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UFMT - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

Campus Cuiabá

INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA

DEPARTAMENTO DE QUÍMICA

Apostila de Química Geral

Curso: Engenharia Sanitária e Ambiental


Professoras:
Dra. Aline Carlos de Oliveira
Dra. Virgínia Claudia Paulino Silva
PRÁTICA 1.

1. SEGURANÇA PESSOAL
 Usar sempre um jaleco apropriado. Este é necessário para proteger o corpo e o
vestuário. O tecido mais recomendável é o algodão.
 Em laboratório existem numerosas substâncias que podem causar irritações à
pele e originar dermatites. A remoção de salpicos de reagentes das mãos com solventes
orgânicos é muito prejudicial. Água e sabão são os melhores materiais de limpeza.
 Evitar o contato da pele com líquidos e sólidos. Tratar e proteger todos os cortes
e outros ferimentos, para evitar a penetração de substâncias irritantes.
 Não se recomenda o uso de lentes de contato no laboratório, pois pode haver
acúmulo de material sob elas.
 Usar óculos de proteção quando mexer em produtos perigosos.
 Ter muita cautela quando for testar um produto químico por odor, não coloque o
produto ou frasco diretamente, sob o nariz. Segure o frasco com uma das mãos e com a
outra abane os vapores na direção do nariz.
 Nunca fume nos laboratórios.
 Nunca trazer comida ou bebida ao laboratório. Da mesma forma, não se deve
provar qualquer substância do laboratório mesmo que inofensiva.
 Seja particularmente cuidadoso quando manusear substâncias corrosivas como
ácidos e bases concentradas.

2. REGRAS GERAIS DE SEGURANÇA.


Utilizar a capela sempre que for trabalhar uma reação que liberte gases
venenosos e irritantes.
 Ligue o exaustor sempre que houver escape de vapores ou gases no laboratório.
 O laboratório deve estar sempre limpo, evitando-se o acúmulo de vidros e outros
objetos de uso sobre as mesas e pias.
 Ao iniciar-se uma experiência deve começar-se com a bancada limpa, passagens
desobstruídas e o chão seco.
 Remover da área de trabalho todos os reagentes e, solventes inflamáveis que
forem desnecessários.
 Se o trabalho envolver o uso de substâncias altamente inflamáveis, verificar que
nas proximidades não haja fontes de ignição.
 Ao efetuar uma montagem, usar sempre uma estrutura estável. Ao segurar-se
material de vidro por meio de garras, não se deve apertar as garras excessivamente, pois
pode causar forte tensão, que pode conduzir quebra de material.
 Não trabalhar com material imperfeito, principalmente, vidros que tenham
arestas cortantes. Todo o material irrecuperável deve ser imediatamente jogado fora.
Aquele que puder ser recuperado, deve ser levado à vidraçaria, limpo.
 Verificar cuidadosamente, o rótulo do frasco que contém o dado reagente, antes
de tirar dele qualquer porção do seu conteúdo.
 As substâncias que chegarem a ser usadas, nunca devem ser retornadas para o
frasco de onde foram tiradas.
 Todos os sólidos, os papéis de filtro que sejam para lançar fora, devem ser
jogados num balde ou cesto de lixo.
 Nunca lançar para o esgoto fósforos, papel de filtro ou quaisquer sólidos pouco
solúveis.
 Ao aquecer um tubo de ensaio contendo qualquer substância, não volte a
extremidade aberta para si mesmo ou para uma pessoa próxima.
 Sempre que proceder a diluição de um ácido concentrado, adicione-o
lentamente, sob constante agitação sobre a água e nunca a água sobre o ácido. Se
derramar qualquer reagente sobre a bancada ou no chão lavá-lo imediatamente com
água.
 Nunca pipete liquido cáustico ou venenosos com a boca. Use material
apropriado.
 Manusear ácidos e bases concentradas na capela, usando peras de borrachas para
pipetar.
 Após trabalhar com material tóxico, devemos limpar esmeradamente as mãos, o
local de trabalho e os materiais.
 Feche com cuidado as torneiras de gás evitando o escape.
 Não aqueça reagentes em recipientes fechados.

3. LIMPEZA
 Todo material de laboratório deve ser limpo, para que não haja influência de
resíduos das análises anteriores nas posteriores. Esses resíduos devem ser solúveis em
água, ácidos, bases.
 Nunca usar um recipiente ou aparelhos quaisquer, duas vezes, sem lavá-lo antes,
mesmo que ele venha conter a mesma substância.
 É conveniente usar escova, para a limpeza perfeita do material. Depois de
limpos, devem ser enxaguados em água corrente, 3 a 4 vezes, depois com água
destilada. o secados em estufa. Depois de limpos e secos, devem ser guardados nos
respectivos lugares, evitando sempre o contato manual quando são vidros de análises.
 Para limpeza de materiais de vidro, tal como pipetas, pode-se encher urna
proveta grande (1.000 ML) , e colocar as pipetas dentro, com o bico para cima e no
fundo da proveta deve-se colocar uma esponja de nylon para amortecer a batida com o
fundo da proveta.
 As amostras devem ser guardadas em armários próprios, arrumadas de tal modo
que se torne fácil a localização de qualquer uma delas em determinado momento.

4. LEITURA DE RÓTULOS
 Um hábito que deve ser adquirido em trabalhos de laboratório é a leitura do
rótulo do reagente que se irá manusear. Este hábito evitará acidentes e o uso indevido
dos mesmos, como por exemplo, a troca de reagentes em um experimento.
 No caso dos reagentes vindos de fábrica, os rótulos contêm informações a
respeito da fórmula da substância, sua pureza, densidade, massa molecular, além de
símbolos que indicam se o reagente é inflamável, irritante, venenoso, etc. Estes
reagentes são normalmente chamados de P.A. (pró – análise) quando possuem um alto
grau de pureza.
 No caso de soluções preparadas a partir de reagentes P.A., os frascos deverão
conter o nome e a fórmula do reagente, assim como a concentração da solução (relação
soluto /solvente).

IMPORTANTE:
A MAIORIA DAS PRÁTICAS REALIZADAS GERA RESÍDUOS, AO FINAL
OU DURANTE A PRÁTICA, SEMPRE QUE UM EXPERIMENTO FOR
REALIZADO, OBSERVAR QUAIS SÃO OS RESÍDUOS GERADOS BEM
COMO O SEU ARMAZENAMENTO E \OU DESCARTE.
PRÁTICA 2.
APRESENTAÇÃO DE EQUIPAMENTOS
BÁSIOS DE LABORATÓRIO.

PAPEL DE FILTRO
É um papel poroso em forma de disco. É usado
especialmente nas filtrações de substâncias que não
reagem com a celulose (substâncias de que è
constituído). Na filtração de ácidos fortes, oxidantes
enérgicos, etc.. Substitui-se o papel de filtro por lã de
vidro ou outro material mais conveniente.

BÉQUER
Recipiente com ou sem graduação, utilizado para o
preparo de soluções (onde a concentração seja
aproximada), aquecimento de líquidos, recristalizações,
etc.

TUBO DE ENSAIO
É um tubo de vidro de forma cilíndrica, fechado em uma
das extremidades. É utilizado principalmente para efetuar
reações químicas em pequena escala. Podem ser
aquecidos.

ERLENMEYER
É um recipiente de vidro de forma cônica. É utilizado
para aquecer líquidos ou soluções e, principalmente, para
efetuar um tipo de análise química denominada titulação.

BALÃO DE FUNDO REDONDO


São aparelhos de vidro de forma aproximadamente
esférica. Podem ser do fundo chato ou fundo
redondo.Serve para levar ao aquecimento reativo
líquido ou sólido.

PROVETAS
São recipientes com graduações, destinado a medidas
aproximadas de um líquido ou solução. Não podem ser
aquecidos.
BALÕES VOLUMÉTRICOS
São balões de vidro que contém um colo alongado. No
seu colo há uma marca de volume aferido para uma
determinada temperatura. São destinados a conter
volumes determinados de líquidos. (OBS: Só devem ser
usados em trabalhos de precisão não podem ser
aquecidos).

PIPETAS
São aparelhos de vidro em forma cilíndrica. São usados
para medir e transferir volumes de líquidos.

BICO DE BUNSEN
É uma peça metálica que consta de três partes: base,
tubo e anel. É usado para promover a combustão de
gases e consequentemente fornecer calor.

TELA DE AMIANTO
Tela metálica, contendo amianto, utilizada para
distribuir uniformemente o calor, durante o
aquecimento de recipientes de vidro à chama de um
bico de gás.

SUPORTE E GARRA
Os suportes são peças geralmente de ferro. Constam de
duas partes: base e haste. As garras são presas às hastes
do suporte. O conjunto tem por finalidade, fixar balões,
buretas, retortas, etc.

TRIPÉ
É uma peça de ferro que serve para sustentar a tela de
amianto.
BURETAS: equipamento calibrado para medida exata
de volume de líquidos e soluções. Permite o
escoamento do líquido ou solução através de uma
torneira esmerilhada e é utilizada em um tipo de análise
química denominada titulação.

KITASSATOS
São aparelhos bastante semelhantes aos erlenmeyers.
Possuem uma abertura lateral em seu colo e são usados
nas filtrações à vácuo.

BASTÃO DE VIDRO
É utilizado para a agitação dos líquidos. Podem ser
aquecidos.

FUNIS
São aparelhos de vidro de forma variável. São usados
na separação de fases de um sistema heterogêneo.

VIDRO RELÓGIO
São recipientes de vidro de forma de calota esférica.
São usados para conterem sólidos, para ensaios com
quantidade reduzida de reagentes. Não podem ser
aquecidos.

CADINHOS
São recipientes que lembram as xícaras de café comuns
apenas asas. Podem ser porcelanas (prata, platina,
grafite, ferro, etc.).São usados para aquecimentos
elevados.

ALMOFARIZ: São recipientes de porcelana (que


lembram as cápsulas) ou outros materiais destinado
a trituração de sólidos. O triturador denomina-se
PISTILO.
ESPÁTULA
É usada para transferir substâncias sólidas.

BOMBA DE VÁCUO
Equipamento silencioso e eficiente em trabalhos com
aplicação de vácuo. Ideal para trabalhos longos com
alto nível de precisão (constância).

DESSECADOR
Utilizado no armazenamento de substâncias, quando se
necessita de uma atmosfera com baixo teor de umidade.

BANHO DE ÁGUA OU BANHO – MARIA


Utilizado para aquecimento indireto até 100 ºC.

PINÇA DE MADEIRA
Utilizada para segurar tubos de ensaio.

PISSETA
Frasco, geralmente de plástico, contendo água
destilada, álcool ou outros solventes, usado para efetuar
a lavagem de recipientes ou materiais com jatos de
líquido nele contido.

ESTUFA
Equipamento empregado na secagem de materiais, por
aquecimento, em geral até 200 ºC.
MUFLA OU FORNO
Utilizado na calcinação de substâncias, por
aquecimento em altas temperaturas (até 1000 ou 1500
ºC).

CENTRÍFUGA
Instrumento que serve para acelerar a sedimentação de
sólidos em suspensão em líquidos.

BALANÇA
Instrumento para determinação de massa.
PRÁTICA 3.
PESAGEM EM BALANÇA SEMI-ANALÍTICA E
MEDIDAS DE VOLUME

OBJETIVO:
Conhecer equipamentos e técnicas de medidas de volume em laboratório.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA:
De um modo geral, para medidas aproximadas de volumes de líquidos, usam-se
cilindros graduados ou provetas; para medidas precisas, usam-se pipetas, buretas e
balões volumétricos, que constituem o chamado material volumétrico. Aparelhos
volumétricos são calibrados pelo fabricante a uma temperatura padrão de calibração de
20ºC.
Em trabalhos de laboratório, as medidas de volume aproximadas são efetuadas,
na quase totalidade dos casos, com provetas graduadas, as de modo muito grosseiro,
com béqueres com escala e as medidas volumétricas, chamadas precisas, com aparelhos
volumétricos.
A prática de análise volumétrica requer a medida de volumes líquidos com
elevada precisão. Para efetuar tais medidas são empregados vários tipos de aparelhos,
que podem ser classificados em duas categorias:
a) Aparelhos calibrados para dar escoamento a determinados volumes.
b) Aparelhos calibrados para conter um volume líquido.
Na classe “a” estão contidas as pipetas e as buretas e, na classe “b”, estão incluídos os
balões volumétricos.
A medida de volumes líquidos com qualquer dos referidos aparelhos está sujeita
a uma série de erros devido às seguintes causas:
a) Ação da tensão superficial sobre as superfícies líquidas.
b) Dilatações e contrações provocadas pelas variações de temperatura.
c) Imperfeita calibração dos aparelhos volumétricos.
d) Erros de paralaxe.

A leitura de volume de líquidos claros deve ser feita pela parte inferior e a
de líquidos escuros pela parte superior, para que sejam evitados os erros de
paralaxe.

MATERIAIS VOLUMÉTRICOS

 BALÕES VOLUMÉTRICOS
Os balões volumétricos são balões de fundo chato e gargalo comprido,
calibrados para conter determinados volumes líquidos. Os balões volumétricos são
providos de rolhas esmerilhadas de vidro ou de polietileno. O traço de referência
marcando o volume pelo qual o balão volumétrico foi calibrado é gravado sobre a meia-
altura do gargalo (bulbo). A distância entre o traço de referência e a boca do gargalo
deve ser relativamente grande para permitir a fácil agitação do líquido (a solução deve
ser bem homogeneizada), depois de ser completado o volume até a marca. O traço de
referência é gravado sob a forma de uma linha circular, tal que, por ocasião da
observação, o plano tangente à superfície inferior do menisco tem que coincidir com o
plano do círculo de referência. Os balões volumétricos são construídos para conter
volumes diversos; os mais usados são os de 50, 100, 200, 500, 1000, 2000 mL. Os
balões volumétricos são especialmente usados na preparação de soluções de
concentração conhecida. Para se preparar uma solução em um balão volumétrico,
transfere-se ao mesmo, o soluto ou a solução a ser diluída. Adiciona-se, a seguir,
solvente até cerca de 3/4 da capacidade total do balão. Misturam-se os componentes e
deixa-se em repouso até atingir a temperatura ambiente, tendo-se o cuidado de não
segurar o balão pelo bulbo. Adiciona-se solvente até “acertar o menisco”, isto é, até o
nível do líquido coincidir com a marca no gargalo. As últimas porções do solvente
devem ser adicionadas com um conta-gotas, lentamente, e não devem ficar gotas presas
no gargalo. O ajustamento do menisco ao traço de referência deverá ser feito com a
maior precisão possível. Fecha-se bem o balão e vira-se o mesmo de cabeça para baixo,
várias vezes, agitando-o, para homogeneizar o seu conteúdo.

 PIPETAS
Existem duas espécies de pipetas:
a) Pipetas volumétricas construídas para dar escoamento, a um determinado volume.
b) Pipetas graduadas servem para escoar volumes variáveis de líquidos.
As pipetas volumétricas são constituídas por um tubo de vidro com um bulbo na
parte central. O traço de referência é gravado na parte do tubo acima do bulbo. A
extremidade inferior é afilada e o orifício deve ser ajustado de modo que o escoamento
não se processe rápido demais, o que faria com que pequenas diferenças de tempo de
escoamento ocasionassem erros apreciáveis. As pipetas volumétricas são construídas
com as capacidades de 1, 2, 5, 10, 20, 50, 100 e 200 mL, sendo de uso mais frequente as
de 25 e 50 mL.
As pipetas graduadas consistem de um tubo de vidro estreito, geralmente
graduado em 0,1mL. São usadas para medir pequenos volumes líquidos. Encontram
pouca aplicação sempre que se quer medir volumes líquidos com elevada precisão. Têm
a vantagem de se poder medir volumes variáveis.
Para se encher uma pipeta, coloca-se a ponta da mesma no líquido e faz-se a
sucção com a pêra de. Deve-se ter o cuidado em manter a ponta da mesma sempre
abaixo do nível da solução do líquido. Caso contrário, ao se fazer a sucção, o líquido
alcança a pêra de sucção ou a boca. A sucção deve ser feita até o líquido ultrapassar o
traço de referência. Feito isto deixa-se escoar o líquido lentamente até o traço de
referência (zero). O ajustamento deve ser feito de maneira a evitar erros de paralaxe.
Os líquidos que desprendem vapores tóxicos e os líquidos corrosivos devem
sempre serem introduzidos na pipeta, através de pêras de sucção.Para escoar os líquidos,
deve-se colocar a pipeta na posição vertical, com a ponta encostada na parede do
recipiente que vai receber o líquido. Esperam-se 15 ou 20 segundos e retira-se a gota
aderida a ponta da pipeta, encostando-a a parede do recipiente.
 BURETAS
As buretas servem para dar escoamento a volumes variáveis de líquidos. São
constituídas de tubos de vidro uniformemente calibrados, graduados em 1mL e 0,1 mL.
São providas de dispositivos, torneiras de vidro ou polietileno entre o tubo graduado e
sua ponta afilada, que permitem o fácil controle de escoamento.
As torneiras das buretas, quando forem de vidro, devem ser levemente
lubrificadas para que possam ser manipuladas com mais facilidade. Serve para este fim
uma mistura de partes iguais de vaselina e cera de abelhas;misturas especiais são
encontradas no comércio.

Recomendações para uso da bureta


a) A bureta limpa e vazia deve ser fixada em um suporte na posição vertical.
b) Antes de se usar um reagente líquido, deve-se agitar o frasco que o contem, pois não
é raro haver na parte superior do mesmo, gotas de água condensada.
c) A bureta deve ser lavada, pelo menos uma vez, com uma porção de 5mL do reagente
em questão, o qual deverá ser adicionado por meio de um funil, em buretas que não
possuam gargalo especial; cada porção é deixada escoar
completamente antes da adição da seguinte.
d) Enche-se então a bureta até um pouco acima do zero da escala e remove-se o funil.
e) Abre-se a torneira para encher a ponta ou expulsar todo o ar e, deixa-se escoar o
líquido, até que a parte inferior do menisco coincida exatamente com a divisão zero.
Quando se calibra a bureta (acerto do zero) deve-se tomar o cuidado de eliminar todas
as bolhas de ar que possam existir.
f) Coloca-se o frasco que vai receber o líquido sob a bureta e deixa-se o líquido escoar,
gota a gota, geralmente a uma velocidade não superior a 10 mL por minuto. Controla-se
a torneira da bureta com a mão esquerda. Após o escoamento da quantidade necessária
de líquido, espera-se de 10 a 20 segundos e lê-se o volume retirado.

1.2 DENSIDADE

A densidade é uma propriedade da matéria que relaciona massa e volume. Em


outras palavras, ela define a quantidade de massa de uma substância contida por unidade
de volume. Em unidades SI, a densidade é expressa em unidades kg/L ou,
alternativamente, em g/mL (também em g/cm3).

𝒎
𝒅=
𝒗

O conceito de densidade pode ser facilmente entendido na prática comparando


objetos feitos a partir de diferentes substâncias, mas de mesmo volume. Portanto,
sólidos com o mesmo volume - porém feitos de diferentes materiais - terão massas
distintas, ou seja, materiais diferentes têm densidades diferentes.
A densidade da água varia conforme a temperatura como visto na Tabela 1
.
Tabela 1. Densidade da água em diferentes temperaturas.

1.3 ERRO PERCENTUAL


O erro percentual pode ser dado por:

𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑒𝑥𝑝𝑒𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎𝑙 − 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑡𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑜


𝐸𝑟𝑟𝑜 (%) = 𝑥 100%
𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑡𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑜

2. MATERIAIS
 Bureta50 ml  Becker
 Pipeta graduada 5mL Suporte para tubos
 Pipeta volumétrica 25mL  Balança semi-analítica
 Água destilada Erlenmeyer
 Proveta de 100 ml  Balão volumétrico 100 mL
 Tubos de ensaios  Termômetro
 Pipeta graduada 25 mL
3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL:
Medidas de volume
1) Separe 06 tubos de ensaio em um suporte e enumere-os;
2) Pese cada um dos tubos e anote sua massa na tabela;
3) Utilizando uma pipeta graduada de 5mL transfira 1,0mL; 1,5 mL; 2,0mL; 2,7
mL; 3,8 mLe 4,5 mLde água para os tubos de ensaio nos suporte;
4) Anote o resultado na tabela e calcule o erro experimental.

Massa do
Massa do Tubo Volume de H2O Volume de H2O
Tubo de Tubo de
+ H2 O (experimental) (teórica) Erro %
Ensaio Ensaio
1
2
3
4
5
6

5) Utilizando 05 béqueres de 100 mL limpos e secos meça as suas massa na balança


semi-analítica. Anote o resultado na tabela.

6) Utilizando um balão volumétrico de 50 mL, uma proveta de 100 mL, uma pipeta
volumétrica de 25 mL e uma pipeta graduada de 25 mL, transfira 50 mL de água
destilada para cada um dos béqueres pesados no item 5. Pese o conjunto água
mais béquer e anote o resultado.
7) Calcule o erro percentual.
Massa do Volume de 50 Volume de
Massa do Bequer mL 50 mL de
Béquer Béquer + 50 mL de de H2O H2O Erro %
H2 O (experimental) (teórica)
Balão
Volumétrico
Proveta
Pipeta
Volumétrica
Pipeta
Graduada

8) Observe o erro de cada recipiente e coloque-os os em ordem crescente de


precisão.

Resíduos gerados:
Esta prática não gera resíduos perigosos, apenas água, logo, seu descarte pode ser feito
direto na pia.
PRÁTICA 4.
SUBSTÂNCIAS PURAS E MISTURAS, CRITÉRIOS DE
PUREZA E FRACIONAMENTO

1. OBJETIVO:
Distinguir substâncias puras e misturas
Aprender técnicas de fracionamento

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA:

A determinação e a análise das propriedades específicas dos materiais do


ambiente são formas de se conseguir saber se uma determinada matéria é uma
substância pura ou uma mistura.
As substâncias puras podem ser classificadas em:
 Substâncias puras simples: que são formadas pela combinação de átomos de
um único elemento químico, como por exemplo o gás hidrogênio formado por
dois átomos de hidrogênio ligados entre si; o ozônio formado por três átomos de
oxigênio, ferro, ouro(Au) etc.

 Substâncias puras compostas: que são formadas pela combinação de átomos


de dois ou mais elementos químicos diferentes, como por exemplo, a água
formada por dois átomos de hidrogênio e um átomo de oxigênio; ácido
clorídrico formado por um átomo de hidrogênio e um átomo de cloro, álcool
(C2H5OH).
Por outro lado, na natureza, as substancias normalmente encontram-se
misturadas umas com as outras e, assim são denominadas de misturas.
Às vezes é fácil distinguir substância de uma mistura, uma vez que as
substancias são sempre homogêneas (um só aspecto, uma só fase), ao passo que as
misturas podem ser heterogêneas (mais de um aspecto, mais de uma fase). No entanto,
certas misturas são facilmente confundidas com substancias, porque são também
homogêneos (água salgada, por exemplo, constituída da substancia água com substancia
sal).
Distinguem-se assim dois tipos de misturas: homogêneas e heterogêneas.
Distinguir uma substância de uma mistura homogênea, embora mais difícil que
distinguir de uma mistura heterogêneo, é perfeitamente viável, uma vez que as
substancias caracterizam-se por possuírem um conjunto de propriedades físicas e
químicas especificas (um conjunto diferente para cada substancia), fixas e constantes o
que não acontece com as misturas.
Dentre estas possibilidades, são muito importante o ponto de fusão (a
temperatura que o sólido se funde), o ponto de ebulição (a temperatura que o liquido
ferve) e a densidade (razão massa do corpo e o volume que ocupa, geralmente dada em
g/cm3). Por exemplo: a água (H2O) tem ponto de fusão (PF) igual a 0°C e ponto de
ebulição a 100°C, ambos a 1atm de pressão e densidade de 1,0 g/cm3 a 3 °C.
Por outro lado a água salgada, que é uma mistura homogênea, apresenta variação
de temperatura durante a fusão e ebulição. Os valores de densidade e temperatura de
inicio da fusão e ebulição variam conforme as quantidades relativas de água e sal.
As misturas, portanto não tem PF e PE. As substancias ao contrario possuem PF
e PE uma vez que a temperatura permanece constante durante suas mudanças de fase.
As diferenças nas curvas de aquecimento de uma substância e uma mistura são
mostradas na Figura 1 e 2.

Figura1. Curva de aquecimento de uma Figura 2. Curva de aquecimento de


substância pura. uma mistura.

Mistura é a associação de duas ou mais substâncias diferentes cujas estruturas


permanecem inalteradas, isto é, não ocorre reação química entre elas. Temos dois tipos
de misturas:

a) Mistura homogênea: não é possível distinguir superfícies de separação entre


seus componentes, nem mesmo com os mais aperfeiçoados aparelhos de
aumento, tais como ultramicroscópio ou microscópio eletrônico.
b) Mistura heterogênea: é possível distinguir superfícies de separação entre seus
componentes, em alguns casos a olho nu, em outros com microscópio comum.

É muito comum as substâncias aparecem misturadas na natureza.


Frequentemente, portanto, é necessário separar as substâncias existentes na mistura, até
ficarmos com cada substância totalmente isolada das demais (substância pura).
CONJUNTO DE PROCESSOS DE SEPARAÇÃO DOS COMPONENTES DAS
MISTURAS.

HOMOGÊNEAS
 Destilação simples
(sólido + líquido)
Por aquecimento, só o líquido entra em ebulição, vaporiza-se e a seguir
condensa-se, separando-se do sólido.
 Destilação fracionada
(líquido + líquido)
Por aquecimento, os líquidos vaporizam-se e a seguir condensam-se,
separadamente, à medida que vão sendo atingidos os seus PE.
 Liquefação fracionada
(gás + gás)
Por resfriamento da mistura, os gases se liquefazem separadamente, à medida
que vão sendo atingidos os seus PE.

 Aquecimento simples
(gás + líquido)
Por aquecimento abaixo do PE do líquido, o gás dissolvido é expulso.

HETEROGÊNEAS
Todas as fases são sólidas

 Catação - Os fragmentos são catados com a mão ou pinça.


 Ventilação - Separação do componente mais leve por corrente de ar.
 Levigação - Separação do componente mais leve por corrente de água.
 Flotação - Separação por um líquido de densidade intermediária.
 Dissolução fracionada - Separação por meio de um líquido que dissolve apenas
um componente.
 Separação magnética - Apenas um componente é atraído pelo ímã.
 Fusão fracionada - Separação por aquecimento da mistura até a fusão do
componente de menor PF.
 Cristalização fracionada - Adiciona-se um líquido que dissolva todos os
sólidos. Por evaporação da solução obtida, os componentes cristalizam-se
separadamente.
 Peneiração ou tamização - Os componentes estão reduzidos a grãos de
diferentes tamanhos.

Pelo menos uma das fases não é sólida


 Sedimentação - Separação de duas ou mais camadas devido a diferentes
densidades.
 Decantação - Após a sedimentação a fase líquida é escoada.
 Filtração - Separa a fase líquida ou gasosa da sólida por meio de uma superfície
porosa.
 Centrifugação - Decantação acelerada por uma centrífuga.
3. MATERIAIS E REAGENTES
 Tubos de ensaio  NaCl
 Proveta 50 mL  CaCO3
 Béqueres de 100 mL  Vinho
 Bico de Bunsen  Balão de destilação
 Tela de amianto  Bastão de vidro
 Tripé de ferro  Condensador
 Termômetro (0 – 100°C)  Garras
 Funil analítico  Haste universal
 Erlenmeyer
 Papel de filtro

4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
DISTINÇÃO ENTRE MISTURA E SUBSTÂNCIA
1. Observe atentamente as amostras contidas nos tubos de ensaios tampados e
classifique-as em substancias (simples ou compostas), mistura homogênea e
mistura heterogênea de acordo com as informações fornecidas na Tabela 1 e
suas observações.

Nº AMOSTRA CONTEÚDO
1 Vinho CH3CH2OH + H2O
Solução saturada de NaCl com corpo de
2 NaCl + H2O.
fundo
3 Carbonato de cálcio CaCO3
4 Álcool CH3CH2OH
5 Desconhecida
6 Desconhecida

CRITÉRIOS DE PUREZA
1. Analise a Amostra 5 procedendo como se segue.
2. Coloque cerca de 50 mL da amostra em um béquer e inicie o aquecimento
sobre uma chapa aquecedora (sobre uma tela de amianto). Anote a
temperatura da amostra, com o auxilio de um termômetro, de minuto em
minuto até ebulição. Continue o aquecimento por mais 15 minutos e
verifique se durante a ebulição a temperatura continua a subir ou não. Com
os dados obtidos, faça um gráfico de temperatura x tempo. Durante a
ebulição, a temperatura variou? A amostra e uma substância pura ou uma
mistura?
3. Repita o procedimento anterior para a Amostra 6. Houve variação da
temperatura durante a ebulição? Trata-se de uma substância pura ou uma
mistura?

FRACIONAMENTO
4. Em um béquer, coloque 30 mL de água destilada e cloreto de sódio agitando
om um bastão de vidro até que sobre corpo de fundo. Classifique o sistema
formado. Que procedimento poderia ser usado para separar completamente
seus constituintes? Justifique.
5. Se tratando de materiais heterogêneos de sólidos e líquidos, a técnica de
fracionamento geralmente usada é a filtração.
Misture 5g da amostra 3 em 30mL de água e verifique o sistema formado.
Monte a aparelhagem e execute a filtração. Que substâncias passaram pelo
filtro? Com o auxílio de uma pisseta, lave o precipitado com água três vezes.
Justifique a realização desta operação. Com o auxilio de uma espátula,
coloque o precipitado num frasco apropriado.
6. Coloque cerca de 10 mL da Amostra 5 em um béquer e leve ao aquecimento
até secura. Ficou resíduo no béquer?
7. Repita o procedimento com a Amostra 6. Ficou resíduo no béquer? Em caso
afirmativo, ocorreu o fracionamento da amostra? Qual o nome da técnica
utilizada neste procedimento?
8. Para fracionar material constituído de dois líquidos miscíveis, em geral a
melhor técnica talvez seja a da destilação. A amostra 1 é um material
homogêneo, cujo os principais componentes são a água (PE = 100 ºC) e o
álcool (PE = 78 ºC). Monte a aparelhagem para a destilação para separar os
dois. Em que principio se baseia essa separação?
9. Observe o aumento da temperatura durante essa experiência, a qual, como se
trata de um material, varia durante a ebulição. Ao atingir os 90 ºC, troque o
recipiente de coleta do destilado. Assim você obterá duas frações.

Resíduos gerados:
O carbonato de cálcio retido no filtro deve ser seco, raspado e armazenado em um
frasco adequado para ser reutilizado, os demais resíduos não são perigosos e podem ser
descartados na pia, ou lixo comum.
PRÁTICA 5
DETERMINAÇÃO DA ESTEQUIOMETRIA DE UMA
REAÇÃO

1. OBJETIVO: Determinar experimentalmente a relação ideal entre as


quantidades de matéria de hidróxido de bário e ácido sulfúrico, para a obtenção de
sulfato de bário.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA:
Os coeficientes de uma reação química balanceada indicam a proporção de
cada substância que reage e que é produzida. Essa proporção pode ser em mols, massa,
número de moléculas ou volume (para substâncias na fase gasosa). Para efetuarmos os
cálculos estequiométricos, devem-se conhecer as proporções existentes entre os
elementos que formam as diferentes substâncias. Estas proporções são perceptíveis pelo
conhecimento das fórmulas das substâncias. Atualmente, o cálculo estequiométrico é
utilizado em várias atividades, tais como: pela indústria que deseja saber quanto de
matéria-prima (reagentes) deve utilizar para obter uma determinada quantidade de
produtos, pelo médico que quer calcular quanto de determinada substância deve
ministrar para cada paciente, entre inúmeras outras.

3. MATERIAIS E REAGENTES
 9 tubos de ensaio
 Grade para tubos de ensaio
 2 provetas graduadas 10 mL
 1 bastão de vidro
 Hidróxido de bário 0,5 mol/L
 Ácido sulfúrico 0,5 mol/L

4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL:
1. Colocar os 9 tubos em fileira em uma grade.
2. Colocar nestes tubos as quantidades de ácido sulfúrico indicadas na tabela
abaixo.
3. Colocar os volumes complementares de hidróxido de bário, de modo que o
volume total em cada tubo seja de 10 mL.
4. Agitar suavemente cada tubo com o bastão de vidro.
5. Deixar que o precipitado de sulfato de bário sedimente durante 10 minutos
aproximadamente.
6. Observar qual o tubo onde a formação de precipitado for máxima.
7. Determinar a estequiometria da reação.
Tubos Ba(OH)2 - 0,5 M (mL) H2(SO4) - 0,5 M (mL)
1 1 9
2 2 8
3 3 7
4 4 6
5 5 5
6 6 4
7 7 3
8 8 2
9 9 1

RESÍDUOS GERADOS:
O sal formado deve ser descartado no frasco com a informação: grupo 13 outros sais.
PRÁTICA 6
TRANSFORMAÇÕES FÍSICAS E QUÍMICAS

1. OBJETIVO
Identificar os fenômenos físicos e/ou químicos através de vários experimentos

2. INTRODUÇÃO
A matéria e a energia não podem ser criadas ou destruídas, podem apenas ser
transformadas. Para notar se houve uma transformação precisará analisar a matéria em
dois momentos diferentes, em um estado inicial e em um estado final. Pode-se afirmar
que houve uma transformação na matéria considerada, quando for observada alguma
diferença, ao se comparar as características da matéria no estado inicial com as
características no estado final.
As transformações físicas alteram apenas a forma e a aparência da matéria, mas
não altera suas propriedades, ou seja, quando a substância sofre determinada
transformação e ao final desta, suas propriedades são mantidas.
Exemplos de transformações físicas:
 Um papel que se rasga.
 Um vidro que se parte.
 A água que ferve, evaporando-se.
 Um gelado que derrete

As transformações químicas ocorrem, quando existe a formação de novas


substâncias, isto é, substâncias com propriedades diferentes das substâncias iniciais.
Na natureza ocorrem várias transformações químicas: apodrecimento de frutos,
enferrujamento do ferro, fermentação alcoólica, formação de coalhada, respiração dos
seres vivos, fotossíntese, oxidação da prata, produção de tecido a partir do algodão,
produção de pão (farinha, fermento, água, sal e açúcar, durante a fermentação ocorre
liberação de gás carbônico, por isso o pão "cresce"), produção do vidro a partir da areia,
extração de corantes, produção do vinho a partir da fermentação da uva, produção de
sabão.
No decurso das transformações químicas ou reações químicas em que se
formam as novas substâncias, existem algumas evidências facilmente observáveis que
permitem verificar a ocorrência dessas transformações. Por exemplo:

 Uma mudança de cor.


 A libertação de um gás.
 A formação de um sólido (precipitados).
 A formação de uma chama.
 O aparecimento de um cheiro característico.
 O desaparecimento das substâncias iniciais.
Observe cuidadosamente os reagentes usados: seu estado físico; se está puro ou
em mistura; sua coloração, etc., com o objetivo de analisar as modificações ocorridas.
3. MATERIAIS E REAGENTES

 Cápsula de porcelana  Zinco em pó


 Espátula  KNO3
 Funil Simples  Almofariz e Pistilo
 Bico de Bunsen  Cadinho
 Pinça de madeira  Bastão de Vidro
 Tubo de ensaio com estante  Tela de Amianto e tripé
 Iodo elementar  Caixa de fósforos
 Fita de magnésio  Béquer de 100 mL
 Enxofre em pó  Termômetro
 Cloreto de sódio  Solução de HCl
 Alumínio em pó
 Magnésio metálico Soluções diluídas (0,1 mol/L) de:
 H2SO4  Ba(OH)2
 HNO3  K2CrO4
 Cobre metálico  FeCl3
 Gelo  Na2CO3

4. PARTE EXPERIMENTAL
1- Coloque em um tudo de ensaio, alguns cristais de cloreto de sódio e aqueça
cuidadosamente na chama do bico de bunsen. Observe:
2- Em um tudo de ensaio, coloque pequena quantidade de nitrato de potássio, e aqueça
num bico de bunsen.
3- Continue o aquecimento mesmo depois de fundido. Quando iniciar o
desprendimento de gás, introduza um palito de fósforo incandescente e observe o
que acontece.
4- Coloque em um Becker de 100 mL, gelo e um pouco de água. Meça a temperatura
após o equilíbrio térmico ser atingido (cerca de 2 min.). Anotar a temperatura.
Adicione em seguida um pouco de cloreto de sódio sólido. Agite com o bastão de
vidro. Agora aqueça sobre uma tela de amianto com tripé até a evaporação
completa. Cuidado com os vapores. Observe.
5- Coloque uma pequena porção de zinco em pó em um tudo de ensaio e junte 3,0 ml
de solução aquosa de HCl. Observe.
6- Coloque em uma cápsula de porcelana, pequena quantidade de iodo, cubra com funil
e aqueça sobre uma tela de amianto. Só tire o funil quando estiver completamente
frio. Observe.
7- Com uma pinça de madeira, leve a chama de um bico de bunsen um pedaço de fita
de magnésio de cerca de 3,0 cm de comprimento. Observe.
8- Experimente adicionar em tubos separados algumas gotas das seguintes
combinações e soluções. Observe e anote.
9- Magnésio metáligo(Mg) e ácido clorídrico (HCl)
10- Hidróxido de bário (Ba(OH)2) e CO2 (obtido pela expiração)
11- Ácido sulfúrico (H2SO4) e hidróxido de bário (Ba(OH)2)
12- Cabonato de sódio (Na2CO3) e ácido clorídrico (HCl)
13- Cobre metálico (Cu) e ácido nítrico (HNO3)
14- Classifique os ensaios acima entre as transformações químicas e físicas.
15- Aos classificados como fenômenos físicos tente dar uma explicação ao ocorrido,
enquanto aos fenômenos químicos discuta a possível reação bem como a equação
química que o representa. Escreva a discussão.

Resíduos gerados:
Os procedimentos 1 a 4 podem ser descartados na pia, os resíduos dos procedimentos 5
a 12 devem ser descartados no frasco de coleta com o rótulo: frasco 13 outros sais.
PRÁTICA 7
POLARIDADE MOLECULAR E SOLUBILIDADE

1. OBJETIVO
 Constatar, na prática, diferenças entre o comportamento de substâncias iônicas e
moleculares.
 Verificar a solubilidade de alguns compostos, já que a natureza iônica de uma
substância influi na solubilidade em determinados solventes.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA:

POLARIDADE DAS MOLÉCULAS


Em geral, os compostos são classificados em compostos iônicos e compostos
moleculares. Os compostos iônicos são aqueles que possuem uma ou mais ligações
iônicas, mesmo que apresente várias ligações covalentes.
Na ligação iônica, as forças de atração são consequência da transferência
completa de um ou mais elétrons de um átomo para outro sendo que um deles adquire
carga positiva e o outro, negativa, surgindo as forças responsáveis pela ligação. A
maioria dos compostos iônicos são sólidos, na temperatura e pressão ambientes, porque
a força de atração elétrica mantém os cátions e os ânions firmemente ligados uns aos
outros.
Os compostos moleculares são aqueles que possuem somente ligações
covalentes entre seus átomos. A menor partícula deste composto denomina-se molécula.
Na ligação covalente a transferência de elétrons nunca é completa, pois estessão
compartilhados e neste caso a força de atração entre o par de elétrons (carga
negativa) e o núcleo (carga positiva) é o que mantêm os átomos unidos.

PONTO DE FUSÃO
O ponto de fusão (PF) de um composto é a temperatura na qual este composto
no estado sólido se transforma em líquido. O ponto de fusão está relacionado com as
interações entre partículas (átomos, íons e moléculas). Compostos que possuem fortes
interações entre partículas, terão maiores pontos de fusão.
Os compostos iônicos são constituídos por íons positivos e negativos, dispostos
de maneira regular formando um retículo cristalino. Para que ocorra a fusão do retículo
precisamos de uma considerável energia, por isso os compostos iônicos possuem
elevado ponto de fusão e ebulição, geralmente são sólidos e muito duros.
Quanto mais fortes forem as interações intermoleculares, maior o ponto de
fusão. Compostos contendo moléculas polares possui ponto de fusão mais alto que
moléculas apolares.

CONDUÇÃO DE CORRENTE ELÉTRICA


Para que haja condução de corrente elétrica é necessária a presença de elétrons
livres, com mobilidade. Os compostos iônicos não conduzem corrente na fase sólida
(quando os elétrons estão firmemente ligados uns aos outros), mas conduzem na fase
líquida ou em solução aquosa, quando os íons adquirem mobilidade. O composto que se
dissolve originando uma solução que conduz corrente elétrica (solução eletrolítica) é
chamado de eletrólito.

SOLUBILIDADE
A solubilidade de uma substância (denominado soluto) em outra (denominada
solvente), está relacionada à semelhança das forças atuantes nas mesmas (iônicas ou
intermoleculares). Em consequência disso, substâncias iônicas e substâncias
moleculares polares tendem a se solubilizar em solventes também polares, enquanto que
substâncias apolares tendem a se solubilizar em solventes apolares.
Uma substância é solúvel em outra que lhe é semelhante, interpretando esta
semelhança do ponto de vista estrutural, de polaridade e caráter das forças
intermoleculares. Assim, um composto polar é solúvel em solvente polar.

3. MATERIAIS E REAGENTES:
 Buretas
 Suportes e garras para buretas
 Bico de Bunsen
 Tubos de ensaio e estante
 Béckers
 Pisseta
 Pinça de madeira
 Cloreto de sódio (NaCl) ; cloreto de zinco (ZnCl2)
 Iodo sólido (I2) ;
 Sacarose (C12H22O11)
 Álcool etílico P.A. (C2H5OH)
 Óleo comestível
 Querosene

4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL:
A) Ação de um campo elétrico
1- Monte 3 buretas em suportes, colocando sob cada uma delas um béquer de
100 mL.
2- Encha a primeira bureta com água, a segunda com álcool e a terceira com
benzeno.
3- Atrite um bastão de plástico (ou vidro) contra o cabelo ou contra papel secante.
4- Abra a torneira da bureta com água, de forma a deixar correr um filete fino.
5- Aproxime o bastão de vidro atritado deste filete. Anote suas observações.
Repita o procedimento com a bureta que contém o álcool e com a que contém o
benzeno.
6- O comportamento observado foi o mesmo para as 3 substâncias?
7- Utilize as fórmulas estruturais para tentar justificar o comportamento apresentado
por cada substância.

B) Substâncias iônicas e moleculares frente ao aquecimento:

Atenção: Utilizar nos ensaios abaixo, quantidades equivalentes e pequenas de sacarose,


cloreto de zinco e cloreto de sódio.
Comparar o tempo necessário para que sejam observadas as mudanças nas substancias
usadas. Anote todas as suas observações.
1- Colocar em um tubo de ensaio uma pequena quantidade de iodo. Aqueça o tubo,
com o auxílio de uma pinça de madeira, até observar alguma mudança no estado
físico do iodo.
2- Em três tubos de ensaio, adicionar respectivamente sacarose, cloreto de zinco
(ZnCl2) e cloreto de sódio (NaCl) ( todos no estado sólido ).
3- Aquecer, com o auxílio de uma pinça de madeira, cada um dos tubos até
observar mudança no seu estado físico.
C) Polaridade e solubilidade:

Atenção
Por se tratar de um ensaio comparativo, é necessário utilizar-se quantidades
equivalentes de reagentes nos tubos de ensaios.

1- Em três tubos de ensaio adicionar, utilizando as buretas, respectivamente, 1,0


mL de água, 1,0 mL de álcool etílico e 1,0 mL de querosene. A cada um dos tubos
adicionar 2 gotas de óleo comestível, agitar intensamente e observar os resultados.

2- Repetir o procedimento anterior, substituindo o óleo comestível por quantidades


pequenas e equivalentes de: Cloreto de sódio; Iodo.

Solventes/solutos Óleo NaCl Iodo


Água
Álcool etílico
Querosene

Resíduos gerados:
Os solventes; etanol e benzeno, devem ser descartados no frasco de coleta com o rótulo:
frasco 2 solvente não halogenados. As soluções de cloreto de sódio e sacarose, podem
ser descartadas na pia, o iodo deve ser raspado do funil, e guardado em um frasco para
ser reutilizado, o óleo, o etanol e a querosene podem ser descartados no frasco com o
rótulo: frasco 2 solventes não halogenados.
PRÁTICA 8
DETERMINAÇÃO DO TEOR DE ÁLCOOL EM
GASOLINA

1. OBJETIVO:
Determinar o teor de álcool em gasolina

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA:
A gasolina é um produto combustível derivado intermediário do petróleo, na
faixa de hidrocarbonetos de 5 a 20 átomos de carbono.
Uma das propriedades mais importantes da gasolina é a octanagem. A
octanagem mede a capacidade da gasolina de resistir à detonação, ou sua capacidade de
resistir ás exigências do motor sem entrar em auto-ignição antes do momento
programado. A detonação (conhecida como "batida de pino") leva à perda de potência e
pode causar sérios danos ao motor. Existe um índice mínimo permitido de octanagem
para a gasolina comercializada no Brasil, que varia conforme seu tipo.
O álcool etílico, umas das substâncias adicionadas à gasolina tem vital papel na
sua combustão, pois sua função é aumentar a octanagem em virtude do seu baixo poder
calorífico. Além disso, o fato propicia uma redução na taxa de produção de CO. A
porcentagem de álcool é regulamentada por Lei, e recentemente foi estabelecido um
novo padrão que é de até 25%.

CUIDADOS
A gasolina é um líquido tóxico, bastante volátil; durante a realização desta
experiência, mantenha o laboratório arejado e evite a inalação dos vapores de gasolina.
Por outro lado, a gasolina é altamente inflamável; assim, durante a realização desta
experiência, não deve haver qualquer chama acesa no laboratório.

3. MATERIAIS E REAGENTES
Proveta de 100 mL com tampa
Amostra de Gasolina
Solução saturada de NaCl.

4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Colocar 50 mL de gasolina comum em uma proveta de 100 mL ± 0,5 mL com
tampa;
Completar o volume até 100 mL com a solução saturada de NaCl;
Fechar a proveta, misturar os líquidos invertendo-por pelo menos 5 vezes;
Manter em repouso até a separação das duas fases;
Ler o volume de ambas as fases;
Denominar o volume da fase aquosa de V'.
Subtrair de V', 50 mL e denominar este novo volume de V'', conforme a seguinte
equação:
V'' = V' - 50 mL
(V'' corresponderá à quantidade de etanol presente em 50 mL da amostra de
gasolina)

Calcular a % de álcool na gasolina, através da seguinte relação:

50 mL — 100%
V" — x%

Determine a massa da gasolina e expresse a % em m/m.

Resíduos gerados:
O etanol e a gasolina, podem ser descartados no frasco com o rótulo: frasco 2 solventes
não halogenados.
PRÁTICA 9
CONSTRUÇÃO DA CURVA DE SOLUBILIDADE DE UM
SAL

1. OBJETIVO:
Verificar a solubilidade de um sal em diferentes temperaturas e, a partir dos
dados obtidos, construir a curva de solubilidade do mesmo.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA:
A Solubilidade pode ser conceituada como a capacidade de uma substância de se
dissolver em outra. Esta capacidade, no que diz respeito à dissolução de um sólido em
um líquido é limitada, ou seja, existe um máximo de soluto que podemos dissolver em
certa quantidade de um solvente. Isto é solubilidade.
A temperatura interfere na capacidade de dissolução de um solvente com relação
a um certo soluto, desta forma a cada temperatura teremos um determinado valor para a
solubilidade

Tipos de soluções em relação à capacidade de solubilidade


Insaturada: é a solução que contém quantidade de soluto inferior à capacidade
máxima de dissolução do solvente, sendo, portanto, capaz de dissolver nova adição de
solvente;
Saturada: é aquela que não é capaz de dissolver nova adição de soluto, na prática
é reconhecida pela presença de corpo de fundo (resíduo sólido no fundo do recipiente);
Supersaturada: é uma solução instável, que contém dissolvida em quantidade de
soluto superior à necessária para a saturação.

Curva de Solubilidade
São os gráficos que apresentam variação dos coeficientes de solubilidade das
substancias em função da temperatura.
As curvas de solubilidade tem grande importância no estudo das soluções de
sólidos e líquidos, pois nesse caso a temperatura é o único fator físico que influi
perceptivelmente na solubilidade. Para maior parte das substancias, a solubilidade
aumenta com o aumento da temperatura, isso ocorre quando o soluto se dissolve com
absorção de calor (dissolução endotérmica). Pelo contrário, as substancias que se
dissolvem com liberação de calor (dissolução exotérmica) tendem a ser menos solúveis
a quente.

Figura 1. Curva de solubilidade para alguns sais.


3. MATERIAIS E REAGENTES
 KNO3
 Água destilada
 Becker de 50 mL
 Bastão de Vidro
 Tubos de Ensaio
 Pipeta graduada de 5mL
 Pipeta graduada de 10 mL
 Bico de Bunsen
 Tela de Amianto
 Tripé
 Termômetro
 Balança analítica
4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL:
Enumerar os tubos de ensaio (limpo e seco) de 1 a 5 e pesar em 1,0; 1,3; 1,6; 1,9 e 2,2g de KNO3
respectivamente em cada tubo;
Pipetar 3,0 mL de água destilada e adicionar cuidadosamente a cada tubo de ensaio;
Aquecer os tubos de ensaio cuidadosamente em banho-maria até que todo o sólido se dissolva;
Retirar cada tubo (um por um) e deixe esfriar agitando com cuidado usando um bastão de vidro.
Observe atentamente e anote a temperatura quando o sólido começar a cristalizar.

Massa KNO3 Concentração Solubilidade Temperatura


Tubo
(g) (g/mL) (g/100g) (ºC)
1
2
3
4
5

Fazer um gráfico da solubilidade do KNO3 x Temperatura.

Resíduos gerados:
Todos os resíduos gerados nessa prática podem ser descartados na pia.
PRÁTICA 10
CONDUTIVIDADE ELÉTRICA

1. OBJETIVO:
Verificar e analisar o comportamento das substâncias puras em solução e atestar a
condutividade elétrica.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA:
Condutividade elétrica é uma medida da habilidade de uma solução aquosa de conduzir
uma corrente elétrica devido à presença de íons. Essa propriedade varia com a concentração total
de substâncias ionizadas dissolvidas na água, com a temperatura, mobilidade dos íons, valência
dos íons e com as concentrações real e relativa de cada íon. A condutividade elétrica pode ser
expressa por diferentes unidades, no Sistema Internacional de Unidades (S.I.), é reportada como
Siemens por metro (S/m).
A manifestação da eletricidade ligada á matéria, tem a ver com a propriedade de conduzir
corrente elétrica de determinado material: a condutividade elétrica que, por sua vez, difere de um
material para outro. Alguns materiais são bons condutores elétricos, outros não. A condutividade
elétrica será observada pelo acendimento ou não da lâmpada. Mas para isso, é importante que se
saiba o que é corrente elétrica. A corrente elétrica pode ser entendida como o movimento
ordenado de partículas eletricamente carregadas que circulam por um condutor, quando entre as
extremidades desse condutor há uma diferença de potencial, ou seja, tensão. Em outras palavras,
a tensão elétrica pode ser entendida como uma "força" responsável pela movimentação de
elétrons. Os elétrons e a corrente elétrica não são visíveis a olho nu, mas podemos comprovar sua
existência conectando, por exemplo, uma lâmpada a um terminal de geração de corrente elétrica,
entre os terminais do filamento da lâmpada caso exista uma diferença de potencial, com
circulação de uma corrente elétrica, a lâmpada irá brilhar.
A tabela abaixo há a condutividade elétrica para alguns metais e soluções:
Tabela de Condutividades Elétricas
Material Condutividade (S/m)
Prata 62,5x 106
Cobre Puro 60x106
Ouro 45,2x106
Alumínio 37,8x106
Zinco 17,8x106
Níquel 10,4x106
Ferro Puro 10,2x106
Água do Mar 4,8
Água Potável 5x10-2 a 10-4
Água destilada 5,5x106
Condutividade elétrica dos compostos iônicos
Soluções que contém compostos iônicos conduzem eletricidade, ou seja, os compostos
iônicos são condutores elétricos, tanto os dissolvidos em água, como também os puros no estado
liquido. A existência de íons em meio ao processo possibilita que os mesmos tenham liberdade
para se movimentar e serem atraídos pelo eletrodo, fechando assim o circuito elétrico.
3. MATERIAIS E REAGENTES:
 Dispositivo de teste (ver Figura 2). Béquer de 50 mL
 Espátula. Água Destilada
 Ca(OH)2. Açúcar.
NaCl

Figura 2: Dispositivo de teste

4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL:
1. Separe 4 Béqueres de 50 mL;
2. Adicione em cada um 30 mL de água destilada;
3. Nos béqueres de 1 a 4 adicione, separadamente pequenas quantidades de Ca(OH)2;
NaClO; açúcar e NaCl;
4. A seguir, teste a condutividade de cada sistema, separadamente, analisando o brilho da
lâmpada. Lave com água os eletrodos antes de cada teste.
5. Em qual das amostras houve condução de corrente elétrica?

Resíduos gerados:
Todos os resíduos gerados podem ser descartados diretamente na pia.
PRÁTICA 11
PREPARO DE SOLUÇÕES

OBJETIVO: Preparar soluções com concentrações conhecidas.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA:
Uma SOLUÇÃO é uma mistura homogênea de duas ou mais substâncias em que a
dispersão de uma substância na outra se dá na escala de suas partículas (moléculas, íons ou
átomos). Quando um dos componentes de uma mistura é um gás ou um sólido e o outro é um
líquido, o primeiro é chamado de SOLUTO e o último de SOLVENTE. Quando ambos os
componentes são líquidos, o componente em maior quantidade é denominado SOLVENTE e o
componente em menor quantidade é o SOLUTO.
É claro que pode haver vários solutos em uma solução – uma solução não precisa ter
somente dois componentes. Uma SOLUÇÃO DILUÍDA é aquela que contém somente uma
pequena quantidade de soluto (ou solutos) em relação à quantidade de solvente. Por outro lado,
uma SOLUÇÃO CONCENTRADA contém uma grande quantidade de soluto. Quando se trata de
soluções é necessário especificar suas composições, ou seja, as quantidades relativas dos vários
componentes. A composição pode ser expressa de diferentes maneiras. Para começar, vamos
assumir uma solução de dois componentes, A (solvente) e B (soluto), adotando a seguinte
notação:
 mA, mB: massa, em gramas, de A e B;
 nA, nB: quantidade de matéria, em mols, de A e B;
 VA, VB: volume, em litros, de A e B puros;
 V: volume total da solução, em litros.

As formas mais importantes de medida da composição de soluções líquidas são as seguintes:


MOLARIDADE ou CONCENTRAÇÃO em quantidade de matéria de B é a quantidade de
matéria do soluto B por litro de solução: nB / V, com V em litros. A molaridade de B pode ser
representada como: [B], MB ou cB. Quando a molaridade de uma solução é conhecida, um certo
volume dela pode ser medido e o número de mols de B neste volume pode ser calculado. A
desvantagem desta forma de medida é que a molaridade varia com a temperatura devido à
expansão ou contração da solução.
As seguintes formas de expressão são equivalentes: a molaridade de B é 0,1; a molaridade
da solução com respeito a B é 0,1; a solução é 0,1 M com respeito a B ou simplesmente, a
solução é 0,1 molar. É costume referir-se à molaridade da solução com respeito a B e não ao
solvente.
Uma solução de molaridade conhecida pode ser preparada sem o conhecimento de sua
densidade ou da massa de solvente utilizada, com o uso de um balão volumétrico. O soluto deve
ser puro, de forma que a massa corresponda a um número bem definido de mols. Uma massa de
soluto (sólido) medida precisamente é dissolvida no solvente e a solução é transferida totalmente
(enxaguando o frasco várias vezes) para um balão volumétrico. O solvente é então adicionado
cuidadosamente até perto da marca no pescoço do balão. Quando o soluto está totalmente
dissolvido e a solução bem misturada através de agitação, mais solvente é adicionado
cuidadosamente, até o nível da solução atingir a marca. A solução é, então, mais uma vez agitada
para uma completa homogeneização. O que foi obtido com este procedimento é uma solução
contendo quantidade de matéria conhecida de soluto, assim sua molaridade pode ser facilmente
calculada.
No caso do soluto ser um líquido (ou seja, solução líquido-líquido), a medida do volume
do soluto deve ser realizada com uma pipeta volumétrica e o procedimento restante é o mesmo
descrito para solução sólido-líquido;

MATERIAIS E REAGENTES
 Balança analítica
 Espátula
 Béquer
 bastão de vidro
 balão volumétrico de 100 ml
 funil de vidro
 Pisseta com água
 Ácido acético (conc.)
 NaCl

PROCEDIMENTO:
PREPARAÇÃO 100 mL DE UMA SOLUÇÃO DE NaCl A 0,1 M ou 0,1 mol/L
Calcular a quantidade de massa de NaCl que deverá ser pesada para obtenção de uma solução de
concentração de 0,1 mol/L. Pese o sal utilizando uma espátula e um béquer. Registrar o peso com
uma precisão de 0.0001g. Adicionar o volume de água com auxilio de um bastão de vidro agitar
ao sal até sua completa dissolução
1- Transferir a solução para um balão volumétrico de 100 ml utilizando um funil de vidro e o
bastão de vidro.
2- Homogeneizar a solução no balão volumétrico.
3- Aferir o volume do balão volumétrico adicionando água com o auxílio de uma pipeta
Pasteur. Homogeneizar a solução entre cada adição de água.

DILUIÇÃO DE SOLUÇÃO
1. A partir dessa solução preparada acima, faça 1 diluição nas concentrações 0,005 mol/L.
2. Utilize o balão de 50 mL.

PREPARAÇÃO DE 100 ML UMA SOLUÇÃO DE ÁCIDO ACÉTICO 0,1 mol/L


Calcular quantos moles de ácido acético (CH3COOH) estão presentes em 100 ml de uma solução
deste ácido com a concentração de 0,1 mol/L.
1-Adicionar a um balão volumétrico de 100 ml o volume de solução concentrada de ácido acético
que contém esse número de moles.

Resíduos gerados:
Todos os resíduos gerados nessa prática podem ser descartados diretamente na pia.
PRÁTICA 12
MEDIÇÕES DE pH

OBJETIVO:
Medir a concentração de Hidrogênio iônico de soluções conhecidas.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA:
O pH de uma solução pode ser convenientemente medido por aparelhos chamados
pHmetros, bastando introduzir os eletrodos do pHmetro na solução a ser analisada e fazer a
leitura do pH. O pH de uma solução também pode ser obtido, de uma maneira menos precisa,
usando-se o papel indicador de pH. O papel indicador é impregnado com compostos orgânicos
que mudam sua cor conforme o pH. A cor mostrada pelo papel indicador é, então, comparada
com uma escala de cores fornecida pelo fabricante (vide cartela existente no laboratório).
Reconhecem-se os ácidos e as bases por algumas propriedades simples. Os ácidos têm
gosto acre. As soluções das bases, por outro lado, têm gosto amargo e proporcionam sensação
untuosa ao tato. (É evidente, não se deve jamais provar nenhum reagente de Laboratório de
Química). Alguns exemplos de ácidos são o ácido acético, presente no vinagre; o ácido cítrico,
constituinte do suco de limão: o ácido clorídrico, encontrado no suco digestivo do estômago,
dentre outros. Exemplos de base são a solução aquosa de amônia, encontrada em produtos de
limpeza doméstica, o Hidróxido de potássio, presente na cinza, o Hidróxido de magnésio,
presente em pastas de dente, leite de magnésia, dentre outros.

Indicadores Ácido-Base
Outra propriedade simples dos ácidos e das bases é a capacidade de provocar modificações de cor
em certos corantes. Um indicador ácido-base é um corante que se usa para distinguir soluções
ácidas de básicas, mediante a modificação de cor que sofre nestas soluções. Estes corantes são
comuns em materiais de origem natural. A cor âmbar escura do chá, por exemplo, fica menos
carregada pela adição de gotas de suco de limão (ácido cítrico). O suco do repolho roxo passa de
verde para amarelo quando a ele se adiciona uma base . As cores verde e amarelo passam para o
vermelho quando se junta um ácido.
O tornassol é um indicador ácido-base comum em laboratório. Este corante, produzido
por certas espécies de liquens, é vermelho em solução básica. A fenolftaleína (vide estrutura
abaixo), outro indicador ácido-base de laboratório, é incolor em solução ácida e rosa em solução
básica.
MATERIAIS E REAGENTES
 3 Béqueres
 1 Pipeta graduada
 3 Vidros de relógio
 Solução 0,1M de HCl
 Solução 0,1M de CH3COOH
 Solução 0,1M de H2SO4
 Solução 0,1M de NH4OH
 Solução 0,1M de NaOH
 Solução 0,1M de Ca(OH)2
 Água destilada

PROCEDIMENTO:

A - USO DE PAPEL INDICADOR


1. Colocar 2 gotas de HCI 0,1 M num vidro de relógio e mergulhar um pequeno pedaço de papel
indicador universal de pH. Retirar o papel e comparar a cor do mesmo com a escala de cores
dada. Anotar o valor de pH na tabela fornecida a seguir.

2. Repetir o mesmo procedimento com ácido acético 0,1 M; acetato de sódio 0,1M; bicarbonato
de sódio 0,1 M; hidróxido de amônia 0,1 M e NaOH 0,1 M. Anotar os valores de pH na tabela
fornecida a seguir.

B - USO DO pHmetro

3. .Medir o pH dessas mesmas soluções (20 ml) utilizando o pHmetro; conforme instruções a
seguir. Anotar os valores de pH na tabela fornecida a seguir e comparar com os valores obtidos
com o papel indicador.

INSTRUÇÕES PARA USO DE pHmetros


a)- Preparação do pHmetro – Verificar a voltagem do equipamento antes de conectá-lo à rede
elétrica. Lavar o eletrodo conforme descrito b. Observar a temperatura das soluções.
b)- Limpeza do eletrodo – Após cada verificação de pH, lavar o eletrodo com bastante água
destilada contida em pisceta e secá-lo com papel absorvente.

c)- Padronização do pHmetro – Mergulhar o bulbo do eletrodo dentro de uma solução tampão
de pH conhecido para ajustá-lo. Não é necessário efetuar essa padronização para as outras
medidas. Remover o eletrodo da solução tampão, lavá-lo com água destilada e submergí-lo em
água destilada até iniciar a análise.

d)- Leituras de pH das soluções – Mergulhar o bulbo do eletrodo dentro da solução que se quer
determinar o pH, que deverá estar contida num pequeno béquer; e efetuar a leitura. Anotar os
resultados na tabela fornecida a seguir. Remover o eletrodo da solução, descartar a solução em
recipiente apropriado e efetuar a adequada limpeza do eletrodo antes de efetuar a próxima
análise.

Resíduos gerados:
Misturar as soluções: CH3COOH + NH4OH, H2SO4 + Ca(OH)2, HCl + NaOH, e depois
descartar no frasco com o rótulo: Frasco 13 de outros sais.
PRÁTICA 13
PREPARO DE UM INDICADOR DE pH

OBJETIVO:
Extrair corante da beterraba e empregá-lo como indicador de pH.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA:
Um indicador de pH é uma substância que apresenta cores diferentes quando são
adicionados ácidos ou bases, ou seja, que mudam de cor conforme a concentração de íons
hidrogênio em solução. As mudanças de cor devem-se a modificações estruturais que ocorrem
nas substâncias em meios ácidos ou básicos.
De acordo com a definição de Bronsted-Lowry para ácidos e bases, os indicadores
são também compostos ácidos ou básicos. Assim, um indicador genérico HInd em solução
aquosa apresenta o seguinte equilíbrio:
HInd + H2O H3O+ + Ind-
Com isso, o aumento ou a diminuição de espécies ácidas ou básicas no meio fará com que
o equilíbrio se desloque para esquerda ou para a direita, e a cor resultante será dependente das
concentrações relativas de HInd e Ind-, que são as espécies responsáveis pela coloração do meio.
Assim, quanto maior for a acidez do meio, ou seja, quanto menor o pH, maior será a protonação
do indicador e, conseqüentemente, maior será a concentração de HInd. Já com o aumento do pH,
ou seja, quanto maior a basicidade, essa forma do indicador vai sendo desprotonada, com o
conseqüente aumento da concentração de Ind-. Existem muitos indicadores na natureza. Por
exemplo, o mesmo composto é responsável pela cor vermelha das papoulas e pela cor azul das
centáureas azuis: o pH da seiva é diferente nas duas plantas. A cor das hortências também
depende da acidez da seiva e pode ser controlada modificando-se a acidez do solo.
A beterraba apresenta vários pigmentos pertencentes à classe das betalaínas. Destes, a
substância betanina é o principal agente cromóforo, correspondendo a 75 - 95% dos pigmentos.
Esta substância está presente no extrato alcoólico da beterraba, que apresenta cores diferentes nos
meios ácido, neutro e básico. Este comportamento é justificado pela isomerização da betanina em
função do pH do meio. Em pH ácido, a betanina converte-se em isobetanina e em meio básico, a
betanina é hidrolisada, produzindo ciclodopa-5-o-glicosídio e ácido betâmico.

MATERIAIS
 Beterraba; Álcool comercial (etanol);
 Solução aquosa de HCl 5% (v/v); Solução aquosa de NaOH 5% (m/v);
 Água destilada; Béquer (50 e 250 mL);
 Suporte universal e argola para funil; Funil analítico;
 Papel de filtro; Tubos de ensaio e estante para tubos;
 Bastão de vidro; Balança analítica;
 Espátula; Proveta (50 ou 100 mL);
 Pipeta graduada (5 ou 10 mL) e pipeta Pasteur;
 Pipetador ou pêra; água sanitária
 Xampu, Vinagre, etc.
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL:
A) Extração:
1. Pesar 25 g da beterraba processada e transferir para o béquer de 250 mL;
2. Adicionar 50 mL de álcool;
3. Misturar com o bastão de vidro e aguardar 15 minutos;
4. Filtrar

B) Teste do indicador:
1. Numerar 3 tubos de ensaio;
2. Adicionar 1 mL do extrato filtrado em cada tubo de ensaio;
3. Adicionar 1 mL da solução de HCl no tubo 1;
4. Adicionar 1 mL de água destilada ao tubo 2;
5. Adicionar 1 mL da solução de NaOH no tubo 3;
6. Agitar todos os tubos e observar a cor do indicador nos 3 tubos. Anotar os resultados.

C) Teste do pH de materiais de uso cotidiano:

1. Adicionar 1 mL do extrato filtrado a 3 tubos de ensaio;


2. Adicionar nos 3 tubos, respectivamente: 1 mL de vinagre; 1 mL de água sanitária e 1 mL da
solução de xampu.
3. Agitar todos os tubos

, observar as cores e compará-las com os tubos da parte B.


Anotar os resultados.

Resíduos gerados:
Misturar as soluções: HCl + NaOH, e depois descartar todos os resíduos na pia.
PRÁTICA 14
REAÇÕES DE OXIDAÇÃO E REDUÇÃO (BAFÔMETRO)

Objetivo:
Estudar, experimentalmente, a tendência que apresentam as substâncias aos fenômenos de
oxidação e redução, bem como aos produtos destas reações.
Mostrar a reação de funcionamento de um bafômetro, que é uma redox.

Fundamentação teórica:
Reações que ocorrem com transferência de elétrons, são chamadas de reações de redox.
As substâncias que perdem elétrons são chamadas agentes redutores, as quais sofrem oxidação e
as substâncias que recebem elétrons são chamadas agentes oxidantes, as quais sofrem redução.
Para entender o fenômeno de oxirredução é também necessário entender o conceito de nº de
oxidação. O número de oxidação de um átomo em uma molécula ou íon se define como a carga
elétrica que o átomo tem, ou parece ter determinada por algumas regras de atribuição de nº de
oxidação. Dois pontos importantes devem ser acentuados:
- No caso de íons monoatômicos, o número de oxidação corresponde à carga elétrica real da
espécie em estudo;
- No caso de íons poliatômicos o número de oxidação de cada átomo não corresponde à
carga real do átomo, tudo se passa como se o elemento mais eletronegativo ficasse carregado
negativamente e o outro elemento, carregado positivamente.
No quadro dado a seguir, encontram-se relacionados os oxidantes e redutores mais usados
na química inorgânica. É importante tentar entender as reações que eles participam e como agem,
para que se possa conseguir escrever reações de oxidação-redução.
Nos processos de oxidação-redução, o aumento ou diminuição do nº de oxidação é
proveniente de uma transferência de elétrons de um átomo a outro.

3. Procedimento experimental:

A) – Identificar 2 tubos de ensaio T-1 e T-2. No T1, coloque 5,0 ml de solução de CuSO4 0,50M,
acrescente um pequeno pedaço de palha de aço. Observe durante 15 minutos. No T-2, coloque
0,20g de MnO2 e acrescente lentamente 5,0 ml de solução de HCl concentrado. Deixe reagir por
3 a 5 minutos. Pegue uma tira de papel de filtro molhada com solução de KI 0,50M, segure-a com
uma pinça e coloque-a na boca do tubo de ensaio. Observe o que ocorre com o papel. 1. Quais as
evidências de que está ocorrendo reação química nos tubos T-1, T-2 e papel de filtro?

2. Forneça as equações das reações.

3. Indique, em cada uma, quem é o agente oxidante e o agente redutor.

B) Projeto - "O Bafômetro" A equação não está balanceada:

K2Cr2O7 + H2SO4 + CH3CH2OH → K2SO4 +Cr2(SO4)3 + CH3CHO + H2O


Laranja incolor verde incolor

Faça o balanceamento da equação e mostre quem é o agente oxidante e quem é o agente


redutor.

Procedimento experimental:
Em um suporte para tubos de ensaio, coloque 6 tubos ensaio, identificados como T1_T6.
Com o auxílio de uma pipeta, coloque 2 mL da solução de K2Cr2O7 em cada tubo. No T1,
adicione 1 gota de H2SO4 concentrado, no T2 adicione 2 gotas de H2SO4 concentrado e assim
sucessivamente até 6 gotas no T6. Anote a cor apresentada em cada tubo. Acrescente 1 gota de
etanol em cada tubo e marque o tempo em que ocorre uma mudança na coloração da solução para
esverdeado.
Lave os tubos de ensaio e repita o experimento, utilizando agora, 6 gotas de ácido
sulfúrico no TI e 11 gotas no T6. Anote o tempo para mudança na coloração. Organize os dados
em uma tabela. Na equação apresentada, indique o nome de todas as substâncias.

Resíduos gerados:
Descartar os resíduos gerados no frasco 13: outros sais.
PRÁTICA 15
REAÇÕES QUIMICAS

OBJETIVOS:
Observar as reações químicas em soluções aquosas entre compostos inorgânicos.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA:
As reações químicas são transformações de substâncias em outras, através de uma
redisposição dos átomos. As reações químicas são representadas por igualdades chamadas de
EQUAÇÕES QUÍMICAS, que são formas abreviadas de descrever as transformações químicas e
as condições em que ocorrem. A equação química possui dois membros: no primeiro membro da
equação são colocadas as fórmulas das substâncias ou elementos (reagentes) e no segundo
membro da equação as fórmulas das substâncias ou elementos produzidos pela reação entre os
reagentes (produtos). Uma seta, colocada entre os dois membros da equação, índica que a reação
é irreversível (→) e duas setas opostas indica que a reação é reversível ( ); essa seta dupla
indica, também, que o sistema encontra-se em um estado de equilíbrio, ou seja, as concentrações
de reagentes e produtos permanecem constantes sob determinada condição de temperatura e/ou
pressão. As equações químicas representam as reações químicas da maneira mais próxima
possível da realidade e, desse modo, devem conter muitas informações tais como: variações de
energia, meio em que se realizam, catalisadores etc.

2.1 TIPOS DE REAÇÕES QUÍMICAS EM SOLUÇÕES AQUOSAS


Muitas reações que você vai encontrar no Laboratório de Química se passam em solução
aquosa. Os químicos estão interessados nessas reações, não apenas por serem o caminho de
chegada a produtos úteis, mas também porque são as reações que ocorrem nos vegetais e animais
da Terra. Vamos examinar alguns padrões comuns das reações para ver quais podem ser as
respectivas "forças motrizes"; em outras palavras, como se pode saber que, ao se misturarem duas
substâncias químicas, haverá reação entre elas e a formação de um ou mais compostos novos?

A- Classificação das reações químicas quanto as forças motrizes


Quatro tipos importantes de processos provocam a ocorrência de reações, quando os
reagentes se misturam em solução aquosa.

1º. TIPO: REAÇÕES DE PRECIPITAÇÃO


As reações de precipitação são aquelas em que os íons se combinam em solução para
formar um produto de reação insolúvel. Exemplo:
Equação geral: Pb(NO3)2(aq) + 2KI(aq) → Pbl2(s) + 2KNO3(aq)
Equação Iônica Líquida: Pb2+(aq) + 2l-(aq) →Pbl2(s) (sólido amarelo)

2°. TIPO: REAÇÕES ÁCIDO – BASE

As reações ácido-base, são aquelas em que os íons H+ e OH- combinam-se para formar
água. Exemplo:
Equação geral: HNO3(aq) + KOH(aq) → KNO3(aq) + H2O(l)
Equação iônica líquida: H+(aq) + OH-(aq) →H2O
(Esta é a equação iônica líquida de todas as reações entre ácidos fortes e bases)

3°. TIPO: REAÇÕES COM DESPRENDIMENTO DE GÁS

As reações com desprendimento de gás são aquelas em que os reagentes se combinam


em solução para formar um produto de reação que se desprende na forma de gás. Como
exemplos mais comuns tem-se as reações envolvendo, principalmente, carbonatos de metais e
ácidos, com formação do ácido carbônico, H2CO3, como produto o qual, na maioria das vezes, se
decompõe em H2O e CO2. O dióxido de carbono é o gás que se vê borbulhar durante a reação.
Exemplo:
Equação geral: NiCO3(s) + 2HNO3(aq) →Ni(NO3)2(aq) + H2CO3(aq)
H2CO3(aq) → CO2(g) + H2O 4°. TIPO: REAÇÕES DE OXIDAÇÃO–REDUÇÃO (OXI–
REDUÇÃO)
As reações de oxidação–redução são aquelas em que o processo importante é a
transferência de elétrons de uma substância para outra. Exemplo:
Equação geral: Cu(s) + AgNO3(aq) → CuNO3(aq) + 2Ag(s)
Equação iônica líquida:
Cu(s) + 2Ag+(aq) → Cu2+(aq) + 2Ag(s)

B- Classificação das reações químicas quanto aos seguintes itens:

I ) LIBERAÇÃO OU ABSORÇÃO DE CALOR


As reações podem ser classificadas quanto `a absorção ou liberação de calor em:
ENDOTÉRMICAS, quando ocorrem com a absorção de calor do meio ambiente, e
EXOTÉRMICAS, quando liberam calor para o meio ambiente.

II) QUANTO À VELOCIDADE


As reações podem ser classificadas em RÁPIDAS ou INSTANTÂNEAS e LENTAS quando
levam horas, meses ou anos para ocorrer.

III) QUANTO À REVERSIBILIDADE


As reações podem ser REVERSIVEIS, quando não se completam e podem ocorrer no
sentido inverso pela variação da concentração de reagentes e produtos, temperatura, etc. e
IRREVERSIVEIS, quando ocorrem completamente.

MATERIAIS E REAGENTES:

 13 Tubos de ensaio Conta-gotas


 Papel de filtro Funil de vidro
 Manta de aquecimento Bastão de vidro Pipeta
ácido clorídrico diluído (0,1 mol/L)
 solução de nitrato de prata (0,1 mol/L) sulfato de cobre
 solução de hidróxido de sódio solução de nitrato de bário
 solução de sulfato de sódio solução de iodeto de potássio
 solução de ácido clorídrico diluído HCl concentrado
 ácido clorídrico 4 M hidróxido de sódio 4 M
 óxido de cálcio (cal viva) água destilada.
 fenolftaleína. magnésio metálico
 zinco metálico nitrato de prata
 fio de cobre bicarbonato de sódio
 iodato de potássio iodeto de potássio

PROCEDIMENTO
Todas as reações devem ser feitas em tubos de ensaio.
Quando houver a necessidade de aquecimento utilize tubos de ensaio pirex.
Observe todas as soluções dos reagentes desse experimento, contidas em frascos conta-gotas
colocadas sobre a bancada do laboratório.
Leia com atenção o rótulo de cada solução, antes de misturar os reagentes.
Procure seguir as instruções abaixo anotando as mudanças detalhadamente em seu caderno de
laboratório.
Para cada reação use 10 gotas de solução, exceto quando houver outra especificação. Observe o
que ocorre nas reações: precipitação, desprendimento de gás, mudança de coloração,
aquecimento ou resfriamento do tubo, etc.
1. Coloque em um tubo de ensaio, ácido clorídrico diluído (0,1 mol/L) + solução de nitrato de
prata (0,1 mol/L). Observe.
2. Filtre a mistura obtida no item 1 pela utilização de um pequeno funil de vidro contendo papel
de filtro dobrado, sobre o tubo de ensaio Nº 2; após a filtração deixe o sistema montado no
mesmo local, de modo que o resíduo obtido no papel de filtro (Cloreto de Prata) fique exposto à
luz; depois de algum tempo observe a mudança de sua coloração.
3. Coloque em um tubo de ensaio, solução de sulfato de cobre + solução de hidróxido de sódio.
Observe.
4. Coloque em um tubo de ensaio, solução de nitrato de bário + solução de sulfato de sódio.
Observe.
5. Coloque em um tubo de ensaio, solução de nitrato de chumbo + solução de iodeto de potássio.
Se nada for observado à frio, aqueça com cuidado e observe.
6. Coloque em um tubo de ensaio, solução de nitrato de chumbo + solução de ácido clorídrico
diluído. Se nada for observado, acrescente 2 gotas de HCl concentrado, que está na CAPELA.
7. Coloque em um tubo de ensaio, 2 mL (40 gotas) de ácido clorídrico 4 M + 2 mL (40 gotas) de
hidróxido de sódio 4 M. Observe.
8. Coloque em um tubo de ensaio, aproximadamente 1 grama (uma ponta de espátula) de óxido
de cálcio (cal viva) e adicione água. Agite e espere decantar. Transfira o líquido sobrenadante
para outro tubo de ensaio. Adicione duas gotas de fenolftaleína.
9. Com o auxilio de uma pinça metálica, queime um pedaço de magnésio metálico – CUIDADO:
AO QUEIMAR O Mg VOCÊ DEVE EVITAR OLHAR DIRETAMENTE PARA A CHAMA
BRILHANTE. Coloque o metal + o pó branco formado num tubo de ensaio e adicione algumas
gotas de água e, em seguida, duas gotas de fenolftaleína. Observe
10. Coloque em um tubo de ensaio, um pedaço de zinco metálico e adicione aproximadamente
10 gotas de acido clorídrico diluído (0,1 mol/L). Se nada for observado, acrescente 2 gotas de
HCl concentrado, que está na CAPELA
11. Coloque em um tubo de ensaio aproximadamente 40 gotas de solução de nitrato de prata e
mergulhe um fio de cobre bem fino enrolado ou em espiral. Observe.
12. Coloque em um tubo de ensaio, um pouco de bicarbonato de sódio (ponta da espátula) sólido
e adicione gotas de acido clorídrico diluído. Observe
13. Coloquem em um tubo de ensaio, aproximadamente 10 gotas de solução de iodato de potássio
+ 10 gotas de solução de iodeto de potássio e uma gota de acido clorídrico diluído. Observe.

Resíduos gerados:
Descartar os resíduos gerados no frasco 13: outros sais.
PRÁTICA 16
CINÉTICA QUÍMICA E EQUILÍBRIO

OBJETIVO:
Verificar o deslocamento de equilíbrio, bem como os fatores que interferem na velocidade.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA:
1.0) DESLOCAMENTO DE EQUILÍBRIO – INFLUÊNCIA DA CONCENTRAÇÃO
A solução de dicromato (Cr2O72 –) apresenta coloração alaranjada e, em meio básico, estabelece o
equilíbrio: Cr2O72– + H2O 2CrO42– + 2H+
Laranja amarelo

Como o íon Cr2O72 – apresenta coloração amarela, a cor da solução será determinada pelo íon que
estiver em maior concentração na solução. A ação de ácidos e bases pode provocar um
deslocamento nesse equilíbrio, perceptível pela variação de cor.

MATERIAL e REAGENTES:
 2 Bécheres de 250ml 4 Tubos de ensaio.
 Conta-gotas. Água destilada
 Solução de NaOH 1M Solução de HCl 0,32 M
 Solução de K2Cr2O7 M

PROCEDIMENTO
Experimento 1: A um tubo de ensaio contendo a solução de K2Cr2O7, adicione lentamente
algumas gotas de solução de NaOH até observar mudança de coloração.

Experimento 2: À solução obtida no experimento 1, adicione algumas gotas da solução de HCl,


até observar mudança de coloração.

2) FATORES QUE AFETAM A VELOCIDADE DE UMA REAÇÃO


1-TEMPERATURA
Um aumento na temperatura aumenta a frequência e a energia das colisões entre os reagentes,
como consequência, o número de colisões efetivas e a velocidade da reação aumentam.

MATERIAIS e REAGENTES
 4 Bécheres de 250ml Espátula
 Chapa de aquecimento Cronômetro
 Água destilada Gelo
 4 Comprimidos efervescentes

PROCEDIMENTO
1- Coloque 100 mL de água da torneira em um béquer, 100 mL de água gelada em outro, 100 mL
de água a 40ºC em um terceiro béquer e 100 mL de água em ebulição em um quarto béquer.

2- Corte o comprimido em 4 partes iguais e coloque uma parte em cada béquer.

3- Anote, para cada béquer, o tempo que leva para que todo o comprimido se decomponha.

2-CONCENTRAÇÃO
Um aumento da concentração dos reagentes numa solução acarretará no aumento do número de
colisões e, em consequência, um aumento da velocidade da reação.
MATERIAL UTILIZADO
 2 Bécheres de 250ml Espátula
 1 Pipeta volumétrica de 5ml. 1 Pipeta volumétrica de 10 ml
 1 pera 1 Bastão de vidro
 Cronômetro Água destilada
 Vinagre 2 Comprimidos efervescentes

PROCEDIMENTO
1- Corte o comprimido de antiácido ao meio. Coloque volumes iguais de água em dois
copos, à mesma temperatura.
2-Em um dos copos, adicione uma colher 5 mL de vinagre e, ao outro, 10ml de vinagre

3-Agite o conteúdo dos bécheres com o bastão de vidro de modo a tornar a solução homogênea.

4-Coloque metade do comprimido em cada bécher, ao mesmo tempo, e observe atentamente


marcando no cronômetro o tempo de cada reação.

Resíduos gerados:
Descartar os resíduos gerados no frasco 13: outros sais.

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