Colocar um erlenmeyer debaixo da bureta e escoar 25 mL de
água.
5) Transferir o conteúdo do erlenmeyer para a proveta; conferir a
massa e o volume obtidos e anotar.

Volume lido (mL)


Massa de água (g)
Bureta Proveta

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RELATÓRIO – 03:
VIDRARIAS E MEDIDAS DE VOLUME

Nome: _____________________________________ N° _____ Turma: ______ Data ______

QUESTÕES:

1 - Houve diferença entre a massa e os volumes medidos no Procedimento A? Qual a


conclusão a que se pode chegar?

2 - Houve diferença entre a massa e os volumes medidos no Procedimento B? Qual a


conclusão a que se pode chegar?

3 - Houve diferença entre a massa e os volumes medidos no Procedimento C? Qual a


conclusão a que se pode chegar?

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4 - Comparando-se os instrumentos volumétricos e os instrumentos graduados, qual a conclusão


que se pode chegar? Coloque os instrumentos em ordem decrescente de precisão.

5 – Se substituirmos a água pelo álcool nos experimentos realizados nessa aula, seria
possível chegar as mesmas conclusões quanto à precisão dos instrumentos? Explique.

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4ª AULA
DENSIDADE

Objetivos: Comparar a densidade de diferentes substâncias e misturas.


Compreender a alteração na densidade dos objetos.

Introdução: Densidade é uma propriedade específica da matéria e expressa o grau de


compactação de uma substância, em uma dada pressão e temperatura. Esta propriedade
é expressa da seguinte maneira:
onde m é a massa em kg (SI) ou g e v é o volume em m3 (SI) ou cm3.

Material: Proveta de 50 mL, xarope de milho Karo natural, óleo vegetal, álcool 70 INPM
com corante azul, água com corante rosa, bolinha de gude pequena, rolha branca de
silicone, pedaço de vela, rolha de madeira, béquer de 25 mL (3), pipeta de Pasteur;
béquer (150 mL), ½ comprimido de Sonrisal, pisseta com água, uva passa, pinça, placa
de Petri

Procedimento A:
1. Na proveta de 50 mL, adicionar 10 mL do xarope de milho (cuidado para não
escorrer pela parede da proveta). Com a proveta inclinada, adicionar 10 mL de
água com corante rosa. Logo em seguida, adicionar 10 mL do óleo vegetal pelas
paredes da proveta.
21. Usando uma pipeta de Pasteur, incline a proveta cuidadosamente e adicione
pelas paredes da proveta 10 mL do álcool com corante azul.
22. Adicione a bolinha de gude pelas paredes da proveta. Depois, os demais objetos
devem ser colocados um de cada vez na proveta na seguinte ordem: rolha branca
de silicone, pedaço de vela e rolha de madeira.
23. Observe em que altura na proveta os objetos pararam. Anote suas observações.

Anote na tabela abaixo qual(is) objeto(s) parou/pararam em cada líquido:

Líquido Objetos

Xarope de milho

Óleo vegetal

Álcool com corante

Água

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Procedimento B:
a) Adicione 75 mL de água, aproximadamente, no béquer de 150 mL. Utilize a água
contida na pisseta.
b) Pegue, com o auxílio de uma pinça, a uva passa que está na placa de Petri e coloque
no béquer com água. Observe.
c) Adicione ½ comprimido de Sonrisal e observe. Aguarde uns instantes e anote suas
observações.

Aula proposta pelo Programa Residência Pedagógica 2020-2022

Referência bibliográfica
QUADROS, A.L.. SILVA, G.F. Módulo 2 - Professor. A água na natureza. UFMG/FAPEMIG.
2016. Coleção temas de estudo em Química. Belo Horizonte. Didática Editora do Brasil
Ltda.
REIS, M. Química. Editora ática. Volume 1. 2013. 1 ed. São Paulo.
FELTRE. R. Química. Química geral. Volume 1. Editora Moderna. 7ª edição. 2008.
São Paulo.

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RELATÓRIO – 04:
DENSIDADE
Nome: _____________________________________ N° _____ Turma: ______ Data ______

QUESTÕES:

1) Se um material sólido flutuar em um determinado líquido, a densidade do mesmo será


maior, menor ou igual à densidade do líquido? Por quê?

2) Comparando os sólidos naftalina, pedaço de vela, rolha e prego, qual deles tem
densidade maior que a da água?

3) Coloque em ordem crescente de densidade os materiais sólidos utilizados no


Procedimento A.

4) Coloque em ordem decrescente de densidade os líquidos utilizados no Procedimento A.

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5) O que aconteceu com a naftalina quando ela é colocada na água? Por quê?

6) O que aconteceu com a naftalina depois que o comprimido efervescente foi


adicionado? Explique.

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5a AULA
TESTE DA CHAMA

Objetivo: Identificar os elementos químicos presentes nos sais das amostras.

Introdução: O teste da chama consiste na identificação de elementos químicos, a partir


de cátions metálicos em sais puros, baseado no espectro de emissão
característico de cada elemento. Quando certa quantidade de energia é
fornecida a um átomo de um determinado elemento químico, elétrons são
promovidos a níveis de energia mais elevados. Ao retornarem ao estado
fundamental, há liberação da energia recebida em forma de radiação, que
é observado no espectro visível.

Os fótons que têm freqüência e energia numa determinada faixa de valores são
chamadas de luz visível. Esta faixa do espectro situa-se entre a radiação infravermelha e
a ultravioleta. Para cada freqüência da luz visível é associada uma cor:

(μm)

Elementos metálicos sob excitação emitem radiações de comprimento de onda


característico. Diversos elementos podem emitir luz quando recebem energia, é o que
acontece com o princípio de fogos de artifícios. Esta e outras explicações dos espectros
de emissão de átomo são fundamentos das ideias de Niels Bohr (1885-1962).

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Material: Sais (NaCl, KCl, SrCl2, LiCl, CuSO4), espátula, álcool em gel, placa de petri,
vidro de relógio, fósforo.

Procedimento: 1 - Disponha uma pequena quantidade de sal para cada placa de petri.

2 - Adicione o álcool em gel em todas as placas, distribuindo-o


homogeneamente no sal.

3 - Risque o fósforo, ateando fogo cuidadosamente em cada amostra.

SAL COR OBSERVADA COMPRIMENTO DE ONDA

LiCl

NaCl

KCl

SrCl2

CuSO4

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RELATÓRIO – 05:
TESTE DA CHAMA

Nome: __________________________No ________ Turma_____ Data________

QUESTÕES:

01 - Consulte a Tabela Periódica (no final da aposila) e anote o número atômico (Z) dos
elementos:

Elemento Na K Sr Li Cu S O Cl

02 - Atribua uma cor para cada sal. Explique porque há emissão de cores pelos sais,
quando aquecidos.

03 - Com base nas cores observadas para os sais e no espectro eletromagnético, indique
a ordem crescente de energia para as emissões observadas. Explique.

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6ª AULA
FENÔMENOS QUÍMICOS E FENÔMENOS FÍSICOS

Objetivo: Diferenciar fenômenos químicos e físicos

Introdução: As transformações da matéria são chamadas de fenômenos materiais,


podendo ser físicos ou químicos. A combustão da vela é um fenômeno
químico. A parafina (C36H74) e o pavio são consumidos e transformados em
outras substâncias. Neste processo ocorre também fenômenos físicos, que
são a fusão e a posterior vaporização da parafina, além de parte da parafina
sofrer solidificação.

Na base do pavio, tem-se parafina derretida, cuja faixa de fusão é de 45 a 60 ºC. A


irradiação do calor da chama provoca esta fusão e a parafina líquida sobe, por
capilaridade, pelo pavio. Nele, a parafina evapora e o vapor reage com o oxigênio do ar.
Isso ocorre na parte azulada da chama, a parte inferior e com temperatura aproximada de
1400 ºC.
Mais acima, continua a haver a vaporização da parafina, porém, como a
quantidade de oxigênio– 06: disponível é menor, ela se decompõe sem sofrer combustão,
originando várias moléculas menores, entre elas o carbono elementar (C). É a parte mais
escura da chama, em torno da extremidade do pavio e com temperaturas entre 700 e
1100 ºC.
Parte deste carbono produzido será queimada na porção superior, produzindo a
forte luminosidade amarela característica e com temperaturas entre 1100 e 1300 ºC.
A parte externa da chama é o limite da combustão, ou seja, não há mais reação
química entre os vapores de parafina e oxigênio do ar.
A figura 1 traz o esquema de uma vela queimando.

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Ar quente

Combustão
incompleta

Decomposição
sem combustão

Combustão Ar frio
completa

Figura 1: A queima de uma vela.

Material: Vela, fósforo, pires ou cadinho de porcelana, placa de Petri, erlenmeyer


(125 mL), béquer (25 mL), pisseta, corante.

Procedimento:

1- Acenda a vela com o auxílio de um fósforo e prenda-a no centro da placa de petri e


observe a chama da vela. Anote suas observações.

2- Aproxime um pires da chama de modo que quase a toque e observe o que acontece.
Anote suas observações.

3- Adicione aproximadamente 25 mL de água com corante na placa de Petri para que


preencha metade do recipiente, e tampe a vela com um erlenmeyer como na imagem e
observe. Anote suas observações.

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RELATÓRIO – 06:
FENÔMENOS QUÍMICOS E FENÔMENOS FÍSICOS

Nome: _____________________________________ N° _____ Turma: ______ Data ______

QUESTÕES:

1 - Identifique os fenômenos físicos e químicos que ocorrem durante a queima da vela.


Explique-os.

2 - Explique por que a chama é azul na base. Qual é a relação com a temperatura da
chama?

3 - Qual(is) o(s) produto(s) da reação de combustão da vela?

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4 - Fale sobre as correntes de convecção dos gases nas vizinhanças da chama.

5 - O que é a combustão incompleta e por que ela ocorre? Ela foi observada nos
procedimentos 1 e 2? Como você chegou a essa conclusão?

6 - No procedimento 3, explique por que a vela se apaga e por que o nível da água se
eleva dentro do erlenmeyer.

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7ª AULA
DENSIDADE DE SÓLIDOS

Objetivos: Determinar a densidade de um tipo de madeira, ferro e alumínio.

Introdução: Através do estudo das propriedades dos materiais podemos


compreender muitos aspectos de nossa vida diária. A densidade é uma
das propriedades mais utilizadas na identificação dos materiais.

Analisando os resultados obtidos em nossos experimentos observaremos


que através da densidade podemos identificar o material por ser essa
uma propriedade específica ao passo que através da massa e do volume
isso não é possível; são propriedades gerais da matéria.

Material: Blocos de um mesmo tipo de madeira e de forma regular, balança e


régua, pedaços de ferro e alumínio, proveta (50 mL), água, pisseta.

Procedimento A: 1 - Determine a massa, em gramas, dos blocos de madeira, com


o auxílio de uma balança.
2 - Com o auxílio de uma régua, meça os blocos de madeira e
efetue os cálculos do volume dos mesmos.
3 - Preencha as tabelas 1 e 2.

TABELA 1

AMOSTRA MEDIDA DE MASSA (g) MEDIDA DE VOLUME (cm3)


1

TABELA 2

AMOSTRA N° m+V mxV V/m m/V


1

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Procedimento B: 1 - Determine a massa, em gramas, das amostras de ferro e


alumínio, com o auxílio de uma balança.
2 - Determine o volume dos sólidos pela variação do volume da
água em uma proveta: coloque 30 mL de água na proveta e
após colocar o sólido, meça a variação do volume.
3 - Preencha a tabela 3.

TABELA 3

GRUPO MASSA (g) VOLUME (mL) DENSIDADE (g/mL) dmédia (g/mL)

2
Ferro
3

2
Alumínio
3

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TÉCNICAS GERAIS DE LABORATÓRIO – QUÍMICA

RELATÓRIO – 07:
DENSIDADE DE SÓLIDOS

Nome: _____________________________________ N° _____ Turma: ______ Data ______

QUESTÕES:

1 - Em quais das quatro operações matemáticas realizadas no procedimento A foram


obtidos valores praticamente idênticos, para todos os blocos de madeira?

2 - Se você tivesse que usar uma das expressões "m x V" ou "m/V" para relacionar as
grandezas massa e volume de uma mesma substância, de forma a caracterizá-Ia, qual
delas seria a mais adequada? Por quê?

3 - Observando os valores obtidos nas tabelas 1 e 2, tente explicar por que massa e
volume são chamados de propriedades gerais dos materiais, enquanto que a densidade
é conhecida como uma propriedade específica.

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TÉCNICAS GERAIS DE LABORATÓRIO – QUÍMICA

4 - Considerando o procedimento B, determine o valor médio para a densidade do ferro e


do cobre. Compare seus resultados com os valores tabelados. (Densidades: Ferro: 7,8
g/cm3 e Alumínio: 2,7 g/cm3).

5 - Abaixo temos as densidades de alguns materiais sólidos. Se eles forem adicionados à


água líquida e pura, à temperatura ambiente, qual(is) deles flutuará(ão)? Justifique.

Pau-brasil (0,4 g/cm3), Cobre (8,9 g/cm3), Diamante (3,5 g/cm3), Chumbo (11,3 g/cm3),
Carvão (0,5 g/cm3), Mercúrio (13,6 g/cm3), Água (1,0 g/cm3).

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TÉCNICAS GERAIS DE LABORATÓRIO – QUÍMICA

8ª AULA
DENSIDADE DE LIQUIDOS E DE SOLUÇÕES LÍQUIDAS

Objetivos: Trabalhar com medidas de volume e massa de alguns líquidos e


soluções para determinação de densidade. Comparar com a
concentração de soluções.

Introdução: A densidade de uma determinada mistura varia com a composição, isto


é, com a proporção de cada componente que a constitui. A densidade de
uma mistura assume valores mais próximos do componente em maior
proporção. A densidade é usada em testes de qualidade: os densímetros
usados em postos de gasolina permitem que o consumidor comprove a
qualidade do álcool combustível que está sendo vendido, as cooperativas
de leite podem verificar rapidamente se o leite que está sendo comprado
não foi adulterado.
Quando adicionamos uma quantidade de soluto em um solvente
(exemplo: adicionamos sal em água), a solução resultante apresenta uma
determinada concentração (quantidade de soluto na solução) e é
diferente de sua densidade (relação entre massa total e volume total).

Material: Provetas (10 e 20 mL), béquer (25 mL), pipeta de Pasteur, vidro de
relógio, água, álcool e leite.

Procedimento A: 1 - Com o auxílio de uma balança meça a massa das provetas


de 10 mL e 25 mL e anote.
2 - Adicione um dos componentes da tabela na proveta, meça
sua massa e anote na tabela abaixo.
3 - Faça a leitura do volume, no caso das misturas, e anote.
4 - Calcule a densidade das substâncias e das misturas,
complete a tabela abaixo.

MATERIAL Massa / g Volume / cm3 Densidade (g/cm3)

Água 10

Álcool 10

Água (10 cm3) e álcool (10 cm3)

Leite 10

Leite (10 cm3) e água (10 cm3)

Considere a densidade dos líquidos: (a) água: 1 g/cm 3; (b) leite: 1,028 a 1,033 g/cm3
(15 ºC); (c) álcool: 0,8 g/cm3; (d) gasolina: 0,72 a 0,75 g/cm3

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TÉCNICAS GERAIS DE LABORATÓRIO – QUÍMICA

Material: Proveta (50 mL), béquer (100 mL), balança, espátula, bastão de vidro,
água, cloreto de sódio (NaCl).

Procedimento B: 1- Pesar o béquer (100 mL) e anotar o valor.


2- Pesar 6 g de cloreto de sódio (NaCl).
3- Medir 40 mL de água na proveta.
4- Transferir a água para o béquer e agitar com o bastão de
vidro.
5 - Pesar o conjunto béquer + solução e anotar.
6 - Transferir a solução para a proveta e ler o volume. Anotar.

Massa (g)

Béquer (1)

Béquer + NaCl (2)

NaCl (2 - 1)

Béquer + solução (3)

Solução (3 - 1)

Observação: se for usar a tara da balança, anotar apenas as massas do NaCl e da solução.

A concentração comum da solução relaciona a massa de soluto com o volume


da solução e a densidade da solução relaciona a massa total com o volume total.

Massa de NaCl (g)

Massa da solução (g)

Volume da solução (mL)

Densidade da solução (g/mL)

Concentração comum da solução (g/mL)

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RELATÓRIO – 08:
DENSIDADE DE LIQUIDOS E DE SOLUÇÕES LÍQUIDAS

Nome: _____________________________________ N° _____ Turma: ______ Data ______

01 - Calcular a densidade teórica de cada mistura do experimento. Neste caso,


consideramos a massa total como sendo a soma das massas dos componentes da
mistura e o volume total como sendo a soma dos volumes dos componentes da mistura.

02 - Complete a tabela abaixo:


Densidade teórica
Densidade
(valores das substâncias
MATERIAL experimental
ou, no caso de misturas,
(tabela pág. 27)
calculados no item 01)

Água

Álcool

Água (10 cm3) e álcool (10 cm3)

Leite

Leite (10 cm3) e água (10 cm3)

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TÉCNICAS GERAIS DE LABORATÓRIO – QUÍMICA

03. Discuta os resultados obtidos para os materiais isolados e as misturas realizadas.


Qual a diferença entre elas?

04. Apresente os cálculos para a densidade da solução e para a concentração comum da


solução. Compare os resultados. É possível esses dois valores serem iguais?

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9ª AULA
SEPARAÇÃO DOS COMPONENTES DE UMA MISTURA

Objetivos: Separar os componentes de uma mistura através de:


a) Dissolução; seguida de evaporação do solvente
b) Filtração
c) Adsorção

Introdução: Mistura é a reunião de duas ou mais substâncias.


A mistura pode ser classificada em homogênea e heterogênea: homogênea
se apresentar apenas uma fase e heterogênea caso apresente mais de uma fase.

a) Dissolução é empregada na separação de misturas de sólidos, em que um é solúvel


num determinado solvente e o outro não. Citamos, como exemplo, uma mistura de sal
comum e areia, o sal irá se dissolver em água, enquanto a areia não.

A evaporação é um processo de mudança do estado líquido para o de vapor. Este


pode ser natural ou artificial. O processo natural consiste na evaporação da água dos
oceanos, dos rios, etc, e consequentemente a formação das nuvens e é empregado nas
salinas. A água do mar é recolhida em tanques de grandes superfícies, que com a ajuda
do sol e dos ventos, evapora, ficando o sal.
No processo artificial, usa-se uma fonte de calor para evaporar a água.

b) Filtração é um processo de separação de um sólido de um líquido ou de um gás. É


feita por meio de uma superfície porosa capaz de reter o sólido. Nos laboratórios, usa-
se papel de filtro adaptado a um funil de vidro. Nas residências, as velas dos filtros
comuns permitem a separação de partículas sólidas em suspensão na água. A filtração
também pode ser feita pelo aspirador de pó, que separa a poeira do ar.

c) Adsorção é um método de separação de misturas baseado em um fenômeno físico-


químico, em que as moléculas de uma substância (adsorbatos) são atraídas e ficam
retidas apenas na superfície de uma substância sólida ou líquida (adsorventes).

Material: Béquer (25, 50, 100 e 150 mL), bastão de vidro, funil de vidro, chapa de
aquecimento, pisseta, suporte para funil, pinça para béquer, espátula,
cloreto de sódio (NaCI), areia, água, papel de filtro (paixa preta, 150 mm),
algodão, carvão ativado, refrigerante de laranja.

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TÉCNICAS GERAIS DE LABORATÓRIO – QUÍMICA

Procedimento A:

1 - Pesar um béquer de 100 mL e anotar sua massa. Reservar.


2 - Pesar em um béquer de 150 mL aproximadamente 3,0 g de NaCl. Anotar o valor.
4 - Adicionar uma ponta de espátula de areia e misutrar.
3 - Adicionar 8 mL de água e agitar. Filtrar a mistura, recolher o filtrado no bequer de 100
mL (reservado).
4 – Colocar o béquer com filtrado na chapa aquecedora para a evaporação da água da
solução.
5 - Pesar o sal e comparar com a massa inicial.
6 - Calcular o rendimento.

Procedimento B:

1 - Montar o esquema para filtração: suporte, funil de vidro e papel de filtro.


2 - Proceder a filtração, usando pequena quantidade de refrigerante de laranja (béquer de
25 mL).
3 - Recolher o filtrado em um béquer de 50 mL.

Procedimento C:

1 - Montar o esquema para filtração: suporte, funil de vidro e papel de filtro.


2 - Coloque um chumaço de algodão no fundo do funil de vidro.
3 - Coloque um pouco de refrigerante de laranja no béquer de 25 mL.
4 - Adicione, com a espátula, uma pequena quantidade de carvão ativado ao refrigerante
e agite com bastão de vidro. Deixe uns minutos em repouso.
4 - Proceda a filtração da mistura do refrrigerante e carvão ativado.
5 - Observe e compare o resultado com o procedimento anterior.

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TÉCNICAS GERAIS DE LABORATÓRIO – QUÍMICA

RELATÓRIO – 09:
SEPARAÇÃO DOS COMPONENTES DE UMA MISTURA

Nome: _____________________________________ N° _____ Turma: ______ Data ______

QUESTÕES:

1 -Em relação ao procedimento A, quais são as suas conclusões em relação à


solubilidade dos componentes da mistura.

2 -Identifique e explique os processos de separação utilizados para a análise da mistura


no procedimento A.

3 - Calcule o rendimento do NaCl obtido.

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TÉCNICAS GERAIS DE LABORATÓRIO – QUÍMICA

4 - Quais as diferenças observadas no processo de filtração do refrigerante de laranja em


relação à mistura de refrigerante com carvão ativado? Explique.

5 - Qual a atuação do carvão ativado sobre o refrigerante? Explique.

6 - Dê cinco exemplos de soluções que são usadas em sua casa.

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10ª AULA
DESTILAÇÃO FRACIONADA E DECANTAÇÃO DE LÍQUIDOS

Objetivos: Separar os componentes de uma mistura empregando os seguintes


processos:
a) Destilação fracionada
b) Decantação

Introdução: a) Destilação é um processo empregado para separar os


componentes de uma mistura constituída de sólido e líquido ou de
dois ou mais líquidos. O primeiro líquido a destilar é o que tem menor
ponto de ebulição, isto é, o mais volátil. Esse componente se vaporiza
primeiro e se condensa ao entrar em contato com as superfícies frias
do condensador e pode ser armazenado em outro recipiente. Após ter
destilado o líquido mais volátil, a temperatura se eleva até atingir o
ponto de ebulição do líquido seguinte, que é registrado por um
termômetro durante todo o processo de destilação. A destilação é
empregada, industrialmente, no preparo de bebidas destiladas, como
a cachaça, e na fabricação do etanol.

b) Decantação é o processo empregado para separar sólido de líquido


ou líquido de líquido, sendo os mesmos imiscíveis e de densidades
diferentes. Em se tratando de sólido e líquido, deixa-se a mistura em
repouso para que o sólido possa depositar-se no fundo do recipiente.

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TÉCNICAS GERAIS DE LABORATÓRIO – QUÍMICA

Para separar líquidos imiscíveis e de densidades diferentes, emprega-se o funil de


decantação.

Material: Suporte universal, garra metálica, manta aquecedora, balão de destilação,


erlenmeyer, rolha de borracha, funil de decantação, pedaços de porcelana,
termômetro.

Reagentes: Vinho, óleo de cozinha e água destilada.

Procedimento A: 1 - Faça a montagem da aparelhagem para a destilação.

2 - Coloque no balão de destilação, aproximadamente 100 mL de


vinho e alguns pedaços de porcelana.

3 - Adapte o termômetro ao balão de destilação e ligue a água do


condensador.
4 - Inicie o aquecimento

5 - Anote a temperatura inicial de ebulição.

6 - Observe a temperatura de ebulição durante todo o processo


de destilação.

Procedimento B: 1 - Meça em uma proveta 10 mL de óleo de cozinha e em outra,


10 mL de água destilada.

2 - Transfira para o funil de decantação, com a torneira fechada,


o óleo de cozinha e a água.

3 - Agite a mistura e deixe em repouso por alguns instantes.

4 - Abra a torneira, retire a tampa do funil de decantação e deixe


escoar lentamente o líquido, que está na parte inferior em um
béquer.

5 - Feche a torneira do funil de decantação no exato momento


que a superfície de separação dos mesmos seja atingida.

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TÉCNICAS GERAIS DE LABORATÓRIO – QUÍMICA

RELATÓRIO – 10:
DESTILAÇÃO FRACIONADA E DECANTAÇÃO DE LÍQUIDOS

Nome: _____________________________________ N° _____ Turma: ______ Data ______

QUESTÕES:

1 - Qual é o líquido de menor ponto de ebulição, álcool ou água? Explique como você
chegou a essa conclusão.

2 - Que é condensação? Em que momento ocorreu esta mudança de estado nesse


procedimento? Por que esse processo é importante para a separação da mistura?

3 - A mistura contida no funil de decantação é homogênea ou heterogênea? Explique.

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TÉCNICAS GERAIS DE LABORATÓRIO – QUÍMICA

4 - Quantas fases possui a mistura? Quais são elas?

5 - Qual é o líquido mais denso? E o menos denso? Explique.

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TÉCNICAS GERAIS DE LABORATÓRIO – QUÍMICA

11ª AULA
CROMATOGRAFIA EM PAPEL

Objetivos: Observar a separação de uma mistura de acordo com a natureza do


solvente.

Introdução: A cromatografia em papel é uma técnica utilizada para a separação dos


componentes de misturas homogêneas. Apresenta uma fase
estacionária (celulose) e uma fase móvel (água, álcool, acetona ou
gasolina)
O solvente vai sendo absorvido pelo papel e com ele arrasta substâncias
de natureza semelhante, como solvente polar arrasta o componente
polar da tinta.
A intensidade do arraste depende das interações entre as fases móvel e
estacionária e da fase móvel com os pigmentos.

Material e reagentes: Canetas hidrocor, papel de filtro, béquer, tesoura, água, álcool,
acetona, gasolina placas de Petri.

Procedimento A: Cortar o papel de filtro no formato de um retângulo (9 x 3 cm).


Fazer três pontinhos com caneta hidrocor (vermelho, verde e preto)
a uma distância de 1,5 cm de uma das extremidades do papel.

9 cm

1,5 cm

Mergulhar o papel no solvente (água, álcool,


acetona, gasolina). Cuidar para que os pontinhos estejam
acima do nível do líquido e parte do papel esteja
mergulhada no solvente.

O solvente sobe no papel de filtro por capilaridade. As interações entre a tinta e o


papel de filtro e entre a tinta e o solvente irão determinar a distância percorrida. Quanto
mais forte as interações entre a tinta e o papel, menor é a distância percorrida.

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TÉCNICAS GERAIS DE LABORATÓRIO – QUÍMICA

RELATÓRIO – 11:
CROMATOGRAFIA EM PAPEL

Nome: _____________________________________ N° _____ Turma: ______ Data ______

QUESTÕES:

1 - Com qual solvente houve melhor separação dos pigmentos. Explique.

2. Compare a intensidada das interações pigmento-fase móvel e pigmento-fase


estacionária a partir dos resultados obtidos.

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12ª AULA
INVESTIGANDO SOLUBILIDADE E MISTURAS

Objetivos: - Observar a solubilidade do iodo em diferentes solventes;


- Observar as fases presentes nos sistemas.

Introdução: Uma mistura que apresenta uma única fase, porção que apresenta
aspecto uniforme, é denominada homogênea. Uma mistura que apresenta
duas ou mais fases é classificada como heterogênea. O aspecto visual
contínuo de uma mistura não se restringe apenas a simples percepção a
olho nu, mas exige também a utilização de microscópicos.
Já a solubilidade da substância depende de sua afinidade com
determinado solvente. Para que um determinado material se dissolva, é
necessário que ele estabeleça interações com o solvente.

Material: lodo comercial, álcool, acetona, água e gasolina, tubos de ensaio, suporte
para tubos, pinça e bastão de vidro

Procedimento A: 1 - Coloque cerca de 2 mL de cada um dos líquidos em tubos de


ensaio separados e rotule-os.

2 - Adicione, com a pinça, um cristal de iodo a cada um dos tubos


de ensaio e agite levemente.

3 - Deixe em repouso por 1 minuto e observe cuidadosamente.

Procedimento B: 1 - Misture os conteúdos dos tubos contendo álcool e acetona


(despeje o conteúdo do tubo contendo acetona no tubo
contendo álcool). Agite e deixe em repouso. Observe.

2 - Misture os conteúdos dos tubos contendo gasolina e água


(despeje o conteúdo do tubo contendo gasolina no tubo
contendo água). Agite e deixe em repouso. Observe.

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TÉCNICAS GERAIS DE LABORATÓRIO – QUÍMICA

RELATÓRIO – 12:
INVESTIGANDO SOLUBILIDADE E MISTURAS

Nome: _____________________________________ N° _____ Turma: ______ Data ______

QUESTÕES:

1 - Escreva as fórmulas moleculares das substâncias usadas.

2 - Classifique cada um dos sistemas, obtidos no Procedimento A, em homogêneo ou


heterogêneo e indique a cor de cada solução.

3 - Em qual das substâncias o iodo não se dissolveu bem? Justifique.

4 - Indique o número de fases das misturas realizadas no procedimento B.

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TÉCNICAS GERAIS DE LABORATÓRIO – QUÍMICA

5 - Explique as mudanças ocorridas na coloração e volume das frações no item 2 do


procedimento B.

6 - Relacione solubilidade e polaridade dos compostos.

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13ª AULA
GEOMETRIA MOLECULAR

Objetivo: Construir modelos com massa de biscuit para representar a geometria das
moléculas.
Introdução: Geometria Molecular é o estudo de como os átomos estão distribuídos
espacialmente em uma molécula. Esta pode assumir várias formas geométricas,
dependendo dos átomos que a compõem. As principais classificações são: Linear,
Angular, Trigonal Plana, Piramidal e Tetraédrica. Essas geometrias podem ser explicadas
pela Teoria da Repulsão dos Pares de Elétrons da Camada de Valência (VSEPR).
A VSEPR propõe que a geometria de uma determinada molécula pode ser definida,
principalmente, pela repulsão dos pares de elétrons ligantes ou não-ligantes ao redor do
átomo central, fazendo com que eles fiquem o mais afastado possível.

Material: amido de milho, cola branca, hidratante, água, corante, proveta de 10 mL,
espátula, colher, copo de café descartável, pote de plástico, papel toalha.

Procedimento A:

1- Pese 50g de amido de milho (equivalente a 2 copinhos plásticos de café).


2- Pese 25g de cola (equivalente a 1/2 copinho plástico de café).
3- Meça 8 mL de água na proveta.
4- Pese 3,6 g de hidratante (equivalente a 1 espátula).

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COLÉGIO DE APLICAÇÃO – COLUNI 1ª SÉRIE 2023
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Procedimento B:

1- No pote de plástico coloque o amido de milho, a cola, uma espátula de hidratante,


água, 6 gotas de corante e misture até obter uma consistência de uma massa
homogênea.
2- Divida a massa de biscuit em duas partes e troque uma das partes com grupo ao lado,
que tenha feito massa com cor diferente.
3- Com a massa que foi trocada com o outro grupo faça 4 bolinhas do mesmo tamanho.
4- Com outra parte da massa, feita pelo próprio grupo, faça uma única bola.

Procedimento C:

Parte I: Segundo Teoria Repulsão dos pares de elétrons da camada de valência, monte a
geometria das moléculas que não possuem pares de elétrons livres, sendo elas: linear
(CO2), trigonal plana (BF 3) e tetraédrica (CH4). Faça desenhos correspondentes a essas
geometrias.

Parte II: Segundo Teoria Repulsão dos pares de elétrons da camada de valência, monte a
geometria das moléculas que possuem pares de elétrons livres, sendo elas: piramidal
(PCl3) e angular (H2O). Faça desenhos correspondentes a essas geometrias.

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COLÉGIO DE APLICAÇÃO – COLUNI 1ª SÉRIE 2023
TÉCNICAS GERAIS DE LABORATÓRIO – QUÍMICA

RELATÓRIO – 13:
GEOMETRIA MOLECULAR

Nome: __________________________________ N° _____ Turma: ______ Data ______

QUESTÕES:

1. Faça desenhos correspondente às 3 geometrias cujo o átomo central não apresenta


pares de elétrons livres e cite um exemplo para cada caso (diferentes daqueles da
apostila).

2. Faça desenhos correspondente às 2 geometrias cujo o átomo central apresenta pares


de elétrons livres e cite um exemplo para cada caso (diferentes daqueles da apostila).

3. Por que a geometria do dióxido de carbono (CO 2) é linear e a do dióxido de enxofre


(SO2) é angular?

4. Represente as formas geométricas de cada molécula envolvida na equação abaixo:

2 SO2 + O2 → 2 SO3

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COLÉGIO DE APLICAÇÃO – COLUNI 1ª SÉRIE 2023
TÉCNICAS GERAIS DE LABORATÓRIO – QUÍMICA

14ª AULA
CONSTRUÇÃO DE MOLÉCULAS COM SOFTWARE

Objetivo: Construir moléculas com a utilização do software Avogadro e observar a


geometria molecular.
Introdução: Por ser uma disciplina de contexto altamente experimental, a química
apresenta conteúdos abstratos e de difícil visualização e compreensão. Esse problema
pode ser parcialmente resolvido com a utilização de softwares específicos, como por
exemplo o Avogadro.
O Avogadro é um software que permite editar e montar moléculas e suas ligações. É um
programa gratuito e compatível com Linux, Windows e Mac e também pode ser utilizado
para compreensão de conceitos como: geometria molecular, identificação dos ângulos de
ligação, hibridações, cálculo de energia e massa molecular, arranjo cristalino em
aglomerados moleculares entre outros.

Material: Computadores e software Avogadro.


Procedimento: Aula a ser desenvolvida no Laboratório de Informática.

A) Construção da molécula de água (H2O)


Com o software Avogadro aberto, escolha na barra lateral o elemento oxigênio.
Repare que a opção “Ajustar Hidrogênios” deve estar assinalada.
Clique na área da janela (tela preta) e observe a molécula de água.
Experimente mudar o tipo de fómula: Fita, Bola e bastão, Esferas de van der
Waals.

Gire a molécula. Dê um clique no botão indicado, clique em um dos átomos da


molécula e gire-a.

Auto-rotação. Dê um clique no botão, clique em cima da molécula, segure e


arraste. Variando o tamanho da linha, altera-se a velocidade de rotação.

Medição. Dê um clique no botão, clique no átomo de H, clique no de O e outro


átomo de H. Observe, em baixo, na janela, o ângulo entre os átomos de hidrogênio e o
comprimento de ligação oxigênio-hidrogênio.

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COLÉGIO DE APLICAÇÃO – COLUNI 1ª SÉRIE 2023
TÉCNICAS GERAIS DE LABORATÓRIO – QUÍMICA

B) Construção da molécula de amônia (NH3)


Clique em “Novo”, escolha na barra lateral o elemento nitrogênio. Repare que a
opção “Ajustar Hidrogênios” deve estar assinalada.
Clique na área da janela (tela preta) e observe a molécula de amônia.
Repita o procedimento anterior.
C) Construção da molécula de metano (CH4)
Clique em “Novo”, escolha na barra lateral o elemento carbono. Repare que a
opção “Ajustar Hidrogênios” deve estar assinalada.
Clique na área da janela (tela preta) e observe a molécula de metano.
Repita o procedimento anterior.
D) Construção da molécula de trifluoreto de boro (BF3)
Clique em “Novo”, escolha na barra lateral o elemento boro.
Atenção: Agora a opção “Ajustar Hidrogênios” deve estar desmarcada.
Escolher o elemento fluor, clicar próximo do átomo de boro e arrastar até ele, para
estabelecer ligação. Repita o procedimento mais duas vezes, tomando cuidado para a
correta representação espacial.

Medição. Dê um clique no botão, clique no átomo de F, clique no de B e no outro


átomo de F. Observe, em baixo, na janela, o ângulo entre os átomos de fluor.

Manipulação. Caso o ângulo tenha ficado diferente do valor teórico, utilize a


ferramenta para ajustar o ângulo.
Para salvar o arquivo: Arquivo – Exportar – Gráficos – opção JPEG
E) Construção da molécula de pentacloreto de fósforo (PCl 5)
Clique em “Novo”, escolha na barra lateral o elemento fósforo.
Atenção: Agora a opção “Ajustar Hidrogênios” deve estar desmarcada.
Escolher o elemento cloro, clicar próximo do átomo de fósforo e arrastar até ele,
para estabelecer ligação. Repita o procedimento mais quatro vezes, tomando cuidado
para a correta representação espacial.

Medição. Dê um clique no botão, clique no átomo de Cl, clique no de P e no outro


átomo de Cl. Observe, em baixo, na janela, o ângulo entre os átomos de cloro.

Manipulação. Caso o ângulo tenha ficado diferente do valor teórico, utilize a


ferramenta para ajustar o ângulo.
Para salvar o arquivo: Arquivo – Exportar – Gráficos – opção JPEG

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COLÉGIO DE APLICAÇÃO – COLUNI 1ª SÉRIE 2023
TÉCNICAS GERAIS DE LABORATÓRIO – QUÍMICA

RELATÓRIO – 14:
CONSTRUÇÃO DE MOLÉCULAS COM SOFTWARE

Nome: __________________________________ N° _____ Turma: ______ Data ______

QUESTÕES:

1. Represente a molécula BF3, utilizando dois tipos de fórmulas diferentes visualizados no


software. Qual a geometria desta molécula? Justifique.

2. Represente a molécula NF3, utilizando dois tipos de fórmulas diferentes visualizados no


software. Qual a geometria desta molécula? Justifique.

3. Represente a molécula PCl5, utilizando dois tipos de fórmulas diferentes visualizados


no software. Qual a geometria desta molécula? Justifique.

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TÉCNICAS GERAIS DE LABORATÓRIO – QUÍMICA

15ª AULA
DETERMINACÃO DA QUANTIDADE DE ÁLCOOL NA GASOLINA

Objetivos: Determinar o teor de álcool na gasolina de diferentes amostras.

Introdução: A gasolina vendida nos postos de abastecimento do Brasil contêm certa


quantidade de álcool. Nesta atividade, você vai utilizar um procedimento
para determinar a quantidade de álcool presente na gasolina. Atualmente,
a quantidade de álcool presente na gasolina deve ser de 25%, isto é, em
cada 100 mL de gasolina devem existir no máximo 25 mL de álcool.

Material: Uma proveta de 10 mL e uma de 25 mL; água; gasolina.

Procedimento: 1 - Meça 10 mL de gasolina na proveta de 25 mL.

2 - Meça 10 mL de água na proveta de 10 mL.

3 - Transfira os 10 mL de água para a proveta contendo 10 mL de


gasolina. Sem agitar, verifique o volume da mistura.

4 - Agite vigorosamente a mistura com o auxílio de um bastão.


Deixe a proveta em repouso durante alguns minutos. Verifique
o volume da mistura e anote-o.

5 - Compare o resultado com os dos outros grupos.

Amostra Volume (mL) de álcool Porcentagem de álcool

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TÉCNICAS GERAIS DE LABORATÓRIO – QUÍMICA

RELATÓRIO – 15:
DETERMINACÃO DA QUANTIDADE DE ÁLCOOL NA GASOLINA

Nome: _____________________________________ N° _____ Turma: ______ Data ______

QUESTÕES:

1 - Após a agitação, qual o volume de cada fase presente na mistura? Explique a variação
de volumes da fase aquosa e da gasolina.

2 - Qual o volume de álcool presente nos 10 mL de gasolina?

3 - Os procedimentos experimentais que você realizou são os mesmos efetuados nos


postos de abastecimento para verificar se a gasolina que chega nos caminhões-tanque
está dentro das especificações estabelecidas por lei. Determine se a gasolina que
você utilizou nessa atividade está dentro dos padrões estabelecidos por lei.

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COLÉGIO DE APLICAÇÃO – COLUNI 1ª SÉRIE 2023
TÉCNICAS GERAIS DE LABORATÓRIO – QUÍMICA

4 - Por que a água extrai o álcool presente na gasolina?

5 - A gasolina é uma mistura? Explique.

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TÉCNICAS GERAIS DE LABORATÓRIO – QUÍMICA

16ª AULA
O QUE É E COMO FUNCIONA UM DETERGENTE

Objetivos: Analisar os rótulos dos detergentes.


Explicar como funciona um detergente

Introdução: Os detergentes são, geralmente, sais de ácidos sulfônicos com cadeia


longa. Neste caso o componente principal do detergente é o Linear
Alquilbenzeno Sulfonato de Sódio (LAS), denominado aniônico, por
apresentar na cadeia orgânica o ânion SO3–.
Sua estrutura alquil (orgânica) é uma estrutura apolar que interage bem
com gorduras (Iipofílico). O restante de sua estrutura tem um caráter polar
e interage bem com a água (hidrofílico). Esses compostos são facilmente
degradáveis. Para se produzir industrialmente um detergente, é preciso
que ele tenha outras substâncias que vão atuar de diferentes maneiras.

TABELA 1 - Alguns componentes de um detergente e suas funções

COMPONENTE FUNÇÃO
Hidróxido de sódio Controle de pH
Trietanolamina Alcalizante, agente emulsificante
Dietanolamina de ácido graxo de coco Espessante e estabilizador de espuma
Lauril éter sulfato de sódio Tensoativo aniônico
Sulfato de magnésio Ativador do preservante
2-Metil-4-izotiazol in-3-one Preservante
Copolímetro acrílico Espessante, responsável pela transparência
Corantes CI 19140 e CI 42090 Responsável pela cor
Extrato vegetal de erva-doce Aromatizante
Água Solvente

Os detergentes possuem a capacidade de alterar a tensão superficial da água. A


água tem uma tensão superficial elevada, decorrente das fortes interações
intermoleculares que ocorrem entre suas moléculas.

Os detergentes propiciam a formação de uma emulsão entre a água e a gordura.


Na emulsão, os dois líquidos imiscíveis estão intimamente misturados, dispersos um no
outro na forma de gotículas. Os detergentes têm uma ação emulsificante mais intensa que
a dos sabões e, por isto, geralmente lavam melhor e têm melhor rendimento.

O processo de limpeza envolve então:


1. O contato da sujeira e da superfície que está sendo lavada com o detergente;
2. A remoção da sujeira da superfície;
3. A manutenção da sujeira numa solução ou suspensão estável.

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TÉCNICAS GERAIS DE LABORATÓRIO – QUÍMICA

Ao diminuírem a tensão superficial da água, os detergentes aumentam a sua


penetração nos tecidos, facilitando seu contato com a sujeira.
No processo de remoção da sujeira da superfície, as características estruturais das
substâncias que constituem os detergentes são fundamentais. Os componentes ativos
dos detergentes possuem moléculas constituídas por uma parte hidrófila (solúvel em
água) e outra hidrófoba (solúvel em gorduras). Assim, a extremidade hidrófoba dessas
moléculas fica orientada para as partículas de gordura formando o que se chama de
micelas. As extremidades hidrófilas dessas moléculas orientam-se para o contato com a
água.

gordura

parte hidrófila da molécula

Essa é a ação que, combinada com o atrito causado pelo ato de esfregar a
superfície ou com a agitação mecânica das máquinas de lavar, faz com que o detergente
remova a sujeira, suspenda-a na água e impeça que ela se deposite de novo nas roupas.

Tensão Superficial e agentes tensoativos (ou surfactantes)

Uma partícula de um líquido é circundada em todas as direções por outras


partículas. As forças de interação de todas essas partículas sobre a central têm uma
resultante nula. Isto é, a atração é a mesma em todas as direções. Mas, uma partícula
que se encontra na superfície do Iíquido, em equilíbrio com seu vapor, é atraída de um
lado pelas partículas do Iíquido e do outro pelas partículas da fase gasosa. Como o
número de partículas em interação com a partícula central na fase Iíquida é maior que na
fase gasosa, a atração para o Iíquido é maior que para a fase gasosa. Em outras
palavras, toda molécula na superfície de um Iíquido está submetida a uma atração dirigida
para o interior do mesmo. Essa situação está representada na figura a seguir.

Molécula da superfície.

As moléculas da superfície formam, então, uma membrana elástica, que pode ser
deformada sem se romper, quando submetida a pequenas forças, como no exemplo da
folha de papel alumínio ou do inseto, que flutuam na água. Por causa das forças
resultantes existentes na superfície serem dirigidas para o interior do Iíquido, a tendência
dessa membrana elástica é reduzir sua superfície. Este fato explica a formação de gotas
esféricas, uma vez que a forma esférica é a que apresenta a menor superfície para um
volume dado, comparativamente a outras formas.
Essa força existente na superfície do líquido é denominada tensão superficial.
Quando um Iíquido entra em contato com um material sólido, as partículas
superficiais podem ser atraídas ou repelidas pelo sólido. Assim, uma gota de água,
atraída pelas partículas do vidro, se esparrama sobre uma placa de vidro limpa, mas
permanece em forma de gotas se a superfície for gordurosa

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TÉCNICAS GERAIS DE LABORATÓRIO – QUÍMICA

Os fenômenos de superfície se processam na interface de dois meios, portanto, a


tensão superficial depende da natureza do meio.
Em um sistema composto de duas fases, óleo mineral e água, imiscíveis entre si,
essa imiscibilidade pode ser explicada porque existe uma atração maior entre as
partículas de água do que a verificada entre as partículas de água e de óleo. Quando
necessitamos que esse sistema se torne miscível, utilizamos um tensoativo.
Os produtos tensoativos apresentam grupos polares e não polares. Por isso, uma
parte é solúvel nos Iíquidos polares, como a água, e a outra parte, em solventes não
polares, como o óleo, como mostra a figura que se segue.

Portanto, podemos definir substâncias tensoativas como aquelas que diminuem a


tensão superficial de um solvente.

Material: bacia de plástico pequena, papel alumínio, lâmina de barbear, agulha,


detergente, tubo de ensaio e suporte.

Procedimento A: Escolher um detergente e copiar o seu rótulo.

RÓTULO DO DETERGENTE

Procedimento B: Coloque água numa bacia de plástico até quase enchê-Ia e tente,
cuidadosamente, equilibrar uma lâmina de barbear ou uma agulha
de costurar. Anote suas observações.
Procedimento C: Recorte um pedaço de papel alumínio, com um pequeno recorte na
parte inferior. Coloque-o sobre a água e pingue uma gota de
detergente próximo ao recorte. Anote suas observações.

Procedimento D: Em um tubo de ensaio coloque um pouco de água e um pouco de


óleo de cozinha. Observe.
Agite a mistura com o bastão de vidro e registre suas observações.
Adicione algumas gotas de detergente e agite, com o bastão de
vidor, a mistura. Observe e anote.

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TÉCNICAS GERAIS DE LABORATÓRIO – QUÍMICA

RELATÓRIO – 16:
O QUE É E COMO FUNCIONA UM DETERGENTE

Nome: _____________________________________ N° _____ Turma: ______ Data ______

QUESTÕES:
1 - O que é tensão superficial?

2 - Por que a tensão superficial da água é grande?

3 - Qual a função dos agentes tensoativos?

4 - Os materiais que constituem a lâmina de barbear e a agulha são ligas metálicas e


portanto mais densas que a H2O. Explique por que esses materiais flutuam na água.

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COLÉGIO DE APLICAÇÃO – COLUNI 1ª SÉRIE 2023
TÉCNICAS GERAIS DE LABORATÓRIO – QUÍMICA

5 - O detergente causou modificações no sistema do experimento C? Explique.

6 - Qual a função do detergente no experimento D?

7 - Explique como o detergente limpa a sujeira.

— 57 —
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TÉCNICAS GERAIS DE LABORATÓRIO – QUÍMICA

17a AULA

QUANTIDADE DE MATÉRIA

Objetivos: Usar a grandeza quantidade de matéria, expressa por meio de sua


unidade, o mol, para estudar as relações entre quantidade de matéria e
massa.

Introdução: Um mol de qualquer substância tem sempre a mesma quantidade de


átomos, moléculas ou íons dessa substância. Para se conhecer qual é a
massa, em gramas, de um mol de qualquer elemento químico basta
consultar a tabela periódica.

Material: Tabela periódica, espátula, béquer (50 mL), balança analítica, pipeta de
Pasteur.

Procedimento A: 1) Determinar a massa contida em 0,1 mol de água, cloreto de sódio,


sacarose, carbonato de sódio. Anote na tabela abaixo.

2) Tarar um béquer de 50mL na balança e pesar a massa de água


calculada no procedimento anterior. Anote o resultado.

3) Repetir o procedimento para as demais substâncias.

4) Comparar os volumes das substâncias.

Massa Molar Massa (g)


Substância Fórmula
(g/mol) de 0,1 mol

Água H 2O

Cloreto de sódio NaCl

Sacarose C12H22O11

Carbonato de sódio Na2CO3

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COLÉGIO DE APLICAÇÃO – COLUNI 1ª SÉRIE 2023
TÉCNICAS GERAIS DE LABORATÓRIO – QUÍMICA

Procedimento B: 1) Há erlenmeyers numerados e identificados com o nome ou com


a fórmula química da substância contida em cada um. Nestes
frascos erlenmeyers tampados há também um valor de quantidade
de matéria (mol) ou um valor de massa (g) correspondente à
quantidade exata da substância em questão.

2) Manuseie os frascos com cuidado, reconhecendo cada


substância e percebendo suas características.

3) Anote na tabela abaixo, de acordo com a numeração disponível,


os dados que você possui, que estão escritos nos frascos.

4) Utilizando a tabela periódica pesquise e calcule a massa molar


de cada substância e relacione na tabela abaixo os dados que
estão faltando.

Preencha a tabela:

Nome da Fórmula Massa molar Quantidade


Nº Massa (g)
substância química (g/mol) de matéria (n)

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TÉCNICAS GERAIS DE LABORATÓRIO – QUÍMICA

RELATÓRIO – 17:
QUANTIDADE DE MATÉRIA

Nome: _____________________________________ N° _____ Turma: ______ Data ______

QUESTÕES:

1- Qual a massa de 0,2 mol de nitrato de potássio (KNO3)?

2 - Qual a quantidade de matéria de moléculas (em mol) contida em 100 g de sacarose?

3 - Qual o número de moléculas contido em 100 g de sacarose?

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COLÉGIO DE APLICAÇÃO – COLUNI 1ª SÉRIE 2023
TÉCNICAS GERAIS DE LABORATÓRIO – QUÍMICA

4 - Qual a quantidade matéria de íons (em mol) que está contida em 2 mol de NaCl?

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18ª AULA
TEORIA DA DISSOCIAÇÃO ELETROLÍTICA

Objetivos: Verificar a passagem de corrente elétrica em substâncias iônicas e


moleculares, quando no estado sólido e dissolvidas em água.

Introdução: 1-a. Na substância iônica os íons se ligam por meio de ligações iônicas
para formar o material. São geralmente sólidas e, nesse estado,
não conduzem a corrente elétrica. Quando aquecida a uma
determinada temperatura, a substância iônica se funde e passa
conduzir a corrente elétrica. Ao dissolver uma substância iônica
em água ocorre a separação dos íons (dissociação iônica),
portanto, conduz a corrente elétrica.
1-b. Os compostos que em solução aquosa conduzem a corrente
elétrica são chamados de ELETRÓLITOS.
2-a. Na substância molecular a ligação covalente é responsável pela
formação da molécula. A agregação das moléculas para formar
quantidades macroscópicas dessas substâncias se dá, no entanto,
por interações, relativamente fracas, entre moléculas. Quando
puras, não conduzem a corrente elétrica em nenhum estado físico.
Ao ser dissolvida em água, pode ou não conduzir a corrente
elétrica.
2-b. Os compostos que em solução aquosa não conduzem a corrente
elétrica são chamados de NÃO-ELETRÓLITOS.

Material: Béquer (600 mL), circuito elétrico, placas de Petri, pisseta, papel toalha,
vidro de relógio.

Reagentes: Água destilada, açúcar cristal, sal de cozinha, sabão, álcool, água sanitária,
guaraná, coca-cola, ácido clorídrico, vinagre, hidróxido de sódio, hidróxido
de cálcio, bicarbonato de sódio, sulfato de cobre pentahidratado, ácido
acético puro.

Procedimento: 1 - Observar o circuito elétrico (dispositivo montado para o teste


de condutividade elétrica).
2 - Introduzir as extremidades do fio (eletrodos) na amostra do
material.
3 - Observar e anotar o resultado no quadro a seguir.
4 - Com a pisseta, lavar as extremidades do fio e secar com
papel toalha.
5 - Repetir para as demais amostras de materiais.

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TÉCNICAS GERAIS DE LABORATÓRIO – QUÍMICA

Quadro de resultados

COMPOSTOS E SOLUÇÕES CONDUZ CORRENTE ELÉTRICA?

01. Água destilada

02. Água com açúcar

03. Água com sabão

04. Água sanitária

05. Guaraná

06. Coca-cola

07. Ácido acético puro

08. Vinagre (solução de ácido acético)

09. Álcool 70 % INPM

10. HCI(aq)

11. NaOH(aq)

12. Ca(OH)2(aq)

13. NaCI(s)

14. NaCI(aq)

15. NaHCO3(s)

16. CuSO4.5H2O(s)

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TÉCNICAS GERAIS DE LABORATÓRIO – QUÍMICA

RELATÓRIO – 18:
TEORIA DA DISSOCIAÇÃO ELETROLÍTICA

Nome: _____________________________________ N° _____ Turma: ______ Data ______

QUESTÕES:

1 - Quais são as soluções moleculares?

2 - Quais são as soluções iônicas?

3 – O que são soluções eletrolíticas?

4 - Discuta a afirmação: “Uma solução eletrolítica pode ser constituída por um composto
iônico ou molecular”.

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TÉCNICAS GERAIS DE LABORATÓRIO – QUÍMICA

5 - Por que o ácido acético (CH3COOH) puro não conduz a corrente elétrica?

6 - Por que o NaCI(s) não conduz a corrente elétrica?

7 - De acordo com suas observações, qual é o fator responsável pela passagem de


corrente elétrica em certas soluções?

08 - Como a água atuou para que as soluções testadas conduzissem corrente elétrica?

09 - Por que o açúcar se dissolve na água?

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19ª AULA
REAÇÕES DE ÁCIDOS

Objetivos: Observar reações químicas entre ácido e metal (simples troca) e entre
ácido e carbonato/bicarbonato (dupla troca).

Introdução: Os ácidos reagem com metais (exceto metais nobres) produzindo sal e
gás hidrogênio. Os ácidos reagem com carbonatos ou bicarbonatos
produzindo sal, água e gás carbônico, que produz uma efervescência
característica.

Ácido + metal → sal + H2

Exemplo: 2 HCl + Mg → MgCl2 + H2

Ácido + carbonato (bicarbonato) → sal + CO2 + H2O

Exemplo: HCl + NaHCO3 → NaCl + CO2 + H2O

Material: Béquer (50 mL), espátula, pipeta de Pasteur, bicarbonato de sódio, palha
de aço, solução concentrada de ácido sulfúrico (5,0 mol.L -1), Kitasato, bola
de soprar, bola de soprar.

Procedimento A: 1 - Colocar uma ponta de espátula de bicarbonato de sódio em


um béquer.

2 - Pingar gotas de vinagre sobre o bicarbonato e observar a


produção de gás (efervescência).

Procedimento B: 1 - Coloque um pedaço de palha de aço dentro do kitasato.


Espalhe a palha de aço com o auxílio de um bastão de vidro
para cobrir todo o fundo do Kitasato.

2 - Coloque uma bola de soprar na abertura lateral do kitassato e


amarre.

3 - Acrescente solução de ácido sulfúrico até cobrir toda a palha


de aço e tampe o kitasato com uma rolha. Observe.

4 - Quando cessar a efervescência, retire a bola e de um nó em


sua ponta, para o gás não escapar. Amarre a bola na ponta de
um cabo de vassoura.

5 - Acenda uma vela sobre um pires e coloque sobre a bancada,


a uma distância segura e, a seguir, aproxime a bola de soprar
à chama da vela. Observe.

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TÉCNICAS GERAIS DE LABORATÓRIO – QUÍMICA

RELATÓRIO – 19:
REAÇÕES DE ÁCIDOS

Nome: _____________________________________ N° _____ Turma: ______ Data ______

QUESTÕES:

1 - Escreva a equação da reação do bicarbonato de sódio com o ácido acético


(CH3COOH).

2 - Escreva a equação da reação da palha de aço (Fe) com o ácido sulfúrico.

3 - Procure informações sobre o sulfato ferroso como medicamento.

4 - Escreva a equação da reação de combustão do gás hidrogênio.

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TÉCNICAS GERAIS DE LABORATÓRIO – QUÍMICA

20ª AULA
METAIS ALCALINOS E ALCALINOS TERROSOS

Objetivos: Verificar algumas propriedades dos metais alcalinos e alcalinos terrosos.

Introdução: Os metais alcalinos e alcalinos terrosos apresentam algumas


propriedades em comum:
 São macios e maleáveis;
 Apresentam brilho metálico nas superfícies recentemente
cortadas;
 Os pontos de fusão e de ebulição não são elevados como os dos
demais metais;
 São bons condutores de calor e de eletricidade;
 Reagem facilmente com o oxigênio atmosférico, oxidando-se.
Devido a este fato, os metais alcalinos são guardados imersos em
solvente apolar (benzeno, querosene);
 Os metais alcalinos e alcalinos terrosos reagem com água
produzindo base e gas hidrogênio (H 2).

Material: Sódio metálico, potássio metálico, magnésio metálico, cálcio metálico, pinça,
bastão de vidro, tubo de ensaio, papel toalha, espátula, béqueres.

Procedimento A: 1 - Coloque água em dois tubos de ensaio e adicione uma gota


de fenolftaleína em cada tubo.

2 - Adicione um pequeno pedaço de magnésio em um dos tubos


e uma pequena quantidade de cálcio no outro tubo. Observe.

Procedimento B: 1 - Coloque aproximadamente 40 mL de água em um béquer e


adicione uma gota de fenolftaleína.

2 - Adicione cuidadosamente à solução resultante do béquer um


pequeno pedaço de sódio. Observe o resultado.

3 - Em outro béquer, repita o procedimento utilizando o potássio.

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TÉCNICAS GERAIS DE LABORATÓRIO – QUÍMICA

RELATÓRIO – 20:
METAIS ALCALINOS E ALCALINOS TERROSOS

Nome: _____________________________________ N° _____ Turma: ______ Data ______

QUESTÕES:

1 - Cite algumas características dos metais alcalinos e alcalinos terrosos.

2 - Escreva as equações das reações dos metais sódio, potássio, magnésio e cálcio com a
água.

3 - Explique o aparecimento da coloração rosa nas soluções.

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TÉCNICAS GERAIS DE LABORATÓRIO – QUÍMICA

4 - Escreva a equação da reação de combustão do gás hidrogênio.

5 - Discuta a reatividade dos metais estudados com a água colocando-os em ordem


crescente de reatividade. Explique.

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TÉCNICAS GERAIS DE LABORATÓRIO – QUÍMICA

21ª AULA
IDENTIFICAÇÃO DE SOLUÇÕES ÁCIDAS, BÁSICAS E NEUTRAS

Objetivos: - Identificar ácidos e bases.


- Mostrar a ação dos indicadores.
- Comprovar que flores, folhas ou certos vegetais (repolho roxo,
beterraba) funcionam como indicadores em diferentes meios.

Introdução: Indicadores são compostos orgânicos com massa molecular relativamente


elevada que reagem em meio aquoso, fazendo com que as soluções
adquiriram coloração diferente de acordo com a natureza da mesma.

Material: Tubos de ensaio, estante para tubos de ensaio, béquer, pisseta, bastão
de vidro, proveta (5 mL), placa de Petri, pinça.

Reagentes: Solução de ácido, solução de base, água, solução de repolho roxo,


solução de beterraba, fenolftaleina, azul de bromotimol, alaranjado de
metiIa, papel tornassol azul e papel tornassol vermelho.

Procedimento A: 1 - Tome 3 tubos de ensaio, numere de 1 a 3 e coloque 2 mL de


água no tubo 1, solução de base no tubo 2 e solução de
ácido no tubo 3.
2 - Acrescente em cada tubo 1 gota de fenolftaleina.
3 - Observe a cor da solução e anote o resultado na tabela da
próxima página.
4 - Repita o mesmo procedimento utilizando o azul de bromotimol
e anote o resultado.
5 - Repita o mesmo procedimento usando o alaranjado de metila
e anote o resultado.
6 - Repita o mesmo procedimento usando o extrato de repolho
roxo e da beterraba e anote o resultado.

Procedimento B: 1 - Mergulhe a tira de papel tornassol azul na solução de ácido da


placa de Petri. Anote o resultado.
2 - Mergulhe a tira de papel tornassol azul na solução de base da
placa de Petri. Anote o resultado.
3 - Mergulhe a tira de papel tornassol vermelho na solução de
ácido da placa de Petri. Anote o resultado.
4 - Mergulhe a tira de papel tornassol vermelho na solução de
base da placa de Petri. Anote o resultado.

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COLÉGIO DE APLICAÇÃO – COLUNI 1ª SÉRIE 2023
TÉCNICAS GERAIS DE LABORATÓRIO – QUÍMICA

INDICADOR ÁGUA SOLUÇÃO DE BASE SOLUÇÃO DE ÁCIDO

Fenolftaleina

Azul de bromotimol

Alaranjado de metila

Extrato de beterraba

Extrato de repolho roxo

Tornassol azul

Tornassol vermelho

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TÉCNICAS GERAIS DE LABORATÓRIO – QUÍMICA

RELATÓRIO – 21:
IDENTIFICAÇÃO DE SOLUÇÕES ÁCIDAS, BÁSICAS E NEUTRAS

Nome: _____________________________________ N° _____ Turma: ______ Data ______

QUESTÕES:

1 - O que são indicadores ácido-base?

2 - Complete o quadro abaixo, indicando a cor característica em cada tipo de solução:

INDICADOR SOLUÇÃO ÁCIDA SOLUÇÃO BÁSICA

Fenolftaleina

Azul de bromotimol

Alaranjado de metila

Extrato de beterraba

Extrato de repolho roxo

Tornassol azul

Tornassol vermelho

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TÉCNICAS GERAIS DE LABORATÓRIO – QUÍMICA

22ª AULA
ÓXIDOS

Objetivos: Conhecer alguns óxidos.


Observar o comportamento de alguns óxidos.
Classificar os óxidos.

Introdução: Os óxidos são compostos binários e o elemento mais eletronegativo é o


oxígênio. São classificados como óxidos ácidos, básicos, anfóteros,
neutros, duplos, peróxidos e superóxidos.
A água é o representante mais famoso da função.

Material: Fita de magnésio, água oxigenada 10 volumes, água, béquer (150 mL),
placa de Petri, cadinho de porcelana, pinça, pisseta, lamparina,
canudinho de plástico, fósforo, fenolftaleína, azul de bromotimol, batata
inglesa.

Procedimento A: 1 - Cortar um pedaço de fita de magnésio (1 cm de comprimento).


2 - Com o auxílio de uma pinça longa, segurar a fita de magnésio
em uma de suas extremidades e colocar a outra extremidade
na chama de uma lamparina.
3 - Após a combustão do magnésio, transferir o produto obtido
para um cadinho de porcelana.
4 - Adicionar, com a pisseta, aproximadamente 2 mL de água
destilada ao cadinho.
5 - Adicionar 1 gota de fenolftaleína ao cadinho.
6 - Anotar os fenômenos observados.

Procedimento B: 1 - Colocar, aproximadamente, 40 mL de água em um béquer


(150 mL).
2 - Pingar uma gota de azul de bromotimol.
3 - Observar a cor da solução obtida.
4 - Soprar, com o auxílio de um canudinho plástico, dentro da
solução.
5 - Anotar os fenômenos observados.

Procedimento C: 1 - Colocar água oxigenada 10 volumes em uma placa de Petri,


até cobrir o fundo da placa.
2 - Adicionar um pedaço (fatia) de batata inglesa à água
oxigenada.
3 - Anotar os fenômenos observados.

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COLÉGIO DE APLICAÇÃO – COLUNI 1ª SÉRIE 2023
TÉCNICAS GERAIS DE LABORATÓRIO – QUÍMICA

RELATÓRIO – 22:
ÓXIDOS

Nome: _____________________________________ N° _____ Turma: ______ Data ______

QUESTÕES:

1 - Em relação ao procedimento “A”, explique porque o sistema adquiriu coloração rósea


quando acrescentamos fenolftaleína.

2 - Em relação ao procedimento “B”, explique a mudança de cor observada quando


sopramos dentro da solução.

3 - Em relação ao procedimento “C”, explique o aparecimento de efervescência quando


adicionamos a fatia de batata inglesa dentro da solução.

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COLÉGIO DE APLICAÇÃO – COLUNI 1ª SÉRIE 2023
TÉCNICAS GERAIS DE LABORATÓRIO – QUÍMICA

4 - Explique o papel desempenhado pela batata inglesa, no procedimento C.

5 - Escrever as equações das reações químicas dos procedimentos A, B e C devidamente


balanceadas. Indicar o nome dos produtos obtidos.

A)

B)

C)

6 - Classifique os óxidos utilizados em cada procedimento.

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TÉCNICAS GERAIS DE LABORATÓRIO – QUÍMICA

23ª AULA
REAÇÕES DE DUPLA TROCA

Objetivos: Observar a ocorrências de condições que possibilitam as reações de


dupla troca.
Observar as reações químicas e identificar a formação de precipitados;
Escrever e equilibrar as equações que representam as reações.

Introdução: Uma reação de dupla troca somente ocorre se houver produção de


composto mais volátil, menos ionizado ou menos solúvel.
Sobre a solubilidade de sais e bases:
 Todos os nitratos são solúveis em H2O.
 Os cloretos, brometos e iodetos são solúveis em H 2O, exceto o de
prata, mercúrio com o Nox +2 (Hg 2+) e Nox +1 (Hg22+) e do chumbo
com o Nox +2 (Pb2+).
 Os sulfatos são solúveis em H2O, mas os do cálcio e da prata são
parcialmente solúveis. Já o sulfato de estrôncio, bário e chumbo
com o Nox +2 são insolúveis.
 As bases de Arrhenius de metais alcalinos e de NH 4+ são solúveis.
As de metais alcalinos terrosos são parcialmente solúveis. As
demais bases são insolúveis.

Material: tubos de ensaio, espátula, solução a 5% de KI, Pb(NO 3)2, Ba(NO3)2,


FeCl3, AI2(SO4)3, CuSO4. 5H2O e NaOH (1,0 mol/L).

Procedimento A: Coloque em um tubo de ensaio cerca 2 mL de solução aquosa de


Ca(OH)2 e, em outro tubo, cerca de 2 mL de solução aquosa de
ácido acético. Despeje o conteúdo do segundo tubo no interior do
primeiro. Observe.

Procedimento B: Coloque em um tubo de ensaio cerca de 2 mL de solução aquosa


de Pb(NO3)2 e, em outro tubo, 2 mL de solução aquosa de KI.
Despeje o conteúdo do segundo tubo no interior do primeiro.
Observe.

Procedimento C: Coloque em um tubo de ensaio cerca de 2 mL de solução aquosa


de Ba(NO3)2 e, em outro tubo, 2 mL de solução aquosa de
Al2(SO4)3. Despeje o conteúdo do segundo tubo no interior do
primeiro. Observe.

Procedimento D: Coloque em um tubo de ensaio cerca de 2 mL de solução aquosa


de FeCl3 e, em outro tubo, 2 mL de solução aquosa de NaOH.
Despeje o conteúdo do segundo tubo no interior do primeiro.
Observe.

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RELATÓRIO – 23:
REAÇÕES DE DUPLA TROCA

Nome: _____________________________________ N° _____ Turma: ______ Data ______

QUESTÕES:

1 - Escreva as equações balanceadas das reações.

A)

B)

C)

D)

2 – Explique o desaparecimento da turvação no procedimento A?

3 - Qual é o sal precipitado no experimento B e qual é a sua cor?

4 - Qual é o sal precipitado no experimento C? Qual é a sua cor?

5 – Qual é a base precipitada no experimento D e qual é a sua cor?

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TÉCNICAS GERAIS DE LABORATÓRIO – QUÍMICA

6 - Complete a tabela abaixo com o nome e fórmula molecular de todos os reagentes e


produtos das reações feitas nos experimentos e indique a solubilidade em água:

Substâncias
Solúvel / Insolúvel
Fórmula Nome

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24ª AULA
REAÇÕES DE OXIDAÇÃO-REDUÇÃO (REDOX)

Objetivos: Observar reações químicas de oxido-redução.


Escrever e equilibrar as equações que representam as reações.

Introdução: As reações de oxidação-redução envolvem transferência de elétrons:


simultaneamente, uma espécie perde elétrons (sofre oxidação, com
aumento de Nox) enquanto outra espécie recebe elétrons (sofre redução,
com diminuição de Nox).
A mudança de carga da espécie química muitas vezes é evidenciada pela
mudança de cor.

Material: Solução aquosa de sulfato de cobre II pentahidratado, palha de aço,


solução aquosa de sulfato de ferro II, lâmina de cobre, solução aquosa de
permanganato de potássio, sulfato de ferro II sólido, solução aquosa de
ácido sulfúrico, béquer (50 mL), bastão de vidro, tubo de ensaio, espátula,
pipeta de Pasteur.

Procedimento A: Coloque em um béquer aproximadamente 30 mL de solução aquosa


de sulfato de cobre II pentahidratado. Mergulhe um pedaço de palha
de aço na solução e observe.

Procedimento B: Coloque em um béquer aproximadamente 30 mL de solução aquosa


de sulfato de ferro II. Mergulhe a lâmina de cobre na solução e
observe.

Procedimento C: Coloque em um tubo de ensaio cerca 2 mL de solução aquosa de


permanganato de potássio e acrescente com uma espátula uma
pequena quantidade de sulfato de ferro II. Com a pipeta de Pasteur,
adicione algumas gotas de solução aquosa de ácido sulfúrico.
Observe.

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RELATÓRIO – 24:
REAÇÕES DE OXIDAÇÃO-REDUÇÃO (REDOX)

Nome: _____________________________________ N° _____ Turma: ______ Data ______

QUESTÕES:

1 - Escreva as equações balanceadas das reações.

A)

B)

C)

2 - Por que o ferro metálico desloca o cátion cobre II?

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TÉCNICAS GERAIS DE LABORATÓRIO – QUÍMICA

3 – Determine o Nox de todos os elementos envolvidos na reação 3.

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25ª AULA
DETERMINAÇÃO DA ÁGUA DE HIDRATAÇÃO

DO SULFATO DE COBRE II
Objetivo: Determinar a água de hidratação do sulfato de cobre II por gravimetria
Introdução: O sulfato de cobre II (ou sulfato cúprico) hidratado é um sal de cor azul cuja
fórmula é CuSO4 . n H2O. É facilmente adquirido em casas comerciais e é usado para
tratamento de água de piscina, devido à sua ação algicida e fungicida.
O sulfato cúprico é uma substância higroscópica, isto é, tem a capacidade de absorver
água. Seus cristais são o resultado da solvatação do retículo de CuSO 4 por n moléculas
de água.
A água de hidratação ocorre em vários sólidos formando os hidratos cristalinos. A água
está ligada a estes sólidos mediante ligações de coordenação covalentes, que são
normalmente mais fracas que as eletrostáticas. Por esta razão a água de hidratação é
facilmente eliminada destes compostos pela ação do calor.
A quantidade de água de hidratação num hidrato cristalino é uma característica do sólido
e sempre se apresenta com estequiometria bem definida.
A deliquescência é definida pela característica intrínseca de uma substância altamente
higroscópica em se dissolver na própria água absorvida (por exemplo, o hidróxido de
sódio). A eflorescência é oposta à deliquescência: é definida pela característica de uma
substância hidratada em liberar espontaneamente a água que a solvata (é o caso de
alguns pisos cerâmicos e argamassas).

Material: CuSO4.nH2O, espátula, cadinho de porcelana, chapa aquecedora, balança.

Procedimento A: 1 - Pesar um cadinho de porcelana vazio previamente seco em


estufa e anotar o valor obtido de sua massa.
2 - Tarar a balança com o cadinho e pesar cerca de 1,0 g do
CuSO4.nH2O.
3 - Colocar o cadinho contendo o sal em uma chapa aquecedora
até que o sal tenha se desidratado completamente (~ 10
minutos).
4 - Com auxílio de uma garra metálica, deixar o cadinho esfriar
em um dessecador (~ 10 minutos).
5 - Pesar o conjunto cadinho + sal anidro.

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TÉCNICAS GERAIS DE LABORATÓRIO – QUÍMICA

Número do Massa Massa do sal Massa do sal Massa de


cadinho cadinho (g) hidratado (g) anidro (g) água (g)

Cálculos:

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RELATÓRIO – 25:
DETERMINAÇÃO DA ÁGUA DE HIDRATAÇÃO
DO SULFATO DE COBRE II

Nome: _____________________________N o ________ Turma_____ Data________

QUESTÕES:

1 - Calcule a porcentagem de água, em massa, perdida por vaporização.

2 - Calcule a quantidade de matéria (mol) de água presente no sal hidratado e a


quantidade de matéria de sal anidro obtido.

3 - Qual a fórmula do sal hidratado?

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COLÉGIO DE APLICAÇÃO – COLUNI 1ª SÉRIE 2023
TÉCNICAS GERAIS DE LABORATÓRIO – QUÍMICA

4 - Represente a equação de formação do sal anidro a partir do sal hidratado.

5 - Qual a diferença entre um sal hidratado e um hidrogenossal?

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26ª AULA
LIXO x RESÍDUOS

Objetivos: Verificar como é feito o descarte e o destino de resíduos no Cap-Coluni,


na UFV e no município.

Introdução: Lixo é tudo aquilo que não tem mais utilidade e não pode ser reciclado,
enquanto o resíduo é composto por restos. O resíduo é reutilizável, e
pode ser reciclado ou remanejado para outra pessoa ou função.
Cada vez mais se discute a questão do lixo e resíduos nas áreas urbanas,
mas como nos comportamos quanto a ele?

Na UFV é feita a Coleta Seletiva Solidária, que é uma forma de auxílio na


promoção social e inserção dos catadores no processo decisório de gestão de resíduos.
Atualmente, os materiais recicláveis coletados pela UFV são destinados à
Associação dos Trabalhadores da Usina de Triagem e Reciclagem de Viçosa (Acamare),
que realiza a triagem e comercialização dos resíduos de forma independente.
A UFV está adotando novamente as cores de sacolas para facilitar a separação
dos resíduos internamente e a identificação nas vias. O padrão passa a ser de sacolas
azuis para resíduos recicláveis e sacolas pretas para rejeitos e orgânicos.
Os resíduos recicláveis podem ainda ser selecionados em recipientes com as
seguintes cores padrões:

Vermelho....... plástico Azul.............. papel


.

Amarelo.....…. metal Verde............ vidro

Procedimento: Aula a ser desenvolvida no Laboratório de Informática.

1 - Consulte a página da UFV (https://www.ufv.br/) e acessar o guia de


Coleta Seletiva Solidária da instituição.

2 - Pesquise, na internet, a respeito de aterro sanitário em Viçosa ou na


sua cidade de origem.

3 - Pesquise, na internet, a respeito do descarte de pilhas e baterias,


resíduo hospitar, óleos (de cozinha e automotivo), eletroeletrônicos,
embalagens de agrotóxicos.

4 - Pesquise, na internet, a respeito de logística reversa.

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TÉCNICAS GERAIS DE LABORATÓRIO – QUÍMICA

RELATÓRIO – 26:
LIXO x RESÍDUOS

Nome: _____________________________________ N° _____ Turma: ______ Data ______

QUESTÕES:

1 - Quais atitudes podemos tomar para melhorar a coleta seletiva no COLUNI?

2 - Faça uma estimativa do resíduo diário produzido por um estudante, na escola.

3 - Qual o destino dos resíduos de sua escola?

4 - Qual o tipo de aterro utilizado em Viçosa: controlado ou sanitário? Explique.

5 - Onde é descartado o resíduo hospitalar em sua cidade? Identifique a sua cidade.

6 - Existe alguma vantagem em fazer a coleta seletiva de resíduos na escola, mas o


destino final ser um lugar comum? Discuta.

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COLÉGIO DE APLICAÇÃO – COLUNI 1ª SÉRIE 2019
TÉCNICAS GERAIS DE LABORATÓRIO – QUÍMICA

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 BRITO e Favaretto, Elias A, José A. Biologia. Editora Moderna, 1997.


 BRAATHEN, Per C., Práticas de Química 120, 1997.
 BOHNENBERGER, E. B.; GONÇALVES, M. A. Experimentos de Química.
Apostila de Técnicas Gerais de Laboratório – Química. 2015.
 "Soluções no Supermercados e Propriedades dos Materiais: Densidade", Módulos
do Projeto de Reformulação Curricular e de Capacitação de Professores do Ensino
Médio da Rede Estadual de Minas Gerais
 USBERCO, João e SALVADOR, Edgard, Química - Química Geral, 58 edição, São
Paulo: Saraiva, 1997.
 MORTIMER, Eduardo Fleury e MACHADO, Andréa Horta, Química, volume único:
ensino médio, 1a edição, São Paulo: Scipione, 2007.
 MATEUS, Alfredo Luiz, Química na cabeça, Belo Horizonte: Editora UFMG, 2001.
128p.

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TABELA PERIÓDICA DOS ELEMENTOS

1 18
1 2
H He
hidrogênio hélio
1 2 13 14 15 16 17 4

3 4 5 6 7 8 9 10
Li Be B C N O F Ne
lítio berílio boro carbono nitrogênio oxigênio flúor neônio
7 9 10,8 12 14 16 19 20,2

11 12 13 14 15 16 17 18
Na Mg Al Si P S Cl Ar
sódio magnésio alumínio silício fósforo enxofre cloro argônio
23 24,3 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 27 28,1 31 32,1 35,5 39,9

19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36
K Ca Sc Ti V Cr Mn Fe Co Ni Cu Zn Ga Ge As Se Br Kr
potássio cálcio escândio titânio vanádio cromo manganês ferro cobalto níquel cobre zinco gálio germânio arsênio selênio bromo criptônio
39,1 40,1 45 47,9 50,9 52 54,9 55,8 58,9 58,7 63,5 65,4 69,7 72,6 74,9 79 79,9 83,8

37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54
Rb Sr Y Zr Nb Mo Tc Ru Rh Pd Ag Cd In Sn Sb Te I Xe
rubídio estrôncio ítrio zircônio nióbio molibdênio tecnécio rutênio ródio paládio prata cádmio índio estanho antimônio telúrio iodo xenônio
85,5 87,6 88,9 91,2 92,9 95,9 (98) 101,1 102,9 106,4 107,9 112,4 114,8 118,7 121,8 127,6 126,9 131,3

55 56 57 a 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86
Cs Ba Hf Ta W Re Os Ir Pt Au Hg Tl Pb Bi Po At Rn
césio bário háfnio tântalo tungstênio rênio ósmio irídio platina ouro mercúrio tálio chumbo bismuto polônio astato radônio
132,9 137,3 178,5 180,9 183,8 186,2 190,2 192,2 195,1 197 200,6 204,4 207,2 209 (209) (210) (222)

87 88 89 a 103 104 105 106 107 108 109 110 111 112 113 114 115 116 117 118
Fr Ra Rf Db Sg Bh Hs Mt Ds Rg Cn Nh Fl Mc Lv Ts Og
frâncio rádio rutherfódio dúbnio seabórgio bóhrio hássio meitnério darmstádtio roentgênio copernício nihônio fleróvio moscóvio livermório tenessino oganessônio
(223) (226) (267) (268) (269) (270) (269) (278) (281) (281) (285) (286) (289) (288) (293) (294) (294)

Número atômico 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71
La Ce Pr Nd Pm Sm Eu Gd Tb Dy Ho Er Tm Yb Lu
Símbolo lantânio
138,9
cério
140,1
praseodímio
140,9
neodímio
144,2
promécio
(145)
samário
150,4
európio
152
gadolínio
157,2
térbio
158,9
disprósio
162,5
hólmio
164,9
érbio
167,3
túlio
168,9
itérbio
173
lutécio
175

Nome 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100 101 102 103


Ac Th Pa U Np Pu Am Cm Bk Cf Es Fm Md No Lr
Massa atômica actínio tório protactínio urânio netúnio plutônio amerício cúrio berquélio califórnio einstênio férmio mendelévio nobélio laurêncio
(227) 232 231 238 (237) (244) (243) (247) (247) (251) (252) (257) (258) (259) (262)

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