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Química Geral Experimental

Roteiros de Aula Prática

Adaptação: Gilmara F. Eça e Floricea M. Araujo


Colaboração: Sivanildo da Silva Borges

Setembro de 2016

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ÍNDICE

AULA Nº 1 - REGRAS BÁSICAS DE SEGURANÇA EM LABORATÓRIO .................................................................... 3


AULA Nº 2 - APRESENTAÇÃO DE VIDRARIAS E EQUIPAMENTOS DE LABORATÓRIO ................................. 5
AULA Nº 3 - TÉCNICAS DE MEDIDAS DE MASSA, VOLUME E TEMPERATURA ...............................................10
AULA Nº 4 - TESTE DE CHAMA .............................................................................................................................................12
AULA Nº 5 - CLASSIFICAÇÃO PERIÓDICA DOS ELEMENTOS .........................-.........................................................14
AULA Nº 6 - LIGAÇÕES QUÍMICAS E FORÇAS INTERATÔMICAS/INTERMOLECULARES ........................... 17
AULA Nº 7 - SOLUÇÕES ..............................................................................................................................................................20
AULA Nº 8 - ÁCIDOS E BASES .................................................................................................................................................22
AULA Nº 9 - EQUILÍBRIO QUÍMICO.......................................................................................................................................25
AULA Nº 10 - TERMOQUÍMICA ..............................................................................................................................................27
AULA Nº 11 - CINÉTICA .......................................-....................................................................................................................30
AULA Nº 12 - OXI-REDUÇÃO E ELETROQUÍMICA ..........................................................................................................33

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AULA Nº 1
REGRAS BÁSICAS DE SEGURANÇA EM LABORATÓRIO
1- Siga as instruções deste manual com atenção e respeite rigorosamente as precauções
recomendadas. Consulte o professor toda vez que notar algo anormal ou imprevisto.
2- Sempre use guarda-pó (jaleco ou avental). Não será permitido o acesso as aulas ao aluno que não
estiver usando o guarda-pó, calça e sapato fechado. Não fique passeando com o guarda-pó fora do
laboratório, principalmente, em cantinas, corredores e salas de aula.
3- Evitem colares, pulseiras, salto alto, cabelos soltos durante os procedimentos de laboratório.
4- Localize as saídas de emergência do laboratório, extintores de incêndio, chuveiro, lava olhos,
armário de pronto-socorro, o telefone mais próximo, e tenha anotados os telefones do bombeiro e
do pronto socorro. Verifique se os extintores são adequados para os potenciais combustíveis
existentes no laboratório.
5- O laboratório é um local de trabalho sério; portanto, evite brincadeiras que dispersem sua atenção
e de seus colegas. Trabalhe com calma, atenção e responsabilidade. Esteja sempre ciente e respeite
as principais regras de segurança.
6- Não fume ou deguste alimento durante sua permanência no laboratório.
7- Não use lentes de contato no laboratório, principalmente se estiver trabalhando com reagentes
orgânicos ou equipamentos quentes.
8- Use óculos e luvas de proteção quando estiver manuseando produtos químicos perigosos.
9- Tenha cuidado com materiais inflamáveis; nunca os deixe próximo a chama. Qualquer incêndio deve
ser abafado com a toalha ou apagado com o extintor tipo B (gás carbônico, CO2).
10- Evite contato de qualquer substância com a pele.
11- Se algum produto químico for derramado, lave o local imediatamente com bastante água corrente.
12- Todas as experiências que envolvam liberação de gases e/ou vapores tóxicos devem ser realizadas
na capela com exaustor ligado.
13- Para inalar o odor de uma substância, não coloque o recipiente sob o nariz. Em vez disso, com sua
mão, traga um pouco de vapor para você.
14- Deixe qualquer peça de vidro quente esfriar bastante, ou coloque avisos. Lembre-se que o vidro
quente tem a mesma aparência que o vidro frio.
15- Coloque avisos para equipamentos quentes e para marcar qualquer experimento, a fim de evitar
que outra pessoa mexa;
16- Ao aquecer um tubo de ensaio contendo qualquer substância, não volte a extremidade aberta do
mesmo para si ou para a pessoa mais próxima.
17- Nunca descarte material orgânico nas pias do laboratório; procure o lugar apropriado. Não jogue
qualquer material sólido na pia.
18- Leia com atenção o rótulo de qualquer frasco reagente antes de usá-lo. Leia duas vezes para ter
certeza que pegou o frasco certo.
19- Ao preparar uma solução, coloque rótulo adequado no frasco que comportará a solução. E ao
transferir qualquer substância do frasco de origem para outro recipiente, faça-o protegendo o
rótulo.
20- Reagente usado não deve ser retornado ao frasco de origem.
21- Não coloque objeto algum nos frascos de reagentes líquidos, exceto o conta-gotas próprio de que
alguns deles são providos. No caso de reagentes sólidos, coloque um pouco do reagente dentro da
própria tampa ou de recipiente limpo e use uma espátula descontaminada.
22- Dedique especial atenção a qualquer operação que necessite aquecimento prolongado ou que
desenvolva grande quantidade de calor.
23- Não aqueça reagentes em sistemas fechados.

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24- Conserve limpos seus equipamentos e sua bancada. Evite derramar líquidos, mas, se o fizer, lave
imediatamente o local.
25- Ao se retirar do laboratório, deixe todo o equipamento limpo, lave as mãos, verifique se não há
torneiras de água ou linhas de gás abertas.
26- Desligue todos os equipamentos elétricos posicionados sobre a bancada.

2. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

Assunção, R. 2009. Química Geral - CET066. Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas. Universidade
Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB).

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AULA Nº 2
IDENTIFICAÇÃO DE APARELHAGEM COMUM
EM LABORATÓRIO DE QUÍMICA
1. VIDRARIAS

BALÃO DE FUNDO CHATO


Utilizado como recipiente para conter líquidos ou soluções, ou mesmo,
realizar reações com desprendimento de gases.

BALÃO DE FUNDO REDONDO


Utilizado principalmente para reações em sistemas de refluxo e evaporação a vácuo.

BALÃO VOLUMÉTRICO
Recipiente calibrado com volume definido. É utilizado para o preparo de
soluções de concentração conhecida.

BÉQUER
Utilizado para fazer reações entre soluções, dissolver substâncias sólidas e
aquecer líquidos.

ERLENMEYER
Utilizado no aquecimento de líquidos, na dissolução de substâncias e para
proceder reações entre soluções, tais como as titulações.

BURETA
Tubo calibrado usado para escoar medidas precisas de volume. Utilizado em
análises volumétricas.

CONDENSADOR
Utilizado na destilação, tem como finalidade condensar vapores gerados
pelo aquecimento de líquidos.

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DESSECADOR
Usado para armazenar substâncias em baixa umidade ou em atmosfera
controlada.

FUNIL DE SEPARAÇÃO
Utilizado na separação de líquidos não miscíveis e na extração
líquido/líquido.

FUNIL DE COLO LONGO


Usado na filtração simples.

KITASATO
Utilizado em conjunto com o funil de Buchner em filtrações a vácuo.

PIPETA GRADUADA
Utilizada para escoar volumes variáveis.

PIPETA VOLUMÉTRICA
Utilizada para escoar volumes definidos de líquidos.

PROVETA OU CILINDRO GRADUADO


Serve para medir e transferir volumes de líquidos. Não pode ser aquecida.

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TUBO DE ENSAIO
Empregado para fazer reações em pequena escala, principalmente em testes de reação em
geral. Pode ser aquecido com movimentos circulares e com cuidado diretamente sob a
chama do bico de Bunsen.

VIDRO DE RELÓGIO
Peça de vidro de forma côncava usada para pesagens, evaporações, etc.

BALÃO DE DESTILAÇÃO
Usado em destilações. Possui saída lateral para adaptação de um condensador.

PLACA DE PETRI
Usada para pesagens, evaporação, reações em pequena escala, cobrir béqueres e para
realizar culturas microbiológicas.

COLUNA DE FRACIONAMENTO
Utilizada em destilações fracionadas

APARELHAGEM PARA EXTRAÇÃO


Utilizado na extração sólido-líquido. É composto por um balão de fundo redondo, um
extrator Soxhlet e um condensador de refluxo.

2. OUTROS EQUIPAMENTOS

ALMOFARIZ COM PISTILO


Usado na trituração e pulverização de sólidos.

CADINHO
Peça geralmente de porcelana ou de metais, cuja utilidade é aquecer substâncias a
seco.

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CÁPSULA DE PORCELANA
Peça de porcelana usada para evaporar líquidos.

FUNIL DE BUCHNER
Utilizado em filtrações a vácuo. É usado em conjunto com o papel de
filtro e o kitasato.

MUFA
Usado para fixar equipamentos no suporte.

ANEL OU ARGOLA
Usado como suporte do funil na filtração.

BALANÇA DIGITAL
Para a medida de massa de sólidos e líquidos não voláteis com grande
precisão.

BICO DE BÜNSEN
É a fonte de aquecimento mais utilizada em laboratório. Mas
contemporaneamente tem sido substituído pelas mantas e chapas de
aquecimento.

ESTANTE PARA TUBO DE ENSAIO


É usada para suporte de tubos de ensaio.

GARRA
Usada para prender o condensador à haste do suporte ou outras peças
como balões, erlenmeyers, etc.

PINÇA DE MADEIRA
Usada para prender o tubo de ensaio durante o aquecimento.

PINÇA METÁLICA
Usada para manipular objetos aquecidos.

PISSETA OU PISSETE OU FRASCO LAVADOR


Usada para lavagens de materiais ou recipientes através de jatos de
água, álcool ou outros solventes.

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TRIPÉ
Sustentáculo para efetuar aquecimentos de soluções em vidrarias
diversas de laboratório. É utilizado em conjunto com a tela de amianto.

SUPORTE UNIVERSAL
Utilizado para montagem de equipamentos em geral.

TELA DE AMIANTO
Suporte para as peças a serem aquecidas. A função do amianto é
distribuir uniformemente o calor recebido pelo bico de Bunsen.

TERMÔMETRO
Usado para medir temperatura.

ESPÁTULAS
Usada para transferir substâncias sólidas. Podem ser feitas de diversos
materiais e apresentar diversos formatos.

CONTA-GOTAS
Utilizada para transferir volumes definidos de líquidos

BASTÃO DE VIDRO
Utilizado para homogeneizar soluções, realizar transferência de
líquidos.

MANTA
Utilizada para realizar aquecimento.

3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FELICÍSSIMO, A. M. P. et al., Experiências de Química: Técnicas e Conceitos Básicos. PEQ – Projetos de
Ensino de Química, Ed. Moderna, São Paulo, 1979.
Apresentação das Principais Vidrarias de Laboratório. www.fc.unesp.br/lvq/prexp02.htm
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AULA Nº 3

TÉCNICAS DE MEDIDAS DE MASSA, VOLUME E TEMPERATURA

1. OBJETIVOS
a) Aprender as técnicas de medidas de temperatura, massa e volume;
b) Diferenciar as vidrarias volumétricas das graduadas;
c) Utilizar algarismos significativos;
d) Distinguir o significado de precisão e exatidão.

2. INTRODUÇÃO
As experiências de laboratório em química, assim como em outras ciências quantitativas, envolvem muito
freqüentemente medidas de massa e volume, que são posteriormente utilizados em cálculos. Nesta experiência,
você medirá as massas e volumes da água, e utilizará os resultados obtidos para calcular a densidade da água.
Sempre que uma medida é efetuada, deve-se levar em consideração o erro a ela inerente. O erro de uma
medida é muitas vezes limitado pelo equipamento que é empregado na sua obtenção. Em uma medida exata, os
valores encontrados estão muito próximos do valor verdadeiro. A precisão refere-se à capacidade de reproduzir
o mesmo valor entre medidas consecutivas. Medidas podem ser precisas sem serem exatas, devido a algum erro
sistemático. O ideal é que as medidas sejam precisas e exatas. A precisão de uma medida pode ser melhorada
aumentando-se o número de determinação de uma medida e fazendo-se o valor médio das mesmas.

2.1 Medidas de temperatura


Para se efetuar medidas de temperatura, é necessário que o laboratório esteja com temperatura estável,
de preferência entre 20 OC e 25 OC, por conta das vidrarias que foram calibradas para medir volumes nessas
temperaturas. Também é importante não ter correntes de ar, causadas por abre e fecha de porta constantemente.

2.2 Medidas de Volume


Para se efetuar medidas de volume, faz-se necessário a utilização de pipetas, provetas e buretas. As
medidas de volume de um líquido com esses instrumentos são feitas comparando-se o nível do mesmo com os
traços marcados na parede do recipiente. Na leitura do volume de um líquido usando-se um destes instrumentos,
ocorre uma concavidade que recebe a denominação de menisco.

2.3 Medidas de Massa


As balanças são instrumentos adequados para medir massas. O seu manuseio requer muito cuidado, pois
são instrumentos delicados e caros. Na sua utilização, devem ser observados os seguintes cuidados gerais:
-Manter a balança limpa;
-Não colocar os reagentes diretamente sobre o prato da balança;
-Os objetos a serem pesados devem estar limpos, secos e à temperatura ambiente;
-A balança deve ser mantida travada caso não estiver sendo utilizada;
-Nas balanças analíticas, os objetos devem ser colocados e retirados com a pinça
-O operador não deve se apoiar na mesa em que a balança está colocada.

3. MATERIAIS E REAGENTES UTILIZADOS

• Béqueres de 30 mL, 100 mL e 250 mL • Pipeta volumétrica de 25 mL:


• Termômetro • Pissete
• Frasco de pesagem; • Balança
• Bastão de vidro • Conta-gotas
• Rolha; • Água
• Proveta de 25 mL • Gelo

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4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
4.1 EXPERIMENTO 1: Medidas de temperatura
a) Coloque cerca de 200 mL de água de torneira em um béquer e meça a temperatura utilizando um
termômetro. Obs.: Obtenha o valor da temperatura com o número máximo de algarismos significativos.
Durante a medida mantenha o bulbo do termômetro totalmente imerso na água, sem tocar as paredes do
recipiente.
b) Coloque no béquer 3 cubos de gelo picado. Agite com um bastão de vidro e meça a temperatura da mistura
água/gelo a cada minuto até que fique constante.
c) Esse procedimento deverá ser feito em triplicata.
✓ Qual é o critério necessário para definir se a temperatura está constante? Use um gráfico para ilustrar a
alteração da temperatura em função do tempo.

4.2 EXPERIMENTO 2: Medidas de massa


OBS: Ao se efetuar as pesagens, é importante especificar o erro correspondente. Assim, ao se realizar três
pesagens de um mesmo corpo, cujos resultados sejam: 1,234 g; 1,233 g e 1,233 g, a maneira correta de se
expressar a referida massa é a sua média, acrescida da variação 0,001: 1,233 ± 0,001 g.
a) USO DA BALANÇA
-Verifique a capacidade e a precisão da balança;
-Verifique se o prato está limpo;
-Destrave a balança;
-Zere a balança.
-Pese uma proveta de 25 mL.
b) Adicione 100 gotas de água destilada utilizando um conta-gotas, pese novamente e leia o volume.
c) Determine a massa e o volume de uma gota e a massa equivalente a 1 mL de água.
d) Esse procedimento deverá ser feito em triplicata
e) Verifique a temperatura da água.
✓ Você obteve um dado amplamente conhecido na literatura (qual?). Compare o dado obtido experimentalmente
com o descrito no livro texto. Discuta a semelhança ou a disparidade do dado experimental obtido com aquele
reportado na literatura.

4.3 EXPERIMENTO 3: Medidas de volume


a) Pese um béquer de 100 mL e anote a massa.
b) Meça 25 mL de água em uma proveta (verifique a temperatura da água) transfira para o béquer e pese-o
novamente.
c) Adicione mais 25 mL de água ao béquer e pese-o. Repita essa etapa mais uma vez.
d) Execute o mesmo procedimento utilizando uma pipeta volumétrica de 25 mL.
✓ Esse experimento permite comparar a precisão e a exatidão de medidas de volume obtidas com distintos
materiais de vidro - proveta e pipeta. Compare os dados obtidos: suas médias, seus desvios padrão, os
valores esperados e dê uma explicação plausível para seus resultados.
Sugestão: Utilize uma tabela de densidades da água em várias temperaturas para determinar a massa de 25
mL de água na temperatura em que a sua experiência foi realizada. Analise os seus dados e coloque os
instrumentos de medição de volume que você utilizou em ordem crescente de exatidão. Justifique a sua
resposta.

5. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
Assunção, R. 2009. Química Geral - CET066. Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas. Universidade
Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB).
AULA Nº 4
TESTE DE CHAMA
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1. OBJETIVOS

a) Utilizar o espectro de emissão para caracterizar os elementos químicos;


b) Observar a cor da chama obtida após aquecimento de alguns sais e em seguida relacionar a cor da chama
com as mudanças de níveis energéticos do átomo.

2. INTRODUÇÃO

O cientista dinamarquês Niels Bohr elaborou, em 1913, uma nova teoria sobre a distribuição e o
movimento dos elétrons. A teoria de Bohr parte do modelo atômico de Rutherford e fundamenta-se na teoria
quântica da radiação, criada em 1900 pelo cientista alemão Max Planck. Bohr recebeu o Prêmio Nobel em 1922
por suas contribuições à teoria atômica. Bohr contribui com a teoria atômica ao explicar porque os gases emitem
ou absorvem radiação com determinados comprimentos de onda.
A prática que será realizada a seguir, denominada de ‘Teste de Chama”, é utilizada para reconhecer os
elementos químicos fazendo uso da coloração da chama.

3. MATERIAIS E REAGENTES UTILIZADOS

• Bico de Bunsen Sol. de Cloreto de estrôncio


• Haste metálica Sol. de Sulfato de cobre II
• Pisseta Sol. de Cloreto de bário
• Béqueres Sol. de Cloreto de cálcio
• Reagentes Sol. de Cloreto de sódio
Solução concentrada de ácido clorídrico Sol. de Nitrato de cálcio
Sol. de Cloreto de potássio Sol. de Iodeto de sódio
Sol. de nitrato de lítio

4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

a) Mergulhe a haste metálica na solução de ácido clorídrico e em seguida coloque-a na chama até o
desaparecimento da cor.
b) Utilizando sempre a mesma haste metálica, mergulhe a extremidade da haste em uma das soluções
fornecidas, levando-a em seguida ao bico de Bünsen. Anote a coloração observada na chama.
c) Limpe a haste com a solução de ácido clorídrico antes de efetuar o teste com cada uma das outras
soluções. Anote seus resultados no quadro 1 abaixo:

QUADRO I
SAL CÁTION ÂNION COR  (nm)

Questionário

1) O comprimento de onda da luz verde dos semáforos é de 522nm. Qual é a freqüência dessa radiação?
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Dados: velocidade da luz c= 3,00 x 108 ms-1; 1nm = 10-9 m. Fórmula: f = c/.

2) Por que ocorre emissão de radiação após o aquecimento das substâncias?

3) Justifique a diferença de coloração apresentada pelos espectros dos elementos analisados.

4) A cor é característica do cátion, do ânion ou do composto? Explique?

5) Enuncie o postulado de Bohr que justifica suas observações nesse experimento.

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Assunção, R. 2009. Química Geral - CET066. Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas. Universidade
Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB).
PARRY, R.W. et al. “Chemistry Experimental Foundations”., Prentice-Hall.IncEnglewood Cliffs, New
Jersey, 1970, p.474-475.
SEMISHIN, V. “Laboratory Exercises in general Chemistry”. Peace Publishes Moscow.p.172-5,197-8,280-
5.
VIVEIROS, A.V.; MARTINS.; ALVES F.M.; CEDRAZ, J.P.L.; LOBO, S.F. “ Filtração e Destilação”, “ in ” Roteiros
de aulas práticas, Qui 134, Instituto de Química, Departamento de Química Geral e Inorgânica.

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AULA Nº 5

CLASSIFICAÇÃO PERIÓDICA DOS ELEMENTOS

1. OBJETIVOS

a) Identificar o princípio da organização da Tabela Periódica dos elementos químicos pela


classificação em grupos de elementos químicos com propriedades semelhantes;
b) Reconhecer a variação periódica de algumas propriedades dos átomos dos elementos químicos;

2. INTRODUÇÃO

Na construção da Tabela Periódica os elementos são colocados em faixas horizontais (períodos)


e faixas verticais (grupos ou famílias).
A característica que define a família de um elemento é a sua configuração eletrônica, sendo assim,
os átomos de uma mesma família possuem propriedades químicas e físicas semelhantes e apresentam
a mesma configuração eletrônica na camada de Valência.
Existem, atualmente, duas maneiras de identificar as famílias ou grupos:
A mais comum é indicar cada família por um algarismo romano, seguido de letras A e B, por
exemplo, IA, IIA, VB. Essas letras A e B indicam a posição do elétron mais energético nos subníveis.
Os elementos do grupo A são conhecidos como elementos representativos por apresentarem o
subnível s ou p como o mais energético. Os elementos do grupo B são conhecidos como elementos de
transição por apresentarem o subnível d ou f como o mais energético. No final da década passada, a
IUPAC propôs outra maneira: as famílias seriam indicadas por algarismos arábicos de 1 a 18,
eliminando-se as letras A e B.

3. EXPERIMENTO 01 – GRUPO 01 - METAIS ALCALINOS

3.1 MATERIAIS E REAGENTES UTILIZADOS


• Amostra metálica de sódio (Na)
• Fenolftaleína
• 1 placa de petri

3.2 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL


a) Observação da oxidação espontânea dos metais:
• Corte um pequeno pedaço de sódio e deixe-os por alguns minutos expostos ao ar.
• Verifique a coloração do metal.
Comentários: A coloração dos metais torna-se rapidamente esbranquiçada, devido à rápida formação
de uma camada de óxido em suas superfícies.
B) Formação de hidróxidos:
• Coloque água até ¾ do volume da placa de petri e adicione um pequeno pedaço do metal.
• Observe a reação que ocorre imediatamente.
• Adicione algumas gotas de fenolftaleína à solução.

Comentários: Os metais alcalinos são extremamente reativos e reagem vigorosamente com água,
originando hidróxidos. As reações são extremamente exotérmicas (liberam calor).
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• O sódio funde-se com o calor liberado na reação e fica "dançando" sobre a superfície da água;
• A equação geral que representa a reação observada é:
2 M + 1 H2O === 2 MOH (onde M é o metal alcalino)
A formação dos hidróxidos pode ser comprovada observando-se a coloração rósea que a soluções
adquirem.

4. EXPERIMENTO 02 – GRUPO 02 - METAIS ALCALINOS TERROSOS

4.1 MATERIAIS E REAGENTES UTILIZADOS


• Amostras metálicas de Mg
• Mármore em pó (CaCO3)
• Fenolftaleína
• Pinça metálica e vidro de relógio
• Bico de Bunsen e cadinho
• Tubo de ensaio

4.2 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL


a) Formação de óxidos:
• Aqueça, com o auxílio da pinça metálica, um pedaço de magnésio metálico em fita sobre um vidro de
relógio (não olhe diretamente para a luz que se desprende, pois a luz emitida na combustão do magnésio
é rica em radiação quimicamente ativa).
• Observe.
Comentários: A equação que representa a reação é:
2 Mg + 1 O2 ==➔ 2 MgO
B) Formação de hidróxido de magnésio:
• Adicione o resíduo da combustão em um tubo de ensaio com água.
• Agite e goteje fenolftaleína.
Comentários: Os A solução tornar-se-á rósea, pois em reação com água, o óxido de magnésio (MgO)
forma o hidróxido de magnésio:
1 MgO + 1 H2O ==➔1 Mg(OH)2
C) Formação de hidróxido de cálcio:
• Aqueça no cadinho uma porção de mármore em pó - Na2CO3
• Observe.
Comentários: O calor irá decompor o carbonato, pela reação
1 CaCO3 ==➔1 CaO + 1 H2O
• Deixe o cadinho esfriar.
• Adicione água e algumas gotas de fenolftaleína.
• Observe.
Comentários: A coloração rósea indicará a formação do hidróxido de cálcio:
1 CaO + 1 H2O =➔1 Ca(OH)2

5. EXPERIMENTO 03 – GRUPO 13 - FAMÍLIA DO BORO

5.1 MATERIAIS E REAGENTES UTILIZADOS


• Bórax (tetraborato de sódio decahidratado) - Na2B4O7 .10H2O.
• Pedaço de alumínio metálico - Aℓ(s)
• Solução de HCℓ
• Solução de NaOH
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• Papel de tornassol
• Dois tubos de ensaio
• Béquer 50 mL

5.2 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL


a) Obtenção do ácido bórico:
• No béquer, dissolva 2g de bórax (Na2B4O7 . 10 H2O) em 20 mL de água destilada
• Aqueça até a dissolução total.
• Teste o caráter ácido-básico da solução com papel de tornassol.
Comentários: O papel deverá ficar azulado, indicando caráter básico do Boráx.
• Adicione lentamente 2 mL de solução de HCℓ
• Resfrie o béquer em cuba de gelo.
• Observe.
• Teste o caráter ácido-básico da solução com papel de tornassol
Comentários: Formação de cristais de ácido bórico (H3BO3). Segundo a reação:
1 Na2B4O7(aq) + 2 HCℓ(aq) + 5 H2O(l) ===➔2 NaCℓ(aq) + 4 H3BO3(s)
O papel de tornassol fica róseo, indicando a acidez da solução.
Adicionando-se ácido o equilíbrio é deslocado para direita (sentido 1), favorecendo o consumo do
bórax.e consequentemente a formação do ácido bórico
b) Comportamento do alumínio com ácidos e bases:
• Adicione a um tubo de ensaio 2 mL de solução de HCℓ.
• Adicione a um outro tubo de ensaio 2 mL de solução de NaOH.
• Acrescente em cada tubo um pedaço de alumínio, previamente lixado.
• Observe
Comentários: Em ambos os tubos ocorrem reação química, com o desprendimento de gás hidrogênio.
As equações que descrevem estes processos são:
1 Al + 3 HCℓ ==➔1 AℓCℓ3 + 3/2 H2 (g)
1 Aℓ + 1 NaOH + 1 H2O =➔1 NaAℓO2 + 3/2 H2 (g)

Com base nas observações experimentais, responda os itens a seguir:

1- Por que não devemos tocar o sódio com as mãos?


2- Qual a finalidade da adição das gotas de fenolftaleína?
3- Porque o metal alcalino (sódio) foi armazenado em solvente?
4- Pela reação de 50g de sódio em água, quanto de NaOH se obtém?
5- Descreva as diferenças e semelhanças entre o metal alcalino e alcalinos terrosos em relação à
reatividade, a formação de óxidos e hidróxidos.
6- Porque os metais alcalinos são bem mais reativos que os metais alcalino-terrosos?
7- Descreva todas as reações envolvidas na prática dos metais e explique o que cada uma delas
significa.

6. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
Assunção, R. 2009. Química Geral - CET066. Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas. Universidade
Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB).

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AULA Nº 6

LIGAÇÕES QUÍMICAS E FORÇAS INTERATÔMICAS/INTERMOLECULARES

1. OBJETIVOS

a. Identificar o tipo de ligação formada entre elementos químicos em cada substância estudada.
b. Avaliar a miscibilidade entre diferentes substâncias polares e/ou apolares.

2. INTRODUÇÃO

Na natureza, átomos de elementos químicos se ligam, formando substâncias simples e/ou compostas, além
de misturas homogênea ou heterogênea. Existem três tipos de ligações químicas: (a) iônica – formada entre metal
e ametal; (b) covalente – formada entre ametais ou entre ametal e hidrogênio; e (c) metálica – cuja ligação é feita
entre um mesmo tipo de metal ou diferentes.
Independente do tipo de ligação formada entre elementos químicos, quando duas ou mais substâncias
aproximam, elas podem reagir ou interagir. A interação química é um tipo de força mais fraca que uma ligação
química. Um exemplo de interação química ocorre entre moléculas de água da roupa colocada para secar no varal
e as moléculas de água presentes na atmosfera.

Na figura 1, observe que


moléculas de água da fase líquida
presente na roupa interagem com
moléculas presentes no vapor de água
na atmosfera. Isso ocorre por um tipo
de força denominada ligação de
hidrogênio, a qual é forte, podendo
ocorrer entre hidrogênio (H) e
elementos como flúor (F), oxigênio
(O) e nitrogênio (N).

Além da ligação de hidrogênio, existem outros tipos, tais como ligação iônica, dipolo permanente – dipolo
permanente, dipolo permanente - dipolo induzido e van der Waals. Cada uma dessas forças está relacionada
com a polaridade de cada composto.
A molécula de água, por exemplo, é polar e, assim como qualquer outro composto polar, tem afinidade por
compostos também polares, como é o caso da água e açúcar (sacarose). Tanto a água quanto o açúcar têm o grupo
oxigênio-hidrogênio (-OH). Já, o querosene ou óleo de cozinha, por exemplo, não são miscíveis em água, visto que
estes são compostos apolares.

3. MATERIAIS E REAGENTES UTILIZADOS


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• Reagentes:
o Sulfato de cobre penta-hidratado (CuSO4 . 5H2O);
o Sílica (SiO2);
o Cobre metálico em pó ou pequenos grãos;
o Sacarose ou açúcar comum (C12H22O11);
o Solução de ácido clorídrico (HCl);
o Solução de hidróxido de sódio (NaOH);
o Cloreto de sódio (NaCl) sólido
o Permanganato de potássio (KMnO4);
o Querosene;
o Etanol;
• 20 tubos de ensaio + galerias;
• 15 vidros de relógio de tamanho médio;
• Pissetes com água destilada;
• 3 espátulas;
• Papel toalha.

4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

4.1 EXPERIMENTO 1:
Neste experimento usaremos um dispositivo com lâmpada, para testar a condutividade elétrica de diferentes
substâncias sólidas e dissolvidas em água. A condutividade elétrica é uma propriedade capaz de diferenciar alguns
tipos de substâncias. Durante cada teste, anote suas observações no quadro 1.
a) Coloque um pouco de cada uma das substâncias apresentadas no QUADRO 1 em um vidro de relógio;
b) Toque os terminais do dispositivo a ser usado para testar a condutividade, em dois pontos distintos da substância
a ser testada;
c) Verifique se a lâmpada acende.

QUADRO 1
Substância/Composto Conduz / não conduz corrente elétrica Tipo de ligação química
Água destilada
CuSO4.5H2O (s)
CuSO4.5H2O (aq)
Cun (s)
Sílica: (SiO2)n (s)
SiO2 (s) + H2O (l)
Sacarose, C12H22O11(s)
Sacarose, C12H22O11(aq)
HCl (aq)
NaOH (aq)
NaCl (s)
NaCl (aq)
✓ Quais substâncias conduziram corrente elétrica? Quais não conduziram? Explique por quê.

4.2 EXPERIMENTO 2:
18
Neste experimento, vamos testar a miscibilidade entre alguns compostos, os quais estão descritos no quadro
2.
QUADRO 2
Substância/Composto Nº de fases observada Grau de miscibilidade
(baixo, moderado ou alto)
Água + sacarose
Água + querosene
Água + álcool etílico
Querosene + KMnO4 (aq)
KMnO4 (aq) + água
Água + querosene + detergente
Cloreto de sódio + iodo + enxofre
✓ O que você pode dizer com relação à polaridade das substâncias testadas acima?
✓ Relacione a polaridade das substâncias com o grau de miscibilidade entre elas.

4.3 EXPERIMENTO 3:
a) Em três cápsulas de porcelana, separadamente, adicione a medida de uma espátula dos seguintes compostos:
Cloreto de sódio, Iodo, Sacarose.
b) Coloque as cápsulas, ao mesmo tempo, numa placa de aquecimento previamente aquecida e observe.
✓ Com base nas ligações químicas e forças intermoleculares, explique a sua observação para as três
cápsulas.

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

VIVEIROS, A. M. V.; MARTINS, C. R.; ALVES, F. M.;CEDRAZ, J. P. L.; LOBO, S.F. Preparando soluções e
explicando solubilidade, "In" Manual de Aulas Práticas de Química Geral I. Salvador - BA, UFBA, Instituto de
Química, Departamento de Química Geral e Inorgânica, 1998.
FELICÍSSIMO, A .M. P. ET ALLI. “Experiências de Química: técnicas e conceitos básicos: PEQ-Projetos de Ensino
de Química. São Paulo: Ed. Moderna, Ed. da Universidade de São Paulo, 1979.

19
AULA Nº 7
SOLUÇÕES

1. OBJETIVOS

a. Entender o conceito de concentração.


b. Reconhecer a importância de expressar a concentração de uma solução.
c. Entender a estequiometria de reação

2. INTRODUÇÃO

Soluções são misturas homogêneas. Elas podem ser obtidas por dissolução de uma substância, chamada soluto,
numa outra chamada solvente. As soluções podem ser sólidas, líquidas ou gasosas. Exemplos comuns de soluções
sólidas são as ligas como, por exemplo, aço e bronze. Um exemplo típico de solução gasosa é o ar atmosférico. Na
verdade, qualquer mistura de gases é sempre uma solução. Já as soluções líquidas são obtidas por dissolução do soluto
num solvente. Se o solvente é água, a solução é chamada solução aquosa. É muito importante saber a quantidade de
soluto que está dissolvido numa dada quantidade de solução ou então as quantidades relativas de soluto e solvente. Estes
valores expressam a concentração da solução, ou seja, a composição quantitativa dos seus componentes.
A concentração pode ser expressa de diferentes maneiras:
i) Relação massa de soluto / massa de solução;
ii) Relação massa de soluto / volume de solução;
iii) Relação quantidade de matéria de soluto / volume de solução;
iv) Relação quantidade de matéria de soluto / massa de solvente.

A relação massa de soluto / massa de solução é denominada fração em massa do soluto e é usualmente
transformada numa porcentagem, conhecida como título. Por exemplo, uma solução aquosa de HCℓ com título 36%
contém 36 g de ácido clorídrico para cada 100g de solução. Na indústria é comum se expressar a concentração de uma
solução pela relação massa de soluto / volume da solução, com unidade g/L (g L-1) ou kg/L (kg L-1). Esta relação é
conhecida como concentração de soluto em massa.

Os dois outros modos citados para expressar a concentração de uma solução relacionam quantidade de matéria
do soluto por volume de solução (denominada concentração de soluto em quantidade de matéria) ou por massa de
solvente (denominada molalidade). A unidade de quantidade de matéria é o mol. O mol é usado para contar partículas
tais como átomos, moléculas, íons, elétrons, do mesmo modo que se usa, por exemplo, dúzia para contar ovos. Uma
dúzia corresponde a 12 unidades e um mol corresponde a 6,02x1023 unidades. Ainda, do mesmo modo que a massa de
uma dúzia de ovos é diferente daquela de uma dúzia de limões, um mol de uma dada substância tem uma massa diferente
daquela de um mol de outra substância. Assim, o uso do mol torna muito fácil saber, por exemplo, a quantidade de
partículas do soluto existentes num dado volume de solução ou saber a sua massa.

3. MATERIAIS E REAGENTES UTILIZADOS

• Reagentes: Hidróxido de sódio (NaOH) sólido; • 2 provetas de 10 mL e duas de 25 mL


solução de HCl 0,1 mol L-1; • 2 bastões de vidro;
• Fenolftaleína (indicador); • Espátulas para pesagem de amostra;
• Pissetes com água destilada; • Pipetador ou peras;
• 2 Béqueres de 50 mL e 100 mL; • Termômetro de mercúrio;
• 2 balões volumétricos de 50 mL e 1 de 100 mL; • Papel toalha;
• 1 pipeta volumétrica de 5 mL • Balança analítica.
4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

20
4.1 Experimento 1: Preparo de solução de hidróxido de sódio, NaOH, de concentração 0,1 mol L-1

a) Calcule a massa de NaOH necessária para preparar 50 mL dessa solução. Pese o NaOH com o uso de uma espátula,
em béquer de 100 mL. Use uma balança analítica devidamente calibrada para a pesagem.
b) Qual a quantidade de matéria de NaOH presente em 1 litro dessa solução?
c) Qual a concentração em g L-1?
4.2 Experimento 2: processo de diluição
a) Retire 5 mL da solução de NaOH 0,1 mol L-1 e despeje em um balão volumétrico. Dilua a 50 mL com água destilada.
Tampe e agite. Qual a concentração de NaOH nesta solução diluída? Use a fórmula básica de diluição para calcular
a concentração final de NaOH: CiVi = CfVf.
b) Pegue 20 mL da solução diluída anteriormente e coloque em uma proveta. Em seguida, despeje o conteúdo em um
balão volumétrico de 100 mL e dilua com água destilada. Tampe e agite. Qual a concentração de NaOH nesta
solução?
4.3 Experimento 3: processo de mistura
a) Adicione 10 mL da solução de NaOH 0,2 mol L-1, preparada no experimento 1, em um béquer e acrescente mais 10
mL da solução diluída preparada na letra “a” do experimento 2. Agite com um bastão de vidro. Calcule a
concentração de NaOH nesta solução resultante. Qual a concentração de NaOH nesta solução?
b) Pegue a solução básica preparada anteriormente e misture com 20 mL de uma solução de HCl 0,1 mol L-1. Qual a
reação química envolvida nesse processo? Adicione 2 gotas de fenolftaleína na solução, agite e veja se a mesma tem
caráter ácido (solução incolor), básico (rosa forte) ou neutro (levemente rosado). Por quê isso aconteceu?

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

VIVEIROS, A. M. V.; MARTINS, C. R.; ALVES, F. M.;CEDRAZ, J. P. L.; LOBO, S.F. Preparando soluções e
explicando solubilidade, "In" Manual de Aulas Práticas de Química Geral I. Salvador - BA, UFBA, Instituto de
Química, Departamento de Química Geral e Inorgânica, 1998.
FELICÍSSIMO, A .M. P. ET ALLI. “Experiências de Química: técnicas e conceitos básicos: PEQ-Projetos de Ensino
de Química. São Paulo: Ed. Moderna, Ed. da Universidade de São Paulo, 1979.

21
AULA Nº 8

ÁCIDOS E BASES
1. OBJETIVOS

a. Testar a força ácida e básica de diferentes substâncias aquosas.


b. Avaliar o uso de diferentes tipos de indicadores químicos em soluções de ácidos e bases fortes e fracos.

2. INTRODUÇÃO

Os ácidos e bases podem ser fortes ou fracos. Isso vai depender dos íons liberados na dissociação da
substância em meio aquoso. Por exemplo, o ácido nítrico (HNO3) é um ácido forte, pois, em meio aquoso se
dissocia completamente, liberando íons H+. Essa é a teoria de Arrhenius. Em 1887, Arrhenius propôs que ácido é
qualquer espécie que produz íons H+ em água e, base, produz íons OH−. Mais tarde, estudos dessas soluções
aquosas apresentaram evidências de que esse íon H+ não existe, mas, que ele combinava-se quimicamente com a
molécula H2O para formar o íon H3O+, o qual é chamado de hidrônio. Já, o ácido acético (CH3COOH), por exemplo,
é um ácido fraco porque em meio aquoso se dissocia parcialmente.

Uma maneira de visualizar se o meio está ácido ou básico, é através do uso de indicador químico. Um
indicador químico ácido-base é uma substância que muda de cor quando colocada em contato com um ácido ou
uma base. Os indicadores se dissociam em meio aquoso através de uma reação de equilíbrio. Geralmente, os
indicadores usados em laboratório são artificiais, tais como a fenolftaleína, o azul-de-bromotimol e o alaranjado-
de-metila. Mas, na natureza, também existem muitas substâncias que podem ser extraídas de espécies vegetais e
que funcionam como indicadores ácido-base. O mais conhecido é o extrato de repolho roxo. As substâncias
presentes no extrato de repolho roxo que o fazem mudar de cor em ácidos e bases são as antocianinas. Esse
indicador está presente na seiva de muitos vegetais, tais como uvas, jabuticabas, amoras, beterrabas, bem
como em folhas vermelhas e flores de pétalas coloridas.

A depender da acidez da solução a ser estudada, deve-se utilizar um indicador apropriado. Por exemplo,
o verde de bromocresol é um indicador do tipo ácido, ou seja, em solução ácida (faixa de pH entre 3,8 e 5,4)
apresenta-se na coloração verde. Já a fenolftaleína, é um indicador do tipo básico, apresentando-se coloração
vermelha na faixa de pH entre 8,3 e 10, e incolor em meio ácido. A fenolftaleína ( HC20H13O4) é uma substância
orgânica e sua solução aquosa constitui um sistema em equilíbrio, representado por:
Reagentes Produtos
HC20H13O4(aq) + H2O C20H13O4-(aq) + H3O+( aq)

3. MATERIAIS E REAGENTES UTILIZADOS

• Soluções: 100 mL de ácido acético 0,1 mol L- • 6 balões volumétricos de 100 mL


1; 100 mL de ácido clorídrico 0,1 mol L-1; 100 • 10 vidros de relógio tamanho médio
mL de hidróxido de sódio 0,1 mol L-1; 100 mL • 5 conta-gotas
de sabonete líquido diluído; 100 mL de • 30 tubos de ensaio;
detergente diluído; 100 mL de amoníaco • Galerias para tubos;
diluído; suco de 3 limões; álcool etílico; • 2 bastões de vidro;
• Pissetes com água destilada; • Pipetador ou peras;
• Flores de cores vermelha, rosa ou roxa • Papel toalha;
• Fenolftaleína (indicador); • Fita de pH
• 2 pipetas graduadas de 10 mL; • Etiquetas ou marcador permanente
• 2 béqueres de 50 mL; • Dispositivo com lâmpada

22
4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

4.1 EXPERIMENTO 1: Força de ácidos e bases


Neste experimento será usado um dispositivo com lâmpada, a fim de testar a força de ácidos e bases.
Durante cada teste, anote suas observações.
a) Preparo das soluções de concentração 0,01 mol L-1: retire uma alíquota de 10 mL da solução de 0,1 mol L-1
com uma pipeta volumétrica de 10 mL e dilua 10 vezes com água destilada em um balão volumétrico de 100
mL. Reserve cada solução diluída, pois, as mesmas serão usadas posteriormente.
b) Coloque um pouco de cada uma das soluções em vidro de relógio.
c) Toque os terminais do dispositivo a ser usado para testar a condutividade elétrica, em dois pontos distintos
da solução;
d) Verifique se a lâmpada acende e observe a intensidade da luz na lâmpada. Retire os terminais da solução e
enxugue bastante com papel toalha.

QUADRO 1
Substância Intensidade da luz Descrição da observação
observada
Ácido acético 0,1 mol L-1
HCℓ 0,1 mol L-1
HCℓ 0,01 mol L-1
NaOH 0,1 mol L-1
NaOH 0,01 mol L-1
Amoníaco diluído
Suco de limão
✓ O que você pode concluir a respeito da força dos ácidos e bases utilizados?

4.2 EXPERIMENTO 2: Identificação da acidez e basicidade de soluções

Neste experimento será testado o uso de diferentes indicadores (naturais: extratos de flores vermelha,
rosa ou roxa) e artificial (fenolftaleína). A vantagem do uso de extrato de flor é a rapidez no seu preparo. A
preparação do extrato deve ser feita no momento da aula prática, devido à fácil decomposição do extrato com
o tempo (alguns minutos).
a) Para o indicador natural, coloque algumas flores da mesma espécie em um béquer de 50 mL envolvido em
papel alumínio e adicione 10 mL de álcool etílico. Use um bastão de vidro para macerar as flores no álcool e
reserve a solução obtida ao abrigo da luz. Faça o mesmo com cada tipo de flores.
b) Coloque 5 mL de cada solução do quadro abaixo, cada uma em um tubo de ensaio, lembrando de identificar
antes os tubos.
c) Adicione 2 ou 3 gotas de cada indicador em cada tubo contendo solução ácida ou básica, agite e observe a
coloração resultante. Anote no quadro 2 as informações obtidas.
Indicador 1: _______________________________; Indicador 2: __________________________________
Indicador 3: _______________________________; Indicador 4: __________________________________

QUADRO 2
Cor da solução ácida/básica com o uso do indicador
Solução pH da Indicador 1 Indicador Indicador Indicador
solução 2 3 4
Ácido acético (CH3COOH) 0,1 mol L-1
Ácido clorídrico (HCℓ) 0,1 mol L-1
Ácido clorídrico HCℓ 0,01 mol L-1

23
Hidróxido de sódio (NaOH) 0,1 mol L-
1

Hidróxido de sódio (NaOH) 0,01 mol


L-1
Sabonete líquido diluído
Detergente diluído
Amoníaco diluído
Suco de limão
✓ A concentração da solução ácida ou básica influenciou no valor do pH?
✓ O que você pode concluir sobre o uso dos diferentes tipos de indicadores na identificação de soluções
ácidas e básicas?
✓ Qual o tipo de indicador que você julga ser mais adequado na identificação da acidez das substâncias
estudadas?

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

VIVEIROS, A. M. V.; MARTINS, C. R.; ALVES, F. M.;CEDRAZ, J. P. L.; LOBO, S.F. Preparando soluções e
explicando solubilidade, "In" Manual de Aulas Práticas de Química Geral I. Salvador - BA, UFBA, Instituto de
Química, Departamento de Química Geral e Inorgânica, 1998.
FELICÍSSIMO, A .M. P. ET ALLI. “Experiências de Química: técnicas e conceitos básicos: PEQ-Projetos de Ensino
de Química. São Paulo: Ed. Moderna, Ed. da Universidade de São Paulo, 1979.

24
AULA Nº 9

EQUILÍBRIO QUÍMICO
1. OBJETIVOS

Entender o equilíbrio da reação química e a Lei de Le Chatelier.

2. INTRODUÇÃO

Nas reações químicas, reagentes são transformados em produtos. Assim, as concentrações das substâncias
que reagem (reagentes, R) são diminuídas e as daquelas que se formam (produtos, P) são aumentadas. De acordo
com a cinética química, as concentrações das substâncias afetam as velocidades das reações: ao longo de uma
reação, a velocidade no sentido de R → P diminui e a de P → R aumenta. Num dado instante, atinge um ponto em
que essas velocidades se igualam e diz-se que a condição de equilíbrio foi estabelecida. Considera-se que o
equilíbrio químico é alcançado quando as reações direta e inversa ocorrem à mesma velocidade; esse sistema
pode ser representado como abaixo, onde a seta dupla representa que as reações nos dois sentidos estão
ocorrendo com as mesmas velocidades:

Reagentes Produtos
Quando sistemas em equilíbrio são submetidos a qualquer perturbação exterior, o equilíbrio desloca-se no
sentido contrário a fim de minimizar esta perturbação. Esse é o enunciado do “princípio de Le Chatêlier”, que pode
ser usado para fazer previsões qualitativas sobre a resposta de um sistema em equilíbrio às diversas variações
nas condições externas.
A amônia (NH3), por exemplo, é uma base fraca e esta, quando se dissolve em água, se dissocia parcialmente
em amônia e amônio (NH4+). Nessa reação de ionização da amônia são liberados também íons OH-, os quais
deixam o meio básico. Se adicionarmos algumas gotas de fenolftaleína à solução, veremos uma cor característica
do indicador em meio básico.
NH3(aq) +Reagentes
H2O(ℓ) NH4+(aq) + OH- (aq)
Produtos
No entanto, se dissolvermos um pouco de cloreto de amônio (NH4Cℓ) à solução de hidróxido de amônio,
observaremos a mudança de coloração da solução, devido a acidificação da solução causada pela liberação de íons
H+ do cloreto de amônio. Assim, com o aumento da concentração de íons H+ na solução, a reação de equilíbrio é
deslocada no sentido de minimizar a quantidade de íons OH- presente e formação de NH3.
No caso de base forte como o hidróxido de sódio (NaOH), esta se dissocia totalmente em meio aquoso,
liberando íons OH-. Com a adição de uma solução de ácido clorídrico (HCℓ), os íons H+ da solução ácida tenderão
a neutralizar a quantidade de íons OH- da solução básica, para formar sal (NaCℓ) e água, onde o pH pode ser igual
a 7, indicando meio neutro. Mas, a neutralização só ocorrerá se a quantidade de matéria (nº de mol) de NaOH e
HCℓ nas soluções forem equivalentes. Veja as reações abaixo:
Reações de dissociação:
NaOH(aq) → Na+(aq) + OH-(aq)
HCℓ (aq) → H+(aq) + Cℓ-(aq)

Reação de neutralização:
NaOH(aq) + HCℓ (aq) → NaCℓ (aq) + H2O(ℓ)

Existem vários tipos de sais (básico, ácido ou neutro como o NaCℓ). O bicarbonato de sódio (NaHCO3), por
exemplo, encontrado em comprimidos efervescentes usados para sintomas de azia, é um sal básico. Ele neutraliza
os efeitos de acidez do estômago. Este sal sofre hidrólise, ou seja, reage com a água, gerando ácido carbônico
(H2CO3) e íons OH-. No experimento 2, você verá como funciona essa reação e o que acontece também quando
fazemos o contato desta mistura básica com uma solução de ácido acético (vinagre). A reação produzirá íons
acetato (CH3COO-) e um gás.
25
3. MATERIAIS E REAGENTES UTILIZADOS

• Soluções: solução amoniacal; solução de • 2 conta-gotas


ácido acético diluído ou vinagre comercial; • 6 tubos de ensaio;
• Cloreto de amônio (NH4Cℓ) sólido e • Almofariz e pistilo
bicarbonato de sódio (NaHCO3); • Galeria para tubos;
• Pissete com água destilada; • Garrafa pet de 500 mL acoplada a uma
• Espátula; mangueira com rolha;
• 2 béqueres de 100 mL; • Papel toalha;
• Solução de fenolftaleína (indicador); • Etiquetas ou marcador permanente
• Fita de pH

4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
4.1 EXPERIMENTO 1:
a) Coloque em um tubo de ensaio 10 mL de uma solução amoniacal e 2 gotas de fenolftaleína. Agite. Qual é a
cor da mistura?
b) Em seguida, adicione uma pontinha de espátula de cloreto de amônio no tubo contendo a mistura. Agite e
observe a mudança de coloração;
c) Qual o pH da mistura formada? Use a fita de pH para verificar o valor.
d) Adicione mais 5 gotas da solução amoniacal e agite.
✓ A solução mudou de cor? O que pode ter acontecido?
✓ Represente a equação química da reação entre o ácido e a base testada neste experimento?
✓ O que você pode concluir sobre o equilíbrio da reação química? Discuta com base no princípio de Le
Chatelier.
4.2 EXPERIMENTO 2:
a) Dissolva um pouco de bicarbonato de sódio em 100 mL de água no béquer.
b) Adicione 3 gotas de fenolftaleína e agite. Qual a cor da solução? Meça o pH para confirmar e o meio está
ácido (pH < 7) ou básico (pH > 7).
c) Coloque 100 mL de ácido acético na garrada PET de 500 mL.
d) Adicione um pouco de bicarbonato de sódio dentro da garrafa contendo o vinagre e tampe imediatamente
com a rolha acoplada à mangueira, a qual deve também estar com a outra ponta dentro do béquer.
✓ Qual foi o gás gerado dentro da garrafa PET quando se misturou vinagre com bicarbonato?
✓ Você sabe qual é a equação química da reação entre o ácido e a base testada neste experimento? Pense e
tente deduzir com base na teoria e experimento realizado. Se tiver dificuldade, pesquise.
✓ O que você pode concluir sobre o equilíbrio da reação química? Discuta com base no princípio de Le
Chatelier.

5. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
Ferreira, L. H.; Hartwing, D. H.; Rocha-Filho, R. C. 1997. Algumas Experiências simples envolvendo o Princípio de
Le Chatelier. Química Nova na Escola. Nº 5: 28-31.

26
AULA Nº 10

TERMOQUÍMICA

1. OBJETIVOS

a) Determinar a capacidade calorífica de um metal;


b) Determinar a entalpia associada a uma reação química.

2. INTRODUÇÃO

Quando uma reação química ocorre ou mesmo um processo de dissolução, uma quantidade de energia pode
ser liberada ou absorvida no meio. A quantidade de energia envolvida em uma transformação química ou a
variação de energia (H) é estudada em termoquímica. Se há liberação de energia, tem-se um processo chamado
EXOTÉRMICO (H < 0). Quando H > 0, o processo absorve energia e é denominado ENDOTÉRMICO, isto é, libera
calor.
Pode-se definir calor como uma forma de transferência de energia em conseqüência de uma diferença de
temperatura. Quando as partículas do corpo mais quente colidem com as do corpo mais frio, elas transferem uma
parte da sua energia cinética e assim, as partículas mais lentas aumentam de velocidade e as mais rápidas,
diminuem. Esta transferência de energia continua até que as partículas tenham a mesma energia cinética média
ou, em outras palavras, a mesma temperatura. Nas mudanças de fase, a energia adicionada é usada para romper as
forças atrativas entre as partículas em vez de aumentar sua energia cinética média, mantendo-se constante a
temperatura.
A quantidade de calor necessária para elevar a temperatura de 1 g de uma substância em 1 oC é a sua
capacidade calorífica; ela é medida em cal g oC ou J g oC. O conceito pode ser aplicado a qualquer quantidade de
material, mas é definido em 1 mol ou uma unidade de massa de substância, sendo então a capacidade calorífica
molar e a capacidade calorífica por unidade de massa, respectivamente.
É importante ter uma informação quantitativa sobre as mudanças de energia associadas com as reações
químicas. Essas informações são obtidas na termoquímica, que é o estudo das variações de energia que
acompanham uma dada reação. O calor envolvido (liberado ou absorvido) numa reação à pressão constante é
numericamente igual ao que se chama de variação de entalpia da reação, simbolizada por H. Assim, H = q (à
pressão constante). Como calor é absorvido (q > 0) numa reação endotérmica e liberado (q < 0) numa reação
exotérmica, H para uma reação endotérmica tem valor positivo (H > 0) e, para uma reação exotérmica, tem valor
negativo (H < 0). Nos cálculos termoquímicos costuma-se considerar o calor envolvido numa reação química
como sendo a variação de entalpia, uma vez que a maioria das reações é realizada a pressão constante. Quando a
equação química é representada acompanhada do valor de H da reação, ela é chamada equação termoquímica.
Exemplo: CH4(g) + 2O2(g) → CO2(g) + 2H2O(ℓ) Ho = −888 kJ
Como o H depende das condições em que a reação acontece, nas medidas termoquímicas essas condições
devem ser especificadas. Assim, para comparar as variações de energia envolvidas nas reações químicas, é
importante saber sob que condições a reação é realizada. A temperatura e a pressão devem ser especificadas.
Quando cada uma das substâncias numa reação está à pressão de 1 bar (1 bar = 0,987 atm) diz-se que ela está no
seu estado padrão. O calor envolvido numa reação, sob esta condição e a temperatura indicada (em geral 25 oC ou
298 K) é denominado calor padrão de reação ou entalpia padrão de reação. O primeiro termo é mais
freqüentemente usado e o símbolo é Ho, com o sobrescrito (o) especial para indicar as condições padrão (pressão
= 1 bar). Assim, a entalpia padrão de combustão do CH4(g), Ho, é igual a −888 kJ/mol de metano. As medidas de
entalpia de reação são geralmente executadas através do uso de calorímetros. Essas medidas fornecem
informações sobre as energias de ligação. Por outro lado, a utilização das energias de ligação, permite a previsão
de calores de reação, cujas medidas muitas vezes são impossíveis de serem realizadas.

27
3. MATERIAIS E REAGENTES UTILIZADOS

• Reagentes: cloreto de sódio (NaCℓ), • 2 balões volumétricos de 50 mL e 1 de 100


bicarbonato de sódio (NaHCO3), álcool etílico mL;
(C2H5OH), hidróxido de sódio (NaOH) e • 2 pipetas volumétricas de 2 mL
cloreto de amônio (NH4Cl); • 2 provetas de 25 mL e duas de 50 mL
• 100 mL de solução de HCl 0,5 mol L-1; • 2 bastões de vidro;
• Pedaços de cobre; • Espátulas para pesagem de amostra;
• Fenolftaleína (indicador); • Pipetador ou peras;
• Pissetes com água destilada; • Termômetro de mercúrio;
• 6 Béqueres de 50 mL e um de 100 mL; • Papel toalha;
• Balança analítica;

4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

4.1 EXPERIMENTO 1: Verificar se o processo é endotérmico ou exotérmico.


a) Dissolva 2 g de cada uma das seguintes substâncias sólidas em 10 mL de água destilada, cada uma em um
recipiente: cloreto de sódio (NaCℓ), bicarbonato de sódio (NaHCO3), hidróxido de sódio (NaOH) e cloreto de
amônio (NH4Cl). Faça a dissolução de uma substância por vez, e meça imediatamente a temperatura da solução
com um termômetro de mercúrio.
b) Dissolva 2 mL de álcool etílico (C2H5OH) em 10 mL de água destilada e meça imediatamente a temperatura da
solução.

✓ Quais substâncias representam o processo ENDOTÉRMICO?


✓ Quais substâncias representam o processo EXOTÉRMICO?

4.2 EXPERIMENTO 2: calcular a capacidade calorífica do cobre metálico


a) Tomar um pedaço de cobre metálico e determinar a sua massa;
b) Amarrar o metal com um cordão e colocá-lo em um recipiente contendo água em ebulição;
c) Deixá-lo imerso na água durante 15 minutos;
d) Em um tubo de ensaio, colocar 30 mL de água e medir a temperatura;
e) Depois de aquecido, transferir o metal rapidamente para dentro da água contida no tubo, agitar e anotar a
temperatura máxima atingida.

✓ Calcule a capacidade calorífica do metal, sabendo que a capacidade calorífica por unidade de massa da água
é igual a 1 cal g.oC e a densidade é 1 g mL.
A capacidade calorífica do metal pode ser calculada admitindo-se que o calor transferido pelo metal é
absorvido pela água. Pequenas perdas para o ambiente serão desprezadas.
1. O calor absorvido pela água pode ser calculado usando-se expressão:
q = m.c.T
Em que: m = massa da água (g)
c = capacidade calorífica da água, por unidade de massa (cal/g.oC)
T = variação de temperatura da água (oC)
2. O calor transferido pelo metal também pode ser calculado pela expressão:
q = m.c.T
Em que: m = massa do metal (g)
c = capacacidade calorífica do metal, por unidade de massa (cal/g.oC)
T = variação de temperatura do metal (oC)

4.3 EXPERIMENTO 3: determinação do calor associado a uma reação química que, nesse caso, é uma reação
de neutralização.
28
a) Com o uso de espátula, pese 2 g de hidróxido de sódio (NaOH) em um béquer de 50 mL.
b) Adicione 20 mL da solução de HCℓ 0,5 mol L-1 ao béquer contendo o NaOH, agite a mistura com bastão de
vidro e meça a temperatura máxima alcançada pela solução.
c) Adicione 2 gotas do indicador químico fenolftaleína à mistura e agite. Qual a coloração observada? Meça o pH
da solução. Lembre-se que em uma reação de neutralização de ácido forte com base forte, o pH da solução
deve ser igual a 7.

✓ Escreva a equação termoquímica que representa o processo acima.


✓ Experimentalmente, sabe-se que o Ho neutralização entre ácido e base forte, sob condição padrão (25ºC e 1
atm) é igual a -57,7 KJ por mol-1 de H2O formada (ou -13,8 kcal/mol). Deste modo, calcule o Ho neutralização
para a reação acima, considerando os dados utilizados.

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Felicíssimo, A.M.P. et al. Experiências de Química: técnicas e conceitos básicos: PEQ-Projetos de Ensino de
Química. São Paulo: Ed. Moderna, Ed. da Universidade de São Paulo, 1979.
RUSSEL, J. B. Química Geral. São Paulo: Makron Books, 1994.
ATKINS, P. W. Physical Chemistry. 4a ed. Oxford: Oxford University Press, 1990. p. 28-55.

29
AULA Nº 11

CINÉTICA
1. OBJETIVOS

a) Discutir fatores que afetam as velocidades das reações;


b) Verificar como a concentração e o estado de agregação dos reagentes alteram a velocidade de uma reação;
c) Verificar como a temperatura afeta a velocidade de uma dada reação.

2. INTRODUÇÃO

Algumas reações, previstas para ocorrerem sob o ponto de vista da termodinâmica, na prática considera-
se como se não ocorressem em virtude de suas velocidades serem muito baixas. É o que ocorre na reação entre
os gases hidrogênio (H2) e oxigênio (O2) para formar água líquida (H2O), cujo valor da energia livre de Gibbs é
negativo, Go = −237,2 kJ mol-1, mas a reação aparentemente não ocorre, nas condições de temperatura (298 K)
para a qual esse valor de Go é encontrado:
H2(g) + 1/2 O 2(g) H2O(l)
Esse fato é explicado pela cinética química. Aqui, o fator energético que deve ser analisado é a chamada
energia de ativação, a qual está associada à energia necessária para quebra das ligações nos reagentes.

Um modelo simples e útil para explicar porque algumas reações são mais rápidas que outras é o da Teoria
das Colisões. Segundo esse modelo, para uma reação ocorrer, partículas dos reagentes ao colidirem umas com as
outras, algumas ligações devem ser quebradas e novas devem ser formadas. Entretanto, nem todas as colisões
levam à formação de produtos. Um requisito para que isso aconteça é que a colisão deve ocorrer com energia
suficiente para quebrar as ligações apropriadas nos reagentes. Outro requisito para que uma colisão seja
produtiva é que as partículas aproximem-se com a orientação adequada, de modo que os átomos possam formar
novas ligações.

Colisões que ocorrem com energia suficiente para promover a quebra de ligações nos reagente e com a
orientação adequada para que novas ligações possam ser formadas, são chamadas colisões eficientes. Aqui serão
estudados fatores que contribuem para um maior número de colisões eficientes e, portanto, para aumentar a
velocidade de uma dada reação. É importante lembrar que aumentar a velocidade de uma reação é aumentar a
quantidade de matéria de reagente que se transforma ou de produto que se forma, por unidade de tempo.

As velocidades das reações químicas são afetadas por fatores que alteram o número de colisões eficientes
por unidade de tempo: quanto maior for esse número, maior será a velocidade da reação e vice-versa. Dentre
esses fatores têm-se aqueles relativos aos reagentes – concentração e estado de agregação –, e os relativos às
condições da reação – temperatura, catalisador, pressão.

3. MATERIAIS E REAGENTES UTILIZADOS

• Ácido ascórbico ou 10 comprimidos de • 2 provetas de 10 mL;


vitamina C de 1g; • 1 conta-gotas;
• 10 comprimidos efervescentes de • 5 béqueres de 50 mL;
bicarbonato de sódio (NaHCO3); • 5 tubos de ensaio;
• Soluções de iodato de potássio (ver • 1 béquer de 200 mL
procedimento abaixo); • Aquecedor de água;
• 100 mL de solução de ácido clorídrico (HCℓ) • Termômetro de mercúrio;
1 mol L-1; • Gelo

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3.1 Modo de Preparo das soluções do experimento 1:

• Solução de amido: a suspensão de amido pode ser preparada pela adição de uma colher de chá de amido
de milho a 50 mL de água fria, adicionando-se, em seguida, 200 mL de água em ebulição, deixando ferver
por cerca de 2 minutos. Deixe esfriar antes de usar.
• Solução de ácido ascórbico: dissolva 3 tabletes efervescentes de 1 g de vitamina C (sabor limão) em 300
mL de água. Adicione 150 mL de vinagre e 50 mL de suspensão de amido. A concentração de vitamina C
(C6H8O6) nessa solução será aproximadamente 0,034 mol L-1 e a solução terá coloração levemente
amarelada devido ao corante presente nos tabletes de vitamina C.
• Solução de iodato de potássio (KIO3): dissolva 2,5 g de iodato de potássio em água, completando o volume
para 500 mL. A concentração de KIO3 nessa solução será aproximadamente 0,023 mol L-1. Faça diluições
desta solução para obter outras soluções de concentrações menores (0,01 mol L-1; 0,008 mol L-1; 0,006 mol
L-1 e 0,004 mol L-1). Estas soluções diluídas também serão usadas no experimento.

4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

4.1 EXPERIMENTO 1: Efeito da concentração


Nesta etapa do experimento analisaremos a influência da concentração dos reagentes sobre a reação.

- Diluir uma parte do ácido clorídrico a 3%, para isso basta acrescentar 50% de água. Coloque 10 ml
de ácido clorídrico a 3% num dos tubos e no outro ácido a 6% e acrescente pedaços de papel alumínio
idênticos nos dois tubos, observe.
✓ Qual foi a relação de dependência da velocidade da reação com a concentração do ácido
clorídrico? Use a teoria das colisões para explicar os resultados obtidos.

4.2 EXPERIMENTO 2: Efeito da temperatura


1. Num tubo de ensaio colocar 10 ml de ácido clorídrico a 20ºC, no segundo tubo colocar 10 ml do
mesmo ácido a 50ºC e no terceiro tubo colocar 10 ml a 80ºC. Adicionar nos três tubos a mesma
quantidade de fio de alumínio e observe.

2. Registre o tempo que o metal desaparece.

QUADRO 1
Teste Temperatura (ºC) Tempo de reação (s)
1
2
3

✓ Em qual dos testes a reação foi mais rápida? E mais lenta?

4.3 EXPERIMENTO 3: Efeito da superfície de contato


Neste experimento será demonstrado como a velocidade de uma reação varia com o estado de agregação
do(s) reagente(s). Para ilustrar essa dependência será estudada a reação entre bicarbonato de sódio (NaHCO 3)
presente em comprimido efervescente e solução de ácido clorídrico. Ao dissolver o bicarbonato de sódio em água,
verifica-se que o pH é básico. Isso justifica o seu uso como um dos principais componentes de medicamentos
usados no combate à acidez estomacal. No entanto, a reação deste sal com ácido clorídrico libera bolhas de CO2
na solução.

31
A reação que ocorre é a seguinte:

NaHCO3(s) + HCℓ(aq) → CO2(g) + NaCℓ(aq) + H2O(ℓ)

a) Adicione em três béqueres de 50 mL, 2 mL de solução de HCℓ 1 mol/L, em cada um;


b) Adicione, ao mesmo tempo, em um dos béqueres um comprimido efervescente em pó, no 2º béquer o
comprimido quebrado em dois pedaços e no 3º béquer o comprimido em pedaços menores;
c) Compare o tempo de reação das três amostras.

✓ Em qual dos tubos a reação foi mais rápida? Use a teoria das colisões para dar uma explicação para o
resultado obtido.

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Felicíssimo, A.M.P. et al. Experiências de Química: técnicas e conceitos básicos: PEQ-Projetos de Ensino de
Química. São Paulo: Ed. Moderna, Ed. da Universidade de São Paulo, 1979.
TEÓFILO, R. F.; BRAATHEN, P. C.; RUBINGER, M. M. M. 2002. Reação relógio iodeto/iodo com material
alternativo de baixo custo e fácil aquisição. Química Nova na Escola. Nº 16: 41-44.

32
AULA Nº 12
OXI-REDUÇÃO E ELETROQUÍMICA

1. OBJETIVOS

a. Entender como funciona uma reação de oxi-redução.


b. Identificar a eletrólise como uma reação não-espontânea.

2. INTRODUÇÃO

Os processos que envolvem transferências de elétrons em reações são chamadas oxi-redução ou redox.
Isso é bastante usado em eletroquímica. Reações de oxi-redução são bastante comuns como, por exemplo,
combustão, obtenção e corrosão de metais, fotossíntese, respiração etc.

Há dois tipos básicos de processos eletroquímicos: i) um no qual energia elétrica é gerada a partir da
reação de oxi-redução – processo espontâneo; ii) outro em que a reação ocorre com fornecimento de energia
elétrica – processo não espontâneo. O processo espontâneo é conhecido como pilha, a exemplo dos diversos tipos
de pilhas utilizadas comercialmente. Quando a energia elétrica é empregada para promover a reação química, o
processo recebe o nome de eletrólise, muito importante na produção dos metais, hidróxido de sódio, hipoclorito
de sódio etc.

A figura 1 representa um sistema é chamado de célula galvânica ou pilha, que será testado no experimento
1. Célula galvânica é uma célula eletroquímica na qual uma reação química espontânea pode ser usada para gerar
corrente elétrica. À medida que a reação acontece, ocorre a migração de íons através de material poroso ou de
ponte salina: íons de carga positiva migram em direção ao cátodo e íons de carga negativa migram em direção ao
ânodo.

Figura 1 – Experimento de oxi-redução: pilha de Daniel

Semi-reações:
Zn(s) → Zn2+(aq) + 2e− Eo = + 0,763 V
Cu(s) → Cu2+(aq) + 2e− Eo = − 0,337 V

A variação de potencial ou potencial da célula (Eºcel) pode ser calculada pela soma do potencial do
elemento que está oxidando e do que está sendo reduzido. Lembre-se: espontaneamente, o cobre será reduzido e
o zinco oxidado. Como a semi-reação do cobre está mostrando o processo contrário, inverta a equação e o sinal
do potencial de redução (Eº). O potencial da célula será:

Eºcel = Eºoxi + Eºred


Eºcel = +0,763 + 0,337
Eºcel = 1,1 V
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Podemos comparar a força oxidante e redutora das espécies químicas envolvidas no processo. Tem maior
força oxidante aquele elemento que tem maior facilidade de ganhar elétrons e se reduzir, fazendo o outro
elemento oxidar. Já o elemento de maior força redutora é aquele que tem maior facilidade para doar elétrons (se
oxida), ou seja, faz o outro reduzir o nox. Esse é um processo que ocorre espontaneamente. No entanto, existem
processos que para ocorrerem, faz-se necessário forçar o sistema, é o processo de eletrólise.

A eletrólise é um processo de passagem de uma corrente elétrica através de uma solução iônica ou sal
fundido para promover a reação redox. A eletrólise altera a polaridade dos eletrodos. Ao invés das reações que
ocorreriam espontaneamente nos eletrodos, com o suprimento externo de energia, observa-se a ocorrência de
reações reversas. Assim, para a redução, os elétrons são forçados para o catodo; este eletrodo ainda é o sítio de
redução, mas na eletrólise ele está carregado negativamente, pois o suprimento externo de energia força os
elétrons para o local da reação. O anodo ainda é o sítio de oxidação, mas na eletrólise ele é carregado
positivamente. Ao forçar a oxidação do material, o suprimento externo remove os elétrons da região de reação de
oxidação.

No experimento 02 será feita a eletrólise da água (H2O), usando um equipamento semelhante ao


representado na FIGURA 2. Observe-o atentamente para, através dos resultados obtidos, você identificar os
produtos da reação.
Eletrodos de grafite (inerte)

Cortiça com orifícios laterais para saída de gás

Tubo em U contendo solução salina

Figura 2 – Experimento de eletrólise da água (Fonte: http://www.eaulas.usp.br/portal)

A reação de decomposição da água envolve duas semi-reações, as quais ocorrerão nas extremidades
internas do tubo em U. Em um dos lados do tubo será observada a presença de gás hidrogênio (cátodo: pólo
NEGATIVO onde ocorrerá a redução do hidrogênio). No outro lado será notada presença de gás oxigênio (ânodo:
pólo POSITIVO onde ocorrerá a oxidação do hidrogênio). Veja as semi-reações a seguir:
- Cátodo (-)
4H2O(l) + 4e
2H2O(l) - Ânodo (+)
2H2(g) + 4OH
O2(g) +
(aq)
+ -
4H (aq) + 4e
34
Potencial da célula, Eocel = − 2,06 V (REAÇÃO NÃO-ESPONTÂNEA, desfavorável)

3. MATERIAIS UTILIZADOS:

• Luvas de borracha;
• Arame de cobre de 1,5 a 2 mm;
• Alicate;
• Água destilada;
• Béquer;
• Nitrato de prata (AgNO3);
• Álcool etílico;
• Algodão;
• Bastão de vidro;
• Lixa.

4.1 EXPERIMENTO 1: Formação de prata a partir de íons prata

Neste experimento serão observadas as reações de oxirredução ou deslocamento durante a formação de prata
metálica.

1. Coloque as luvas de borracha e despeje 200 mL de água destilada no bequer e adicione 2 g de nitrato de
prata, e com bastão de vidro agite até complete dissolução do sólido.
2. Lixe o fio de cobre e limpe-o com o algodão embebido no álcool. Enrole o fio no formato de um boneco.
3. Mergulhe o fio de cobre na solução de nitrato de prata.
4. Observe.

✓ O que acontece com o fio de cobre?


✓ Quais os produtos da reação envolvida?
✓ Apresente a equação química balanceada com base nas meias-reações.

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Figura 3 – Experimento de oxi-redução

4.2 EXPERIMENTO 2: ELETRÓLISE

a) Preencha o tubo em U com solução aquosa de sulfato de sódio 1 mol L-1.


b) Conecte os terminais da fonte aos eletrodos de grafite (os quais já estão fixados à cortiça);
c) Feche as duas extremidades do tubo com as cortiças.
d) Ligue a fonte e aguarde alguns minutos.
e) Observe o volume dos gases formados e a coloração da solução nos dois tubos.
f) Retire os terminais e as cortiças dos orifícios do tubo.
g) Adicione em cada um dos lados, 3 gotas de fenolftaleína (indicador). A fenolftaleína em meio ácido apresenta-
se na cor rosa e em meio básico fica incolor. Porém, neste caso, ficará azul em meio básico.

✓ Em qual lado do tubo foi produzido hidrogênio gasoso e em qual lado foi gerado gás oxigênio? Deduza sua
resposta com base na coloração da fenolftaleína em meio ácido e básico.
✓ Por que os volumes dos gases produzidos foram diferentes?
✓ Você consegue identificar qual lado do tubo representa o cátodo? E o ânodo?

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BROWN, S. L. E HOLME, T. A. Química geral aplicada à engenharia. Tradução: Maria Lúcia Oliveira. São Paulo:
Cengage Learning Edições Ltda. 2010
RUSSELL, J. B. Química Geral. São Paulo: Makron-Books do Brasil, vol. 2, 1994.
Video-aula da USP. Eletroquímica.
http://www.eaulas.usp.br/portal/video.action;jsessionid=776D29C059B58DF5776FC0A72424C392?idItem=3
64. Acessado em 26.02.2016.

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