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 Atitudes Individuais com Soluções

Observação: Cerca de 80% das soluções químicas concentradas são nocivas aos

organismos vivos, principalmente se ministradas por via oral.

# Não transporte soluções em recipientes de boca larga. Se tiver que efetuá-lo por certa

distância, triplique sua atenção durante o percurso e solicite a um colega que o

acompanhe.

# Não leve a boca a qualquer reagente químico, nem mesmo o mais diluído.

# Certifique-se da concentração e da data de preparo de uma solução antes de usá-la.

# Nunca introduza a pipeta no frasco de uma solução. Transfira a solução que vai ser

pipetada para um béquer perfeitamente limpo e cujo interior esteja totalmente seco.

# Não pipete, aspirando com a boca, líquidos cáusticos, venenosos ou corantes, use pêra

de segurança.

# Não use o mesmo equipamento volumétrico para medir simultaneamente soluções

diferentes.

# Volumes de soluções padronizadas, tiradas dos recipientes de origem e não utilizadas,

devem ser descartados e não retornados ao recipiente de origem.

 Descarte de Sólidos e Líquidos.

# Deverá ser efetuado em recipientes apropriados separando-se o descarte de orgânicos

de inorgânicos, salvo orientação contrária dada pelo professor.

 Cuidados com Aquecimento, Incluindo: Reação Exotérmica, Chama Direta,

Resistências Elétrica e Banho-Maria.

# Não aqueça bruscamente qualquer substância.

# Nunca dirija a abertura de tubos de ensaio ou frascos para si ou para outrem durante o

aquecimento.

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# Não deixe sem o aviso "cuidado material aquecido", equipamento ou vidraria que tenha

sido removida de sua fonte de aquecimento, ainda quente e deixado repousar em lugar

que possa ser tocado inadvertidamente.

# Não utilize "chama exposta" em locais onde esteja ocorrendo manuseio de solventes

voláteis, tais como éteres, acetona, metanol, etanol, etc.

# Não aqueça fora das capelas, substâncias que gerem fumaças ou vapores tóxicos.

 Manuseio e Cuidados com Frasco de Reagentes.

# Leia cuidadosamente o rótulo do frasco antes de utilizá-lo.

# Ao utilizar uma substância sólida ou líquida dos frascos de reagentes, pegue-o de modo

que sua mão proteja o rótulo e incline-o de modo que o fluxo escoe do lado oposto ao

rótulo.

# Muito cuidado com as tampas dos frascos, não permita que elas sejam contaminadas

ou contaminem-se. Se necessário use o auxílio de vidros de relógio, placas de Petri,

etc., para depositar a tampa e evitar que isso aconteça.

# Ao acondicionar um reagente, certifique-se antes da compatibilidade do mesmo com o

frasco. Por exemplo, substâncias sensíveis à luz, não podem ser acondicionadas em

embalagens translúcidas; os hidróxidos de lítio, de sódio, de potássio, de estrôncio e de

bário não devem, nunca serem acondicionados em frascos de vidro, pois reagem com

esse material.

# Não cheire diretamente frascos de nenhum produto químico, mesmo que o produto seja

perfume. Aprenda a técnica adequada para sentir o odor de substâncias químicas e

passe a utilizá-la.

# Os cuidados com o descarte de frascos vazios de reagentes devem ser os mesmos que

aqueles tomados no descarte das soluções que neles estavam contidas.

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 Cuidados com Aparelhagem, Equipamentos e Vidrarias Usados no Laboratório.

# Antes de iniciar a montagem, inspecione a aparelhagem, certifique-se de que ela esteja

completa, intacta e em condições de uso.

# Não utilize material de vidro trincado, quebrado ou com arestas cortantes.

# Não seque equipamentos volumétricos utilizando estufas ou ar comprimido.

# Não introduza tubos de vidro ou termômetros em rolha, sem antes lubrificá-los com

vaselina e proteger as mãos com luvas apropriadas ou toalha de pano.

LIMPEZA DO MATERIAL DE VIDRO E PORCELANA

Para que haja exatidão no trabalho, a vidraria a ser utilizada em Análise

Quantitativa deve estar limpa. A lavagem do material, entretanto, não deve consumir

muito tempo e só deve incluir o uso de agentes de limpeza enérgicos no caso dos

agentes mais brandos não produzirem um resultado satisfatório.

Com exceção da bureta, pipetas volumétricas e balões volumétricos, que requerem

um critério de limpeza mais rigorosa, em geral basta que os aparelhos de vidro (béquer,

erlenmeyer, proveta, cápsulas de porcelana, etc.) estejam “limpos ao aspecto”, isto é,

estejam livres de poeira, substâncias estranhas, gorduras, etc., o que se pode constatar

visualmente. Quando sujos, estes aparelhos devem ser bem lavados com água da torneira

e sabão ou detergente comuns e, em seguida enxaguados com água destilada.

Já as vidrarias de precisão (bureta, pipeta volumétrica e balão volumétrico) precisam

de uma limpeza mais rígida, para que ocorra um escoamento perfeito do líquido que nelas

esta sendo medido. Finas camadas de gordura, que se estivessem aderidas no interior de

outras vidrarias não causariam problema, provocam a aderência de pequenas gotículas de

líquido nas paredes internas da vidraria volumétrica, prejudicando a exatidão do volume

medido.

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Verifica-se o escorrimento enchendo-se o material com água e deixando-se escoar

o conteúdo. A água deve escoar inteiramente, não sobrando nenhuma gotícula aderida às

paredes internas dos aparelhos volumétricos. O aspecto interno da vidraria volumétrica,

após o escoamento, deve assemelhar-se ao de uma vidraria seca,ou seja, sem gotículas

aderidas em suas paredes internas. Quando não apresentar escoamento perfeito, o

material deve ter o seu interior perfeitamente desengordurado.

Para melhorar o escoamento, emprega-se primeiramente, lavagem com mistura

detergente-carbonato de sódio. Se esta não for satisfatória, recorre-se ao emprego de

mistura sulfo-crômica; não servindo esta, usa-se “potassa alcoólica”.

A seguir, são dadas indicações sobre o modo de preparo e uso de alguns agentes

enérgicos de limpeza.

MISTURA DETERGENTE-Na2CO3

Preparação: Mistura-se uma parte de detergente comercial comum (não sabão) com

dez partes de solução 1% de Na2CO3.

Uso: Deixa-se a mistura em contato com a região suja o tempo necessário para a

limpeza. Pode-se auxiliar a limpeza com o uso de uma escova. A mistura detergente –

Na2CO3 é boa para desengordurar vidrarias de precisão melhorando assim o escoamento

das mesmas. Após o uso, retorne a solução de limpeza ao frasco de origem e enxágüe

muito bem o material com água da torneira e, depois, com água destilada.

MISTURA SULFOCRÔMICA

Preparação: Misturar aproximadamente 50g de K2Cr2O7 finamente pulverizado com

uma quantidade de água um pouco maior que a necessária para formar uma pasta. Juntar

cuidadosamente e com agitação constante, 750 mL de ácido sulfúrico comercial

concentrado ao recipiente que contém a pasta, tendo o cuidado de mantê-lo imerso em

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uma cuba contendo água gelada durante toda a etapa de adição do ácido. É importante

resfriar-se o recipiente, porque a reação entre o dicromato e o ácido sulfúrico desprende

uma grande quantidade de calor. Guardar a mistura, juntamente com o preciptado que se

forma, em recipiente de vidro.

Uso: Coloca-se a mistura em contato com a região suja e deixa-se atuar por 5 a 10

minutos (para a remoção de crostas, pode-se deixar mais tempo). Dá muito bom resultado

a quente (100ºC). É muito boa para a remoção de incrustações de sujeiras oxidáveis ,pois a

mistura sulfocrômica tem ação oxidante. Entretanto, em Análise Quantitativa, só será

utilizada para melhorar o escorrimento de vidrarias de precisão, caso o uso do detergente

não tenha sido satisfatório. Após o uso, retorne a mistura ao frasco de origem, pois pode

ser reutilizada várias vezes enquanto não apresentar coloração esverdeada. Após a

limpeza, enxágüe muito bem o material com água da torneira e, depois, com água

destilada.

Cuidados: Deve-se tomar cuidado com a solução sulfocrômica, pois ela é extremamente
corrosiva. No caso de contato com a pele ou roupas, lavar imediatamente com água
corrente e, em seguida, tratar com solução ou pasta de bicarbonato de sódio ou bórax.

POTASSA ALCOÓLICA

Preparação: Dissolva 50g de KOH em 1 litro de álcool etílico comercial 96º. Guardar

em frasco de polietileno. A adição de KOH ao álcool deve ser feita lentamente, mantendo-

se o recipiente que cotem o álcool em uma cuba com água gelada, durante a etapa de

adição.

Uso: Coloca-se a solução em contato com o interior do aparelho volumétrico a ser

limpo e deixa-se atuar por 5 minutos. A potassa alcoólica é excelente para corrigir o

escoamento de vidrarias de precisão devido a ter ação desengordurante; entretanto, só

deve ser usada se as misturas detergente e a sulfo-crômica não derem bom resultado. A

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potassa alcóolica não deve ser usada para sujeiras de natureza não gordurosa. Após o uso,

deve-se retornar a solução para o frasco de origem. Pode ser reutilizada várias vezes

mesmo depois de escurecida (em geral, assume uma cor alaranjada escura). Após a

limpeza, enxágua-se muito bem o material com água da torneira e, depois, com água

destilada.

Cuidados: A potassa alcoólica deve ser usada sempre com muito critério, pois é

uma mistura de limpeza muito forte. Não deve ser deixada em contato com o vidro por mais

de 5 minutos, pois ela o ataca lentamente. É muito cáustica. No caso de contato com a pele

ou roupas, lavar abundantemente com água corrente.

RESUMO DOS CRITÉRIOS DE LIMPEZA

1) A lavagem de material deve consumir o menor tempo possível.

2) Só utiliza-se agentes de limpeza mais fortes no caso dos mais fracos não terem sido

suficientes para desengordurar a aparelhagem volumétrica.

3) Para lavar béquers e erlenmeyers, água da torneira acompanhada de sabão ou

detergente é, em geral, suficiente. A ordem crescente de força dos agentes de limpeza é:

Água – Mistura detergente – Sulfo-crômica – Potassa alcoólica

4) Após utilização de agentes de limpeza enxágüe muito bem o equipamento de vidro com

água da torneira e em seguida com água destilada, somente para remover a água da

torneira, pois esta contém impurezas que podem prejudicar o resultado da análise.

5) No caso de vidrarias volumétricas faz-se necessário garantir um perfeito

desengorduramento das paredes interiores das mesmas.

OUTRAS MISTURAS DE LIMPEZA

Peróxido ácido: Consiste numa mistura de água oxigenada 10 vol. e HCl 6mol/L.

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Destaca do vidro resíduos aderentes de naturezas diversas, principalmente manchas

marrons de MnO2 e compostos de ferro. Não guarde em recipientes fechados.

Solventes orgânicos: Acetonas, hexano, tolueno etc, são bons removedores de

compostos orgânicos.

Misturas sulfo-nítrica: HNO3 e H2SO4, na proporção 2:1, formam boa mistura para

limpeza de manchas de compostos orgânicos.

Misturas permanganato – ácido sulfúrico: Coloque um pequeno cristal de KMnO4

sobre a mancha do vidro úmido. Goteje H2SO4 concentrado em cima. Mantenha o vidro a

uma certa distância sobre a pia e, após alguns minutos, lave. (Não use uma quantidade

maior, pois pode explodir!)

Manchas de roupas: Para salpicos de iodo ou nitrato de prata na roupa ou na pele,

utilize uma solução de Na2S2O3 e lave, em seguida, com água da torneira. No caso de

AgNO3, esta operação deve ser feita imediatamente após o contato com à solução. Para

manchas de compostos de prata em roupas, mesas, pisos, etc, utilize o seguinte método,

que oxida e dissolve a prata que foi reduzida pelo material orgânico: molhe a mancha com

solução diluída (± 0,1mol/L) de I2 em KI; forma-se AgI. Após alguns minutos, lave o I2 e o

AgI com solução concentrada de Na2S2O3. Após este tratamento, lave com água quente.

Guarda-pó de algodão, mesmo quando muito manchado, fica perfeitamente limpo.

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